Hitler ( biografia)

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE – UERN 
FACULDADE DE DIREITO – FAD 
MOSSORÓ
BACHARELADO EM DIREITO
PAULO VICTOR SANTOS DE OLIVEIRA
BIOGRAFIA
Adolf Hitler 
Mossoró
2020
PAULO VICTOR SANTOS DE OLIVEIRA
BIOGRAFIA
Adolf Hitler
Biografia apresentada ao componente curricular Ciência Política e Teoria do Estado, como requisitos de avaliação.
Docente: Veruska Sayonara
Mossoró
2020
Adolf Hitler nasceu em 1889 na Áustria, e seus pais eram Alois Hitler e klara Hitler, um inspetor alfandegário e uma aspirante a artista. Hitler crescerá em um lar de classe média, contudo tal condição financeira não propiciou um bom convívio, especial com seu pai, o qual possuía um temperamento violento. Após a morte de seus pais, mudou-se para Viena para tentar ingressar na Academia de Belas Artes, porém foi rejeitado pela academia. Depois de alguns anos, em 1910 vai para Alemanha, onde alista-se para participar da primeira guerra mundial. Atuou na guerra como mensageiro, atravessando as trincheiras em meio ao conflito, o que lhe rendeu honrarias por sua coragem, mas antes do final da guerra acaba sendo hospitalizado. A rendição alemã no tratado de Versalhes, instaurou no país uma forte crise econômica, a qual fortaleceu movimentos de extrema direita e antissemitas. A “punhalada nas costas” uma teoria que acusava socialistas e judeus de sabotar o país, incitando ainda mais o ódio contra esses civis. 
A revolução interna foi outra forte consequência do pós-guerra, a qual derrubou a monarquia vigente e instalou a república liberal. Tal situação propiciou a criação do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemãs, conhecido como partido nazista. A oratória de Hitler possuía forte efeito sobre as massas, com um discurso populista que prometia o fortalecimento da Alemanha e criava “inimigos” responsáveis pelos males ali existente, e assim ganhando espaço no cenário político. Em 1923, Hitler tenta realizar um golpe de estado ao lado do partido nazista, contudo o golpe falha e ele acusado por traição. Na prisão, escreveu sua auto biografia, Mein Kampf, onde expôs sua ideologia de purificação das raças na Alemanha, purificação essa pautada na supremacia ariana. A ‘Grande Depressão” causada pela quebra da bolsa de valores de Nova York, reflete diretamente na Alemanha, a qual vê seu sistema financeira colapsado novamente.
 Esse colapso permitiu a Hitler ascender ao cargo de chanceler, por pressões populares e políticas. Logo, em 1934 assume o posto de Fuhrer, o que lhe dava plenos poderes sobre o estado alemão, uma vez que o presidente atual havia se afastado. No início do seu comando, se mostrou um líder de estado bastante eficaz, reduzindo o número de desempregados de 6 milhões para 1 milhão e, ainda investiu na infraestrutura para desenvolver a Alemanha. Tendo o poder em suas mãos, começou a ignorar o tratado de Versalhes, aumentando as tropas alemães, algo que era proibido pelo tratado. Aliando-se a Itália e ao Japão, e assim dando origem as potencias do eixo na Segunda Guerra. Hitler mostra-se um excelente estrategista nos primeiros anos de guerra. Nesse período foi responsável pelas maiores crueldades da história humana, o Holocausto. Perseguindo judeus em seu território e nos países conquistados, causando um dos mais famosos genocídios em campos de concentração, ou podemos chamar de campos de extermínio.
 Na guerra, algumas decisões tomadas por Hitler foram primordiais para derrota alemã, a mais famosa delas foi a Invasão da união soviética em pleno inverno, e mesmo sabendo da insuficiência de recurso para um embate prolongado, insistiu no ataque, o que lhe custou recursos, suas tropas e a guerra. Essa derrota abalou seu ego, e a confiança da população alemã em seu líder, causando problemas internos no país. Após a sucessivas derrotas, os soviéticos chegam até Berlim com a intenção de captura Hitler, porém Hitler suicida-se em um bunker em 30 de abril de 1945, seu corpo foi cremado para não ser capturado pelos inimigos. Até Hitler e o nazismo é lembrado, como um dos grupos mais violentos e racistas de toda a história humana.
