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Conceitos e mecanismos de propagação das doenças · Classificação quanto ao agravo sofrido pelo hospedeiro -> esse agravo está relacionado com a imunidade do hospedeiro e a virulência do agente · Influenza aviária: é classificado em de alta patogenicidade e de baixa patogenicidade -> ocorre um monitoramento no Brasil para a doença não se tornar de alta patogenicidade · Via de eliminação: tecidos, descamações cutâneas, secreções, urina, fezes, fetos, fluidos e membranas fetais, colostro, sangue. · Via de excreção: determina o mecanismo de transmissão do agente. Utilizada para diagnóstico Classificação quanto ao agravo · Doentes: · Típicos: sinais clínicos característicos em determinada doença. Ex.: fotofobia, agressão e salivação por raiva. · Atípicos: sinais clínicos que não são característicos da doença que o animal apresenta. Ex.: dilatação de pupila por raiva · Em fase prodrômica: manifesta os sinais clínicos inespecíficos, como tosse, febre. Está no início da doença. · Portadores: · Sadios: não manifestam nenhum tipo de sinal clinico, mas possui a doença. · Em incubação: período entre a entrada em contato com o agente e não está manifestando sinais clínicos. · Convalescente: período de recuperação do animal. Sinais clínicos não estão mais tão acentuados, mas o animal ainda pode estar transmitindo a doença. Ex.: mycoplasma em suínos -> animal se recupera da pneumonia, mas o animal pode transmitir a doença por até 200 dias. · Via de transmissão: etapa crítica na sobrevivendo do agente. · Pode ser imediata ou demorar meses/anos. · A resistência do agente é um determinante para a propagação da doença · É etapa de eleição para interromper a cadeia da doença · Contágio · Transmissão por vetores · Transmissão por fômite Transmissão horizontal · São aquelas transmitidas de qualquer segmento da população para outros · Exemplo: vírus da influenza pode ser transmitida de um cavalo para outro pelo contato com a mesma cocheira · Transmissão direta: ocorre quando um hospedeiro suscetível contrai a infecção, por contato físico (contato direto) com um hospedeiro infectado ou por contato com excreções ou secreções deste (contato indireto). Por exemplo, a transmissão da cinomose canina por urina e fezes infectadas · Transmissão indireta: envolve um veículo intermediário, vivo ou inanimado. Esse veículo é denominado vetor · Vetor mecânico: um animal (geralmente um artrópode) que carreia fisicamente um agente infeccioso para seu hospedeiro. Não ocorre a multiplicação e desenvolvimento do agente nesse vetor · Vetor biológico: um animal no qual o agente infeccioso desenvolve parte do seu ciclo de vida ou de replicação, antes de transmitir para o hospedeiro · Métodos de transmissão: · Ingestão · Transmissão aérea · Contato · Inoculação · Transmissão iatrogênica: ocorre durante a prática clínica ou cirúrgica · Transmissão venérea (coito) Transmissão vertical · Hereditária: são carreadas no genoma de um dos pais · Congênita: são aquelas adquiridas dentro do útero ou ovo · Transmissão germinativa: infecção das camadas superficiais dos ovários ou do óvulo. Ex.: salmonelose aviária · Transmissão para o embrião: é a transmissão transplacentária · Transmissão transovariana: artrópodes transmitem agente de uma geração para outra via o ovo Vias de penetração- porta de entrada · Mucosa respiratória: agentes em gotículas, aerossóis e partículas em suspensão. Ocorre entrada de vírus e bactérias. Ex.: Brucella, micobacterium e cinomose · Mucosa conjuntival · Mucosa digestiva: agentes veiculados por água e alimentos contaminados. Penetração orofaríngea ou intestinal · Pele · Mucosa urogenital: transmissão direta pelo coito ou transmissão indireta por veículos (IA, mãos, luvas de palpação, espéculos) ou insetos · Área de lesão Resultado das interações agente-hospedeiro · Os doentes ou enfermos são os animais infectados que manifestam sinais clínicos da doença · Os portadores são os animais que abrigam o agente sem estar manifestando alterações clínicas indicativas de doença. São os desafios, pois são mais difícil de identificar · Portadores ativos são aqueles que abrigam e excretam o vírus. São classificados em permanentes (excretam o vírus continuamente) ou temporários (excretam o agente sem manifestar sinais clínicos concomitantes por determinado período). · Portadores passivos apenas abrigam e replicam o agente, porém sem excretá-lo ou transmiti-lo · Portadores em período de incubação e portadores prodômicos: quando a excreção viral se inicia no período de incubação ou na fase prodrômica e os animais ainda não apresentam sinais típicos · Portadores em fase de convalescença: os animais que excretam o vírus após a resolução da doença clínica Novo hospedeiro · Suscetibilidade: refere-se ao conjunto de condições apresentadas pelo hospedeiro para permitir a multiplicação do agente · Resistência: refere-se ao conjunto de barreiras que o organismo oferece para impedir ou limitar a infecção · Susceptibilidade natural ou experimental · Resistência natural (contato com o agente) ou adquirida (por meio da vacina) · Refratariedade: refere-se a um grau absoluto de resistência, que é característica da espécie animal (e não do indivíduo). É a condição de resistência natural que atinge toda uma espécie, que se caracteriza pela absoluta inviabilidade do agente se instalar · Infecção: · Quanto às manifestações clinicas: a doença está se manifestando na forma clínica ou subclínica. Os sinais são típicos ou atípicos · Quanto à duração/ magnitude: crônica (é persistente) ou aguda (dura alguns dias) · Quanto a localização: localizada, disseminada ou sistêmica. · A infecção é latente ou persistente · Infestação · Relação infecção-doença: doença pode se manifesta de forma subclínica, de forma suave/moderada ou de forma grave · Infecções localizadas: · Respiratória: tuberculose e pasteurela · Gastrointestinal: rota, corona, helmintos, salmonela, colibacilose · Derme: papiloma, sarna, micose · Genitais: tricomonose · Infecções disseminadas ou sistêmicas: · HIV · BVDV · Cinomose · Dengue · Febre amarela · Malária · Babesiose · Anaplasmose Fases do processo infeccioso da doença · Período de incubação: é o intervalo de tempo entre a penetração do agente (infecção propriamente dita) e o início dos sinais clínicos · Período prodrômico: é o final do período de incubação, quando aparecem sinais inespecíficos · Período pré-patente: é o intervalo de tempo entre a penetração do agente e o início da excreção do agente pelo hospedeiro · Período patente (período de transmissibilidade): é a fase de infecção em que o agente é excretado e pode ser transmitido. · Período clínico: leva em consideração se é aguda, crônico, sinais típicos ou atípicos, se está ocorrendo excreção · Período de convalescença: quando os sinais clínicos estão em melhora, mas o animal pode ser um possível transmissor
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