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DEFESA DA ORDEM URBANISTICA

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DEFESA DA ORDEM URBANISTICA
1. CONCEITO
De acordo com o artigo 3º da Lei nº 6.938 / 81, o meio ambiente é “um conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permitem, abrigam e administram diversas formas de vida”. Não há conflito com o disposto no artigo 225 da Constituição da República de 1988. As referidas leis são aceitas pelo sistema constitucional vigente porque a Carta Magna protege o meio ambiente em todos os aspectos, a saber: natureza, antrópico, cultural ou trabalho.
Portanto, a ordem urbanística é parte integrante do meio antrópico e uma espécie de bem jurídico, que se difunde nas séries de relações que constituem a cidade. Tanto é que foi considerado no artigo 1º inciso VI da Lei nº 7.347 / 1985, que regulamenta o contencioso civil público e também é aceito pela Constituição vigente.
A lei urbanística é o produto de mudanças sociais modernas. A sua formação encontra-se ainda em processo de homologação e decorre das novas funções do direito, nomeadamente a disponibilização de instrumentos normativos ao poder público, permitindo-lhe atuar no âmbito social e privado em termos de princípios de legalidade, com enfoque nos os interesses da comunidade.
Como as normas do direito urbanístico têm interesses dispersos e, como vimos, são classificadas como direitos tridimensionais, significam benefícios positivos para o país, e o ordenamento jurídico pode ser comprovado com a implementação de políticas públicas que cumpram o papel que se espera atualmente. 
2. DISTINÇÃO ENTRE DIREITO URBANISTICO E DIREITO DO ORDENAMENTO TERRITORIAL
O primeiro padrão distintivo é o padrão de aplicação territorial, de acordo com esse padrão, embora haja alguma sobreposição entre a lei do planejamento urbanístico e a lei do ordenamento do território, eles serão diferentes em escala. Embora isso só seja significativo e útil em escala nacional ou regional, porque envolve a manutenção ou restauração do equilíbrio regional (por exemplo, entre a capital e a província; entre o litoral e o interior; entre os ricos e os pobres; e entre áreas urbanas e rurais) Entre); isto é basicamente local, não é apropriado falar em urbanização nacional ou regional, porque envolve apenas um ordenamento racional.
O segundo é o critério da natureza jurídica dos procedimentos, o qual o Direito Urbanístico empregaria procedimentos imperativos ou autoritários, enquanto que o Direito do Ordenamento Territorial reger-se-ia por medidas de matriz incitativo ou concertado.
O último é o critério finalista, o qual o Direito Urbanístico diferiria do Direito Ordenamento Territorial pelos distintos fins com que se intervém nos solos. Enquanto o primeiro é o ramo jurídico que tem como finalidade o planejamento, gestão e disciplina do uso, ocupação e transformação do solo para fins urbanísticos; já no ramo jurídico que tem por finalidade articular e sintetizar todas as políticas socioeconômicas e setoriais com repercussão no solo, visando ao desenvolvimento equilibrado das regiões e à organização física do território segundo uma concepção orientadora.
3. ENQUADRAMENTO LEGAL
No âmbito do Direito Urbanístico, a Constituição da República atribui competência legislativa concorrente à União, estados e Distrito Federal (art. 24, inc. I), cabendo à União legislar sobre normas gerais (§ 1º) e aos estados e ao Distrito Federal suplementar a legislação federal (§ 2º). Na falta de norma geral da União, os estados e o Distrito Federal exercerão competência legislativa plena para atender a suas peculiaridades (§ 3º), até que a superveniência de lei federal sobre normas gerais suspenda a eficácia da lei estadual naquilo que esta for incompatível com aquela (§ 4º). Cabe ainda aos estados, com base na interpretação lógico-sistemática do art. 30, inc. IV, estabelecer normas gerais sobre a criação, organização e supressão de distritos. E também têm competência exclusiva para, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum (art. 25, § 3º). Compete aos municípios, nos termos do art. 30, inc. II, "suplementar a legislação federal e a estadual no que couber" - grifos nossos. O cabimento dessa competência suplementar municipal, em matéria urbanística, decorre diretamente de sua competência para "promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano" (art. 30, inc. VIII); e para executar a política de desenvolvimento urbano (art. 182, caput).
