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Artigo / Gestão de Pessoas e Relações do Trabalho A gestão do conhecimento por meio da aprendizagem organizacional via Universidade Corporativa: um grande desafio empresarial contemporâneo Este artigo tem por objetivo analisar a incumbência do ensino corporativo, a aprendizagem organizacional, a gestão do conhecimento como um grande desafio empresarial contemporâneo. O princípio que pauta essa modalidade de ensino e aprendizagem, leva em consideração as recentes transformações causadas pelo processo de internacionalização das economias em curso, determinam novos valores, alta competitividade e desempenho entre as nações, empresas e profissionais, justifica-se, portanto, o objeto de estudo. Para os profissionais envolvidos no processo de ensino corporativo, o processo de aprendizagem organizacional vem sendo abordadas com maior freqüência nas empresas, e inúmeras alternativas são apresentadas pelos especialistas para ampliar e aperfeiçoar as práticas pedagógicas nas empresas as tornam mais eficientes e eficazes? A resposta a essa questão, hipoteticamente, passa pelo entendimento do novo contexto competitivo internacionalizado, pela aprendizagem organizacional, via Universidade Corporativa, representando mais do que a simples incorporação de novas atitudes, ela retrata um horizonte para o desenvolvimento das empresas e profissionais, em um mundo em constante transformação. Isto traz efetivamente aumento da produtividade, da competitividade de forma duradoura. ARTIGO APRESENTADO NO I CONGRESSO DE ADMINISTRAÇÃO DA FACULDADE ANCHIETA / DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO / SÃO BERNARDO DO CAMPO / 2008 A gestão do conhecimento por meio da aprendizagem organizacional via Universidade Corporativa: um grande desafio empresarial contemporâneo Valdec Romero Castelo Branco Professor universitário há 20 anos, formado em administração de empresas; mestre em administração de empresas; mestre em educação, administração e comunicação (multidisciplinar); pós-graduação Lato Sensu em Docência do Ensino Superior. Trabalha, desde 1995, como consultor associado, prestando consultoria e assessoria nas áreas de gestão de pessoas: treinamentos, palestras, seminários, workshops, cursos in company etc. profvaldec@uol.com.br RESUMO Este artigo tem por objetivo analisar a incumbência do ensino corporativo, a aprendizagem organizacional, a gestão do conhecimento como um grande desafio empresarial contemporâneo. O princípio que pauta essa modalidade de ensino e aprendizagem, leva em consideração as recentes transformações causadas pelo processo de internacionalização das economias em curso, determinam novos valores, alta competitividade e desempenho entre as nações, empresas e profissionais, justifica-se, portanto, o objeto de estudo. Para os profissionais envolvidos no processo de ensino corporativo, o processo de aprendizagem organizacional vem sendo abordadas com maior freqüência nas empresas, e inúmeras alternativas são apresentadas pelos especialistas para ampliar e aperfeiçoar as práticas pedagógicas nas empresas as tornam mais eficientes e eficazes? A resposta a essa questão, hipoteticamente, passa pelo entendimento do novo contexto competitivo internacionalizado, pela aprendizagem organizacional, via Universidade Corporativa, representando mais do que a simples incorporação de novas atitudes, ela retrata um horizonte para o desenvolvimento das empresas e profissionais, em um mundo em constante transformação. Isto traz efetivamente aumento da produtividade, da competitividade de forma duradoura. Palavras-chave: Gestão do Conhecimento. Universidades Corporativas. Aprendizagem Organizacional. Aprendizagem Transformacional. ABSTRACT This article has for objective to analyze the incumbency of the corporate teaching, the learning organizational, and the administration of the knowledge as a great contemporary business challenge. The beginning that rules that teaching modality and learning, takes into account the recent transformations caused by the process of internationalization of the savings in course, they determine new values, high competitiveness and acting among the nations, companies and professionals, he/she is justified, therefore, the study object. For the professionals done involve in the process of corporate teaching, has the process of learning organizational been approached more frequently in the companies, and are countless alternatives presented by the specialists to enlarge and to improve the pedagogic practices in the companies turn them more efficient and effective? The answer them that subject, hypothetically, goes by the understanding (/user/artigos/) Valdec Romero (/u/profvaldec/), 30 de julho de 2010 Receba gratuitamente notícias sobre Administração ENVIAR Fique Informado A gestão do conhecimento por meio da aprendizagem organizacional v... http://www.administradores.com.br/producao-academica/a-gestao-do-... 1 de 9 09/11/2016 19:28 of the new internationalized competitive context, for the learning organizational, through Corporate University, acting more than the simple incorporation of new attitudes, she portrays a horizon for the development of the companies and professionals, in a world in constant transformation. This brings increase of the productivity indeed, of the competitiveness in a durable way. Key–words: Knowledge Management. Corporative Universities, Learning Organizational, Learning Transformational. 