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Medicina Legal P1

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1 
MEDICINA LEGAL 
É uma especialidade concomitante médica 
e jurídicos, que utiliza de conhecimentos 
técnicos, científicos para esclarecimentos 
de fatos de interesse da justiça. 
O médico legal não é somente um legista, 
podendo atuar em qualquer área da 
medicina. 
Acompanha o dia a dia do médico porque o 
médico é produtor diário de documentos, 
com emissão de atestados, etc. 
Medicina legal existe basicamente para 
auxiliar a parte jurídica. Quando o juiz não 
é capaz de julgar uma situação, ele chama 
um médico (perito) para dar sua opnião 
sobre aquele assunto. 
ÉTICA 
São valores morais provenientes do 
respeito, direitos e deveres de uma 
sociedade. 
Ele e fruto do aprendizado de vida, a moral 
que a família ensina, o respeito ao outro e 
aos seus direitos. 
Temos sempre que nos questionar o 
seguinte (quero/posso/devo): 
 Tudo que eu quero, eu posso? 
 Tudo que eu quero e posso eu 
devo? 
MORAL 
É a prática da ética e seus valores 
embutidos durante todo um aprendizado 
de vida, e ninguém nunca estará pronto, 
seremos constantemente testados e 
ensinados a cerca desses valores. 
BIOÉTICA 
É a ética da vida. 
Aborda quaisquer valores que remetam a 
vida e os seres vivos, com: 
 Transplante de órgãos e tecido 
 Pesquisas em seres humanos 
 Tratamentos experimentais 
 Cuidados paliativos 
 Suicídio assistido 
 Eutanásia 
 Ortotanásia 
 Distanásia 
 Terminalidade da vida 
 Etc. 
CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA 
É o órgão que valida a formação do 
profissional médico, permitindo sua 
atuação no estado de registro. 
Cada estado tem seu próprio conselho, 
assim, cada médico tem o CRM do local 
que formou ou onde pediu. Quando temos 
que mudar de cidade ou algo do tipo, 
temos que ir até o conselho e pedir que 
seja feita essa troca de estado do CRM. 
O conselho atua como regulador do 
exercício médico, orientando os 
profissionais, seja em relação à conduta ou 
orientação jurídica. Ele fiscaliza a atuação 
dos profissionais, reconhecendo seu 
exercício. Defende ou pune conforme a 
demanda. Também promove o estudo, 
 2 
buscando o aperfeiçoamento da prática 
médica. 
Além disso, temos as regionais (em cidades 
maiores), temos uma em campos por 
exemplo, elas são nosso primeiro acesso, 
por isso são importantes para nós. 
Temos que entender, que esses conselhos 
são nosso respaldo e ajuda. 
Eu posso ter 2 CRM desde que pague pelos 
2. 
Toda vez que tiver uma 
demanda/denuncia, ela chega 
primeiramente nas regionais, se essa 
demanda não for resolvida, vai para o 
estado e se não for resolvida vai para o 
federal. 
SINDICÂNCIA – INSTARAUDA 
MEDIANTE A DENUNCIA ESCRITA OU 
VERBAL, DIRIGIDA AO CRM. A CÂMARA 
DE SINDICÂNCIA FARÁ A APRECIAÇÃO E 
PODERÁ SER ARQUIVADA OU NÃO. 
Se eu tenho uma clinica ou consultório, eu 
tenho que estar com o meu CRM dia para 
poder funcionar. 
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA 
O CFM é um consenso dos CRMs, sendo 
responsável pela legislação do Código de 
Ética Médica. 
HOJE É MUITO SIMPLES ACESSAR O 
CRM, TEMOS UM SITE QUE CONTÉM 
TUDO, DESDE AS NOTICIAS MAIS 
RECENTES, ATÉ O CÓDIGO DE ÉTICA 
MÉDICA. 
Então para que haja o exercício médico 
profissional, o médico tem que estar 
inscrito no CRM/CFM, que são órgãos 
fiscalizadores do cumprimento das normas. 
 
CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA 
Ele cobre os seguintes assuntos: 
 Qual a responsabilidade que cabe 
ao médico 
 Dá os princípios básicos que não se 
pode fugir 
 Mostra os direitos e deveres 
 Aborda sobre os direitos humanos 
que deve-se respeitar 
 Mostra como deve ser as relações 
entre profissionais médicos 
 Fala da relação com os pacientes e 
familiares 
 Fala sobre remuneração 
profissional 
 Sigilo profissional 
 Ensino 
 Transplantes 
 Auditoria e perícia 
CÓDIGO DO ESTUDANTE DE 
MEDICINA 
É estritamente de princípios e objetiva a 
relação entre o acadêmico, sua escola, seus 
professores, garantindo a excelência de sua 
formação e a da assistência ao paciente e a 
segurança sócia. 
Aborda os seguintes temas: 
 Sigilo: o estudante guardará sigilo a 
respeito das informações obtidas a 
partir da relação com os pacientes 
e com os serviços de saúde. 
 Assédio moral: oriente o estudante 
a se posicionar contra qualquer 
tipo de assedio mral ou reação 
abusiva de poder entre internas, 
residentes e preceptores. 
Médicos devem ter sempre a 
presença feminina a examinar uma 
mulher, para não correr riscos. 
 3 
 Trote: é dever do estudante 
posicionar-se contra qualquer tipo 
de trote que pratique violência 
física, psíquica, sexual ou dano 
moral e patrimonial 
 Exercício ilegal: proíbe o 
acadêmico identificar-se como 
médico podendo em qualquer 
contexto por ele praticado nessa 
situação ser caracterizado como 
exercício ilegal da medicina 
 Relação com cadáver: destaca o 
respeito com o cadáver de 
qualquer natureza, uma vez que a 
peça anatômica com finalidade de 
aprendizado. 
 Respeito pelo paciente: orienta o 
estudante a demonstrar empatia e 
respeito pelo paciente. 
 Supervisão obrigatória: institui que 
toda realização de atendimento 
por acadêmico deve ser 
obrigatoriamente supervisionada 
por um médico. 
 Privacidade: garante o respeito à 
privacidade, que contempla, entre 
outros aspectos, a intimidade e o 
pudor dos pacientes. 
 Mensagens WhatsApp: orienta os 
estudantes a se relacionarem de 
maneira respeitosa e a respeitarem 
a atuação de cada profissional de 
saúde. 
 
 4 
DIREITO DO MÉDICO 
I. Exercer a medicina sem ser 
discriminado por questões de 
religião, raça, sexo, nacionalidade, 
idade, condição social, opinião 
política, deficiência ou de qualquer 
outra natureza. 
II. Indicar o procedimento adequado 
ao paciente, observadas as práticas 
reconhecidamente aceitas e 
respeitando as normas legais 
vigentes do país. 
III. Apontar falhas em normas e 
regulamentos das instituições em 
que trabalhe quando as julgar 
indignas do exercício da profissão 
ou prejudiciais ao paciente, 
devendo dirigir-se, nesses casos, 
aos órgãos competente e, 
obrigatoriamente, à comissão de 
Ética e ao CRM de sua jurisdição. 
IV. Recusar-se a exercer sua profissão 
em instituição pública ou privada 
onde as condições de trabalho não 
sejam dignas ou possam prejudicar 
a própria saúde ou a do paciente. 
V. Suspender suas atividades, 
individualmente ou coletivamente, 
quando a instituição publica ou 
privada para a qual trabalhe não 
oferecer condições adequadas 
para o exercício profissional ou não 
remunerar digna e justamente, 
ressalvadas as situações de 
urgência e emergência, devendo 
comunicar imediatamente sua 
decisão ao CRM. 
VI. Internar e assistir seus pacientes 
em hospitais provados e públicos 
com caráter filantrópico ou não, 
ainda que não faça parte do seu 
corpo clínico, respeitadas as 
normas técnicas aprovadas pelo 
CRM da pertinente jurisdição. 
VII. Requerer desagravo publica ao 
CRM quando atingido no exercício 
de sua profissão. 
VIII. Decidir, em qualquer circunstância, 
levando em consideração sua 
experiência e capacidade 
profissional, o tempo a ser 
dedicado ao paciente sem permitir 
que o acúmulo de encargos ou de 
consultas venha prejudicar seu 
trabalho. 
IX. Recusar-se a realizar atos médicos 
que, embora permitidos por lei, 
sejam contrários aos ditames de 
sua consciência. 
X. Estabelecer seus honorários de 
forma justae digna. 
XI. É direito do médico com 
deficiência ou com doença, nos 
limites de suas capacidades e da 
segurança dos pacientes, exercer a 
profissão sem ser discriminado. 
DOCUMENTOS MÉDICOS 
Durante toda sua carreira, o médico vai ter 
contato com muitos documentos, como: 
 Atestados: emitimos quando o 
paiente esta incapacitado de 
exercer suas atividades diárias. 
 Notificações 
 Declarações: demos declarações 
afirmando que um pacienteou 
acompanhante esteve no 
consultório 
 Pareceres 
 Laudos 
 Relatórios 
 Receituário 
 Consentimento informado 
 5 
 Atestado de óbito: traduz o fim da 
existência humana e da 
personalidade civil. Confirma a 
morte, define a causa e satisfaz o 
interesse medico-sanitário. É um 
documento firmado por aqueles 
que tem competência profissional 
e legal para tanto. 
 Prontuário médico: deve ter letra 
legível, relato completo, 
informação de 
exames/pareceres/resultados, 
informação de intercorrências e 
conduta adotada, prescrição legível 
e explicada, anotar todo o 
procedimento indicado, descrever 
o procedimento, registrar com 
assinaturas, anotar hora e data da 
hora hospitalar com referências à 
prescrição recomendada e as 
orientações feitas. 
 Referência e contra referência: 
referência é o médico 
“encaminhar” o pacinete com um 
encaminhamento formal, após o 
médico referenciado tratar o 
paciente, o mesmo faz uma contra-
referencia, reencaminhando o 
paciente para o primeiro médico. 
Todos os documentos médicos devem ser 
carimbados e assinados, por isso não é 
certo deixar carimbo com outras pessoas. 
Dentre todos esses documentos, os que o 
médico mais tem contato são receituário e 
atestados. 
CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA – 
DOCUMENTOS MÉDICOS 
É vedado ao médico: 
Art. 80- expedir documento médico sem 
ter praticado ato profissional que o 
justifique, que esteja tendencioso ou que 
não corresponda à verdade 
Art. 81- atestar em forma de obter 
vantagens 
Art. 87- deixar de elaborar prontuário 
legível para cada paciente 
Art. 88- negar, ao paciente, acesso a seu 
prontuário, deixar de lhe fornecer cópia 
quando solicitada, bem como deixar de lhe 
dar explicações necessárias à sua 
compreensão salvo quando ocasionarem 
riscos ao próprio paciente ou a terceiros. 
ATESTADO MÉDICO – CÓDIGO PENAL 
ART. 302 – é vedado ao médico dar, no 
exercício de sua profissão atestado falso: 
Pena – detenção de 1 mês a 1 ano 
PUBLICIDADE MÉDICA (ASSUNTO 
ABORDADO COMO DISCUSSÃO ENTRE 
OS ALUNOS) 
O Marketing Médico tem alguns limites: 
1. É proibido o uso de fotos de 
pacientes em material profissional. 
2. Pode haver divulgação do serviço 
em redes sociais, com divulgação 
de numero de telefone, desde que 
não tenham tons sensacionalistas 
(médico dizendo que é o 
melhor/único que faz aquele 
procedimento/etc) ou darem a 
entender que os resultados dos 
tratamentos são garantidos. 
3. Anúncio dos equipamentos da 
clínica pode ocorrer, porém, a peça 
publicitária não pode dar a 
entender que o aparelho 
representa garantia de sucesso do 
tratamento. 
4. O médico pode fazer propaganda 
de títulos de especialista e o 
registro no CRM local, desde que o 
anúncio faça menção a, no 
máximo, duas especialidades. 
 6 
5. Não há restrições para publicação 
da titulação acadêmica, desde que 
os títulos anunciados estejam 
registrados no CRM. 
6. Pode ser elaborado um catalogo 
para a clínica desde que as 
informações se limitem àquelas 
sobre as especialidades de cada 
profissional. É importantes que 
alguns dados estejam no material, 
como o nome e o CRM do 
responsável. 
7. Todo material impresso em 
consultório deve onter o nome do 
médico e a especialidade ou área 
de atuação, CRM local e o Registro 
de Qualificação de Especialista 
(RQE). 
8. O médico não pode participar em 
anúncios de produtos ou marcas 
comerciais. 
9. É proibida a divulgação dos preços 
de serviços em redes sociais, assim 
como descontos como forma de 
diferencial ou de promoção de 
serviços. 
 
