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Exame Físico Geral II

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1 Semiologia Especializada – Camila Carneiro Leão Cavalcanti 
EXAME FÍSICO GERAL II 
 
1. Linfonodos 
2. Palpação da Tireoide 
3. Padrões de Febre 
4. Noções de Músculo Esquelético 
 
LINFONODOS 
Palpação de linfonodos – “toque de piano” para tentar 
diferenciar os linfonodos 
Descrição → volume, consistência, superfície, mobilidade 
 
 
LINFONODOS CENTRAIS E PERIFÉRICOS 
- Quando aumentados devem ser descritos em duas 
dimensões (exemplo: 1cm x 2cm); 
- Quando dolorosos indicam processos inflamatórios; 
- Quando endurecidos e fixos, neoplasias; 
- Linfadenopatia generalizada – AIDS, mononucleose 
infecciosa, linfoma, leucemia e doença autoimune. 
*Os mais patológicos são os axilares, epitrocleares e 
poplíteos. 
 
PALPAÇÃO DE LINFONODOS PERIFÉRICOS 
 
Para palpar o linfonodo axilar, se solicita que o paciente 
apoie o cotovelo em alguma superfície para que a axila fique 
mais relaxada; deve-se palpar toda a região inguinal. 
Alguns linfonodos são mais específicos e são indicadores de 
doenças mais profundas. 
LINFONODO DE VIRCHOW – SINAL DE TROISIER 
Os linfonodos da cadeia supra clavicular esquerda 
compartilham a drenagem linfática com a maior parte dos 
órgãos abdominais. CA abdominais, principalmente 
estomacais, drenam pela cadeia linfática esquerda e podem 
infiltrar os linfonodos da cadeia supraclavicular esquerda. 
Logo, a palpação de linfonodo endurecido na fossa 
supraclavicular sugere malignidade do TGI. 
 
 
2 Semiologia Especializada – Camila Carneiro Leão Cavalcanti 
 
 
LINFONODOS EM DOENÇAS AVANÇADAS 
Refere-se a um nódulo palpável na região periumbilical 
como resultado da metástase de um CA maligno na pelve 
ou no abdômen. Podem ser dolorosos à palpação. 
NÓDULO - SISTER MARY JOSEPH 
 
PRATELEIRA DE BLUMMER 
Através do toque retal, percebe-se metástase peritoneal no 
recesso de Douglas. 
 
GLÂNDULA TIREOIDEA 
Descrição: volume, consistência, superfície, mobilidade e 
deglutição. 
Normalmente é de difícil palpação e sua principal 
característica é a mobilidade (quando o paciente deglute se 
percebe a movimentação da tireoide). 
 
PALPAÇÃO DO PESCOÇO 
Avaliar turgência jugular (paciente em ângulo de 45°) - 
Insuficiência Cardíaca 
Palpação do músculo esternocleidomastoideo 
*A tireoide repousa próximo ao tendão do 
esternocleidomastoideo 
PALPAÇÃO DA TIREOIDE 
Avalia tamanho, consistência, mobilidade e sensibilidade; 
TÉCNICA 
→ Identifica-se a cartilagem cricoide e, abaixo, o 
istmo e o lobo direito e esquerdo da tireoide; 
*No homem é o pomo de adão 
→ O examinador solicita que o paciente realize uma 
deglutição para avaliar a mobilidade. 
Pode ser: 
→ Frontal – de frente para o paciente com o polegar e 
o indicador 
→ Posterior – com o paciente de costas para o 
examinador com os dedos indicador e médio 
 
 
3 Semiologia Especializada – Camila Carneiro Leão Cavalcanti 
 
 
HIPERTIREOIDISMO 
BÓCIO 
Istmos e lobos bem alargados. 
 
UNHAS DE PLUMMER 
 
 
 
TREMOR FINO 
Tremor de extremidades. 
Depois do exame de cabeça e pescoço, se solicita que o 
paciente fique sentado com as mãos estendidas para frente 
e analisa perfusão, turgor e elasticidade, temperatura da 
pele, pulso radial, se ele tem alguma dificuldade motora de 
cintura escapular etc., obtendo uma visão geral do paciente. 
 
OFTALMOPATIA DE GRAVES 
Quadro Clínico 
- Sintomas compressivos: proptose e edema periorbitário 
- Sintomas hiperadrenérgicos: retração palpebral, olhar fixo 
- Sinal do lid-lag 
- Sinais mais frequentes: retração palpebral e edema 
periorbital 
- Na exoftalmia pode acontecer exposição ocular e 
inflamação da córnea → Ceratite 
- Geralmente é bilateral, mas pode ser unilateral 
- Exoftalmômetro de Hertel – medida acima de 20mm 
 
 
*Déficit da mobilidade dos músculos oculomotores, 
dificultando a lateralização. 
 
