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ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR CARLOS CATTONY ENSINO MÉDIO – TURMA 3° ANO A ANA BEATRIZ SILVA XAVIER BRUNA DE ANDRADE NATAL INGRID RIBEIRO DA SILVA LETICIA FREITAS NAZISMO: HITLER, A ALMA DA DOUTRINA NAZISTA Orientadores: Claudio Roberto Delmondes dos Santos e Juliana Alves Rocha São Paulo 2017 ANA BEATRIZ SILVA XAVIER BRUNA DE ANDRADE NATAL INGRID RIBEIRO DA SILVA LETICIA FREITAS NAZISMO: HITLER, A ALMA DA DOUTRINA NAZISTA Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso de Ensino Médio apresentada à Escola Estadual Professor Carlos Cattony, como parte dos requisitos para obtenção do título de Conclusão sob a orientação de Claudio Roberto Delmondes dos Santos e Juliana Alves Rocha. São Paulo 2017 XAVIER, Ana Beatriz Silva. NATAL, Bruna de Andrade. SILVA, Ingrid Ribeiro da. FREITAS, Leticia. Nazismo: Hitler, a alma da doutrina nazista, 2017. 13 fls. Trabalho de Conclusão de Curso, Escola Estadual Professor Carlos Cattony, 2017. Orientadores: Claudio Roberto Delmondes dos Santos e Juliana Alves Rocha. 1. Guerra. 2. Hitler. 3. Nazismo. ANA BEATRIZ SILVA XAVIER BRUNA DE ANDRADE NATAL INGRID RIBEIRO DA SILVA LETICIA FREITAS NAZISMO: HITLER, A ALMA DA DOUTRINA NAZISTA Trabalho de Conclusão de Curso apresentada a Escola Estadual Professor Carlos Cattony, como parte dos requisitos para obtenção do título de Conclusão do Ensino Médio sob a orientação do Prof. Claudio Roberto Delmondes dos Santos e Juliana Alves Rocha. Nota ___________________________ Data da Aprovação: ____/____/______ BANCA EXAMINADORA: _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ A Deus, por ter nos concedido a dádiva da vida e por ter nos dado a oportunidade de estarmos vivenciando esta etapa de nossas vidas. Aos nossos familiares, por terem nos ajudado a chegar onde estamos hoje. Aos professores, que nos transmitiram grande parte do conhecimento que possuímos. Aos nossos amigos e colegas, que, em algum momento, passaram por nossas vidas. AGRADECIMENTOS Agradecemos a Deus, pelo privilégio de estarmos realizando diversos feitos durante todo este período. Aos nossos familiares que, em grande parte, contribuíram para a realização deste trabalho. Aos nossos professores orientadores, em especial a Professora Juliana Alves Rocha pela extrema atenção e orientação prestada a nós. Aos amigos e colegas de classe, que estiveram conosco em muitos momentos de nossas vidas. Aos funcionários deste colégio. E a todos que de alguma maneira contribuíram para a realização deste trabalho. “Que os vossos esforços desafiem as impossibilidades, lembrai- vos de que as grandes coisas do homem foram conquistadas do que parecia impossível.” (Charles Chaplin) RESUMO XAVIER, Ana Beatriz Silva. NATAL, Bruna de Andrade. SILVA, Ingrid Ribeiro da. FREITAS, Leticia. Nazismo: Hitler, a alma da doutrina nazista. Trabalho de Conclusão de Curso (Ensino Médio), sob a orientação dos Professores Cláudio Roberto Delmondes dos Santos e Juliana Alves Rocha. São Paulo, Escola Estadual Professor Carlos Cattony, 2017. Este trabalho tem como objetivo mostrar apresentar e analisar a vida e as ações de Adolf Hitler. E que mesmo vivendo no século XXI existe uma doutrina que fora apresentada há um tempo e faz incentivo a muitas pessoas a odiar o seu próximo, simplesmente por ele ser, em algum aspecto, diferente, possuir alguma diferença entre um e outro. Também queremos mostrar, através de detalhes importantes, como e o que fez o nazismo progredir de tal forma a ponto de alcançar admiradores e seguidores em grande escala. Mostraremos quem foi o principal líder de tal doutrina, o que ele pretendia e por que este originou o nazismo. Queremos conscientizar a todos a importância de levar este assunto à tona, visto que, infelizmente no mundo de hoje, há um grande número de pessoas que ainda sofrem com as agressões (tanto físicas quanto verbais) cometidas por aqueles que acreditam e seguem a doutrina nazista como único meio de “mudar” a realidade. Palavras chave: Guerra. Hitler. Nazismo. ABSTRACT XAVIER, Ana Beatriz Silva. NATAL, Bruna de Andrade. SILVA, Ingrid Ribeiro da. FREITAS, Leticia. Nazismo: Hitler, a alma da doutrina nazista. Trabalho de Conclusão de Curso (Ensino Médio), sob a orientação dos Professores Cláudio Roberto Delmondes dos Santos e Juliana Alves Rocha. São Paulo, Escola Estadual Professor Carlos Cattony, 2017. The aim of this dissertation is to show, to present and to analyse the life and the actions of Adolf Hitler. And that even living in the 19th century, there is a doctrine that was presented a long time ago and it still motivate many people to hate others, simply for being, in some aspect, different, to have some difference between one and another. Also we would like to show, through important details, how and what had made the nazism to increase so much, to had achieved a large number of followers. We are going to show who was the main leader of this doutrine, what he intended to do and why he created the nazism. We would like to raise awareness you all of the importance of getting this subject up, considering that, nowadays, unfortunately there are a lot of people still suffering aggression (as physical as verbal) committed for whose believe and follow the nazism doutrine as the unique way of "changing" the reality. Keywords: War. Hitler. Nazism. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO....................................................................................................12 2 PRIMEIROS ANOS.............................................................................................13 2.1 Contextualização histórica...............................................................................13 2.2 Infância.............................................................................................................13 2.3 Origens da família............................................................................................14 2.4 Filiação.............................................................................................................15 2.5 Escolaridade....................................................................................................15 2.6 Perfil psicológico..............................................................................................16 3 O DECORRER....................................................................................................19 3.1 A juventude......................................................................................................19 3.2 Viena................................................................................................................20 3.3 Quais suas pretenções....................................................................................21 4 HITLER SOLDADO.............................................................................................24 4.1 Trajetória na 1º Guerra....................................................................................24 5 HITLER POLÍTICO.............................................................................................26 5.1 Após a 1º Guerra.............................................................................................265.2 Como conheceu o partido Nazista...................................................................27 5.3 Da tentativa de golpe ao Mein Kampf..............................................................27 6 HITLER: O MESSIAS.........................................................................................19 6.1 A eleição de 1933........................................................................................... 30 6.2 Chanceler........................................................................................................30 6.3 Mein Kampf na prática....................................................................................32 6.4 Hitler Místico....................................................................................................33 6.4.1 Suástica.......................................................................................................35 7 A REALIDADE...................................................................................................38 7.1 Contexto da 2º Guerra Mundial......................................................................38 7.1.2 Cronologia..................................................................................................39 7.1.3 Consequências e Impactos.........................................................................39 7.2 Holocausto.....................................................................................................42 8 HITLER: O LEGADO.........................................................................................44 8.1 Últimas consequências...................................................................................44 8.2 O suicídio........................................................................................................46 8.3 Skinhead.........................................................................................................47 9 CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................50 REFERÊNCIAS.....................................................................................................51 ANEXO 1..............................................................................................................53 1 INTRODUÇÃO A humanidade, desde o início de sua história, tem mostrado grande capacidade de superar seus próprios limites através de grandes feitos. Todos estes feitos tinham por trás de si um originador, alguém que iniciou o projeto, alguém que fez a ideia surgir. Esta linha de raciocínio não é diferente quando se trata do nazismo. Há 60 anos, o mundo, abalado por acontecimentos recentes e ainda expurgando o trauma da I Guerra Mundial, via iniciar um novo conflito de dimensão ainda maior. Nas mãos de um líder que acumulava carisma e obsessão em proporções monumentais, a Alemanha levou às últimas consequências e preconceito e a destruição em uma onda que varreu a Europa. Adolf Hitler foi um nacionalista, de grandes ideias, homem que conseguia, através de bons argumentos, convencer muitas pessoas de que suas ideias estavam mais que corretas; ideias essas que foram aderidas aos poucos por diversas pessoas que iam aceitando os modos de pensar deste nacionalista que fez e continua fazendo história. Começava em um capítulo da história que muitos gostariam de apagar, mas não sem antes compreender os motivos e as paixões que o motivaram. 