Conselhos aplicados do livro “O Príncipe” de Nicolau Maquiavel.
Capítulo VII: “Cidadão pode se tornar príncipe de seus cidadãos, por meio do apoio popular”.
Maquiavel citava a necessidade dos príncipes de possuírem a “virtú”, capacidade a qual o governante a usa para manter o equilíbrio de seu reino. Essa virtú seria indispensável para a manutenção da paz no estado, e com ela poderia usufruir da fortuna para facilitar a obtenção de seus objetivos, os quais dificilmente seriam atingidos apenas pela fortuna. Hitler ascendeu ao poder utilizando-se da virtú, uma vez que não tinha origem nobre e nem portava grande fortuna. Elevou-se politicamente através do apoio popular, com seus discursos populistas que influenciava as massas alemãs, manipulando suas emoções a seu favor. Sua forte oratória foi primordial para obter tal popularidade e disseminações de seus ideais, que propiciaram sua chegada ao poder.
Capitulo III: “Mesmo que disponha de exércitos fortes, sempre precisará do apoio dos habitantes”.
Ao conquistar o poder absoluto, Hitler investiu fortemente em seus exércitos, violando inúmeras vezes o tratado de versalhes, o qual limitava o poderio militar alemão. O exército alemão reestruturava seu poderio de combate, sendo capaz de voltar a ser uma potência militar mundial. Contudo, os avanços também foram significativos na economia, investindo em indústrias de base e em infraestrutura. Com isso, diminuindo o número de desempregados no país e recuperando a “autoestima” do seu povo. Sua gestão trouxe-lhe ainda mais apoio popular, ganhando o apelido de “Fuhrer”, e logo essa popularidade transformou-se em veneração. Outro fator responsável por essa veneração, eram as propagações de suas ideologias e do seu governo na cultura, alienando seus habitantes a seguirem as ideias impostas, e perseguindo os indivíduos contrários. Forma de cultura coerciva, a qual tinha o intuito de manter o pensamento segundo as intenções de Hitler.
Capitulo XII: “Os principais fundamentos que os estados, têm, tanto os novos como os velhos ou os mistos, são as boas leis e as boas armas”.
Após estabelecer seu poder, usou-se de armamento militar para proteger seu território de possíveis ataques de países inimigos, e em razão do seu desenvolvimento armamentista recuperou territórios perdidos. Além disso, promulgou leis autoritárias que controlavam o país internamente contra qualquer oposição, e tinham por sua vez intenção de aplicar as ideologias nazistas. Usando-se do controle das armas para controle coercivo, também enraizou seus pensamentos no direito alemão.
 
Capitulo XIV: “Um príncipe não deve ter outro objetivo nem outro pensamento, nem tomar qualquer coisa por fazer, senão a guerra e a sua única organização e disciplina, pois que é essa a única arte que compete a quem comanda”.
Durante seu governo, Hitler constantemente incitou a guerra, desde seus discursos até o fim da 2°guerra mundial. Mesmo durante o período de “paz’, ele preparava-se para guerra, desenvolvendo fortemente seus exércitos e implantando sua ordem e disciplina aos habitantes. Hitler ao longo dos anos, esteve preparando-se para esse embate, fomentando o ódio no país, o qual almejava redenção depois da última derrota.
 Capitulo XVII: “Um príncipe não deve temer a fama de cruel, desde que por ela mantenha seus súditos unidos e leais”
Em seu comando nazista na Alemanha, Adolf conquistou a veneração de uma grande parcela, e o temor dos movimentos de oposição. O estado dispõe de ações coercivas para controle e permanências das ideias, perseguindo e assassinando os opositores do governo, sendo visível sua forma violenta de governar, e assim oprimindo a liberdade opinião. Tais comandos, forçaram a permanência e manutenção de uma unidade de pensamento, transformando a população em súditos completamente leais e disposto a sacrificarem-se em prol desta causa.
