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SOCIAL MEDIA AULA 5 Profª Maria Carolina Avis Neves 2 CONVERSA INICIAL São muitos os detalhes que permeiam uma boa gestão de mídias sociais. Parece um trabalho simples e rápido, mas para obter resultado é preciso compreender o processo de trabalho e saber lidar com situações negativas que podem se tornar públicas. Nesta aula veremos os seguintes conteúdos: 1. Trabalho com influenciadores digitais; 2. Ferramentas auxiliares; 3. Análise de métricas; 4. Planejamento de conteúdo; 5. Gestão de crise. CONTEXTUALIZANDO Como usuário de redes sociais, você deve perceber que nos deparamos com uma infinidade de conteúdos o tempo todo. Ao utilizar as redes sociais apenas para compartilhar conteúdos pessoais, elas funcionam de maneira bastante simples, mas quando o foco é gerar negócios, ter relacionamento com os usuários e obter, consequentemente, aumento nas vendas, é preciso ter uma boa gestão. Pensando nisso, faremos algumas análises práticas sobre temas importantes no processo de trabalho focado em gestão de mídias sociais. TEMA 1 – INFLUENCIADORES DIGITAIS Com a chegada da Web 2.0, usuários de internet deixaram de ser apenas consumidores de conteúdo e passaram a ser também geradores de conteúdo, e isso é importante para percebermos que anos atrás não existiam influenciadores digitais ou blogueiros. Esses são termos que surgiram com as novas gerações. O influenciador digital é alguém que tem poder no processo de decisão de compra das pessoas, ou o poder de influenciá-las com relação ao estilo de vida – por isso os influenciadores são oriundos do marketing de influência. O principal objetivo do marketing de influência é que o produtor de conteúdo tenha um público extremamente engajado, já que o conteúdo que o influenciador irá produzir será uma ponte entre a sua imagem e o público. Marcas que buscam aumentar a visibilidade de seus produtos contratam influencers para divulgá-los, afinal, se uma pessoa com a qual os seguidores se 3 identificam está indicando um produto, eles tendem a confiar que o produto é bom, e a consequência é a compra. Quando uma marca contrata um influencer, precisa seguir alguns passos: Assim como em qualquer aspecto do marketing digital, o primeiro passo é conhecer o público-alvo, seus hábitos, preferências e os conteúdos que consomem. Para encontrar o influenciador perfeito, é preciso saber quais influenciadores seu público acompanha e se realmente são influenciados para a compra por parte dessas pessoas. Conhecer o público é essencial para contratar o influenciador certo e para que as ações funcionem. Trace metas. Qual é seu objetivo? Quais resultados a ação precisa trazer à empresa? O objetivo é divulgar um produto? Divulgar a marca? Reforçar o posicionamento da marca? Gerar leads? Fidelizar clientes? Informar? Pense no objetivo principal e lembre-se de que influenciadores trabalham focados em um nicho de mercado, como moda, beleza, fitness, estilo de vida, negócios, finanças etc. Analise se o influencer a ser contratado está presente no nicho de mercado da sua marca. Não foque no “achismo”. Para encontrar o influenciador certo, não fique preso aos que conhece, aos que são famosos, que têm vários seguidores ou likes, pois isso pode não ser relevante na execução da ação. Além dos grandes influenciadores, existem os microinfluenciadores, ou microinfluencers, usuários de redes sociais que compartilham conteúdos sobre seus interesses. Por mais que tenham poucos seguidores, se comparados aos grandes influencers, eles têm uma alta taxa de engajamento e, principalmente, de conversão. Além disso, os grandes influencers não têm tanta proximidade com o público, já que o fluxo de mensagens é muito alto, enquanto os micro têm um relacionamento mais próximo com os seguidores. De acordo com uma pesquisa da Markerly, empresa de tecnologia, quanto mais seguidores um influenciador tem, menor é seu número de curtidas e comentários. A empresa analisou por volta de 800.000 contas de Instagram com mais de 1.000 seguidores e encontrou este dado surpreendente. Influenciadores que têm entre 1.000 e 10.000 seguidores possuem uma média de 4% de taxa de engajamento; contas com mais de 10.000 atingem uma média de 2,4%; e contas com mais de 1.000.000 seguidores têm uma taxa de 1,7% de engajamento. 