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PROCESSO PENAL II

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Facultativo (A) 
 
Flagrante 
 Compulsório (B) 
 
 
 
A – O flagrante é facultativo quando um 
qualquer do povo efetua o flagrante, não 
sendo um comportamento exigido – 
Poderá 
 
B- O flagrante é compulsório quando o 
agente tem o dever de efetuar o 
flagrante – Deverão 
 
 
Art. 301 do CPP: “Qualquer do povo 
poderá e as autoridades policiais e seus 
agentes deverão prender quem quer que 
seja encontrado em flagrante delito”. 
 
O artigo 302 do CPP considera o que é 
flagrante delito e em seus incisos estão 
presente s os tipos de flagrante. 
 
Os incisos I e II caracterizam o 
flagrante próprio (A) e os incisos III e 
IV caracterizam o flagrante impróprio 
(B) 
 
A- Flagrante próprio/ real é quando o 
agente é surpreendido no instante em 
que esta praticando a infração 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
B - Flagrante impróprio/ quase 
flagrante é quando o agente é 
perseguido logo após o ato ilícito em 
situação em que se faça presumir que 
ele é o ator da infração 
 
Atenção: De acordo com o artigo 290, 
CPP explicita o conceito de 
perseguição, dizendo que o acusado 
poderá ser preso em qualquer lugar 
(interestadual ou intermunicipal), 
podendo parar em curto período de 
tempo para coletar indícios ou 
informações sobre a localidade do réu. 
 
Art. 290. Se o réu, sendo perseguido, 
passar ao território de outro município 
ou comarca, o executor poderá efetuar-
lhe a prisão no lugar onde o alcançar, 
apresentando-o imediatamente à 
autoridade local, que, depois de 
lavrado, se for o caso, o auto de 
flagrante, providenciará para a 
remoção do preso. 
§ 1o - Entender-se-á que o executor vai 
em perseguição do réu, quando: 
a) tendo-o avistado, for perseguindo-o 
sem interrupção, embora depois o tenha 
perdido de vista; b) sabendo, por 
indícios ou informações fidedignas, que 
o réu tenha passado, há pouco tempo, 
em tal ou qual direção, pelo lugar em 
que o procure, for no seu encalço. 
 
 
Processo Penal II 
Juliana Amaral 
O inciso I do artigo 302 diz que 
considera-se flagrante delito quem esta 
cometendo a infração penal, ou seja, 
quem no momento da abordagem esta 
cometendo a infração e este é preso no 
ato do ilícito. 
 
O inciso II por sua vez inclui a figura 
daquele que acaba de cometer o crime, 
ou seja, aquele que cometeu o crime 
mas não teve sequer a chance de fugir, 
sendo preso após o cometimento do 
ilícito. 
 
 O inciso III trata-se da perseguição ao 
acusado, quando o perseguido sai do 
campo de visão do perseguidor. 
Perceba: 
 
III - é perseguido, logo após, pela 
autoridade, pelo ofendido ou por 
qualquer pessoa, em situação que faça 
presumir ser autor da infração; 
 
Guilherme Nucci, em sua obra CPP 
comentado, pg. 634, explica que este 
inciso é a determinação para o que 
chamamos de “perseguição duradoura”, 
nas palavras do jurista: "pode demorar 
horas ou dias, desde que tenha tido 
início logo após a prática do crime” 
 
No inciso IV o acusado apesar de não 
ter em nenhum momento estado sob a 
visão do perseguidor é encontrado com 
indícios o suficiente para presumir que 
é o autor do fato. 
 
Exemplo: Pessoa rouba um carro azul 
com placa ABC1234 e horas depois 
uma blitz para o carro, aleatoriamente, e 
descobre que o mesmo advém de 
ilegalidade. 
 
Algumas condutas tem caráter 
permanente, podendo o flagrante do 
inciso IV ocorrer com mais facilidade 
o Exemplo: Art. 33 da Lei n° 
11.343/06 
 
Art. 33. Importar, exportar, remeter, 
preparar, produzir, fabricar, adquirir, 
vender, expor à venda, oferecer, ter em 
depósito, transportar, trazer consigo, 
guardar, prescrever, ministrar, 
entregar a consumo ou fornecer drogas, 
ainda que gratuitamente, sem 
autorização ou em desacordo com 
determinação legal ou regulamentar: 
 
 O flagrante no caso do “ter em 
depósito” deve ser bem observado, visto 
que segundo o artigo 5°, XI, CRFB/88 a 
casa é inviolável e sua violação 
indevida pode gerar a inépcia da 
denuncia. 
 
O inciso IV do artigo 302, CPP gera 
algumas discussões, pois parte da 
doutrina entende que por estar escrito “é 
encontrado” no dispositivo legal alguém 
deveria estar previamente procurando e 
a outra parte da doutrina entende que o 
encontro pode ser aleatório. 
 
 
 
Não se pode confundir o flagrante 
preparado com o flagrante forjado. 
 
 Preparado (A) 
Flagrante 
 Forjado (B) 
 
A – O flagrante preparado ocorre 
quando há a presença de um agente 
Flagrante esperado x forjado 
provocador que instiga o autor a 
praticar o crime – O agente provocador 
torna o flagrante ILEGAL. 
 
Perceba a súmula 145 do STF: “Não há 
crime, quando a preparação do 
flagrante pela polícia torna impossível 
a sua consumação 
 
Esse tipo de flagrante é ilegal, pois 
trata-se de hipótese de crime impossível 
presente no artigo 17 do Código Penal 
 
Atenção: Não é crime quando há 
conduta instigada pelo agente 
provocador, porém se essa instigação 
levar a outro crime pode haver o 
flagrante. 
 
Exemplo: Agente provocador chama 
Tício para vender entorpecentes 
(situação que não se consumaria), mas o 
agente descobre que Tício armazena 
entorpecentes em um galpão e o prende 
em flagrante 
 
B – O flagrante forjado ocorre quando 
se cria uma situação para incriminar 
alguém. 
 
Exemplo: Policial que implanta drogas 
no interior de um veículo e em seguida 
prende o condutor por tráfico de drogas. 
 
Atenção: Em que pese entendermos 
que apenas os policiais podem forjar um 
flagrante, grande parte da doutrina 
entende que situações montadas por 
terceiros também são consideradas 
ilegais. 
 
Exemplo: Maria desconfia que sua 
empregada doméstica esta furtando 
dinheiro de sua residência, então 
esconde uma câmera em sua sala e 
deixa uma nota de 50 reais sobre a mesa 
a fim de flagrar a empregada pegando o 
dinheiro. 
 
 
 
Existe também a figura do Flagrante 
ESPERADO que ao contrário do 
preparado e do forjado é válido e legal, 
podendo a autoridade policial saber do 
fato por noticia crime anônima (delatio 
criminis inqualificada) 
 
Exemplo: A policia recebe uma ligação 
anônima dizendo que no dia 5 às 17h 
haverá o descarregamento de objetos 
roubados na residência X, com essa 
informação a DEPOL providencia que 
agentes policiais aguardem esse 
descarregamento e após a situação se 
concretizar realizem a prisão em 
flagrante. 
 
Atenção: Nesse caso NÃO há a 
presença de um agente provocador. 
 
 
 
O agente disfarçado é uma novidade 
trazida pelo pacote anticrime (lei n° 
13.964/19) que é uma nova técnica 
especial de investigação a ser exercida 
exclusivamente por policial 
investigativo, ou seja, civil ou federal. 
 
Esta presente nos artigos 17, §2° e 18, 
parágrafo único, ambos da Lei n° 
10.826/13. 
 
“Incorre na mesma pena quem vende 
ou entrega arma de fogo, acessório ou 
Flagrante Esperado 
Agente disfarçado 
munição, sem autorização ou em 
desacordo com a determinação legal ou 
regulamentar, a agente policial 
disfarçado, quando presentes elementos 
probatórios razoáveis de conduta 
criminal preexistente.”(NR). 
 
Ademais temos o Artigo 33,§1°,IV da 
Lei n° 11.343/06 
 
IV – vende ou entrega drogas ou 
matéria prima, insumo ou produto 
químico destinado à preparação de 
drogas, sem autorização ou em 
desacordo com a determinação legal ou 
regulamentar, a agente policial 
disfarçado, quando presentes elementos 
probatórios razoáveis de conduta 
criminal preexistente. 
 
 
 
O agente infiltrado é diferente do agente 
disfarçado é uma prática usada antes do 
pacote anticrime que consiste na 
infiltração de um agente policial em um 
grupo criminoso de forma premeditada 
e planejada previamente. 
 
Segundo o jurista Juan Jose Lopez 
Ortega o agente infiltrado tem sua 
participação dividida em três 
momentos, sendo estes: 
o I) a dissimulação,que é a 
estratégia fundamental de esconder a 
real posição de agente estatal; 
o II) o engano, mediante o 
qual o agente infiltrado exerce um 
verdadeiro papel teatral na tessitura 
criminosa, com o escopo de cativar a 
confiança dos membros e, 
consectariamente, lograr êxito em obter 
as informações investigadas; 
III) a interação, haja vista o agente se 
envolver direta, pessoal e intensamente 
com o grupo criminoso. 
 