 
4 Semiologia Especializada – Camila Carneiro Leão Cavalcanti 
BÓCIO 
- Pode ser tóxico ou atóxico e nodular ou multinodular 
- Nódulo dominante; 
- A maioria dos nódulos é hipofuncionante (frio); 
- Mas também existem nódulos quentes. 
Precisa saber: tempo de surgimento, velocidade de 
crescimento, sintomas compressivos associados. 
SINAL DE PEMBERTON 
Presente no bócio mergulhante, quando a tireoide está 
entrando na região abaixo da clavícula, por trás do esterno. 
Com o paciente em repouso, solicita-se elevação dos MMSS. 
Após a manobra, observa-se pletora facial devido à 
obstrução da drenagem das veias da base do pescoço. 
 
FEBRE 
Hipertermia – 41°C ou mais 
Febre alta – 39,5-41°C 
Febre – 37,5-39,5°C 
Normal – 36-37,5°C 
Hipotermia – 35°C ou menos 
FEBRE E HIPERTERMIA 
 Febre 
→ Função hipotalâmica intacta 
→ Aumento da temperatura alvo após ajude pelo 
termostato hipotalâmico 
→ Mecanismos que produzem calor (exemplo: 
calafrios e aumento da atividade metabólica) 
→ Mecanismos que conservam o calor (exemplo: 
vasoconstrição periférica) 
 
 
 Hipertermia 
→ Função hipotalâmica intacta, exceto em 
Encefalites, Sarcoidose e outras 
granulomatoses 
→ Não envolve o termostato hipotalâmico 
→ Acontece falência dos mecanismos periféricos 
em corrigir o aumento da temperatura 
corporal 
 
TIPOS DE FEBRE 
 Febre contínua 
Temperatura sempre acima de 37°C com variação 
abaixo de 1°C 
Causas: pneumonia, gripes, viroses e infecções 
simples 
 
 Febre remitente 
Temperatura acima de 37°C com variações acima 
de 1°C 
Causas: septicemias, pneumonia e tuberculose 
 
 Febre recorrente ou ondulante 
O paciente tem um período de febre intercalado 
por um período variável de dias ou semanas sem 
febre 
Causas: linfomas 
 
 Febre irregular ou séptica 
Picos muito altos intercalados com temperaturas 
baixas ou períodos de apirexia. Não já qualquer 
carácter cíclico, sendo totalmente imprevisível. 
Causas: septicemia, abscessos pulmonares, 
empiema, tuberculose pulmonar e fase inicial da 
malária 
 
 Febre intermitente 
Picos febris ciclicamente interrompidos por 
períodos afebris. Se o paciente faz 2 picos febris por 
dia, chama-se dicotidiana; se faz 1 pico febril por 
dia, cotidiana. 
Chama-se febre terçã se o paciente apresenta 1 dia 
de febre intercalado com 1 dia sem febre e febre 
quartã se o paciente apresenta febre no primeiro 
dia e só tem outro pico no quarto dia. 
Causas: malária 
SISTEMA MÚSCULO ESQUELÉTICO 
 
 
5 Semiologia Especializada – Camila Carneiro Leão Cavalcanti 
Podem se limitar às articulações, mas podem ser associadas 
a manifestações sistêmicas. 
 Lesões sugestivas de colagenoses 
→ Rash malar 
→ Esclerodermia 
→ Fenômeno de Raynaud 
→ Tofos gotosos (gota) 
 Manobras para avaliar patologias 
→ Sinais de Artropatia 
- Calor, rubor, palpação da articulação; 
- Sinais de artrite reumatoide; 
- Sinais da osteoartrite. 
 Outros sinais mais específicos 
→ Sinais de Tinel e Phalen 
→ Manobras de Lasegue 
→ Manobras de Schober 
→ Monobras de Patrick 
ABORDAGEM DAS QUEIXAS MÚSCULO 
ESQUELÉTICAS 
Anamnese e exame físico para determinar: 
→ Localização: intra-articular ou extra-articular (se 
dói quando faz o movimento ou mesmo quando se 
está parado) 
→ Aguda ou crônica: 6 semanas 
- Aguda: artrites infecciosa, Gota, Síndrome de 
Reiter 
- Crônica: lúpus e artrite reumatoide) 
→ Inflamação 
→ Quantas e quais articulações envolvidas 
ARTRITE INFLAMATÓRIA CRÔNICA 
Pode ser monoartrite ou poliartrite. 
Exemplo de monoartrite – gonocócica; 
Exemplo de poliartrite simétrica – pode considerar LES, 
esclerodermia e polimiosite; e em pequenas articulações se 
considera osteoartrite e artrite reumatoide. 
LESÕES SUGESTIVAS DE COLAGENOSES 
RASH MALAR 
Lembrar: há infiltração, sempre poupa o sulco nasogeniano 
e é sensível à luz do sol. 
 