4 Outro estudo, realizado pela empresa norte-americana Expercity, mostrou que os microinfluenciadores alcançam 22,2 vezes mais conversões do que consumidores comuns que recomendam um produto. A mesma pesquisa mostra que 82% dos consumidores dizem que estão dispostos a seguir a recomendação de um microinfluenciador. Esse grande sucesso se dá por conta de uma palavra mágica: experiência. Como os microinfluenciadores são “gente como a gente”, os seguidores se identificam, se sentem à vontade para interagir e percebem que são vistos. Contratar uma grande celebridade ou um pequeno influenciador depende da estratégia de cada empresa ou marca, e depende também do orçamento. É preciso entender que tipo de conexão seu público tem com os perfis dos influenciadores digitais. TEMA 2 – FERRAMENTAS AUXILIARES O trabalho de um social media é baseado em: planejamento, execução, monitoramento e análise. Depois da análise, o fluxo se repete: volta à etapa do planejamento com base na análise de resultados. E como o trabalho é repleto de detalhes, algumas ferramentas podem auxiliar o profissional a poupar tempo e a não esquecer nenhuma etapa. Vejamos algumas delas: Trello: essa ferramenta gratuita muito intuitiva serve para organizar as atividades por meio de uma lista de tarefas. Ela divide as tarefas em pequenos blocos e cada tarefa contempla informações detalhadas que podem ser compartilhadas entre a equipe. Funciona de maneira parecida a um checklist. Depois de criar um cadastro gratuito, você pode convidar os integrantes de sua equipe para um quadro com as listas de tarefas. Um perfil pode ter vários quadros, facilitando a organização das listas. Depois é só adicionar as tarefas. Crie um cadastro e tente navegar na ferramenta. Canva: site gratuito ideal para a criação de artes atraentes. Como nas redes sociais as imagens devem atrair a atenção do usuário, é preciso criar artes focadas nisso. O Canva é um site de utilização intuitiva e simples; basta arrastar os elementos para ter um layout bem feito. Mas cuidado: o Canva é apenas uma ferramenta auxiliar e não substitui o trabalho de um designer, até porque os layouts do site são usados por muitas pessoas, o que faz com que não sejam imagens exclusivas. 5 Text Overlay: as imagens de redes sociais podem ter no máximo 20% de texto. Se tiverem mais do que isso, podem não ter seu anúncio aprovado, e, caso a publicação seja apenas orgânica (sem investimento financeiro para impactar mais pessoas), as redes sociais podem diminuir o alcance da publicação. A ferramenta Text Overlay é do próprio Facebook e mostra se a imagem está com a quantidade correta de texto, que não prejudique a publicação. Mlabs (ou similares: Etus, Hootsuite): trata-se de uma ferramenta de gerenciamento de redes sociais que agenda conteúdo para Facebook, Instagram (incluindo stories), YouTube, LinkedIn, Twitter, Pinterest e tem inclusive gestão de WhatsApp Business. A ferramenta fornece dados sobre o desempenho em cada rede, gera relatórios personalizados e tem uma funcionalidade incrível: o Workflow, que controla o fluxo das criações e aprovação dos posts com os clientes. UberSuggest: essa ferramenta gratuita serve para mostrar o volume de buscas de um termo no Google. É fundamental no momento da criação do planejamento de conteúdo, pois pesquisa e analisa palavras-chave para ajudar a definir os melhores termos a serem utilizados nos conteúdos das redes sociais. É importante sabero que seu público pesquisa no Google, afinal, as redes sociais devem ser canais de comunicação que forneçam conteúdos relevantes. Nada melhor que gerar o conteúdo que o seu público busca. Faça análise de palavras-chave, escolha termos com alto volume de buscas e inclua em sua estratégia de conteúdo. Google Trends: ferramenta gratuita do Google que mostra a tendência de assuntos do momento e a evolução do número de buscas por um determinado termo. É muito importante