1 INTRODUÇÃO Este artigo apresenta mecanismos que auxiliam o entendimento do desenvolvimento do capital humano, analisando a forma tradicional de aprendizagem nas organizações e o ensino corporativo desenvolvido por meio das Universidades Corporativas, caracterizada através de um processo ensino e aprendizagem reflexiva, consistente continuado. O princípio que pauta essa modalidade de aprendizagem, leva em consideração as recentes transformações causadas pelo processo de internacionalização das economias em curso, determinam novos valores, alta competitividade e desempenho entre as nações, empresas e profissionais, justifica-se, portanto, o objeto de estudo. Deve-se ressaltar que as Universidades Corporativas não se tratam de universidades privadas de caráter formal e acadêmico. Podemos a priori definir como um novo processo de aprendizagem organizacional não-formal criada e mantida por instituições empresariais, com a finalidade de dar suporte aos funcionários, clientes e fornecedores em áreas de interesse das empresas. As Universidades Corporativas tem origem nas Corporate Colleges, podendo ser caracterizada como uma qualidade e um avanço em relação aos departamentos de treinamento e qualificação de pessoal das empresas. Elas, geralmente, são constituídas nas empresas com a finalidade de fornecer uma variedade de cursos, treinamentos, orientações, entre outras propostas de aprendizagem organizacional. Os cursos podem ministrados pelas próprias empresas ou desenvolvidos através de programas especiais em parceria com instituições do ensino superior formal – de acordo com as especificidades de cada corporação. O surgimento das Universidades Corporativas não é novo, mas, no Brasil, sua expansão deu-se em grande parte a partir do início dos anos 1990, com a abrupta abertura comercial e financeira da economia brasileira. Nos EUA, o surgimento do aprendizado coorporativo teve início na década de 1970, quando a General Electric criou a sua Business School. Este artigo tem por objetivo analisar a incumbência do ensino corporativo, a aprendizagem organizacional, a gestão do conhecimento como um grande desafio empresarial contemporâneo. O princípio que pauta essa modalidade de ensino e aprendizagem, leva em consideração as recentes transformações causadas pelo processo de internacionalização das economias em curso, determinam novos valores, alta competitividade e desempenho entre as nações, empresas e profissionais, justifica-se, portanto, o objeto de estudo. Para os profissionais envolvidos no processo de ensino corporativo,o processo de aprendizagem organizacional vem sendo abordadas com maior freqüência nas empresas, e inúmeras alternativas são apresentadas pelos especialistas para ampliar e aperfeiçoar as práticas pedagógicas nas empresas as tornam mais eficientes e eficazes? A resposta a essa questão, hipoteticamente, passa pelo entendimento do novo contexto competitivo internacionalizado, pela aprendizagem organizacional, via Universidade Corporativa, representando mais do que a simples incorporação de novas atitudes, ela retrata um horizonte para o desenvolvimento das empresas e profissionais, em um mundo em constante transformação. Isto traz efetivamente aumento da produtividade, da competitividade de forma duradoura. A diferença fundamental entre as escolas tradicionais em relação às coorporativas é a flexibilidade na adaptação das suas necessidades, enquanto a primeira fica presa a uma malha burocrática dirigida pelo Ministério da Educação, a segunda, tem a possibilidade de adequar a sua aprendizagem a necessidade da empresa. Por exemplo, se em uma empresa estiver faltando profissionais capacitados na área de vendas, a empresa prepara esses profissionais para atuarem nesta área, porém com uma nova visão, muito mais gerencial e prospecção de novos negócios do que simplesmente um treinamento em vendas. Isto não quer dizer que a empresa deva se limitar à atividade funcional. Se isso ocorrer à empresa está presa ao velho paradigma da especialização, preocupada com a funcionalidade. No novo contexto competitivo a empresa deve preparar esse profissional de vendas não apenas para vender um determinado produto. Deve prepará-lo para melhorar a sua relação interpessoal, o desenvolvimento do trabalho em equipe, entender o todo empresarial (abordagem sistêmica), a produtividade. Para os profissionais envolvidos no processo de ensino corporativo, o processo de aprendizagem organizacional vem sendo abordadas com maior freqüência nas empresas, e inúmeras alternativas são apresentadas pelos especialistas para ampliar e aperfeiçoar as práticas pedagógicas nas empresas as tornam mais eficientes e eficazes? Este aspecto é fundamental, pois revela a diferença do processo de aprendizagem organizacional corporativo em analogia aos centros de treinamento, isto é, no caso tradicional o processo visa obter ou aprimorar a habilidade técnica em vendas; na visão coorporativa baseada na aprendizagem organizacional o indivíduo e sua integração com o todo organizacional tem de ser prioridade. 2 GESTÃO DO CONHECIMENTO Receba gratuitamente notícias sobre Administração ENVIAR Fique Informado A gestão do conhecimento por meio da aprendizagem organizacional v... http://www.administradores.com.br/producao-academica/a-gestao-do-... 2 de 9 09/11/2016 19:28 Pode-se definir Gestão do Conhecimento como um processo sistemático, articulado e intencional, apoiado na geração, codificação, disseminação e apropriação de conhecimentos, com o propósito de atingir a excelência organizacional. De acordo com Alvarenga Neto (2005, p. 18) a gestão do conhecimento pode ser entendida como: O conjunto de atividades voltadas para a promoção do conhecimento organizacional, possibilitando que as organizações e seus colaboradores possam sempre se utilizar das melhores informações e dos melhores conhecimentos disponíveis, com vistas ao alcance dos objetivos organizacionais e maximização da competitividade Para Davenport (2000) a gestão do conhecimento baseia-se em série de ações gerenciais de forma constante e sistemática, isso facilita o processo de criação, operacionalização e difusão do conhecimento nas organizações. Entende-se por conhecimento a informação interpretada, aquilo que cada informação significa e que impactos no meio cada informação pode causar, de modo que a informação possa ser utilizada para importantes ações e tomadas de decisões. Entendendo a maneira como o meio reage às informações, a empresa pode reduzir os impactos das mudanças e se posicionar de forma a obter vantagens e ser bem sucedida naquilo a que se propõe. Nesse contexto Teixeira Filho (2008) diz: O conhecimento é a chave para o poder nos negócios. As áreas críticas de conhecimento numa organização, normalmente, são: preferências e necessidades dos clientes, desempenho da companhia, concorrência, aplicações de tecnologia, uso da informação existente, setores e nichos de mercado e regulamentações externas. As principais atividades relacionadas à Gestão do Conhecimento, em geral, são: compartilhar o conhecimento internamente, atualizar o conhecimento, processar e aplicar o conhecimento para algum benefício organizacional, encontrar o conhecimento internamente, adquirir conhecimento externamente, re-utilizar conhecimento, criar novos conhecimentos e compartilhar o conhecimento com a comunidade externa à empresa. Em relação à gestão do conhecimento as organizações começam a entender que é um dos principais fatores de competitividade em um mercado com mudanças aceleradas, pode se tornar um diferencial difícil de ser alcançado pela concorrência, principalmente quanto tem como matriz a aprendizagem organizacional, fortemente difundida por meio do ensino corporativo. 3 UNIVERSIDADE CORPORATIVA A Universidade Corporativa tem por finalidade amplificar a educação continuada, entendida como uma forma de estímulo ao crescimento pessoal e profissional dos colaboradores, associada ao objetivo prioritário das empresas que deve ser o crescimento. De acordo com Kraemer (2008, p. 3): Para Eboli (2003), a crença de que as competências, habilidades e o conhecimento formam a base de vantagem competitiva reforça a necessidade de intensificar o desenvolvimento dos funcionários nesses âmbitos e justifica, portanto, a existência da universidade corporativa. Na verdade, as universidades corporativas personificam a filosofia de aprendizagem da organização, cuja meta é oferecer, a todos os funcionários, o conhecimento e as competências necessárias para que os objetivos estratégicos sejam alcançados. Elas também percorrem o processo de seleção de parceiros de aprendizagem, que envolvem profissionais de treinamento, consultores e instituições de educação superior. A associação desses dois aspectos é que possibilitará à empresa estabelecer e manter-se estrategicamente preparada para crescer de forma contínua em relação ao segmento onde atua. A missão da empresa que aprende e ensina é buscar o crescimento empresarial, além de atender às necessidades dos clientes, oferecendo produtos e serviços com qualidade, através da capacitação e atualização dos profissionais envolvidos com o negócio, garantindo a liderança no mercado, a excelência gerencial, o alto nível de eficácia operacional e a qualidade dos serviços prestados ao cliente. A empresa deve abrir mão do modelo tradicional desenvolvido na área de treinamento, criando e difundindo o ensino corporativo, por meio da Universidade Corporativa, tendo como objetivo às necessidades da empresa, dos funcionários, dos fornecedores e dos clientes. Deve-se ressaltar que esse processo de aprendizagem organizacional não se trata, em hipótese alguma, criar uma forma de ensino substituto ao ensino formal-tradicional. Cada um tem sua peculiaridade, o ensino corporativo não deve ser criado para cobrirem falhas do ensino formal-tradicional, e sim procurar a capacitação do indivíduo na empresa. O ensino acadêmico busca a formação geral. Portanto as duas formas são distintas, mas se completam. O diferencial de uma Universidade Corporativa fundamenta-se na compreensão de assuntos pertinentes a segmentos específicos de cada empresa, setor ou segmento. Portanto, não deve haver conflito entre as formas de ensino corporativo e acadêmico, o melhor é tratar o assunto como um processo de parceria entre elas. O ensino formal-acadêmico não pode abarcar toda a especificidade de cada empresa, setor e segmento. Isto é, a escola formal-tradicional oferece um profissional com uma base genérica, enquantoa capacitação prática e específica cabe ao ensino corporativo. Ainda segundo Kraemer (2008, p. 16): A educação corporativa compreende a filosofia que orienta todas as atividades realizadas para identificar, modelar, difundir e aperfeiçoar as competências essenciais para o sucesso de uma organização. Busca as condições favoráveis de inovação, flexibilidade e motivação para um melhor ambiente interno, melhor relacionamento com o ambiente externo e maiores resultados para o negócio. Receba gratuitamente notícias sobre Administração ENVIAR Fique Informado A gestão do conhecimento por meio da aprendizagem organizacional v... http://www.administradores.com.br/producao-academica/a-gestao-do-... 3 de 9 09/11/2016 19:28 A Universidade Corporativa procura atender a necessidade do desenvolvimento contínuo. Não sendo um substituto à educação formal, deve existir porque o profissional precisa ser capacitado em bases constantes, visando conteúdos peculiares a cada empresa. O ensino corporativo tem outra vantagem em relação às instituições formais, como ela tem como objetivo principal privilegiar a capacitação dos colaboradores, não precisa alocar um espaço físico para a operacionalização do processo de aprendizagem organizacional, o contrário se faz necessário, as escolas formais demandam enorme infra-estrutura, mesmo que se utilizem do ensino a distância. Já a vantagem do ensino corporativo utiliza recursos pedagógicos apoiados pelas mídias de aprendizagem a distância, ou seja, o caso do e-learning, via Internet, ou a utilização intra- corporação, a Intranet, integrando o aprendizado em todos os setores, departamentos ou unidades da empresa. Dependendo da localização das unidades da empresa, os cursos podem ser em parte, presenciais, para isso pode-se utilizar a infra-estrutura de hotéis, empresas especializadas em eventos e convenções, ou mesmo a adaptação de uma área na empresa de acordo com a necessidade dos projetos de aprendizagem desenvolvidos pela Universidade Corporativa, buscando sempre racionalizar os custos, isto não quer dizer reduzir os investimentos no processo ensino e aprendizagem organizacional. A didática adotada na Universidade Corporativa varia