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Estado laico não é laicista

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
CURSO DE BACHARELADO EM 
TEOLOGIA 
 
 
 
Wendel Costa Parente 
202003342912 
 
 
ATIVIDADE ESTRUTURADA DE TRADIÇÕES 
RELIGIOSAS 1018/5674893: 
"ESTADO LAICO NÃO É LAICISTA” 
 
 
Tutor/Professor: Marcelo Almeida 
 
 
 
 
 
 
 
 
JOÃO PESSOA 
2021 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................... 3 
2. DESENVOLVIMENTO ........................................................................................... 4 
 A religiosidade inerente à condição humana ....................................... 4 
 Estado laico não é estado laicista ........................................................ 5 
 As diversas manifestações religiosas na história da humanidade...... 7 
 Entrevistas ............................................................................................. 8 
3. CONCLUSÃO ............................................................................................. 9 
4. B IBL IOGRAF IA ............................................................................................................. 10 
 
3 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 
 A religião surgiu, desde os promórdios da humanidade, como primeira 
tentativa de explicar os fenômemos naturais, bem como a relação do homem consigo, 
com a criação como um todo e com o força criadora. 
 O homem, ao se deparar com a natureza que o cerca, se indaga sobre a sua 
existência, a partir do despertar e construção da sua consciência e, desta forma, ao se 
confrontar com o mistério do mundo, encontra neste uma sacralidade. 
 Com a formação das relações sociais entre a humanidade, todas as grandes 
civilizações se estruturaram permeadas de sofisticados elementos religiosos, que se 
constituíram o amálgama da vida social, econômica, cultural e, até mesmo, 
arquitetônica. 
 No Brasil, até meados dos anos 80, o Estado era considerado confessional, com 
a religião Católica Apostólica Romana como a representante oficial, em virtude da 
herança de colonização predominantemente lusitana. 
 Com a promulgação da 7ª Constituição Brasileira, no ano de 1988, nos seus 
artigos 5º e 19, respectivamente, o Brasil passou a ser considerado, oficialmente, um 
estado laico. 
 Porém, carece a distinção e verdadeira compreensão da expressão laicidade em 
confronto com a expressão laicismo, que se refere à anti religião. 
 Este trabalho tem por finalidade constatar que a manifestação religiosa é inerente à 
condição humana e que o estado é laico e não laicista. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
2. DESENVOLVIMENTO 
 
A religiosidade inerente à condição humana 
 
 
 Por sua própria essência, a espécie humana possui uma carência encrustada 
em sua história. Desde os remotos tempos do frio das cavernas, o homem, no uso de 
seus instintos de sobrevivência, juntava-se a outros para se aquecer, caçar e se 
proteger. Desta forma, a sociedade nascia de forma rudimentar e, ainda, em evolução. 
 Desde os exórdios da humanidade, o homem demonstra a necessidade de 
conviver em sociedade, construindo assim, grupos sociais, com o objetivo de facilitar a 
sua sobrevivência. 
 A sociedade, por sua vez, é condicionadora e condicionante, ou seja, 
determina o comportamento dos indivíduos que ali vivem, porém, também é 
condicionada pelos indivíduos que a formam (ARENDT, 2005). 
 Bernardi e Castilho, no texto, A Religiosidade como Elemento do 
Desenvolvimento Humano, afirmam que, “o desenvolvimento local é um processo que 
envolve as mais diferentes dimensões do ser humano e da sociedade onde ele está 
inserido. Essas dimensões podem ser: sociais, econômicas, culturais, artísticas, 
religiosas, etc.” 
 Antes mesmo de haver uma sociedade secularizada, a religião determinava 
completamente a cadência de todas as atribuições do ser humano. A elaboração das 
leis é um exemplo claro disso, pois na tentativa de compreendê-las, muitas vezes é 
necessário recorrer à conceitos religiosos. 
 A religiosidade é a manifestação do sagrado que é a presença de uma potência 
sobrenatural em que se mostra o poder por meio de algum símbolo como uma força 
sobrenatural (CHAUÍ, 1995). 
 Destarte, a religião, como manifestação do sagrado, ocorre intimamente ligada 
às mais diversas manifestações culturais, pois, conforme assevera Frans Boas (2010), 
“a cultura pode ser definida como a totalidade das reações e atividades mentais e 
físicas que caracterizam a conduta dos indivíduos que compõem um grupo social, 
coletiva e individualmente, em relação ao seu ambiente natural, a outros grupos, a 
membros do mesmo grupo e de cada indivíduo para consigo mesmo.” 
 No séc. I, o apóstolo Paulo, no aerópago, na cidade Atenas, considerada o berço 
da democracia, e de intensa manifestação religiosa, expôs a necessidade constante da 
humanidade na busca do sagrado, mesmo que de forma desconexa, usando a 
 
