Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Biologia B 1 UNIDADE 1 CITOQUÍMICA COMPONENTES INORGÂNICOS - ÁGUA E SAIS MINERAIS A água exerce um papel fundamental e essencial nos organismos, sendo, inclusive, o componente químico encontrado em maior quantidade nas células e, consequentemente, nos seres vivos. No entanto, observa-se que a quantidade de água nas células varia de espécie para espécie e, também, de acordo com a idade e o tipo de atividade funcional. Por exemplo, nos celenterados (água viva), a concentração de água em suas células pode chegar a mais de 90%, enquanto nas sementes de alguns vegetais a quantidade de água é, aproximadamente, 5%. Já nas células nervosas, que são super ativas, a concentração de água pode chegar a 80%, ao contrário das células ósseas, que apresentam uma concentração em torno de 40%. Além disso, num bebê, a água é responsável por mais de 85% do peso corporal, ao passo que, numa pessoa idosa, corresponde cerca de 70 a 75% do seu peso corporal. FUNÇÕES DA ÁGUA REAÇÕES DE HIDRÓLISE A água é um reagente indispensável para a maioria das reações químicas que ocorrem nos seres vivos. Por exemplo, todo o oxigênio existente na atmosfera, também é proveniente da quebra de moléculas de água. Por outro lado, a exemplo do que ocorre nos processos de digestão, as proteínas obtidas nos alimentos, como a carne e o leite, terão que ser fragmentadas em pequenas moléculas (aminoácidos), para que as células possam absorvê-las. Nesse tipo de reação, na qual ocorre a quebra de grandes moléculas em pequenas moléculas, também há participação da molécula de água. Essa reação recebe o nome espaço de reação de hidrólise (hydro: água / lise: quebra). REGULADOR TÉRMICO A água contribui para conservar a temperatura constante dos animais, não deixando que ocorram variações bruscas, o que poderia levar o organismo à morte. Essa característica deve-se ao fato de a água apresentar um alto calor específico. Outra característica muito importante da água, como regulador térmico para os seres vivos, é com relação ao seu elevado grau de vaporização, quando comparada com outros líquidos. Por exemplo, para evaporar 1g de água, é necessária uma quantidade de calor dez vezes maior do que a quantidade que seria necessária para elevar 1g de outro líquido, como a amônia. A evaporação da água evita o superaquecimento dos animais e vegetais. As plantas só não se superaquecem durante um dia de muito sol porque o intenso calor que esses vegetais absorvem acaba sendo perdido quando a água evapora de sua superfície. Fato semelhante também ocorre com os animais, quando o suor, presente na superfície do corpo, devido a uma atividade física ou a um dia muito quente, promove o resfriamento. Além disso, a água protege os organismos contra os efeitos do congelamento, devido ao seu alto calor de fusão. Portanto, para que a água se torne gelo, esta terá que ser exposta, por um longo tempo, a temperaturas muito baixas. AGENTE PASSIVO NA OSMOSE A osmose é a passagem de moléculas de água de uma solução menos concentrada (meio hipotônico) para outra mais concentrada (meio hipertônico). SOLVENTE UNIVERSAL A água é um excelente solvente pois é capaz de dissolver várias substâncias químicas polares, ou seja, com cargas positivas e negativas, como, por exemplo, os sais minerais, os açúcares, os aminoácidos, as proteínas e os ácidos nucleicos. As substâncias químicas que se dissolvem na água são denominadas substâncias hidrófilas (hydro: água / philos: amigo), enquanto os lipídios (gorduras e ceras), por apresentarem baixa polaridade (são substâncias não-polares), são insolúveis em água, sendo denominadas substâncias hidrófobas (hydro: água / phobos: medo). A polaridade da água é responsável pela sua característica de solvente universal, pois as suas moléculas associam-se, através das pontes de hidrogênio, tanto aos íons positivos, quanto aos íons negativos. VEÍCULO DE TRANSPORTE Devido à característica de solvente universal, a água é o principal veículo transportador, pois ao dissolver muitas substâncias químicas, permite que a célula realize a ingestão, a digestão e a absorção, além de facilitar a entrada e a saída de muitos compostos através da membrana celular. SAIS MINERAIS Como a água, os sais minerais são fundamentais para o bom funcionamento e sobrevivência do organismo. A quantidade de sais minerais também varia de espécie para espécie. Algumas espécies apresentam concentrações ao redor de 1%, e outras podem apresentar até 5%. Os sais minerais podem ser encontrados nos seres vivos sob duas formas básicas: imobilizados e pouco solúveis, constituindo, por exemplo, as carapaças, as cascas dos ovos e os esqueletos dos animais; e dissolvidos em água, portanto dissociados em íons, sendo considerados de máxima importância para o bom funcionamento da célula e, consequentemente, do organismo. Biologia B 2 Exercícios de Sala 1. (UFSC) A maior parte dos seres vivos é composta de água. No corpo humano, a porcentagem de água pode variar de 20%, nos ossos, a 85%, nas células nervosas; nas medusas (animais marinhos), a porcentagem de água chega a mais de 95%. Assinale as afirmativas que indicam corretamente a importância da água nos seres vivos. 01. A maioria dos elementos químicos, presentes nos seres vivos, necessitam de um meio aquoso para se dissolverem e reagirem uns com os outros. 02. A água atua no transporte e remoção dos produtos do metabolismo. 04. A grande capacidade da água de absorver calor protege o material vivo contra súbitas mudanças térmicas. 08. A água atua como lubrificante, estando presente nos líquidos corporais, entre um órgão e outro. 2. Qual das alternativas abaixo não está relacionada à economia de água ou proteção contra desidratação? a) Pele queratinizada. b) Redução da taxa de transpiração. c) Folhas vegetais com cutícula espessa. d) Embrião envolvido pela vesícula amniótica (bolsa d’água). e) Alta taxa de micção. 3. (UFRN) Elementos que fazem parte da constituição das moléculas de ATP, clorofila e hemoglobina são, respectivamente: a) Magnésio, ferro e fósforo. b) Ferro, magnésio e fósforo. c) Fósforo, magnésio e ferro. d) Magnésio, fósforo e ferro. e) Fósforo, ferro e magnésio. SAIS MINERAIS IMPORTÂNCIA FONTES Cálcio Importante componente na constituição dos ossos e dos dentes; É de fundamental importância para que inicie a coagulação do sangue; É necessário para o funcionamento do impulso nervoso e da contração dos músculos. É encontrado nos vegetais verdes, no leite e nos laticínios. Cloro Importante no balanço de líquidos do corpo; Importante íon negativo no líquido extracelular; Componente importante na manutenção do pH. Sal de cozinha. Cobre Importante componente de muitas enzimas; Essencial para a síntese (produção) de hemoglobina. É encontrado nos feijão, ovos, peixe e no trigo integral. Cobalto Constituinte da vitamina B12; Essencial para a produção das hemácias. É encontrado na carne e nos laticínios. Enxofre Constituinte de muitas proteínas, também é essencial para a atividade normal do metabolismo. É encontrado na carne e nos vegetais. Fósforo Como o cálcio, o fósforo também é um importante componente dos ossos e dos dentes; Essencial para o armanezamento e transferência de energia no interior das células, sendo componente da molécula de ATP; Também é o componente das moléculas de DNA e RNA. É encontrado no leite, laticínios, carnes e cereais. Ferro Constituinte importe da hemoglobina, da mioglobina e de enzimas respiratórias. É fundamental para a respiração celular. É encontrado na carne, no fígado, na gema do ovo, nos legumes e nos vegetais verdes. Flúor Também é constituinte dos ossos e dos dentes, protegendo-oscontra as cáries. Água fluorada. Iodo Componente dos hormônios da tireóide, os quais, por sua vez, estimulam o metabolismo. É encontrado no sal de cozinha, laticínios e frutos do mar. Magnésio Componente de muitas coenzimas; É necessário para que ocorra o funcionamento normal dos nervos e músculos. É encontrado nos cereais e vegetais verdes. Manganês Importante para que ocorra a ativação de diversas enzimas. É encontrado no cereais, gema de ovo e vegetais verdes. Potássio Importante íon positivo no interior das células; Participa na contração muscular e na atividade das células nervosas. É encontrado na carne, leite e, em muitas frutas. Sódio Fundamental para a condução do impulso nervoso; Importante no balanço de líquidos do corpo; Importante íon negativo no líquido extracelular. É encontrado no sal de cozinha. Zinco Constituinte de várias enzimas, como por exemplo, no processo de digestão. É encontrado em vários alimentos. Biologia B 3 UNIDADE 2 COMPOSTOS ORGÂNICOS DA CÉLULA Os compostos orgânicos presentes nos seres vivos são: GLICÍDIOS (Carboidratos) São moléculas orgânicas que também recebem a denominação de carboidratos, hidratos de carbono, sacarídeos e açúcares. Ao longo das moléculas de carboidratos, sempre está presente um grupo aldeído ou um grupo cetona, e, nos demais carbonos, o grupamento hidroxila. FUNÇÕES DOS GLICÍDIOS Energética: Os glicídios constituem a primeira e a principal substância a ser convertida em energia calorífica na forma de ATP (trifosfato de adenosina) nas células, através dos processos de respiração celular e pela fermentação. Estrutural ou plástica: Alguns carboidratos, em determinadas células proporcionam rigidez, consistência e elasticidade, como por exemplo, a pectina, a hemicelulose e a celulose, encontrados na parede das células vegetais e a quitina, constituindo o exoesqueleto dos artrópodos. CLASSIFICAÇÃO