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Apostila AulaON - Biologia parte 2

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Biologia B 
 
 1 
 UNIDADE 1 
 
CITOQUÍMICA 
 
COMPONENTES INORGÂNICOS - ÁGUA E SAIS 
MINERAIS 
A água exerce um papel fundamental e essencial nos 
organismos, sendo, inclusive, o componente químico 
encontrado em maior quantidade nas células e, 
consequentemente, nos seres vivos. No entanto, observa-se 
que a quantidade de água nas células varia de espécie para 
espécie e, também, de acordo com a idade e o tipo de 
atividade funcional. Por exemplo, nos celenterados (água 
viva), a concentração de água em suas células pode chegar a 
mais de 90%, enquanto nas sementes de alguns vegetais a 
quantidade de água é, aproximadamente, 5%. Já nas células 
nervosas, que são super ativas, a concentração de água pode 
chegar a 80%, ao contrário das células ósseas, que 
apresentam uma concentração em torno de 40%. Além disso, 
num bebê, a água é responsável por mais de 85% do peso 
corporal, ao passo que, numa pessoa idosa, corresponde 
cerca de 70 a 75% do seu peso corporal. 
 
FUNÇÕES DA ÁGUA 
 
REAÇÕES DE HIDRÓLISE 
A água é um reagente indispensável para a maioria das 
reações químicas que ocorrem nos seres vivos. Por exemplo, 
todo o oxigênio existente na atmosfera, também é 
proveniente da quebra de moléculas de água. 
Por outro lado, a exemplo do que ocorre nos processos de 
digestão, as proteínas obtidas nos alimentos, como a carne e 
o leite, terão que ser fragmentadas em pequenas moléculas 
(aminoácidos), para que as células possam absorvê-las. 
Nesse tipo de reação, na qual ocorre a quebra de grandes 
moléculas em pequenas moléculas, também há participação 
da molécula de água. Essa reação recebe o nome espaço de 
reação de hidrólise (hydro: água / lise: quebra). 
 
REGULADOR TÉRMICO 
A água contribui para conservar a temperatura constante dos 
animais, não deixando que ocorram variações bruscas, o que 
poderia levar o organismo à morte. 
Essa característica deve-se ao fato de a água 
apresentar um alto calor específico. Outra característica 
muito importante da água, como regulador térmico para os 
seres vivos, é com relação ao seu elevado grau de 
vaporização, quando comparada com outros líquidos. Por 
exemplo, para evaporar 1g de água, é necessária uma 
quantidade de calor dez vezes maior do que a quantidade 
que seria necessária para elevar 1g de outro líquido, como a 
amônia. A evaporação da água evita o superaquecimento dos 
animais e vegetais. As plantas só não se superaquecem 
durante um dia de muito sol porque o intenso calor que esses 
vegetais absorvem acaba sendo perdido quando a água 
evapora de sua superfície. Fato semelhante também ocorre 
com os animais, quando o suor, presente na superfície do 
corpo, devido a uma atividade física ou a um dia muito 
quente, promove o resfriamento. Além disso, a água protege 
os organismos contra os efeitos do congelamento, devido ao 
seu alto calor de fusão. Portanto, para que a água se torne 
gelo, esta terá que ser exposta, por um longo tempo, a 
temperaturas muito baixas. 
 
AGENTE PASSIVO NA OSMOSE 
A osmose é a passagem de moléculas de água de uma 
solução menos concentrada (meio hipotônico) para outra 
mais concentrada (meio hipertônico). 
 
 
 
SOLVENTE UNIVERSAL 
A água é um excelente solvente pois é capaz de dissolver 
várias substâncias químicas polares, ou seja, com cargas 
positivas e negativas, como, por exemplo, os sais minerais, 
os açúcares, os aminoácidos, as proteínas e os ácidos 
nucleicos. As substâncias químicas que se dissolvem na 
água são denominadas substâncias hidrófilas (hydro: água / 
philos: amigo), enquanto os lipídios (gorduras e ceras), por 
apresentarem baixa polaridade (são substâncias não-polares), 
são insolúveis em água, sendo denominadas substâncias 
hidrófobas (hydro: água / phobos: medo). 
A polaridade da água é responsável pela sua característica de 
solvente universal, pois as suas moléculas associam-se, 
através das pontes de hidrogênio, tanto aos íons positivos, 
quanto aos íons negativos. 
 
VEÍCULO DE TRANSPORTE 
Devido à característica de solvente universal, a água é o 
principal veículo transportador, pois ao dissolver muitas 
substâncias químicas, permite que a célula realize a ingestão, 
a digestão e a absorção, além de facilitar a entrada e a saída 
de muitos compostos através da membrana celular. 
 
SAIS MINERAIS 
Como a água, os sais minerais são fundamentais para o bom 
funcionamento e sobrevivência do organismo. A quantidade 
de sais minerais também varia de espécie para espécie. 
Algumas espécies apresentam concentrações ao redor de 
1%, e outras podem apresentar até 5%. Os sais minerais 
podem ser encontrados nos seres vivos sob duas formas 
básicas: imobilizados e pouco solúveis, constituindo, por 
exemplo, as carapaças, as cascas dos ovos e os esqueletos 
dos animais; e dissolvidos em água, portanto dissociados em 
íons, sendo considerados de máxima importância para o bom 
funcionamento da célula e, consequentemente, do 
organismo. 
 