entender que tipo de informação o público consume, para que o conteúdo faça parte de seu planejamento. Essas são algumas ferramentas que auxiliam o fluxo de trabalho nas mídias sociais, para que se obtenha mais resultados e que o trabalho fique mais organizado. TEMA 3 – ANÁLISE DE MÉTRICAS É indispensável o processo de análise de resultados para tomada de decisão estratégica. Você precisa entender que tipo de conteúdo seu público 6 prefere consumir, quanto tempo ele costuma passar assistindo aos vídeos ou transmissões ao vivo, quais dias e horários as publicações têm mais audiência e engajamento, além de outras métricas relevantes. De acordo com a pesquisa “Social Media Trends” (RockContent, 2017), 25% das empresas brasileiras não analisam nenhuma métrica, ou seja, 25% das empresas simplesmente criam ações sem medir se aquilo deu certo ou não, sem saber o que precisa ser melhorado nas próximas publicações e, principalmente, sem saber se estão tendo resultado efetivo. As próprias redes sociais fornecem informações relevantes sobre o desempenho obtido em certo período. Vejamos as métricas em cada uma delas. 3.1 Facebook O Facebook Insights, como é conhecida a ferramenta de análise do Facebook, é ativo apenas em páginas, e não em perfis pessoais. Basta acessar a página, clicar em “Informações” e ver as várias segmentações de informações: Fonte: Facebook, 2019. Em “Visão geral”, você tem um resumo prático de tudo o que acontece em sua página, por meio das principais métricas. Você pode analisar todas as páginas de relatórios fornecidos pelo Facebook para ter uma melhor percepção dos resultados e atentar-se às métricas de curtidas, alcance e publicações com 7 prioridade. Também dê atenção às métricas negativas, como as descurtidas, pessoas que ocultaram suas publicações ou denunciaram como spam. Na aba “Publicações”, você consegue analisar em quais dias e horários suas publicações tiveram mais alcance, para que possa programar melhor as postagens seguintes. Também é importante para analisar de que tipo de conteúdo sua audiência gostou mais. A aba “Pessoas” mostra o perfil do público, sendo importantíssima para que você saiba tudo sobre o perfil dos usuários que acompanham sua página. Na aba “Anúncios”, é possível analisar as métricas dos anúncios feitos pelo botão “Impulsionar” – aqueles feitos pelo gerenciador de anúncios não têm dados nesta seção. Além dessas, há métricas do gerenciador de anúncios do Facebook. Na própria ferramenta existem relatórios prontos que mostram o desempenho dos anúncios feitos. 3.2 Instagram O Instagram tem métricas importantes, porém estão disponíveis apenas para perfis comerciais, ou seja, em perfis pessoais não é possível analisá-las. Você consegue ver que tipo de conteúdo do feed e dos stories tiveram mais alcance, cliques no site, comentários, solicitação de rotas, compartilhamentos, curtidas, e-mails, envolvimento, impressões, ligações, salvamentos, seguidores, visitas ao perfil e outras opções. Também consegue ver quantas pessoas foram alcançadas e quantas vezes seu conteúdo foi mostrado, por meio da opção “Impressões”. Na aba “Público” você consegue ter informações sobre o público, além de verificar quais os melhores dias e horários para publicações futuras. Além dessas, existem as métricas específicas do IGTV, a TV do Instagram, e também as métricas dos stories. 3.3 LinkedIn As métricas do LinkedIn estão disponíveis para company pages, portanto em perfis pessoais também não é possível analisar dados. Você consegue ver dados sobre publicações e informações relevantes sobre o seu público. 8 3.4 Whatsapp Business É possível analisar quantas mensagens foram enviadas, entregues, lidas e respondidas pelo WhatsApp Business. São métricas importantes para saber se o conteúdo agrada ao público e se a lista de contatos tem qualidade. 3.4 YouTube O YouTube tem métricas importantíssimas, como visualizações, likes, seguidores e minutos assistidos. Você pode acessar o Analytics e navegar pelas opções para entender qual vídeo teve mais visualizações, como as pessoas estão chegando até o seu canal e muitas informações sobre o público. Fonte: YouTube, 2019. 