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Habilidades Médicas I

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Ordem de parentesco 
Pai, mãe e filhos: 1º Grau; 
Irmãos: 2º Grau; 
Tios e avós: 3º Grau. 
Habilidades Médicas 
1º Semestre 2017 
FAMINAS -Profª.Julia Machado 
 
Trabalhos ao longo do Semestre: 
 1ª etapa: Até 26 de Setembro (10 pts) 
 - Escreva uma carta para você mesmo do futuro (daqui a dez anos), como você espera que esteja, 
o que estará fazendo, os objetivos pessoais e profissionais, os valores, as expectativas. 
 
 2ª etapa: Até 29 de Novembro (10 pts) 
 - Assista ao filme "Garota Interrompida" e responda as seguintes questões: 
 a) Qual é a principal HD de transtorno de personalidade apresentada pela personagem principal? 
 b) Quais os sintomas/características que a personagem apresenta que justificam esse diagnóstico? 
 
 15/08/2017 
O que avaliar 
O corpo doente pensa, sinaliza. 
O que influência a reação à doença? Significado da doença, personalidade, gravidade e 
evolução da doença, experiências anteriores do paciente e história de vida, fatores sócio-
econômicos culturais, motivação, recursos de enfrentamento, tolerância a frustações. 
O estresse psicológico: Ameaça à integridade narcísica, ansiedade de separação, medo de 
estranhos, culpa e medo de retaliação, medo da perda do controle de funções adquiridas, perda 
de amor e aprovação, medo de dano a partes do corpo, medo da dor e da morte. 
A doença como um processo de luto: Negação  Raiva  Negociação/barganha  
Sintomas depressivos e reações de ajustamento  Aceitação. 
Abordagem: Avaliar a imagem da doença e do tratamento (personalidade); explicar a 
doença e tratamento; corrigir ideias errôneas (paciente e familiares), escuta ativa e empática, 
estimula apoio social, reforça estratégias de enfrentamento funcional. 
 22/08/2017 
Anamnese 
Recomendações: Chama o paciente pelo nome e pelos olhos, cumprimenta, olhar nos 
olhos, evita o julgamento, excita expressões de nojo, espanto, vergonha, ser empático, ser 
cordial, evitar excesso de interrupções. 
Identificação: Nome, idade, estado civil e filhos, onde mora, com quem mora, 
escolaridade, profissão e religião. 
 Queixa principal: O motivo que o paciente procura o médico nas palavras dele ajuda. 
História da moléstia: Todo o histórico de queixo principal, envolve outras doenças, quando 
começou, como, características, fatores de melhora e piora, tratamentos realizados, 
consequências, expectativas do paciente. 
 
Anamnese especial 
É demorada; Vasculha o corpo todo. 
Procura-se outras doenças (Aparelho respiratório, cardiovascular...) podendo focar em 
uma dor para se achar doenças ou problemas em outros sistemas. 
Medicamentos em uso e doses. 
História pregressa: Antecedentes fisiológicos, ginecológicos (venarca) e obstétricos 
(aborto, parto prematura), patológicos, viagens recentes, etc. 
História familiar: Doenças dos familiares. 
 Causas dos óbitos em parentes de 1º grau. 
 Idade em que ocorreram as doenças. 
História sócio-econômica: Renda própria e familiar. 
 Condições de saneamento básico e moradia. 
 Condições de trabalho, ocupação atual e anterior. 
 Alimentação, atividade física e hábitos de vida. 
 Tabagismo, etilismo e outras doenças. 
 Condições culturais, lazer. 
 Vida conjugal e familiar. 
Hipótese diagnóstica. 
 29/08/2017 
A relação médico-paciente 
Características: Manifestações verbais e não verbais. 
 Expectativas e responsabilidades. 
 Relação de poder assimétrica. 
 Transferência e contratransferência. 
 Empatia (identificação cognitiva [Entender e não sentir] ≠ afetiva [não é certa]) 
Condições de exercer o ato de cuidar: Sentir se capaz. 
 Ter o mínimo de amor, compaixão e empatia pelo outro. 
 Ter satisfação pessoal ao ajudar alguém. 
 Acreditar no potencial de mudança do outro. 
 Reconhecer as limitações e tolerar as frustações. 
 Cuidar de si mesmo. 
 Refletir. 
Fatores influenciadores: Planos de saúde. 
 Pressão por produtividade. 
 Local do atendimento. 
 Idade do paciente e do médico. 
 Gênero do paciente e do médico. 
 Profissão e grau de instrução do paciente. 
 Religião do paciente e do médico. 
 Papel do paciente no contexto familiar. 
 Expectativas do paciente e do médico. 
 Personalidade do paciente e do médico. 
 Saúde mental do médico (estresse, sobrecarga de trabalho). 
 Remuneração do médico. 
 
Síndrome de Burn-out 04/09/2017 
Pode ser crônica ou aguda, sendo somente causada pelo estresse do trabalho. 
É uma doença profissional  Consumo físico e emocional. 
Sintomas emocionais: Pessimismo, agressividade, ansiedade, esgotamento, lapsos de 
memória, sensação de fracasso, mudanças bruscas de humor). 
Sintomas físicos: Cansaço, dor, insônia, palpitação, sudorese. 
 Alterações comportamentais: Baixa tolerância a frustações, baixo rendimento, cinismo, 
paranoia ou agressividade, impaciência, absenteísmo, dificuldade de concentração, aumento do 
consumo de café, álcool, drogas ou medicamentos. 
 O que favorece o início: Alta motivação, excesso de dedicação, idealismo elevado, 
perfeccionismo e rigidez. 
Chame pelo nome; busca na sala de espera; se interesse pela queixa; reduzir as expectativas; se 
interesse pela vida do paciente; escute o paciente; demonstre segurança (admita o que não sabe); 
assegure o sigilo; não faça julgamentos. 
 Fatores de que dificultam: Medo, prepotência e onipotência, falta de tempo, 
automedicação e autodiagnostico, pouca confiança e baixa aderência ao tratamento. 
 
Comunicação de más notícias 
 Afeta o diagnóstico. 
 1/3 das queixas é de como a notícia é dada. 
 Privacidade, mensagem clara, cuidado, percepção do estado emocional, chance de fazer 
perguntas. 
 Ocorre em 6 etapas: Preparação para a discussão; 
 Maximação do cenário (Comunique más notícias pessoalmente; 
Paciente deve estar vestido; Ambiente privado; assentar no mesmo nível; minimizar barreiras e 
fazer contato visual; se há familiares presentes descubra grau de relação; pergunte se o paciente 
quer ficar a sós; pergunte se ele quer que conte a notícia para alguém; se apresente; eleger um 
familiar que será a ponte entre a equipe de saúde e a família); 
 Comunicação (Identificar o que o paciente já sabe e se está preparado 
para receber a notícia; seja claro; comece com uma mensagem positiva; avalie sentimentos e 
preocupações; “Anote perguntas durante a consulta”); 
 Apoio (Continue com o paciente e escute-o; usar frases empáticas; 
incentivar o diálogo; perguntar se quer presença de familiar após notícia; evitar atitude 
defensiva); 
 Informações (Perguntar o que paciente sabe ou procurou; Linguística 
básica; ser sempre honesto; resumir a conversa, perguntar se o paciente entendeu; Folhetos e 
recursos educativos); 
 Fechamento de entrevista (Plano futurístico; Necessidades 
imediatas; agendar consulta para acompanhamento; É normal tristeza e desânimo). 
 Ao pedir exame: Discutir possível doença; 
 Discutir como gostaria de receber a notícia; 
 Reveja a doença e o tratamento; se prepare para reações emocionais. 
Quando é notificação de morte: Explique seu papel e cuidados com o falecido; 
 Familiares não são responsáveis, tranquilização do sofrimento, cuidados 
máximos oferecidos; Grupo de enlutados; Doação de órgãos pode confortar. 
 