A figura do agente infiltrado esta 
presente nos artigos 3°, 11, 12, 13 e 14 
da Lei n°12.850/2013. 
 
Art. 3º Em qualquer fase da persecução 
penal, serão permitidos, sem prejuízo 
de outros já previstos em lei, os 
seguintes meios de obtenção da prova: 
 
VII - infiltração, por policiais, em 
atividade de investigação, na forma do 
art. 11; 
Art. 11. O requerimento do Ministério 
Público ou a representação do 
delegado de polícia para a infiltração 
de agentes conterão a demonstração da 
necessidade da medida, o alcance das 
tarefas dos agentes e, quando possível, 
os nomes ou apelidos das pessoas 
investigadas e o local da infiltração. 
Parágrafo único. Os órgãos de registro 
e cadastro público poderão incluir nos 
bancos de dados próprios, mediante 
procedimento sigiloso e requisição da 
autoridade judicial, as informações 
necessárias à efetividade da identidade 
fictícia criada, nos casos de infiltração 
de agentes na internet. (Incluído 
pela Lei nº 13.964, de 2019) 
Art. 12. O pedido de infiltração será 
sigilosamente distribuído, de forma a 
não conter informações que possam 
indicar a operação a ser efetivada ou 
identificar o agente que será infiltrado. 
§ 1º As informações quanto à 
necessidade da operação de infiltração 
Agente infiltrado 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art14
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art14
serão dirigidas diretamente ao juiz 
competente, que decidirá no prazo de 
24 (vinte e quatro) horas, após 
manifestação do Ministério Público na 
hipótese de representação do delegado 
de polícia, devendo-se adotar as 
medidas necessárias para o êxito das 
investigações e a segurança do agente 
infiltrado. 
§ 2º Os autos contendo as informações 
da operação de infiltração 
acompanharão a denúncia do 
Ministério Público, quando serão 
disponibilizados à defesa, assegurando-
se a preservação da identidade do 
agente. 
§ 3º Havendo indícios seguros de que o 
agente infiltrado sofre risco iminente, a 
operação será sustada mediante 
requisição do Ministério Público ou 
pelo delegado de polícia, dando-se 
imediata ciência ao Ministério Público 
e à autoridade judicial. 
Art. 13. O agente que não guardar, em 
sua atuação, a devida 
proporcionalidade com a finalidade da 
investigação, responderá pelos excessos 
praticados. 
Parágrafo único. Não é punível, no 
âmbito da infiltração, a prática de 
crime pelo agente infiltrado no curso da 
investigação, quando inexigível conduta 
diversa. 
Art. 14. São direitos do agente: 
I - recusar ou fazer cessar a atuação 
infiltrada; 
II - ter sua identidade alterada, 
aplicando-se, no que couber, o disposto 
no art. 9º da Lei nº 9.807, de 13 de 
julho de 1999, bem como usufruir das 
medidas de proteção a testemunhas; 
III - ter seu nome, sua qualificação, sua 
imagem, sua voz e demais informações 
pessoais preservadas durante a 
investigação e o processo criminal, 
salvo se houver decisão judicial em 
contrário; 
IV - não ter sua identidade revelada, 
nem ser fotografado ou filmado pelos 
meios de comunicação, sem sua prévia 
autorização por escrito 
. 
A ação controlada consiste em retardar 
uma intervenção policial ou 
administrativa, desde que mantida sob 
observação, a fim de coletar mais 
provas e abordar em momento mais 
oportuno. 
 
Presente no artigo 53 da Lei n° 
11.343/06 
Art. 53. Em qualquer fase da 
persecução criminal relativa aos crimes 
previstos nesta Lei, são permitidos, 
além dos previstos em lei, mediante 
autorização judicial e ouvido o 
Ministério Público, os seguintes 
procedimentos investigatórios: 
I - a infiltração por agentes de polícia, 
em tarefas de investigação, constituída 
pelos órgãos especializados 
pertinentes; 
Ação controlada 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9807.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9807.htm#art9
II - a não-atuação policial sobre os 
portadores de drogas, seus precursores 
químicos ou outros produtos utilizados 
em sua produção, que se encontrem no 
território brasileiro, com a finalidade 
de identificar e responsabilizar maior 
número de integrantes de operações de 
tráfico e distribuição, sem prejuízo da 
ação penal cabível. 
Parágrafo único. Na hipótese do inciso 
II deste artigo, a autorização será 
concedida desde que sejam conhecidos 
o itinerário provável e a identificação 
dos agentes do delito ou de 
colaboradores. 
 
 
 
Para que haja a prisão em flagrante nos 
casos de ação penal pública 
condicionada a representação deve 
haver a condução de procedibilidade, ou 
seja, a representação da vítima. 
 
 
 
Artigos 304 a 310 do Código de 
Processo Penal. 
 
Art. 304. Apresentado o preso à 
autoridade competente, ouvirá esta o 
condutor(A) e colherá, desde logo, sua 
assinatura, entregando a este cópia do 
termo e recibo de entrega do preso.(B) 
Em seguida, procederá à oitiva das 
testemunhas(C) que o acompanharem e 
ao interrogatório do acusado sobre a 
imputação que lhe é feita, colhendo, 
após cada oitiva suas respectivas 
assinaturas, lavrando, a autoridade, 
afinal, o auto(D). (Redação dada 
pela Lei nº 11.113, de 2005) 
 
A- Condutor é aquele que efetuou a 
prisão NÃO sendo necessariamente um 
policial. 
 
B- Esse documento serve para limitar a 
responsabilidade do condutor, ou seja, 
até a emissão do recibo o preso é de 
responsabilidade do condutor, após a 
emissão do recibo o preso é 
responsabilidade da autoridade policial. 
 
Atenção: A não emissão do termo 
configura mera irregularidade, não 
anulando o flagrante – STJ – HC n° 
101540-GO, Rel. Jane Silva, j. 
27.05.2008, DJe 09.06.2008). 
 
C – As testemunhas podem ser fáticas e 
presenciais 
 
Atenção: A falta de testemunhas NÃO 
impedirá o flagrante – Art. 304,§2°, 
CPP 
 
D – Na falta de escrivão qualquer 
pessoa designada (AD HOC) poderá 
lavrar o auto (art. 305, CPP). Perceba: 
 
Art. 305. Na falta ou no impedimento 
do escrivão, qualquer pessoa designada 
pela autoridade lavrará o auto, depois 
de prestado o compromisso legal. 
 
O auto deverá ser assinado também pelo 
flagrado, estando este impossibilitado 
de assinar, ou se não souber, duas 
testemunhas que ouviram a declaração 
deverão assinar pelo flagrado – Art. 
304.§3° do CPP. 
 
Flagrante em Ação penal pública 
condicionada 
Documentos do flagrante 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11113.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11113.htm#art1
Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e 
o local onde se encontre serão 
comunicados imediatamente ao juiz 
competente, ao Ministério Público e à 
família do preso ou à pessoa por ele 
indicada.(A) 
 
A – Alguns juristas entendem que caso 
não haja a comunicação a família do 
preso ou à pessoa por ele indicada 
poderá ter relaxamento da prisão ou 
substituição da preventiva por liberdade 
provisória com cautelares 
O parágrafo primeiro dispõe que a 
prisão deve ser comunicada a juiz 
competente em 24 horas, recebendo a 
defensoria pública cópia integral do ato 
 
O parágrafo segundo dispõe sobre a 
assinatura da nota de culpa que é um 
documento que explicita o motivo da 
prisão. 
 
Art. 307. Quando o fato for praticado 
em presença da autoridade, ou contra 
esta, no exercício de suas funções, 
constarão do auto a narração deste 
fato, a voz de prisão, as declarações 
que fizero preso e os depoimentos das 
testemunhas, sendo tudo assinado pela 
autoridade, pelo preso e pelas 
testemunhas e remetido imediatamente 
ao juiz a quem couber tomar 
conhecimento do fato delituoso, se não 
o for a autoridade que houver presidido 
o auto. 
 
Neste dispositivo NÃO há condutor, 
somente autoridade que dá voz de 
prisão. 
 
Exemplo: Caso de flagrante de desacato 
 
Art. 308. Não havendo autoridade no 
lugar em que se tiver efetuado a prisão, 
o preso será logo apresentado à do 
lugar mais próximo 
 
Atenção: Não havendo delegado AD 
HOC o preso será conduzido ao local 
mais próximo. 
 
Art. 309. Se o réu se livrar solto, 
deverá ser posto em liberdade, depois 
de lavrado o auto de prisão em 
flagrante 
 
Por fim o artigo 310 do CPP dispõe 
sobre a audiência de custodia no prazo 
Maximo de 24 horas a fim de decidir 
sobre a prisão, podendo acarretar em: 
Conversão do flagrante em prisão 
preventiva, relaxamento da prisão, 
liberdade provisória com ou sem fiança. 
 
Além de verificar a legalidade da 
prisão. 
 
Atenção: Transcorridas às 24h a não 
realização da audiência de custódia sem 
motivação idônea ensejará também a 
ilegalidade da prisão. 
 
 
 
A prisão preventiva é cautelar de 
natureza processual, decretada pelo juiz 
durante o inquérito policial ou processo 
criminal e antes do transito em julgado, 
sempre que estiverem preenchidos os 
requisitos legais e ocorrerem os motivos 
autorizadores. 
 