9 Nenhuma estratégia deve ser colocada em prática, principalmente nas redes sociais, sem dados reais. Por isso é importante analisar as métricas para tomar decisões estratégicas que deem resultado para a empresa ou marca. TEMA 4 – PLANEJAMENTO DE CONTEÚDO Planejar é essencial. Como vimos até aqui, o trabalho de gestão de mídias sociais é repleto de detalhes, portanto, sem planejamento, algo ficaria para trás. Ter um plano também otimiza o tempo, garante uma frequência ativa de postagens e faz com que sua audiência seja fiel aos conteúdos. Vamos pensar no planejamento em três etapas: Objetivo/meta > Produção do conteúdo > Análise de resultados. Os objetivos nem sempre são os mesmos, afinal, em algum momento a meta é conquistar mais seguidores, e em outro é aumentar a taxa de engajamento. Como toda estratégia inicia com uma meta, nas redes sociais não pode ser diferente. Pensando na geração de conteúdo, primeiro você deve estabelecer uma frequência de postagens mensais. Quantas vezes você vai postar no Facebook? Quantas transmissões ao vivo serão feitas? No Instagram, quantas postagens serão feitas? E stories? O mesmo para LinkedIn, YouTube e WhatsApp. Para isso, é importante entender as características de preferência do público, saber quanto tempo a persona costuma passar em cada rede social e analisar métricas de publicações passadas. Comece a pensar em conteúdos que sejam relevantes para a empresa, como bastidores, datas comemorativas que tenham a ver com o negócio, curiosidades, conteúdos informativos, notícias, vendas (apenas em 20% do tempo conteúdo de venda e em 80% do tempo publicações relevantes) ou provas sociais, que é quando um cliente manda uma mensagem elogiando ou fazendo uma boa avaliação usando recursos nativos, como enquetes, quiz, perguntas, boomerangs e outros. Para criar um planejamento de conteúdo, é importante dividir os conteúdos em grandes temas, por exemplo: institucional; dicas; atualidades; venda; informativos ou marketing digital; SEO; social media, e dividir os grandes temas em pequenos temas: Social media (grande tema); Instagram (pequeno tema); Três dicas para vender mais pelo Instagram (tema da postagem). 10 Assim você abordará todos os tipos de conteúdo que planejou, conseguirá falar sobre todos os produtos/serviços da empresa e agregar muita informação relevante para o usuário que resolveu seguir sua empresa nas redes sociais. Após separar os grandes temas, chegou o momento de planejar as postagens por meio de um calendário com uma programação. O planejamento de conteúdo é fundamental para que você e a equipe tenham tempo de produzir os conteúdos que vão ao ar, como imagens mais produzidas, vídeos e imagens feitas por designers. Esse planejamento pode ser mensal e pode ser feito por uma planilha, por exemplo, que contenha as informações: Data: analise as métricas passadas para saber em quais dias da semana sua página tem mais interações e alcance, e tente programar postagens para esses dias. Direcione os conteúdos de datas comemorativas nos dias programados. Caso seja uma página nova ou ainda sem métricas para analisar,gere conteúdos em vários dias para conseguir identificar os mais importantes. Horário: analise as métricas passadas para saber quais são os melhores horários em sua página e direcione conteúdo para esses momentos. Assim como na programação de datas, se a página ainda não tiver métricas, gere conteúdo em diversos horários. Se direcionar vários conteúdos em um mesmo dia, opte por publicá-los em diferentes momentos do dia para ter uma consistência de conteúdo. Dica: direcione conteúdos com humor para os momentos fora do horário comercial. Tema: descreva qual é o tema da publicação, mesclando os grandes temas. Lembre-se de incluir temas focados em venda (divulgação de produtos, formas de pagamento, informações sobre entrega) apenas em 20% das publicações e reserve os outros 80% para temas relevantes ao público, de forma que o usuário se sinta atraído pela empresa ou marca pelo conteúdo, e não pelas ofertas, como vimos no inbound marketing. Persona a ser