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15/08/2021 1 DISCIPLINA AGROSTOLOGIA E FORRAGICULTURA Prof. Dr. Victor Dias FISIOLOGIA E MORFOLOGIA DAS PLANTAS FORRAGEIRAS INTRODUÇÃO • Morfogênese - Estudo da origem e do desenvolvimento de órgãos das plantas, assim como as transformações em sua forma e estrutura ao longo do tempo; • As características são determinadas geneticamente, mas sofrem influências dos fatores ambientais. CRESCIMENTO DAS FORRAGEIRAS • A produção das forrageiras após o corte/pastejo é garantida pela: • Rebrota - A partir dos meristemas apicais remanescentes; • Perfilhos - Desenvolvidos a partir das gemas axilares; • Na fase vegetativa, o meristema apical está próximo ao solo, enquanto na reprodutiva há o alongamento com a exposição de entrenós e do meristema apical; • A unidade básica dos perfilhos, composta por lâmina, bainha, língula, nó, entrenó e gema axilar, recebe o nome de fitômero 15/08/2021 2 CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO • A produção forrageira se baseia na transformação de energia solar em compostos orgânicos pela fotossíntese; • As condições do meio ambiente em que as plantas são submetidas podem influenciar os principais processos fisiológicos das plantas, como: ▪ Fotossíntese; ▪ Respiração; • Os fracassos quanto à persistência de plantas forrageiras são devido à não observância do comportamento fisiológico. 15/08/2021 3 CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO • A fotossíntese é um processo bastante complexo podendo ser analisado em duas etapas: ▪ Etapa fotoquímica com a presença obrigatória de luz, também chamada de fase clara, ▪ Etapa bioquímica ou ciclo fotossintético - Redução do carbono, diferenciada segundo o grupo fotossintético ao qual a planta pertence. CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO • Quanto ao mecanismo de redução do CO2, ou seja, a fase bioquímica da fotossíntese, as plantas podem ser classificadas em três grupos: ▪ Plantas C3; ▪ Plantas C4; ▪ Plantas CAM; PLANTAS C3 • Entre as forrageiras que realizam estão: • Gramíneas temperadas; • Leguminosas tropicais e Temperadas; • Este nome por conta do ácido 3-fosfoglicérico formado após a fixação das moléculas de CO2. • A fotossíntese é sempre acompanhada pela fotorrespiração catalisada pela enzima rubisco com consumo O2 e liberação de CO2; • A temperatura ótima para a fotossíntese é entre 20-25 °C e são consideradas espécies esbanjadoras de água. 15/08/2021 4 PLANTAS C4 • Entre as forrageiras de ciclo C4, estão as gramíneas tropicais; • Nome devido o ácido oxalacético possuir 4 moléculas de C; • Apresentam uma estrutura denominada de "anatomia Kranz“, o que permite utilizar mais eficientemente o CO2; • Capturam o oxigênio com a mínima perda de água e a sua fotorrespiração é quase ausente; • Sua temperatura ótima para a fotossíntese é entre 30-35 °C e o aumento da intensidade luminosa não leva à saturação do processo. CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO • Ocorrem em áreas desérticas ou intensivamente secas; • Ao contrário das outras (C3 e C4), abrem os estômatos à noite e os fecham durante o dia; • Mecanismo de adaptação a regiões áridas, no sentido de minimizar a perda de água. 15/08/2021 5 CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO • A eficiência de utilização da energia solar pode ser observada através do: • Índice de área foliar (IAF) - Relação entre a área das folhas e a superfície de solo (m2 de folha/m2 de solo); • Conforme intercepta mais luz, mais produção de forragem ocorre até que ela atinja um limite, estabelecido pela senescência das folhas; • Considera-se IAF ótimo quando o número de folhas é suficiente para captar 90% da luz e que ele é crítico quando 95% da luz é desviada. 15/08/2021 6 CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO • Relações entre os aspectos morfológicos, formação e manejo de pastagens: • Pastejo mais baixo - Removerá o meristema apical, resultando na paralisação e morte eventual do perfilho; • Pastejo médio - Poderá remover folhas fotossinteticamente ativas e do colmo mais próximas ao solo; • Pastejo alto - Tem pouco efeito sobre as forrageiras, desde que as condições ambientais e nutricionais sejam boas. • Em pastagem homogênea se estabelece uma altura. Ex.: 20 e 30 cm para a Brachiaria decubens; CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO • A manutenção desta homogeneidade é dificultada por diferenças em fatores como: • Umidade; • Fertilidade do solo; • Seleção animal; • As variações podem alterar a morfogênese e a estrutura individual dos perfilhos e, dessa forma, o índice de área foliar e o acúmulo de forragem.
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