Pressupostos: 
Prisão preventiva 
 
Fum”Fumus bonis júris” Indicio de autoria 
 (comissi delicti) Prova materialidade 
 
“Periculum in mora” Ab initio 
 (periculum libertatis) 
 
O indicio da autoria + Prova de 
materialidade indicam a justa causa , 
que é uma das condições da ação 
 
Ab initio esta presente no artigo 312, 
CPP. 
 
Art. 312. A prisão preventiva poderá 
ser decretada como garantia da ordem 
pública(A), da ordem econômica, por 
conveniência da instrução criminal ou 
para assegurar a aplicação da lei 
penal, quando houver prova da 
existência do crime e indício suficiente 
de autoria e de perigo gerado pelo 
estado de liberdade do imputado. 
 
A – Ordem pública não pode se 
confundir com clamor social. 
 
Atenção: O promotor de justiça não 
pode pedir a prisão preventiva sem que 
haja o oferecimento da denuncia. 
 
Ou seja, para que seja decretada a 
prisão preventiva são necessários três 
requisitos: fumaça do cometimento do 
crime (a materialidade e indício de 
autoria) + perigo na liberdade do 
agente (um dos fundamentos trazidos 
na parte final no artigo 312, CPP) 
+ cabimento (hipóteses descritas no 
artigo 313, CPP 
 
Segundo o artigo 311, CPP a prisão 
preventiva poderá ser decretada em 
qualquer fase da investigação criminal. 
Perceba: 
 
Art. 311. Em qualquer fase da 
investigação policial ou do processo 
penal, caberá a prisão preventiva 
decretada pelo juiz, a requerimento do 
Ministério Público, do querelante ou do 
assistente, ou por representação da 
autoridade policial. 
 
 
 
A primeira hipótese é a garantia da 
ordem pública, ou seja, a tranquilidade 
e a paz social, analisando a gravidade 
concreta (e não abstrata) do crime. 
 
A segunda hipótese é a da conveniência 
da instrução criminal, para assegurar a 
instrução probatória. 
 
Atenção: Instrução criminal é parte do 
procedimento onde se produzem as 
provas (exemplo dessa hipótese seria 
quando o denunciado começa a destruir 
provas). Após a sentença isso também é 
possível. 
 
A terceira hipótese é a garantia da 
aplicação da lei penal, ou seja, quando 
se verifica que o acusado fugiu na hora 
da prisão ou esta tentando fugir, a 
prisão preventiva então garante a 
aplicação da pena caso condenado. 
A quarta hipótese é a de garantia da 
ordem econômica que é uma vertente da 
Hipóteses autorizadoras 
ordem pública atrelada aos crimes 
contra a ordem. 
 
A fundamentação da prisão preventiva 
se encontra no artigo 315, CPP. 
Perceba: 
Art. 315. A decisão que decretar, 
substituir ou denegar a prisão 
preventiva será sempre 
motivada. (Redação dada pela Lei nº 
12.403, de 2011). 
Existe também o posicionamento do 
STJ que diz que deve-se fundamentar 
de forma EXPRESSA o decreto de 
prisão preventiva. Não podendo utilizar 
fundamentação per relationem. 
 
Não há prazo determinado definido por 
lei durando enquanto estiverem 
presentes os pressupostos de validade. 
A jurisprudência, em garantia à 
Duração Razoável do Processo, 
estabelece prazo de 86 dias (segundo 
Pacelli), sob pena de verificação de um 
Constrangimento Ilegal perpetrado pelo 
Estado. 
Durante toda a persecução penal, pode 
ser decretada a Prisão preventiva, 
inclusive na própria sentença. 
 
 
1)Acerca das prisões em flagrante, 
preventiva e temporária, julgue o item a 
seguir. 
Considere a seguinte situação 
hipotética. 
Após consumir, por inteiro, um cigarro 
contendo substância entorpecente, um 
indivíduo foi preso por policiais e 
levado à delegacia mais próxima. 
Nessa situação, deverá ser lavrado auto 
de prisão em flagrante pela prática do 
crime de porte de drogas. 
Certo ou Errado? 
 
R. Errado 
 
2) Acerca das prisões em flagrante, 
preventiva e temporária, julgue o item a 
seguir. 
Considere a seguinte situação 
hipotética. 
Um fiscal exigiu a entrega de certa 
quantia em dinheiro para não cobrar 
imposto devido. A vítima concordou e 
se comprometeu a entregar a quantia em 
um lugar determinado. Entretanto, a 
vítima informou o acordo à polícia, que 
prendeu o funcionário público na hora 
da entrega da referida quantia. 
Nessa situação, está caracterizado o 
flagrante provocado. 
R. Nessa situação não há flagrante, 
pois o momento da entrega do 
dinheiro seria o exaurimento, ou seja, 
o crime já estava consumado 
(Art.316,CP) 
 
Fundamentação 
Prazo 
Questões 
3) No que concerne às prisões em 
flagrante e preventiva, julgue o item que 
se segue. 
Não será nulo o auto de prisão em 
flagrante lavrado por autoridade policial 
de circunscrição diversa daquela na qual 
se der a prisão do autor da infração 
penal. 
Certo ou Errado? 
R. Certo 
 
4) Um funcionário público solicitou à 
sua filha, maior de dezoito anos de 
idade e interditada, por ser portadora de 
doença mental, que praticasse com ele 
sexo anal. Ao adentrar na residência e 
presenciar a cópula anal, o tio da 
ofendida deu voz de prisão ao 
funcionário público, encaminhando-o à 
delegacia de polícia do município. 
A respeito dessa situação hipotética, 
julgue o item subseqüente. 
Por ter ocorrido flagrante próprio, 
qualquer pessoa poderia efetuar a prisão 
do agente. 
R. Sim, tendo em vista que o artigo 
302, CPP dispõe que QUALQUER 
PESSOA poderá efetuar a prisão. 
5) No que concerne à prisão em 
flagrante, tem-se que 
 
A)não poderá ser lavrado auto de prisão 
em flagrante na falta de escrivão de 
polícia no local da sua lavratura. 
 
B)se o conduzido se recusar a assinar, 
o auto de prisão em flagrante será 
assinado por duas testemunhas que 
tenham ouvido sua leitura na 
presença do autuado. 
C)é proibido prender quem é 
encontrado, logo depois, com 
instrumento ou outro objeto que faça 
presumir ser ele autor do crime. 
D)não será lavrado auto de prisão em 
flagrante na falta de testemunhas 
oculares e da vítima do crime. 
6) No que diz respeito à prisão em 
flagrante, tem-se que 
A)nos delitos de trânsito, sempre haverá 
prisão em flagrante. 
B)toda testemunha tem o dever de 
prender quem se encontra em flagrante 
delito. 
C)é vedada a realização de exame de 
corpo de delito em quemé atuado em 
flagrante. 
D)deverá atender às formalidades 
legais, sob pena de nulidade. 
7) Uma mulher compareceu à delegacia 
de polícia e noticiou que acabara de ser 
agredida fisicamente com socos e 
pontapés e ameaçada de morte com uma 
faca por seu namorado, um advogado. 
A mulher afirmou, ainda, que essas 
agressões se repetiam havia cinco anos. 
Ato contínuo, os agentes policiais 
compareceram ao local dos fatos e lá 
verificaram que o autor se encontrava 
detido pelos vizinhos e portando a faca 
que havia sido usada no crime. O autor, 
que se encontrava em meio a uma crise 
nervosa, foi sedado e internado, 
permanecendo sob escolta policial. 
Consequentemente, não recolheu o 
valor estipulado para a fiança. 
Nessa situação hipotética, a autoridade 
policial deverá entregar ao conduzido, 
mediante recibo, a nota de culpa, no 
prazo de vinte e quatro horas após a 
lavratura do auto de prisão em flagrante, 
devendo constar dessa nota o motivo da 
prisão e o nome do condutor e da 
vítima. 
Certo ou errado? 
 