atingida: você se lembra que uma empresa tem várias personas? Este é o momento de o gestor de redes sociais gerar conteúdo para todas elas de maneira estratégica. Defina quem é a persona a ser atingida naquela publicação específica. Etapa do funil: defina conteúdos exclusivos para cada etapa do funil em que a persona se encontra. Você pode separar as etapas por: 11 Aprendizado e descoberta: nesta etapa o usuário ainda não conhece sua empresa e seus produtos, portanto o conteúdo precisa atrair a atenção dele para que se sinta atraído e aprenda sobre a marca. A persona precisa descobrir que a empresa, marca, produto ou serviço existe. Exemplo: “Como gerar conteúdos relevantes com marketing digital?” Reconhecimento do problema: após se sentir atraído por um conteúdo relevante, o usuário precisa perceber que tem um problema para que posteriormente você entregue uma solução. Entenda quais são os principais problemas que sua persona tem, qual seu principal desafio, por exemplo, “não saber como medir resultados no marketing digital”. Neste momento, o ideal é gerar conteúdos focados em erros e problemas, como: “tudo que você precisa saber sobre métricas” ou “5 métricas essenciais no Instagram”. Consideração da solução: foque na principal solução para os problemas que sua persona tem, como “maior foco em estratégia”. Gere conteúdos que falam sobre a solução do problema ou desafio: “por que o mercado é movido de estratégias?” ou “como traçar objetivos estratégicos no marketing digital?”. Decisão de compra: chegou o momento em que o usuário decide, finalmente, que precisa adquirir seu produto ou contratar seu serviço. Neste momento, gere conteúdos dando detalhes sobre formas de pagamento, sistema de entrega e conteúdos que o façam decidir pela compra: “3 motivos para você fazer um curso de marketing digital”, “entenda por que o curso tal é a melhor opção”. Texto da legenda: defina as legendas de todas as publicações, lembrando de usar textos curtos respeitando as características de redes sociais com esse perfil e gerando conteúdos completos e mais longos para canais que permitem, como LinkedIn. Já deixe as legendas produzidas para facilitar a gestão do conteúdo, garantindo que o tom de comunicação será mantido em todas as publicações. Defina também as hashtags (no máximo 5) e escolha se elas irão na legenda ou no primeiro comentário. Direcione-as para as redes sociais em que são funcionais. Referência de imagem: deixe claro que tipo de imagem idealizou para aquela publicação específica. Esta seção visa facilitar o trabalho do 12 designer, para que ele tenha direcionamento para a criação. Exemplo: “imagem de uma árvore com tons alegres e a marca da empresa”, ou “foto do profissional com expressão de concentração”. Texto da imagem: de acordo com a referência da imagem, o que ela precisa informar? O texto contido na imagem precisa complementar o que está na legenda, ou seja, não precisa repetir na imagem o que já terá na legenda. Lembrando que as imagens podem ter no máximo 20% de texto e não é problema algum uma imagem não ter nenhum texto, mas, caso tenha, mencione nesta seção a frase que escolheu. Use imagens atrativas e autoexplicativas. Evite imagens muito carregadas e em baixa qualidade. Rede social e estratégia: essa publicação será disponibilizada em qual rede social? Já que conhecemos suas características, faça uma distribuição de conteúdo de acordo com cada rede social. Além da rede social, defina a estratégia: será uma foto? Um vídeo? Um boomerang? Uma enquete? Uma transmissão ao vivo? Um disparo de mensagem? Enfim, defina a rede social e a estratégia daquela publicação específica. Nome do arquivo no diretório: a otimização de imagens é importante para que as imagens de redes sociais apareçam também no Google Imagens. Portanto adicione um item para mencionar qual será o nome daquele arquivo no diretório, ou seja, qual termo será utilizado para definir a imagem ou vídeo. Exemplo: “instagram-para-vender-mais.mp4”, “inbound-marketing.png”, “nome-da-empresa.jpg”. Status: falta adicionar algum detalhe na legenda? O designer está produzindo o material? Falta