2 PRIMEIROS ANOS 2.1 Contextualização histórica No final da Primeira Guerra Mundial estourou uma crise econômica que atingiu praticamente todos os países da Europa. Na Alemanha, a desvalorização da moeda nacional estava forte e precisavam conter esse caso e tentar diminuir as consequências da derrota na guerra. Adolf Hitler foi um militar e político alemão de origem austríaca, que estabeleceu um regime nacional-socialista no que recebeu o título de Reichskanzler (chanceler imperial) e Führer (caudilho, líder ou guia). Nasceu em 20 de abril de 1889. Perseguia uma agressiva política exterior para ampliar o Lebensraum (espaço vital) alemão, e desencadeou a Segunda Guerra Mundial com a invasão da Polônia. Apesar de a Alemanha Nazista e as Potências do Eixo terem ocupado a maioria da Europa e partes da Ásia em seu apogeu, foram finalmente derrotadas pelos Aliados. No final da guerra, as políticas de conquista territorial e subjugação racial de Hitler tinham levado morte e destruição a dezenas de milhões de pessoas, incluindo o genocídio de cerca de seis milhões de judeus, o que se conhece como o Holocausto. Nos últimos dias da guerra, Hitler e sua companheira Eva Braun se suicidaram em seu bunker subterrâneo de Berlim, enquanto a cidade era invadida pelo Exército Vermelho da União Soviética. 2.2 Infância Adolf Hitler nasceu a 20 de Abril de 1889 em Braunau-am-Inn, uma pequena localidade perto de Linz, na província da Alta-Áustria, próximo da fronteira alemã, e que naquela época fazia parte do Império Austro-Húngaro. Adolf era um rapaz inteligente, mas mal humorado. Foi reprovado por duas vezes no exame de admissão à escola secundária de Linz. Ali, começou a acalentar ideias pangermânicas, fortalecidas pelas leituras que o seu professor Leopold Poetsch, um anti-semita bastante admirado pelo jovem Hitler, lhe recomendou vivamente. Hitler era devotado à sua complacente mãe e, presumivelmente, não gostava do pai, que apreciava a disciplina e o educava severamente, além de não compartilharem muitas ideias políticas. Em "Mein Kampf", Hitler é respeitoso para com a figura de seu pai, mas não deixa de referir discussões inconciliáveis que teve com ele acerca da sua firme decisão em se tornar artista. De fato, interessou-se por pintura e arquitetura. O pai opunha-se firmemente a tais planos, preferindo que o filho fizesse carreira na função pública. As pessoas da cidadezinha austríaca onde o menino Adolf cresceu lembram- se dele como um garoto independente, mas muito solitário. Os livros que lia limitava- se a aventuras e histórias militares. Sobre essas leituras, ele escreveu mais tarde: “Eu parecia viver as gigantescas batalhas no mais íntimo do meu ser”. 2.3 Origens da família O seu pai, Alois Hitler (1837 - 1903), que nascera como filho ilegítimo, era funcionário da alfândega. Até aos seus 40 anos, o pai de Hitler, Alois, usou o sobrenome da sua mãe, Schicklgruber. Em 1876, passou a empregar o nome do seu pai adotivo, Johann Georg Hiedler, cujo nome terá sido alterado para "Hitler" por erro de um escrivão, depois de ter feito diligências junto de um sacerdote responsável pelos registros de nascimento para que fosse declarada a paternidade, já depois da morte do seu padrasto. Adolf Hitler chegou a ser acusado, depois, por inimigos políticos de não ser um Hitler, mas sim um Schicklgruber. A própria propaganda dos aliados fez uso desta acusação ao lançar vários panfletos sobre diversas cidades alemãs com a frase "Heil Schicklgruber" - ainda que estivesse relacionado, de fato, aos Hiedler por parte da sua mãe. A mãe de Hitler, Klara Hitler (o nome de solteira era Klara Polzl), era prima em segundo grau do seu pai. Este a trouxera para sua casa para tomar conta dos seus filhos, enquanto a sua outra mulher, doente e prestes a morrer, era cuidada por outra pessoa. Depois da morte desta, Alois casou-se, pela terceira vez, com Klara, depois de ter esperado meses por uma permissão especial da Igreja Católica que foi concedida exatamente quando Klara já se mostrava visivelmente grávida. No total, Klara teve seis filhos de Alois. No entanto, apenas Adolf, o quarto, e sua irmã mais nova, Paula, sobreviveram à infância. Em Janeiro de 1903 morreu Alois Hitler, vítima de alcoolismo, numa taberna. Em Dezembro de 1907 morreu Klara, de câncer, o que o terá afetado sensivelmente Adolf que já vivia em Viena.Hitler obedecia e respeitava o seu pai, porém o via como um inimigo que chefiou a família "com severidade tirânica e injustiça". De acordo com o relatório, Hitler tinha inveja do poder masculino de seu pai e sonhava em humilhá-lo para restabelecer "a glória perdida de sua mãe." Ao longo de 16 anos, contudo, Hitler não mostrou ambição ou competitividade, porque seu pai havia morrido e ele ainda não havia descoberto um novo inimigo. 2.4 Filiação Adolf Hitler, nascido em Braunau am Inn, Áustria Hungria, no dia 20 de abril de 1889. Pai de Hitler: Alois Hitler nascido em Waldviertel, no dia 07 de junho de 1837. Era um empregado de alfândega. Morreu no dia 03 de janeiro de 1903 aos 65 anos. Mãe de Hitler: Klara Hitler, antes do casamento Klara Pölzl, nasceu em Spital, Império Austríaco, no dia 12 de agosto de 1860. Pretendia seguir a carreira artística e por duas vezes tentou, sem sucesso, entrar na academia de Belas Artes de Viena. Morreu no dia 21 de dezembro de 1907 aos 47 anos. 2.5 Escolaridade Hitler frequentou Volksschule Lambach (1897- 1898) Bundesrealgymnasium Linz (1900- 1904) Escola Superior Profissional de Steyr (1904-1905). Adolf Hitler era considerado um aluno preguiçoso com notas baixas. Durante seu período na escola Hitler não tinha muitos amigos. Esse traço militarista do caráter de Hitler era visível, mesmo quando ele brincava. Os únicos jogos que o atraíam eram os jogos de guerra, nos quais ele mesmo nunca era um combatente, sempre um estrategista. E era sempre o chefe. Um de seus professores do colégio recordou mais tarde: “Ele era teimoso, arrogante e irascível... Além disso, era preguiçoso... Reagia com indisfarçável hostilidade ao conselho ou à punição”. Ele não quis mais frequentar a escola porque era um estudante pobre em comparação aos colegas. Sob a vigilância constante do pai, o menino havia sido um bom estudante nos primeiros anos de curso, mas, quando chegou aos 12 anos, mesmo a pressão paterna foi inútil para mantê-lo junto aos livros. E, depois da morte do pai, permaneceu na escola por apenas dois anos mais. Sua mãe permitiu que ele abandonasse os estudos. 2.6 Perfil psicológico Um dos tiranos mais brutais da história, Adolph Hitler, teve o seu perfil traçado ainda em 1943 a pedido do Escritório de Serviços Estratégicos, um antecessor da CIA, a agência de inteligência norte-americana. O diagnóstico é que o líder nazista era um esquizofrênico que tinha a missão de vingar seus anos de raiva reprimida durante a infância, de acordo com o psicólogo e professor de Harvard, Henry Murray (1893-1998). Um dos objetivos do trabalho era o de prever o seu comportamento no caso de uma derrota alemã na Segunda Guerra Mundial. O relatório consumiu 229 páginas e foi chamado "A Personalidade de Adolf Hitler". Murray descreveu o Führer como um paranóico, "incapaz de relacionamentos humanos normais." alguém incapaz de aceitar uma brincadeira e um criminoso compulsivo, mas que se mostrava perseverante diante da derrota e tinha uma grande obstinação e confiança em si mesmo. "É impossível esperar qualquer misericórdia ou tratamento humano dele", escreveu Murray. Ainda de acordo com o estudo, Hitler sofria com sentimentos intoleráveis de inferioridade, em grande parte por causa de seu porte físico pequeno e aparência frágil e doente. "Ele nunca fez qualquer trabalho manual, tampouco esteve envolvido na prática de esportes e também foi rejeitado no exército austríaco por conta de sua fragilidade física," relatou Murray. Sexualmente, o psiquiatra descreveu Hitler como um masoquista passivo e caracterizado por sua homossexualidade reprimida. Hitler sofria neuroses, paranoia, histeria e esquizofrenia, entre outros males. Esse comportamento teria origem em um Complexo de Édipo (o amor de mãe e ódio do pai), que teria sido alimentado quando, acidentalmente, viu seus pais fazendo sexo. Outra questão sexual que teria afetado a masculinidade de Hitler residia no fato de que ele era "incapaz de consumar o ato sexual de uma forma normal", segundo Murray. Por várias razões, passou a associar o sexo com algo sujo. “Ele não era capaz de demonstrar o poder masculino diante de uma mulher, então ele compensou isso mostrando sua força aos homens em todo o mundo", escreveu o psicólogo. Hitler teria tido várias parceiras, mas casou com sua amante de longa data, Eva Braun. Ambos cometeram