R. Errado 
8) Em relação ao direito processual 
penal e suas normas e às leis penais 
extravagantes, julgue o item 
subsequente. 
Não caberá a prisão em flagrante do 
autor de crime de menor potencial 
ofensivo no caso de apresentação 
imediata ao competente juízo ou no 
caso em que o agente, mediante termo 
próprio, assuma o compromisso de 
comparecer perante a autoridade 
judiciária quando intimado. 
Certo ou Errado? 
R. Certo 
9) Marcela e Pablo se conheceram em 
uma festa e após conversarem, Pablo a 
chamou para ir à casa dele. Ao 
chegarem à casa, Marcela, 
aproveitando-se da ida de Pablo ao 
banheiro, trancou-o lá dentro e foi 
embora levando consigo a carteira, o 
telefone celular e um computador de 
Pablo. Ao ouvi-lo gritar, sua vizinha 
entrou em contato com policiais do 
posto da PRF que fica próximo a sua 
residência, os quais se dirigiram ao 
local. Ao chegarem, os policiais 
encontraram o documento de identidade 
de Marcela e o documento de seu 
veículo. Irradiados os dados do veículo, 
Marcela foi abordada enquanto dirigia 
em uma rodovia federal, tendo sido 
encontrados em sua posse os itens 
subtraídos de Pablo. Marcela foi presa 
em flagrante por policiais rodoviários 
federais na mesma noite do 
acontecimento. 
Com base na situação hipotética 
precedente, julgue o item. 
Como Marcela já havia saído da 
vigilância da vítima, a prisão dela foi 
ilegal, pois, no momento em que foi 
abordada, não estava em situação de 
flagrância. 
Certo ou Errado? 
R. Errado 
10) Reinaldo é levado à 15ª Delegacia 
Policial, ao argumento de que fora 
flagrado quando da prática do tráfico de 
entorpecentes (art. 33 da Lei nº 
11.343/06), tendo a autoridade policial, 
após a lavratura do auto de prisão em 
flagrante, promovido o seu 
recolhimento à prisão, dando ciência ao 
juiz competente a respeito das 
formalidades que observara quando da 
prisão de Reinaldo. Não obstante todas 
as cautelas observadas pela autoridade 
policial, quando da chegada dos autos 
do inquérito ao Ministério Público, o 
Promotor de Justiça constata que a 
autoridade policial não teria expedido a 
respectiva nota de culpa, conforme 
determina o artigo 306, parágrafo 2º, do 
Código de Processo Penal. Diante de tal 
quadro, o Promotor de Justiça deverá: 
A)reconhecer a validade do auto de 
prisão em flagrante e oferecer denúncia 
em desfavor de Reinaldo, opinando pela 
decretação de sua prisão preventiva; 
B)arquivar o inquérito policial, ao 
argumento de que não fora expedida 
nota de culpa em desfavor do indiciado 
Reinaldo; 
C)oficiar à autoridade policial para que 
promova a expedição da nota de culpa, 
analisando, posteriormente, a 
possibilidade de arquivamento do 
inquérito policial; 
D)oferecer denúncia, opinando pelo 
relaxamento da prisão do indiciado, 
considerando que a não expedição da 
nota de culpa configura manifesta 
ilegalidade; 
E)opinar pela decretação da prisão 
temporária do indiciado Reinaldo, 
cabendo à autoridade policial decidir 
sobre a conveniência da medida 
constritiva de liberdade. 
 
A prisão preventiva poderá ser 
decretada em qualquer fase da 
investigação policial ou do processo 
penal, segundo o artigo 311,CPP. 
Perceba: 
 
Art. 311. Em qualquer fase da 
investigação policial ou do processo 
penal, caberá a prisão preventiva 
decretada pelo juiz, a requerimento do 
Ministério Público, do querelante ou do 
assistente, ou por representação da 
autoridade policial. (Redação dada 
pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
Ela também poderá ser decretada caso 
haja descumprimento de medidas 
cautelares impostas, segundo o artigo 
312,§1°, CPP 
 
§ 1º A prisão preventiva também 
poderá ser decretada em caso de 
descumprimento de qualquer das 
obrigações impostas por força de 
outras medidas cautelares (art. 282, § 
4
o
). (Redação dada pela Lei nº 
13.964, de 2019) 
 
A prisão preventiva poderá ser 
decretada, sendo o artigo 313,CPP, nos 
seguintes casos: 
Nos crimes dolosos punidos com pena 
privativa de liberdade máxima superior 
a 4 (quatro) anos; 
Se tiver sido condenado por outro crime 
doloso, em sentença transitada em 
julgado, ressalvado o disposto no inciso 
I do caput do art. 64 do Decreto-Lei 
n
o
 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - 
Código Penal; 
Atenção: Dispõe o Artigo 64,I, CP: 
Art. 64 - Para efeito de reincidência: 
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
I - não prevalece a condenação 
anterior, se entre a data do 
Quando se decreta prisão 
preventiva?.. 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art282.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689compilado.htm#art282.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art64i
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art64i
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art64i
cumprimento ou extinção da pena e a 
infração posterior tiver decorrido 
período de tempo superior a 5 (cinco) 
anos, computado o período de prova da 
suspensão ou do livramento 
condicional, se não ocorrer revogação; 
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
 
Se o crime envolver violência 
doméstica e familiar contra a mulher, 
criança, adolescente, idoso, enfermo ou 
pessoa com deficiência, para garantir a 
execução das medidas protetivas de 
urgência; 
 
Quando houver dúvida sobre a 
identidade civil da pessoa ou quando 
esta não fornecer elementos suficientes 
para esclarecê-la, devendo o preso ser 
colocado imediatamente em liberdade 
após a identificação, salvo se outra 
hipótese recomendar a manutenção da 
medida. 
Atenção: Não será admitida prisão 
preventiva com a finalidade de 
antecipação de cumprimento de pena ou 
como decorrência imediata de 
investigação criminal ou da 
apresentação ou recebimento de 
denúncia (Art. 313,§2°, CPP) 
 
 
A revogação da Prisão Preventiva, 
segundo o artigo 316, CPP, poderá ser 
feita pelo juiz de ofício ou a pedido das 
partes nos casos da verificação de falta 
de motivos para continuar com ela. 
 
Decretada a prisão preventiva deverá o 
órgão emissor da decisão REVISAR a 
necessidade a cada 90 dias, ou seja, 3 
meses. 
 
 
 
A prisão domiciliar ocorre quando o 
indiciado fica em sua residência, só 
podendo ausentar-se com autorização 
judicial, segundo o artigo 317, CPP. 
 
Hipóteses de substituição, segundo o 
artigo 318, CPP: 
o Maiores de 80 anos 
o Pessoa extremamente 
debilitado por motivo de doença grave 
o Gestante 
o Mulher com filho de até 12 
anosde idade incompletos 
o Homem, caso seja o único 
responsável por filho de até 12 anos de 
idade incompletos. 
Atenção: A prisão imposta a mulher 
gestante, mãe/responsável por criança 
ou pessoa com deficiência será 
domiciliar EXCETO nos casos de 
(Art.318-A): 
1. Ter cometido crime de 
violência ou grave ameaça contra a 
pessoa 
2. Tenha cometido crime 
contra seu filho/ dependente 
 
Art. 318-B. A substituição de que 
tratam os arts. 318 e 318-A poderá ser 
efetuada sem prejuízo da aplicação 
concomitante das medidas alternativas 
previstas no art. 319 deste 
Código. 
 
 
Poderá o juiz substituir a prisão 
preventiva pela domiciliar quando o 
agente for: 
Revogação da preventiva 
Substituição da preventiva pela 
domiciliar 
Questões 
A)Maior de 70 anos. 
B) Imprescindível aos cuidados de 
pessoa menor de 7 anos de idade. 
C) Gestante, apenas a partir do 7º mês 
de gravidez ou sendo esta de alto risco. 
D) Homem, caso seja o único 
responsável pelos cuidados do filho de 
até doze anos de idade incompletos. 
 
A prisão temporária é uma espécie de 
prisão cautelar utilizada para apurar 
fatos. Segundo o Artigo 2° da Lei n° 
7.960/89: 
Art. 2° A prisão temporária será 
decretada pelo Juiz, em face da 
representação da autoridade policial ou 
de requerimento do Ministério Público, 
e terá o prazo de 5 (cinco) dias, 
prorrogável por igual período em caso 
de extrema e comprovada necessidade. 
Segundo o Artigo 1° também da Lei n° 
7.960/89, caberá prisão temporária nos 
seguintes casos: 
 Quando 
imprescindível para as investigações do 
inquérito policial 
 Quando o indiciado 
não tiver residência fixa ou não fornecer 
elementos necessários ao 
esclarecimento de sua identidade 
 Quando houver 
fundadas razões, de acordo com 
qualquer prova admitida na legislação 
penal, de autoria ou participação do 
indiciado nos seguintes crimes: 1) 
Homicídio doloso; 2) Sequestro ou 
cárcere privado; 3) Roubo; 4) Extorsão; 
5) Extorsão mediante sequestro; 6) 
Estupro (art. 213, caput, e sua 
combinação com o art. 223, caput, e 
parágrafo único); 7) Atentado violento 
ao pudor (art. 214, caput, e sua 
combinação com o art. 223, caput, e 
parágrafo único); 8) Rapto 
violento (art. 219, e sua combinação 
com o art. 223 caput, e parágrafo 
único); 9) Epidemia com resultado de 
morte (art. 267, § 1°); 10) 
Envenenamento de água potável ou 
substância alimentícia ou medicinal 
qualificado pela morte (art. 270, caput, 
combinado com art. 285); 11) Quadrilha 
ou bando; 12) Genocídio (arts. 
1°, 2° e 3° da Lei n° 2.889, de 1° de 
outubro de 1956), em qualquer de sua 
formas típicas; 13) Tráfico de drogas; 
14) Crimes contra o sistema financeiro 
(Lei n° 7.492, de 16 de junho de 1986); 
15) Crimes previstos na Lei de 
Terrorismo. 
Atenção: A Lei n°8.072/90 dispõe em 
seu Artigo 2°, §4° o seguinte: 
 
§ 4
o
 A prisão temporária, sobre a qual 
dispõe a Lei n
o
 7.960, de 21 de 
dezembro de 1989, nos crimes previstos 
neste artigo, terá o prazo de 30 (trinta) 
dias, prorrogável por igual período em 
caso de extrema e comprovada 
necessidade. 
 