Pacientes difíceis 17/10/2017 
Conceito: Pacientes que comportam-se de tal forma que representam uma carga emocional ou 
frustração para o médico e para a equipe assistencial, atrapalhando a tarefa assistencial. 
Existem 4 principais tipos de pacientes que provocam aversão na equipe assistencial, provocando 
sentimentos como raiva, evitação, impotência e desconfiança. 
 
Os subtipos e as reações da equipe: Dependente insaciável: esquivar 
 Reivindicador arrogante: contra-ataque 
 Rejeitador (pessimista): frustração,ansiedade 
 Autodestrutivo: raiva, desanimo 
 
Teoria do desapego: Influencia genética e interação com o cuidador principal. A modalidade de 
apego se mantém estável ao longo da vida e modulam os relacionamentos com outras pessoas; 
 Dupla função da figura de apego: proteção e exploração; 
 Modalidades: seguro (55%), inseguro ansioso (20%), inseguro evitador (15%). 
 
Modalidades do apego: 
 
 
 
O que fazer: Ouvir o paciente com atenção e respeito, sem críticas; 
 Auxiliar o paciente a reconhecer as limitações impostas pelo tratamento e pelo 
ambiente hospitalar; 
 Comunicação entre a equipe e decisões compartilhadas; 
 Escolher um porta-voz de equipe; 
 Não entrar em confronto com o paciente; 
 Reconhecer o estresse pelo qual o paciente está passando; 
 Estabelecer limites; 
 Elogiar o paciente e reconhecer os pequenos progressos; 
 Ajudar a reconhecer que a resolução completa nem sempre é possível; 
 Contenção mecânica e/ou física se comportamento agressivo ou suicida. 
 Quando... Apego inseguro-ansioso: aceitar a dependência do paciente, em vez de 
confrontá-la; reconhecer as preocupações e mostrar o outro lado; estabelecer limites; assegurar 
ao paciente que você não vai abandoná-lo 
 Quando... Apego inseguro-evitador: oferecer uma distância aceitável; aceitar a 
necessidade do paciente em manter o controle; respostas respeitosas e objetivas, sem buscar 
proximidade afetiva; permitir que o paciente participe do tratamento para diminuir a resistência. 
 17/10/2017 
Transtorno de personalidade 
Personalidade: Temperamento + caráter. 
 - Personalidade se forme totalmente até os 18 anos  Traumas na infância e adolescência 
influência. 
 - Temperamento não muda, se observa facilmente nas crianças e bebês. 
 - Traço de personalidade disfuncional: Raiva, intolerância, impulsionabilidade Quando esses 
atrapalham a convivência  Transtorno; sofrimento. 
 
30% de pessoas tem transtorno. Dessas, 30 a 50% tem doenças psiquiátricas. 
 
Características: Pouco insight (consciência), egossintonia; padrão global e rígido de 
funcionamento. 
 
Cluster A (estranhos): 
 - Esquizoide: Isoladas socialmente, não tem vontade de se relacionar, indiferentes à críticas e 
elogios. 
Exemplo: Sheldon – Big Band Theory. 
# Diferente do autismo, pois o autista tem afeto limitado, movimentos repetitivos, necessidade 
de rituais. 
- Esquizotípico: Tem medo da rejeição, pensamentos e ideias incomuns. 
Exemplo: Willy Wonka. 
 # Diferente de esquizofrenia, pois nesse se acredita em tudo, a pessoa fica paranoica. 
- Paranoíde:Pessoa desconfiada (não há pistas, apenas desconfiança). 
 
Cluster B (dramático, impulsivos): 
 - Histriônico: Fala com entonação, de modo teatral, falta alto, com gestos, etc. Gosta de chamar 
atenção. Tenta sexualizar muitas coisas. Mais comum em mulheres. 
Exemplo: Marilyn Monroe. 
 - Borderline: Buscam uma identidade, idealização e perda de afeto rapidamente. 
Relacionamento começa rápido e termina rápido; hipersensibilidade. Humor muda ao longo do 
dia, autoflagelação para diminuir a dor interna. 
Exemplo: Angelina Jolie em Garota Interrompida. 
 - Narcisista: Costumam ser invejosos, ter dificuldade de se relacionar, querem sempre ser 
melhor. 
Exemplo: Dr. House. 
 - Antissocial (psicopata): Fazem as pessoas sofrerem por prazer, não tem afeto pelos outros. 
Exemplo: Laranja Mecânica – filme. 
 
Cluster C (ansiosos e medrosos): 
 - Dependente: Dependam de opiniões, aprovação, companhia. 
 - Esquiva: Tem medo de rejeição, são ansiosas e isoladas, porém por ansiedade, não por falta de 
vontade. 
 - Anancástica (obcessiva-compulsiva): Pensamentos obsessivos, pessoas que gostam muito da 
ordem, da perfeição, são rígidas  Tendem a não terminar tarefas, gosta de rotinas. 
Exemplo: Mônica – Friend’s. 
 Suicídio 24/10/2017 
Introdução e epidemologia 
 - Antes era ato de coragem e força  Pecado  Aumento maior é entre jovens. Um a cada cinco 
estudantes de medicina já pensou em se matar. 
 - Entre as 3 principais causas em populações economicamente ativas. 
 - Um suicídio a cada 40 segundos e uma tentativa a cada 2 segundos no mundo. 
 - Maior nas zonas urbanas. 
 - Mulher: Uso de métodos menos efetivos  Tenta mais; Procura mais ajuda. 
 - Homem: Usa métodos mais efetivos  Suicida mais. 
 - Homens viúvos se suicidam mais que mulheres em mesmo estado civil. 
 - Herdabilidade de 30%-50%. 
 
Conceitos: Suicídio consumado; 
 Tentativa de suicídio; 
 Ideação suicida; 
 Comportamento suicida (Todos anteriores + comportamento auto-lesivo- Borderline -
, independente da intenção letal). 
 
Causas: Predisposição genética, 
 Fatores ambientais, sociais e comportamentais; 
 Fatores epigenéticos (favorecem a expressão gênica). 
 
Fatores de risco: Transtorno mental; 
 H.F. de suicídio; 
 Tentativa anteriores. 
 
Tipos de suicídio de Durkheim (extra) 
 - Anômico: Bem representado em situações de anomia social, ou ausência de regras que 
mantinham a coesão social. O caos provocado por grandes mudanças em uma sociedade, como 
por exemplo uma crise econômica, pode provocar o aumento do número de suicídios, muitas 
vezes motivados por desemprego e perda de poder aquisitivo. Então esse tipo de 
suicídio acontece quando as forças desagregadoras da sociedade fazem com que os indivíduos 
se sintam perdidos ou sozinhos. 
 - Altruísta: Ocorre quando há excesso de regulamentação dos indivíduos pelas forças sociais. Um 
exemplo é alguém que comete suicídio por causa de uma causa política ou religiosa, como os 
sequestradores dos aviões que se chocaram com o World Trade Center, o Pentágono e um campo 
na Pensilvânia em 9/11/2001. As pessoas que cometem suicídio altruísta subordinam-se às 
expectativas coletivas, mesmo quando a morte é o resultado. 
 - Egoísta: Acontece quando as pessoas se sentem totalmente separadas da 
sociedade. Normalmente, as pessoas estão integradas na sociedade por papéis de trabalho, laços 
com a família e comunidade, e outras obrigações sociais. Quando esses laços são enfraquecidos 
através de aposentadoria ou perda de familiares e amigos, a probabilidade de ocorrência 
aumenta. Os idosos que perdem estes laços são os mais suscetíveis ao suicídio egoísta. 
Eutanásia, distanásia e ortotanásia 31/10/2017 
Eutanásia: Morte boa; abrevia a vida; pessoa em sofrimento por doença terminal ou incurável a 
fim de aliviar ou evitar sofrimento para os pacientes. Encurta a vida. 
 - Não é legalizada no Brasil; 3 a 6 anos de reclusão; No Brasil é homicídio ou suicídio. 
 - Onde é legalizada pode ser efetuada pelos profissionais de saúde ou pela família. 
 