DOS GLICÍDIOS Os glicídios apresentam a seguinte formula geral: Cn(H2O)n e são classificados em três grupos: Monossacarídeos: são glicídios que possuem um baixo número de átomos de carbono em sua molécula. Oligossacarídeos: são glicídios que se formam a partir da união de dois até dez monossacarídeos, podendo ser denominado de OSÍDEOS. O grupo mais importante de oligossacarídeos são os denominados dissacarídeos, formados pela união de apenas dois monossacarídeos ou oses, como por exemplo, a maltose constituída por duas moléculas de glicose; a lactose, constituída por uma molécula de glicose mais uma de galactose e a sacarose que é constituída por uma molécula de glicose mais uma de frutose. Polissacarídeos: São glicídios que possuem mais de dez monossacarídeos ligados em cadeia, como a celulose que é constituída por mais de 1000 glicoses; o amido, principal reserva energética dos vegetais, constituído por mais de 1400 glicoses e o glicogênio, principal reserva energética dos animais e fungo é constituído por mais de 30000 glicoses. LIPÍDIOS São moléculas orgânicas encontradas em grande quantidade nos seres vivos, constituindo, aproximadamente, 5% da matéria viva. Os lipídios são formados pela associação de uma molécula de álcool ligada a moléculas de ácidos graxos, os quais são longas cadeias de carbono e hidrogênio, apresentando numa das extremidades um grupo ácido (COOH). Essa associação de alcoois com ácidos graxos resulta em moléculas denominadas ésteres. FUNÇÕES DOS LIPÍDIOS Estrutural: Os lipídios, juntamente com as proteínas, conferem às células rigidez, consistência e elasticidade. Reserva Energética: Os lipídios constituem a segunda fonte de energia calorífica para as células, produzindo quatro vezes mais energia do que uma molécula de glicídio. Entretanto, as células oxidam muito mais facilmente os glicídios do que os lipidíos. Nos animais, os lipídios são armazenados em células especiais denominadas adiposas ou adipócitos. Essas células localizam-se no panículo adiposo (camada de tecido que se dispõe abaixo da pele), ao redor de certas vísceras e na medula óssea amarela. Isolamento térmico: O panículo adiposo constitui um revestimento natural dos animais homeotérmicos contra o frio, mantendo o calor do corpo e, consequentemente, atuando como um isolante térmico. Isolamento elétrico: Os lipídios não conduzem cargas elétricas, portanto suas moléculas são denominadas apolares, como por exemplo, a camada de fosfolipídios da membrana plasmática e a bainha de mielina das células nervosas, as quais são responsáveis pela diferença de potencial (DDP), entre o meio interno e o meio externo da célula. CLASSIFICAÇÃO DOS LIPÍDIOS Os lipídios são classificados em simples e complexos. Lipídios simples: São lipídios que apresentam na molécula de álcool e nos ácidos graxos somente os átomos de carbono (C), de hidrogênio (H) e oxigênio (O), como por exemplo: - os glicerídeos, formados por um glicerol (glicerina), mais três ácidos graxos. São os óleos e gorduras, que se diferenciam apenas com relação ao ponto de fusão. Enquanto os óleos são líquidos, à temperatura ambiente, e de origem vegetal, as gorduras são sólidas e de origem animal; - os cerídeos são lipídios semelhantes aos glicerídeos, possuindo o ácido graxo em sua molécula, diferindo-se apenas pelo tipo de álcool que possui até dezesseis carbonos na cadeia. As ceras de abelha e a carnaúba são exemplos de cerídeos. - os esterídeos são lipídios com alcoóis policiclicos com ésteres de ácidos graxos. A progesterona, a testosterona e o estrógeno que são hormônios sexuais, o colesterol, a vitamina A, D e a cortisona. Lipídios complexos: São lipídios que apresentam, além dos átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio, outros átomos, como por exemplo, o nitrogênio, fósforo e o enxofre. Os fosfolipídios da membrana plasmática de todas as células, a esfingomielina que forma a bainha de mielina em determinados neurônios e a lecitina, presente na gema do ovo, são exemplos de lipídios complexos. AS PROTEÍNAS O termo proteína é utilizado quando a molécula apresenta mais de setenta aminoácidos, os quais estão unidos uns aos outros através das ligações peptídicas, formando longas cadeias. Como já foi citado, a enorme variedade de proteínas existentes nos seres vivos é decorrente do fato de que os 20 aminoácidos apresentam-se formando muitas sequências e combinações diferentes, possibilitando uma variedade incrível de moléculas proteicas. As proteínas ainda diferem umas das outras pela quantidade de aminoácidos, pelos tipos de aminoácidos e pela sequência em que esses aminoácidos estão unidos. Por exemplo, a bactéria Escherichia coli contém aproximadamente 800 espécies distintas de proteínas e, em cada uma das células humanas, já foram identificados mais de três mil tipos de proteínas que atuam em todos os processos vitais da célula, Biologia B 4 desde a produção de energia até a síntese e destruição de substâncias intracelulares. OS AMINOÁCIDOS Os aminoácidos são unidades que constituem as proteínas. Essas moléculas se caracterizam por apresentar cadeias de carbono contendo, obrigatoriamente, o átomo hidrogênio, o de oxigênio e o de nitrogênio, podendo, algumas vezes, aparecer também o de enxofre. Os vegetais produzem todos os aminoácidos de que necessitam a partir da fotossíntese e do nitrato (NO3-), retirado do meio ambiente. Já os animais, não são capazes de produzir todos os aminoácidos que necessitam, tendo de obtê-los através da alimentação. Na espécie humana, são necessários 20 tipos diferentes de aminoácidos, os quais, em combinações diferentes, são capazes de originar milhares de proteínas. O organismo humano, contudo, é capaz de produzir apenas onze dos vinte aminoácidos, sendo necessário obter através daalimentação (carne, leite, queijo, peixe e ovos) os outros nove aminoácidos que lhe faltam. Todos os aminoácidos obtidos através da alimentação são denominados aminoácidos essenciais, enquanto que aqueles sintetizados pelo próprio organismo são conhecidos como aminoácidos não-essenciais ou naturais. LIGAÇÕES ENTRE OS AMINOÁCIDOS A ligação química que se estabelece entre dois aminoácidos é denominada ligação peptídica. Essa ligação ocorre devido a união de um átomo de hidrogênio (H), proveniente do grupo amina (NH2), com a hidroxila (OH), proveniente do grupo carboxila (COOH), resultando a união dos aminoácidos e a formação de uma molécula de água. As moléculas resultantes da união de aminoácidos são denominadas peptídeos. Portanto, dois aminoácidos formam um dipeptídeo, ao passo que três aminoácidos formarão um tripeptídeo e, quatro, um tetrapeptídeo, sucessivamente. Os termos oligopeptídeo (oligo; pouco) e polipeptídeo (poli; muito), também são utilizados para denominar moléculas formadas por poucos aminoácidos e muitos aminoácidos, respectivamente. ESTRUTURA DAS PROTEÍNAS A sequência de aminoácidos na proteína é denominada estrutura primária. Essa sequência é o fator responsável pela atividade biológica da proteína e, atualmente, já se conhece a sequência de muitos aminoácidos que formam algumas proteínas, como, por exemplo, a hemoglobina, que é constituída por 574 aminoácidos; da insulina (um hormônio secretado pelo pâncreas), da ocitocina (hormônio responsável pelas contrações do parto), da mioglobina (proteína do músculo), entre outros. É interessante ressaltar que a simples troca de um desses aminoácidos poderá causar consequências graves, como é o caso da anemia falciforme, provocada pela substituição de um aminoácido, o ácido glutâmico, por outro aminoácido, a valina, numa certa região da molécula. No entanto, as proteínas não são simples fios esticados, geralmente as cadeias polipeptídicas estão enroladas em forma helicoidal, lembrando um fio de telefone. Esse enrolamento é denominado estrutura secundária da proteína, a qual é consequência da atração entre átomos de aminoácidos que estão próximos um dos outros. Esta cadeia polipeptídica helicoidal costuma ainda dobrar-se sobre si mesma, assumindo o aspecto de um novelo e constituindo a estrutura terciária da proteína. Além disso, muitas proteínas são constituídas por mais de uma cadeia polipeptídica, como por exemplo, a hemoglobina do nosso sangue e a clorofila dos vegetais, que são constituídos por quatro cadeias polipeptídicas. Essa estrutura extremamente complexa de algumas moléculas prote’’icas é denominada de estrutura quaternária. Estrutura das proteínas A letra “A” representa a estrutura primária. A letra “B” representa a estrutura secundária. A letra “C” representa a estrutura terciária. A letra “D” representa a estrutura quaternária. FUNÇÕES DAS PROTEÍNAS Função estrutural ou plástica: são proteínas que participam da estrutura dos tecidos, conferindo-lhes, consistência, rigidez e elasticidade. Exemplo: o colágeno, proteína de alta resistência encontrada na pele, nas cartilagens, nos ossos e nos tendões; a actina e a miosina, proteínas contráteis encontradas em grande quantidade nos músculos, participando do mecanismo de contração muscular; queratina, proteína impermeabilizante encontrada na pele, cabelos e unhas, que protege contra a dessecação; os gens, constituídos pelo ácido desoxirribonucleico, que apresentam em sua constituição química, moléculas proteicas; o fibrinogênio, proteína encontrada no sangue e relacionada ao mecanismo de coagulação e a albumina, proteína encontrada na maioria dos tecidos animais e nos ovos das aves. No sangue, é constituinte do plasma (parte líquida), o qual desempenha importante papel