 
 7 
COMO EMITIR UM DOCUMENTO? 
No cabeçalho temos que conter uma 
identificação de LOCAL, com identificação, 
se for uma clínica, tem que ter o nome da 
clínica, se estiver um hospital, temos que 
ter a logo do hospital com a especialidade. 
No “meio” temos a parte de 
desenvolvimento daquilo que vamos falar. 
É a parte do corpo escrito. 
Embaixo deve conter o endereço do 
consultório com e-mail e telefone (não 
precisa ser o seu contato pessoal, pode ser 
o da clínica). Além disso, deve haver 
assinatura e data. 
COMO EMITIR UM ATESTADO? 
No cabeçalho temos que conter uma 
identificação de LOCAL, com identificação, 
se for uma clínica, tem que ter o nome da 
clínica, se estiver um hospital, temos que 
ter a logo do hospital com a especialidade. 
No “meio” temos a parte de 
desenvolvimento daquilo que vamos falar. 
É a parte do corpo escrito. Aqui deve 
conter o nome do paciente e tempo de 
afastamento. Deve conter o motivo do 
afastamento apenas se o paciente pedir. 
Embaixo deve conter o endereço do 
consultório com e-mail e telefone (não 
precisa ser o seu contato pessoal, pode ser 
o da clínica). Além disso, deve haver 
assinatura e data. 
QUANDO O PACIENTE SE NEGAR A 
FAZER UM EXAME, SOLICITAR UM 
DOCUMENTO E NÃO RETORNAR, DEVE-
SE ANOTAR NO PRONTUÁRIO E PEDIR O 
PACIENTE PARA ASSINAR. 
 
CLINICA DR. ______ 
CRM XX.XX.XX 
ESPECIALIZAÇÃO _______ 
____________________________
____________________________
____________________________
____________________________
____________________________
____________________________
___________ 
 
ENDEREÇO ______________ 
E-MAIL: ________________ 
TELEFONE: ______________ 
ASSINATURA 
DATA 
 
CLINICA DR. ______ 
CRM XX.XX.XX 
ESPECIALIZAÇÃO _______ 
Atesto que o paciente XXXXXXX, 
deve afastar-se de suas atividades 
laborais por 15 (quinze) dias, a 
contar da data de emissão desse 
documento. A pedido do paciente 
informo CID ___. 
 
ENDEREÇO: ____ 
E-MAIL: _______ 
TELEFONE: ____ 
ASSINATURA 
DATA 
ASSINATURA 
 8 
Um atestado para comprovação que de 
que o paciente esta apto a fazer uma 
atividade física, por exemplo, deve ser 
emitido apenas após avaliação GERAL do 
paciente, e deve conter qual atividade 
física o paciente está apto a fazer e com 
qual carga e etc. 
É ANTIÉTICO EMITIR UM ATESTADO 
ARA ALGUÉM DA SUA FAMÍLIA. 
COMO EMITIR UMA DECLARAÇÃO? 
No cabeçalho temos que conter uma 
identificação de LOCAL, com identificação, 
se for uma clínica, tem que ter o nome da 
clínica, se estiver um hospital, temos que 
ter a logo do hospital com a especialidade. 
No “meio” temos a parte de 
desenvolvimento daquilo que vamos falar. 
É a parte do corpo escrito. Deve conter 
data e horário. 
Embaixo deve conter o endereço do 
consultório com e-mail e telefone (não 
precisa ser o seu contato pessoal, pode ser 
o da clínica). Além disso, deve haver 
assinatura e data. 
O PREENCHIMENTO DO PRONTUÁRIO É 
DIÁRIO, DEVE CONTER AS EVOLUÇÕES 
DIÁRIAS DO PACIENTE. 
ATESTADO DE ÓBITO 
A importância do preenchimento é a 
comprovação da morte do paciente, 
porque pode ser um dado epidemiológico 
por um órgão responsável pelo controle. 
Deve sempre ser datado, com assinatura 
do médico, com horários e causa da morte 
(sem colocar motivos vagos como falência 
múltipla de órgãos). 
Devemos fornecer dados CORRETOS para 
auxiliar a estatística daquela doença por 
exemplo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLINICA DR. ______ 
CRM XX.XX.XX 
CRM XX.XX.XX 
ESPECIALIZAÇÃO _______ 
Declaro que o paciente XXXXX no 
dia XX/XX/XXXX se ausentou de 
suas atividades por estar em 
consulta médica nesta data, das 
14:00 às 15:00. 
 
ENDEREÇO: ____ 
E-MAIL: _______ 
TELEFONE: ____ 
ASSINATURA 
DATA 
CAUSA DA MORTE 
A) Causa principal da morte 
B) Cronologia dos eventos 
C) Cronologia dos eventos 
D) Causa básica da morte 
DOENÇAS CONCOMITANTES 
_______________________________________
_______________________________________
_______ 
 
 9 
Tem uma importância jurídica uma vez que 
após a comprovação no cartório o paciente 
é realmente dado como morto, perde seu 
CPF e é liberado para o sepultamento. 
A causa básica da morteserá a utilizada 
para estatística. 
Vai pro IML tudo que foi SUSPEITO. 
O ministério de saúde hoje recebe as 
mortes maternas (ate 1 ano após o parto) e 
as mortes infantis (até um ano). 
SMS – Hosp 
 IML 
 SOV 
SES – EST 
MS 
DIREITO DOS ADOLESCENTES E 
IDOSOS NO ATO MÉDICO (DISCUSSÃO 
DA AULA) 
DIREITOS DOS ADOLESCENTES 
O atendimento de adolescentes tem 
particularidades que envolvem questões 
bioéticas, éticas e legais. Para lhe 
oferecermos a oportunidade de falar de si, 
confidencialmente, e necessário que o 
atendimento sempre ocorra em dois 
momentos, o primeiro acompanhado de 
seu responsável e o segundo, só com o 
adolescente, pois ele pode não querer 
revelar algumas informações na presença 
de seus pais. 
 