de acordo com as propostas e especificidade de cada empresa e que atenda as suas necessidades. O caráter de inovação dessas universidades corporativas em relação às práticas tradicionais deve apoiar-se no incentivo e valorização prioritariamente das relações interpessoais. Vale ressaltar que o ensino corporativo difere dos processos de treinamento tradicionais, nesse sentido Vargas (2003, p. 2): Observa-se que o treinamento é, com certeza, uma atividade viável da universidade corporativa. Entretanto, por si só um departamento de treinamento não se qualificaria como uma universidade corporativa, porque suas atividades geralmente não têm um vínculo direto estratégico com a missão organizacional, e raramente são desenhadas para cultivar a aprendizagem organizacional, o conhecimento e a sabedoria (ALLEN, 2002). Os programas desenvolvidos na Universidade Corporativa não precisam ser totalmente virtuais. Como destacamos, acima, devem-se incentivar as relações interpessoais, portanto, a tecnológica não pode substituir, por completo, a essência das relações entre as pessoas. Deve-se dosar a utilização das mídias pedagógicas. Vargas (2003, p. 2) complementa: Meister (1999) também defende essa mesma posição com relação às diferenças existentes entre uma universidade corporativa e uma área tradicional de treinamento de pessoal. Segundo a autora, a missão da universidade corporativa é treinar e garantir o aprendizado contínuo de toda a cadeia de valor da organização, ou seja, empregados, clientes e fornecedores. Ela é muito mais do que um departamento de treinamento revestido de um novo nome, pois representa um esforço notável da organização no sentido de desenvolver, em empregados de todos os níveis, as qualificações, o conhecimento e as competências necessários ao sucesso nos trabalhos atual e futuro. Em virtude das transformações tecnológicas, por exemplo, a automação, da racionalização dos processos produtivos, do aumento da competitividade das empresas, a produção aumenta extraordinariamente com os ganhos de produtividade. Para que as empresas possam sobreviver neste novo contexto concorrencial, o grande diferencial é o conhecimento das pessoas. A entrada das empresas nessa nova era do conhecimento está mostrando a importância da aprendizagem organizacional como uma ferramenta importante no universo empresarial. A empresa para sobreviver nesse mercado internacionalizado, além de um produto competitivo é a vantagem competitiva adquirida com o conhecimento das pessoas e o que elas podem agregar a organização e ao produto. 3.1 A aprendizagem organizacional As profundas alterações no mundo empresarial vêm, concomitantemente, acompanhadas por uma intensa modificação nas atividades empresariais voltadas a aprendizagem, destinando maior atenção e investimentos por parte de empresários. Vale ressaltar que a empresa ao disponibilizar aos seus funcionários o ensino corporativo, deve oferecer uma metodologia que ofereça diversas ferramentas que agreguem valor à empresa, mas essencialmente agregue valor ao capital humano. Esse é o tônico que fortalece a empresa por meio da aprendizagem corporativa, dinamizando as relações entre as pessoas e, por conseguinte, envolve a equipe e a organização. Várias iniciativas de caráter estrutural vêm sendo tomadas, como já foi explorada anteriormente, com a criação das chamadas Universidades Corporativas, destinadas a melhorar a capacitação e a eficiência do departamento de pesquisa e desenvolvimento, dos treinamentos, o desenvolvimento do ensino a distância, a parceria entre empresa, fornecedores e clientes, além das parcerias entre empresas e universidades. Souza (2004, p. 14) faz referência às "possibilidades de desenvolvimento e otimização de processos de aprendizagem organizacional, levando-se em conta as realidades sociais e culturais dos contextos organizacionais". Valorizando aspectos dos processos da aprendizagem organizacional como: serem chave para a competitividade e sobrevivência de organizações; tratarem-se de fenômeno ao mesmo tempo individual e coletivo; estarem intrinsecamente relacionados à cultura das organizações; e constituírem-se em um fenômeno que implica a paradoxal associação entre ordem e desordem, entendemos que ações voltadas à aprendizagem organizacional podem ser desenvolvidas e otimizadas. O plano de aprendizagem organizacional é constituído por elementos e processos Receba gratuitamente notícias sobre Administração ENVIAR Fique Informado A gestão do conhecimento por meio da aprendizagem organizacional v... http://www.administradores.com.br/producao-academica/a-gestao-do-... 4 de 9 09/11/2016 19:28 empresariais, inter-relacionados ativamente. As atividades de aprendizagem devem ser continuamente renováveis pela dinâmica do mercado. A aprendizagem deve reforçar a análise das informações processadas, desenvolver novos conhecimentos, promover uma ação estratégica, ou seja, o produto gerado por esse processo cria uma extensão entre, por exemplo, a área de pesquisa e desenvolvimento, a área de marketing, a estratégia empresarial e a tecnologia da informação. O conceito de aprendizagem organizacional esta associada ao conceito de competitividade ou competência empresarial. Uma empresa que ensina e aprende é uma empresa competitiva, aquela que desenvolve competências e as gerenciam como vantagens ante o mercado ou aos concorrentes. A competência empresarial requerer, principalmente, procedimentos empresariais voltados ao conceito de cooperação, que está ligado a projetos em parceria e desenvolvidos por meio de um processo tecnológico em conjunto, não apenas em relação aos seus funcionários, mas em parceria com fornecedores e clientes. 