na regulação osmótica. Função hormonal: vários hormônios são de constituição proteica, como, por exemplo, a insulina. Função de defesa: as proteínas que realizam a defesa do nosso organismo são denominados anticorpos, os quais irão atuar sobre os corpos estranhos conhecidos como antígenos, causadores de várias doenças. Função energética: o organismo obtém energia para a realização de várias atividades a partir das moléculas de glicídios, de lipídios e das proteínas. Os aminoácidos que constituem as moléculas de proteínas passam a fazer parte da respiração celular, sendo convertidos em ATP. Função enzimática: todas as enzimas são proteínas, as quais são fundamentais na aceleração das reações bioquímicas que ocorrem no organismo, como por exemplo, as lipases, que transformam os lipídios em unidades menores denominados ácidos graxos, para serem posteriormente utilizados pelas células. Condução dos gases: a hemoglobina, presente nos animais vertebrados, e a hemocianina, nos invertebrados, são dois tipos de proteínas responsáveis pelo transporte do gás carbônico e do oxigênio no organismo dos animais. UNIDADE 3 Biologia B 5 ÁCIDOS NUCLEICOS: DNA e RNA Somente em 1953, com os trabalhos de Watson e Crick, foi possível compreender as várias propriedades da molécula de DNA, como por exemplo, a sua capacidade de autoduplicação e de produzir moléculas de RNA, além de também, terem esclarecido a arquitetura do DNA. Existem dois tipos de ácidos nucleicos, o DNA (ácido desoxirribonucleico) e o RNA (ácido ribonucleico). Os ácidos nucleicos são macromoléculas constituídas por milhares de unidades ligadas entre si, denominados nucleotídeos. Cada nucleotídeo é sempre composto por um uma base nitrogenada, grupo fosfato e uma pentose. Com relação à pentose, as moléculas de DNA são constituídas pela desoxirribose e as moléculas de RNA constituídas pela ribose. Com relação às bases nitrogenadas dos ácidos nucleicos, existem 5 tipos diferentes: guanina; adenina; citosina; timina e uracila. As duas primeiras bases nitrogenadas são denominadas púricas e são constituídas por um anel simples de carbono, ao passo que as três últimas são denominadas pirimídicas e são constituídas por um anel duplo de carbono. ESTRUTURA DA MOLÉCULA DNA RNA Bases nitrogenadas Pentose Tipo de filamento A MOLÉCULA DE DNA A molécula de DNA também é denominada de ADN (Ácido Desoxirribonucleico). Essa molécula é formada por milhares de nucleotídeos, os quais se encontram dispostos ao longo de duas cadeias enroladas uma sobre a outra e de forma helicoidal. Nas moléculas de DNA, sempre a base púrica de um filamento liga-se por pontes de hidrogênio à base pirimídica do outro filamento, como, por exemplo: a adenina, que é púrica, liga-se por duas pontes de hidrogênio, à timina, que é pirimídica, ou vice-versa. Já a guanina, que também é púrica, liga-se à citosina, que é pirimídica, ou vice-versa, através de três pontes de hidrogênio. DUPLICAÇÃO DA MOLÉCULA DE DNA Como se observa na figura acima, a estrutura da molécula de DNA é helicoidal e para que ocorra a sua duplicação é necessária a participação de algumas enzimas para que possa haver o desemparelhamento e o desenrolamento da hélice dupla, abrindo-se a molécula. No processo de duplicação da molécula de DNA, as pontes de hidrogênio entre as bases nitrogenadas se rompem e os dois filamentos que constituíam a hélice dupla começam a se separar. À medida que as bases nitrogenadas vão se separando, os nucleotídeos que se encontram dispersos na cariolinfa ou líquido nuclear vão se unindo a cada um dos filamentos rompidos, através da ação de uma enzima denominada DNA polimerase, dando origem a um filamento complementar. Entretanto, a união dos nucleotídeos sempre ocorre entre adenina com timina, ou timina com guanina e, ainda, a citosina com a guanina ou a guanina com a citosina. Observa-se, entretanto, que cada umdos dois novos filamentos formados apresentam um filamento original e um filamento novo. Assim, dizemos que as moléculas de DNA apresentam uma duplicação semiconservativa. A MOLÉCULA DE RNA A molécula de RNA apresenta-se constituída por apenas um único filamento. Com relação à pentose, a molécula de RNA possui a ribose, e as bases nitrogenadas são: adenina, citosina, guanina e uracila, não existindo no RNA a timina. As moléculas de DNA, além de possuírem a capacidade de autoduplicação, também são capazes de produzir as moléculas de RNA, as quais receberão as mensagens do DNA e passarão a comandar a síntese de uma determinada proteína no citoplasma celular. A SÍNTESE DA MOLÉCULA DE RNA Para que ocorra a formação da molécula de RNA é necessário que haja o rompimento das pontes de hidrogênio que unem as bases nitrogenadas da molécula de DNA. Esse rompimento pode ser total ou parcial, uma vez que pode ocorrer a cópia de apenas uma parte da molécula de DNA. Em seguida, ocorre a união dos nucleotídeos pertencentes à molécula de RNA, num processo semelhante ao que ocorre na duplicação do DNA. No entanto, onde havia a união da timina com a adenina na molécula de DNA, no RNA, a timina não se faz presente e sempre será a uracila que se ligará a adenina. Além disso, a união dos nucleotídeos da molécula de RNA só ocorre sobre uma das fitas do DNA, denominada de fita-molde ou fita-ativa. Após a formação das moléculas de RNA, estes migram para o citoplasma, onde realizarão a síntese das proteínas. Formação das moléculas de RNAm . Observe que para a formação do RNA a uracila se liga a adenina, formando uma fita única. UNIDADE 4 A SÍNTESE DE PROTEÍNAS Esquema da molécula de DNA, a qual é formada por milhares de nucleotídeos dispostos ao longo de duas cadeias enroladas, uma sobre a outra, de forma helicoidal. A letra “A” e “B” representam as bases nitrogenadas e a letra “C”, a pentose mais o grupo fosfórico. Biologia B 6 Quando realizamos uma análise bioquímica das células, observamos que em todas elas existe uma variedade muito grande de proteínas, responsáveis, inclusive, pelas propriedades específicas de cada célula, como, por exemplo, a contração dos músculos, revestimento, transporte de gases, etc. Portanto, as características de qualquer organismo vivo dependem basicamente dos tipos de proteínas que o constituem. As moléculas de DNA possuem todas as instruções para que ocorra a síntese (formação) das proteínas. No entanto, essas instruções não são transferidas diretamente da molécula de DNA para a molécula proteica que está sendo sintetizada. Existe, entretanto, a participação de uma molécula intermediária, a qual atua como mensageira dessas instruções. Na verdade, essa molécula mensageira é um tipo especial de RNA, denominado de RNA mensageiro (RNAm). Este RNAm transportará a mensagem contida na molécula de DNA e orientará a síntese de proteínas. Sendo assim, podemos dividir a síntese de proteínas em duas etapas: - a primeira é a transcrição do código genético, que consiste no processo de transferência das instruções contidas no DNA para o RNA; - a segunda é a tradução do código genético, que consiste na síntese das proteínas, orientando os tipos de aminoácidos que serão utilizados e, também, a posição que estes deverão ocupar na molécula proteica. No capítulo sobre as proteínas, verificamos que na constituição química das moléculas protéicas podem existir até 20 tipos diferentes de aminoácidos (lembre-se que as proteínas são formadas por muitos aminoácidos). Se cada uma destas letras (A), (T), (C) e (G) da molécula de DNA fosse específica para formação de um determinado tipo de aminoácido, consequentemente, todas as proteínas possuiriam apenas quatro tipos diferentes de aminoácidos. No entanto, os pesquisadores concluíram que para uma proteína possuir os possíveis 20 aminoácidos em sua estrutura molecular seria necessário um código tríplice, ou seja, que as bases nitrogenadas se agrupassem três a três, possibilitando a codificação dos vinte aminoácidos. Sendo assim, cada sequência de três bases nitrogenadas da molécula de DNA codifica a posição de um determinado tipo de aminoácido numa proteína. Essa sequência de três bases nitrogenadas recebe a denominação códon. Durante a síntese de proteínas, observa-se a presença de três tipos de moléculas de RNA, como: o RNA mensageiro (RNAm), o RNA transportador (RNAt) e o RNA ribossômico (RNAr). O RNAm é formado a partir da molécula de DNA, num processo denominado de transcrição do código genético. Durante esse processo, verifica-se a presença da enzima RNA-polimerase unindo as bases nitrogenadas adenina com a uracila e citosina com a guanina e, em seguida, o destacamento da fita-molde da molécula de DNA que lhe deu origem. O RNA transportador (RNAt) também é produzido no núcleo, a partir de algumas moléculas de DNA. Logo após a sua formação no núcleo da célula, o RNAt migra para o citoplasma e passa a capturar aminoácidos, transportando- os, em seguida, para o RNA mensageiro (RNAm), o qual se encontra associado aos ribossomos. O RNAt se caracteriza por possuir poucos nucleotídeos e, sua molécula, apresenta- se dobrada sobre si mesma. Além disso, também possui uma região específica para cada aminoácido que será transportado até o RNA mensageiro (RNAm) e, de uma outra região, constituída por uma trinca de nucleotídeos, denominada de anticódon. É através do anticódon que o RNAt reconhece o local no qual o RNAm deverá colocar o aminoácido por ele transportado. O RNA ribossômico (RNAr) também origina-se no núcleo a partir do DNA, mas estes migram para o citoplasma e associam-se a determinadas proteínas, originando os ribossomos. Esses