De acordo com o parecer do 
Departamento de Bioética e Adolescência 
da Sociedade Brasileira de Pediatria 
(DBA/SBP) de São Paulo, a diferença da 
relação médico-paciente da faixa etária 
adolescente em comparação a da criança e 
que a primeira deixa de ser uma relação 
profissional- responsável e passa a ser 
profissional- adolescente, pois este último 
já tem maturidade suficiente para lhe 
permitir mais autonomia. E importante 
que, no primeiro encontro entre 
profissional de saúde, família e 
adolescente, expliquem-se o que é 
confidencialidade e a necessidade dela. 
Pelo Estatuto da Criança e do Adolescente 
(ECA), a adolescência vai dos 12 aos 18 
anos, e o Código Civil determina a 
maioridade aos 18. 
Os princípios éticos no atendimento a 
adolescentes nos serviços de saúde se 
referem especialmente a privacidade, 
caracterizada pela não permissão de 
outrem no espaço da consulta; 
confidencialidade, definida como acordo 
entre profissional da saúde e cliente de 
que as informações discutidas durante e 
após a consulta não podem ser passadas 
aos responsáveis sem a permissão do 
adolescente; sigilo, regulamentado pelo 
artigo 103 do Código de Ética Medica*; e 
autonomia, contida no Capítulo II, art. 17, 
do ECA. 
Existem, entretanto, situações em que o 
profissional percebe que o adolescente 
não tem condições de arcar sozinho com 
sua saúde ou se conduz de forma a causar 
danos a si ou a outras pessoas. Nessas, a 
quebra do sigilo e justificada. Entre tais 
situações destacamos gravidez, AIDS, 
percepção da ideia de suicídio ou 
homicídio, drogadição e recusa ao 
tratamento. 
Nas situações em que se caracterizar a 
necessidade da quebra do sigilo medico, o 
paciente deve ser informado, justificando-
se os motivos para essa atitude. Cada 
situação de conflito entre interesses do 
adolescente e os de seus responsáveis 
deve ser individualmente estudada, 
construindo-se conjuntamente uma 
“verdade para aquele momento”. 
Adolescentes procuram amiúde 
atendimento médico com queixas 
relacionadas com a pratica sexual, entre 
 10 
elas a busca por métodos contraceptivos. 
Ressalta-se que contracepção e um 
direito reprodutivo, considerado direito 
humano fundamental. Portanto, os 
adolescentes podem decidir livremente e 
responsavelmente sobre a própria vida 
sexual e reprodutiva, ter acesso a 
informação e aos meios para o exercício 
dos direitos individuais livre de 
discriminação, coerção ou violência. 
 
Quando um adolescente manifesta o 
desejo de realizar um exame anti-HIV, 
este deve ser solicitado mesmo que a 
indicação aparentemente não esteja 
clara. Os procedimentos de 
aconselhamento pré e pós-teste precisam 
ser seguidos segundo a orientação do 
Ministério da Saúde (MS). 
 
1. O médico deve reconhecer o 
adolescente como indivíduo 
progressivamente capaz e atendê-lo de 
forma diferenciada. 
 
2. O médico deve respeitar a 
individualidade de cada adolescente, 
mantendo uma postura de acolhimento, 
centrada em valores de saúde e bem-
estar do jovem. 
 
3. O adolescente, desde que 
identificado como capaz de avaliar seu 
problema e de conduzir-se por seus 
próprios meios para solucioná-lo, tem o 
direito de ser atendido sem a presença 
dos pais ou responsáveis no ambiente 
da consulta, garantindo-se a 
confidencialidade e a execução dos 
procedimentos diagnósticos e 
terapêuticos necessários. Dessa forma, 
o jovem tem o direito de fazer opções 
sobre procedimentos diagnósticos, 
terapêuticos ou profiláticos, assumindo 
integralmente seu tratamento. Os pais 
ou responsáveis somente serão 
informados sobre o conteúdo das 
consultas, como por exemplo, nas 
questões relacionadas à sexualidade e 
prescrição de métodos contraceptivos, 
com o expresso consentimento do 
adolescente. 
 
4. A participação da família no 
processo de atendimento do 
adolescente é altamente desejável. Os 
limites desse envolvimento devem ficar 
claros para a família e para o jovem. O 
adolescente deve ser incentivado a 
envolver a família no acompanhamento 
dos seus problemas. 
5. A ausência dos pais ou responsáveis 
não deve impedir o atendimento médico 
do jovem, seja em consulta de matrícula 
ou nos retornos. 
 
6. Em situações consideradas de risco 
(por exemplo: gravidez, abuso de drogas, 
não adesão a tratamentos 
recomendados, doenças graves, risco à 
vida ou à saúde de terceiros) e frente à 
realização de procedimentos de maior 
complexidade (por exemplo, biópsias e 
intervenções cirúrgicas), torna-se 
necessária a participação e o 
consentimento dos pais ou responsáveis. 
 
7. Em todas as situações em que se 
caracterizar a necessidade da quebra do 
sigilo médico, o adolescente deve ser 
informado, justificando-se os motivos 
para essa atitude. 
DIREITOS DOS IDOSOS 
 
Art. 15. É assegurada a atenção integral à 
saúde do idoso, por intermédio do Sistema 
Único de Saúde - SUS, garantindo-lhe o 
acesso universal e igualitário, em conjunto 
articulado e contínuo das ações e serviços, 
para a prevenção, promoção, proteção e 
recuperação da saúde, incluindo a atenção 
especial às doenças que afetam 
preferencialmente os idosos. 
§ 1.º A prevenção e a manutenção da 
saúde do idoso serão efetivadas por 
meio de: 
I - Cadastramento da população 
idosa em base territorial; 
II - Atendimento geriátrico e 
gerontológico em ambulatórios; 
III - unidades geriátricas de 
referência, com pessoal 
 11 
especializado nas áreas de 
geriatria e gerontologia social; 
IV - Atendimento domiciliar, 
incluindo a internação, para a 
população que dele necessitar e 
esteja impossibilitada de se 
locomover, inclusive para idosos 
abrigados e acolhidos por 
instituições públicas, 
filantrópicas ou sem fins 
lucrativos e eventualmente 
conveniadas com o Poder 
Público, nos meios urbano e 
rural; 
V - Reabilitação orientada pela 
geriatria e gerontologia, para 
redução das sequelas 
decorrentes do agravo da saúde. 
§ 2.º Incumbe ao Poder Público fornecer 
aos idosos, gratuitamente, 
medicamentos, especialmente os de uso 
continuado, assim como próteses, 
órteses e outros recursos relativos ao 
tratamento, habilitação ou reabilitação. 
§ 3.º É vedada a discriminação do idoso 
nos planos de saúde pela cobrança de 
valores diferenciados em razão da idade. 
§ 4.º Os idosos portadores de 
deficiência ou com limitação 
incapacitante terão atendimento 
especializado, nos termos da lei. 
 
Art. 16. Ao idoso internado ou em 
observação é assegurado o direito a 
acompanhante, devendo o órgão de 
saúde proporcionar as condições 
adequadas para a sua permanência em 
tempo integral, segundo o critério 
médico. 
 Parágrafo único. Caberá ao profissional 
de saúde responsável pelo tratamento 
conceder autorização para o 
acompanhamento do idoso ou, no caso de 
impossibilidade, justificá-la por escrito. 
 
Art. 17. Ao idoso que esteja no domínio 
de suas faculdades mentais é assegurado 
o direito de optar pelo tratamento de 
saúde que lhe for reputado mais 
favorável. 
Parágrafo único. Não estando o idoso 
em condições de proceder à opção, esta 
será feita: 
I - Pelo curador, quando o 
idoso for interditado; 
II - Pelos familiares, quando o 
idoso não tiver curador ou este 
não puder ser contatado em 
tempo hábil; 
III- pelo médico, quando 
ocorrer iminente risco de vida e 
não houver tempo hábil para 
consulta a curador ou familiar; 
IV - pelo próprio médico, 
quando não houver curador ou 
familiar conhecido, caso em que 
deverá comunicar o fato ao 
Ministério Público. 
 
Art. 18. As instituições de saúde devem 
atender aos critérios mínimos para o 
atendimento às necessidades do idoso, 
promovendo o treinamento e a 
capacitação dos profissionais, assim 
como orientação a cuidadores 
familiares e grupos de autoajuda. 
 
Art. 19. Os casos de suspeita ou 
confirmação de maus-tratos contra 
idoso serão obrigatoriamente 
comunicados pelos profissionais de 
saúde a quaisquer dos seguintes órgãos: 
I – 
Autoride 
de 
policial; 
 II - 
Ministéri
o 
Público; 
III - Conselho 
Municipal do Idoso; IV 
- Conselho Estadual 
do Idoso; V - Conselho 
Nacional do Idoso. 
 
 
 12 
VÍRGULA 
É muito importante, pois dependendo do 
seu local de colocação pode mudar 
completamente o sentido de uma frase. 
DISCUSSÃO – ATESTAADO DE ÓBITO 
Objetivos – é um documento padrão para 
coletas de mortalidade e caráter jurídico. 
Possui 3 vias. 
Tem que preencher corretamente, com 
letra legível. 
É um ato médico, o MÉDICO é quem tem 
que preencher. 
Não pode ser cobrado para que a emissão 
seja feita. 
Não pode ter NENHUMA rasura. 
ÓBITO 
Causa natural -> sem assistência médica -> 
SVO 
Com assistência médica -> causa 
desconhecida -> SVO 
Com assistência médica -> causa conhecida 
-> médico assistente ou substituto 
Causa externa -> IML 
Médico atestante -> 3 vias 
1 via -> família 
2 via -> secretaria de saúde 
Essa via permite que haja um encontro de 
informações 
3 via -> hospital 
 
CAUSA DA MORTE 
Doença ou lesão que iniciou a cadeia de 
acontcimentos patológicos que conduziram 
diretamente À morte, ou as circunstâncias 
do acidente ou violência que produziram a 
lesão fatal. 
CREMAÇÃO 
Para fazer a cremação de um corpo por 
mote natural tem que ter a assinatura de 2 
médicos na DO. 
Para fazer a cremação de uma morte 
violenta o médico legista assinara a DO, 
mas só pode ser realizada após autorização 
da autoridade jurídica. 
QUEM DEVE EMITIR A DO? 
Morte fetal – médicos que prestaram 
assistência à mãe quando a gestação tiver 
duração igual ou superior a 20 semanas; 
peso corporal igual ou superior a 500b; 
e/ou estatura igual ou maior que 25cm. 
Em locais sem médicos -> será preenchida 
pelo cartório com a presença do declarante 
e 2 testemunhas devidamente 
identificadas. 
ATESTADO MÉDICO 
É vedado ao médico: 
Art. 80 – expedir documento médico sem 
ter praticado ato profissional que o 
justifique, que esteja tendencioso ou que 
não corresponda à verdade. 
Art. 91 – deixar de atestar atos executados 
no exercício profissional, quando solicitado 
pelo paciente ou por seu representante 
legal. 
 