Distanásia: Morte ruim (o contrário de eutanásia); Mecanismos artificiais para atrasar a morte 
inevitável em doentes terminais, o máximo possível, mesmo a custas de condições deploráveis ou 
sofrimentos. Causa uma morte difícil ou penosa, sem dignidade. Prolonga a vida. 
 - Obstinação terapêutica. 
 - Dependência completa de processo tecnológicos de prolongamento da vida. 
 - Ônus financeiro. 
Obs: Somente pode "não ressuscitar" quando não há probabilidade de cura. 
 
Ortotanásia: Morte corra. 
 - Legalizada no Brasil. 
 - Cuidados paliativos (Diminui o sofrimento para que a morte ocorra naturalmente, tendo o bem-
estar como prioridade). 
 - Direito de morrer de forma digna (e não de escolher morrer como na eutanásia). 
 07/11/2017 
CRM – Conselho Regional de Medicina 
Conselho Federal de Medicina (CFM), 2009 – Código de ética médica 
 - Considerando que os Conselhos de Medicina são ao mesmo tempo julgadores e disciplinadores 
da classe médica, cabendo-lhes zelar e trabalhar, por todos os meios ao seu alcance, pelo perfeito 
desempenho ético da Medicina e pelo prestígio e bom conceito da profissão e dos que a exerçam 
legalmente; 
 - Considerando que as normas do Código de Ética Médica devem submeter-se aos dispositivos 
constitucionais vigentes;- Considerando a busca de melhor relacionamento com o paciente e a garantia de maior 
autonomia à sua vontade; 
 
Código de Ética Médica 
I – O presente Código de Ética Médica contém as normas que devem ser seguidas pelos médicos 
no exercício de sua profissão, inclusive no exercício de atividades relativas ao ensino, à pesquisa e 
à administração de serviços de saúde, bem como no exercício de quaisquer outras atividades em 
que se utilize o conhecimento advindo do estudo da Medicina. 
II - As organizações de prestação de serviços médicos estão sujeitas às normas deste Código. 
III - Para o exercício da Medicina impõe-se a inscrição no Conselho Regional do respectivo Estado, 
Território ou Distrito Federal. 
IV - A fim de garantir o acatamento e a cabal execução deste Código, o médico comunicará ao 
Conselho Regional de Medicina, com discrição e fundamento, fatos de que tenha conhecimento e 
que caracterizem possível infração do presente Código e das demais normas que regulam o 
exercício da Medicina. 
V - A fiscalização do cumprimento das normas estabelecidas neste Código é atribuição dos 
Conselhos de Medicina, das comissões de ética e dos médicos em geral. 
VI - Este Código de Ética Médica é composto de 25 princípios fundamentais do exercício da 
Medicina, 10 normas diceológicas, 118 normas deontológicas e quatro disposições gerais. A 
transgressão das normas deontológicas sujeitará os infratores às penas disciplinares previstas em 
lei. 
 
 Princípios fundamentais 
I - A Medicina é uma profissão a serviço da saúde, do ser humano e da coletividade e será exercida 
sem discriminação de nenhuma natureza. 
II - O alvo de toda a atenção do médico é a saúde do ser humano, em benefício da qual deverá 
agir com o máximo de zelo e o melhor de sua capacidade profissional. 
III - Para exercer a Medicina com honra e dignidade, o médico necessita ter boas condições de 
trabalho e ser remunerado de forma justa. 
IV - Ao médico cabe zelar e trabalhar pelo perfeito desempenho ético da Medicina, bemcomo 
pelo prestígio e bom conceito da profissão. 
V - Compete ao médico aprimorar continuamente seus conhecimentos e usar o melhor do 
progresso científico em benefício do paciente. 
VI - O médico guardará absoluto respeito pelo ser humano e atuará sempre em seu benefício. 
Jamais utilizará seus conhecimentos para causar sofrimento físico ou moral, para o extermínio do 
ser humano ou para permitir e acobertar tentativa contra sua dignidade e integridade. 
VII - O médico exercerá sua profissão com autonomia, não sendo obrigado a prestar serviços que 
contrariem os ditames de sua consciência ou a quem não deseje, excetuadas as situações de 
ausência de outro médico, em caso de urgência ou emergência, ou quando sua recusa possa 
trazer danos à saúde do paciente. 
VIII - O médico não pode, em nenhuma circunstância ou sob nenhum pretexto, renunciar à sua 
liberdade profissional, nem permitir quaisquer restrições ou imposições que possam prejudicar a 
eficiência e a correção de seu trabalho. 
IX - A Medicina não pode, em nenhuma circunstância ou forma, ser exercida como comércio. 
X - O trabalho do médico não pode ser explorado por terceiros com objetivos de lucro, finalidade 
política ou religiosa. 
XI - O médico guardará sigilo a respeito das informações de que detenha conhecimento no 
desempenho de suas funções, com exceção dos casos previstos em lei. 
XII - O médico empenhar-se-á pela melhor adequação do trabalho ao ser humano, pela 
eliminação e pelo controle dos riscos à saúde inerentes às atividades laborais. 
XIII - O médico comunicará às autoridades competentes quaisquer formas de deterioração do 
ecossistema, prejudiciais à saúde e à vida. 
XIV- O médico empenhar-se-á em melhorar os padrões dos serviços médicos e em assumir sua 
responsabilidade em relação à saúde pública, à educação sanitária e à legislação referente à 
saúde. 
XV - O médico será solidário com os movimentos de defesa da dignidade profissional, seja por 
remuneração digna e justa, seja por condições de trabalho compatíveis com o exercício ético-
profissional da Medicina e seu aprimoramento técnico-científico. 
XVI - Nenhuma disposição estatutária ou regimental de hospital ou de instituição, pública ou 
privada, limitará a escolha, pelo médico, dos meios cientificamente reconhecidos a serem 
praticados para o estabelecimento do diagnóstico e da execução do tratamento, salvo quando em 
benefício do paciente. 
XVII - As relações do médico com os demais profissionais devem basear-se no respeito mútuo, na 
liberdade e na independência de cada um, buscando sempre o interesse e o bem-estar do 
paciente. 
XVIII - O médico terá, para com os colegas, respeito, consideração e solidariedade, sem se eximir 
de denunciar atos que contrariem os postulados éticos. 
XIX - O médico se responsabilizará, em caráter pessoal e nunca presumido, pelos seus atos 
profissionais, resultantes de relação particular de confiança e executados com diligência, 
competência e prudência. 
XX - A natureza personalíssima da atuação profissional do médico não caracteriza relação de 
consumo. 
XXI - No processo de tomada de decisões profissionais, de acordo com seus ditames de 
consciência e as previsões legais, o médico aceitará as escolhas de seus pacientes, relativas aos 
procedimentos diagnósticos e terapêuticos por eles expressos, desde que adequadas ao caso e 
cientificamente reconhecidas. 
XXII - Nas situações clínicas irreversíveis e terminais, o médico evitará a realização de 
procedimentos diagnósticos e terapêuticos desnecessários e propiciará aos pacientes sob sua 
atenção todos os cuidados paliativos apropriados. 
XXIII - Quando envolvido na produção de conhecimento científico, o médico agirá com isenção e 
independência, visando ao maior benefício para os pacientes e a sociedade. 
XXIV - Sempre que participar de pesquisas envolvendo seres humanos ou qualquer animal, o 
médico respeitará as normas éticas nacionais, bem como protegerá a vulnerabilidade dos sujeitos 
da pesquisa. 
XXV - Na aplicação dos conhecimentos criados pelas novas tecnologias, considerando-se suas 
repercussões tanto nas gerações presentes quanto nas futuras, o médico zelará para que as 
pessoas não sejam discriminadas por nenhuma razão vinculada a herança genética, protegendo-
as em sua dignidade, identidade e integridade. 
 
