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Estudo Dirigido Processo nos Tribunais e Procedimentos Especiais

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Processo nos Tribunais e Procedimentos Especiais – CCJ 0037
1º Estudo Dirigido
	Professor(a): 
	Turma:
	Aluno(a): 
	Curso: Direito
1. O que é despacho? Fundamente. 
O CPC em seu § 3º do art. 203 define como despachos todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no processo, de ofício ou a requerimento da parte. Isso quer dizer que, nos despachos, o objetivo não é solucionar o processo, mas determinar medidas necessárias para o julgamento da ação em curso. Tratam-se, portanto, de meras movimentações administrativas – por exemplo, a citação de um réu, designação de audiência, determinação de intimação as partes e determinação de juntada de documentos, entre outros.
2. Qual a diferença entre despacho e decisão? Explique.
O despacho é ato judicial, dentre os elencados, mais ordinário. Sua função é, tão somente, dar seguimento ao procedimento ao qual está submetido o feito. Ex: em uma ação envolvendo o interesse de um menor, o juiz note que o Ministério Público ainda não teria sido intimado para apresentar sua cota, então profere o despacho: “Dê-se ciência ao Ministério Público para parecer”. Não há, no ato, nenhum juízo de valor, tão somente o cumprimento de um procedimento. Em regra, também, não se verifica nenhuma parte prejudicada. Tais características se dão devido à ausência de conteúdo decisório no despacho.
Por outro lado, a decisão interlocutória possui, como o próprio nome diz, conteúdo decisório. Isso quer dizer que a decisão interlocutória: i) depende de um exame mais apurado dos autos; ii) emite um juízo de valor sobre um requerimento de uma das partes ou uma questão de ordem pública; iii) em geral, emite um juízo que assegura o interesse de uma parte, em detrimento da oposta; e iv) pode, inclusive, analisar parcialmente o mérito da ação. a decisão interlocutória não coloca fim à relação judicial, não resolve o caso. O referido ato é adequado para resolver questões incidentais que, embora contribuam para a resolução da contenda, não são objetos da mesma. Ex: um caso em que a autora, em uma ação cujo objeto é a reparação de dano moral por negativação indevida de seu nome, tenha requerido prova testemunhal de seu vizinho, que teria visto o quanto a mesma teria ficado abalada com a notícia da negativação. O juiz, então, ouve as partes e chega à conclusão de que as provas dos autos já eram suficientes para estimar o dano causado, então profere a decisão interlocutória: “Indefiro a prova testemunhal requerida pela autora às fls. XX”.
3. O servidor do poder judiciário pode despachar sem ordem do juiz? Fundamente. 
O artigo 156 do novo CPC reconhece em legislação federal a figura do assessor judicial, que atua nos gabinetes. Segundo o parágrafo único, “o servidor poderá, mediante delegação do juiz e respeitadas as atribuições do cargo, proferir despachos”. Portanto, o servidor não poderá despachar sem ordem do juiz algo que não seja de mero expediente (juntar documentos e carimbar vistas obrigatórias)
4. O juiz pode delegar ao servidor a prática de despacho? Fundamente. 
O artigo 156 do novo CPC reconhece pela primeira vez em legislação federal a figura do assessor judicial, que atua nos gabinetes. A função só existe hoje expressamente em algumas leis estaduais e em portarias do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça. Segundo o parágrafo único, “o servidor poderá, mediante delegação do juiz e respeitadas as atribuições do cargo, proferir despachos”.
5. O despacho é regido por qual princípio? Explique. 
Princípio dispositivo no Processo Civil brasileiro. Dispõe o Novo CPC, no art. 2º: “Art. 2º O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei”. § 2º O princípio dispositivo informa a condução do processo pelo juiz, bem como a própria atuação das partes.