 
 
FENÔMENO DE RAYNAUD 
Cianose periférica principalmente quando há exposição a 
temperaturas frias 
 
ESCLERODERMIA 
Retração do tecido subcutâneo (estiramento da pele), 
perdendo muitoo pregueamento articular, provocando 
deformidade nas mãos e na face. 
 
 
TUFOS GOTOSOS 
O ácido úrico se sedimenta nas periferias provocando lesões 
– cristais de ácido úrico depositados nas articulações e nas 
peles (manchas amarelas) 
 
 
6 Semiologia Especializada – Camila Carneiro Leão Cavalcanti 
 
MMSS 
Consiste na movimentação ativa e passiva, para ver até onde 
o paciente consegue movimentar o membro; 
 
 
SQUEEZING (APERTO) 
 
INTERFALANGIANAS PROXIMAIS - NÓDULOS BOUCHARD 
Comum na artrite reumatóide; 
 
INTERFALANGEANAS DISTAIS - NÓDULOS DE HEBERDEN 
Mais comum na artrite psoriásia; 
 
SINAIS DE PHALEN E TINEL 
Investigação de síndrome do túnel do carpo - análise do 
nervo mediano e seu território 
Teste do sinal Tinel – teste compressão do nervo mediano 
percutindo levemente sobre o trajeto do nervo mediano no 
túnel do carpo. 
 
Teste do sinal de Phalen – à procura de compressão do 
nervo mediano, solicita-se ao paciente que mantenha os 
punhos em flexão por 60seg. Como alternativa, peça ao 
paciente para unir o dorso de ambas as mãos em ângulo 
reto. 
 
COLUNA E MMII 
MANOBRA DE SCHOBER 
Coluna lombar 
 
MANOBRA DE PATRICK (FABER) 
Quadril e articulação coxofemoral 
 
 
7 Semiologia Especializada – Camila Carneiro Leão Cavalcanti 
 
MANOBRA DE LASEG 
Compressão medular 
 
 
 
 
Check List (BASEADO NO OSCE - OBJECTIVE 
STRUCTURED CLINICAL EXAMINATIONS) 
EXAME FÍSICO 
 Checklist estruturado para realização do exame 
físico: 
a. Procure seguir um padrão constante ficando 
mais fácil de memorizar. 
b. Pratique com seus colegas de sala: Faça 
estações, e simulações, treine o raciocínio 
clínico. 
c. Lave sempre as mãos antes de examinar os 
pacientes 
d. Se apresente, fale seu nome, e o 
procedimento que irá fazer para o paciente 
real ou simulado. 
e. Confira o nome do paciente 
1º) PACIENTE SENTADO 
- Inspeção geral 
- Sinais vitais 
Sentido: Da cabeça aos pés 
Olhos: mucosas, esclera, nariz 
Pele: dorso superior, anterior e posterior 
Boca: mucosa língua, dentes 
Cabeça e pescoço: tireoide e linfonodos todas as cadeias 
periféricas 
Opcional: SN (funções mentais, pares cranianos, força, 
massa e tônus motor do MMSS, função cerebral) 
Tórax e pulmões 
Mamas 
MMII, estender os braços: observar perfusão, turgor, 
temperatura, sinais nas mãos, tremor, fraqueza proximal e 
presença de edema. 
2º) EM PÉ E DIVERSAS 
Musculo esquelético conforme indicação 
Opcional: pele, anterior e posterior; músculo esquelético 
abrangente 
Mulheres: exame pélvico e retal 
Homens: próstata e exame retal 
 
 
3º) DEITADO 
Cardiovascular, inclusive pressão venosa jugular, ascensão 
e sopros carotídeos, ictus cordis, B1, B2, sopros e bulhas 
extras 
Cardiovascular, pesquisa de B3 e sopro de estenose mitral 
Cardiovascular e pesquisa de sopro da Insuficiência aórtica 
Opcional: tórax e pulmões – região anterior 
Mamas e axilas 
Abdome 
Vascular periférico 
Opcional: pele – dorso inferior e membros

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