 13 
CODIGO PENAL 
FALSIDADE IDEOLÓGICA 
Art. 299 – omitir em documento público ou 
particular, declaração que dele devia 
contar, ou nele inserir ou fazer inserir 
declaração falsa u diversa da que devia ser 
escrita, com o fim de prejudicar direito, 
criar obrigação ou alterar a verdade sobre 
fato juridicamente relevante. 
Ou seja, se você colocar algo naquele 
documento além daquilo que é provado ou 
deixar de colocar alguma informação que 
seria de valor para o paciente, você 
responde judicialmente. 
FALSIDADE DE ATESTADO MÉDICO 
Art. 302 – dar o médico, no exercício de 
sua profissão, atestado falso. 
Pena detenção de 1 mês a 1 ano. 
DECLARAÇÃO DE ÓBITO 
Tem como fim: 
 Atestar óbito 
 Satisfazer exigências da justiça 
 Esclarecer questões 
epidemiológicas e estatísticas 
vitais. 
É um documento base do sistema de 
informações sobre mortalidade do 
ministério da saúde. 
É um ato médico e tem obrigação legal de 
justificar e atestar o óbito. 
QUANDO EMITIR A DO? 
1. Em todos os óbitos 
2. Quando a criança nascer viva e 
morrer logo pós o nascimento 
independente da duração da 
gestação, do peso do RN e do 
tempo que tenha permanecido 
vivo. 
3. No óbito fetal, se a gestação teve 
duração igual ou superior a 20 
semanas, ou o feto com peso igual. 
CASO: O MARIDO DE UMA MULHER 
GRAVIDA MORREU E LOGO ASSIM QUE 
O FILHO NASCEU, MORREU TAMBÉM, 
COM QUEM FICA A HERANÇA? SE O 
FILHO NASCEU VIVO E MORREU DEPOIS 
COM A MÃE. 
JURÍDICO 
Lei dos registros públicos – 6017/15??? 
O QUE O MÉDICO NÃO DEVE FAZER 
1. Não assinar em branco 
2. Não preencher sem pessoalmente 
constatar a morte 
3. Não utilizar termos vagos 
4. Não cobrar pela emissão da DO 
PARTE V – DO 
a) Causa imediata ou terminal 9º que 
realmente levou ao óbito) 
b) Causa intermediária – antecedente 
à causa terminal 
c) Causa intermediária (pra que 
evoluiu aquela causa básica?) 
d) Causa básica da morte 
Outros estados patológicos significativos 
que contribuíram para a morte, não 
estando relacionados com o estado 
patológico que a produziu. 
SVO – SERVIÇO DE VERIFICAÇÃO DE 
ÓBITO 
Instituições que têm por finalidade a 
determinação da realidade da morte, bem 
como a sua causa, desde que natural. 
Necropsia anátomo-patológica visando a 
determinar ou diagnosticar a causa da 
morte, e esclarecer a evolução de 
 14 
determinada doença, ou dizer da eficiência 
de uma norma terapêutica. 
NÃO CONFUNDIR COM IML. 
PEÇAS ANATOMICAS RETIRADAS POR 
ATO CIRURGICO 
NÃO DAR ATESTADO DE ÓBITO. 
Para ser sepultado o médico deve fazer 
uma declaração por um relatório em papel 
timbrado com descrição do procedimento 
realizado, que será apresentado ao 
departamento administrativo do cemitério. 
ÓBITO OCORRIDO EM AMBULÂNCIA 
COM MÉDICO 
O médico da ambulância emite a DO (Se 
for causa natural e existirem informações 
suficientes para tal). Se a causa da morte 
for externa, o corpo deverá ser 
encaminhado para o IML. 
COMORIÊNCIA 
Não tem como avaliar quem morreu 
primeiro. 
PRIMORIÊNCIA 
Quando tem como avaliar quem morreu 
primeiro. 
ÓBITO OCORRIDO EM AMBULÂNCIA 
SEM MÉDICO 
O corpo devera ser encaminhado ao SVO 
na ausência de sinais externos de violência 
ou ao IML em mortes violentas. 
ERRO MÉDICO 
O que caracteriza? 
 Imperícia: não estar preparado 
para aquele caso. 
Como por exemplo, você é GO e 
faz uma cirurgia de joelho. 
 Imprudência: sair do procedimento 
ideal para o paciente. 
Como por exemplo, temos uma 
diretriz de conduta e o médico vai 
lá e faz o que ele quer, do jeito 
dele. 
 Negligência: deixar de tomar a 
conduta correta frente ao 
paciente. 
Como por exemplo, sair do plantão 
antes do horário, não atender 
urgência e emergência, negar 
atendimento, chegar atrasado. 
 