4. JURISPRUDENCIA
Matéria, precedente do TRF – 2º Região:
Nesse sentido, há precedente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, in verbis: "ADMINISTRATIVO. CONSTITUCIONAL. FORÇAS ARMADAS. ATRIBUIÇÕES. FISCALIZAÇÃO DO TRÂNSITO EM BENS PÚBLICOS FEDERAIS, OBJETO DE SERVIDÃO MILITAR. ART. 142, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. LEI COMPLEMENTAR Nº 97/99. ART. 24, INC. V, DO CÓDIGO CONSTITUIÇÃO FEDERAL. LEI COMPLEMENTAR Nº 97/99. ART. 24, INC. V, DO CÓDIGO NACIONAL DE TRÂNSITO. RESOLUÇÃO SMTR N.º 842, DO SECRETÁRIO MUNICIPAL DE TRÂNSITO. 1 Ao fiscalizar o trânsito nas ruas e avenidas da Vila Militar, o Exército exerce sua atribuição constitucional de defesa do patrimônio que lhe é afetado, assegurando a proteção de seu pessoal e de transeuntes, evitando inclusive alegações de responsabilidade civil, uma vez que tais logradouros possuem a natureza jurídica de bens públicos federais, regularmente adquiridos, sujeitos à disciplina do instituto da servidão militar. 2 Todos os bens e direitos reais federais gozam da proteção constitucional, que deve ser arguida, na espécie, a favor da União, sendo lícita e de base constitucional qualquer atividade fiscalizatória ou de polícia administrativa das Forças Armadas, garantindo-se a segurança e a integridade dos Próprios Nacionais, das vias que os integram, atravessam ou são contíguas, dos funcionários e de transeuntes, no raio de 1.320,00 metros à volta dos estabelecimentos castrenses, decorrente do instituto da servidão militar. 3 É inequívoca a observância do papel das Forças Armadas, outorgado pelo art. 142 da Lei Maior e regulamentado pela Lei Complementar 97/99, bem como sua participação na ordem democrática, no âmbito de seu destino constitucional, estando plenamente integradas ao Poder Civil, nos projetos comuns de interesse da sociedade. 4 A força armada pode fazer policiamento ostensivo de trânsito na Área de Servidão Militar, pois essa atribuição integra o instituto e faz parte da defesa militar preventiva das instalações e equipamentos, à distância, não se ferindo, assim, a Resolução SMTR nº 842, do Secretário Municipal de Trânsito, nem tampouco se contrariando o dispositivo do inciso V, do artigo 24, do Código Nacional de Trânsito. 5 Apelação e remessa necessária parcialmente providas, reformando-se parcialmente a r. sentença a quo, para que a atuação da Força Armada só se verifique na forma e meios constitucionais, assegurando-se lhe o exercício dos direitos decorrentes da Servidão Militar na área em questão, mantendo a distância de 1.320,00 metros externa e paralelamente aos limites dos Próprios Nacionais, inclusive na fiscalização do trânsito, garantindo a validade da Resolução SMTR nº 842, do Secretário Municipal de Trânsito, convalidando os atos administrativos praticados, garantindo-se, outrossim, a aplicação de sanções de trânsito pela Força Armada em outras áreas, temporariamente, quando em missões de segurança. (AC 199951010012314, Desembargador Federal RALDÊNIO BONIFACIO COSTA, TRF2 OITAVA TURMA ESPECIALIZADA, DJU Data:21/03/2006 Página:249.)"
5. BIBLIOGRAFIA
Batista Junior, Geraldo. A ordem urbanística como direito difuso. Jus.com.br, 2010. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/14241/a-ordem-urbanistica-como-direito-difuso. Acesso em: 17, setembro em 2021.
GT5 - Ordem Urbanística e Patrimônio Cultural. Conselho nacional do ministériopúblico, 2020. Disponível em: https://www.cnmp.mp.br/portal/institucional/657-institucional/comissoes-institucional/comissao-de-meio-ambiente/atuacao/10042-gt5-ordem-urbanistica-e-patrimonio-cultural. Acesso em: 17, setembro em 2021.

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