6. O que é decisão interlocutória?
É um dos atos processuais praticados pelo juiz no processo, que, conforme art. 203, § 2º do novo Código de Processo Civil, decide uma questão incidente sem resolução do mérito, isto é, sem dar uma solução final à lide proposta em juízo (característica esta da sentença). A questão incidente é uma pendência que deve ser examinada como pressuposto para o que o pedido (questão principal) seja concedido. 
7. A decisão interlocutória que não se enquadra no art. 1.015 do CPC, se sujeita a preclusão? Fundamente. 
Não. As decisões que não comportam o recurso de agravo de instrumento não estarão sujeitas à preclusão, podendo a parte renovar esta discussão em preliminar do recurso de apelação ou contrarrazões de apelação, conforme art. 1.009, § 1º do CPC/15.
8. Qual o recurso cabível contra sentença? Fundamente. 
Conforme artigo 1009, da sentença cabe apelação que deverá ser interposta no prazo de 15 dias no juízo a quo.
9. Qual a diferença entre sentença e decisão interlocutória? 
Assim, a sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução. Isso significa que, por meio da sentença, o juiz decide a questão trazida ao seu conhecimento, pondo fim ao processo na primeira instância. Decisão interlocutória é o ato pelo qual o juiz decide questão incidental com o processo ainda em curso. Note-se que a decisão interlocutória não põe fim ao processo, diferente da sentença.
10. Qual o recurso cabível contra decisão monocrática do relator? Fundamente.
O recurso cabível contra decisão monocrática do relator é o Agravo Interno, nos termos do art. 1.01 do Novo CPC. Vejamos: Novo CPC, Art. 1.021. Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento, as regras do regimento interno do tribunal.
11. O que é acórdão e quais os possíveis recursos para impugná-lo? 
Acórdão é uma decisão final ou sentença que, quando atribuída por uma instância superior, vale como um modelo para resolver casos ou situações análogas. Embargos Infringentes - do acórdão não unânime que: a) houver reformado, em grau de apelação, sentença de mérito B) ou houver julgado procedente ação rescisória
12. O que é recurso e quais suas características? 
Os recursos são remédios processuais que buscam corrigir e suprir erros cometidos em decisões proferidas pelos juízes, dando o direito a rediscussão da matéria impugnada à parte recorrente e garantindo a segurança jurídica, idoneidade e imparcialidade do julgador. Suas características são voluntariedade, taxatividade e endoprocessual
13. Em que hipótese o tribunal majorará os honorários advocatícios fixados anteriormente? Fundamente. 
É devida a majoração da verba honorária sucumbencial, na forma do art. 85, § 11, do CPC/2015, quando estiverem presentes os seguintes requisitos, simultaneamente: a) decisão recorrida publicada a partir de 18.3.2016, quando entrou em vigor o novo Código de Processo Civil; b) recurso não conhecido integralmente ou desprovido, monocraticamente ou pelo órgão colegiado competente; e c) condenação em honorários advocatícios desde a origem no feito em que interposto o recurso.14. O que é recurso adesivo e quais seus requisitos. 
15. Como se classificam os recursos quanto a sua extensão, prazo, fundamentação e finalidade.
Extensão: Esta classificação se baseia no conteúdo a ser impugnado e divide os recursos entre aqueles que abrangem a sua totalidade – recurso total – ou aqueles que não abrangem a totalidade do conteúdo impugnável da decisão – recurso parcial. Este último trata-se de uma busca do recorrente em obter a reforma parcial da decisão proferida
Prazos: os prazos podem ser classificados em legais ou judiciais. Os legais são aqueles fixados em lei e sua alteração é vedada. Por sua vez, os prazo judiciais, são fixados pelo juiz apenas nos casos em que a legislação for omissa. Na fixação dos prazos judiciais o magistrado deve levar em consideração a complexidade do ato processual, conforme determina o artigo 218, § 1º do CPC/2015. Nos casos onde ocorrer tanto a omissão legal quanto a omissão do magistrado, o CPC/15,em seu artigo 218, § 3º, estabeleceu o limite genérico de cinco dias úteis para a prática do ato processual.