 15 
 
ERRO MÉDICO 
É qualquer atitude ou resultado do 
trabalho médico em desacordo com a 
expectativa do paciente ou de seus 
familiares. 
Para não cometermos um erro medico 
precisamos estar sob um alicerce seguro 
que tem como base: 
 Técnica 
 Atualização 
 Ética 
Precisamos ter o conhecimento necessário 
para exercício profissional, estar sempre 
atualizado com protocolos e novas 
aquisições de conhecimento técnico e 
utilizar sempre as orientações do código de 
ética médica para o exercício profissional 
pleno. 
O erro medico é caracterizado por: 
 Imperícia: não fazer o que não 
deveria ser feito 
 Imprudência: fazer mal o que 
deveria ser bem feito. 
 Negligência: fazer o que não 
deveria ser feito. 
Basta um dele para que seja caracterizada 
culpa. 
A falta de atenção sobre o nosso paciente, 
a falta de atenção em dar uma alta em 
estabule pedidos de exames sem fazer 
receituário e dar explicações é uma 
negligência. 
Ter falta de habilidade para realizar um 
procedimento e mesmo assim se 
disponibilizar para fazê-lo é uma 
imprudência. 
A imprudência está relacionada com 
mudança de protocolos e quebrar 
condutas que já estão pré-estabelecidas e 
de amplo exercício dentro da medicina.RESPONSABILIDADE PELO ERRO 
MÉDICO 
A insatisfação do paciente ou dos seus 
familiares frente ao ato médico pode gerar 
ações e responsabilidade, com 
representatividade no aspecto: 
 Civil 
 Penal 
 Ético-profissional 
Fato é que, ao cometer um erro causando 
dano a alguém, o médico deverá responder 
pelo seu ato. 
CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA 
Capítulo III – trata de responsabilidade 
profissional. 
Art. 1° - “é vedado ao médico causar dano 
ao paciente por ação ou omissão, 
caracterizável como imperícia, imprudência 
ou negligência”. 
CÓDIGO CIVIL 
Art. 186 – “Aquele que, por ação ou 
omissão voluntária, negligência ou 
imprudência, violar direito e causar dano a 
outrem, ainda que exclusivamente moral, 
comete ato ilícito”. 
RESPONSABILIDADE CIVIL 
Designa a obrigação de reparar ou de 
ressarcir o dano, quando injustamente 
causado a outrem, ou seja, os danos 
 16 
comprovadamente causados às vítimas 
devem ser indenizados pelo ofensor. 
ISSO SIGNIFICA QUE, O MÉDICO 
CAUSADOR DO DANO DEVERÁ 
RESPONDER E PAGAR INDENIZAÇÃO DO 
DANO. 
Quanto a reparar o dano, muitas vezes não 
é aceito pelo paciente, já que houve uma 
quebra da relação médico-paciente. 
Existem 2 teorias da responsabilidade civil: 
 Teoria Subjetiva ou Teoria da 
Culpa: depende da existência 
comprovada de culpa (o médico foi 
comprovadamente culpado) 
 Teoria Objetiva ou Teoria do Risco: 
se relaciona a responsabilidade de 
um hospital, plano ou companhia 
de saúde (é chamada de risco 
porque ela correu o risco de 
permitir aquele médico de 
trabalhar naquele local) 
DANO 
É o agravo à saúde do paciente provocado 
pela ação ou inação do médico, no 
exercício profissional, sem a intenção de 
cometê-lo, em razão da inobservância de 
uma regra de conduta (imprudência, 
negligência e imperícia). 
REPARAÇÃO DO DANO 
Como qualquer cidadão, o médico se 
submete ao principio básico de obrigação 
de responder pelos prejuízos causados a 
terceiros, no exercício de sua profissão, em 
decorrência de falhas. 
RESPONSABILIDADE SUBJETIVA 
É preciso haver: 
DANO + NEXO + CULPA. 
Isso significa que, na responsabilidade 
subjetiva é preciso haver dano com uma 
comprovação da culpa, estabelecida pelo 
nexo de causalidade. 
Sabendo que essa ação gera indenização, o 
médico deverá pagar pelo seu erro, cabe 
ao médico comprovar que não agiu com 
imperícia, imprudência ou negligência. 
É necessário comprovar que o dano 
causado, não foi por sua ação ou inação, 
portanto, não foi por um nexo de 
causalidade. 
Se alguém tem direito o outro tem 
obrigação. A grande questão é que cabe ao 
médico comprovar a sua dfeza, a ele cabe 
o ônus dda prova, e ele deve estar 
devidamente respaldado para poder faze-
lo. 
O ônus da prova é composto por: 
 Consentimento informado 
 Prontuário médico 
 Documentos 
 Testemunhas 
Os documentos de prova, as testemunhas 
e o prontuário médico já foram motivos de 
discussões em aulas anteriores. 
O consentimento informado, ele é de 
grande importância e será visto mais a 
frente. 
RESPONSABILIDADE OBJETIVA 
Nessa responsabilidade que envolve 
hospitais, planos de saúde e serviços, não 
há necessidade da comprovação de culpa. 
Nesse caso precisamos apensas de: 
DANO + NEXO. 
Fica subentendido o risco aceito pelo 
trabalho e cabe indenização ao ofendido. 
 17 
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR 
Art. 14 – o fornecedor de serviços 
responde, independentemente da 
existência de culpa, pela reparação dos 
danos causados os consumidores por 
defeitos relativos à prestação de serviços, 
bem como por informações insuficientes 
ou inadequadas sobre sua fruição de riscos. 
Se o fornecedor permitiu aquele serviço, o 
culpado também é ele, embora não seja o 
culpado propriamente dito daquele fato. 
Com isso, a responsabilidade civil dos 
estabelecimentos hospitalares dos planos e 
seguros de saúde, enquanto fornecedores 
de produtos e serviços é sempre objetiva 
(Teoria do Risco). 
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA 
É aquela entre: 
 MÉDICO + HOSPITAL 
 MÉDICO + PLANO DE SAÚDE. 
Nesse caso, o processo judicial vem 
simultaneamente para os 2. 
CABE RESSALTAR, QUE 
POSTERIORMENTE PODE OCORRER A 
AÇÃO DE REGRESSO, QUE É QUANDO O 
HOSPITAL OU PLANO DE SAÚDE 
PROCESSA O MÉDICO, TENTANDO O 
RESSARCIMENTO LEO QUE FOI GATO 
POR ELES EM RELAÇÃO AO 
PAGAMENTO DO PACIENTE EM 
QUESTÃO, DEVIDO À CULPA PELO ERRO 
MÉDICO. 
MÉDICO X PACIENTE 
O médico tem como obrigação, cuidar do 
paciente da melhor maneira possível. 
Na relação medico-paciente fica implícita 
uma relação de contrato, embora não haja 
um documento físico. 
Nesse caso temos a relação de prestador 
de serviço X usuário. 
A NATUREZA JURÍDICA DO CONTRATO 
MÉDICO 
O médico tem obrigação de cuidar do 
paciente da melhor maneira possivel, sem 
a obrigação de curá-lo. 
Nessa natureza jurídica teremos 2 
obrigações do médico: 
 Obrigação de meio 
 Obrigação de resultado. 
OBRIGAÇÃO DE MEIO 
O médico tem a obrigação de utilizar todo 
conhecimento, tudo a seu alcance para 
tratar e salvar o paciente. 
O médico tem obrigação de cuidar da 
saúde do paciente. 
A regra geral dita que o médico não pode 
obrigar-se, no desempenho de sua 
atividade profissional, a obter resultado 
determinado acerca da cura do doente e 
assumir o compromisso de reabilitar a 
saúde. 
OBRIGAÇÃO DE RESULTADO 
Pressupõe resultado previamente 
pactuado entre as partes, como no caso de 
uma cirurgia plástica. 
Está vinculado à expectativa. 
RESPONSABILIDADE PENAL 
Se deve à existência de conduta criminosa 
definida em lei. 
DENÚNCIA JUNTO OS CONSELHOS DE 
CLASSSE 
1- Denuncia 
2- Sindicância 
 18 
3- Conselheiros 
4- Arquivamento ou Processo ético 
profissional 
Existe a possibilidade de fazer uma 
denuncia ao conselho, que não pode ser de 
forma anônima. Quando essa denuncia 
chega, ela vai para o conselheiro que faz 
uma sindicância e depois disso, o mesmo 
emite um relatório que vai promover o 
arquivamento ou continuidade do 
processo. 
PROCESSO ÉTICO PROFISSIONAL 
Uma vez dada à continuidade do processo 
o mesmo vai para instrução e julgamento, 
e ali é decido se cabe absolvição ou 
condenação do caso. 
PENAS APLICÁVEIS PELO CONSELHO 
É importante saber que as penas aplicáveis 
pelo conselho são: 
1- Advertência confidencial em aviso 
reservado. 
2- Censura confidencial em aviso 
reservado 
3- Censura pública em aviso 
reservado 
4- Suspensão do exercício profissional 
pelo período de 30 dias 
5- Cassação do exercício profissional 
MEDICINA DEFENSIVA 
O temor do envolvimento em algum 
processo tem levado aos médicos ao 
exercício de uma medicina defensiva, 
muitas vezes levando ao: 
 Exagero nos pedidos de exames 
complementares 
 Recusa em procedimentos de 
maior risco 
 Aposentadoria precoce e 
abandono da profissão 
CONSENTIMENTO INFORMADO 
É um documento médico de grande valia 
em uma ação judicial. 
Ele possui 4 bases importantes: 
 Informação 
 Competência 
 Entendimento 
 Voluntariedade 
É essencial, o paciente tem que ser 
informdo em todos os detalhes e 
informações do que está acontecendo 
sobre ele. 
Ou seja, o paciente deve saber que tipo de 
doença, como ela caminha normalmente, 
quais são as expectativas cabíveis naquela 
patologia, limitações que podem ser 
adquiridas ao longo do tempo. Ao mesmo 
tempo deve ser informada a proposta 
médica que está sendo feita para o seu 
tratamento, mostrar para ele quais os tipos 
de tratamento que são cabíveis, todos os 
prós e contras de cada tratamento e deixar 
com que ele escolha o que ELE QUISER. 
Devemos compartilhar com o paciente, 
qual a SUA verdadeira proposta e o porquê 
de você está seguindo e optando por 
aquele tratamento. 
Não tem como fazer um consentimento 
padrão, porque cada paciente é único. 
Outra base importante é a competência,já 
que o médico tem que ter sabedoria sobre 
os procedimento e saber passar sobre eles 
de forma que o paciente entenda o que vai 
acontecer. 
A competência do médico precisa ser um 
respaldo para o paciente. 
No caso do entendimento, não basta que 
você fale tudo e explique para o paciente 
de uma maneira que ele não entenda. É 
 19 
necessário que o paciente entensa, ele não 
tem obrigação de conhecer termos 
técnicos, ele tem que ter o entendimento 
de formas simples. 
A voluntariedade é muito importante, uma 
vez que em momento algum o paciente 
deve ser obrigado, coagido ou induzido a 
ter aquela escolha simplesmente porque é 
a que o médico acha melhor. O paciente 
tem direito de escolha. 
O MÉDICO É PROIBIDO DE ATUAR NO 
INDIVÍDUO SEM QUE ELE TENHA 
CONSENTIDO. EXCETO EM RISCO DE 
MORTE. 
A ausência de consentimento informado só 
pode ocorrer em caso de risco de morte, e 
mesmo nesse caso, se você tiver como ter 
um contato com um familiar, é preferível. 
 Sobre o consentimento informado: 
 Quem emite? O médico. 
 Quando emitir? Toda vez que você 
for ter um procedimento que 
demande uma atuação médica, e 
que o paciente precise ter o 
conhecimento de tudo o que está 
acontecendo. 
 Quem assina? 
 Modelo? Não existe um modelo 
específico, cada situação e 
individualizada. 
 Desistência. A qualquer momento 
o paciente pode desistir sem que 
haja nenhum ônus para nenhuma 
das duas partes.o paciente pode 
desistir até mesmo se já estiver 
dentro do centro cirúrgico se o 
paciente estiver ciente de tudo que 
está acontecendo. 
 Finalidade. É o entendimento do 
paciente sobre qualquer coisa que 
aconteceu, e lá na frente se houver 
alguma demanda jurídica, o 
médico pode apresentar o 
documento em respaldo de si 
mesmo. 
O paciente pode pegar esse documento, 
leva-lo para casa e refletir sobre aquilo, 
tirar qualquer dúvida existente e ele pode 
assiná-lo ou não (não cabe ao médico 
obrigar que aquilo seja feito). 
O que deve conter no consentimento 
informado: 
 Dados pessoais do 
médico/paciente/testemunhas. 
 Informação sobre o diagnóstico e 
tratamento proposto. 
 Informação dobre outros 
tratamentos, suas vantagens e 
desvantagens. 
 Como será o tratamento – riscos 
 Possibilidade de sequelas ou 
complicações. 
 Orientações para recuperação – 
prognóstico. 
 Tempo de afastamento de suas 
atividades. 
O CONSENTIMENTO INFORMADO É UM 
DOCUMENTO ENTRE MÉDICO E 
PACIENTE, PORÉM A DECISÃO FINAL É 
DO PACIENTE. 
A relação do médico com o paciente é o 
grande trunfo que temos que ter nas mão 
para evitar os transtornos judiciais. Temos 
que exercer: 
 Bom lidar 
 Bem fazer 
 Seguir as orientações do código de 
ética médica 
 
 20 
INTRODUÇÃO 
Iniciamos parte da medicina legal com a 
traumatologia forense, importante na 
nossa formação. 
 TRAUMATOLOGIA 
Traumatologista é o profissional 
especializado no tratamento e reabilitação 
de traumas (e lesões produzidas no 
aparelho locomotor) de urgência. 
TRAUMATOLOGIA FORENSE 
É o braço auxiliar do judiciário. Ela estuda 
lesões corporais de ordem físicas e 
psicológicas, e os mecanismos que 
causaram as lesões de forma imediata ou 
tardia. 
A maior parte das perícias realizadas está 
relacionada ao trauma. 
 