5 
 
 
expressão “para que buscassem ao Senhor, se porventura, tateando, o pudessem 
achar; ainda que não está longe de cada um de nós”, conforme registrado no Livro de 
Atos dos Apóstolos. 
 Ainda que sociedade atual seja secularizada, onde a interferência da Igreja, 
enquanto representante oficial e concreta da religião, tormou-se cada vez mais 
limitada, isto em tese, é possível constatar, na prática, alguns resquícios de 
sacralização da sociedade, e mesmo com a quebra do “dossel sagrado” que outrora 
protegia a sociedade com costumes e leis pautados em tradições essencialmente 
religiosas (Teixeira, 2011), ainda há um remanescente considerável que é capaz de 
suscitar discussões e até mesmo decisões a favor da religião. 
 Assim sendo, a manifestação religiosa aparece desde as tribos mais primitivas e 
em qualquer nível cultural, por mais complexo e atual que venha a ser. A religiosidade 
é, então, algo inerente ao ser humano como indivíduo e não somente um fato isolado à 
determinada sociedade, por mais secularizada que seja, e permeia toda a história da 
humanidade. 
 
 Estado laico não é estado laicista 
 
 Com a promulgação da Constituição Federal de 1988, o Estado Brasileiro 
passou a ser considerado laico, deixando de ser, assim, confessional. 
 Deve- se atentar à verdadeira origem etimológica da expressão “laico”, que 
vem do grego “laikós”, que significa “do povo”. Está relacionado com a vida secular 
(mundana) e com atitudes profanas que não se conjugam com a vida religiosa. 
 Originalmente, a palavra laico servia para descrever cristãos devotos, mas que 
não faziam parte do clero. Só a partir da segunda metade do século XIX, esta palavra 
ganhou o sentido de uma pessoa, organização ou atividade autônoma e sem ligação à 
esfera da religião, portanto com comportamento secular oposto ao comportamento 
eclesiástico. 
 A influência da Igreja sobre o Estado, especialmente na Idade Média, com todos 
os abusos que daí advieram (Cruzadas, Santa Inquisição, etc.) foi uma das causas que 
acabaram levando, no âmbito do mundo ocidental, à laicidade estatal. 
 A expressão “laicismo” ganhou significado na Revolução Francesa, que consiste 
num Estado considerando que os assuntos religiosos devem pertencer somente 
à esfera privada do indivíduo, o que difere do anticlericalismo, na medida que o 
laicismo tolera a Igreja, assim como outras confissões religiosas, desde que cingidas à 
 
6 
 
 
esfera privada dos cidadãos. É, por conseguinte, um conceito que denota a ausência 
de envolvimento religioso em assuntos governamentais, bem como ausência de 
envolvimento do governo nos assuntos religiosos. Na sua aceitação estrita e oficial, é o 
princípio da separação entre Igreja, como representante oficial de uma religião, e 
Estado.A clássica frase “a religião é o ópio do povo”, de Karl Marx, tem sido muito 
utilizada quando há o interesse em definição simplista de religião. Geralmente esta 
definição é empregada em sentido pejorativo e traz consigo, graças à sua interpretação 
fora do contexto, uma série de juízos de valor que só demonstram a insuficiência de 
compreensão do termo que remete a algo bem mais denso do que as simples 
comparações que comumente são feitas por todos aqueles que tentam entender as 
manifestações religiosas. 
 O ópio referia-se não ao sentido figurado do termo, mas sim à capacidade que 
a religião tem de exprimir as inquietações dos indivíduos quanto às mazelas sociais 
existentes. Analisando por este prisma, a religião seria uma aliada das ações sociais 
em prol do melhoramento da condição humana, atuando como um bálsamo nos 
indivíduos que padecem dessas pechas sociais. Sendo assim, a religião não teria um 
papel meramente alienante, como é normalmente considerada pejorativamente, mas 
seria um sinal de que algo precisa ser feito em prol da sociedade ou mais precisamente 
de um grupo de indivíduos marginais. 
 O Estado francês foi pioneiro na laicidade institucional, desde 1880, 
quando Jules Ferry organizou a escola primária, tornando-a pública, gratuita e 
obrigatória. Desde então, os crucifixos foram retirados das salas de aula e toda 
propaganda religiosa e política foi proibida. 
 A proibição ou retirada dos símbolos religiosos existentes em repartições 
públicas ou em salas de sessões de Tribunais responde à visão preconceituosa 
daqueles que pretendem apagar os vestígios de uma civilização cristã invocando a 
laicidade do Estado , quando , na verdade, professam um laicismo mais próximo 
do ateísmo do que da posição equilibrada da separação entre Igreja e Estado. 
 Todavia há casos, especialmente entre os professores, que consideram que 
uma lei proibindo os sinais religiosos nas escolas não resolve o problema e, apenas, 
cria insatisfação por parte dos adeptos das religiões e efeitos negativos para os alunos. 
Segundo essa corrente de opinião, o dever da escola, dentro de uma sociedade que se 
quer democrática, é de integrar, e não de excluir. 
 No Brasil, com a proclamação do regime republicano em 1889, uma nova 
 