Direitos dos médicos 
I - Exercer a Medicina sem ser discriminado por questões de religião, etnia, sexo, nacionalidade, 
cor, orientação sexual, idade, condição social, opinião política ou de qualquer outra natureza. 
II - Indicar o procedimento adequado ao paciente, observadas as práticas cientificamente 
reconhecidas e respeitada a legislação vigente. 
III - Apontar falhas em normas, contratos e práticas internas das instituições em que trabalhe 
quando as julgar indignas do exercício da profissão ou prejudiciais a si mesmo, ao paciente ou a 
terceiros, devendo dirigir-se, nesses casos, aos órgãos competentes e, obrigatoriamente, à 
comissão de ética e ao Conselho Regional de Medicina de sua jurisdição. 
IV - Recusar-se a exercer sua profissão em instituição pública ou privada onde as condições de 
trabalho não sejam dignas ou possam prejudicar a própria saúde ou a do paciente, bem como a 
dos demais profissionais. Nesse caso, comunicará imediatamente sua decisão à comissão de ética 
e ao Conselho Regional de Medicina. 
V - Suspender suas atividades, individualmente ou coletivamente, quando a instituição pública ou 
privada para a qual trabalhe não oferecer condições adequadas para o exercício profissional ou 
não o remunerar digna e justamente, ressalvadas as situações de urgência e emergência, devendo 
comunicar imediatamente sua decisão ao Conselho Regional de Medicina. 
VIII - Decidir, em qualquer circunstância, levando em consideração sua experiência e capacidade 
profissional, o tempo a ser dedicado ao paciente, evitando que o acúmulo de encargos ou de 
consultas venha a prejudicá-lo. 
IX - Recusar-se a realizar atos médicos que, embora permitidos porlei, sejam contrários aos 
ditames de sua consciência. 
X–Estabelecer seus honorários de forma justa e digna. 
 
Responsabilidade profissional 
É vedado ao médico: 
Art. 1º Causar dano ao paciente, por ação ou omissão, caracterizável como imperícia, 
imprudência ou negligência. 
Parágrafo único. A responsabilidade médica é sempre pessoal e não pode ser presumida. 
Art. 2º Delegar a outros profissionais atos ou atribuições exclusivas da profissão médica. 
Art. 3º e 4º Deixar de assumir responsabilidade sobre procedimento médico que indicou ou do 
qual participou, mesmo quando vários médicos tenham assistido o paciente, ou sobre 
procedimentoque tenha praticado, indicado, solicitado ou consentido. 
Art. 5º Assumir responsabilidade por ato médico que não praticou ou do qual não participou. 
Art. 7º Deixar de atender em setores de urgência e emergência, quando for de sua obrigação 
fazê-lo, expondo a risco a vida de pacientes, mesmo respaldado por decisão majoritária da 
categoria. 
Art. 8º Afastar-se de suas atividades profissionais, mesmo temporariamente, sem deixar outro 
médico encarregado do atendimento de seus pacientes internados ou em estado grave. 
Art. 9º Deixar de comparecer a plantão em horário preestabelecido ou abandoná-lo sem a 
presença de substituto, salvo por justo impedimento. 
Parágrafo único. Na ausência de médico plantonista substituto, a direção técnica do 
estabelecimento de saúde deve providenciar a substituição. 
Art. 10 Acumpliciar-se com os que exercem ilegalmente a Medicina ou com profissionais ou 
instituições médicas nas quais se pratiquem atos ilícitos. 
Art. 11 Receitar, atestar ou emitir laudos de forma secreta ou ilegível, sem a devida identificação 
de seu número de registro no Conselho Regional de Medicina da sua jurisdição, bem como assinar 
em branco folhas de receituários, atestados, laudos ou quaisquer outros documentos médicos. 
Art. 12 Deixar de esclarecer o trabalhador sobre as condições de trabalho que ponham em risco 
sua saúde, devendo comunicar o fato aos empregadores responsáveis. 
Parágrafo único. Se o fato persistir, é dever do médico comunicar o ocorrido às autoridades 
competentes e ao Conselho Regional de Medicina. 
Art. 13Deixar de esclarecer o paciente sobre as determinantes sociais, ambientais ou profissionais 
de sua doença. 
Art. 14 Praticar/indicar atos médicos desnecessários ou proibidos pela legislação vigente no País. 
Art. 15 Descumprir legislação específica nos casos de transplantes de órgãos ou de tecidos, 
esterilização, fecundação artificial, abortamento, manipulação ou terapia genética. 
§ 1º No caso de procriação medicamente assistida, a fertilização não deve conduzir 
sistematicamente à ocorrência de embriões supranumerários. 
§ 2º O médico não deve realizar a procriação medicamente assistida com nenhum dos 
seguintes objetivos:criar seres humanos geneticamente modificados;criar embriões para 
investigação;criar embriões com finalidades de escolha de sexo, eugenia ou para originar híbridos 
ou quimeras. 
§ 3º Praticar procedimento de procriação medicamente assistida sem que os participantes 
estejam de inteiro acordo e devidamente esclarecidos sobre o mesmo. 
Art. 20 Permitir que interesses pecuniários, políticos, religiosos ou de quaisquer outras ordens, do 
seu empregador ou superior hierárquico ou do financiador público ou privado da assistência à 
saúde interfiram na escolha dos melhores meios de prevenção, diagnóstico ou tratamento 
disponíveis e cientificamente reconhecidos no interesse da saúde do paciente ou da sociedade. 
Art. 21Deixar de colaborar com as autoridades sanitárias ou infringir a legislação pertinente. 
 
 Direitos humanos 
É vedado ao médico: 
Art. 22 Deixar de obter consentimento do paciente ou de seu representante legal após esclarecê-
lo sobre o procedimento a ser realizado, salvo em caso de risco iminente de morte. 
Art. 23 Tratar o ser humano sem civilidade ou consideração, desrespeitar sua dignidade ou 
discriminá-lo de qualquer forma ou sob qualquer pretexto. 
Art. 24 Deixar de garantir ao paciente o exercício do direito de decidir livremente sobre sua 
pessoa ou seu bem-estar, bem como exercer sua autoridade para limitá-lo. 
Art. 26 Deixar de respeitar a vontade de qualquer pessoa, considerada capaz fisica e 
mentalmente, em greve de fome, ou alimentá-la compulsoriamente, devendo cientificá-la das 
prováveis complicações do jejum prolongado e, na hipótese de risco iminente de morte, tratá-la. 
Art. 27 e 28 Desrespeitar a integridade física e mental do paciente ou utilizar-se de meio que 
possa alterar sua personalidade ou sua consciência em investigação policial ou de qualquer outra 
natureza e desrespeitar o interesse e a integridade do paciente em qualquer instituição na qual 
esteja recolhido, independentemente da própria vontade. 
Parágrafo único. Caso ocorram quaisquer atos lesivos à personalidade e à saúde física ou mental 
dos pacientes confiados ao médico, este estará obrigado a denunciar o fato à autoridade 
competente e ao Conselho Regional de Medicina. 
Art. 29 Participar, diretaou indiretamente, da execução de pena de morte. 
Art. 30. Usar da profissão para corromper costumes, cometer ou favorecer crime. 
 