ribossomos são responsáveis pelo acoplamento do RNAt, que transporta os aminoácidos ao RNAm , o qual possui o código para a formação de uma determinada proteína. AS VITAMINAS As vitaminas são substâncias orgânicas essenciais para o organismo e são obtidas somente através da alimentação. As principais vitaminas, a sua utilização pelo organismo, os sintomas de sua deficiência e a sua obtenção, estão resumidos na Tabela 1. Biologia B 7 VITAMINA UTILIZAÇÃO PELO ORGANISMO SINTOMAS DA DEFICIÊNCIA FONTES Tipo A necessária para o bom funcionamento dos olhos, evita a cegueira noturna e previne resfriados. cegueira noturna, xeroftalmia e cegueira total. cenoura, abóbora, milho, pêssego (vegetais amarelos em geral), gema do ovo e fígado. Tipo B3(niacina) mantém o estado normal de resistência e elasticidade do tecido nervoso e muscular e o bom funcionamento do sistema digestivo. nervosismo, problemas digestivos, cansaço. carnes magras, ovos, figado e leite. Tipo B1 (tiamina) mantém o estado normal do tecido muscular e nervoso e previne o beribéri beribéri (fraqueza muscular), perda de apetite e nervosismo. cereais, feijào, figado, carne de porco, vegetais de folha Tipo B2 (Riboflavina) mantém a tonalidade saudável da pele e atua na coordenação motora. ruptura da mucosa bucal, dos lábios e da língua. couve, repolho, espinafre (vegetais de folha), carnes magras e ovos. Tipo B6 (piridoxina) mantém a pele saudável. doenças da pele, distúrbios nervosos e cansaço. levedo de cerveja, cereais, fígado, carnes magras. Tipo C previne infecções, mantém a integridade dos vasos e o escorbuto (tendência à hemorragia). cansaço, fadiga, insônia, nas crianças ocorre sangramento das gengivas, dentes alterados e escorbuto. frutas cítricas como o limão, a acerola e a laranja. Tipo D mantém os ossos e os dentes em bons estado e previne o raquitismo. ossos fracos, problemas nos dentes e raquitismo. gema de ovo e óleo de fígado de bacalhau.Tipo E previne o aborto, promove a fertilidade. esterilidade e aborto. carnes, laticínios, alface . Tipo K atua na coagulação do sangue e previne as hemorragias. Hemorragias. vegetais verdes, tomate e castanha. Exercícios de Sala 1. (UFMS) Os organismos animais conseguem sintetizar a maioria dos aminoácidos. As reações de síntese ocorrem nas células do parênquima hepático. Porém, alguns aminoácidos não são sintetizados pelos animais. Em relação a essas moléculas, é correto afirmar: 01. Os aminoácidos naturais são aqueles produzidos no organismo. 02. Os aminoácidos essenciais são aqueles que devem ser obtidos através da alimentação. 04. Nas proteínas da carne, do leite e dos ovos encontram- se todos os aminoácidos essenciais, sendo, por isso, considerados alimentos completos. 08. Os aminoácidos são unidades dos ácidos nucleicos. 16. Um elevado número de aminoácidos pode se originar por hidrólise de uma proteína. 2. As proteínas são substâncias orgânicas de múltiplas funções nos seres vivos, conforme sua forma na natureza, elas podem ser classificadas como fibrosas ou globulares. Somos diferentes uns dos outros, pois produzimos proteínas diferentes com funções plásticas, metabólicas, imunológicas, energéticas e outras. 01. As proteínas são resultado de ligações peptídicas entre os aminoácidos 02. A principal função das proteínas é energética, pois liberam muitas calorias ao serem decompostas. 04. O colágeno é uma proteína fibrosa encontrada na pele com a função plástica. 08. As proteínas pouco importam para o metabolismo, além de produzirem energia. 16. Quando dois aminoácidos se ligam peptidicamente sempre liberam uma molécula de água. 32. Por não serem solúveis na água, as proteínas não podem ser transportadas pelo tecido sanguíneo. 64. Os anticorpos são proteínas que possuem propriedades imunológicas, ou seja, a capacidade de destruir corpos estranhos ao nosso. 3. Ao mandar uma nave espacial a Marte, a NASA produziu um robô “Pathfinder” para coletar amostras no solo do planeta. Todos podemos observar ao vivo pela lnternet ou pela TV a cabo as fotos do planeta vermelho. Uma das substâncias que o robô procurava eram as enzimas, se estas fossem encontradas, seria a prova de que pelo menos um dia teria existido vida em marte. Quanto ao robô “Pathfinder”, sumiu!!!! 01. Toda a proteína é uma enzima, mas nem toda a enzima é uma proteína. 02. As enzimas possuem a função de diminuir a energia necessária para que a reação ocorra. 04. As enzimas podem ser chamadas de catalisadores biológicos pois aceleram a velocidade das reações metabólicas. Biologia B 8 08. O pH nunca influencia a atividade enzimática. pois as enzimas tanto trabalham em meio ácido como em meio alcalino. 16. Ao elevar a temperatura de uma reação a velocidade da atividade enzimática duplica, triplica ou quadruplica até um ponto ótimo que depende do ser vivo. 32. Ao passar a temperatura do ponto ótimo, as enzimas podem começar a perder suas propriedades catalíticas e dependendo da elevação da temperatura, as enzimas podem ficar inativas ou até desnaturar. 64. Sempre que aumentamos o substrato numa reação, não importa a quantidade, a velocidade da reação enzimática sempre aumenta. 4. Acreditamos que as principais causas de mortes por doenças cardíacas entre os humanos estão relacionadas com a má alimentação que fazemos ao longo de nossas vidas. Assinale a soma das alternativas corretas para os lipídeos e suas funções nos seres vivos. 01. Os lipídeos são moléculas de álcool ligadas a ácidos graxos. 02. Essas substâncias podem possuir a função energética quando se quebram as longas cadeias de carbono, liberando energia para a formação de ATP. 04. Os fosfolipídios possuem a função plástica ou estrutural, pois formam a membrana citoplasmática lipoproteica. 08. As células preferem queimar os lipídeos antes dos glicídios, assim elas gastam menos energia. 16. Por serem péssimos condutores de calor, os lipídios são ótimos reguladores térmicos dos seres vivos. 32. Alguns lipídios podem assumir propriedades catalíticas e assim serem denominados de enzimas. 64. Por serem solúveis na água, os lipídios são facilmente transportados pelo sangue. 5. Hoje sabemos que um Gene é uma parte do ADN (Ácido Desoxirribonucleico), também conhecido por DNA, que decodifica uma proteína, ou seja, possui a receita da sequência correta do encadeamento polipeptídico entre aminoácidos. O ADN é resultado de uma sequência pré- determinada de bases nitrogenadas, compostas por (T) timina, (A) adenina, (C) citosina e (G) guanina. Na transcrição, o ADN, que não pode sair do núcleo, serve de molde para a fabricação do ARN (Acido Ribonucleico, também conhecido como RNA), o qual é constituído de uma sequência de bases nitrogenadas (A, C, G) mais a (U) uracila, não possuindo (T). Os ribossomos ligados ao retículo endoplasmático ou soltos no citoplasma ligam-se ao ARNm (mensageiro) do citoplasma e, transportando aminoácidos específicos, chegam aos ribossomos vários tipos de ARNt (Transportador). Para que os aminoácidos se liguem peptidicamente é necessário que a trinca de bases do ARNm combine com a trinca de bases do ARNt. A trinca de bases do ARNt é denominada de anti-códon, já a trinca do ARNm e do ADN é chamada de códon. Com as informações do texto acima, assinale a soma das alternativas corretas: 01. Podemos compreender através do texto acima que um gene ocupa toda a dupla tira do ADN. 02. Podemos afirmar, de acordo com o texto, que o ADN não está envolvido com o material genético transmitido de pais para filhos. 04. Se uma proteína possui 310 aminoácidos, podemos concluir que o ARNm que decodifica tal proteína irá possuir 310 códons. 08. Para a proteína da alternativa (04), o mesmo ARNm terá 930 bases nitrogenadas. 16. Se um códon do ARNm for (A-A-C), o anti-códon do ARNt que combina com este será, (U-U-G). 32. Para o mesmo códon do ARNm acima, existe um códon de ADN (T-T-G) do qual ele foi transcrito. 64. Outro ARNt que combinaria com o ARNm da alternativa (16) teria um anti-códon (T-T-G). 6. (UFMS) Os ácidos nucleicos são as moléculas “mestras” da vida. Elas são “responsáveis” pela síntese de todas as enzimas que controlam, de alguma forma, a atividade celular. Relacione os ácidos nucleicos com suas características. I – DNA II – RNA A – açúcar da molécula = desoxirribose B – açúcar da molécula = ribose C – presença de timina D – presença de uracila E – cadeia dupla F – cadeia simples G – capacidade de autoduplicação Está(ão) correta(s) a(s) associação(ões): 01. I – A 16. I – F 02. II – B 32. II – E 04. II – G 64. II – D 08. I – C UNIDADE 5 CITOLOGIA A célula é a unidade básica estrutural e funcional da vida de todos os seres vivos e o ramo da biologia que estuda as células é a citologia. A maioria das células apresenta medidas microscópicas, mas algumas podem ser macroscópicas, como: a gema do ovo, fibra de algodão, o Paramecium sp, alvéolo da laranja, entre outras. PADRÕES DE ORGANIZAÇÃO DAS CÉLULAS Todas as células seguem um padrão inicial, apresentando uma membrana celular delimitando um líquido interno do meio externo. No entanto, internamente as células podem ser: procarióticas ou eucarióticas. As células procarióticas não contêm compartimentos internos delimitados por membranas. O DNA encontra-se disperso no citoplasma, não protegido por membrana nuclear (carioteca), como se observa nas bactérias e cianobactérias. Já as células eucarióticas são células que apresentam todo um sistema de compartimentos constituído por membranas, como, por exemplo: os protistas, fungos, plantas e animais. Biologia B 9 FORMAS DAS CÉLULAS As células diferem muito em suas formas, comopode ser observado no corpo humano, por exemplo. A forma da célula depende da função exercida por ela. Exercícios de Sala 1. Sobre Citologia, some as afirmações corretas: 01. Citologia é uma ciência biológica que estuda a unidade estrutural e funcional dos seres vivos. 