Fundamentação livre e Fundamentação vinculada: esta classificação, como bem diz seu nome, tem como critério a fundamentação dos recursos. Considera-se um recurso de fundamentação vinculada quando a lei exige a presença de determinados tipos de vícios na decisão, para que então tenha cabimento. No nosso sistema atual, são eles os recursos: especial, extraordinário e embargos de declaração.
Finalidade Quanto ao fim buscado pelo recorrente, o recurso pode ser classificado em: recurso de reforma - tem por escopo a reforma da decisão; recurso de invalidação - tem por escopo a anulação da decisão; recurso de esclarecimento ou integração - tem por escopo suprir falhas de locução formal nas hipóteses de obscuridade ou contradição, bem como a integração do julgado no caso de omissão. Quanto ao fim pretendido pelo recorrente há, ainda, quem classifique os recursos em: recurso dirigido ao mérito - tem por escopo atacar a decisão acerca da relação jurídica material; recurso não dirigido ao mérito - tem por escopo atacar a decisão acerca da relação jurídica processual. Nesse caso, o recurso poderá ser:- reformativo - busca-se a reforma da decisão; - anulante - busca-se a nulidade da decisão.
16. O que é princípio do duplo grau de jurisdição? Há exceção? Esse princípio tem previsão constitucional? Explique.
Tem a finalidade de garantir a possibilidade de reexame, de reapreciação da sentença definitiva proferida em determinada causa, por outro órgão de jurisdição que não o prolator da decisão, normalmente de hierarquia superior”. Há exceções ao duplo grau de jurisdição como por exemplo a aplicação da teoria da causa madura: apreciada uma das questões de mérito (decadência por exemplo), o tribunal rejeitando-a, julga as demais que não foram examinadas na sentença (art. 1.013, § 1º, CPC); 4. interposta apelação contra sentença que não examina o mérito (art. 485, CPC), o tribunal pode julgar diretamente o mérito (art. 1.013, § 3, I do CPC); 5. o tribunal percebe afronta à regra de congruência (arts.141 e 492, CPC);6. o juiz omite a apreciação de um dos pedidos formulados pelo autor e o tribunal corrige o vício, julgando-o (art. 1.013, § 3, III, CPC);7. o juiz no caso de cumulação eventual de pedidos , acolhe o primeiro e deixa de examinar o segundo;8. o tribunal anula a sentença por vício de fundamentação (art. 489, § 1º, CPC) e julga a causa com a motivação adequada (art. 1.013, p§ 3,IV, CPC);. O Princípio do Duplo Grau de Jurisdição não está expressamente previsto na Constituição Federal, mas trata-se de um comando implícito, que é construído a partir do art. 5o, inciso LV, segunda parte, da Constituição, e dos arts. 92, 102, 105 e 108.
17. O tribunal pode suprimir um grau de jurisdição? Explique.
Suprime-se um grau de jurisdição: apenas o tribunal examina o mérito da causa. Essa regra é constitucional. ... Como aspecto do processo razoável, exigido pela cláusula do devido processo legal, o duplo grau não é uma imposição absoluta. Há situações em que o mais razoável é mesmo se adotar um modelo de grau único.
18. O que é princípio da colegialidade? Todas as decisões são obrigatoriamente revistas por um colegiado? Explique.
o princípio da colegialidade nada mais é do que uma junção de dois princípios constitucionais, a saber, princípio do juiz natural e do devido processo legal, possibilitando, por conseguinte, a ampla recorribilidade das decisões monocráticas dos relatores. Após a finalização do julgamento de um processo em primeira instância, as partes envolvidas podem apresentar recurso a órgãos colegiados nas instâncias superiores, que irão analisar o feito e emitir decisão. 