Relação com pacientes e familiares 
É vedado ao médico: 
Art. 31 Desrespeitar o direito do paciente ou de seu representante legal de decidir livremente 
sobre a execução de práticas diagnósticas ou terapêuticas, salvo em caso de iminente risco de 
morte. 
Art. 32 Deixar de usar todos os meios disponíveis de diagnóstico e tratamento, cientificamente 
reconhecidos ea seu alcance, em favor do paciente. 
Art. 34 e 35 Deixar de informar ao paciente o diagnóstico, o prognóstico, os riscos e os objetivos 
do tratamento, salvo quando a comunicação direta possa lhe provocar dano, devendo, nesse 
caso, fazer a comunicação a seu representante legal ou exagerar a gravidade do diagnóstico ou 
do prognóstico, complicar a terapêutica ou exceder-se no número de visitas, consultas ou 
quaisquer outros procedimentos médicos. 
Art. 36 Abandonar paciente sob seus cuidados. 
§ 1° Ocorrendo fatos que, a seu critério, prejudiquem o bom relacionamento com o 
paciente ou o pleno desempenho profissional, o médico tem o direito de renunciar ao 
atendimento, desde que comunique previamente ao paciente ou a seu representante legal, 
assegurando-se da continuidade dos cuidados e fornecendo todas as informações necessárias ao 
médico que lhe suceder. 
§ 2° Salvo por motivo justo, comunicado ao paciente ou aos seus familiares, o médico não 
abandonará o paciente por ser esteportador de moléstia crônica ou incurável e continuará a 
assisti-lo ainda que para cuidados paliativos. 
Art. 37 Prescrever tratamento ou outros procedimentos sem exame direto do paciente, salvo em 
casos de urgência ou emergência e impossibilidade comprovada de realizá-lo, devendo, nesse 
caso, fazê-lo imediatamente após cessar o impedimento. 
Parágrafo único. O atendimento médico a distância, nos moldes da telemedicina ou de outro 
método, dar-se-á sob regulamentação do Conselho Federal de Medicina. 
Art. 39 Opor-se à realização de junta médica ou segunda opinião solicitada pelo paciente ou por 
seu representante legal. 
Art. 41 Abreviar a vida do paciente, ainda que a pedido deste ou de seu representante legal. 
Art. 42 Desrespeitar o direito do paciente de decidir livremente sobre método contraceptivo, 
devendo sempre esclarecê-lo sobre indicação, segurança, reversibilidade e risco de cada método. 
 
Doação, transplante de órgãos e tecidos 
É vedado ao médico: 
Art. 43 Participar do processo de diagnóstico da morte ou da decisão de suspender meios 
artificiais para prolongar a vida do possível doador, quando pertencente à equipe de transplante. 
Art. 45 Retirar órgão de doador vivo quando este for juridicamente incapaz, mesmo se houver 
autorização de seu representante legal, exceto nos casos permitidos e regulamentados em lei. 
 
Relação entre médicos 
É vedado ao médico: 
Art. 49 Assumir condutas contráriasa movimentos legítimos da categoria médica com a 
finalidade de obter vantagens. 
Art. 50e 57Acobertar erro ou conduta antiética de médico e deixar de denunciar atos que 
contrariem os postulados éticos à comissão de ética da instituição em que exerce seu trabalho 
profissional e, se necessário, ao Conselho Regional de Medicina. 
Art. 51 Praticar concorrência desleal com outro médico. 
Art. 52 Desrespeitar a prescrição ou o tratamento de paciente, determinados por outro médico, 
mesmo quando em função de chefia ou de auditoria, salvo em situação de indiscutível benefício 
para o paciente, devendo comunicar imediatamente o fato ao médico responsável. 
Art. 55 Deixar de informar ao substituto o quadro clínico dos pacientes sob sua responsabilidade 
ao ser substituído ao fim do seu turno de trabalho. 
Art. 56 Utilizar-se de sua posição hierárquica para impedir que seus subordinados atuem dentro 
dos princípios éticos. 
 
Remuneração profissional 
É vedado ao médico: 
Art. 59 Oferecer ou aceitar remuneração ou vantagens por paciente encaminhado ou recebido, 
bem como por atendimentos não prestados. 
Art. 60 Permitir a inclusão de nomes de profissionais que não participaram do ato médico para 
efeito de cobrança de honorários. 
Art. 61 Deixar de ajustar previamente com o paciente o custo estimado dos procedimentos. 
Art. 62 Subordinar os honorários ao resultado do tratamento ou à cura do paciente. 
Art. 63 Explorar o trabalho de outro médico, isoladamente ou em equipe, na condição de 
proprietário, sócio, dirigente ou gestor de empresas ou instituições prestadoras de serviços 
médicos. 
Art. 64 Agenciar, aliciar ou desviar, por qualquer meio, para clínica particular ou instituições de 
qualquer natureza, paciente atendido pelo sistema público de saúde ou dele utilizar-se para a 
execução de procedimentos médicos em sua clínica privada, como forma de obter vantagens 
pessoais. 
Art. 65 Cobrar honorários de paciente assistido em instituição que se destina à prestação de 
serviços públicos, ou receber remuneração de paciente como complemento de salário ou de 
honorários. 
Art. 66 Praticar dupla cobrança por ato médico realizado. 
Parágrafo único. A complementação de honorários em serviço privado pode ser cobrada quando 
prevista em contrato. 
Art. 67 Deixar de manter a integralidade do pagamento e permitir descontos ou retenção de 
honorários, salvo os previstos em lei, quando em função de direção ou de chefia. 
Art. 68 Exercer a profissão com interação ou dependência de farmácia, indústria farmacêutica, 
óptica ou qualquer organização destinada à fabricação, manipulação, promoção ou 
comercialização de produtos de prescrição médica, qualquer que seja sua natureza. 
Art. 69 Exercer simultaneamente a Medicina e a Farmácia ou obter vantagem pelo 
encaminhamento de procedimentos, pela comercialização de medicamentos, órteses, próteses 
ou implantes de qualquer natureza, cuja compra decorra de influência direta em virtude de sua 
atividade profissional. 
Art. 71 Oferecer seus serviços profissionais como prêmio, qualquer que seja sua natureza. 
Art. 72 Estabelecer vínculo de qualquer natureza com empresas que anunciam ou comercializam 
planos de financiamento, cartões de descontos ou consórcios para procedimentos médicos. 
 
Sigilo profissional 
É vedado ao médico: 
Art. 73 Revelar fato de que tenha conhecimento em virtude do exercício de sua profissão, salvo 
por motivo justo, dever legal ou consentimento, por escrito, do paciente. 
Art. 74 Revelar sigilo profissional relacionado a paciente menor de idade, inclusive a seus pais ou 
representantes legais, desde que o menor tenha capacidade de discernimento, salvo quando a 
não revelação possa acarretar dano ao paciente. 
Art. 75 Fazer referência a casos clínicos identificáveis, exibir pacientes ou seus retratos em 
anúncios profissionais ou na divulgação de assuntos médicos, em meios de comunicação em 
geral, mesmo com autorização do paciente. 
Art. 76 Revelar informações confidenciais obtidas quando do exame médico de trabalhadores, 
inclusive por exigência dos dirigentes de empresas ou de instituições, salvo se o silêncio puser em 
risco a saúde dos empregados ou da comunidade. 
Art. 77 Prestar informações a empresas seguradoras sobre as circunstâncias da morte do paciente 
sob seus cuidados, além das contidas na declaração de óbito, salvo por expresso consentimento 
do seu representante legal. 
 