02. Todas as células são macroscópicas. 04. A maioria das células está abaixo de 100 micrômetros de diâmetro, logo, são microscópicas. 08. Algumas células são macroscópicas, tais como: Gema do ovo, óvulo humano, alvéolo da laranja, alga nitela. 16. Um micrômetro é a milésima parte de um milímetro e um (Å) ângstron a décima-milionésima parte de um milímetro. 32. Os aparelhos mais usados para visualizar células e suas estruturas são os microscópios óptico e eletrônico. 64. As células são iguais em forma, consequentemente as funções também são iguais. 2. (UFSC) Os procariontes, representados pelas bactérias e pelas algas azuis: 01. Apresentam tecidos. 02. Não apresentam núcleo verdadeiro. 04. São organismos inferiores na escala dos seres vivos. 08. São unicelulares. 16. Apresentam DNA como material genético. 32. São parasitas obrigatórios. 64. Não realizam meiose. 3. (UFSC) Bizzozero classificou as células em lábeis, estáveis e permanentes. Essa classificação permite que se afirme: 01. O tecido nervoso e o floema, por serem altamente especializados, apresentam células permanentes. 02. Tecidos de revestimento, como o epitelial, são formados por células lábeis. 04. Tecidos de sustentação, como muscular e colênquima, apresentam capacidade de regeneração, apresentam células lábeis. 08. O meristema primário, responsável pela origem dos demais tecidos vegetais, é constituído por células estáveis. 16. Os parênquimas vegetais e o tecido conjuntivo animal, responsáveis pelo preenchimento, são constituídos por células estáveis. 32. Os glóbulos brancos, especializados na defesa em alguns organismos animais, são células permanentes. 4. Some as alternativas com estruturas celulares exclusivas de células vegetais: 01. Membrana plasmática, citoplasma, núcleo. 02. Parede celulósica, vacúolo de suco celular. 04. Complexo de Golgi, lisossomo, centríolos. 08. Plastos ou plastídios, membrana celulósica. 16. Núcleo, vacúolo de suco celular e parede celulósica. 32. Citoplasma, retículo endoplasmático, centríolos. Tarefa Complementar 5. (UFPR) A Escherichia coli não possui membrana nuclear, tem as enzimas do processo respiratório em dobras da membrana plasmática e não possui as estruturas celulares mais conhecidas. Isso faz com que seja classificada como: a) célula procariota. d) metazoário. b) célula eucariota. e) vírus. c) protozoário. 6. (UFRGS) As células, segundo Bizzozero, são classificadas em lábeis, estáveis e permanentes. As lábeis são pouco diferenciadas e, após cumprirem suas funções, são substituídas. As estáveis são mais diferenciadas e com capacidade de reprodução e de regeneração. As permanentes, altamente diferenciadas e com funções muito especializadas, não se reproduzem e nem se regeneram. A partir dos dados descritos, indicar a alternativa correta que exemplifica, respectivamente, células lábeis, estáveis e permanentes: a) Epiteliais; neurônios e hepáticas. b) Hepáticas; epiteliais e ósseas. c) Neurônios; epiteliais e ósseas. d) Sanguíneas; ósseas e nervosas. e) Ósseas, hepáticas e nervosas. 7. (UFRN) Das estruturas citadas abaixo, a única que não caracteriza uma célula vegetal é: a) Lisossomo. d) Vacúolos de suco celular. b) Parede celular. e) Plastos. c) Plasmodesmos. UNIDADE 6 FUNÇÕES E ESTRUTURAS DAS CÉLULAS EUCARIÓTICAS MEMBRANA PLASMÁTICA Presente nas células vegetais e animais, a membrana plasmática também é chamada de membrana celular, membrana citoplasmática ou plasmalema. A membrana se caracteriza por ser uma película delgada e elástica que envolve todas as células, revestindo e separando o citoplasma e as organelas celulares do meio externo. Funcionando como uma barreira seletiva facilitando ou dificultando a entrada de substâncias que interessam à célula, a membrana possui uma permeabilidade seletiva. Medindo em média 75 Å, a membrana só pode ser visualizada ao microscópio eletrônico. Em 1972, S. J. Singer e G. L. Nicholson elaboraram o atual modelo para a estrutura da membrana: o modelo do mosaico fluido. Esse modelo propõe que a membrana é composta por três tipos de moléculas, lipídeos (fosfolipídeos e colesterol), proteínas (globulares) e uma pequena fração de glicídios, que nas células animais podem estar aderido aos dois primeiros, formando os glicolipídios e as glicoproteínas, que juntas formam o glicocálice. Biologia B 10 PAREDE CELULAR Junto à membrana citoplasmática das células vegetais existe um reforço externo formado por celulose (polissacarídeo composto por 4.000 moléculas de glicose), sendo também denominada parede celulósica. Essa parede é porosa, permitindo a livre passagem de água. TRANSPORTES ATRAVÉS DA MEMBRANA CITOPLASMÁTICA Os transportes através da membrana podem acontecer sem que ocorra gasto de energia (ATP) ou com gasto de energia. No primeiro processo, o transporte é denominado TRANSPORTE PASSIVO e, no segundo caso, em que há gasto de energia, é denominado TRANSPORTE ATIVO. TIPOS DE TRANSPORTES PASSIVOS DIFUSÃO - É o deslocamento de substâncias do local de maior concentração para o local de menor concentração e podem ser do seguinte tipo: - Difusão Simples - é quando a substância passa pela bicamada de fosfolipídios da membrana plasmática. Passam facilmente substâncias lipossolúveis, tais como: oxigênio, monóxido e dióxido de carbono. - Difusão Facilitada – substâncias polares como a maioria dos aminoácidos, açúcares, íons não se difundem pela bicamada lipídica. Esses elementos terão que atravessar a membrana com o auxílio de proteínas porosas ou proteínas carregadoras. As proteínas integrais à camada lipídica formam canais, os quais se abrem para a passagem dos referidos elementos. - Osmose - é a passagem de solventes do meio menos concentrado em soluto (hipotônico) para o meio mais concentrado (hipertônico). Esse mecanismo ocorre onde há uma membrana com poros que só permitem a passagem de moléculas de solvente. A Osmose pode ser facilmente observada ao colocarmos hemácias e células vegetais em soluções com concentração de diferentes solutos. As hemácias, quando colocadas em solução hipertônica, murcham, perdem H2O e sofrem plasmólise. Ao serem colocadas em soluções hipotônicas, ganham H2O e podem sofrer plasmoptise (ou hemólise no caso das hemácias). Células de vegetais se caracterizam por apresentarem parede celulósica. Essa estrutura é porosa, portanto permeável aos solventes e aos solutos. No entanto, é a membrana plasmática que seleciona as substâncias que deverão penetrar nas células. Sendo assim, células vegetais, quando colocadas em solução hipertônica, observa-se uma nítida perda de volume do vacúolo e do citoplasma, ocasionando um afastamento da membrana plasmática da parede celulósica. Em solução hipotônica, a célula vegetal ao ganhar solvente, passa a apresentar um aumento do vacúolo e do citoplasma, fazendo com que a membrana plasmática encoste-se à parede celulósica. Ao contrário do que se observa nas hemácias, a célula vegetal não sofre plasmoptise. TRANSPORTES ATIVOS Nesses tipos de transporte, as substâncias deslocam-se do meio de menor concentração para o meio de maior concentração. Nesses casos, a célula ou a membrana plasmática gasta energia (ATP) para movimentar a substância. Alguns exemplos seriam: - Bomba de Sódio e Potássio (Na+ e K+) - constituída por proteínas que removem o Na + para o lado externo da célula e devolvem o K + parao interior das células. - Proteínas que acoplam o Ca++ na membrana plasmática e no retículo endoplasmático. A concentração de Ca ++ fora da célula é muito alta e tende a penetrar nas células. Há proteínas transportadoras que transportam o Ca ++ contra um gradiente iônico e de concentração. - As células intestinais absorvem ativamente aminoácidos e Na + através da mesma proteína transportadora da membrana plasmática. ENDOCITOSE Proteínas, ácidos nucleicos e polissacarídeos, são grandes moléculas polares que não conseguem atravessar a membrana, mesmo gastando energia. Algumas células especializaram-se em transportar esses tipos de moléculas através da Fagocitose, Pinocitose, Exocitose. FAGOCITOSE Macromoléculas fusionam-se à membrana plasmática e são englobadas. Durante esse processo, observa-se que a membrana invagina-se e forma uma vesícula (estrutura que lembra uma “bolsa”) com as macromoléculas em seu interior, as quais sofrerão a ação de enzimas digestivas. As substâncias aproveitáveis pela célula serão assimiladas e as substâncias não desejáveis serão eliminadas. PINOCITOSE Na pinocitose, as macromoléculas são sempre dissolvidas em um solvente. Como na fagocitose a membrana invagina- se, forma uma vesícula e as substâncias aproveitáveis pela célula serão assimiladas e as substâncias não desejáveis serão eliminadas. Esse processo é observado nos capilares sanguíneos e tecido adjacente, os quais captam e eliminarem rapidamente os seus fluídos. EXOCITOSE É a eliminação de grandes substâncias pelas células. As substâncias a serem eliminadas são envolvidas pela Osmose em hemácias e células vegetais Biologia B 11 membrana, a qual se fusiona originando um canal, o qual possibilita a eliminação dos produtos não aproveitáveis pela célula, durante a fagocitose e a pinocitose. UNIDADE 7 CITOPLASMA O espaço compreendido entre o núcleo e a membrana plasmática é preenchido por uma