19. O que é princípio da taxatividade?
O princípio da taxatividade ou da determinação exige clareza quando da criação de infração penal porque a norma incriminadora deve ser de fácil entendimento por todos, ou seja, as condutas criminosas precisam ser redigidas com clareza pelo legislador para facilitar o entendimento da população em geral.
20. O que é princípio da unirrecorribilidade e quais suas exceções?
O princípio da unirrecorribilidade, também chamado de princípio da unicidade ou singularidade, é aquele segundo o qual para cada tipo de decisão judicial só cabe um recurso, sendo vedada a interposição simultânea ou cumulativa de dois ou mais recursos, pela mesma parte, contra uma mesma decisão judicial. Caberão simultaneamente, portanto, agravo em recurso extraordinário ou especial (art. 1.042 do CPC) e o agravo interno (art. 1.021 do CPC). Temos, portanto, uma exceção ao princípio da unirrecorribilidade
21. O que é o princípio da dialeticidade?
Pelo princípio da dialeticidade, cabe ao recorrente impugnar as razões lançadas na decisão atacada, buscando demonstrar a existência de erro in procedendo ou in judicando, a merecer a declaração de nulidade da decisão ou novo julgamento da causa.
22. Quais as exceções ao princípio da proibição da Reformatio in Pejus?
há casos de exceção à proibição da reformatio in pejus, onde este princípio é relativizado, tal como quando há matéria de ordem pública analisada pelo tribunal ou quando ambas as partes recorrem da mesma decisão judicial com o mesmo objeto de recurso.
23. O que é o princípio da fungibilidade e quais seus requisitos?
O princípio da fungibilidade pode ser aplicado aos recursos, substituindo-se um instrumento por outro, naqueles casos em que haja dúvida objetiva sobre qual recurso cabe de determinada decisão, quando não existir erro grosseiro ou má-fé e o prazo do recurso for o daquele cabível na hipótese. O princípio da fungibilidade incide quando preenchidos os seguintes requisitos: a) dúvida objetiva quanto ao recurso a ser interposto; b) inexistência de erro grosseiro; e c) que o recurso interposto erroneamente tenha sido apresentado no prazo daquele que seria o correto.
24. O que é o princípio da complementariedade?
Pelo princípio da complementaridade os tribunais nacionais têm prioridade no julgamento de crimes internacionais, e o Tribunal somente irá intervir se um Estado com jurisdição sobre o crime internacional não quer ou é incapaz de investigá-lo.
25. O recorrente pode aditar o recurso? Explique.
A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), no AgRg no HC 652.079/MG, decidiu que uma vez interposta a apelação, a prática de novo ato processual com intuito de aditar às razões recursais fica obstada pela preclusão consumativa.
26. O que é o princípio da consumação?
Pelo princípio da consunção ou da absorção, a norma definidora de um crime constitui meio necessário ou fase normal de preparação ou execução de outro crime, ou seja, há consunção quando o fato previsto em determinada norma é compreendido em outra, mais abrangente, aplicando-se somente esta.
27. Pesquise um julgado que trate de um dos princípios recursais e faça um resumo.
A apelação civil, responsabilidade civil, atraso na entrega do imóvel, dano material, possibilidade de aditamento do recurso. APELAÇÃO IMPROVIDA. Em caso de atraso na entrega do imóvel pela construtora, esta responderá pelos danos materiais causados ao promitente comprador. Quando a decisão que acolheu os embargos declaratórios for publicada posterior à interposição do recurso de apelação da parte adversa, esta poderá promover a compilação aos fundamentos contidos nas razões do apelo, apenas na matéria que for objeto dos presentes embargos. Recurso de apelação improvido acordam por unanimidade, negou-se provimento ao recurso nos termos dos votos da turma.
(TJ-PE-AC: 174758 PE 01254087720058170001, Relator: Antônio Fernando de Araújo Martins, Data de Julgamento: 17/02/2009, 6º Câmara Cível, data de Publicação: 113)

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