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AULA II - AGROSTOLOGIA 25/03/2022 Morfologia e fisiologia de plantas forrageiras Morfologia: Consiste no estudo das estruturas (forma) das plantas. Uma das principais bases da botânica. Morfogênese: Dinâmica de geração e expansão de tecidos da planta no espaço/tempo. Gramíneas - Processos Morfogênicos ● Aparecimento foliar ● Alongamento foliar ● Vida útil da folha Gramíneas - Características Estruturais ● Tamanho da folha ● Número de folhas perfilho ● População de perfilho ● Relação folha/colmo IAF (Índice de área foliar) = Quando aumenta, a planta tem mais capacidade de captar radiação. Poacea (Gramíneas) No Brasil, há 180 gêneros e 1.500 espécies. Em condição tropical é mais explorada devido ao maior potencial produtivo. Possui alto potencial de matéria seca. Fabaceae (Gramíneas) No Brasil, há 220 gêneros e 2.736 espécies. Atualmente, crescente Gramíneas Raízes: Compõem a parte inferior da planta, geralmente são fasciculadas. Raízes Seminais (temporárias): Origem no embrião, também chamada radícula, possui curta longevidade. Raízes adventícias ou caulinares (permanentes): Originam-se dos primeiros nós basais, de estolões ou, também de outros nós que estejam em contato com o solo. São numerosas, possuem muitas ramificações. Importância e Funções: Armazenamento da reserva orgânica, sustentação e absorção de nutrientes e água. Fatores que afetam: Deficiência de nutrientes, temperaturas, pastagens (causa estresse para as plantas). Taxa de pastejo: Quanto maior, mais altura de planta os animais irão comer. Quanto melhor a planta, melhor o sistema radicular. Caule (Colmo) Responsável por: ● Transporte de água, sais minerais, açúcares e hormônios; ● Armazenamento de reservas; ● Propagação vegetativa da parte aérea; ● Fornecem suporte mecânico para os órgãos aéreos da planta. Para manejo das pastagens: ➢ Garante parte dos nutrientes para rebrotação; ➢ Proteção do meristema apical e fornece gemas; AULA II - AGROSTOLOGIA 25/03/2022 ➢ Em plantas rizomatosas e estoloníferas, garante a habilidade de ocupar espaços verticais e horizontais. Nó e entrenó do colmo Possuem gema axilar na superfície, que é responsável pela geração de novos perfilhos caso haja a pastagem do meristema. Existem a gema axilar e a gema basal, sendo a última onde podem se encontrar novos brotos. Meristema apical: tecido de diferenciação, ponto de surgimento de novas folhas. Pseudo-colmo: Falsos colmos aderidos ao colmo verdadeiro. Caule (Rizoma) Caule subterrâneo, cuja função é o armazenamento de reservas orgânicas da planta e garantir o crescimento de novas plantas a partir das gemas. Hábito de crescimento das plantas Cespitosas (eretas): cresce perpendicular ao solo e formam touceiras. Decumbente: os colmos crescem encostados ao solo, mas não desenvolvem raízes nos nós. Estolonífero: caules rasteiros que se desenvolvem junto à superfície do solo, produzindo raízes e parte aérea a partir dos nós. AULA II - AGROSTOLOGIA 25/03/2022 Estalão: Caule rasteiro, que se desenvolve na superfície do solo. Folhas As folhas das gramíneas são constituídas de lâmina foliar (limbo) e bainha. Seus tipos são: Lanceoladas Sésseis: Nervo principal que se liga ao caule da gramínea. Alternas: Saem do caule principal. Paralelinérvea Lígula: presente na base do limbo, junto a conexão bainha-limbo sempre na face superior (adaxial) da folha, comum em algumas monocotiledôneas, principalmente nas gramíneas. Fitômero: É a unidade básica do perfilho. Nas gramíneas é composto por: ● Lâmina ● Lígula ● Bainha ● Entrenó ● Gema Axilar ● Nó AULA II - AGROSTOLOGIA 25/03/2022 Podem haver vários fitômeros na mesma planta. Perfilho: Consiste na unidade básica das gramíneas, que utilizam o perfilhamento como forma de crescimento (perenidade). É composto por vários fitômeros. Cada perfilho tem um meristema. BASILARES: • Origem na base; • Possui sistema radicular próprio. É o melhor perfilho. AXILARES: • Origem em nós superiores do colmo. • Não desenvolvem sistema radicular. Ciclo final da Gramínea: Aparição da inflorescência (semente) Tipo de Inflorescência Espiga: espiguetas inseridas no eixo principal sem pedicelo (sésseis). Racemo: espiguetas inseridas na ráquis não ramificadas. Panícula: espiguetas pediceladas inseridas em ramificações terciárias da ráquis. Fruto Cariopses: sementes Leguminosas Raízes: Possuem a raiz principal bastante desenvolvida; Raízes secundárias são menores e pouco numerosas, sendo