3.2 Aprendizagem transformacional O ensino e aprendizagem na empresatem a sua atividade fim a preparação das pessoas para o exercício da cidadania, ampliação dos conhecimentos, das habilidades, dos valores, das atitudes, a forma de pensar e atuar na sociedade através de uma aprendizagem que seja transformacional, participativa e coletiva. Para que a aprendizagem organizacional tenha sucesso, ela deve ser transformacional como foi dito acima, para que isso ocorra exige-se do profissional envolvido com a pedagogia empresarial uma compreensão de novos significados, relacionando-os com suas experiências anteriores e vivências com as dos funcionários, permitindo a formulação de problemas, que estimulem, sejam desafiantes e incentivem o querer aprender mais. Esta aprendizagem transformacional deve estabelecer diferentes tipos de relações entre fatos, objetos, acontecimentos, noções e conceitos, desencadeando um processo participativo entre os facilitadores e os funcionários, promovendo modificações de comportamentos e contribuindo para o emprego útil do que é apresentado e discutido em diferentes situações. Falar em aprendizagem transformacional é acreditar que o processo ensino e aprendizagem possui um caráter dinâmico que exige de todos os profissionais envolvidos na aprendizagem ações direcionadas ao aprofundamento e a ampliação dos significados para os funcionários, baseadas na visão participativa nas atividades de aprender e apreender os conteúdos trabalhados. Nesse contexto o ensino pode ser entendido como um conjunto de atividades com característica sistêmica, cuidadosamente planejada, em torno de conteúdos e formas que se articulam entre si e nas quais facilitadores e funcionários compartilhem fragmentos cada vez maiores de significados com relação ao papel exercido pela empresa, ou seja, a empresa deve guiar suas ações e suas avaliações para que o funcionário participe de tarefas e atividades que o façam se aproximar cada vez mais das suas experiências e necessidades. De fato, se analisarmos os princípios da aprendizagem transformacional já não parece ter lugar à concepção dominante de inteligência única, que possa ser quantificada e que sirva como padrão de comparação entre pessoas diferentes, para apontar suas desigualdades. Esta aprendizagem transformacional deve ser acompanhada de um processo que considerem as inteligências múltiplas (GARDNER, 1995). A aprendizagem transformacional está relacionada à possibilidade dos funcionários aprenderem por múltiplos instrumentos e formas de inteligência, permitindo-os usarem diferentes alternativas e maneiras de exteriorizar seus pensamentos, revoltas e sentimentos. 3.4 A influência e a mediação da empresa A empresa, acima de tudo, deve ter uma visão pluralista reconhecendo aspectos particulares dos funcionários e as diversas formas da cognição, reconhecendo também que as pessoas têm capacidades distintas para adquirir conhecimentos e estilos diferentes de aprendizagem. A empresa precisa entender que ao estabelecer um processo de aprendizagem organizacional, não deve ater-se apenas na exposição, na cobrança e na recompensa, entendendo que esse procedimento está desassociado do contexto competitivo atual entre as empresas. Logo, a empresa deve tornar-se laboratório de idéias, um local onde o debate e a negociação deve ser uma constante, devendo ser estimulado continuamente. Para Teixeira e Zamberlan (2004, p. 6) a aprendizagem organizacional: [ ] é um tema que assume hoje crescente relevância, em razão dos processos de mudanças por que passam as sociedades, as organizações e as pessoas". Daí a importância do espaço organizacional como um locus possível para o processo de aprendizagem. O processo de aprendizagem se inicia a partir da aprendizagem individual, seguida pela aprendizagem grupal e organizacional. Nesta perspectiva, o ambiente organizacional propicia a aprendizagem. A empresa deve ser entendida como um espaço de conhecimento compartilhado, no qual os funcionários sejam vistos como indivíduos capazes de construir, modificar e agregar idéias, permitindo a interação com outras pessoas, deixando claros os objetos e situações que exijam o pensar e reflexão a respeito de procedimentos, instrumentos de aprendizagem e avaliação dos problemas que têm que superar. É incontestável a importância da intervenção e mediação da organização no conjunto dos papéis relativos ao ensino e aprendizagem organizacional, agregando um processo que possibilite aos funcionários realizarem e resolverem problemas, criando condições para desenvolverem novos conhecimentos. Nesse sentido, Battaglia (2001) diz: A aplicabilidade da mediação abrange todo e qualquer contexto de convivência capaz de produzir conflitos. Podem se beneficiar deste recurso impasses políticos e étnicos (nacionais e Receba gratuitamente notícias sobre Administração ENVIAR Fique Informado A gestão do conhecimento por meio da aprendizagem organizacional v... http://www.administradores.com.br/producao-academica/a-gestao-do-... 5 de 9 09/11/2016 19:28 internacionais), questões trabalhistas e comerciais (locais ou de mercados comuns), empresas, escolas, famílias, comunidades e instituições. Os benefícios possíveis para os participantes de uma mediação serão a incorporação de novas maneiras de resolução de conflitos, onde ambos constroem suas próprias soluções e passam a funcionar com mais esta alternativa em suas vidas próprias, através de uma meta-aprendizagem. A avaliação na aprendizagem transformacional não deve ter apenas o caráter averiguador do rendimento do funcionário, certificando-se de que o conteúdo foi apreendido e corrigir possíveis distorções ou deficiências no processo de ensino e aprendizagem. Estas têm sido as principais justificativas para a aplicação de testes e avaliações de desempenho nas mais diferentes organizações, com a finalidade de medir e / ou punir o funcionário pelos eventuais erros e falhas. Pelo contrário à avaliação transformacional percorre um caminho oposto a este. Deparamos constantemente com reflexões profundas acerca dos objetivos da aprendizagem organizacional, contudo não há um consenso quanto aos instrumentos adequados que demonstre claramente o desenvolvimento dos funcionários, tornando-se uma difícil tarefa a avaliação do processo de ensino corporativo. O treinamento tradicional aplicado nas empresas, na maioria das vezes, mede a capacidade de retenção de informações pelos