Documentos médicos 
É vedado ao médico: 
Art. 80 Expedir documento médico sem ter praticado ato profissional que o justifique, que seja 
tendencioso ou que não corresponda à verdade. 
Art. 81 Atestar como forma de obter vantagens. 
Art. 83 Atestar óbito quando não o tenha verificado pessoalmente, ou quando não tenha 
prestado assistência ao paciente, salvo, no último caso, se o fizer como plantonista, médico 
substituto ou em caso de necropsia e verificação médico-legal. 
Art. 84 Deixar de atestar óbito de paciente ao qual vinha prestando assistência, exceto quando 
houver indícios de morte violenta. 
Art. 85 Permitir o manuseio e o conhecimento dos prontuários por pessoas não obrigadas ao 
sigilo profissional quando sob sua responsabilidade. 
Art. 87 Deixar de elaborar prontuário legível para cada paciente. 
§ 1º O prontuário deve conter os dados clínicos necessários para a boa condução do caso, 
sendo preenchido, em cada avaliação, em ordem cronológica com data, hora, assinatura e 
número de registro do médico no Conselho Regional de Medicina. 
§ 2º O prontuário estará sob a guarda do médico ou da instituição que assiste o paciente. 
Art. 88 Negar, ao paciente, acesso a seu prontuário, deixar de lhe fornecer cópia quando 
solicitada, bem como deixar de lhe dar explicações necessárias à sua compreensão, salvo quando 
ocasionarem riscos ao próprio paciente ou a terceiros. 
Art. 89 Liberar cópias do prontuário sob sua guarda, salvo quando autorizado, por escrito, pelo 
paciente, para atender ordem judicial ou para a sua própria defesa. 
§ 1º Quando requisitado judicialmente o prontuário será disponibilizado ao perito médico 
nomeado pelo juiz. 
§ 2º Quando o prontuário for apresentado em sua própria defesa, o médico deverá solicitar 
que seja observado o sigilo profissional. 
 
Auditoria e perícia médica 
É vedado ao médico: 
Art. 92 Assinar laudos periciais, auditoriais ou de verificação médico-legal quando não tenha 
realizado pessoalmente o exame. 
Art. 93 Ser perito ou auditor do próprio paciente, de pessoa de suafamília ou de qualquer outra 
com a qual tenha relações capazes de influir em seu trabalho ou de empresa em que atue ou 
tenha atuado. 
Art. 96 Receber remuneração ou gratificação por valores vinculados à glosa ou ao sucesso da 
causa, quando na função de perito ou de auditor. 
Art. 98 Deixar de atuar com absoluta isenção quando designado para servir como perito ou como 
auditor, bem como ultrapassar os limites de suas atribuições e de sua competência. 
Parágrafo único. O médico tem direito a justa remuneração pela realização do exame pericial. 
Ensino e pesquisa médica 
É vedado ao médico: 
Art. 100 Deixar de obter aprovação de protocolo para a realização de pesquisa em seres 
humanos, de acordo com a legislação vigente. 
Art. 101 Deixar de obter do paciente ou de seu representante legal o termo de consentimento 
livre e esclarecido para a realização de pesquisa envolvendo seres humanos, após as devidas 
explicações sobre a natureza e as consequências da pesquisa. 
Parágrafo único. No caso do sujeito de pesquisa ser menor de idade, além do consentimento de 
seu representante legal, é necessário seu assentimento livre e esclarecido na medida de sua 
compreensão. 
Art. 102 Deixar de utilizar a terapêutica correta, quando seu uso estiver liberado no País. 
Art. 104 Deixar de manter independência profissional e científica em relação a financiadores de 
pesquisa médica, satisfazendo interesse comercial ou obtendo vantagens pessoais. 
Art. 105 Realizar pesquisa médica em sujeitos que sejam direta ou indiretamente dependentesou 
subordinados ao pesquisador. 
Art. 106 Manter vínculo de qualquer natureza com pesquisas médicas, envolvendo seres 
humanos, que usem placebo em seus experimentos, quando houver tratamento eficaz e efetivo 
para a doença pesquisada. 
Art. 108 Utilizar dados, informações ou opiniões ainda não publicadas, sem referência ao seu 
autor ou sem sua autorização por escrito. 
Art. 110 Praticar a Medicina, no exercício da docência, sem o consentimento do paciente ou de 
seu representante legal, sem zelar por sua dignidade e privacidade ou discriminando aqueles que 
negarem o consentimento solicitado. 
 
Publicidade médica 
É vedado ao médico: 
Art. 111 e 112Permitir que sua participação na divulgação de assuntos médicos, em qualquer 
meio de comunicação de massa, deixe de ter caráter exclusivamente de esclarecimento e 
educação da sociedade, ou seja, divulgar informação sobre assunto médico de forma 
sensacionalista, promocional ou de conteúdo inverídico. 
Art. 113 Divulgar, fora do meio científico, processo de tratamento ou descoberta cujo valor ainda 
não esteja expressamente reconhecido cientificamente por órgão competente. 
Art. 114 Consultar, diagnosticar ou prescrever por qualquer meio de comunicação de massa. 
Art. 115 Anunciar títulos científicos que não possa comprovar e especialidade ou área de atuação 
para a qual não esteja qualificado e registrado no Conselho Regional de Medicina. 
Art. 116 Participar de anúncios de empresas comerciais qualquer que seja sua natureza, valendo-
se de sua profissão. 
Art. 118 Deixar de incluir, em anúncios profissionais de qualquer ordem, o seu número de 
inscrição no Conselho Regional de Medicina. 
Parágrafo único. Nos anúncios de estabelecimentos de saúde devem constar o nome e o número 
de registro, no Conselho Regional de Medicina, do diretor técnico. 
 
 Disposições gerais 
I - O médico portador de doença incapacitante para o exercício profissional, apurada pelo 
Conselho Regional de Medicina em procedimento administrativo com perícia médica, terá seu 
registro suspenso enquanto perdurar sua incapacidade. 
II - Os médicos que cometerem faltas graves previstas neste Código e cuja continuidade do 
exercício profissional constitua risco de danos irreparáveis ao paciente ou à sociedade poderão ter 
o exercício profissional suspenso mediante procedimento administrativo específico. 
 
 
Higienização das mãos 
Microbiota residente: Não é facilmente removida por escovação; 
 Inativada por anstiséptico; 
 Maior quantidade nas unhas; 
 Baixa virulência e raramente causa infecção. 
 
Microbiota transitória: Curto tempo de sobrevivência; 
 Facilmente transmitida por contato. 
 
Tipos de higienização: Simples, antisepsia, fricção antiséptica, cirúrgica. 
 
 
Mensuração dos sinais vitais 
Conceito: Indica condições de saúde do indivíduo; 
 Temperatura, pulso, respiração e PA; 
 Ajuda na definição da conduta médica. 
 
Quando mensurar: Em todas as consultas médicas; 
 Na admissão hospitalar; 
 Antes e após a administração das medicações; 
 Manifestação de desconforto físico pelo paciente; 
 Antes e após procedimentos invasivos. 
 