 
 
 
 
 
 
ÁREAS FORENSES 
 
Todo trabalho que envolve a medicina 
forense é multidisciplinar, envolve vários 
profissionais com o objetivo de elucidar um 
fato único. 
Os campos de atuação da med forense são 
muito vastos e estão sempre vinculados às 
demandas judiciais: 
1- Antropologia forense: está voltada 
ao estudo do esqueleto, corpos em 
decomposição, restos humanos, 
com o objetivo não só de 
identificar o indivíduo, mas o 
tempo da morte e suas instâncias. 
2- Traumatologia forense: estuda o 
trauma, a lesão, busca identificar o 
agente causador e as 
consequências da ação. 
3- Sexologia forense: vai estudar o 
comportamento sexual 
relacionado a comportamentos 
médicos-legais, como a violência, o 
crime e nesse contexto, incluímos 
o crime de pedofilia e o sadismo. 
Estuda o comportamento, fora do 
habitual que pode ser de origem 
orgânica ou não. 
4- Tanatologia forense: é o estudo do 
morto e da morte, trata dos 
mecanismos e aspectos 
 21 
relacionados a morte, como tempo 
e circunstancias do momento da 
morte. 
5- Toxicologia forense 
6- Criminologia forense: estuda o 
crime e o criminoso, analisa as 
condições do crime, agente 
causador, vitima e todo contexto 
que influenciou a influencia do 
fato, tem por fim, encontrar a 
etiologia do crime, tentar 
identificar as causas que o 
determinaram. 
7- Psiquiatria forense: é o ramo da 
psiquiatria que é importante no 
auxílio a justiça na identificação de 
indivíduos supostamente 
portadores de transtorno mental e 
que violam a lei. 
Ela também auxilia na identificação de 
indivíduos considerados incapazes, que 
necessitam da lei para a sua proteção e 
integridade. 
Casos referenciais em destaques e de difícil 
controvérsia: 
1- Suzane Richthofen, que arquitetou 
o assassinato dos pais e na época 
era apenas uma adolescente 
2- Avaliação psiquiatra requisitada ao 
Adélio Bispo na tentativa de 
assassinar o então presidente Jair 
Bolsonaro 
3- Eloá em SP, uma adolescente, esse 
caso foi considerado o mais longo 
caso de sequestro seguido de 
morte em SP. 
TODOS ESSES CASOS, E MUITOS 
OUTROS A PSIQUIATRIA FORENSE FAZ 
PARTE DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR 
NO AUXILIO AS QUESTÕES JUDICIAIS, 
TENTANDO ENTENDER O PERFIL QUE 
LEVARAM AOS AGENTES COMETEREM 
OS POSSÍVEIS CRIMES. 
RELEMBRANDO 
Os óbitos podem ser de causas naturais 
(quando vinculados a alguma doença, 
evento súbito ou alguma desorganização 
do organismo) ou externas (oriundos de 
acidentes diversos, suicídio, homicídio ou 
qualquer óbito considerado suspeito). 
Todos os óbitos de casos externas serão 
enviados ao IML, para a necropsia e 
emissão do atestado de óbito. Geralmente 
são atestados emitidos com maior 
facilidade de identificar a causa da morte. 
LESÃO 
A definição de lesão e importante para nós. 
Ela é objeto de estudo forense e se refere a 
qualquer ferimento ou traumatismo 
resultante da ação de uma energia. 
O PROFESSOR GENIVAL VELOSO 
FRANÇA DEFINE A TRAUMATOLOGIA 
FORENSE COMO RAMO DA MEDICINA 
LEGAL QUE ESTUDA A AÇÃO DE UMA 
ENERGIA EXTERNA SOBRE O 
INDIVÍDUO. EM SEU LIVRA O CAPÍTULO 
DEDICADO A TRAUMATOLOGIA 
FORENSE É DE FÁCIL ENTENDIMENTO E 
VALOROSO DE LER. 
ENERGIAS 
As energias causadoras de lesão podem 
ser: 
 Mecânicas: podem ser vinculadas a 
punhais, revólver, dentes, 
machados e alguns outros. 
 Físicas: temperatura, pressão 
atmosférica, eletricidade e 
radioatividade. 
 Químicas: ácidos, venenos em 
geral, cáusticos. 
 22 
 Fisicoquímicas: é onde 
encontramos uma interação de 2 
fatores ou mais, como asfixia, 
confinamento, esganadura, 
enforcamento, estrangulamento e 
outros. 
MECANISMOS DE LESÕES DE ORDEM 
MECÂNICA 
Diferentes tipos de instrumentos podem 
ser vinculados aos mecanismos de lesão de 
ordem mecânica: 
 Instrumento perfurante: se dá por 
pressão e penetração do 
instrumento. São representados 
por instrumentos que possuem 
ponta, como por exemplo, o 
furador de gelo que faz uma lesão 
puntiforme. 
 Instrumento cortante: agem por 
deslizamento, são as laminas e 
superfície cortante em geral, elas 
produzem uma lesão de corte 
denominada lesão incisa. 
 Instrumento contundente: sua 
ação usa a pressão e produz 
esmagamento, atingindo partes 
internas, exemplificadas por um 
cassetete e ações superficiais sem 
corte que produzem a lesão 
contusa. 
 
Na imagem são observadas múltiplas 
lesões produzidas por instrumento 
perfurante de médio calibre. Essas lesões 
são punctórias (?) e são lesões de 
característica circular ou fusiformes, 
capazes de causarlesões internas 
importantes, porque a profundidade do 
instrumento é maior que seu diâmetro. 
Lesões que apresentam pouco 
sangramento. 
 
Aqui temos uma lesão cortante que 
apresenta características peculiares. 
As margens são regulares e nítidas, o 
comprimento é maior que o diâmetro e 
profundidade, não apresentam sinais de 
esmagamento, porém apresentam muita 
hemorragia. 
São as chamadas lesões incisas, que é uma 
lesão limpa de se ver. Em relação ao 
instrumento elas apresentam um aspecto 
em V ao corte perpendicular o início da 
lesão e uma cauda de escoriação ou de 
saída que é a saída do instrumento que 
promove uma diminuição da profundidade. 
 
Um instrumento contudente é aquele 
capaz de causar um trauma no organismo. 
Ele produz lesões pelo choque com uma 
superfície que podem ser entendidos 
como: 
 23 
 Ativa: se dá pelo instrumento ou 
agente indo de encontro a vítima. 
 Passiva: a vítima vai de encontro 
ao instrumento, como por exemplo 
no caso de uma queda, em que o 
corpo vai de encontro com a 
superfície (chão). 
 Mista: é representada pelo 
movimento simultâneo, tanto do 
instrumento quanto da vítima. 
AS LESÕES CONTUNDENTES CONTAM 
COM A NATURAL ELASTICIDADE DA 
PELE, LEVANDO A UM MAIOR OU 
MENOR EFEITO DOS PLANOS 
PROFUNDOS. 
 
As lesões de escoriação são frutos de atrito 
com deslizamento e consequente 
arrancamento da epiderme, desnudando a 
derme. São comuns nas quedas, 
acometendo joelho e cotovelos. Evolui com 
a formação de uma crosta e sua evolução é 
rápida. 
PARA NÓS, O INTERESSE JURÍDICO 
DESSAS LESÕES É A SUGESTÃO DE TER 
HAVIDO ARRASTAMENTO, 
ATROPLELAMENTO OU LESÕES DE 
DEFESA, MAS TAMBÉM A 
IDENTIFICAÇÃO DO TEMPO 
DECORRIDO, OU SEJA, O PERITO AO 
VER ESSAS LESÕES, A CARACTERÍSTICA 
QUE ELAS VÃO APRESENTAR DARÁ 
IDEIA AO TEMPO EM QUE ESSA LESÃO 
ACONTECE. 
 
As equimoses são lesões recorrentes no 
nosso dia a dia. Nesse caso, o tecido 
permanece íntegro, ocorre o sangramento 
interno e é refletido por uma mancha na 
pele que vai variar de tamanho de acordo 
com a extensão e região do choque. 
Forma um aspecto equimótico. 
O INTERESSE JURÍDICO SE DEVE 
JUSTAMENTE AO TEMPO DA LESÃO, A 
DATA DA LESÃO E DA AVALIAÇÃO DO 
PERITO. 
O aspecto equimótico: 
 
A ação contundente quando sobre uma 
superfície óssea, pode produzir coleções 
sero-sanguíneas, os famosos galos, que 
tendem geralmente a uma rápida iurução 
(???). 
Não é incomum as bossas sero-sanguíneas 
na cabeça de recém nascidos, no caso de 
trabalhos partos mais demorados. 
As bossas também tendem a uma boa e 
rápida involução. 
 24 
 
A ferida contusa é uma lesão aberta 
caracterizada por uma força de ação 
suficientemente capaz de romper a 
resistência do tecido e a elasticidade da 
pele, formando uma lesão. 
Possui características peculiares: 
 Forma estrelada 
 Sinuosa 
 Bordas irregulares 
 Tecidos aparentando como pontes 
que tentam ligar as vertentes 
 Integridade de vasos e nervos 
preservadas no fundo da lesão 
 Sua forma varia de acordo com o 
tipo de instrumento utilizado. 
Ressaltamos que as fraturas são resultadas 
também de ações contundentes e podem 
ser: 
 Diretas: quando ocorrem no local 
onde foi feita a ação. 
 Indiretas: quando a lesão ocorre 
longe do local da ação. 
Como por exemplo, quando uma pessoa 
cai de certa altura, os pés batem no chão e 
ela tem uma lesão de base de crânio. 
Nesse caso a lesão dos és é direta e a de 
base de crânio, indireta. 
As lesões de luxação, entorse e ruptura de 
vísceras também são consideradas lesões 
contundentes. 
SÃO AINDA CONSIDERADOS 
MECANISMOS DE LESÕES DE ORDEM 
MECÂNICA: 
 Instrumento pérfuro cortante: age 
com pressão e deslizamento, 
perfura e corta. Sua gravidade é 
variável de acordo com o local que 
atinge. 
 