massa coloidal, na qual se encontram suspensas as estruturas intracelulares, e é denominado citoplasma. O hialoplasma é a parte do citoplasma mais próxima ao núcleo. É nessa região que se encontram a maioria dos organoides (Retículo Endoplasmático, Ribossomo, Complexo de Golgi, Lisossomo, Centríolos, Mitocôndrias). O coloide é formado por milhares de micelas proteicas suspensas na água e apresenta um movimento constante (movimento Browniano), o qual impede a precipitação da suspensão coloidal. A maior ou menor concentração dessas proteínas proporciona o surgimento de um plasma-gel, (mais proteínas, mais gelatinoso) e plasma-sol, (menos proteínas, mais fluído). O plasma sol é mais interno, daí a denominação de endoplasma; o plasma-gel é mais externo- ectoplasma. No hialoplasma também existem inúmeras fibras formadas de actina e miosina, proteínas contráteis que formam o citoesqueleto das células. Essas proteínas estão constantemente em contração e relaxamento provocando um deslocamento contínuo do citoplasma como um todo. Nesse fluxo de citoplasma, os organoides também se deslocam ativa ou passivamente promovendo a CICLOSE. RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO As células eucarióticas possuem uma continuação da carioteca (membrana nuclear) formada por um sistema de membranas duplas de lipoproteínas em forma de rede de túbulos ou sacos achatados. Seu aspecto e distribuição variam de célula para célula, mas é abundante nas células secretoras e ausente nas hemácias adultas de mamíferos. Essa estrutura só pode ser observada ao microscópio eletrônico, devido a sua espessura, que é semelhante a da membrana plasmática, em torno de 75 Å. O retículo endoplasmático pode ser de dois tipos: - Reticulo Endoplasmático Rugoso - também conhecido como granular ou ergastoplasma, possui ribossomos aderidos e participa da síntese de proteínas; - Reticulo Endoplasmático Liso - não possui ribossomos, participando da síntese de lipídeos e polissacarídeos. Além de transportar substâncias no interior da célula, o retículo facilita as reações enzimáticas. O retículo liso também promove a síntese triglicerídeos, fosfolipídios e esteroides, os quais são bem desenvolvidos em células das suprarrenais e das gônadas que secretam hormônios esteroides. Além disso, armazenam temporariamente diferentes tipos de substâncias como: enzimas, proteínas e lipídeos e regulam a pressão osmótica por armazenar substâncias como o Ca ++ , modificando a concentração desse elemento no hialoplasma. RIBOSSOMOS Podem ser encontrados livres, presos ao retículo endoplasmático ou ligados entre si por uma fita de RNA, sendo, nesse caso, denominados de polissomos ou polirribossomos. Os ribossomos são constituídos por duas subunidades de RNA ribossômico e proteínas e fundamentais na síntese de proteínas, estando, portanto, presente em todas as células. Na forma de polissomos, fabricam proteínas para a própria célula e quando há necessidade de produzir proteínas para fora da célula, estas são produzidas junto ao retículo endoplasmático rugoso. COMPLEXO GOLGIENSE Conjunto de vesículas ou sáculos achatados lipoproteico proveniente de expansões do retículo endoplasmático liso presente apenas nas células eucarióticas. Pode ser visualizado ao microscópio óptico e possuem como funções: - Armazenamento de proteínas sintetizadas pelo retículo endoplasmático rugoso, as quais são armazenadas nas vesículas do complexo golgiense. A partir dessas vesículas brotam outras vesículas menores repletas de enzimas denominadas lisossomos primários; - Síntese de mucopolissacarídeos, os quais são polimerizados no complexo golgiense e transformados em polissacarídeos, os quais associam-se as proteínas oriundas do retículo endoplasmático rugoso formando as glicoproteínas, as quais posteriormente serão eliminadas pela célula; - Síntese de lipídeos, como o colesterol, hormônios sexuais, cortisol, estrógeno, progesterona, testosterona; - Nas células vegetais, observa-se entre as membranas os dictiossomos, os quais são bolsas do complexo golgiense que polimerizam monossacarídeos formando a celulose, constituindo a parede celulósica das células vegetais. LISOSSOMOS São pequenas bolsas de membrana lipoproteica contendo no seu interior enzimas digestivas e presente apenas nas células eucarióticas. Essas vesículas surgem a partir de dobras do retículo endoplasmático e do Complexo golgiense, sendo observado somente microscópio eletrônico. Apresentam as seguintes funções: HETEROFAGIA - nos casos de fagocitose e pinocitose, formando-se dentro da célula o fagossomo e o pinossomo, respectivamente. Juntam-se ao fagossomo e pinossomo inúmeros lisossomos que irão constituir o lisossomo secundário ou vacúolo digestivo. As enzimas passam então a interagir com os produtos englobados e as substâncias aproveitáveis pela célula serão eliminadas pelo vacúolo, Biologia B 12 sobrando em seu interior apenas resíduos da digestão, denominados de corpo residual ou vesícula de clasmocitose, que será eliminada pela célula, através da exocitose. AUTOFAGIA - quando uma estrutura intracelular deixa de exercer sua função, ocorre a formação de um vacúolo como fagossomo, originando lisossomos que provocarão a digestão. AUTÓLISE - com a morte celular observa-se o aumento significativo de lisossomos que rompem a sua membrana liberando sobre toda a célula suas enzimas. São exemplos da autólise a involução da cauda do girino e a destruição das células cardíacas no enfarte do miocárdio ou outra região enfartada. PEROXISSOMOS São vesículas que contêm enzimas, como a peroxidase e a catalase, as quais são produzidas no retículo endoplasmático rugoso e participam do metabolismo dos peróxidos (água oxigenada) que são formados pelo metabolismo celular. São encontrados tanto em células animais, comoem vegetais e no homem. São muito desenvolvidos nos hepatócitos, pois essas células têm um importante papel na metabolização de moléculas tóxicas, como o álcool. MITOCÔNDRIAS São organelas que apresentam forma de grãos ou bastões, sendo observadas em células aeróbias e responsáveis pela respiração celular (processo responsável pela produção de energia). As mitocôndrias podem ser visualizadas ao microscópio óptico, porém seus detalhes, somente ao microscópio eletrônico. Constituídas por uma dupla membrana lipoproteica, a parte interna forma dobras ou septos chamados cristas mitocondriais, que contêm enzimas aceptoras de elétrons, fundamentais para que ocorra o processo de respiração celular. Entre essas cristas há uma solução coloidal semelhante citoplasma, a matriz mitocondrial, a qual apresenta diversas enzimas respiratórias, DNA e RNA próprios, além de ribossomos. Por isso, as mitocôndrias possuem autonomia reprodutiva e são considerada organismos primitivos que passaram a viver de forma simbiótica com as células eucarióticas atuais. Ao conjunto de mitocôndrias dá-se o nome de condrioma e quanto maior for o metabolismo celular, maior será a quantidade de mitocôndria para produzir energia. CENTRÍOLOS Estrutura não membranosa do centro celular ou centrossomo. Ao redor dos centríolos partem fibrilas que constituem o áster, o qual se caracteriza por ser um conjunto de fibrilas proteicas de tubulina que apresentam capacidade de encurtamento e alongamento proporcionando a migração dos cromossomos para os pólos durante a divisão celular e a formação cílios e flagelos. Os centríolos são duas formações cilíndricas dispostas perpendicularmente, em que cada cilindro é formado por 9 grupos de 3 micro-túbulos dispostos concentricamente. Esses microtúbulos são de constituição proteica, os quais se autoduplicam, podendo originar outro par de centríolos. PLASTOS São organoides encontrados em células vegetais, algas e certos protozoários com função de armazenamento de substâncias de reserva e pigmentos fotossintetizantes. Podem ser visualizados ao microscópio óptico, podendo assumir diversas formas: espiralizada, estrelada, lenticular, esférica. Tipos de plastos: - LEUCOPLASTOS: Não possuem pigmentos, mas acumulam substâncias de reserva nutricional. - CROMOPLASTOS: São os plastos que sob luminosidade sintetizam pigmentos. ESTRUTURA DOS CLOROPLASTOS - delimitados por duas membranas lipoproteicas, sendo a externa lisa e a interna formando dobras denominadas lamelas. Em determinados locais estas lamelas sofrem vários dobramentos sobrepostos, sendo o conjunto desses dobramentos, em todo o cloroplasto, denominado grana. A unidade do grana que corresponde a uma única pilha de dobras é o granum e cada dobra de membrana é um tilacoide. No interior das membranas do tilacoide são encontradas milhares de moléculas de clorofila, responsáveis pela fotossíntese. Exercícios de Sala 1. (UFSC) Observe a lista dos componentes celulares abaixo. COMPONENTES CELULARES A B C D E – – – – – Membrana Plasmática Parede Celular Cloroplasto Lisossomos Vacúolo F G H I – – – – Carioteca Retículo Endoplasmático Complexo de Golgi Ribossomos Assinale a(s) proposição(ões) que estabelece(m) a(s) relação(ões) correta(s) entre as células dos diferentes grupos de seres vivos e os componentes celulares. 01. Célula animal: B Célula bacteriana: A, C 02. Célula animal: I Célula vegetal: G, E 04. Célula animal: F Célula bacteriana: D, G 08. Célula animal: A Célula vegetal: G Célula bacteriana: I 16. Célula bacteriana: E, F Célula vegetal: H 32. Célula animal: C Célula bacteriana: E, D 64. Célula animal: B, F Célula bacteriana: D 2. (UFSC) Para sobreviver, as células precisam obter do ambiente que as cerca, nutrientes como o açúcar, aminoácidos, sais, íons, ácidos graxos, etc. Existem vários processos pelos quais as células obtêm substâncias do meio. Biologia B 13 Assinale a(s) proposição(ões) que correlacionam corretamente o processo e sua(s) característica(s): 1) difusão. 