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Primeiro Resumo Eng Reservatorio

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Estácio Fib
Data 14/09/2021
Prof. Landson Soares
Aluna: Grasiele Nascimento de Queiroz
PROPRIEDADES DOS FLUIDOS
As propriedades dos fluidos existentes nos reservatórios de petróleo constituem importantes informações para o estudo do comportamento desses reservatórios. Essas propriedades devem ser, de preferência, determinadas experimentalmente em análises de laboratório. Petróleo (do latim petra = rocha e oleum = óleo) é o nome dado às misturas naturais de hidrocarbonetos que podem ser encontradas no estado sólido, líquido ou gasoso, a depender das condições de pressão e temperatura a que estejam submetidas. O petróleo tanto pode aparecer em uma única fase como pode se apresentar em mais de uma fase em equilíbrio. As propriedades físico-químicas de um petróleo dependem de sua composição química, que pode ser obtida através de análises químicas. A análise química completa de um petróleo envolve técnicas caras e complexas, o que muitas vezes torna proibitiva a sua execução. A identificação de cada composto e em que proporção, isto é, com que fração molar ele se acha presente na mistura é o que se chama análise composicional. Como o petróleo é uma mistura bastante complexa, normalmente com grande quantidade de hidrocarbonetos diferentes, costuma-se usar o artifício da análise composicional resumida, que consiste em juntar em um mesmo grupo os compostos que apresentam o mesmo número de átomos de carbono. Quando a mistura de hidrocarbonetos se apresenta no estado gasoso recebe o nome de gás natural ou simplesmente gás. Predominam nessas misturas os hidrocarbonetos mais leves da série das parafinas, sendo o metano o mais abundante, e é exatamente por isso que a mistura se apresenta nesse estado físico. Quando no estado líquido, o petróleo é chamado de óleo cru ou simplesmente de óleo. Assim, uma parte dos hidrocarbonetos vai continuar líquida, enquanto a outra parte vai se transformar em gás. A parte da mistura que se encontrava no estado líquido nas condições do reservatório e que permanece líquida nas condições de superfície recebe o nome de óleo. A parte que se vaporiza recebe o nome de gás natural ou simplesmente gás. 
Nas condições de reservatório tem-se, portanto, não exatamente óleo e sim uma mistura líquida de hidrocarbonetos formada pelo óleo mais o gás natural que nele se encontra dissolvido. Caso a mistura se apresente totalmente no estado gasoso já nas condições de reservatório recebe também o nome de gás natural. As acumulações de petróleo são submetidas a constantes alterações das condições de pressão e temperatura em decorrência dos seus processos produtivos. As alterações das condições acontecem tanto para o material que vai sendo retirado do interior da jazida e conduzido para a superfície como para o material que permanece no interior da rocha. Portanto, pode-se dizer que acontecem mudanças de fases o tempo todo durante a produção de um reservatório de petróleo. 
Dessa forma o comportamento das fases é um aspecto da maior importância para o entendimento do comportamento dos reservatórios de petróleo. Ao se ceder calor gradualmente ao fluido, mantendo-se a pressão constante, observa-se um aumento contínuo na sua temperatura até um valor T2 correspondente ao estágio 2. Nesse ponto toda a substância ainda se encontra no estado líquido a menos de uma quantidade infinitesimalmente pequena que já se encontra no estado gasoso. Essa porção de vapor está super ampliada na representação da figura. Esta é a temperatura de ebulição ou ponto de ebulição ou ainda ponto de bolha da substância à pressão considerada, no caso, pressão atmosférica. O processo de vaporização também pode ser feito mantendo-se a temperatura constante e variando-se a pressão. Toma-se uma certa quantidade da substância no estado líquido e vai-se reduzindo a sua pressão, mantendo-se a sua temperatura constante. A substância vai aumentando de volume até que a pressão chega a um certo valor em que começa a haver vaporização. Esse valor de pressão é chamado de ponto de bolha. A partir desse instante, até que toda a substância tenha se vaporizado, vai haver aumento de volume sem contudo haver alteração na pressão. Aumentos de volume com correspondentes reduções na pressão só vão ocorrer após a total vaporização da substância. O ponto importante do processo é que a vaporização e a condensação da mistura só ocorrem com variação de temperatura. Como já foi dito, isso acontece devido ao fato de que a mistura é formada por componentes de diferentes pressões de vapor. Inicialmente, predomina a vaporização dos componentes mais leves. Para que haja um crescimento na proporção dos demais componentes é necessário que a temperatura vá aumentando progressivamente até o ponto de orvalho. Para cada pressão diferente em que for feita a vaporização serão obtidos pontos de bolha e de orvalho diferentes. Unindo-se os pontos de bolha das diferentes pressões obtém-se a curva dos pontos de bolha. Da mesma forma, ligando-se os pontos de orvalho obtém-se a curva dos pontos de orvalho. As duas curvas se encontram no ponto crítico. A curva dos pontos de bolha juntamente com a curva dos pontos de orvalho delimitam uma região de coexistência das duas fases, ou seja, uma região cujos pontos representam a mistura com uma parte no estado líquido em equilíbrio com a outra parte que se encontra no estado gasoso. À direita da curva dos pontos de orvalho se localiza a região das misturas gasosas e à esquerda da curva dos pontos de bolha se encontra a região das misturas líquidas. Por exemplo, no diagrama da Figura 1.7, o ponto 1 de coordenadas p1 (pressão) e T1 (temperatura) é um líquido, uma vez que está localizado na região das misturas líquidas. Se as condições da mistura forem dadas pelo ponto 2 a mistura apresentará uma parte no estado líquido, em equilíbrio com uma parte gasosa.

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