Temos uma visão clara da profundidade e 
do corte do tecido. 
Diferente da lesão de incisão, podemos 
perceber a profundidade dessa lesão. 
 Instrumento pérfuro contundente: 
os projéteis de arma de fogo 
representam essa lesão, eles agem 
por pressão e perfuração, 
causando uma lesão pérfuro 
contusa. 
 
É exercida uma pressão muito grande, que 
vence a resistência da pele e corta o corpo. 
 Instrumento corto contundente: 
eles agem por pressão e 
esmagamento, possuem superfície 
de corte que funcionam com uma 
pressão exercida pelo agressor. 
 25 
Fazem uma lesão que corta e 
contunde, lesão corto-contusa. 
 
Nessa imagem vemos que além da ação da 
força, esse instrumento apresenta corte. 
MECANISMOS DE LESÃO DE ORDEM 
FÍSICA 
 Temperatura: frio e calor extremos 
que acarretam queimaduras e 
lesões necrosantes. 
 
 Pressão atmosférica: suas 
alterações acarretam modificações 
importantes. A variação de pressão 
pode levar ao mal dos 
mergulhadores (aumento de 
pressão muito rápido), que pode 
levar à embolia gasosa, da mesma 
forma que pode levar ao mal das 
montanhas e dos aviadores, 
causando hipóxia pela diminuição 
brusca da pressão. 
 Eletricidade: tanto natural (raios) 
ou artificial. 
 Radioatividade: inclui explosões, 
radioatividade (como o caso do 
césio 147), luz e som. 
 
MECANISMOS DE LESÕES DE ORDEM 
QUÍMICA 
Estão voltados a: 
 Caustica 
 Venenos 
MECANISMOS DE LESÕES FÍSICO-
QUÍMICAS 
Esses mecanismos estão relacionados com 
as alterações do meio, quando possuem 
mais deum agente. 
 Asfixia: essas lesões estão 
relacionas a confinamento, 
soterramento, afogamento, 
obstrução das vias aéreas 
 Asfixia mecânica: nessa situação 
fica no pescoço do indivíduo a 
marca das mãos do indivíduo 
 Estrangulamento: fica a marca dos 
fios ou cordas utilizados (nesse 
caso o instrumento é passado ao 
redor do pescoço e tracionado 
para fora, tanto de um lado quanto 
do outro, ou seja, a pessoa aperta 
e puxa para os lados). 
ESTRANGULAMENTO ≠ 
ENFORCAMENTO 
No estrangulamento temos a marca do que 
foi utilizado ao redor de todo o pescoço da 
vítima. Já no enforcamento, só vai ocorrer 
de acordo com o peso da vítima, nessa 
situação, a lesão fica na parte anterior do 
pescoço (onde houve a maior pressão). 
TODAS AS LESÕES CORPORAIS SÃO DE 
INTERESSE JUDICIAL, E O AUXILIO DA 
MEDICINA LEGAL, DÁ RESPALDO PARA 
QUE ESSAS DECISÕES SEJAM TOMADAS 
COM MAIOR SEGURANÇA E TODO 
CRITÉRIO NECESSÁRIO PARA FAZER JUS 
AO CRITÉRIO DOS FATOS. 
 26 
O medico legista vai elaborar todos os 
laudos e documentação que vai servir de 
respaldo para a decisão do juiz. 
PERÍCIA E PERITOS 
O QUE SE PERICIA? 
 Pessoas 
 Cadáveres 
 Objetos 
 Animais 
 Ambientes 
 Tudo que possa contribuir para 
esclarecer os fatos 
Tudo que afeta o individuo em sociedade, 
vai ser um objeto de perícia. 
CLAUDE BERNARD TEM UMA FRASE 
MUITO IMPORTANTE: “QUEM NÃO 
SABE O QUE PROCURA, NÃO SABE 
INTERPRETAR O QUE ENCONTRA”, 
ASSIM CABE AO PERITO UMA 
FORMAÇÃO E DIRECIONAMENTO 
MUITO CORRETO PARA QUE ELE POSSA 
ENCONTRAR E INTERPRETAR O QUE 
ENCONTROU EM BENEFICIO DAQUELE 
QUE ESTÁ PRECISANDO. 
Para responder a uma pericia, há a 
necessidade de que proceda um exame 
pericial. 
As demandas periciais têm origem a partir 
de uma solicitação, de um juiz, promotor, 
alguém precisa solicitar ao médico ou ao 
perito responsável, que essa perícia seja 
realizada. 
OS REQUISITOS BÁSICOS DE UM 
MÉDICO PERITO É QUE HAJA: 
 Preparação técnica: importante 
porque o médico tem que ter 
respaldo técnico de tudo que fizer. 
 Moralidade: nessa situação de 
perito, suas palavras tem valor de 
extrema importância, porque você 
vai lidar o futuro de alguém e ao 
lidar com o futuro de alguém 
temos que fazer o bem e não 
deixar que nada seja feito para o 
mal. 
Temos que saber que é importante não 
negar o que é legítimo e não conceder o 
que não é devido. 
NERIO ROJAS FALA QUE O 
COMPROMISSO DO MÉDICO PERITO É 
DIZER A VERDADE, NO ENTANTO, PARAISSO, É NECESSÁRIO PRIMEIRO SABER 
ENCONTRA-A E, DEPOIS QUERER DIZÊ-
LA. O PRIMEIRO É UM PROBLEMA 
CIENTÍFICO E O SEGUNDO, UM 
PROBLEMA MORAL. 
PERÍCIA 
É um conjunto de procedimento médicos e 
técnicos que tem como finalidade o 
esclarecimento de um fato de interesse da 
justiça. 
Através de conhecimentos técnicos e 
científicos possibilita decisões em questões 
judiciais ligadas à vida ou à saúde do 
homem, ou de sua relação. 
As pericias realizadas, são finalizadas 
sempre com a emissão de laudos que 
precisam ser informativos e que tem que 
ter uma fundação objetiva clara. 
A PERÍCIA PODE ATENDER AS 
DEMANDAS: 
 Médico-legais: geralmente vão 
atender a exames de corpo-delito e 
necropsias. 
 Securitária: tem como objetivo o 
enquadramento das informações 
apresentadas aos documentos 
médicos e causas contratuais. 
 Administrativa: concessão de 
benefícios em função das doenças 
 27 
que impeçam o trabalho e 
prejudica a saúde do periciando, o 
perito vai ser imparcial a todo 
tempo. 
 Judicial: está relacionadas ao perito 
que vai opinar sobre as solicitações 
que são específicas do juiz para ele, 
o juiz precisa de um perito para 
uma demanda específica, ele 
requisita que esse médico perito 
realize essa perícia, e depois vai ser 
enviado ao juiz o resultado da 
perícia. 
 Ocupacionais: estão relacionadas 
as doenças ocupacionais. Ao perito 
vai caber associar aquela doença 
que vem sendo apresentada pelo 
periciado aos documentos egais 
apresentados pelo(s) médico(s) 
que ele acompanha, relacionar 
essa patologia ao exercício 
profissional que ele vinha fzendo 
ao longo do tempo. 
 Outras 
CARACTERÍSTICAS DO MÉDICO 
PERITO 
 A formação pericial médica deve 
ser sólida, precisa ter 
conhecimento de várias 
especialidades médicas e servir 
como base geral para fundamentar 
toda sua análise que deve ser 
criteriosa, atendendo à demanda 
judicial. 
 Quando a demanda judicial é 
muito específica, a perícia deve ser 
encaminhada para aquele médico 
que detém a formação daquela 
especialidade, facilitando assim, o 
trabalho pericial. 
 É preciso que o perito tenha bases 
judiciais na sua formaão, 
conhecimento de leis e decretos 
que muitas vezes são importntes 
par a realização da perícia, 
principalmente da formação do 
sus. 
 Os conhecimentos de 
profissografia, são conhecimentos 
ligados à profissão que o 
periciando exerce e ao cargo. É 
mais ou menos voltado à saúde 
ocupacional/medicina do trabalho. 
 O perito deve ter facilidade de 
estabelecer uma comunicação com 
o periciad, estabelecer uma 
empati, para que o periciado fique 
à vontade e o perito possa 
estabelecer seu trabalho com todo 
o critério necessário. 
 O perito deve ser observador e 
conhecedor de todos os meios e 
agentes envolvidos na gênese do 
fato a ser apurado. 
 O perito deve atuar com seriedade 
e verdade buscando esclarecer os 
fatos, dando ao juiz ou a quem 
tenha direito, subsídios 
consistentes em prol da justiça e 
reseito ao próximo. 
DEVERES DE CONDUTA DO PERITO 
 Ao perito cabe ser responsável e 
estabelecer sua autoridade sem 
que haja vaidade da sua posição. 
 Deve respeitar o periciando e ter o 
compromisso de antes de realizar o 
ato pericial, explicar o motivo da 
realização daquela pericia, 
obtendo dele o entendimento e a 
autorização par realiza-la. 
 O perito deve agir com ética e toda 
a seriedade necessária ao exame 
pericial, para que ele possa air com 
competência e sigilo 
 Deve saber ouvir mas não se deixar 
influenciar. 
 Deve fazer uma observação de 
todo momento pericial, sabendo 
 28 
que tudo é importante (todo o 
comportamento do periciado). 
 Nunca concluir uma pericia por 
exames ou declarações, deve-se 
sempre examinar o periciado. 
 Não emitir opiniões ou conclusões, 
a decisão é sempre do juiz. 
ATO PERICIAL 
Tudo que é realizado na perícia médica que 
tenha repercussão no mundo judiciário é 
um ato jurídico. 
O perito NÃO decide, ele apenas informa 
ao juiz o que concluiu, porém a decisão 
final é sempre do juiz. 
Relação médico assistencialista e médico 
perito 
Essa relação é conflituosa de certa forma. 
Para o médico assistencialista aquele é seu 
paciente, mas para o médico perito, aquele 
que está na sua frente é o periciado. 
 