Cuidados: Abordar com calma e cuidadosamente; 
 Adequação dos instrumentos aos pacientes; 
 Informar ao paciente; 
 Anotar no prontuário; 
 
Pulso/frequência cardíaca: 
 - Expansão e contração das artérias superficiais sentidas pelos dedos que palpam (podem ser 
sentidas em várias partes do corpo); 
 - Onde palpar: artéria radial, carótidas, braquial, femurais, dorsal do pé, temporal, poplítea, tibial 
posterior. 
 - Analisar: Frequência, ritmo e amplitude. 
 # Frequência: contar durante 60 segundos; valor norma de 60 a 100bpm (em crianças a 
frequência normal é de 120 a 130bpm). 
 Taquicardia: emoções, exercícios físicos, medicamentos, drogas, traumas, gestação, 
febre, hipovolemia, hipertireoidismo... 
 # Ritmo: sequência das pulsações; normal é quando os intervalos são iguais; irregular é quando 
intervalos variáveis, ora mais longos, ora mais curtos. 
 # Amplitude: Avaliação pela sensação captada em cada pulsação; relacionada ao volume da 
sístole e da diástole; Intensidade com que o sangue bate na parede da artéria; Pode ser amplo, 
mediano ou pequeno. 
 
Pressão arterial: 
 - Força com que o coração bombea. 
 - Pressão sistólica: pressão sanguínea nos vasos quando o ventrículo se contrai para bombear o 
sangue para o resto do corpo. 
 - Pressão diastólica: pressão sanguínea nos vasos quando o ventrículo encontra-se em diástole. 
 - Como mensurar: Paciente sentado, pés apoiados no chão, costas ereta. 
 Braço apoiado na mesa, na altura do coração. 
 Braçadeira 2-3cm acima da fossa cubital. 
 Fazer o método palpatório e escutatório. 
 - Valor normal: até 140/90mmHg; é considero hipotenso abaixo 90/60mmHg e hipertenso acima 
140/90mmHg. 
 # Em criança, mulheres e durante o sono a PA é mais baixa. 
 # Emoções tendem a elevar principalmente a sistólica. 
 # Aumenta no exercício físico e discretamente durante a alimentação. 
 
Temperatura corporal: 
 - Pode ser verificada nas regiões axilares, oral, retal. 
 - Leitura mais baixa entre as 4 e 5 horas da manhã. 
 - Leitura mais altas entre as 16 e 18 horas. 
 - Mulheres têm temperaturas mais altas que homens. 
 - Fatores que alteram: fatores emocionais, transtornos de tireóide, ambiente, ovulação, 
medicamento, traumas... 
 - Terminologia: Febril (37,5 a 37, 8ºC), febre (37,8 a 38,9ºC), pirexia (39 a 40ºC), hiperpirexia 
(>40ºC) e hipotermia (<35ºC ). 
 
Avaliação da respiração 
 - Frequência - número de movimentos respiratórios por minuto: em adultos 16-20 irpm; crianças 
20-30 irpm; lactente 30-60 irpm. 
 - Caráter - superficial ou profundo. 
 - Ritmo regular ou irregular. 
 
__________________________________________________________________________________ 
 
Atividade Avaliativa - Episódio 22, 1ª Temporada Dr. House 
1. Diagnosticou antes da avaliação hospitalar/anamnese e fora do ambiente hospitalar. 
2. Drogou um paciente para este ir ao hospital. QUEBROU CÓDIGO DE CONSULTA MÉDICA. 
3. Marcou cirurgia sem evidência da necessidade desta. 
4. Invasão médica na vida pessoal do paciente sem permissão e de modo ilegal. 
5. Ataques verbais pelo médico para o paciente. 
6. Teste feito sem consentimento do paciente. 
7. Médicos não relataram teste feito sem consentimento e participaram dele. 
8. Médico trabalhando sob influência de bebida alcoólica. 
9. Ele descobria algo e nem sempre falou ao paciente, e este estava em condições de ouvir. 
10. Tratou o paciente tenso relações emocionais com o parente próxima/a esposa dele. 
 OBS: Na medicina os fins não justificam os meios. 
__________________________________________________________________________________ 
 