originadas das raízes embrionárias; AULA II - AGROSTOLOGIA 25/03/2022 Nódulos (Rhizobium e Bradyrhizobium). Caule Apresentam-se em diferentes formas. Algumas espécies herbáceas apresentam rizoma. Caules Eretos: herbáceo e lenhoso Hábito de Crescimento Se dá quanto ao porte da planta ● Substrativo ● Arbustivo ● Arbóreo Caule rasteiro: estolonífero - estalão Caule trepador: se enrolam em si próprios, são volúveis Folhas: São constituídas das seguintes partes: ● estípula ● pecíolo ● ráquis ● lâmina (limbo de várias formas). Apresentam grande variação. AULA II - AGROSTOLOGIA 25/03/2022 Fitômero Nas leguminosas é composto por: ● nó ● entre-nó ● pecíolo: caule que liga folhas ao caule principal. ● estípula ● folha (folíolos) ● gema axilar. Tipo de inflorescência As mais comuns são: ● espiga ● racemo ● capítulo ● umbela. Iguais as gramíneas Fruto Legume/Vagem Ciclo de desenvolvimento das forrageiras 1) Fase vegetativa Hibernais: inicia-se na germinação da semente e emergência da plântula. A seguir, a planta passa pelas fases de desenvolvimento da área foliar e perfilhamento. 2) Fase de transição: alongamento de colmo, onde produz folhas e perfilhos para o período reprodutivo. 3) Fase reprodutiva: não ocorre mais emissão de novas folhas. Os assimilados da planta são destinados ao enchimento e maturação de grãos na inflorescência. Ciclo de desenvolvimento X Valor Nutritivo PTN - Proteína bruta NIDA - Se estiver alto, é ruim. Nitrogênio - Convertido no animal em energia microbiana A folha irá diminuir, aumentando o colmo e tornando a digestibilidade mais difícil. Fisiologia Estudo do funcionamento dos vegetais, ou seja, trata dos processos vitais que ocorrem nas plantas. Os processos fisiológicos estabelecem a capacidade para a captura da energia solar e a síntese de produtos. Fotossíntese: Os organismos fotossintéticos captam e utilizam a energia solar para OXIDAR H2O, liberando O2, e para REDUZIR CO2, produzindo compostos orgânicos, primariamente açúcares. AULA II - AGROSTOLOGIA 25/03/2022 A folha é a parte mais fotossintética da planta (mesófilo = tecido ativo). A clorofila recebe a energia e faz reações bioquímicas como a criação de ATP e NADPH, onde no final irá ocorrer a liberação de O2 e CO2, vai ser transformado em ATP e NADPH. Pigmentos: Estão distribuídos na planta (folhas) em diferentes quantidades. Metabolismo de fixação de CO2 Planta C3, C4 e CAM: relação do metabolismo de fixação de CO2. Todos os eucariontes fotossintéticos (plantas) reduzem CO2 para carboidratos via Ciclo de Calvin. Ocorre no mesófilo foliar (estroma do cloroplasto), que abre para captar o CO2 e ao mesmo tempo perde H2O, se fechando logo depois. 1) Carboxilação: a enzima rubisco (ribulose 1,5 bifosfato carboxilase/oxigenase) pega CO2 e vai tomar 6 carbonos, dividindo e formando 2,3 fosfoglicerato. 2) Redução 3) Regeneração Se estiver no citosol da célula: sacarose (carboidrato estável) Se estiver no citosol do cloroplasto: amido Fotorrespiração: Reações associadas à absorção do oxigênio molecular pelas folhas. As C3 podem captar O2 - porém pode ser tóxico - a energia da planta vai ser usada para combater (vai perder de 30% a 50% da energia que iria para o crescimento para combate). Ciclo C4 Separação Espacial: mesófilo celular e bainha do feixe vascular. CO2 entra, PEP-carboxilase vai captar e produzir 4 carbonos, que vão ser convertidos em malato ou aspartato. Ambos vão para a bainha do feixe onde sofrem descarboxilação, e haverá quebra dos mesmos. Eles são captados pelo rubisco, dando sequênciaao ciclo de calvin. Não há como captar o O2 pois o rubisco está no feixe; o malato e o aspartato alimentam o ciclo; a C4 armazena malato e aspartato. AULA II - AGROSTOLOGIA 25/03/2022 Plantas CAM (metabolismo ácido das crassuláceas) Separação temporal Durante a noite abrem os estômatos, recebendo CO2. Se transformam em PEP-Carboxilase, que se transforma em malato. Durante o dia os estômatos se fecham pois sofrem perda de água frequente. Irão sofrer descarboxilação através do ciclo de calvin. Senescência ➢ Processo natural (hormônios); para “matar” a mesma pois não contribui para a planta. ➢ Estímulos (sombreamento); ➢ Ciclagem/translocação (N). Indice de área foliar: Se crescer muito em questão de altura, pode causar mais sombreamento e menos folhas boas, que são as conhecidas como folhas de dreno. Folhas de dreno: folha sombreada que só recebe, e não faz fotossíntese.
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