Ou seja, altera o prazo previsto no 
Artigo 2° da Lei 7.960/89 
 
A liberdade provisória poderá ser 
concedida, com ou sem fiança, 
Prisão temporária 
Liberdade provisória 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art213.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art223
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art223
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art214
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art223
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art223
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art219
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art223
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art223
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art267%C2%A71
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L2889.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L2889.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L2889.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L2889.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L2889.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7960.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7960.htm
conforme o Artigo 310, III, CPP. Ela é 
um direito constitucional previsto no 
Artigo 5°, LXVI, CRFB/88. 
Art. 5º, LXVI, CF -Ninguém será levado 
à prisão ou nela mantido, quando a lei 
admitir a liberdade provisória, com ou 
sem fiança. 
Conceito: Trata-se da possibilidade de 
aguardar seu julgamento em liberdade, 
desde que se comprometa a cumprir 
algumas determinações legais. Essas 
determinações são as chamadas 
medidas cautelares. 
 
As medidas cautelares, ou também, 
medidas alternativas à prisão estão 
dispostas no Artigo 319, CPP e podem 
ser: 
 Comparecimento periódico 
em juízo, no prazo e nas condições 
fixadas pelo juiz, para informar e 
justificar atividades; 
 Proibição de acesso ou 
frequência a determinados lugares 
quando, por circunstâncias relacionadas 
ao fato, deva o indiciado ou acusado 
permanecer distante desses locais para 
evitar o risco de novas infrações; 
 Proibição de manter 
contato com pessoa determinada 
quando, por circunstâncias relacionadas 
ao fato, deva o indiciado ou acusado 
dela permanecer distante; 
 Proibição de ausentar-se da 
Comarca quando a permanência seja 
conveniente ou necessária para a 
investigação ou instrução; 
 
Atenção: A proibição de ausentar-se do 
País será comunicada pelo juiz às 
autoridades encarregadas de fiscalizar 
as saídas do território nacional, 
intimando-se o indiciado ou acusado 
para entregar o passaporte, no prazo de 
24 (vinte e quatro) horas. (Artigo 
320,CPP) 
 
 Recolhimento domiciliar 
no período noturno e nos dias de folga 
quando o investigado ou acusado tenha 
residência e trabalho fixos; 
 Suspensão do exercício de 
função pública ou de atividade de 
natureza econômica ou financeira 
quando houver justo receio de sua 
utilização para a prática de infrações 
penais; 
 Internação provisória do 
acusado nas hipóteses de crimes 
praticados com violência ou grave 
ameaça, quando os peritos concluírem 
ser inimputável ou semi-imputável (art. 
26 do Código Penal) e houver risco de 
reiteração; 
 Fiança, nas infrações que a 
admitem, para assegurar o 
comparecimento a atos do processo, 
evitar a obstrução do seu andamento ou 
em caso de resistência injustificada à 
ordem judicial; 
 
Atenção: A fiança poderá ser cumulada 
com outras medidas cautelares, segundo 
o artigo 319,§4°, CPP 
 
 
 
 
Liberdade Provisória Obrigatória A 
 Permitida B Vedada C 
Medidas cautelares 
Espécies de Liberdade provisória 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art26
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art26
A) É aquela que NÃO pode ser negada 
ao infração em decorrência do delito 
cometido 
Exemplo: Art. 69, parágrafo único, da 
Lei n° 9099/95 - Ao autor do fato que, 
após a lavratura do termo, for 
imediatamente encaminhado ao juizado 
ou assumir o compromisso de a ele 
comparecer, não se imporá prisão em 
flagrante, nem se exigirá fiança. Em 
caso de violência doméstica, o juiz 
poderá determinar, como medida de 
cautela, seu afastamento do lar, 
domicílio ou local de convivência com a 
vítima. 
B) É aquela que poderá ser concedida, 
com a concordância do Ministério 
Público, na observação de inadequação 
de prisão preventiva. Cabe a defesa do 
acusado solicitar a medida. 
 
C) Atualmente ela é inconstitucional, 
não podendo existir 
 
 
 
Prova é o conjunto de elementos 
trazidos pelas partes ou designadas pelo 
juiz que visam contribuir para a 
instrução criminal a fim de convencero 
juiz. Isso acontece devido ao Ritual de 
Recognição que é a reconstrução por 
meio de provas, de um fato passado, de 
modo a criar condições para que o juiz 
exerça a atividade recognitiva e aplique 
a lei no caso concreto. 
Atenção: Regras jurídicas não se 
submetem a provas tendo em vista o 
Iura Novit Curia, ou seja, o tribunal 
conhece a lei. 
 
A prova reconstrói uma situação 
ocorrida no passado, e ela apenas 
representará uma aproximação do 
acontecimento, por ser a verdade real 
impossível de se alcançar. Segundo 
Aury Lopes, a prova cria uma verdade 
processual que terá como função 
persuasiva de convencer o juiz. 
 
 
 
 
Este princípio diz que as partes 
assumem consequências se fizerem, ou 
deixarem de fazer, algo para provar um 
fato ou a inexistência dele. 
 
Art. 156. A prova da alegação 
incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, 
facultado ao juiz de ofício: 
 (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 
2008) 
I – ordenar, mesmo antes de iniciada a 
ação penal, a produção antecipada de 
provas consideradas urgentes e 
relevantes, observando a necessidade, 
adequação e proporcionalidade da 
medida; (Incluído pela Lei 
nº 11.690, de 2008) 
II – determinar, no curso da instrução, 
ou antes de proferir sentença, a 
realização de diligências para dirimir 
dúvida sobre ponto relevante. 
 
Diz que toda prova admite contraprova, 
ou seja, ambas as partes devem ter 
conhecimento. Audiatur et altera pars. 
Teoria geral da prova 
Função persuasiva da prova 
Princípios gerais 
Princípio da Auto-Responsabilidade 
Princípio da audiência contraditória 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11690.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11690.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11690.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11690.htm#art1
 
 
Esse Princípio diz que não há prova que 
pertença a apenas uma das partes, todas 
as provas pertencem ao interesse da 
justiça. 
 
As provas não são previamente 
valoradas cabendo ao juiz apreciá-las. 
 
Atenção: O Tribunal do Júri é uma 
exceção a este princípio. 
 
 
 Diretas (A) 
Provas 
 Indiretas (B) 
A) A prova direta dirá respeito ao 
próprio fato a ser provado. 
 
Ex. Prova testemunhal, exame do corpo 
de delito e confissão espontânea do 
acusado. 
 
Art. 203. A testemunha fará, sob 
palavra de honra, a promessa de dizer 
a verdade do que souber e Ihe for 
perguntado, devendo declarar seu 
nome, sua idade, seu estado e sua 
residência, sua profissão, lugar onde 
exerce sua atividade, se é parente, e em 
que grau, de alguma das partes, ou 
quais suas relações com qualquer 
delas, e relatar o que souber, 
explicando sempre as razões de sua 
ciência ou as circunstâncias pelas quais 
possa avaliar-se de sua credibilidade. 
 
B) A prova indireta não se dirige ao fato 
que se pretende provar, mas sim para 
que um raciocínio se desenvolva. 
 
Ex. Indícios 
Art. 239. Considera-se indício a 
circunstância conhecida e provada, 
que, tendo relação com o fato, autorize, 
por indução, concluir-se a existência de 
outra ou outras circunstâncias. 
Atenção: A prova para o juiz é sempre 
indireta. 
 
Aqui não há a restrição aos meios de 
prova, mas demonstram algumas 
situações em que determinado tipo de 
prova é necessário para que se 
caracterize determinado delito. Perceba: 
Art. 158. Quando a infração deixar 
vestígios, será indispensável o exame de 
corpo de delito, direto ou indireto, não 
podendo supri-lo a confissão do 
acusado. 
 
Art. 62. No caso de morte do acusado, 
o juiz somente à vista da certidão de 
óbito, e depois de ouvido o Ministério 
Público, declarará extinta a 
punibilidade. 
 
Art. 155. O juiz formará sua convicção 
pela livre apreciação da prova 
produzida em contraditório judicial, 
não podendo fundamentar sua decisão 
exclusivamente nos elementos 
informativos colhidos na investigação, 
ressalvadas as provas cautelares, não 
repetíveis e antecipadas. 
Princípio da aquisição ou comunhão 
das provas 
Princípio do livre convencimento 
motivado 
Classificação das provas 
Restrições dos meios de prova 
 (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 
2008) 
 
 
As provas ilícitas são obtidas mediante 
violação de um direito material e 
ocorrem no instante da sua colheita. 
 
Ex. Interceptação sem ordem judicial; 
violação correspondência lacrada, 
gravação ambiental em residência 
privada; busca e apreensão sem ordem 
judicial. 
 
Art. 157. São inadmissíveis, devendo 
ser desentranhadas do processo, as 
provas ilícitas, assim entendidas as 
obtidas em violação a normas 
constitucionais ou legais. (Redação 
dada pela Lei nº 11.690, de 2008) 
§ 1o São também inadmissíveis as 
provas derivadas das ilícitas, salvo 
quando não evidenciado o nexo de 
causalidade entre umas e outras, ou 
quando as derivadas puderem ser 
obtidas por uma fonte independente das 
primeiras. (Incluído pela Lei nº 11.690, 
de 2008) 
 
As provas ilegítimas infringem normas 
do direito processual e ocorrem no 
momento em que são introduzidas no 
processo. 
 