Trabalho 1ª Etapa 
Contagem, Minas Gerais, Brasil 
12 de Agosto de 2017 
Querida identidade, 
 Primeiramente, quero parabenizar ao meu futuro eu por conseguir alcançar seus objetivos 
e não desistir, mesmo com dificuldades. Ao dizer isso, tenho fé e confiança que sei onde quero 
chegar, e não cederei até alcançar meus objetivos. 
 Não sei quais serão exatamente meus objetivos profissionais em dez anos, mas sei que, 
hoje, pretendo não somente ser uma profissional competente, mas que nunca esqueça o que 
realmente importa. 
 Ao cursar medicina, muitos dizem "você será rica", "vai ganhar bem, ein?!" Mas tudo o que 
eu penso agora é em como poderei ajudar as pessoas e que a maior recompensa desse trabalho é 
ver um sorriso em meus pacientes. Eu sei que isso nem sempre é possível de acordo com as 
circunstâncias, mas sei que quero ajudá-los da melhor maneira possível, mesmo que 
materialmente não ganhe nada em troca. 
 Um dos meus maiores desejos é lembrar, em dez anos, que não há nada que me alegre 
mais como ajudar alguém, e ao escrever isso, espero que o meu eu futuro sorria e pense 
"consegui". Que apesar de toda competição e faltade respeito entre e com médicos, 
principalmente mulheres, eu estarei trabalhando não somente para mim mesma, mas, 
principalmente, para os meus pacientes. Que eu tenho uma missão com eles e não posso focar 
em mim mesma ou julgá-los perante as circunstâncias que os conhecerei, mas sim, que eu foque 
na saúde, física e emocional, e no bem estar deles ao longo do percurso e tratamento. 
 Ao mesmo tempo, penso em como me sentirei e, provavelmente, me sinto realizada ao ler 
essa carta e perceber que me tornei uma neurologista ou neurocirurgiã ou cardiocirurgiã. Sei que 
ainda não decidi o curso, mas sei que durante esses 6 anos que irei cursar de medicina, me 
apaixonarei mais ainda por esse curso maravilhoso, como já está acontecendo e que, 
independente da área, me esforçarei ao máximo. 
 Sei também que ao escolher medicina, escolhi estudar todos os dias (o que farei realmente 
pelo resto da minha vida, não somente por amor, mas por ética), ser humana todos os dias, ter 
compaixão todos os dias. Sei que quem eu sou como pessoa sempre me guiou para esse curso e 
que Deus tem um propósito para a minha vida ligado a essa profissão. Já que toquei nesse 
assunto, devo dizer que, apesar de ouvir muitas pessoas dizerem que medicina não combina 
muito com espiritualidade, que corro risco de perder a fé em meu Pai ao fazer o curso, eu digo o 
contrário. 
 Acredito que Deus fez o homem e o ama imensamente. Creio que um corpo tão funcional, 
tão perfeito e logístico, não foi feito pelo acaso. Sei que ao estudar a perfeição de cada célula, 
tecido, órgão, sistema, me apaixonarei mais por Deus e mais crerei na sua magnitude. O 
funcionamento do corpo humano, ao meu ver, mostra mais ainda o quanto Deus se importa 
conosco e nos tem como filhos. A ciência é construída a base de teses, que muitas vezes, são 
consideradas certezas quando não se tem nem 80% de certeza. Eu acredito no funcionamento do 
corpo humano, e de quão calculado tudo é. Mas acredito que nada é por acaso, que um único 
Deus nos criou para ser funcionais e capazes. Que Ele nos capacita a cada dia e que, mesmo com 
todas teorias, foi Ele quem criou tudo e a todos. Sei que a ciência não pode confirmar a existência 
de Deus, e nem procuro uma confirmação científica. Aliás, se essa existisse, o que exatamente 
significaria ter fé? 
 A minha fé tem sido testada todos dias, desde muito pequena. Sei que ela não deixará de 
ser testada em 10 anos. Mas sei que ao estudar a obra prima de Deus, minha conexão com ele 
aumentará. 
Novamente, não sei qual o propósito de Deus em minha vida exatamente, mas sei que minha 
proximidade 
com Ele é algo que sempre esteve em mim e, com todas as manifestações dele em minha vida, 
não conseguiria me desapegar. É com Ele que superei momentos importantes da minha vida. Ele 
sempre esteve comigo ao longo do meu crescimento espiritual e vital e espero que, ao ler isso em 
10 anos, eu sorria e pense "Nada mudou!" 
 Juliana, você se lembra quando tinha apenas 16 anos, em que no meio do seu terceiro ano, 
você largou tudo e todos que conhecia, e foi para o Estados Unidos? Você ficou um ano fazendo 
intercâmbio, crescendo, sendo usada pelo Espírito de Deus para tocar a vida de pessoas, que até 
hoje confiam em você. Você não fez nada disso sozinha. 
 Juliana, você lembra quando, ao voltar do intercâmbio você quase foi chamada para cursar 
o curso medicina várias vezes? Você lembra de como ficou frustrada até, depois de 1 ano e meio 
passar, finalmente, na FAMINAS? Espero que lembre o que disse antes mesmo de passar. Eu disse 
em uma conversa com minha mãe pelo whatsapp "Mãe, eu fico pensando em tudo que aconteceu 
no ano de 2017. Nunca cresci e amadureci tanto. Nunca me aconcheguei tanto a Deus e entendi 
realmente o que é ser filha dEle e amada por Ele." Lembre-se, que nada é por acaso. Que, ao 
quase passar em várias faculdades, você não poderia ficar em casa com seus pais, não teria 
conhecido aqueles a quem conheceu, não teria a oportunidade de estudar em uma faculdade tão 
bem equipada. Tenho certeza que eu estar onde estou, não foi por acaso. Confio que meu Deus 
me colocou aqui por uma razão, e espero poder dizer qual foi essa em dez anos. 
 Além da minha carreira profissional, possuo objetivos pessoais que desejo atingir em uma 
década. Primeiramente, espero estar casada e ter um parceiro com quem conversar todos os dias. 
Acredito que a medicina sobrecarrega muito os profissionais formados na área. Acredito que 
precisarei e, ao ler essa carta, já terei alguém para contar os pontos altos e baixos do meu dia. 
Então, Juliana, por mais que você ame a sua profissão, lembre-se que sua vida pessoal também é 
importante. Para você conseguir exercer seu trabalho com vigor, você deve ter vigor, precisa estar 
saudável. Espero que você não tenha esquecido de cuidar de você mesma, para cuidar dos outros, 
mas tenha achado o ponto de equilíbrio que alguns não conseguem achar. Ache alguém, ame, 
viva, tenha filhos. Lembre-se dos seus anseios familiares e do quanto você os deseja. "Mantenha 
os pés no chão". 
 Enfim, quem eu sou hoje não poderá ensinar muito - na verdade, praticamente nada - de 
medicina para quem eu serei em uma década. Mas, pode sim, como tentei fazer ao longo da 
carta, tentar ressaltar ou lembrar dos valores que você tem atualmente e que quis e, 
provavelmente, quer manter ao longo da vida. Acredito que alguns sonhos possam mudar a 
medida que adquiro maturidade, mas valores, majoritariamente, não. A medicina é uma profissão 
que se faz e constrói por meio do amor, e espero que esse sentimento apenas cresça com o passar 
dos anos. Que esse amor pelas pessoas apenas cative novas amizades e experiências construtivas, 
sendo que é você quem decide se elas serão destrutivas ou não. Não se deixe abater e lute pelos 
seus sonhos. 
Com amor, 
Juliana. 
__________________________________________________________________________________ 
 
Trabalho 2ª Etapa 
 
 Logo no início do filme a personagem principal, Susanna, diz que não tem ossos em suas 
mãos, que é difícil ficar em lugar só, que é difícil explicar que as vezes as leis da física podem ser 
suspendidas e o tempo não pode ser controlado. Também é mostrado que 4 dias antes se 
encontrar com um psicanalista amigo da família, ela havia tomado uma garrafa de vodka 
com aspirina, o que quase a matou. O psicanalista a diagnóstica com a síndrome de Borderline e 
esquizofrenia, uma doença frequentemente associada ao borderline. 
 A síndrome de Borderline ou transtorno de personalidade limítrofe é caracterizada por 
mudanças súbita de humor, sentimentos de raiva e pânico, irritabilidade que pode provocar 
agressividade, medo do abandono e impulsividade. Geralmente pessoas com a síndrome têm 
momentos estáveis que alternam com surtos psicóticos que costumam se manifestar na 
adolescência e se tornam mais frequentes no início da vida adulta. 
 No início do filme, Susanna, a personagem é enviada a um hospital psiquiátrico e começa a 
conhecer a todos porém, não acha que deveria estar lá por não ter problemas mentais. 
 Em um dos primeiros flashbacks de Susanna é revelado que ela dormiu com um amigo de 
sua mãe e em outro com o pai de um dos seus colegas de turma, Toby. Isso é considerado uma 
impulsividade sexual de acordo com a história da paciente. 
 Em um dos flashbacks com Toby eles conversam sobre suicídio e Susanna está normal, 
calma e aparentemente feliz, porém após ele dizer que é "estúpido se matar" ela fica irritada 
rapidamente, o que a leva a deixá-lo. 
 No hospital ela conhece Lisa Rowe, interpretada por Angelina Jolie, que é uma sociopata, 
com a qual se torna melhor amiga e começa a passar grande tempo acompanhada. Enquanto 
conversa com o Dr. Melvin Potts ela continua recusando que tentou se matar e que estava 
tentando fazer com que as coisas ruins parassem de ocorrer. Ela ainda não entende por que ela 
está em uma hospital psiquiátrico e reagiu agressivamente. 
 Depois de um ano no hospital Susanna recebe a visita de Tobye ele tenta convencê-la de 
fugir do hospital, porém ela não vai. Ela tem medo de deixar suas amigas e diz que ela não está 
bem e possui sim uma doença mental, além de reconhecer que tentou cometer suicídio. Quando 
Lisa é mantida isolada, sem poder sair do quarto, Susanna entre em um momento de tristeza 
profunda e em seguida de euforia ao ser confrontada por uma enfermeira. É perceptível que 
Susanna depende de Lisa para estar estável. 
 Lisa consegue ter acesso a facilidade onde Susanna está e a convence de sair do hospital, e 
elas vão para um bar antes de ir para a casa de Daisy, uma das meninas que costumava morar no 
hospital e foi liberada. Na manhã seguinte do dia em que elas chegaram a casa de Daisy, esta 
cometeu suicídio. Lisa foi embora e Susanna voltou ao hospital e começou a entender sua doença 
e a trabalhar para melhorar. 
 Lisa volta para o hospital e Susanna conta a ela que está prestes a sair do hospital. Lisa age 
de maneira cruel para tentar fazer com que Susanna fique. Susanna permanece no controle e 
consegue fazer com que Lisa tente melhorar. Logo em seguida, Susanna é declarada como 
saudável e vai para casa. 
 Durante todo o filme os sintomas citados como característicos do transtorno de 
personalidade Borderline foram percebidos no filmes.

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