funcionários, não possibilita em geral conhecer mais profundamente cada funcionário. Ressaltando que embora a empresa esteja lidando com um grupo, ele não é homogêneo. Portanto, a heterogeneidade dos funcionários deve ser respeitada, pois cada um tem o seu modo de aprender e apreender, uns mais lentos, outros mais rápidos. Esse aspecto deve ser encarado como o ponto-chave na pedagogia empresarial. A empresa deve procurar entender de que maneira ela e os funcionários podem contribuir para a ampliação do conhecimento de forma compartilhada. Para que a empresa obtenha sucesso, ela deve analisar o processo, quanto sistema, acompanhando o processo, identificando o caminho percorrido por eles e quais as dificuldades enfrentadas, os erros e acertos. O processo de aprendizagem organizacional por mais bem formulado que seja não garantirá a qualidade do aprendizado, essa ação de ensinar, só fará sentido se os funcionários conseguirem maximizar a utilização das informações recebidas, transformando-as em conhecimento por meio da ação e da reflexão. Permitindo que os conhecimentos adquiridos sejam transformados em novas habilidades e competências. Este é o desafio do ensino corporativo comprometido com a aprendizagem transformacional e não apenas transacional. A aprendizagem organizacional é entendida enquanto processo e não se baseia em um único instrumento pedagógico, nem circunscrito a um único momento, pois somente uma ampla multiplicidade de recursos de ensino poderá apontar caminhos adequados para a manifestação de múltiplas inteligências, fornecendo condições para quea empresa possa analisar e tomar as decisões e providências mais apropriadas a cada um dos funcionários. Desse modo, o ensino corporativo no contexto da aprendizagem transformacional ocorre ao longo do processo de trabalho dos funcionários, no dia-a-dia na empresa, ampliando as discussões coletivas durante a realização das atividades em grupos ou individuais. Os responsáveis pelo ensino corporativo, por meio da aprendizagem, podem perceber, nesses momentos, se os funcionários estão ou não se aproximando das competências e habilidades que julguem importantes e necessárias à organização, também serão capazes de identificar as dificuldades, auxiliando-os através de intervenções, questionamentos, informações, que os levem à aprendizagem adequada e compartilhada. 4 A APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL E A PARTICIPAÇÃO Mas o que há de novo nessa idéia? Não se conhecem muitas empresas que utilizam à aprendizagem organizacional de modo mais individualizado, para melhor delimitar as dificuldades de certos funcionários e tentar remediá-las? Podemos afirmar que sim. Mas, um verdadeiro processo de ensino corporativo deve ter o caráter formativo, portanto, é necessário ser acompanhado de uma intervenção caracterizada pelos meios pedagógicos aplicados na organização e as transformações na estrutura empresarial, redefinindo os vários processos de aprendizagem na empresa. A idéia de aprendizagem organizacional não é fácil de ser assimilada e entendida. No entanto, a sua compreensão é que determina o quanto se pode apreender sobre os mais variados aspectos e dimensões que o ensino corporativo possui, pois esse processo ainda precisa ter um caráter coletivo e cooperativo e deve envolver todos os profissionais da empresa. 4.1 A auto-avaliação e motivação dos funcionários Através da auto-avaliação durante o processo de aprendizagem o funcionário poderá conscientizar-se de que ele é o seu principal agente avaliador. Precisamos favorecer estes momentos durante todo o processo de aprendizagem, entendendo que nada é mais motivador do que se sentir capaz. Quando a aprendizagem organizacional é transformacional e o ensino uma atividade formativa, ela estará sempre a serviço do processo, garantindo com isso o sucesso, tanto para os que ensinam como para os que aprendem. Há alguns dias atrás recebi uma mensagem, de uma empresa, que me pedia ajuda para um problema. O que fazer para motivar os funcionários? Primeiramente, motivação, o que é isto? O que faz com que um funcionário, neste caso, saia de casa animado com o dia que tem pela frente e outro se arraste para fora da cama só pensando em como vai ser duro chegar à empresa e em como o tempo custa a passar quando está lá, imaginando que em seguida terá que enfrentar mais uma maratona, disponibilizar mais algumas horas enfrentando um trânsito caótico para chegar a sua casa ou ir a um curso noturno, geralmente, após horas de trabalho, sob forte estresse. O que faz uma empresa tornar-se um lugar estimulante onde se aprende coisas novas, na qual o trabalho é duro, mas o resultado aparece mais à frente. Enquanto outra é o purgatório por onde se tem que passar até chegar o bendito fim de semana? Certamente muitas coisas diferenciam uma empresa da outra: políticas e normas, ambiente Receba gratuitamente notícias sobre Administração ENVIAR Fique Informado A gestão do conhecimento por meio da aprendizagem organizacional v... http://www.administradores.com.br/producao-academica/a-gestao-do-... 6 de 9 09/11/2016 19:28 físico, nível salarial, benefícios, mas sinceramente acredito que o principal fator de motivação são as atitudes das pessoas, principalmente, da alta direção da empresa. Nas empresas, hoje, notamos que aqueles que decidem podem estar sofrendo e fazendo com que outros sofrem. Geralmente não vêem a equipe crescer, não motivam os funcionários, são verdadeiros causadores de conflitos e se inter-relacionam muito mal. Sua inteligência emocional ou intuitiva (GOLEMAN, 1995) é, na maioria das vezes, muito baixa. Certamente compete à empresa criar uma estrutura e desenvolver uma cultura que favoreça o bem estar dos seus funcionários, entretanto se não houver uma mudança dentro de cada um de nós, nenhuma transformação na estrutura pedagógica, estrutural e organizacional surtirá resultados satisfatórios. 