7 
 
 
constituição foi promulgada em 1891, rompendo os laços entre a Igreja e o Estado. 
Ideólogos republicanos, como Benjamin Constant e Rui Barbosa, foram influenciados 
pela laicidade da maçonaria francesa. 
 A atual Constituição do Brasil, em vigor desde 1988, assegura o direito à 
liberdade religiosa individual de seus cidadãos, e proíbe o estabelecimento de igrejas 
estatais e de qualquer relação de "dependência, imposição ou aliança" de autoridades 
com os líderes religiosos, com exceção de "colaboração de interesse público, definida 
por lei." 
 
 As diversas manifestações religiosas na história da humanidade 
 
 
 A religião é uma manifestação humana, não se percebendo fenômenos 
religiosos em outros seres, permeando todas as sociedades existentes independente 
de espaço, tempo, situação geográfica, e grau de complexidade. 
As civilização oriundas do crescente fértil, considerado o “berço da humanidade”, 
tinham toda a vida social, econômica, cultural e arquitetônica moldada pela religião, o 
que permite demonstrar quer a influência que a religião tem, “não somente como um 
sistema de ideias, mas como um sistema de forças” (Sanchis, 2011, p. 41). Não se 
trata, portanto, de mera ideologia, mas de ação e influência direta nas relações 
humanas e estas sociais. Esta força é representada através da coletividade em que a 
religião comumente se encontra e se reifica através de objetos que passam a ser 
sagrados (Sanchis, 2011). 
A religião é praticada pelo ser humano desde tempos antigos e era utilizada, 
muitas vezes, para explicar os fenômenos da natureza. Cada religião possui suas 
particularidades: suas histórias sagradas, seus símbolos, contos e seu próprio código 
de conduta. Apesar disso, os estudiosos da área conseguem identificar aproximações 
em diferentes religiões, como acontece no caso das maiores religiões monoteístas do 
mundo, que são o judaísmo, o cristianismo e o islamismo. 
Atualmente, existem diversas religiões no mundo, as quais podem ser 
classificadas em três diferentes grupos: politeístas, que corresponde ao sistema 
religioso que possibilita a crença em mais de um deus; monoteístas, que representa o 
sistema religioso que possibilita a crença em uma única divindade; panteístas, que 
refere-se ao sistema religioso que afirma que a força da natureza é a manifestação de 
uma divindade em si, baseando-se, portanto, na crença em espíritos da natureza. 
Além desses três tipos citados, é importante mencionar os ateístas, ou seja, 
 
8 
 
 
pessoas que não acreditam em nenhum tipo de religião e não acreditam na existência 
de uma entidade ou ser superior aos humanos. O princípio básico do ateísmo é o 
ceticismo, isto é, o questionamento do princípio básico de toda religião: a crença no 
divino. 
 