Art. 564. A nulidade ocorrerá nos 
seguintes casos: 
III - por falta das fórmulas ou dos 
termos seguintes: 
a) a denúncia ou a queixa e a 
representação e, nos processos de 
contravenções penais, a portaria ou o 
auto de prisão em flagrante; 
b) o exame do corpo de delito nos 
crimes que deixam vestígios, ressalvado 
o disposto no Art. 167; 
c) a nomeação de defensor ao réu 
presente, que o não tiver, ou ao 
ausente, e de curador ao menor de 21 
anos; 
d) a intervenção do Ministério Público 
em todos os termos da ação por ele 
intentada e nos da intentada pela parte 
ofendida, quando se tratar de crime de 
ação pública; 
e) a citação do réu para ver-se 
processar, o seu interrogatório, quando 
presente, e os prazos concedidos à 
acusação e à defesa; 
f) a sentença de pronúncia, o libelo e a 
entrega da respectiva cópia, com o rol 
de testemunhas, nos processos perante 
o Tribunal do Júri; a lei não permitir o 
julgamento à revelia; 
h) a intimação das testemunhas 
arroladas no libelo e na contrariedade, 
nos termos estabelecidos pela lei; 
i) a presença pelo menos de 15 jurados 
para a constituição do júri; 
j) o sorteio dos jurados do conselho de 
sentença em número legal e sua 
incomunicabilidade; 
k) os quesitos e as respectivas 
respostas; 
l) a acusação e a defesa, na sessão de 
julgamento; 
m) a sentença; 
n) o recurso de oficio, nos casos em que 
a lei o tenha estabelecido; 
o) a intimação, nas condições 
estabelecidas pela lei, para ciência de 
sentenças e despachos de que caiba 
recurso; 
p) no Supremo Tribunal Federal e nos 
Tribunais de Apelação, o quorum legal 
para o julgamento; 
Provas ilícitas e ilegitimas 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11690.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11690.htm#art1
 
 
O princípio da proporcionalidade, 
conhecido como critério de 
proporcionalidade na Alemanha e 
princípio da razoabilidade nos Estados 
Unidos traz a ideia de que nenhum 
princípio ou direito é absoluto, cabendo 
sempre a ponderação no caso concreto. 
 
Por este motivo existe a admissibilidade 
de provas ilícitas caso elas beneficiem o 
réu e se a mesma for colhida pelo 
próprio acusado 
 
O jurista Fernando Capez, em sua obra 
afirma: “A aceitação do princípio da 
proporcionalidade ‘pro reo’ não 
apresenta maiores dificuldades, pois o 
princípio que veda as provas obtidas por 
meios ilícitos não pode ser usado como 
um escudo destinado a perpetuar 
condenações injustas. Entre aceitar uma 
prova vedada, apresentada como único 
meio de comprovar a inocência de um 
acusado, e permitir que alguém,sem 
nenhuma responsabilidade pelo ato 
imputado, seja privado injustamente de 
sua liberdade, a primeira opção é, sem 
dúvida, a mais consentânea com o 
Estado Democrático de Direito e a 
proteção da dignidade humana”. 
 
 
Prova ilícita por derivação é quando a 
prova, apesar de ter sido colhida de 
forma lícita teve sua origem derivou de 
uma informação colhida de forma 
ilícita, com isso a prova acaba se 
tornando ilícita. 
 
Ex. Ticio contratou um hacker para 
invadir as mensagens de Mévio e então 
descobriu que Mévio era parte de um 
esquema de desvio de dinheiro. 
Sabendo disso, Tício solicita por meio 
de sua defesa que interceptem as 
mensagens de Mévio, de forma lícita e 
autorizada a fim de demonstrar o 
envolvimento de Mévio em juízo. 
 
 
Art. 400. Na audiência de instrução e 
julgamento, a ser realizada no prazo 
máximo de 60 (sessenta) dias, 
proceder-se-á à tomada de declarações 
do ofendido, à inquirição das 
testemunhas arroladas pela acusação e 
pela defesa, nesta ordem, ressalvado o 
disposto no art. 222 deste Código, bem 
como aos esclarecimentos dos peritos, 
às acareações e ao reconhecimento de 
pessoas e coisas, interrogando-se, em 
seguida, o acusado. (Redação dada 
pela Lei nº 11.719, de 2008) 
 
O artigo 400, CPP, fixa a ordem do 
interrogatório, sendo esta benéfica a 
defesa e a não realização comina na 
ilicitude do ato. 
Existem outros atos que também são 
ilícitos que nós não temos muita 
gerencia sobre, eis que muitas vezes a 
lei dispõe sobre algo que não cumpre, 
por exemplo o Artigo 88 da LEP. 
 
Art. 88. O condenado será alojado em 
cela individual que conterá dormitório, 
aparelho sanitário e lavatório. 
Parágrafo único. São requisitos 
básicos da unidade celular: 
a) salubridade do ambiente pela 
concorrência dos fatores de aeração, 
insolação e condicionamento térmico 
adequado à existência humana; 
Princípio da proporcionalidade 
Prova ilícita por derivação 
Atos ilícitos 
b) área mínima de 6,00m2 (seis metros 
quadrados). 
 
 
 
 
Sistema acusatório: Presente no artigo 
129, I da Constituição Federal: 
Art. 129. São funções institucionais do 
Ministério Público: 
I - promover, privativamente, a ação 
penal pública, na forma da lei; 
Sistema inquisitivo: Presente nos 
artigos 
 Art. 156. A prova da alegação 
incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, 
facultado ao juiz de ofício: 
 (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 
2008) 
I – ordenar, mesmo antes de iniciada a 
ação penal, a produção antecipada de 
provas consideradas urgentes e 
relevantes, observando a necessidade, 
adequação e proporcionalidade da 
medida; 
Art. 209. O juiz, quando necessário, 
poderá ouvir outras testemunhas, além 
das indicadas pelas partes. 
§ 1
o
 Se ao juiz parecer conveniente, 
serão ouvidas as pessoas a que as 
testemunhas se referirem. 
Art. 234. Se o juiz tiver notícia da 
existência de documento relativo a 
ponto relevante da acusação ou da 
defesa, providenciará, 
independentemente de requerimento de 
qualquer das partes, para sua juntada 
aos autos, se possível. 
 
Art. 404. Ordenado diligência 
considerada imprescindível, de ofício 
ou a requerimento da parte, a audiência 
será concluída sem as alegações 
finais. 
 
Art. 196. A todo tempo o juiz poderá 
proceder a novo interrogatório de 
ofício ou a pedido fundamentado de 
qualquer das partes. 
 
 
Aqui há vicio da ilicitude da prova 
obtida por meio ilícito, violando a regra 
de direito material. 
 
Ex. Ticio após horas de tortura informa 
aonde esta enterrado um corpo. 
 
Atenção: Existe uma teoria de exceção, 
chamada “exceção da descoberta 
inevitável” que consiste na descoberta 
da prova derivada de forma 
independente da ilícita, não havendo 
envenenamento da prova. 
Ex. Ticio diz a localização de um corpo 
após horas de tortura, porem é evidente 
que o delegado chegaria a essa 
informação sem o ilícito. 
 
Existe também a Teoria da fonte 
independente que diz que quando uma 
prova possui duas fontes, uma lícita e 
outra ilícita, a prova derivada deverá ser 
admitida e considerada. 
 
Ex. Ticio revelou a localização de um 
corpo após horas de tortura, porém logo 
em seguida Mévio ligou para 190 
Método de construção do 
convencimento 
Frutos da árvore envenenada 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11690.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11690.htm#art1
informando sobre a existência do 
mesmo corpo. 
 
 
1) Julgue o item subsequente, em 
relação à prova, ao instituto da 
interceptação telefônica e à citação por 
hora certa. 
Conforme a teoria dos frutos da árvore 
envenenada, adotada pelo Código de 
Processo Penal, a prova ilícita 
produzida no processo criminal tem o 
condão de contaminar todas as provas 
dela decorrentes, devendo, entretanto, 
ficar evidenciado o nexo de causalidade 
entre elas, considerando-se válidas, 
ademais, as provas derivadas que 
possam ser obtidas por fonte 
independente da prova ilícita. 
 
Correto 
2) A Constituição Federal de 1988, no 
artigo 5°, inciso LVI, prevê 
expressamente a inadmissibilidade da 
utilização no processo de provas obtidas 
por meios ilícitos. De acordo com as 
teorias adotadas pelo legislador 
brasileiro e recente entendimento 
jurisprudencial, descarta-se a ilicitude 
da prova na seguinte situação. 
 
A)Juca está sendo acusado de crime, 
porém alega que é inocente e tudo 
não passa de um plano vingativo 
elaborado por seu desafeto político. 
No intuito de provar sua inocência, 
Juca contrata investigador 
particular, o qual instala sistema de 
captação de imagem e som 
clandestinamente no escritório do seu 
desafeto. Por meio das imagens e som 
gravados, Juca consegue extrair 
conversa que prova indubitavelmente 
não ser ele autor do crime 
denunciado e faz a juntada nos autos 
do processo judicial. 
 
