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Epidemiologia, etiologia e período de incubação 
• Doença crônica progressiva, de baixo 
contágio. 
• Mais frequente nas regiões tropicais, na 
raça negra e em pessoas de baixo nível 
socioeconômico. 
• Apresenta frequência semelhante em 
homens e mulheres. 
• Acomete preferencialmente pele e 
mucosas das regiões genitais, perianais e 
inguinais. Não é totalmente conhecido o 
mecanismo de transmissão. Pode ocorrer 
por contaminação fecal ou 
autoinoculação. Sua transmissão 
provavelmente não é somente sexual, 
pois pode ser encontrada em crianças, 
jovens inativos sexualmente, é rara em 
profissionais do sexo, rara em parceiros 
de casos-índice e não possui período de 
incubação definido. 
• A região genital é afetada em 90% dos 
casos e a inguinal em 10%. 
• A lesão primária pode ocorrer na vulva, na 
vagina ou na cérvice e, apresentar-se 
como pápulas indolores ou úlceras 
necrosantes com bordas friáveis. 
• A adenopatia inguinal usualmente está 
ausente. 
• Incubação varia de trinta dias a seis meses 
(média de cinquenta dias). 
Sinonímia 
• Granuloma inguinal, granuloma venéreo, 
granuloma tropical, úlcera serpiginosa, 
granuloma contagioso e granuloma 
esclerosante 
Agente etiológico 
• Klebsiella granulomatis (anteriormente 
chamado de Calymmatobacterium 
granulomatis), também conhecido como 
Donovania granulomatis, é um bacilo 
Gram-negativo, pleomórfico, imóvel, 
raramente cultivável, com formas 
extracelulares (não capsuladas e jovens) e 
intracelulares (capsuladas e maduras). 
Parece pertencer à flora intestinal. 
Quadro clínico 
• Inicialmente, apresenta-se como uma 
pápula ou nódulo indolor, única ou 
múltipla, de localização subcutânea, 
geralmente nos lábios ou no introito 
vaginal. 
• A lesão evolui para ulceração de borda 
plana ou hipertrófica, bem delimitada, 
com fundo granulomatoso, vermelho-viva 
e friável (sangramento fácil ao toque), 
que evolui lentamente para lesão 
vegetante ou ulcerovegetante. 
• Por autoinoculação, vão surgindo lesões 
satélites que se unem, alcançando 
grandes áreas. 
• Não cursa normalmente com adenite, 
somente pseudobubões (granulações 
subcutâneas) quase sempre unilaterais, e 
que podem ser confundidos com 
aumento linfonodal. São encontrados na 
região inguinal, em geral unilaterais, e são 
causados por granulações subcutâneas 
devido à inflamação local. 
• Pode evoluir para forma elefantiásica na 
mulher, devido à obstrução linfática. Esta 
sequela pode exigir correção cirúrgica. 
• Os locais mais acometidos na mulher são 
dobras e região perianal, como os lábios 
menores, região perineal, e às vezes, colo 
e trato genital superior 
Diagnóstico 
• Realizado através da identificação dos 
corpúsculos de Donovan em esfregaço 
com coloração de Wright, Giemsa ou 
Leishman ou histopatológico. 
Tratamento 
• A cura é incomum na ausência de 
tratamento. A lesão evolui para extensa 
destruição tecidual com cicatrizes 
retráteis, deformidades cutâneas e estase 
linfática. 
• O Ministério da Saúde recomenda a 
adição de um aminoglicosídeo 
(gentamicina 1 mg/kg IV 8/8 horas) por 
pelo menos três semanas ou até a 
cicatrização das lesões caso não haja 
melhora evidente após os primeiros dias 
de terapia com ciprofloxacina ou 
eritromicina. 
• O CDC (2015) recomenda que parceiros 
que tiveram contato sexual com mulheres 
que desenvolveram o granuloma inguinal, 
nos 60 dias que precederam o 
aparecimento dos sintomas, deverão ser 
examinados. No entanto, o valor da 
terapia empírica na ausência de sinais 
clínicos e sintomas não foi estabelecido. 
Já o Ministério da Saúde (2015) considera 
que, devido à baixa infectividade, não é 
necessário o tratamento dos parceiros 
sexuais. 
• O critério de cura é clínico, baseado no 
desaparecimento da lesão. 
• Na Gestação: Usar estearato de 
eritromicina ou azitromicina por três 
semanas. 
• Não há evidências de riscos para a 
gestante ou para a gravidez e não há 
relato de infecção congênita resultante de 
infecção intrauterina ou anteparto para o 
feto. 
• Carcinoma é complicação em 0,25% dos 
casos. 
 
Bibliografia 
• MEDCURSO. Infecções sexualmente 
transmissíveis. São Paulo: Medyn Editora, 
2019. 
• URBANETZ, Almir Antonio. Ginecologia e 
Obstetrícia FEBRASGO para o médico 
residente. São Paulo: Manole, 2016.

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