4.2 O papel da empresa que aprende e ensina Em relação aos funcionários: a empresa deixará como referência a figura do chefe chato, intransigente, inflexível, que não erra. O senhor do saber. O aprendizado será apenas transacional. Para o funcionário será mais um treinamento, mais um curso etc. Ou, pode ser transformacional, tanto para os funcionários como para as empresas, institucionalizando-se o aprender a aprender e apreender. Antes que seja demasiadamente tarde, urge provocar uma mudança de sentido e definir um novo propósito em relação ao processo de aprendizagem nas empresas, que restabeleça a generosidade do encontro, a integridade do ser humano, o esforço vivificante de ser cada dia mais importante que o outro. Quando as empresas vêem os problemas dos seus funcionários como oportunidades para construir um relacionamento, e não como um peso irritante e negativo, modifica-se totalmente a natureza da interação entre empresa e funcionários. Os dirigentes das empresas ao se tornarem mais dispostos, estarão, com certeza, mais entusiasmados para entender melhor os funcionários. Essas interações é que permite passar do estágio transacional para transformacional, criando fortes vínculos de confiança à medida que os funcionários percebem o valor que a liderança dá a eles e a seus problemas. Dependendo da profundidade do envolvimento entre empresa e funcionários certamente encontraremos pessoas mais livres, mais equilibradas e felizes. A amabilidade e atenção, o cuidado e a cooperação, o entusiasmo e o senso de humor, a paixão e a lealdade, a humildade e a vergonha, a serenidade e determinação, a ética, a justiça e muitas outras virtudes, é o que precisa estar presente a todo o momento, seja na escola, em casa, na empresa, na esfera pública. É também função da empresa buscar um mundo de relacionamentos entre as pessoas que as unam através de objetivos comuns, ampliando a solidariedade e o coletivismo, criando um contraponto ao individualismo exacerbado e sem limites. Portanto, empresas têm o dever de incorporar, no dia-a-dia, a prática do relacionamento interpessoal com os funcionários, os pares, os superiores e a comunidade, e devem acima de tudo, ser as facilitadoras das práticas das virtudes. A estratégia é o modelo ou plano que agregam o objetivo, a meta, a política e as ações de uma organização de forma sistêmica. Uma gestão estratégica bem implementada, um plano estratégico adequado é essencial para a maximização dos recursos de uma organização tornando-a competitiva de forma sustentável no mercado. 5 PLANO ESTRATÉGICO E ESTRATÉGIA EMPRESARIAL O plano estratégico deve estabelecer as estratégias corporativas, ou seja, o que a organização deve fazer para construir o seu futuro e cumprir seu propósito. Deve, em linhas gerais, levar em conta as restrições, as oportunidades e as ameaças do ambiente externo, os atuais e futuros clientes e concorrentes, as suas eventuais limitações e potencialidades, e sua forma de capacitação. Devemos entender que nenhum plano estratégico é acabado, definitivo. As estratégias ou parte delas podem surgir a partir de ações empregadas, de decisões gerenciais tomadas, necessitando sofrer mudanças em virtude do ambiente empresarial como um todo, modificações nas estratégias dos concorrentes ou nas alterações na estrutura do mercado. A estratégia empresarial não pode ser entendida como a determinação de programas e de alinhamento das ações como forma para se atingir as metas predeterminadas. A formulação da estratégia pressupõe o desenvolvimento da meta, ou seja, a meta é parte integral do desenvolvimento da estratégia. A Universidade Corporativa promove,quando bem estruturada, a transformação estratégica baseada num processo de mudança interna que visa readequar a organização ao novo ambiente externo extremamente competitivo. O novo paradigma de aprendizagem organizacional deve estar apoiado nas estratégias competitivas da empresas, que são as formas de atuação determinadas pela organização. Essa visão estratégica é o que propicia a diferenciação do produto ou serviço, baseadas na inovação, na qualidade, na cobertura geográfica, na pontualidade, na rapidez, nos preços ou na combinação deles. As estratégias competitivas, por sua vez, devem estar associadas à gestão estratégica que é um processo ordenado, planejado, conduzido e executado pela alta direção da organização, buscando assegurar a continuidade, a sobrevivência e o crescimento da organização, por meio do ininterrupto ajustamento de suas estratégias às mudanças ocorridas ou que podem ser previsíveis em relação ao ambiente externo da organização. A aprendizagem organizacional busca capacitar os dirigentes ao estabelecer a estratégia, lidar com o imprevisível e o desconhecido. Mesmo considerando que o cerne da estratégia seja estabelecer a maneira que a organização irá alcançar suas metas. Devemos compreender que Receba gratuitamente notícias sobre Administração ENVIAR Fique Informado A gestão do conhecimento por meio da aprendizagem organizacional v... http://www.administradores.com.br/producao-academica/a-gestao-do-... 7 de 9 09/11/2016 19:28 essa postura deve ser forte, mas ao mesmo tempo potencialmente flexível. CONCLUSÃO As Universidades Coorporativas surgiram pautadas na necessidade das empresas em se adequarem à nova realidade competitiva internacionalizada, tendo como matriz a gestão do conhecimento por meio da aprendizagem organizacional como um grande desafio empresarial contemporâneo. O processo de aprendizagem, a geração, a aplicação e transmissão do conhecimento são, hoje, os motores de geração de vantagens competitivas em relação aos concorrentes e a gênese de riquezas para as organizações. A aprendizagem organizacional está associada às expressões como sociedade do conhecimento, economia baseada em conhecimentos, redes de conhecimento e capitais do conhecimento. Assim como os esforços empresariais estão relacionados a investimentos e os retornos auferidos, que refletem a importância da gestão empresarial apoiada no conhecimento. Não há dúvidas que o conhecimento constitui a base de sustentação de sociedades, regiões e organizações. O conhecimento não deve ser visto como um fim último para as empresas, mas