B) Um grupo de policiais civis estava 
executando operação contra o tráfico na 
cidade de Campo Grande-MS, quando 
suspeitou que Arnolgildo estaria 
filmando toda ação policial. Por esse 
motivo, Arnolgildo foi então abordado 
pelos policiais civis, os quais, sem a 
existência de mandado judicial, 
efetuaram uma busca na sua residência 
e localizaram 9 gramas de crack e 0,4 
gramas de cocaína. Arnolgildo foi preso 
em flagrante pela acusação de tráfico de 
drogas. 
 
C) Autorizada interceptação telefônica 
em face de Diná Sabino de acordo com 
os ditames legais, ao término, é extraída 
prova da prática de delito por esta. No 
entanto, as conversas de cunho 
probatório são aquelas que haviam sido 
realizadas entre Diná Sabino e seu 
advogado, quando a primeira confessa a 
prática de crimes e requer orientação de 
como proceder para ser inocentada. 
 
D) Ao cumprir mandado de busca e 
apreensão em investigação de crime de 
homicídio, os policiais acessam os 
computadores da residência do 
investigado e levantam diversos dados 
que demonstram a coautoria do vizinho. 
Dessa forma, os policiais estendem 
informalmente o mandado judicial e 
cumprem a diligência, também, na 
residência do vizinho, em observância 
aresidência do vizinho, em observância 
ao princípio da celeridade processual. 
Questões 
 
E) Chegou ao conhecimento da 
autoridade policial que determinado 
caminhão estava transportando alta 
quantidade de drogas. Em cumprimento 
de mandado judicial, foram realizadas 
busca e apreensão do veículo, 
confirmando-se o fato. No decorrer do 
processo judicial, constatou-se que o 
crime havia sido descoberto no 16° dia 
do início de interceptação telefônica, 
deferida judicialmente pelo prazo inicial 
de 30 dias. Verificou-se, ainda, que 
houve pedido de prorrogação após um 
dia do término do prazo inicial. 
 
 
 
A fiança é uma garantia prestada para 
que o indiciado ou acusado cumpra suas 
obrigações processuais.O objetivo da fiança é garantir a 
presença do agente a todos os atos do 
processo, além de garantir a pena, 
indenizar a vitima e pagar custas. 
 
Art. 336. O dinheiro ou objetos dados 
como fiança servirão ao pagamento das 
custas, da indenização do dano, da 
prestação pecuniária e da multa, se o 
réu for condenado. 
 
Ex. Paguei 10 mil de fiança. Esse valor 
pode ser devolvido ou descontado das 
situações supras. 
 
Pergunta: Em caso de absolvição a 
restituição é integral? A fiança criminal 
é restituída integralmente ao Réu 
quando este for absolvido e a Sentença 
Absolutória transitar em julgado, e, de 
igual forma, quando houver a extinção 
da punibilidade do agente por qualquer 
uma das causas previstas no 
Art. 107 do Código Penal 
 
 
 
Art. 334. A fiança poderá ser prestada 
enquanto não transitar em julgado a 
sentença condenatória. 
 
 
 
Art. 325. O valor da fiança será fixado 
pela autoridade que a conceder nos 
seguintes limites: (Redação dada pela 
Lei nº 12.403, de 2011). 
I - de 1 (um) a 100 (cem) salários 
mínimos, quando se tratar de infração 
cuja pena privativa de liberdade, no 
grau máximo, não for superior a 4 
(quatro) anos; (Incluído pela Lei nº 
12.403, de 2011). 
II - de 10 (dez) a 200 (duzentos) 
salários mínimos, quando o máximo da 
pena privativa de liberdade cominada 
for superior a 4 (quatro) anos. (Incluído 
pela Lei nº 12.403, de 2011). 
§ 1o Se assim recomendar a situação 
econômica do preso, a fiança poderá 
ser: (Redação dada pela Lei nº 12.403, 
de 2011). 
I - dispensada, na forma do art. 350 
deste Código; (Redação dada pela Lei 
nº 12.403, de 2011). 
II - reduzida até o máximo de 2/3 (dois 
terços); ou (Redação dada pela Lei nº 
12.403, de 2011). 
III - aumentada em até 1.000 (mil) 
vezes. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 
2011). 
 
Fiança 
Momentos para conceder 
Qual o valor da fiança? 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10627547/artigo-107-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40
Atenção: No caso do parágrafo 
primeiro deste artigo devemos 
interpretar os artigos da seguinte forma: 
 
I - dispensada, na forma do art. 350 
deste Código; - Somente o juiz 
 
II - reduzida até o máximo de 2/3 (dois 
terços); ou (Redação dada pela Lei nº 
12.403, de 2011). – Delegado ou juiz 
 
III - aumentada em até 1.000 (mil) 
vezes. – Delegado ou juiz 
 
Atenção: Os artigos 350, 327 e 328 do 
CPP estabelecem algumas 
especificidades acerca da fiança. 
Perceba: 
 
Art. 350. Nos casos em que couber 
fiança, o juiz, verificando a situação 
econômica do preso, poderá conceder-
lhe liberdade provisória, sujeitando-o 
às obrigações constantes dos arts. 327 e 
328 deste Código e a outras medidas 
cautelares, se for o caso. (Redação 
dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
 
Parágrafo único. Se o beneficiado 
descumprir, sem motivo justo, qualquer 
das obrigações ou medidas impostas, 
aplicar-se-á o disposto no § 4o do art. 
282 deste Código. (Redação dada pela 
Lei nº 12.403, de 2011). 
 
Art. 327. A fiança tomada por termo 
obrigará o afiançado a comparecer 
perante a autoridade, todas as vezes 
que for intimado para atos do inquérito 
e da instrução criminal e para o 
julgamento. Quando o réu não 
comparecer, a fiança será havida como 
quebrada. 
 
Art. 328. O réu afiançado não poderá, 
sob pena de quebramento da fiança, 
mudar de residência, sem prévia 
permissão da autoridade processante, 
ou ausentar-se por mais de 8 (oito) dias 
de sua residência, sem comunicar 
àquela autoridade o lugar onde será 
encontrado. 
 
 
 
Para arbitrar à fiança as autoridades 
devem levar em consideração alguns 
pontos, como natureza da infração, 
condições pessoais de fortuna e vida 
pregressa. 
 
Art. 326. Para determinar o valor da 
fiança, a autoridade terá em 
consideração a natureza da infração, as 
condições pessoais de fortuna e vida 
pregressa do acusado, as 
circunstâncias indicativas de sua 
periculosidade, bem como a 
importância provável das custas do 
processo, até final julgamento. 
 
Pergunta-se: Todas as infrações penais 
admitem fiança? Não, existem crimes 
que são inafiançáveis, ou seja, não 
admitem fiança. 
 
Art. 323. Não será concedida fiança: 
(Redação dada pela Lei nº 12.403, de 
2011). 
I - nos crimes de racismo; (Redação 
dada pela Lei nº 12.403, de 2011). 
II - nos crimes de tortura, tráfico ilícito 
de entorpecentes e drogas afins, 
terrorismo e nos definidos como crimes 
hediondos; (Redação dada pela Lei nº 
12.403, de 2011). 
Como arbitrar a fiança? 
III - nos crimes cometidos por grupos 
armados, civis ou militares, contra a 
ordem constitucional e o Estado 
Democrático; (Redação dada pela Lei 
nº 12.403, de 2011). 
 
Art. 324. Não será, igualmente, 
concedida fiança: (Redação dada pela 
Lei nº 12.403, de 2011). 
I - aos que, no mesmo processo, tiverem 
quebrado fiança anteriormente 
concedida ou infringido, sem motivo 
justo, qualquer das obrigações a que se 
referem os arts. 327 e 328 deste 
Código; (Redação dada pela Lei nº 
12.403, de 2011). 
II - em caso de prisão civil ou militar; 
(Redação dada pela Lei nº 12.403, de 
2011). 
 III - (revogado); (Revogado pela Lei nº 
12.403, de 2011). 
IV - quando presentes os motivos que 
autorizam a decretação da prisão 
preventiva (art. 312). (Redação dada 
pela Lei nº 12.403, de 2011). 
 
Atenção: A autoridade policial somente 
poderá conceder fiança nos casos em 
que a pena privativa de liberdade não 
seja superior a 4 anos. 
 
Art. 322. A autoridade policial somente 
poderá conceder fiança nos casos de 
infração cuja pena privativa de 
liberdade máxima não seja superior a 4 
(quatro) anos. (Redação dada pela Lei 
nº 12.403, de 2011). 
Parágrafo único. Nos demais casos, a 
fiança será requerida ao juiz, que 
decidirá em 48 (quarenta e oito) horas. 
 
Art. 24-A. Descumprir decisão judicial 
que defere medidas protetivas de 
urgência previstas nesta Lei: (Incluído 
pela Lei nº 13.641, de 2018) 
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 
(dois) anos. (Incluído pela Lei nº 
13.641, de 2018) 
§ 1º A configuração do crime independe 
da competência civil ou criminal do juiz 
que deferiu as medidas. (Incluído pela 
Lei nº 13.641, de 2018) 
§ 2º Na hipótese de prisão em flagrante, 
apenas a autoridade judicial poderá 
conceder fiança. (Incluído pela Lei nº 
13.641, de 2018) 
§ 3º O disposto neste artigo não exclui 
a aplicação de outras sanções cabíveis. 
(Incluído pela Lei nº 13.641, de 2018) 
 
Atenção: Não é porque o crime é 
inafiançável que não será permitida a 
liberdade provisória. 
 