suicídio juntos em seu bunker de Berlim, em 30 de abril de 1945. A atitude de Hitler em relação à valorização do "sangue puro, sem mistura e não corrompido do alemão", de acordo com Murray, vinha de um complexo por conta de suas origens mistas, já que Hitles possuía judeus em sua família como o avô, o padrinho e sua irmã namorava um judeu rico. O Fuhrer teria concentrado seu ódio aos judeus, porque eles eram um alvo fácil. O psicólogo defende que os judeus foram escolhidos como alvos de Hitler pois seriam o grupo que "não lutaria com punhos e armas". O relatório indica que Hitler estava ansioso para tirar dos judeus sua riqueza e poder. O levantamento de informações do Hitler traz fatos curiosos, como o de que ele tinha um aperto de mão fraco e úmido, porém um olhar "hipnótico". Murray afirma que Hitler recebia elogios por seus olhos de cor azul-acinzentado, que ao mesmo tempo eram descritos como "mortos e impessoais”. Outra parte do corpo do líder alemão que chamava atenção eram suas mãos, consideradas belas. Fontes dizem que Hitler parecia ser tímido ou mal-humorado durante conversas e apresentava gestos descoordenados. Entre as várias características citadas no seu perfil, uma era relacionada à comida. Hitler não era fácil de agradar e possuía um paladar bastante exigente. Por outro lado, Hitler adorava cães, especialmente quando ele estava dormindo. Hitler teve poucos hobbies, pois ele manteve um cronograma agitado e idiossincrático, mas alguns mostram uma ótima visão do homem. Ele gostava de pinturas, esboços e músicas. Também era um imitador fantástico, que gostava de fazer imitações perversas de todos, de líderes estrangeiros a quadrinhos alemães. Sua cor favorita era castanho. Comida favorita era truta pan-frita, caviar e bolinhos de fígado. Hitler adorava filmes, domésticos e estrangeiros, seu favorito era Branca de Neve e os Sete Anões (1937) e King Kong (1933). Durante a guerra, ele assistiu apenas as notícias da luta, um hábito que ele compartilhou com Churchill. Ele gostava de assobiar músicas, especialmente de ótima ópera, que ele havia memorizado inteiramente. Sua música favorita era Ludwig van Beethoven e a ópera favorita era “Reinz” de Richard Wagner. Seus livros favoritos eram; Último dos moicanos, Dom Quixote, A Passagem da Grande Corrida e Mein Kampf. Suas atrizes favoritas eram; Lina Basquette e Pola Negri e seu esporte favorito era futebol. Hitler possuía um fetiche sexual de deixar as pessoas chocadas e causar ânsias. Essencialmente, ele tinha uma paixão em ser "defecado" por mulheres - incluindo sua sobrinha -, que ficavam de pé sobre ele. Esse tipo de prazer é conhecido como coprophilia. 3 O DECORRER 3.1 A juventude Em casa, Hitler tornou-se um pouco próximo de sua mãe, o que tudo indica que era compreensiva. A desavença com o pai ganhou contornos mais graves quando Hitler anunciou o seu desejo de se tornar um artista plástico. Hitler adorava pintura e arquitetura. Porém seu pai queria que o filho tentasse uma carreira mais tranquila no serviço público e por isso, não aprovou a escolha de Adolf. Teria dito que, enquanto fosse vivo, seu filho não seria um artista. Porém, em 1903 seu pai faleceu e Hitler, aos 14 anos, pode pensar em tentar a sorte na carreira que escolhera. Mas, pouco tempo depois, a vida de Hitler foi abalada pela perda da mãe, vítima de câncer nos seios. Não havia mais razão para Hitler permanecer em uma cidade pequena.Apesar de ter se tornado órfão surgiu à oportunidade para Hitler realizar o desejo de ser um pintor. O local para isso era Viena, capital do Império Austro-Húngaro e um grande centro cultural no início de século XX. A Academia de Belas Artes era a escola ideal para Hitler entrar no meio artístico, ou talvez, tornar-se um arquiteto. Contudo, o jovem foi reprovado em duas oportunidades no exame de admissão. Além disso, a herança dos pais estava acabando, como também a ajuda para os órfãos, que expirou quando ele completou 21 anos. Hitler viveu maus momentos, sem poder estudar e sem trabalho, tendo que pintar pequenos cartões postais e aquarelas para poder sobreviver. Hitler conseguia ganhar um pouco de dinheiro com a venda dessas pinturas, o que com um pouco mais de persistência poderia ter sido um artista razoável. Nessa época, Hitler chegou a dormir em albergues para mendigos e até, segundo as suas próprias palavras, a passar fome. Mas Hitler também frequentava a Ópera de Viena e tornou- se admirador do compositor Richard Wagner por ele exaltar a tradição cultural germânica. O ambiente antissemita da capital austríaca influenciou Hitler. Em Viena, Hitler teve contato com panfletos hostis aos judeus. Em 1913 aproveitando o que restou da herança do pai, Hitler deixou Viena, atravessou a fronteira com a Alemanha e se fixou em Munique, capital da Bavária (ou Baviera). Dessa forma, Hitler pensava morar em uma cidade mais identificada com a cultura germânica. Também aproveitando a mudança para tentar escapar do serviço militar no Império Austro-Húngaro. Porem ele foi obrigado a se alistar, sendo dispensado no exame médico por ser considerado inapto para a atividade militar. De volta a Munique, Hitler voltou a vender cartões postais pintados por ele mesmo para sobreviver. Os quais foram os momentos mais difíceis da sua vida. Alguns biógrafos chegaram a sugerir que Hitler teria realizado programas com homossexuais, que o teriam ajudado a sobreviver nessa época, algo difícil de ter uma comprovação. 3.2 Viena Quando o pai de Hitler faleceu, o caminho estava livre para que se tornasse um pintor. Porém ele acreditava que facilmente seria aceito em belas-artes de Viena. Hitler retirou a herança de seu pai quando completou 18 anos e foi morar em Viena com seu amigo August Kubizek. Após duas recusas de belas-artes, Hitler dirigiu-se até a faculdade para saber quais motivos de não ser aceito, o diretor disse que o seu verdadeiro talento era para arquitetura e não para pintura. De fato, suas pinturas de edifícios eram perfeitas, quando a reprodução humana deixava a desejar. Na época Hitler com 19 anos permaneceu em Viena morando em uma pensão com amigo e sem emprego fixo. Porém logo abandonou amigo e desapareceu na multidão de Viena. Passado tempo Hitler decidiu fabricar cartões postais e vender em igrejas, cafés e casas de ópera com a ajuda de um conhecido. Entretanto a parceria não durou muito, uma vez que seu amigo sumisse com um de seus quadros. Porém o dinheiro que ganhou foi o suficiente para pagar o aluguel de um apartamento. Hitler ficou mais irritado com seu amigo, por conta que a atividade lhe trazia dinheiro, mais do que se ele fosse um empregado. Ainda em Viena, gostava de passar seu tempo livre nas óperas e se dedicar a muitos livros. Um dos meios que mais o ajudou nas ideias antissemitas. Os cinco anos que passou em Viena foi decisivo para formar seus pensamentos que o levaria ao poder. Irritado com os judeus começou a ler panfletos antissemitas os quais tiveram grande influência no futuro do jovem, e dar ideias para suas visões políticas. 3.3 Quais suas pretensões A vida de Hitler em Viena começou com um insucesso. Quando sua admissão na Academia foi recusada foi recusada pela primeira vez, sofreu um duro golpe. “Eu estava tão certo de ser bem sucedido”, escreveu mais tarde, “que a notícia de minha reprovação pegou-me completamente de surpresa, como um raio vindo do céu”. Mas o destino reservava-lhe ainda outro desastre: poucos meses depois, em 21 de dezembro de 1907, sua mãe morreu. Gustl Kubizek continuou morando com o amigo em Viena por uns tempos, mas Hitler parecia ter pouca capacidade para relacionamentos pessoais. A segunda rejeição da Academia foi à última gota. Quando Kubizek viajou a Linz para visitar os pais, Adolf desapareceu sem deixar vestígios. Os seguintes cinco anos e meio viram o jovem Hitler tornar-se cada vez mais isolado e excêntrico. Ele tinha algum dinheiro, mas vivia como um vagabundo, perambulando sem objetivo pela cidade grande, dormindo em quartos baratos ou abrigos municipais, alimentando-se de pão, leite e daquilo que conseguia arranjar nas sopas das cozinhas de igreja. Mesmo depois que a sua pequena pensão foi suspensa, em 1911, nunca teve um trabalho regular. Mantinha-se como artista autônomo, pintando cartazes de propaganda ou fazendo cópias de edifícios em aquarela para vender como cartão-postal. Ocasionalmente aceitava empregos como limpador de neve ou para carregar bagagens na estação ferroviária e, como último recurso, pedia dinheiro a uma tia solteira de Linz. Aparentemente não fez amigos durante esse período, nem se interessou por mulheres. Os outros desocupados que o conheceram nos abrigos da cidade recordam-se dele como preguiçoso e mal-humorado, mas muito austero. Nunca fumou, nem bebeu, e parecia apreciar pouco os prazeres da vida. Seu único entretenimento era a ópera. Não tinha gosto especial pela música, mas amava o espetáculo- especialmente as grandiosas e melodramáticas obras de Richard Wagner, que glorificavam o passado mitológico da Alemanha. Foi nessa época que a honra da Alemanha e dos alemães começou a preocupá-lo de forma crescente e a política tornou-se seu assunto favorito. Além disso, Viena era uma das muitas cidades européias cheias de desajustados solitários e infelizes, e de organizações cujos membros imaginavam poder resolver os problemas do mundo. Por isso, não é de se surpreender que o jovem solitário de Linz, sem amigos, sem ocupação, sem dinheiro e sem perspectivas fosse atraído por um desses grupos. Uma das opiniões mais generalizadas entre os pobres e desesperançados de Viena- e também entre muita gente da classe média e alta- era a de que os problemas da Áustria e da Alemanha decorriam