 Biologia B 
 
 2 
 
Exercícios de Sala  
 
1. (UFSC) A maior parte dos seres vivos é composta de 
água. No corpo humano, a porcentagem de água pode variar 
de 20%, nos ossos, a 85%, nas células nervosas; nas 
medusas (animais marinhos), a porcentagem de água chega a 
mais de 95%. Assinale as afirmativas que indicam 
corretamente a importância da água nos seres vivos. 
01. A maioria dos elementos químicos, presentes nos seres 
vivos, necessitam de um meio aquoso para se 
dissolverem e reagirem uns com os outros. 
02. A água atua no transporte e remoção dos produtos do 
metabolismo. 
04. A grande capacidade da água de absorver calor protege o 
material vivo contra súbitas mudanças térmicas. 
08. A água atua como lubrificante, estando presente nos 
líquidos corporais, entre um órgão e outro. 
 
2. Qual das alternativas abaixo não está relacionada à 
economia de água ou proteção contra desidratação? 
a) Pele queratinizada. 
b) Redução da taxa de transpiração. 
c) Folhas vegetais com cutícula espessa. 
d) Embrião envolvido pela vesícula amniótica (bolsa 
d’água). 
e) Alta taxa de micção. 
 
3. (UFRN) Elementos que fazem parte da constituição das 
moléculas de ATP, clorofila e hemoglobina são, 
respectivamente: 
a) Magnésio, ferro e fósforo. 
b) Ferro, magnésio e fósforo. 
c) Fósforo, magnésio e ferro. 
d) Magnésio, fósforo e ferro. 
e) Fósforo, ferro e magnésio. 
 
SAIS 
MINERAIS 
IMPORTÂNCIA FONTES 
Cálcio  Importante componente na constituição dos ossos e dos dentes; 
 É de fundamental importância para que inicie a coagulação do 
sangue; 
 É necessário para o funcionamento do impulso nervoso e da 
contração dos músculos. 
É encontrado nos vegetais verdes, no leite e 
nos laticínios. 
Cloro  Importante no balanço de líquidos do corpo; 
 Importante íon negativo no líquido extracelular; 
 Componente importante na manutenção do pH. 
Sal de cozinha. 
Cobre  Importante componente de muitas enzimas; 
 Essencial para a síntese (produção) de hemoglobina. 
É encontrado nos feijão, ovos, peixe e no 
trigo integral. 
Cobalto  Constituinte da vitamina B12; 
 Essencial para a produção das hemácias. 
É encontrado na carne e nos laticínios. 
Enxofre  Constituinte de muitas proteínas, também é essencial para a 
atividade normal do metabolismo. 
É encontrado na carne e nos vegetais. 
 
Fósforo  Como o cálcio, o fósforo também é um importante componente 
dos ossos e dos dentes; 
 Essencial para o armanezamento e transferência de energia no 
interior das células, sendo componente da molécula de ATP; 
 Também é o componente das moléculas de DNA e RNA. 
É encontrado no leite, laticínios, carnes e 
cereais. 
Ferro  Constituinte importe da hemoglobina, da mioglobina e de 
enzimas respiratórias. 
 É fundamental para a respiração celular. 
É encontrado na carne, no fígado, na gema 
do ovo, nos legumes e nos vegetais verdes. 
Flúor  Também é constituinte dos ossos e dos dentes, protegendo-oscontra as cáries. 
Água fluorada. 
Iodo  Componente dos hormônios da tireóide, os quais, por sua vez, 
estimulam o metabolismo. 
É encontrado no sal de cozinha, laticínios e 
frutos do mar. 
Magnésio  Componente de muitas coenzimas; 
 É necessário para que ocorra o funcionamento normal dos 
nervos e músculos. 
É encontrado nos cereais e vegetais verdes. 
Manganês  Importante para que ocorra a ativação de diversas enzimas. É encontrado no cereais, gema de ovo e 
vegetais verdes. 
Potássio  Importante íon positivo no interior das células; 
 Participa na contração muscular e na atividade das células 
nervosas. 
É encontrado na carne, leite e, em muitas 
frutas. 
Sódio  Fundamental para a condução do impulso nervoso; 
 Importante no balanço de líquidos do corpo; 
 Importante íon negativo no líquido extracelular. 
É encontrado no sal de cozinha. 
Zinco  Constituinte de várias enzimas, como por exemplo, no processo 
de digestão. 
É encontrado em vários alimentos. 
 Biologia B 
 
 3 
UNIDADE 2 
 
COMPOSTOS ORGÂNICOS DA CÉLULA 
 
Os compostos orgânicos presentes nos seres vivos são: 
 
GLICÍDIOS (Carboidratos) 
São moléculas orgânicas que também recebem a 
denominação de carboidratos, hidratos de carbono, 
sacarídeos e açúcares. Ao longo das moléculas de 
carboidratos, sempre está presente um grupo aldeído ou um 
grupo cetona, e, nos demais carbonos, o grupamento 
hidroxila. 
 