ASSISTENTES TÉCNICOS 
Na pericia quando há uma demanda 
judicial em que o juiz solicita uma perícia, 
existem duas partes de demanda e essas 
partes podem através de seus advogados a 
presença de assistentes técnicos. 
Os peritos oficiais são aqueles requisitados 
pelo juiz e fazem um relatório direcionado 
para o mesmo, e os peritos das parte 
(assistentes técnicos) são os solicitados 
pelos periciados e vão fazer um relatório 
pericial para o solicitante. 
O perito das partes não vai influenciar a 
perícia, somente vai observar tudo que 
estar sendo feito. 
“em perícia, o melhor especialista nem 
sempre é o melhor perito; muitas vezes 
basta ser um bom médico para realizar 
uma perícia perfeita”. 
Há algum impedimento par ser perito? 
Não há impedimento para ser perito, a 
partir do momento que você possa 
comprovar tecnicamente para aquilo que 
você se propõe. 
Se você tem habilidade e técnica 
comprovada, com certeza você pode 
realizar uma pericia. 
Existem cursos específicos de perícia que 
são na realidade uma maior vivência, 
porque o tratamento pericial é totalmente 
diferente do tratamento assistencialista. 
Há um impedimento quando houver uma 
relação próxima entre periciado e médico 
perito, por exemplo, você não pode ser 
perito de alguém que você tenha alguma 
relação ou que você tenha um 
conhecimento maior da vida daquela 
pessoa e sua necessidade. 
Essa relação pode ser de parentesco, 
amizade, convivência. 
LAUDO PERICIAL 
 Ao final da pericia será emitido um 
laudo. Normalmente o juiz manda 
uma serie de perguntas (muito 
objetivas) que devem ser 
respondidas pelo perito., a maioria 
é respondida como SIM e NÃO. 
 29 
 Ao final, o perito deve realizar uma 
conclusão técnica com 
fundamentação. 
 Jamais pode ser direcionada uma 
conduta para influenciar o juiz. 
 Não emitir sua opinião. 
 Fazer obrigatoriamente um laudo 
fundamentado. 
 Documento encaminhado de 
forma sigilosa. 
 O juiz pode pedir um segundo 
laudo ou que você compareça para 
explicar algo do laudo que emitiu. 
 
 30 
PERÍCIAS 
INSS 
O Instituto Nacional de Previdência Social 
foi criado pelo decreto 99450 em 27 de 
junho de 1980, com a função de arrecadar 
as contribuições e conceder benefícios aos 
seus previdenciários. 
Com o passar do tempo ele foi adquirindo 
novas dimensões e assim, algumas leis 
foram ali inseridas. 
O decreto 3.048/99 dispõe sobre o 
regulamento da: 
 Seguridade social 
 Saúde 
 Assistência social 
 Previdência social 
A seguridade social tende às ações 
integradas destinadas a assegurar saúde, 
previdência e assistência social. 
Quem é o segurado e quem é o 
dependente? 
 Segurado: empregado, 
contribuinte individual, 
trabalhador avulso (aquele 
prestador de serviços), segurado 
facultativo (aquele que tem que ter 
mais de 16 anos, não podendo 
exercer nenhuma outra atividade 
remunerada que o enquadre como 
segurado obrigatório). 
 Dependente: cônjuge, pais, irmãos 
com mens de 21 anos. (FILHOS?) 
 
 
PRESTAÇÃO E BENEFICIO DE 
SERVIÇOS: 
SEGURADOS: 
I- Aposentadoria por invalidez 
II- Aposentadoria por idade 
III- Aposentadoria por tempo de 
contribuição 
IV- Aposentadoria especial 
V- Auxílio doença 
VI- Salário família 
VII- Salário maternidade 
VIII- Auxílio acidente 
DEPENDENTES 
I- Pensão por morte 
II- Auxílio reclusão 
Para ambos, a previdência oferece 
reabilitação profissional. 
ACIDENTE 
Acidente de qualquer natureza ou causa, o 
acidente de origem traumática e por 
exposiçãoa agentes exógenos (físicos, 
químicos, biológicos), que acarrete lesão 
corporal ou perturbação funcional que 
cause a morte, a perda ou a redução 
permanente ou temporária da capacidade 
laborativa. 
A pericia do INSS poderá ou não conceder 
esse beneficio, para isso, o perito através 
de pericia, poderá conceder ou negar os 
seguintes benefícios: 
1- Auxilio doença previdenciário: é 
para um segurado que tem que ter 
cumprido uma carncia e de 
repente tenha ficado incapacitado 
para o trabalho por mais de 15 dias 
consecutivos. 
 31 
LEMBRAR QUE: ACIDENTES COM 
ATÉ 15 DIAS DE AFASTAMENTO É 
DEVER DA EMPRESA ASSEGURAR 
ESSE TRABALHADOR, POR MAIS DE 
15 DIAS, O TRABALHADOR PASSA 
POR UMA PERÍCIA E PREVISÃO DE 
QUANTO TEMPO DE 
AFASTAMENTO FICARIA DO SEU 
TRABALHO (PARA O INSS 
DISPONIBILIZAR O AUXILIO 
DOENÇA). 
2- Auxilio doença acidentário: 
decorrente de um acidente de 
trabalho 
3- Aposentadoria por invalidez 
previdenciária: trabalhadores que 
não podem se curar de sua doença 
(geralmente recebem 100% do 
salário anterior). 
4- Aposentadoria por invalidez 
acidentária: quando ocorre a 
constatação de uma incapacidade 
e não é reabilitável para exercer 
uma atividade que garanta sua 
existência/sobrevida. 
5- Auxilio acidente previdenciário: é 
de cunho indenizatório, nesse 
caso, após a cura das lesões (de 
qualquer origem) é avaliada a 
capacidade de trabalho daquele 
trabalhador. 
6- Auxilio acidente acidentário: 
também tem natureza 
indenizatória e é pago em 
situações em que haja a redução 
permanente da capacidade de 
trabalho 
7- Dependente maior de 21 anos: são 
auxílios requeridos e tem que ser 
provada a dependência econômica 
(pessoas com déficit mental/físico 
e que não tenham condições de se 
manter em um trabalho) 
8- Benefício de prestação continuada: 
previsto na lei orgânica da 
assistência social (LOAS) e concede 
renda de 1 salário mínimo para 
idosos e deficientes que não 
possam se manter ou serem 
mantidos por suas famílias. Isso 
requer, além de uma avaliação 
pericial, uma avaliação da 
assistência social. 
9- Aposentadoria por idade: é a 
aposentadoria que você tem que 
ter pelo menos 180 meses de 
trabalho, maior que 65 anos 
(homens) e 60 anos (mulheres). Os 
trabalhadores considerados 
especiais (como agricultores) tem 
diminuição desse tempo de serviço 
por 5 anos. 
10- Aposentadoria por tempo de 
contribuição: obedece a nova lei da 
previdência social 
11- Aposentadoria especial: é uma 
aposentadoria que médicos, 
enfermeiros, dentistas, 
aeronautas, são contemplados 
sendo necessária comprovação de 
25 anos de trabalho, sem exigência 
mínima de idade. Esses precisam 
porvar que estavam expostos a 
agente de uma forma continua e 
interrupta, em limites acima dos 
estabelecidos pela legislação. 
INCAPACIDADE 
O conceito de incapacidade está vinculado 
ao grau e duração de acordo com a 
profissão que o trabalhador exerce. 
A incapacidade tem que estar ligada ao 
nexo e podemos avaliar como uma forma 
grave, e dentro dessa forma ela pode ser: 
 Parcial: quando permite o 
desempenho de uma atividade 
sem risco de vida ou piora do 
quadro do trabalhador. 
 32 
 Total: quando impossibilita 
permanentemente o trabalho. 
O perito precisa conhecer muito de 
legislação para ter uma boa 
regulamentação dos benefícios que vai 
conceder. O médico precisa avaliar de o 
trabalhador esta inapto: 
 Temporariamente: incapacidade 
com prazo para recuperação. 
 Permanente: quando não há 
sucesso na recuperação do 
trabalhador ou insucesso na 
reabilitação. 
O INSS oferece um programa de 
reabilitação profissional para o trabalhador 
que não consegue voltar à sua ocupação 
habitual, oferecendo outros tipos de 
trabalho. 
O trabalhador será avaliado quanto à sua 
profissão, ou seja, sempre é dado a ele 
condição para retornar, pois ele produzir é 
bom/saudável para ele, aliviando o ônus de 
certa forma. 
O impedimento para o trabalho pode 
acontecer quando há o impedimento para 
uma área especifica, mas mesmo assim, ele 
pode continuar exercendo um trabalho em 
outra área. 
É importante que o perito estabeleça o 
nexo de causalidade ao avaliar um acidente 
de trabalho, ou seja: 
 Doença X Trabalho: há doença? 
Sim. Mas essa doença tem relação 
com o trabalho que o periciando 
desempenha? 
 Causa Mortis X Acidente 
 
 
DADOS TST 
 
Numero de acidentes de trabalho 
registrados entre 2007 e 2011. 
2008 foi o pior período em caso de 
acidente fatal. 
FUNDACENTRO -2018 
Segundo a fundacentro, 2018, o brasil 
ainda ocupa o 4° lugar em acidentes e 
doenças relacionadas ao trabalho no 
mundo. 
Esses acidentes influenciam muito no 
desenvolvimento do país. 
O medico perito fica no final do processo, 
ou seja, só pega o paciente depois do 
acidente, assim, ele não tem inserção nos 
dados anteriores. 
Investir na educação é um importante 
caminho, porque a partir do momento que 
você tem educação e entende o porquê de 
todas as restrições e regras, o trabalhador 
consegue realizar melhor o seu trabalho.

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