da mistura racial. Hitler lia regularmente uma revista popular de Viena chamada Ostara, que afirmava ser o louro povo alemão (os arianos, como então eram chamados) uma raça superior, destinada a dominar a terra, e que todos os problemas da sociedade eram consequência contaminação dessa raça por pessoas inferiores, mais escuras. Como resultados disso, ciganos, eslavos e principalmente judeus foram apontados como inimigos da pureza étnica da “raça ariana”. O antissemitismo- ódio aos judeus- tinha uma longa história na Áustria. Na verdade, esse era um preconceito comum naqueles dias, especialmente entre aqueles que se consideram membros de uma “sociedade bem-educada” e modelos de respeitabilidade. O antissemitismo tornou-se uma das obsessões de Hitler. Embora, nessa época, Adolf falasse sobre política, a qualquer hora, com qualquer pessoa que o escutasse, e tendesse a ficar particularmente histérico quando discutia o destino glorioso dos alemães e a terrível ameaça representada por judeus e comunistas, não havia ainda pensado em abraçar ativamente uma carreira política. Ainda se considerava um artista à espera de reconhecimento. O governo da Áustria, no entanto, via-o apenas como mais um jovem desempregado e como alguém que estava na época de prestar serviço militar. Hitler deixara de se inscrever em Linz e havia perdido todo o contato com a família. Por isso, a polícia seguira sua pista até Viena e, embora ainda não o houvesse localizado entre os vadios dos abrigos municipais, isso era apenas uma questão de tempo. Em 1913, o jovem Adolf decidiu que estavana hora de se mudar. Mais tarde ele escreveu que fora atraído por Munique, além da fronteira com a Alemanha, por causa da vida artística que ali se desenvolvia e pela esperança de encontrar melhores oportunidades para sua carreira. Alegava também ter sido “repelido pela mistura de raças” existente em Viena, e que sempre tivera um ardente desejo de viver na pátria do povo alemão. Contudo, parece que sua principal razão para ir a Munique foi simplesmente evitar o serviço militar no exército austríaco. 4 HITLER SOLDADO 4.1 Trajetória na 1º guerra Adolf Hitler foi atraído pela força e pelo poder do Império Alemão, que, ao contrário do Império Austro-Húngaro, estava em pleno crescimento. Ele se mudou para Munique em 1913 para fugir do serviço militar, pois não queria ficar ao lado de eslavos e judeus. Depois, declarou ter abandonado a Áustria porque “a mistura de raças em Viena era repugnante”. Em Munique, Hitler voltara ao seu circuito sem destino de quartos baratos e tentativas de vender seus desenhos em bares. Viveu assim por oito meses, até que, em janeiro de 1914, as autoridades austríacas finalmente o localizaram e o prenderam como desertor do serviço militar. Mas ele conseguiu sair da enrascada. Em vez de ser deportado para Linz e, muito provavelmente, posto na cadeia, foi perdoado e recebeu permissão para apresentar-se em Salzburgo, onde o médico do exército considerou-o inapto para qualquer tipo de atividade militar. No relatório, o examinador afirmou que Adolf Hitler era muito fraco, incapaz de carregar armas. Em 28 de julho de 1914, iniciou-se a Primeira Guerra Mundial. Uma semana depois, Hitler apresentou-se como voluntário ao exército alemão, sendo designado a um regimento bávaro. Com apenas três meses de treinamento, ele foi enviado à Frente Ocidental. Hitler serviu na França e na Bélgica como mensageiro da Primeira Companhia do 16º Regimento de Infantaria de Reserva Bávaro, atuando na linha de força inimiga. Ele participou também da Primeira Batalha de Ypres, na qual sua unidade foi dizimada em quatro dias. Ao fim do conflito, de 3.500 soldados, sobraram somente 600 para seguir em combate. Em outubro de 1916, no norte da França, Hitler foi ferido, retornando à Frente em março de 1917, quando foi promovido à patente de cabo. Ele só não recebeu uma promoção maior porque consideraram que lhe faltava liderança. Hitler foi condecorado duas vezes: recebeu a Cruz de Ferro de Segunda Classe em 1914 e a Cruz de Ferro de Primeira Classe em 1918. Adolf Hitler foi considerado um bom soldado, embora não fosse querido entre seus companheiros, por causa de sua atitude submissa em relação aos seus superiores. “Respeitar o superior, não contradizê-lo e obedecer às cegas”, ele disse em seu julgamento em 1923. Ele nunca pediu a permissão para abandonar a Frente (apesar de ter ido a um hospital em Berlim enquanto se recuperava de uma ferida na perna). Segundo Hitler, a Alemanha perderia a guerra por causa dos judeus e dos marxistas, a quem ele acusou de roubar a nação e não prestar serviço militar. Seus inimigos políticos tentaram provar que havia sido covarde, mas os arquivos do exército alemão mostram claramente que ele foi um homem de infantaria dedicado, leal e corajoso. Hitler lutava por uma causa e nenhum soldado luta tão bem quanto aquele que realmente acredita em sua missão. Ele havia sonhado com batalhas, quando ele era apenas um garotinho, e agora, seu sonho de infância tornou-se realidade. Um membro do regimento, lembrando-se como o jovem Adolf reagiu ao receber seu primeiro fuzil, contou: “Ele olhou a arma com prazer, como uma mulher olhando suas jóias”. Em outubro de 1918, pouco antes do final da guerra, Hitler sofreu uma emboscada em um ataque de gás venenoso britânico próximo a Ypres. Depois de ficar temporariamente cego por causa dos gases tóxicos (segundo o pesquisador Bernhard Horstmann, sua cegueira temporal pode ter sido resultado de uma reação histérica à derrota da Alemanha), teve que ficar um tempo em um hospital de campanha. Quando foi informado de que a monarquia havia sido deposta e que um armistício seria assinado, dando a guerra por pedida, declarou: “Tudo ficou negro novamente diante de meus olhos”. 5 HITLER POLÍTICO 5.1 Após a 1º guerra Ele retornou a Munique em 1919. Pouco depois de sua chegada, o governo soviético foi derrotado pelo exército alemão e pelos paramilitares conservadores. Hitler foi incumbido, então, de seu primeiro trabalho político: investigar os membros de sua unidade que haviam colaborado com o governo soviético. Ele afiliou-se ao Partido dos Trabalhadores Alemães, precursor do Partido Nazista, em 1919, emergindo como seu líder em 1921. Quando a Primeira Grande Guerra explodiu, Hitler tinha 25 anos e já não sustentava receios quanto à carreira militar. Ele se alistou para servir no 16º Regimento Bávaro da Reserva. E foi a partir dessa decisão, a partir das experiências vividas por aquele jovem soldado, que um forte espírito nacionalista e antissemita foi forjado. Hitler serviu na fronte ocidental como mensageiro – uma atividade perigosa que não oferecia a proteção das trincheiras. Ao longo de seu tempo de serviço Hitler vivenciou várias batalhas decisivas. Na Batalha do Somme, em 1916, ele caiu ferido por um tiro na perna. Ironicamente, foi um oficial judeu chamado Hugo Gutmann que, motivado pela coragem e bravura do jovem soldado, o recomendou para a Cruz de Ferro – uma honraria geralmente reservada a militares de alta patente. A intensa propaganda militar encorajou o nacionalismo de Hitler e fortaleceu suas crenças o suficiente para torná-lo um fanático defensor do esforço de guerra. Em 15 de março de 1918, vítima do gás mostarda, Hitler tornou-se temporariamente cego, foi retirado do serviço e enviado ao o hospital. Lá, foi informado sobre o fim da guerra e sobre a vitória dos aliados. A notícia devastou Hitler e muitos outros nacionalistas alemães e deu início à teoria da conspiração conhecida como Dolchstoßlegende, ou “lenda da punhalada nas costas”. Esta atribuía a culpa pela derrota da Alemanha a líderes civis, judeus e marxistas que supostamente teriam sabotado o esforço de guerra. Essa teoria foi à base da ideologia nazista de Hitler e contribuiu para que o líder conseguisse a provação popular no período entre guerras. 5.2 Como conheceu o partido nazista Logo após o término da guerra, Hitler continuou trabalhando para o exército, ele foi convidado para ser infiltrado no partido dos trabalhadores, que era um partido recém-criado. E o fundador do partido, que também era contra os judeus estava apoiando todas as ideias de Hitler, que decidiu mudar o nome do partido para partido nacional socialista dos trabalhadores alemães, mas conhecido como partido nazista. Hitler criou também a suástica como o símbolo do partido nazista. O partido foi criado como um meio de chamar os trabalhadores para longe do comunismo e reaquecer seu nacionalismo völkisch. Inicialmente, a estratégia política nazista focou em anti-grandes empresas, anti-burguês, e a retórica anticapitalista, embora esses aspectos foram posteriormente minimizados a fim de ganhar o apoio das grandes entidades industriais, e em 1930 o foco do partido mudou para antissemita e antimarxistas. O líder do partido desde 1921, Adolf Hitler, foi nomeado Chanceler da Alemanha pelo presidente Paul Von Hindenburg, em 1933. Hitler rapidamente estabeleceu um regime totalitário conhecido como o Terceiro Reich. Após a derrota do Terceiro Reich no final da Segunda Guerra Mundial na Europa, o partido foi "completamente e finalmente abolido e declarado ilegal" pelas potências aliadas de ocupação. O partido surgiu a partir do nacionalismo alemão combinado à cultura paramilitar racista e populista dos Freikorps, que lutaram contraos levantes comunistas na Alemanha após a Primeira Guerra Mundial. 