2) transporte ativo. a) Gasto de ATP. b) Movimento contra o gradiente de concentração. c) Movimento a favor do gradiente de concentração. d) Presença de catalisadores. e) Passagem de substâncias através da membrana plasmática. 01. 1-C 08. 1-E 64. 2-E 02. 2-A 16. 2-D 04. 2-B 32. 1-A 3. (UFSC) A membrana plasmática é uma membrana Semipermeável, não havendo condições, normalmente, para o extravasamento dos coloides citoplasmáticos para fora da célula. Sob esse aspecto, a membrana já começa a selecionar o que deve entrar na célula ou dela sair. Considerando os diferentes processos de passagem através da membrana plasmática, é correto afirmar que 01. a osmose é a passagem de moléculas de água, sempre no sentido do meio mais concentrado para o menos concentrado. 02. na difusão facilitada, participam moléculas especiais, de natureza lipídica e há gasto de energia. 04. no transporte ativo, enzimas agem como transportadoras de moléculas, tais como o açúcar, ou íons. 08. a fagocitose é um tipo de endocitose, onde ocorre o englobamento de partículas sólidas. 16. a pinocitose é outro tipo de endocitose, ocorrendo, neste caso, o englobamento de pequenas porções de substâncias líquidas. 32. pela exocitose, substâncias inúteis à célula são eliminadas com o auxílio dos centríolos. 4. (UFSC) Estudos preliminares em mineiros da região carbonífera de Criciúma têm apresentado resultados preocupantes com relação à pneumoconiose, que é uma afecção pulmonar provocada pela inalação de poeira do carvão e de outros minérios. Essa é uma doença ligada à lesão da membrana lisossômica. Com relação aos lisossomos, assinale a(s) alternativa(s) correta(s). 01. São estruturas nucleares. 02. Origina-se a partir do Complexo de Golgi. 04. São ricos em enzimas. 08. São os responsáveis pela digestão intracelular. 16. Em células vegetais auxiliam o processo fotossintético. 32. Ao unirem-se aos fagossomos formam vacúolos digestivos. 5. (UFSC) Em relação à ocorrência, origem, estrutura e função das organelas citoplasmáticas, assinale a(s) proposição(ões) verdadeira(s). 01. Os vacúolos pulsáteis ocorrem em alguns Protistas e participam da manutenção do equilíbrio homeostático. 02. O Complexo de Golgi existe em abundância nas células secretoras e participa da síntese de aminoácidos. 04. As mitocôndrias são formadas de enzimas oxidantes e participam do processo de desintoxicação celular. 08. Os lisossomos originam-se do ergastoplasma (RER) e do Complexo de Golgi e participam do processo de respiração celular. 16. Os vacúolos do suco celular são exclusivos das células vegetais, sendo pequenos e numerosos nas células jovens e geralmente único na célula adulta. 32-. Os plastos são organelas citoplasmáticas que ocorrem em todos os vegetais e em todos os Protistas. 64. Os centríolos coordenam o processo de divisão cromossômica. Tarefa Complementar 6. (UFSC) Os lisossomos são organoides membranosos, com formato esférico, que contêm enzimas digestivas. Em relação a essa estrutura citoplasmática, assinale a(s) proposição (ões) correta(s). 01. Os lisossomos desempenham, entre outras, funções de defesa celular. 02. As enzimas lisossômicas são fabricadas no retículo endoplasmático liso, passando em seguida para o sistema de Golgi, que as “empacota” e as libera sob a forma de lisossomos secundários. 04. A função heterofágica dos lisossomos refere-se à digestão de substâncias que são absorvidas pela célula por fagocitose ou pinocitose. 08. O lisossomo secundário é formado pela fusão do vacúolo alimentar, que contém o alimento englobado por pinocitose ou fagocitose, com o lisossomo primário,que contém as enzimas digestivas. 16. Juntamente com as mitocôndrias, os lisossomos são responsáveis por uma reciclagem de moléculas e organoides inativos. 32. Em girinos, o fenômeno de reabsorção da cauda é comparado a um “suicídio celular” já que, com o rompimento dos lisossomos, ocorre uma autodigestão das moléculas e dos organoides que constituem as células daquela estrutura. 7. (UFSC) “Os cientistas Gerald Schatten e Peter Sutovsky, ..., descobriram que as mitocôndrias (...) de espermatozóides são destruídas após fertilizarem os óvulos.” Texto extraído da Revista Ciência Hoje, 27(158): março/ 2000. P. 12. Com relação ao assunto acima exposto, é correto afirmar que: 01. As mitocôndrias são organelas responsáveis pela produção de energia nas células. 02. As mitocôndrias dependem do DNA do núcleo das células a que pertencem para se multiplicarem. 04. O fenômeno acima descrito explica por que os mamíferos só herdam o DNA mitocondrial do lado materno. 08. As mitocôndrias, por conterem seu próprio DNA, também participam da lise nas células e nos tecidos. 16. As mitocôndrias dos vegetais possuem clorofila em sua constituição. 32. As mitocôndrias exercem uma função denominada respiração celular, que produz ao final o ATP, molécula altamente energética. Biologia B 14 64. Nas células eucarióticas primitivas, as mitocôndrias estão ausentes. UNIDADE 8 NÚCLEO Estrutura celular identificada por Robert Brown em 1831, em células da epiderme de orquídeas, o núcleo detém em sua constituição as informações genéticas que serão transmitidas às células filhas ao se reproduzirem. Além disso, o núcleo é o centro de controle de todas as atividades que acorrem nas células. IMPORTÂNCIA DO NÚCLEO É do núcleo que parte todo o comando do metabolismo celular, pois nenhuma proteína é sintetizada sem a participação das moléculas de DNA presente no núcleo, determinando assim, os aspectos metabólicos e morfológicos de uma célula; Em células-ovo ou zigotos, das quais o núcleo foi removido, observa-se que as células não podem se dividir, sempre acabam morrendo; Quando o núcleo é removido de organismos unicelulares, estes sobrevivem muito pouco e acabam morrendo. No entanto, se o núcleo de outra bactéria for transplantado, este organismo se mantém vivo. Células anucleadas, como as hemácias de mamíferos, apresentam um período de vida curto, por volta de 120 dias. VARIAÇÕES NO NÚMERO E NA FORMA DO NÚCLEO CELULAR A maioria das células apresenta um único núcleo, mas os protozoários ciliados, por exemplo, possuem dois núcleos: um com pequeno tamanho, denominado micronúcleo, e outro maior, o macronúcleo. Algumas células são multinucleadas, como as células musculares estriadas esqueléticas e outras, não apresentam núcleo, como as hemácias. Geralmente, o núcleo é esférico e mantém uma relação direta com o formato da célula. Contudo, alguns leucócitos (glóbulos brancos), possuem formato riniforme (forma de rins) e as algumas células musculares apresentam formato fusiforme. COMPONENTES DO NÚCLEO Um núcleo eucarionte apresenta as seguintes estruturas: 1 - CARIOTECA A carioteca, também denominada de membrana nuclear ou cariomembrana, é um envoltório constituído por duas membranas lipoproteicas, visíveis apenas ao microscópio eletrônico. Uma membrana da carioteca está em contato direto com o citoplasma, apresentando ribossomos aderidos à superfície e formando o retículo endoplasmático rugoso. A outra membrana fica em contato com o interior do núcleo envolvendo o material genético e, entre estas duas membranas existe um espaço denominado perinuclear. Além disso, a carioteca é perfurada por milhares de poros, através dos quais determinadas substâncias entram e saem do núcleo. 2 - CARIOLINFA A cariolinfa, também denominada de carioplasma ou suco nuclear, é o líquido que preenche o espaço interno do núcleo e que mantém suspensas as estruturas intranucleares, como a cromatina e os nucléolos. Além disso, a cariolinfa apresenta como principais características o pH variando entre 7,6 a 7,8, alguns lipídios, sais minerais, enzimas, proteínas, glicídios e água, logo, uma composição química semelhante ao hialoplasma. 3 - CROMATINA A cromatina é observada quando a célula não se encontra em processo de divisão celular, numa fase denominada de intérfase. Nesta fase, a cromatina se apresenta como sendo um conjunto de filamentos formado por uma longa molécula de DNA associada a moléculas proteicas chamadas de histonas. Cada um destes filamentos recebe o nome de cromonema e quando a célula entrar no processo de divisão celular, estes filamentos irão se condensar e se espiralizar, transformando-se em cromossomos. Ao usar corantes básicos numa célula em intérfase, é possível observar ao microscópio óptico que certas regiões desse conjunto de filamentos (cromatina) coram mais intensamente do que outras. Essas regiões mais coradas correspondem a porções dos filamentos mais enroladas e mais condensados e denominam-se de heterocromatina. As regiões menos coradas correspondem a regiões distendidas dos filamentos e são chamadas de eucromatina. 4 - NUCLÉOLOS Durante a intérfase, período de não divisão celular, é possível observar corpos esféricos ou ovais, constituídos de RNA associado a proteínas e, também, de um pouco de DNA, o qual é proveniente de um cromossomo denominado cromossomo organizador do nucléolo. No nucléolo são produzidas moléculas de RNA ribossômico, que se associam a proteínas para formar as subunidades que constituem os ribossomos, as quais irão migrar para o citoplasma e se tornarão ativas na síntese de proteínas. Exercícios de Sala 1. (UFSC) O núcleo é uma estrutura que coordena e comanda todas as funções celulares. Assinale a(s) proposição(ões) que apresenta(m) relações corretas entre as estruturas nucleares, sua ocorrência e características químicas ou funcionais. 