 
 
Art. 330. A fiança, que será sempre 
definitiva, consistirá em depósito de 
dinheiro, pedras, objetos ou metais 
preciosos, títulos da dívida pública, 
federal, estadual ou municipal, ou em 
hipoteca inscrita em primeiro lugar. 
 
Perda da fiança: 
 
Art. 344. Entender-se-á perdido, na 
totalidade, o valor da fiança, se, 
condenado, o acusado não se 
apresentar para o início do 
cumprimento da pena definitivamente 
imposta. (Redação dada pela Lei nº 
12.403, de 2011). 
 
Ex. Após o transito em julgado o 
indivíduo está em LINS. 
 
Incidentes relacionados à fiança 
 
Quebra da fiança: 
 
Art. 341. Julgar-se-á quebrada a fiança 
quando o acusado: (Redação dada pela 
Lei nº 12.403, de 2011). 
I - regularmente intimado para ato do 
processo, deixar de comparecer, sem 
motivo justo; (Incluído pela Lei nº 
12.403, de 2011). 
II - deliberadamente praticar ato de 
obstrução ao andamento do processo; 
(Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
III - descumprir medida cautelar 
imposta cumulativamente com a fiança; 
(Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). 
IV - resistir injustificadamente a ordem 
judicial; (Incluído pela Lei nº 12.403, 
de 2011). 
V - praticar nova infração penaldolosa. 
 
Atenção: O STJ não exige condenação, 
muito menos transito em julgado. 
 
Consequências da quebra da fiança: 
Art. 343. O quebramento injustificado 
da fiança importará na perda de 
metade do seu valor, cabendo ao juiz 
decidir sobre a imposição de outras 
medidas cautelares ou, se for o caso, a 
decretação da prisão preventiva. 
(Redação dada pela Lei nº 12.403, de 
2011). 
 
Cassação da fiança: 
 
Art. 338. A fiança que se reconheça não 
ser cabível na espécie será cassada em 
qualquer fase do processo. 
 
Art. 339. Será também cassada a fiança 
quando reconhecida a existência de 
delito inafiançável, no caso de inovação 
na classificação do delito. 
Reforço da fiança: 
 
Art. 340. Será exigido o reforço da 
fiança: 
 I - quando a autoridade tomar, por 
engano, fiança insuficiente; 
II - quando houver depreciação material 
ou perecimento dos bens hipotecados ou 
caucionados, ou depreciação dos metais 
ou pedras preciosas; 
III - quando for inovada a classificação 
do delito. 
 
Parágrafo único. A fiança ficará sem 
efeito e o réu será recolhido à prisão, 
quando, na conformidade deste artigo, 
não for reforçada. 
 
 
 
A cadeia de custódia foi inserida pelo 
pacote anticrime e é relativo aos crimes 
não transeuntes, ou seja, que deixam 
vestígios. 
 
Atenção: Tanto a defesa quanto a 
acusação terão acesso a cadeia de 
custódia. 
 
Art. 158-A. Considera-se cadeia de 
custódia o conjunto de todos os 
procedimentos utilizados para manter e 
documentar a história cronológica do 
vestígio coletado em locais ou em 
vítimas de crimes, para rastrear sua 
posse e manuseio a partir de seu 
reconhecimento até o descarte. 
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
§ 1º O início da cadeia de custódia dá-
se com a preservação do local de crime 
ou com procedimentos policiais ou 
periciais nos quais seja detectada a 
Cadeia de custódia 
existência de vestígio. (Incluído pela 
Lei nº 13.964, de 2019) 
 
§ 2º O agente público que reconhecer 
um elemento como de potencial 
interesse para a produção da prova 
pericial fica responsável por sua 
preservação. (Incluído pela Lei nº 
13.964, de 2019) 
 
§ 3º Vestígio é todo objeto ou material 
bruto, visível ou latente, constatado ou 
recolhido, que se relaciona à infração 
penal. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 
2019). 
 
Atenção: Material latente é, por 
exemplo, a impressão digital. 
 
Art. 158-B. A cadeia de custódia 
compreende o rastreamento do vestígio 
nas seguintes etapas: (Incluído pela Lei 
nº 13.964, de 2019) 
 
 I - reconhecimento: ato de distinguir 
um elemento como de potencial 
interesse para a produção da prova 
pericial; (Incluído pela Lei nº 13.964, 
de 2019) 
 
II - isolamento: ato de evitar que se 
altere o estado das coisas, devendo 
isolar e preservar o ambiente imediato, 
mediato e relacionado aos vestígios e 
local de crime; (Incluído pela Lei nº 
13.964, de 2019) 
 
III - fixação: descrição detalhada do 
vestígio conforme se encontra no local 
de crime ou no corpo de delito, e a sua 
posição na área de exames, podendo 
ser ilustrada por fotografias, filmagens 
ou croqui, sendo indispensável a sua 
descrição no laudo pericial produzido 
pelo perito responsável pelo 
atendimento; (Incluído pela Lei nº 
13.964, de 2019) 
 
IV - coleta: ato de recolher o vestígio 
que será submetido à análise pericial, 
respeitando suas características e 
natureza; (Incluído pela Lei nº 13.964, 
de 2019) 
V - acondicionamento: procedimento 
por meio do qual cada vestígio coletado 
é embalado de forma individualizada, 
de acordo com suas características 
físicas, químicas e biológicas, para 
posterior análise, com anotação da 
data, hora e nome de quem realizou a 
coleta e o acondicionamento; (Incluído 
pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
VI - transporte: ato de transferir o 
vestígio de um local para o outro, 
utilizando as condições adequadas 
(embalagens, veículos, temperatura, 
entre outras), de modo a garantir a 
manutenção de suas características 
originais, bem como o controle de sua 
posse; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 
2019) 
 
 VII - recebimento: ato formal de 
transferência da posse do vestígio, que 
deve ser documentado com, no mínimo, 
informações referentes ao número de 
procedimento e unidade de polícia 
judiciária relacionada, local de origem, 
nome de quem transportou o vestígio, 
código de rastreamento, natureza do 
exame, tipo do vestígio, protocolo, 
assinatura e identificação de quem o 
recebeu; (Incluído pela Lei nº 13.964, 
de 2019) 
 
VIII - processamento: exame pericial 
em si, manipulação do vestígio de 
acordo com a metodologia adequada às 
suas características biológicas, físicas e 
químicas, a fim de se obter o resultado 
desejado, que deverá ser formalizado 
em laudo produzido por perito; 
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
IX - armazenamento: procedimento 
referente à guarda, em condições 
adequadas, do material a ser 
processado, guardado para realização 
de contraperícia, descartado ou 
transportado, com vinculação ao 
número do laudo correspondente; 
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
 X - descarte: procedimento referente à 
liberação do vestígio, respeitando a 
legislação vigente e, quando pertinente, 
mediante autorização judicial. (Incluído 
pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
 
 
 
Art. 161. O exame de corpo de delito 
poderá ser feito em qualquer dia e a 
qualquer hora. 
 
Deve-se respeitar a inviolabilidade. 
 
Art. 163. Em caso de exumação para 
exame cadavérico, a autoridade 
providenciará para que, em dia e hora 
previamente marcados, se realize a 
diligência, da qual se lavrará auto 
circunstanciado. 
 
Essa exumação se dará 
independentemente da autorização 
familiar. 
 
 
Podemos interpretar a jurisdição como 
o poder e dever do Estado de editar e 
interpretar suas próprias normas e 
determinar o direito aplicável aos casos 
concretos, com força imperativa 
(obrigatória). 
 
Atenção: É preponderante, mas não 
exclusiva do Poder Judiciário. 
 
As características são: 
 
 Definitividade; 
 Substitutividade; 
 Investidura; 
 Inércia; 
 Indelegabilidade; 
 Indeclinabiliade; 
 Improrrogabilidade (nos limites 
da Lei). 
 Exceções conexão e continência 
76 e 77 do CPP. 
 
Art. 76. A competência será 
determinada pela conexão: 
I - se, ocorrendo duas ou mais 
infrações, houverem sido praticadas, ao 
mesmo tempo, por várias pessoas 
reunidas, ou por várias pessoas em 
concurso, embora diverso o tempo e o 
lugar, ou por várias pessoas, umas 
contra as outras; 
 II - se, no mesmo caso, houverem sido 
umas praticadas para facilitar ou 
ocultar as outras, ou para conseguir 
impunidade ou vantagem em relação a 
qualquer delas; 
 III - quando a prova de uma infração 
ou de qualquer de suas circunstâncias 
Algumas considerações acerca da 
autópsia 
Jurisdição penal 
elementares influir na prova de outra 
infração. 
 
Art. 77. A competência será 
determinada pela continência quando: 
I - duas ou mais pessoas forem 
acusadas pela mesma infração; II - no 
caso de infração cometida nas 
condições previstas nos arts. 51, § 1 o , 
53, segunda parte, e 54 do Código 
Penal.

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