5.3 Da tentativa de golpe ao Mein Kampf O primeiro atentado à vida de Hitler aconteceu quase 20 anos antes do início da Segunda Guerra Mundial. Em novembro de 1921, o jovem e radical ainda desconhecido fez um discurso na famosa cervejaria Hofbräuhaus de Munique. Além de membros do recém-formado Partido Nazista, na multidão também estavam dezenas de social democratas, comunistas e outros opositores políticos. A retórica inflamada de Hitler logo os deixou em frenesi. Uma briga de bêbados eclodiu e, enquanto voavam punhos, canecas e cadeiras, um grupo de assaltantes desconhecidos sacou pistolas e atirou várias vezes na direção do pódio do orador. Hitler não se machucou e continuou a discursar por mais 20 minutos até que a polícia chegou. O encontro do futuro ditador com a morte apenas aumentou o seu fervor pela causa nazista. Dois anos depois, a vizinha Bürgerbräukeller seria o local do famoso “Putsch da Cervejaria”, um golpe fracassado que o tornou famoso em todo o país e lhe valeu uma sentença de vários anos na prisão. O golpe arquitetado por Hitler e seus companheiros de partido no dia 9 de novembro de 1923, contra a região alemã da Baviera com objetivo de tomar o poder do governo bávaro, Hitler foi preso e o partido ficou desestruturado. A intenção era imitar a famosa "marcha sobre Roma" de Mussolini no qual Hitler queria criação de um novo governo. Usando a crise como pano de fundo os nazistas iniciaram um golpe para dominar a Alemanha. Quando foi preso, ele conseguiu tempo que necessitava para organizar suas ideias, conceitos e premissas, aprofundando mais sua ideologia. Para ter uma noção, foi durante seu julgamento, ocorrido entre fevereiro e março de 1924, que ele conseguiu a possibilidade de se defender quase sem qualquer restrição de tempo, perante o Tribunal E um vasto público que rapidamente se exaltou perante seu discurso, baseado num forte sentimento nacionalista. Assim, ele fez sua própria defesa e nela atacou com mais uma vez os responsáveis pela "derrota vergonhosa da Alemanha" na segunda guerra mundial. Vários veículos de imprensa davam destaque a suas ideias e, ao que parecem até mesmo os magistrados mostraram ser simpáticos a ele. Mas, mesmo assim, foi condenado a cinco anos de prisão por "crime de conspiração com intuito de traição", cumpridos na prisão de Landsberg, Dos quais terminaria por cumprir menos de nove meses e receber a liberdade condicional próximo do Natal daquele mesmo ano. Além de ter um tratamento diferencial no tempo em que ficou detido, verificou sua popularidade por meio de diversas cartas de simpatizantes e pessoas que o apoiavam. Alguns biógrafos ressaltam que ele tinha um quarto maior e mais espaçoso, recebia alimentação regular e passava vários dias dando entrevistas a jornais. Foi nesse período que escreveu livro que marcaria sua vida e carreira e que seria condenado pela maioria dos judeus até hoje, que fazem de tudo para que a obra nunca seja comercializada. Minha luta é o manifesto político de Hitler no qual o líder político faz um enorme balanço de sua vida em mais de 500 páginas. O fato de ser uma leitura difícil e terem suas páginas insultos de sobra para judeus e comunistas não parece diminuir a popularidade do livro, que continua a ser editado até hoje em vários países, embora seja legalmente proibido em outros. Quando ele saiu da prisão, Hitler se deparou com uma Alemanha bem diferente daquela que conhecia quando foi preso, com a economia recuperada, indústrias recuperando suas atividades, as taxas de desempregos diminuíram, Hitler teria que esperar até 1930 para que seu partido se erguesse novamente. Sete meses depois de ter sido libertado da prisão de Landsberg, Adolf Hitler publicou o primeiro volume de seu manifesto pessoal, Mein Kampf (Minha Luta). Ditada por ele durante a sua estada de nove meses na prisão, o livro foi uma narrativa amarga e recheada de desabafos antissemitas, o desprezo pela moralidade, o culto do poder e os planos nazistas de dominação do mundo. A obra autobiográfica logo se tornou a “bíblia do Partido Nazista da Alemanha”. A intenção da obra era expor a ideologia do Partido Nacional Socialista. Foi escrita em 1924 e continha em gérmen tudo o que o Nazismo viria a realizar quando tomasse o poder. Ali se encontrava as bases do pensamento e da ação que foram levadas a efeito. Primeiramente o anti-semitismo permeia todo o livro. Tratava-se de idealizar o judeu como o grande inimigo não apenas do alemão, mas de toda raça humana e identifica-lo como o único inimigo que precisava ser vencido. Ao falar em propaganda Hitler frisou bastante a necessidade de se apontar um único adversário e não vários. Assim, tanto o burguês explorador, quanto o movimento marxista ligado ao proletariado tinham a figura do judeu por trás deles. Hitler falava em impor o domínio pela força. É bem claro no livro que ele acreditava que somente através da força poderiam a Alemanha se erguer novamente e impor derrota aos seus inimigos. Para isto era preciso um exército forte e disciplinado para o qual ele já indica a maneira de treiná-lo e formá-lo. Era obvia que não tinha a mínima intenção de aceitar os limites impostos pelo Tratado de Versalhes sobre as condições militares alemãs. Suas teorias raciais iam muito além de meras concepções biológicas. Hitler dizia que o mundo teria “uma nova cosmologia”. Não bastava apenas destruir os inimigos violentamente. Era preciso colocar no lugar uma outra forma de pensar. Ele se julgava um escolhido, um predestinado para dar ao mundo uma nova religião. O processo de eugenia aplicado pelo nazismo que levou à morte doentes mentais e outros deficiente já se encontrava planejado. A fraqueza não deveria de forma alguma ser recompensada com a misericórdia conforme a mais pura concepção da filosofia nietzschaniana. Também de Nietzsche ele retira sua apologia da guerra como uma fonte de progresso da humanidade, onde os mais fracos perecem e os mais fortes vão se aperfeiçoando em uma espécie de darwinismo racial. O terror se combata como o próprio terror, escreveu ele.. O forte é mais forte sozinho, título de um de seus caminhos capítulos revela isso claramente. E tudo isso seria possível através de discursos fanáticos e fanatizadores que levaria as massas, tão moldáveis em sua natureza, na direção proposta pelos líderes. Tudo isto estava ali exposto no Meim Kampf quinze anos antes de ser coloca em plena prática. Bastava alguém interessado apontar os maléficos planos e impedi-los. 6 HITLER: O MESSIAS 6.1 A eleição de 1933 Em 1933, fevereiro, Alemanha estava inteira em campanha eleitoral. O povo queria a nova formação do Reichstag, parlamento nacional. Porém, um assunto afetava cabeça de muitos: a suposta tentativa de golpe dos comunistas no incêndio da sede do Reichstag. Hitler se aproveitou desse tema em suas campanhas, querendo provocar uma revolução comunista. Hitler e seus companheiros de partido semeavam o medo e o pânico pelo país. Após o incêndio de Reichstag, a segurança no país ficou mais precisa seguranças altamente qualificados nas ruas fazendo pra trolha em lugares públicos, nas ruas soldados da tropa nazista. Achar os inimigos era coisa fácil, os comunistas eram os principais alvos. Os jornais comunistas foram desativados e muitos deles foram obrigados a fugir para o exterior. Hitler investiu pesado na propaganda, e era declarado como salvador da pátria, em todos os meios tinha propaganda, no rádio, cinema ou por via aérea. no dia 5 de março de 1933, um domingo, A eleição foi elevada, quase 89% dos rótulos. Hitler esperava uma vitória esmagadora, porém, apenas 288 votos para o NSDAP dos 647 do Reichstag. No pleito de 5 de março os alemães podiam escolher entre diferentes facções políticas. Nas seguintes eleições havia apenasum único partido: o dos nazistas. 6.2 Chanceler Em 1932 Adolf Hitler estava extremamente popular, e praticamente todos o conheciam, então ele tenta a presidência da Alemanha, porém acaba perdendo para Paul von Hindenburg. Ocorrendo isto, Hitler tenta o cargo da chancelaria, que era o segundo mais importante. O presidente Paul von Hindenburg era um nome forte, já que, para muitos, ele era uma espécie de substituto do imperador. De fato, segundo a Constituição de Weimar, o presidente do país era a instância política central. O presidente podia, por exemplo, dissolver o Parlamento e outorgar leis por decretos emergenciais, algo que cabe normalmente a qualquer Parlamento. Hindenburg fez uso, diversas vezes, da possibilidade de governar contornando o Legislativo. No entanto, Hindenburg não tinha como cumprir o papel de salvar a Alemanha da miséria, pois já estava com 85 anos no início de 1933. O presidente pretendia então estabelecer um governo estável chefiado pelos conservadores nacionalistas de direita. No início, ele estava cético em relação à nomeação de Adolf Hitler para chefe de governo. Hindenburg ironizava Hitler, chamando-o de “soldado raso da Boêmia”, já que na Primeira Guerra Mundial, Hitler foi apenas um soldado comum enquanto o presidente foi um condecorado marechal de campo. No entanto, Hindenburg mudou de opinião, e pessoas próximas a ele – como Franz Von Papen - lhe asseguraram que manteriam Hitler sob controle. Em 30 de janeiro de 1933, Adolf Hitler foi nomeado chanceler da Alemanha. Mas ele já havia apresentado seus planos no livro Mein Kampf. O dia 30 entrou para a história como o dia da “tomada de poder”, conceito inventado pela propaganda nazista, já que a nomeação de Hitler aconteceu de forma constitucional. Após a tomada de posse, Hindenburg falou as seguintes palavras: “E agora, meus senhores, para frente com a ajuda de Deus!” Só que como Hindenburg morreu em 1934, ele não presenciou que o caminho de Hitler levaria na verdade ao Holocausto e à Segunda Guerra Mundial. A providência interveio em seu favor. Cuidou dele antes dele nascer, quando lhe deu um nome fonético, pronunciável e de fácil memorização para as diversas nações. Aloïs, seu pai, um filho ilegítimo, tinha um nome de sua mãe: Schicklgruber. Irritado com esse sobrenome calamitoso, Aloïs obteve, em 1876, autorização para ser chamado de Hitler. Adolf escapou por pouco. Imagine a multidão gritando "Heil Schicklgruber!" Até mesmo para gargantas germânicas, não é nada fácil. Imagine a imprensa e os livros de história falando de Schicklgruberianos e Schicklgruberismo. Ele próprio estava tão incomodado com esse nome ridículo que, no registro de casamento com Eva Braun, o nome de seu pai foi deixado em branco. 