fazer alguma foto? O roteiro de um vídeo? A publicação já foi programada? Já foi postada? Atualize o status para saber o andamento de cada publicação. Ter um cronograma de postagens é fundamental para garantir o sucesso de uma gestão de mídias sociais. TEMA 5 – GESTÃO DE CRISE O gerenciamento de redes sociais exige muita atenção, e com certeza ter uma gestão de crise é um dos pontos principais. Quem administra conta de redes sociais geralmente se preocupa com a possibilidade de ter que lidar com alguma crise, como um comentário ou avaliação negativa, afinal todo o trabalho pode ir 13 por água abaixo se uma crise nas redes sociais não for resolvida da melhor forma. Se a gestão for feita de maneira estratégica, a crise pode ser um fator positivo de prova social, já que demonstra que toda empresa tem problemas, mas nem todas têm capacidade de lidar com essas situações de reclamação e falas negativas. As crises são inevitáveis, e quanto mais a página da empresa ou marca cresce, maior é a possibilidade de passar pelas crises. Portanto é preciso ter boas estratégias de gestão. Tenha um planejamento: não espere receber um comentário, avaliação negativa ou reclamação pública para pensar em como agir e treinar seu time. Crie um plano para diferentes situações que podem acontecer: reclamação de um produto, de um colaborador, de um atendimento específico, do processo de fabricação, do prazo de entrega... enfim, pense no que pode responder para as reclamações mais comuns e crie um roteiro de ação. Aja com rapidez: se alguém resolveu reclamar de algo sobre sua empresa é porque tem um problema a ser resolvido, portanto resolva o mais rápido possível, antes que o problema cresça. É muito comum que um usuário crie coragem de reclamar vendo que alguém reclamou primeiro, por isso é importante agir rápido, e nesse sentido ter um plano de ação, como vimos, é importante. Agir com rapidez não significa ocultar ou excluir o comentário, bloquear a pessoa que reclamou ou tentar esconder a reclamação, aliás essa é uma das ações mais frequentes que não tem a ver com gestão da crise. Resolver o problema é mais efetivo que esconder e correr o risco de o reclamante ter ainda mais um motivo para reclamar. Para ter uma resposta rápida, não é preciso já ter entendido toda a situação. Você pode dizer, por exemplo, que a empresa reconhece o problema e que o time responsável está tomando providências para resolver o mais rápido possível. É melhor ter uma boa resposta rápida do que uma ótima resposta lenta. Escute a reclamação: pergunte à pessoa que fez a reclamação o que aconteceu, em que data, o que a desagradou e principalmente o que aempresa pode fazer para que se sinta melhor. Deixe claro que se algum problema aconteceu, a empresa vai resolver da melhor forma, e que existem padrões de qualidade para garantir que os usuários estejam 14 sempre satisfeitos. Isso vai tranquilizar a pessoa que fez uma reclamação nas redes sociais e pode fazer com que as próximas pessoas confiem mais na empresa. Não apague: a crise pode ser um fator positivo para provar às outras pessoas que a empresa resolveu o problema. Além disso, excluir o comentário ou a reclamação pode deixar a pessoa que reclamou ainda mais descontente. Responda publicamente, mesmo que resolva a situação em um ambiente privado, como bate-papo, e-mail ou telefone. Pense no usuário que vai ler a troca de mensagens na sequência; ele precisa ter uma boa impressão e precisa perceber que a situação foi resolvida. Resolva: se a empresa realmente errou, resolva o problema. Se o usuário está equivocado, tente resolver da maneira mais cortês possível para que isso não vire um problema ainda maior. Mostre que a empresa quer ver seus clientes sempre satisfeitos. Não demore para resolver e, caso a empresa queira oferecer uma bonificação mesmo que sutil, como um pedido de desculpas para deixar uma imagem de gentileza e reconhecimento de culpa, faça isso em canais de comunicação particulares, como e-mail e ligação, para evitar atrair pessoas que apenas fazem uma reclamação para receber algo em troca. Um presente ou vale compras