01. Ao observarmos o núcleo interfásico em microscópio óptico, verificamos a total compactação da cromatina, que passa a chamar-se cromossomo. 02. A membrana nuclear apresenta “poros” ou annuli, através dos quais ocorrem importantes trocas de macromoléculas entre núcleo e citoplasma. 04. A carioteca corresponde ao fluido onde estão mergulhados os cromossomos e as estruturas que formam o nucléolo. 08. O nucléolo, mergulhado no nucleoplasma, está sempre presente nas células eucarióticas, podendo haver mais de um por núcleo. 16. O nucléolo é uma região de intensa síntese de RNA ribossômico (RNAr). Biologia B 15 32. A cromatina é formada por uma única e longa molécula de RNA, associada a várias moléculas de glicoproteínas. 2. Sobre núcleo eucariótico, em intérfase, some as alternativas corretas: 01. Todas as células apresentam núcleo eucariótico. 02. Está presente em todas as fases da célula, inclusive durante a divisão da celular. 04. A maioria das células apresenta apenas um núcleo, mas há células multinucleadas como as musculares estriadas esqueléticas. 08. As hemácias são células anucleadas e, por esse motivo, apresentam vida curta. 16. Todas as células apresentam núcleo esférico. 32. As estruturas do núcleo eucariótico em intérfase são: carioteca, cariolinfa, nucléolos e cromatina. 3. Sobre nucléolos, some as alternativas corretas: 01. Um núcleo pode apresentar mais de um nucléolo. 02. O nucléolo verdadeiro pode ser também denominado plasmossomo. 04. O plasmossomo é constituído por RNA ribossômico, enzimas, nucleoproteínas e sais. 08. O cariossomo (nucléolo falso) é um adensamento maior de heterocromatina, logo, com DNA. 16. O plasmossomo apresenta reação de Feulgen positiva, pois apresenta DNA. CROMOSSOMOS Como já foi salientada, a fase da vidade uma célula que não se encontra em divisão é denominada de intérfase. Nesta fase, pode-se observar no interior do núcleo um conjunto de filamentos denominado cromatina. Cada um desses filamentos, durante a divisão celular, sofre um processo de espiralização e condensação, tornando-se mais espesso e, consequentemente, transformando-se em cromossomos. Sendo assim, os cromossomos também apresentam a mesma constituição química da cromatina, ou seja, são filamentos formados por uma longa molécula de DNA associada a moléculas proteicas (histonas). Além disso, um cromossomo pode ser definido, geneticamente, como sendo uma série linear de genes (segmentos de DNA), os quais controlam todo o metabolismo celular, através da produção de proteínas. CLASSIFICAÇÃO DOS CROMOSSOMOS Cromossomos metacêntricos: quando o centrômero se localiza na região central do cromossomo, ficando os dois braços com o mesmo tamanho. Cromossomos submetacêntricos: quando o centrômero fica um pouco deslocado da região central do cromossomo, ficando os dois braços com tamanhos desiguais. Cromossomos acrocêntricos: quando o centrômero se localiza muito próximo de uma das extremidades do cromossomo, ficando um dos braços com um tamanho bem menor do que o outro. Cromossomos telocêntricos: quando o centrômero se localiza numa das extremidades, ficando o cromossomo com apenas um único braço. CROMÁTIDE Em determinados momentos da divisão celular, os cromossomos se encontram com o formato de uma letra “X” e passam a ser denominados de cromossomos duplicados. Essa duplicação ocorre na fase de intérfase e cada lado longitudinal dos cromossomos duplicados, passa a ser chamados de cromátides-irmãs, ou simplesmente de cromátides CROMOSSOMOS HOMÓLOGOS As células da espécie humana possuem 46 cromossomos, dos quais 23 são provenientes do espermatozoide e 23 do óvulo. Estes 46 cromossomos apresentam-se em pares, com as seguintes características: - Mesmo tamanho; - Mesma posição do centrômero; - Mesmo loci gênico (localização dos genes); - Um de origem paterna, outro de origem materna. CROMOSSOMOS AUTOSSOMOS E HETEROSSOMOS Dos 23 pares de cromossomos encontrados nas células da espécie humana, 22 pares determinam características não sexuais e são denominados de cromossomos autossomos. Esses cromossomos são representados pela letra “A”, quando a célula for haploide (por exemplo: os gametas) ou por “2A”, quando a célula for diploide como, por exemplo, as células que formam o nosso corpo, conhecidas como somáticas. Enquanto 22 pares de cromossomos são autossomos, um único par, que pode ser XX ou XY, é chamado de cromossomo sexual ou heterossomo ou alossomo e manifesta as características sexuais do indivíduo. O par de cromossomos XX manifesta todas as características femininas e o par XY, as masculinas. GENOMA E CARIÓTIPO O genoma é o conjunto haploide de cromossomos que uma célula possui. Sendo assim, nas células gaméticas existe um único genoma e nas células que formam o nosso corpo, as denominadas somáticas, apresentam dois genomas. O cariótipo constitui uma análise dos cromossomos de uma célula diploide, com relação: ao tamanho, posição do centrômero e quantidade. A organização desses cromossomos aos pares e em ordem decrescente, ou seja, do par maior para o menor, recebe o nome de idiograma. Tarefa Mínima 4. (UFC) O cariótipo consiste na montagem fotográfica, em sequência, de cada um dos tipos cromossômicos. Ele nos permite saber qual o número e qual a forma dos cromossomos de uma espécie, bem como estabelece o seu padrão cromossômico normal. A partir da análise da figura abaixo, e em relação a esse estudo, é correto afirmar que: Biologia B 16 01. O cariótipo é o “quadro cromossômico” das células haploides de cada espécie. 02. Na espécie humana, os cromossomos são classificados em 7 grupos, compreendendo 22 pares de cromossomos autossômicos, e mais um par de cromossomos sexuais que, no homem, é XY e, na mulher, XX. 04. Para a obtenção do cariótipo, são utilizadas células de leucócitos em anáfase meiótica. 08. Em fetos, normalmente a cariotipagem só deve ser feita quando há real suspeita de algum tipo de alteração cromossômica, já que as técnicas de coleta de material apresentam risco de aborto. 16. A partir da análise de cariótipos, informações valiosas podem ser obtidas, tais como a existência de cromossomos extras ou de quebras cromossômicas, auxiliando no diagnóstico de certas anomalias genéticas. 32. A Síndrome de Down, ou trissomia do cromossomo 16, e o daltonismo são exemplos de doenças de origem genética que podem ser diagnosticadas através do exame cariotípico. 5. Some as alternativas corretas: 01. A cromatina sexual é um dos dois cromossomos sexuais XX que não se desespiralizou totalmente durante a intérfase. 02. A cromatina sexual está presente somente em machos, pois os cromossomos sexuais são XX. 04. Um indivíduo com Síndrome de Klinefelter apresenta uma cromatina sexual. 08. Mulheres com Síndrome de Turner apresentam uma cromatina sexual. 16. Mulheres que apresentam três cromossomos sexuais XXX apresentam duas cromatinas sexuais. 32. As mulheres normais apresentam uma só cromatina sexual. 6. (UFSC) Em uma determinada espécie animal, o número total de cromossomos, por célula somática, é igual a 48. Baseado nisso, assinale a(s) proposição(ões) verdadeira(s). 01. O número haploide dessa espécie é 48. 02. Nas células sexuais, o número de cromossomos é igual a 12. 04. Em caso de poliploidia, o número de cromossomos, por célula, fica abaixo do número diploide. 08. Caso ocorra trissomia em um dos pares cromossômicos, o número de cromossomos passará para 49. 16. Uma célula tetraploide conterá 96 cromossomos. 32. Os gametas dessa espécie conterão 24 cromossomos. 7. Sobre cromossomos, some as afirmações corretas: 01. Representam-se cromossomos autossomos numa célula diploide por 2A e numa célula haploide por A. 02. Os cromossomos heterossomos representam-se pelas letras XX no sexo feminino e por XY no sexo masculino, em uma célula diploide. 04. Ao conjunto de cromossomos de uma célula haploide, chamamos de genoma. 08. Uma célula diploide apresenta dois genomas. 16. A análise diploide dos cromossomos de uma espécie quanto ao número, tamanho, posição do centrômero, é o cariótipo. 32. Idiograma é a montagem dos cromossomos de uma espécie, dos maiores para os menores. UNIDADE 9. 23 DIVISÃO CELULAR – MITOSE Desde a formação da célula-ovo ou zigoto, todas as nossas células estão em constante divisão celular, com exceção das células nervosas e musculares estriadas que são altamente especializadas e acabaram por perder a capacidade proliferativa. No entanto, antes das células se dividirem, se encontram em uma etapa denominada intérfase, a qual é constituída por 3 fases: Fase G1: Essa fase se caracteriza pelo fato de a célula apresentar suas atividades funcionais normais. Os cromossomos sofrem uma desespiralização e a célula aumenta consideravelmente o seu volume. Fase S: Nesta fase ocorre a duplicação do material genético, fenômeno extremamente importante para a formação de duas células idênticas ao final da mitose, pois, para que haja a formação de 2 células com o mesmo número de cromossomos da célula-mãe, é necessário que ocorra a duplicação do DNA. Fase G2: A célula novamente aumenta o seu volume e se prepara para sofrer a uma divisão. O gráfico abaixo representa a variação da concentração do material genético (DNA) nos 3 períodos da intérfase (G1 , S e G2 ) e, também, ao longo das etapas da divisão de uma célula. MITOSE As células que formam os órgãos dos animais são denominadas somáticas. Essas células sofrem divisões do tipo
Compartilhar