6.3 Mein Kampf na prática Em seus discursos e artigos, Hitler disseminava suas convicções sobre a “pureza” racial e a superioridade da “raça germânica”, que ele dizia ser a “raça superior ariana”. Ele pregava que os germânicos deveriam permanecer racialmente puros para que um dia pudessem dominar o mundo. Seu ideal ariano era o de uma pessoa loira, alta e com olhos azuis (apesar dele mesmo não ser assim). 18 DE JULHO DE 1925 SURGE O PRIMEIRO VOLUME DE MEIN KAMPF (MINHA LUTA) Adolf Hitler escreveu Mein Kampf após sua tentativa fracassada de tomar o poder em 1923, enquanto estava preso por traição. Em Mein Kampf ele descreveu suas ideias raciais. Hitler entendia a história como uma luta entre raças por um espaço vital. Ele sonhava com uma guerra de conquista do leste europeu, escravizando os povos eslavos para trabalhar para os interesses alemães. Para ele, os judeus representavam algo extremamente ruim, misturados à nação [alemã] para subverter sua “pureza racial”. Ele insistia na “remoção” dos judeus da Alemanha. TRECHOS DE MEIN KAMPF “Em um tempo em que os melhores elementos da nação morriam no front, os que ficaram em casa, entregues aos seus trabalhos, deviam ter livrado a nação dessa piolharia comunista” (p. 76) “Não hesito em declarar que julgo os homens que arrastam o movimento de hoje na crise de divergências religiosas piores inimigos da pátria que qualquer comunista com tendências internacionais, pois converter o comunista é a tarefa do movimento nacional-socialista” (p. 239) “Vencendo a minha relutância, tentei ler essa espécie de imprensa marxista, mas a repulsa por ela crescia cada vez mais.” (p. 30) “Se o judeu, com o auxilio do seu credo marxista, conquistar as nações do mundo, a sua coroa de vitórias será a coroa mortuária da raça humana” (p. 32) “Não precisamos dizer nada sobre os mentirosos jornais marxistas. Para eles o mentir é tão necessário como para os gatos o miar” (p. 107) “(…) para arranjar dez cadeiras no parlamento, ligam-se com os marxistas, inimigos de todas as religiões” (p. 118) “Eis a verdadeira essência da doutrina marxista, se é que se pode dar a esse aborto de um cérebro, criminoso a denominação de “doutrina”” (p. 140) “O sintoma da fraqueza que representam esses 15 milhões de marxistas, democratas, pacifistas e centristas, não é somente perceptível a nós, mas muito mais ao estrangeiro, que mede o valor de uma aliança conosco por esse peso morto” (p. 146) “Mais do que qualquer outro grupo, os marxistas, ludibriadores da nação, deveriam odiar um movimento cujo escopo declarado era conquistar as massas que até então tinham estado a serviço dos partidos marxistas dos judeus internacionais. Só o título “Partido dos Trabalhadores Alemães” já era capaz de irritá-los” (p. 154- 155) 14 DE JULHO DE 1933 ESTADO NAZISTA DECRETA LEI DE PUREZA RACIAL Acreditando que a “pureza racial” necessitava do controle do estado sobre a reprodução humana, Adolf Hitler promulgou uma lei de prevenção contra “descendentes hereditariamente doentes”. Dentre outras disposições, a medida proibia os “indesejáveis” de terem filhos e obrigava a esterilização de indivíduos debilitados física ou mentalmente. A lei afetou cerca de 400.000 pessoas nos 18 meses seguintes à sua promulgação. A partir disso, Hitler começou a perseguição com os judeus, colocando em prática tudo que escreveu em Mein Kampf. 6.4 Hitler místico “Política é magia. Quem sabe invocar as forças das profundezas, a este seguirão” – Hugo Von Hofmannsthal – Buch der Freunde. "Enquanto estava deitado na cama, desesperado, de repente foi puxado do torpor por uma visão sobrenatural. Ouvir uma voz que pedia para eu salvar Alemanha e tornado um grande país. Naquele momento, aconteceu outro milagre, uma luz nova encheu meus olhos mortos: eu vi! Imediatamente fiz um juramento de tornar-me um político e dedicar minha vida a essa tarefa." A mais destruidora de todas as guerras também foi travada no mundo espiritual. Adepto de seitas que utilizavam a mediunidade, Hitler tornou-se um instrumento das forças mais tenebrosos de nosso planeta, que o protegiam e inspiravam. Do outro lado, a espiritualidade superior atuou intensamente não apenas para atender e consolar os milhões de almas que viviam sofrimentos superlativos, mas para impedir que o representante das trevas assumisse o domínio do mundo. No final de 1938, um estudante de teologia suíço chamado Maurice Bavaud comprou uma arma e começou a perseguir Hitler pela Alemanha. Bavaud estava convencido de que o “Führer” era uma ameaça à Igreja Católica, uma “encarnação de satã” e que era seu dever espiritual matá-lo. Ele, finalmente, teve sua chance em 9 de novembro de 1938, quando Hitler e outros líderes nazistas marcharam por Berlim para comemorar o aniversário do “Putsch da Cervejaria”. Bavaud se sentou na arquibancada e esperou até que Hitler se aproximasse. Ele estava com sua arma enfiada no bolso, mas, antes que ele conseguisse sacá-la, a plateia delirante levantou os braços em uma saudação nazista e bloqueou sua visão. Contra sua vontade, Bavaud desistiu de sua caça e foi preso posteriormenteenquanto viaja como clandestino em um trem para fora da Alemanha. Quando a Gestapo encontrou sua arma e seu mapa, ele confessou, sob interrogatório, que tinha um plano para matar Hitler. Em maio de 1941, ele foi executado na guilhotina na prisão Plötzensee de Berlim. Josef Greiner, que conheceu o jovem Hitler, relata que ele tinha noções de ocultismo e rituais secretos, que praticava a telepatia, se interessava por faquires e iogues: “Admirava também as visões de Anna Catarina Emmerich.” Ele estava convencido de que era protegido por um poder misterioso que segurava as rédeas de sua vida. Para o cabo Hitler, do 16º Regimento bávaro de Infantaria de reserva, tal proteção ficou comprovada várias vezes na frente de batalha francesa. No dia 5 de fevereiro de 1915, ele escreveu um amigo de Munique, o juiz Hepp: "Finalmente é a vez de os alemães atacaram. Quatro vezes, tivemos de avançar e recuar. Do meu grupo, apenas um permaneceu, além de mim. Mas também acabou caindo. Um projétil arrancou a manga direita do meu casaco, e por algum milagre permaneci ileso." Perdas em seu regimento foram enormes, e meado de novembro, de cada cinco soldados, sobrava apenas um. O coronel foi morto e seu substituto foi gravemente ferido. O terceiro comandante, tenente-coronel Engelhardt, decidiu sair em missão de reconhecimento em direção às linhas inimigas, acompanhado por dois voluntários, um dos qual Hitler. De repente foram recebidos por tiros de metralhadora, os dois soldados pularam sobre o chefe e se jogaram numa trincheira. O tenente-coronel prometeu-lhes Uma Cruz de ferro de primeira classe e pediu-lhes que se apresentassem no dia seguinte em sua tenda. O dia seguinte o tenente- coronel interrompeu as prometidas recomendações com que estava lidando, para ordenar o cabo Hitler que orientasse quatro oficiais recém-chegados no acampamento. Logo após saírem, uma bomba inglesa caiu na tenda do quartel- general, matando três homens, incluindo voluntário, e feriu gravemente o tenente- coronel. Poupando mais uma vez, o cabo teve de esperar até agosto de 1918 para receber a Cruz de ferro de primeira classe. No verão de 1915, foi novamente salvo sob circunstâncias extraordinárias que contou anos depois é uma jornalista inglês, Ward Price: "Estava jantando na trincheira com vários colegas, quando ouvi uma voz me dizer: “Levante-se e vá lá fora!". A voz é tão nítida, tão insistente que obedeci mecanicamente, como se fosse uma ordem militar. Levantei-me de imediato. Afastei- me uns vinte metros e, com meu jantar na tigela, sentei-me para continuar a refeição. Minha mente estava mais calma. Mal tinha feito aquilo, um clarão e um grande estrondo saíram da trincheira de onde eu acabara de sair. Uma bomba perdida explodiu sobre o grupo, matando todos eles." Hitler só podia atrair entidades ruins, grosseiras e mentirosas como ele. Em Viena e Monique, foi iniciado na magia, e desde então estava sempre imerso nesse mundo intermediário entre a Terra e o céu, subúrbio sinistro do nosso planeta, que o esoterismo designa como astral inferior. O Messias decretava que somente o sangue dos arianos tinha direito de vida e de dominação absoluta pela morte dos subumanos. O sangue dos seres inferiores devia ser derramado e eliminado progressivamente até o extermínio. 