sempre deixa uma boa impressão, além de mostrar ao reclamante que a empresa quer selar a paz. Voz da empresa: lembre-se que é uma marca falando. É um erro o gestor ou o analista responderem levando sua opinião pessoal sobre o ocorrido. Escute o cliente e responda de forma educada e solícita, na voz da empresa. Busque o foco do problema: se o reclamante tinha razão, a empresa cometeu um erro. O setor responsável precisa ter acesso à reclamação para que possa investigar e resolver para que não aconteça novamente. E se a empresa estiver certa?: caso o reclamante esteja equivocado, explique de maneira clara, peça compreensão e deixe claro que de qualquer forma a empresa vai acompanhar o assunto e que medidas de controle de qualidade são tomadas para que sempre os clientes se sintam satisfeitos. 15 Evite próximas reclamações: se em seu site ou nas páginas de redes sociais existirem informações como “perguntas e respostas” ou “perguntas frequentes”, isso pode diminuir o número de reclamações, já que os usuários terão uma fonte simples de informação. Inclua informações que sempre são solicitadas nas reclamações, explique sobre a sistemática da empresa e deixe claro como é o relacionamento com o cliente. Ter contatos visíveis, como e-mail ou telefone, também faz com que as reclamações não sejam públicas. Geralmente os clientes tentam um contato direto com a empresa e quando não têm retorno vão às redes sociais reclamar publicamente. Por fim, aprenda com as crises. Entender que nenhuma empresa está ilesa de receber reclamações, principalmente nas redes sociais, é crucial. Na era hiperconectada em que vivemos, em que todos os usuários de internet são geradores de conteúdo, é preciso entender que um simples smartphone é a nova arma do consumidor, portanto tente minimizar os pontos negativos de uma crise nas redes sociais. TROCANDO IDEIAS Acesse uma rede social e analise algumas métricas. Tente entender a importância de cada indicador de performance, que chamamos de KPI (Key Performance Indicator – “indicador-chave de performance”), e como cada um interfere nas estratégias de marketing digital. Perceba como é importante fazer uma análise sobre o desempenho de publicações e de determinada página. Analise algumas métricas e pense em tomadas de decisões estratégicas com base no que foi visto até aqui. NA PRÁTICA Agora que você já sabe como funciona um planejamento de conteúdo, com base nesta aula e nas anteriores, crie o planejamento de conteúdo para todas as redes sociais mencionadas até agora, para um mês. Lembre-se de que o planejamento deve conter todas as informações vistas na aula. Caso prefira, pode praticar o planejamento de conteúdo baseado em uma empresa fictícia. 16 FINALIZANDO Nesta aula abordamos várias estratégias importantes para uma boa gestão de mídias sociais: influenciadores digitais, análise de métricas, gestão de crise, planejamento de conteúdo e ferramentas que auxiliam o trabalho como um todo. Agora fica mais fácil de entender a complexidade desta atividade e como algumas marcas fazem tanto sucesso nas mídias sociais, seguindo um roteiro estratégico de como gerar conteúdo relevante aos seguidores. Entre em contato com a professora por meio das redes sociais: Instagram: @mariaaviss Linkedin: https://www.linkedin.com/in/professora-marketing-digital/ Facebook: https://www.facebook.com/mariacarolina.avis/ 17 REFERÊNCIAS INSTAGRAM marketing: does influencer size matter? Markerly. Disponível em: <http://markerly.com/blog/instagram-marketing-does-influencer-size-matter/>. Acesso em: 3 set. 2019. LANGAN, H. New research shows micro-influencers drive consumer buying behavior at much higher rates than previously thought. ExpertVoice, 2016. Disponível em: <https://www.expertvoice.com/new-research-shows-micro- influencers-drive-consumer-buying-behavior-much-higher-rates-previously- thought/>. Acesso em: 3 set. 2019. SOCIAL media trends 2017. Rock Content, 2017. Disponível em: <https://pesquisas.rockcontent.com/redes- sociais/?utm_source=mktc&utm_medium=cta-texto>. Acesso em: 3 set. 2019.
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