uma ferramenta, que se adquire com um novo processo de aprendizagem organizacional. O novo paradigma de aprendizagem organizacional muda o sentido da administração empresarial tradicional, passa a ser baseado na gestão do conhecimento, ou seja, o novo modelo de gestão empresarial está, justamente, na capacidade da empresa converter o conhecimento adquirido em qualidade, produtividade e inovação, gerando um diferencial competitivo sustentável ou duradouro, devendo ser continuamente repensado. Pode-se concluir que o paradigma organizacional é o conjunto de referência e regras de atuação da organização que condiciona e limita sua forma de pensar e de agir. Pode ser considerada a verdade da organização, que demarcam e condicionam a busca de soluções de problemas dentro do campo de atuação da empresa. Ela pode estabelecer obstáculos culturais que prejudiquem ou mesmo impedem a implantação das grandes transformações estratégicas nas organizações. É comum ainda verificarmos situações em que a forma e maneira de gerir uma organização tradicional e a sua operacionalização estão lastreadas no sucesso do passado, mas completamente imprópria às novas condicionantes impostas pelo ambiente externo. O plano de aprendizagem organizacional permite estabelecer e fortalecer certas competências nos gestores, por exemplo, iniciativa, criatividade, habilidade de relacionamento interpessoal, liderança, agregadas ao conhecimento e a prudência, essenciais à elaboração da estratégia e à tomada de decisão. A aprendizagem organizacional decorre das novas tecnologias e quando não implementadas adequadamente destroem as vantagens competitivas de uma empresa em um mercado. A estratégia empresarial deve levar em conta a variável tecnológica, isto é, a estratégia inovadora, suportada por novas tecnologias deve ser parte integrante na gestão empresarial. O plano de aprendizagem organizacional requer, além da iniciativa de caráter estrutural, uma nova orientação pedagogia empresarial. Esse novo rumo deve orientar a estratégia, mas motivada pela formação e pelo desenvolvimento do capital intelectual. Ou seja, a formação das pessoas deve acompanhar o desenvolvimento de novos conhecimentos e a partir deles gerar novas competências técnicas e comportamentais que pressupõe o conhecimento de novos processos e novas tecnologias, atitudes e comportamentos compatíveis com as atribuições a serem desempenhadas. A competitividade empresarial associada a uma nova orientação pedagógica de aprendizagem tem que ser fundamentada no trabalho em equipe, no inter-relacionamento pessoal, nas competências gerenciais, nas capacidades cognitivas que constituem um arcabouço sólido que permitirá adquirir vantagens competitivas em relação aos seus concorrentes. O atual processo de internacionalização econômica em curso e as transformações no paradigma tecnológico-organizacional que envolve as nações, as empresas e as mudanças no mundo do trabalho, caracterizam uma "nova era do conhecimento" ou uma "nova forma de produção de conhecimento". O que isso quer dizer? Ninguém poderá destacar-se por ter a melhor informação, porque se tem acesso a ela com muita facilidade. A diferença estará no valor que as nações, empresas ou profissionais tiverem de extrair das informações, os dados necessários à ampliação dos seus conhecimentos. Portanto, podemos, hoje, afirmar que as informações não são o mais importante. O importante é saber o que fazer com as informações, ou seja, maximizar a utilização dessas informações, transformando-as em conhecimento, permitindo a partir delas, adquirir novas competências. Esse conhecimento que é gerado está diretamente relacionado ao dia-a-dia das empresas e os profissionais nelas inseridas, que buscam, na verdade, a adequação dos bens ou serviços gerados, a partir das condições sócio-econômicas e dos avanços tecnológicos envolvidos, representados por um ativo e acelerado processo de transformação. As empresas estão compulsoriamente entendendo que não há mais espaço no mercado para empresas com estruturas empresariais ineficazes, tanto no seu tamanho quanto a sua estrutura de hierarquização. Devemos destacar que é justamente neste universo de mudanças cada vez mais rápidas e aceleradas, na qual surge a necessidade da aprendizagem eficaz. Isto que dizer que há, portanto, a necessidade da concepção de um aprendizado empresarial e como operacionalizá-la nas organizações. O entendimento do novo contexto empresarial perpassa pela aprendizagem organizacional, via Universidade Corporativa, representando mais do que a simples incorporação de novas atitudes, ela retrata um horizonte para o desenvolvimento das empresas e de seus profissionais, em um mundo em constante transformação. Receba gratuitamente notícias sobre Administração ENVIAR Fique Informado A gestão do conhecimento por meio da aprendizagem organizacional v... http://www.administradores.com.br/producao-academica/a-gestao-do-... 8 de 9 09/11/2016 19:28 Problema na produção acadêmica? Compartilhe! 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BIBLIOGRAFIA Aguiar, Afrânio Carvalho. Atividades de ensino e aprendizagem nas corporações brasileiras: alguns fundamentos teóricos e políticos. Disponível em <http://www.educor.desenvolvimento.gov.br/conhecimento_atividadedeensino.html>. Acesso em: 10 jan. 2008. ALLEN, M. What is a corporate university, and why should an organization have one? In: ALLEN, Mark (Org.). The corporate university handbook. New York: AMACOM — American Management Association, 2002. ALVARENGA NETO, Rivadávia C. Drummond de. Gestão do conhecimento em organizações: proposta de mapeamento conceitual integrativo. 2005. Tese Doutorado em Ciência da Informação – Escola de Ciência da Informação, UFMG, Belo Horizonte. BATTAGLIA, Maria do Céu Lamarão. Mediação: metodologia de facilitação de resolução de conflitos. Universidade Gama Filho, 2001. Disponível em: <http://www.encontroacp.psc.br /mediacao.htm>. Acesso em: 12 mai. 2008. DAVENPORT, Thomas H; PRUSAK, Laurence. 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