6.4.1 A suástica O termo “suástica” é derivado da palavra sânscrita svasti, que significa boa fortuna ou tudo está bem. Nigel Pennick, em seu livro As Ciências Secretas de Hitler, afirma que o termo não era muito utilizado na língua inglesa antes de 1900, sendo preferidos os nomes heráldicos Fylfot ou Gammadion, de onde aparece a denominação “gamada”. Mesmo na forma curvada, como logotipo da Sociedade Thule, a cruz era chamada Tetraskele. O termo “suástica” só apareceria naquela língua (grafado como Swastica, em que, por vezes, era grafado com um v e não com um w) por meio de um representante teosófico vindo da Índia. Apesar de ser facilmente encontrada em antigos monumentos numa quantidade impressionante de países, foi somente a partir do final do século XIX que o assunto se tornou comum. Afirma Pennick sobre a suástica: “Sua natureza oculta era evidente desde o início, e muitos movimentos religiosos ou esotéricos adotaram-na. Entre estes, podemos mencionar a pré-nazista Novos Templários, a Sociedade Thule, a Sociedade Teosófica e a Sociedade Vril. Um obscuro grupo ocultista ligado à última czarina da Rússia também usava o símbolo.” A suástica só atingiria sua plena divulgação por obra e graça dos estudos dos teus sofistas e das ideias de madame Blavatski. Até Rudyard Kipling, o autor britânico de Os Livros da Selva (de onde surgiu Mogli, o Menino-Lobo), teria combinado a suástica com sua assinatura num círculo como um logo pessoal. Afinal, havia nascido na Índia… O exemplo mais absurdo de adoção da suástica foi nos Estados Unidos, onde a Coca-Cola lançou um pingente de suástica, a cerveja Carlsberg gravou suásticas em suas garrafas e até os membros da 45º Divisão de Infantaria americana, durante a primeira guerra mundial, chegaram a usar uma suástica laranja como emblema no ombro. Isso sem falar da publicação de uma revista chamada The Swastika e a existência de um emblema que era distribuído pelos escoteiros até 1940. Parecia até que o símbolo se transformara numa mania mundial. Há uma explicação para o sentido da rotação: quando a suástica gira no sentido horário, ela automaticamente absorve energia do universo, no sentido de autos salvação de quem a usa. Ao girar no sentido anti-horário, ela emite energia, oferecendo a salvação ao próximo. Este símbolo representa, assim, o macro e o microcosmo. Haushofer foi enviado Ásia Central e particularmente ao Tibete, onde conheceu Gurdjieff. Parece que foi o mago curso quem lhe sugeriu escolher a suástica como emblema. Haushofer e Gurdjieff tinham tudo para se entender. O primeiro fez parte da Loja Luminosa ou Sociedade do Vril, uma seita ferozmente anticristã. O Vril designava uma hipotética e prodigiosa energia capaz de dar ao indivíduo o controle de si próprio, dos outros e do mundo. A Thulegesellschaft, fundada pelo astrólogo Sebottendorf, havia escolhido como emblema a suástica porque é encontrada não só na Europa nórdica, mas também na China, Tibete, terra dos grandes poderes, e no Japão, o país nobre dos arianos de honra. Era difundida entre todos os povos, exceto entre os semitas, que a abominavam. Em simbolismo universal, a suástica apontada para a esquerda significa nascimento e felicidade; para a direita, anuncia o declínio, a maldição, a morte. A suástica de Thule, cujos ramos eram curvados, orientada para a direita, como a do nazismo, cujos ramos tinham ângulos retos. Na realidade, foi Haushofer quem escolheu a suástica invertida para simbolizar o advento de uma nova era para a humanidade e mostrar que o mundo agora tinha de girar na direção oposta. Sebottendorf, Haushofer e seus adeptos gostavam de o por essa figura dinâmica às duas figuras tidas como estáticas: A estrela de Davi e a cruz, às quais manifestavam o mesmo ódio. Essa associação de intelectuais nebulosos, que sentia sua incapacidade em concretizar suas ideias, procurava um homem público com talentos de orador e de médium. 7 A REALIDADE 7.1 Contexto da 2º guerra mundial A Segunda Guerra Mundial foi um conflito militar global que durou de 1939 a 1945, envolvendo a maioria das nações do mundo — incluindo todas as grandes potências — organizadas em duas alianças militares opostas: os Aliados e o Eixo. Foi a guerra mais abrangente da história, com mais de 100 milhões de militares mobilizados. Em estado de "guerra total", os principais envolvidos dedicaram toda sua capacidade econômica, industrial e científica a serviço dos esforços de guerra, deixando de lado a distinção entre recursos civis emilitares. Marcado por um número significante de ataques contra civis, incluindo o Holocausto e a única vez em que armas nucleares foram utilizadas em combate, foi o conflito mais letal da história da humanidade, resultando entre 50 a mais de 70 milhões de mortes. Geralmente considera-se o ponto inicial da guerra como sendo a invasão da Polônia pela Alemanha Nazista em 1 de setembro de 1939 e subsequentes declarações de guerra contra a Alemanha pela França e pela maioria dos países do Império Britânico e da Commonwealth. Alguns países já estavam em guerra nesta época, como Etiópia e Reino de Itália na Segunda Guerra Ítalo- Etíope e China e Japão na Segunda Guerra Sino-Japonesa. Muitos dos que não se envolveram inicialmente acabaram aderindo ao conflito em resposta a eventos como a invasão da União Soviética pelos alemães e os ataques japoneses contra as forças dos Estados Unidos no Pacífico em Pearl Harbor e em colônias ultramarítimas britânicas, que resultou em declarações de guerra contra o Japão pelos Estados Unidos, Países Baixos e o Commonwealth Britânico. O primeiro dia de setembro de 1939 é geralmente considerado o início da guerra, com a invasão alemã da Polônia; o Reino Unido e a França declararam guerra à Alemanha nazista dois dias depois. Outras datas para o início da guerra incluem o início da Segunda Guerra Sino-Japonesa, em 7 de julho de 1937. Outros seguem o historiador britânico A. J. P. Taylor, que considerava que a Guerra Sino-Japonesa e a guerra na Europa e em suas colônias ocorreram de forma simultânea e posteriormente se fundiram em 1941. Este verbete utiliza a data convencional. Outras datas por vezes utilizadas para o início da Segunda Guerra Mundial incluem a invasão italiana da Abissínia em 3 de outubro de 1935. O historiador britânico Antony Beevor vê o início da Segunda Guerra Mundial nas batalhas de Khalkhin Gol, travadas entre o Império do Japão e a União Soviética de maio a setembro de 1939. Também não existe consenso quanto à data exata do fim da guerra. Tem sido sugerido que a guerra terminou no armistício de 14 de agosto de 1945 (Dia V-J), ao invés da rendição formal do Japão em 2 de setembro de 1945; alguns apontam o fim da guerra no dia 8 de maio de 1945 (Dia V-E). No entanto, o tratado de paz com o Japão não foi assinado até 1951, enquanto que o acordo de paz com a Alemanha não foi ratificado até 1990. 7.1.2 Cronologia Início da guerra na Europa (1939); Avanços do Eixo (1940); A guerra se torna global (1941); Paralização dos avanços do Eixo (1942); Aliados ganham impulso (1943); Aproximação dos Aliados (1944); Colapso do Eixo e vitória dos Aliados (1945). 7.1.3 Consequências e impactos Os Aliados estabeleceram administrações de ocupação na Áustria e na Alemanha. O primeiro se tornou um estado neutro, não alinhado com qualquer bloco político. O último foi dividido em zonas de ocupação ocidentais e orientais controlada pelos Aliados Ocidentais e pela União Soviética, respectivamente. Um programa de "desnazificação" da Alemanha levou à condenação de criminosos de guerra nazistas e à remoção de ex-nazistas do poder, ainda que esta política tenha se alterado para a anistia e a reintegração dos ex-nazistas na sociedade da Alemanha Ocidental. A Alemanha perdeu um quarto dos seus territórios pré- guerra (1937); os territórios orientais: Silésia, Neumark e a maior parte da Pomerânia foram assumidos pela Polônia; a Prússia Oriental foi dividida entre a Polônia e a URSS, seguida pela expulsão de 9 milhões de alemães dessas províncias, bem como de 3 milhões de alemães dos Sudetos, na Tchecoslováquia, para a Alemanha. Na década de 1950, um em cada cinco habitantes da Alemanha Ocidental era um refugiado do leste. A URSS também assumiu as províncias polonesas a leste da linha Curzon (das quais 2 milhões de poloneses foram expulsos), leste da Romênia, e parte do leste da Finlândia e três países Bálticos. Em um esforço para manter a paz, os Aliados formaram a Organização das Nações Unidas (ONU), que oficialmente passou a existir em 24 de outubro de 1945, e aprovaram a Declaração Universal dos Direitos Humanos em 1948, como um padrão comum para todos os Estados-membro. A aliança entre os Aliados Ocidentais e a União Soviética havia começado a deteriorar-se ainda antes da guerra, a Alemanha havia sido dividida de facto e dois Estados independentes, a República Federal da Alemanha e a República Democrática Alemã, foram criados dentro das fronteiras das zonas de ocupação dos Aliados e dos Soviéticos, respectivamente. O resto da Europa também foi dividido em esferas de influência ocidentais e soviéticas. A maioria dos países europeus orientais e centrais ficaram sob a esfera soviética, o que levou à criação de regimes comunistas, com o apoio total ou parcial das autoridades soviéticas de ocupação. Como resultado, Polônia, Hungria, Tchecoslováquia, Romênia, Albânia, e a Alemanha Oriental tornaram-se Estados satélite dos soviéticos. A Iugoslávia comunista realizou uma política totalmente independente, o que causou tensão com a URSS. A divisão pós-guerra do mundo foi formalizada por duas alianças militares internacionais, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), liderada pelos Estados Unidos, e o Pacto de Varsóvia, liderado pela União Soviética; o longo período de tensões políticas e militares proveniente da concorrência entre esses dois grupos, a Guerra Fria, seria acompanhado de uma corrida armamentista sem precedentes e guerras por procuração. Na Ásia, os Estados Unidos ocuparam o Japão e administraram as antigas ilhas japonesas no Pacífico Ocidental, enquanto os soviéticos anexaram a ilha Sacalina e as ilhas Curilas. A Coreia, anteriormente sob o domínio japonês, foi dividida e ocupadapelos Estados Unidos no Sul e pela União Soviética no Norte entre 1945 e 1948. Repúblicas separadas então surgiram em ambos os lados do paralelo 38 em 1948, cada uma afirmando ser o governo legítimo de toda a Coreia, o que levou à Guerra da Coreia. Na China, forças nacionalistas e