Capitulo XX: “ Um príncipe novo, que temmais necessidade de adquirir reputação, o faz nascer dos inimigos e determina que lhe sejam impostos embaraços, a fim de que ele tenha a oportunidade de superá-los, por isso, muitos pensam que um príncipe hábil deve, quando tenha ocasião, incentivar com astúcia alguma inimizade para, eliminada esta, continuar a ascensão de sua grandeza”
A situação era facilitava a criação de um inimigo em comum, os judeus e os comunistas. Hitler instigou o ódio e perseguiu esses grupos, culpando-os dos problemas os quais enfrentava a Alemanha. E esse sentimento de um inimigo nacional repetitivamente estimulado por Hitler em seus discursos, acabou favorecendo-o politicamente. Valendo-se de táticas bastante inescrupulosas para reafirmar a situação, quando em 1933 o parlamento alemão foi incendiado em Berlim, o atentado foi assumido por Marinus van der Lubbe, o qual mantinha ligações comunistas, história essa que tornou-se oficial sem uma investigação efetiva alemã. Hitler aproveitando- se da situação, acusou os comunistas de conspiração contra o estado, entretanto tal golpe favoreceu-o no controle do estado e ainda provocou a desestruturação da democracia alemã, a qual havia sido recentemente implantada. 
Capitulo XXV: “Se alguém se orienta com prudência e paciência e os tempos e as situações se apresentam de modo a que a sua orientação seja boa, ele alcança a felicidade; mas, se os tempos e as circunstancias se modificam, ele se arruína, visto não ter mudado seu modo de proceder”
Ascensão de Hitler, deve-se a situação conturbada que se encontrava a Alemanha. Crises políticas e financeiras instabilizavam o estado, junto disso o crescimento de ideias raciais e antissemitas afloravam na Europa. Ele manipulou as massas com seus discursos populistas e nacionalistas, tirando proveito dos sentimentos e mágoas daquele povo. A situação favorecia a disseminação de suas ideologias, que foram fortificando-se ao longo dos anos até sua escalada ao poder. Porém, sua persistência em determinados comandos em provar a supremacia do povo germânico, custou-lhe a guerra e instaurou uma crise em país, o qual encontrou-se arrasado novamente após a guerra.
O livro “O Príncipe” de Nicolau Maquiavel na Atualidade e suas influências 
Nicolau Maquiavel foi um pensador político e escritor renascentista, considerado “Pai do Pensamento Político Moderno”. Sua relevância se dá por ser o único a representar e tentar compreender os fatos realisticamente, e não como esses fatos deveriam ser. No seu livro “ O Príncipe” relata instruções para os governantes comandarem seus reinos sem receio de perder seu poder conquistado, baseando-se em analises de acontecimentos anteriores, e assim fundamentar firmemente seus ensinamentos. Mesmo após séculos, ainda exista questionamentos acerca de suas ideias, mostrando-se tão atual como era em sua época. Maquiavel além disso promoveu a distinção entre a moral e a política em sua obra, que segundo ele o governante não pode prender-se a preceitos éticos, devendo realizar ações para manutenção do seu poder. A situação geopolítica do mundo está instável, as disputas econômicas cada vez mais acirradas entre os países, e nesse contexto, inúmeros governantes realizam atitudes com o fim de manter seu controle e poder, sendo os conselhos primordiais para enriquecimento e eficiência deste governante. Logo, enquanto os indivíduos almejarem o poder e controle nas relações humanas, Maquiavel sempre terá seu espaço nas decisões e acontecimentos políticos. 
Referências
MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
STRECK, Lenio Luiz e MORAIS, José Luis Bolzan. Ciência política e teoria geral do Estado. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2004. (Parte I, tópicos1,2,3,4,5).
https://www.youtube.com/watch?v=d3r70E6Dvfs
https://www.sohistoria.com.br/biografias/adolf/