 Entrevista 
 
Em entrevista ao bispo da Diocese de Rio Grande (RS), dom Ricardo Hoebers, 
realizada pelo programa Pai Eterno, sobre ecumenismo e diálogo religioso, em 10 de 
março de 2021, é explicada a origem do ecumenismo, que vem de uma expressão 
grega que significa “a terra habitada”, ou “casa comum”, com a conotação político-
geográfico no império romano, e como o cristianismo absorveu essa expressão, como 
sinal de aproximação entre os povos por meio do evangelho, sendo Jesus Cristo o 
ponto comum que agrega a todos que assim o crêem, independente das vertentes de 
interpretação. 
É abordado a importancia do diálogo das religiões Teocêntricas, independente 
da creça em Jesus Cristo como Fillho de Deus, bem como daquelas que não são 
consideradas Teocêntricas, quando encontramos nessas religiões pontos de unidade, 
tais como a dignidade da pessoa humana, a perspectiva positiva de amor ao próximo e 
da tolerância religiosa. 
No programa Em Poucas Palavras, o Reverendo Augusto Nicodemos, pastor e 
vice-presidente do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil, aborda, também 
a origem do termo ecumenismo, e do movimento que ganhou força dentro do 
liberalismo teológico alemão, com a visão crítica da bíblia de paternidade universal de 
Deus e a filiação universal dos homens. Ele refuta essa corrente teológica por acreditar 
que contraria as Escrituras, citando versículos como “em nehum outro há que nome 
importa que sejamos salvos”, e “só há um Deus e um mediador entre Deus e os 
homens, Jesus Cristo”. Contudo, não exclui o diálogo inter-religioso, pois Jesus orou 
para que fossemos um. 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
3. CONCLUSÃO 
 
 
A nação brasileira, a exemplo do que ocorre no mundo ocidental, em geral, 
desde o final do Império e através de todas as Constituições republicanas, afirmou 
tratar-se o Brasil de um Estado laico. 
O artigo 19 da Constituição Federal de 1988 veda expressamente à União, 
Estados e Municípios estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, 
embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes 
relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de 
interesse público. Por outro lado, não permite nem mesmo que se cogite ou suspeite 
de laicismo no Estado brasileiro. Com efeito, qualquer ideia de laicismo é 
repudiada desde o princípio, pois já no preâmbulo de nossa Carta é solenemente 
declarado: “promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte Constituição da 
República Federativa do Brasil”. Obviamente, um Estado que se constitui “sob a 
proteção de Deus” pode ser tudo, menos um Estado ateu ou antirreligioso. 
Em contrapartida, no rol dos direitos fundamentais, a Constituição assegura 
aos cidadãos aliberdade religiosa, a liberdade de crença e de culto, além da 
igualdade, independentemente de suas convicções religiosas. 
Logo, quis o Brasil que o Estado seja laico, vale dizer, um Estado 
inteiramente separado da Igreja e que, além de não adotar, se mostre indiferente e 
neutro com relação a qualquer religião professada por parte de seu povo, embora 
deva não intromissão e respeito a todas. 
A laicidade opera em duas direções, complementares e importantes: por um 
lado, o Estado não se pode imiscuir em temas religiosos, ou seja, não pode 
embaraçar, na dicção constitucional, o funcionamento de igrejas e cultos religiosos 
ou mesmo manifestação de fé ou crença dos cidadãos, o que significa salvaguarda 
eficaz para a prática das diversas confissões religiosas; por outro lado, no entanto, a 
laicidade protege o Estado, como entidade neutra nesta área, da influência religiosa, 
não podendo qualquer doutrina ou crença religiosa, mesmo majoritária, imiscuir-se 
no âmbito do Estado, da política e da coisa pública. 
Por fim, o Estado democrático e laico protege a liberdade religiosa de 
qualquer cidadão ou entidade, em igualdade de condições, e não permite a 
influência religiosa na coisa pública, sem ser constituir, contudo, num Estado 
laicista, que é uma característica inerente à Estados totalitários. 
 
10 
 
 
4. B IBL IOGRAF IA 
 
 
• A influência da religião na sociedade | UNINTER NOTÍCIAS 
• A vida em sociedade - Âmbito Jurídico - Educação jurídica gratuita e de 
qualidade (ambitojuridico.com.br) 
• FERREIRA, Ismael V. "A RELIGIÃO COMO NECESSIDADE SOCIAL" Revista 
Cogitationes (ISSN 2177-6946) Vol. III, nº 7 (abr.-jul./2012): pp. 5-17. 
(diaadia.pr.gov.br) 
• SciELO - Brasil - A religiosidade como elemento do desenvolvimento humano A 
religiosidade como elemento do desenvolvimento humano 
• Laicismo – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org) 
• ConJur - Estado laico não é sinônimo de Estado antirreligioso ou laicista 
• Microsoft Word - Voto do relator da materia no Conselho da Magistratura.doc 
(conjur.com.br) 
• (1) EPP #279 | ECUMENISMO, É BÍBLICO? - AUGUSTUS NICODEMUS - 
YouTube 
• (1) Entrevista - Programa Pai Eterno - Ecumenismo e diálogo religioso - 
YouTube

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