comunistas retomaram a guerra civil em junho de 1946. As forças comunistas foram vitoriosas e estabeleceram a República Popular da China no continente, enquanto as forças nacionalistas refugiaram-se na ilha de Taiwan em 1949 e fundaram a República da China. No Oriente Médio, a rejeição árabe ao Plano de Partilha da Palestina da ONU e à criação de Israel, marcou a escalada do conflito árabe-israelense. Enquanto as potências coloniais europeias tentaram reter parte ou a totalidade de seus impérios coloniais, a sua perda de prestígio e de recursos durante a guerra fracassou seus objetivos, levando à descolonização da Ásia e da África. A economia mundial sofreu muito com a guerra, embora os participantes da Segunda Guerra Mundial tenham sido afetados de forma diferente. Os Estados Unidos emergiram muito mais ricos do que qualquer outra nação; no país aconteceu o "baby boom" e em 1950 seu produto interno bruto (PIB) per capita era maior do que o de qualquer outra potência e isso levou-o a dominar a economia mundial. O Reino Unido e os Estados Unidos implementaram uma política de desarmamento industrial na Alemanha Ocidental entre os anos de 1945 e 1948. Devido à interdependência do comércio internacional, este levou à estagnação da economia europeia e o atraso, em vários anos, da recuperação do continente. A recuperação começou com a reforma monetária de meados de 1948 na Alemanha Ocidental e foi acelerada pela liberalização da política econômica europeia, que o Plano Marshall (1948-1951) causou tanto direta quanto indiretamente. A recuperação pós-1948 da Alemanha Ocidental foi chamada de milagre econômico alemão. Além disso, as economias italianas francesa também se recuperaram. Em contrapartida, o Reino Unido estava em um estado de ruína econômica e entrou em um relativo declínio econômico contínuo ao longo de décadas.A União Soviética, apesar dos enormes prejuízos humanos e materiais, também experimentou um rápido aumento da produção no pós-guerra imediato. O Japão passou por um crescimento econômico incrivelmente rápido, tornando-se uma das economias mais poderosas do mundo na década de 1980. A China voltou a sua produção industrial de pré-guerra em 1952. 7.2 Holocausto Os nazistas foram responsáveis pelo Holocausto, a matança de cerca de seis milhões de judeus (esmagadoramente asquenazes), bem como dois milhões de poloneses e quatro milhões de outros que foram considerados "indignos de viver" (incluindo os deficientes e doentes mentais, prisioneiros de guerra soviéticos, homossexuais, maçons, testemunhas de Jeová e ciganos), como parte de um programa de extermínio deliberado. Cerca de 12 milhões, a maioria dos quais eram do Leste Europeu, foram empregados na economia de guerra alemã como trabalhadores forçados. A base para o Holocausto foi lançada em 1933, quando os alemães elegeram Adolf Hitler como seu chanceler. Muitos alemães acolheram os planos de Hitler para revitalizar a economia alemã, que estava sofrendo após a Primeira Guerra Mundial. No entanto, Hitler tinha um plano mais sinistro para a Alemanha, ele queria desenvolver uma “raça superior” de povos arianos, livrar-se de pessoas que ele vistos como indesejáveis e, eventualmente, conquistar toda a Europa. Hitler começou a decretar seu esquema lentamente, primeiro usando a lei para forçar os “indesejáveis”, como judeus da sociedade alemã. A aceleração gradual de seus planos para a Alemanha pode ter mascarado a realidade do que ele estava fazendo para muitas pessoas, incluindo membros do escalão do exército alemão. Em 1939, a Alemanha invadiu a Polônia, desencadeando a Segunda Guerra Mundial, o regime nazista e também embarcou em uma “solução final” para os judeus, embarcando em um dos exemplos mais horríveis de genocídio em massa na história humana. Enquanto muitos relatos do Holocausto incidem especificamente sobre as atrocidades perpetradas contra a comunidade judaica europeia, a “solução final” de Hitler incluía o extermínio de uma série de outros grupos indesejáveis também. Ele tentou eliminar os eslavos e os sérvios, a quem ele via como racialmente impura, e ele era intolerante com outras religiões, incluindo alguns ramos do cristianismo. Hitler também vira a sua solução final como uma oportunidade para se livrar de indesejáveis sociais, como homossexuais, ativistas políticos e pessoas que foram deficientes ou doentes mentais. Muitas pessoas morreram imediatamente durante o Holocausto, enquanto outros foram enviados para campos de trabalhos forçados, onde foram usados como escravos para produzir uma variedade de produtos, que vão de sapatos a comida. Em 1942, Hitler tornou-se impaciente com o progresso de seu regime, e vários campos de extermínio foram estabelecidas. Estes campos foram projetados especificamente para a finalidade de assassinato em massa, e os seus reclusos foram primeiro baleado e enterrado e depois gaseados e queimados em massa quando o enterro se mostrou ineficiente. Residente dos campos variou de prisioneiros de guerra para os inimigos do Estado, e alguns deles sofreram experiências médicas e outros abusos antes de serem assassinados. 8 HITLER: O LEGADO 8.1 Últimas consequências Numa das reuniões de planejamento da Operação Barbarossa (o código nazista para a invasão da União Soviética, que ocorreria em junho daquele ano), em 30 de março de 1941, Hitler deixou claro o objetivo da guerra: destruir a União Soviética e o comunismo. O general Franz Haider, que foi chefe do estado maior do exército nazista, anotou em seu diário a declaração do dirigente nazista. Será a “luta de duas visões de mundo”, disse Hitler numa “sentença aniquilatória contra o bolchevismo”, que é a “mesma coisa que criminalidade antissocial”, anotou Haider. “Comunismo, tremendo perigo para o futuro”, disse Hitler. E ordenou o assassinato puro e simples dos comissários políticos do Exército Vermelho e da intelectualidade comunista. Hitler acreditava que a invasão seria mais uma blitzkrieg - uma guerra relâmpago a ser resolvida rapidamente. Em seus planos, tudo estaria terminado antes do Natal de 1941, e do temível inverno russo. “Nós só temos que chutar a porta da frente e todo o edifício ruirá”, disse em outra ocasião, registrou o historiador Rupert Matthews. Hitler estava convicto de que suas tropas seriam recebidas na URSS como “libertadoras” contra o comunismo. Era uma crença generalizada também entre governos aliados, como o norte- americano ou o inglês, de que os russos se levantariam contra o comunismo. Na véspera da invasão, o serviço secreto britânico calculou que a União Soviética estaria liquidada em oito ou dez semanas. Um funcionário do Departamento de Estado dos EUA foi mais “pessimista” e previu na mesma ocasião que a derrota soviética ocorreria entre um a três meses. (citados por Domenico Losurdo). Mesmo quando os nazistas foram derrotados em Moscou, em janeiro de 1942, essa crença não perdeu a força, como mostra a reação do governo inglês diante de um telegrama enviado por um diplomata de Moscou para Londres. “Essa ofensiva forçará os nazistas a um longo recuo”, dizia. “Uma nova ofensiva alemã está prevista para a primavera, podendo fazer alguns progressos limitados na Rússia, mas não logrará muito. Em seguida, os russos pretendem dar o golpe de misericórdia no outono ou no inverno. Não acredito que os russos parem nas fronteiras alemãs, mas que partam para uma derrota da Alemanha de forma conclusiva e definitiva”. (citado por Rupert Matthews). Seus chefes em Londres fizeram piada dessa previsão que o tempo revelaria correta. A invasão da União Soviética, que começou na madrugada de 22 de junho de 1941, foi a maior e mais feroz ação bélica da história. A artilharia alemã abriu fogo numa extensa frente de mais de 1.600 quilômetros, indo do Báltico ao mar Negro. Foram mobilizados cerca de 4,5 milhões de soldados da Wehrmacht com o apoio de 600.000 veículos e 750.000 cavalos, e cerca de 2.700 aeronaves (mais da metade do efetivo da força aérea alemã). A passagem das tropas era seguida pelos efetivos da SS, da Gestapo e dos “esquadrões especiais” (na verdade esquadrões da morte) com ordens explícitas de Hitler para agir de maneira brutal contra a população civil e executar todos os funcionários comunistas, comissários do povo, “judeus em cargos partidários ou estatais” e “outros elementos radicais (sabotadores, propagandistas, atiradores de tocaias, assassinos, agitadores etc.)”, anotou o historiador britânico Richard J. Evans em sua monumental história do Terceiro Reich, recentemente publicada. Outro historiador britânico, Rupert Matthews registrou a barbárie que ocorreu no rastro das tropas invasoras. Cumprindo as ordens assassinas de Hitler, as bestas humanas com uniforme nazista exterminaram, só em 1941, entre 300 mil e 500 mil pessoas nos territórios soviéticos ocupados. Era demais até mesmo para chefes militares da tradição prussiana, como o comandante alemão Fedor von Bock. No inverno de 1941 ele reclamou a Hitler, por escrito, sobre as ações bárbaras da SS, da Gestapo e de outras unidades paramilitares contra a população civil em áreas conquistadas, com execução em massa de judeus, estupros e assassinatos generalizados, sendo lugar comum o uso de trabalho escravo em condições terríveis. Ele reclamava, diz o historiador Rupert Matthews, sobretudo porque esta bestialidade fortalecia a disposição dos russos para resistir, fortalecendo os grupos guerrilheiros que logo se juntaram à ação do Exército Vermelho. Esse comportamento bestial logo indispôs as tropas invasoras até mesmo com as pessoas que se opunham ao comunismo, levando outro general alemão, Hans Meier-Welcker, a registrar: “Se
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