FUNÇÕES DOS GLICÍDIOS 
 Energética: Os glicídios constituem a primeira e a 
principal substância a ser convertida em energia calorífica 
na forma de ATP (trifosfato de adenosina) nas células, 
através dos processos de respiração celular e pela 
fermentação. 
 Estrutural ou plástica: Alguns carboidratos, em 
determinadas células proporcionam rigidez, consistência e 
elasticidade, como por exemplo, a pectina, a hemicelulose e 
a celulose, encontrados na parede das células vegetais e a 
quitina, constituindo o exoesqueleto dos artrópodos. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS GLICÍDIOS 
Os glicídios apresentam a seguinte formula geral: Cn(H2O)n 
e são classificados em três grupos: 
 Monossacarídeos: são glicídios que possuem um baixo 
número de átomos de carbono em sua molécula. 
 Oligossacarídeos: são glicídios que se formam a partir da 
união de dois até dez monossacarídeos, podendo ser 
denominado de OSÍDEOS. O grupo mais importante de 
oligossacarídeos são os denominados dissacarídeos, formados 
pela união de apenas dois monossacarídeos ou oses, como por 
exemplo, a maltose constituída por duas moléculas de 
glicose; a lactose, constituída por uma molécula de glicose 
mais uma de galactose e a sacarose que é constituída por uma 
molécula de glicose mais uma de frutose. 
 Polissacarídeos: São glicídios que possuem mais de dez 
monossacarídeos ligados em cadeia, como a celulose que é 
constituída por mais de 1000 glicoses; o amido, principal 
reserva energética dos vegetais, constituído por mais de 1400 
glicoses e o glicogênio, principal reserva energética dos 
animais e fungo é constituído por mais de 30000 glicoses. 
 
LIPÍDIOS 
São moléculas orgânicas encontradas em grande quantidade 
nos seres vivos, constituindo, aproximadamente, 5% da 
matéria viva. Os lipídios são formados pela associação de 
uma molécula de álcool ligada a moléculas de ácidos graxos, 
os quais são longas cadeias de carbono e hidrogênio, 
apresentando numa das extremidades um grupo ácido 
(COOH). Essa associação de alcoois com ácidos graxos 
resulta em moléculas denominadas ésteres. 
 
FUNÇÕES DOS LIPÍDIOS 
 Estrutural: Os lipídios, juntamente com as proteínas, 
conferem às células rigidez, consistência e elasticidade. 
 Reserva Energética: Os lipídios constituem a 
segunda fonte de energia calorífica para as células, 
produzindo quatro vezes mais energia do que uma molécula 
de glicídio. Entretanto, as células oxidam muito mais 
facilmente os glicídios do que os lipidíos. 
Nos animais, os lipídios são armazenados em células 
especiais denominadas adiposas ou adipócitos. Essas células 
localizam-se no panículo adiposo (camada de tecido que se 
dispõe abaixo da pele), ao redor de certas vísceras e na 
medula óssea amarela. 
 Isolamento térmico: O panículo adiposo constitui 
um revestimento natural dos animais homeotérmicos contra 
o frio, mantendo o calor do corpo e, consequentemente, 
atuando como um isolante térmico. 
 Isolamento elétrico: Os lipídios não conduzem 
cargas elétricas, portanto suas moléculas são denominadas 
apolares, como por exemplo, a camada de fosfolipídios da 
membrana plasmática e a bainha de mielina das células 
nervosas, as quais são responsáveis pela diferença de 
potencial (DDP), entre o meio interno e o meio externo da 
célula. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS LIPÍDIOS 
Os lipídios são classificados em simples e complexos. 
 Lipídios simples: São lipídios que apresentam na 
molécula de álcool e nos ácidos graxos somente os átomos 
de carbono (C), de hidrogênio (H) e oxigênio (O), como por 
exemplo: 
- os glicerídeos, formados por um glicerol (glicerina), 
mais três ácidos graxos. São os óleos e gorduras, que se 
diferenciam apenas com relação ao ponto de fusão. 
Enquanto os óleos são líquidos, à temperatura ambiente, e de 
origem vegetal, as gorduras são sólidas e de origem animal; 
- os cerídeos são lipídios semelhantes aos glicerídeos, 
possuindo o ácido graxo em sua molécula, diferindo-se 
apenas pelo tipo de álcool que possui até dezesseis carbonos 
na cadeia. As ceras de abelha e a carnaúba são exemplos de 
cerídeos. 
- os esterídeos são lipídios com alcoóis policiclicos 
com ésteres de ácidos graxos. A progesterona, a testosterona 
e o estrógeno que são hormônios sexuais, o colesterol, a 
vitamina A, D e a cortisona. 
 Lipídios complexos: São lipídios que apresentam, 
além dos átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio, outros 
átomos, como por exemplo, o nitrogênio, fósforo e o 
enxofre. Os fosfolipídios da membrana plasmática de todas 
as células, a esfingomielina que forma a bainha de mielina 
em determinados neurônios e a lecitina, presente na gema do 
ovo, são exemplos de lipídios complexos. 
 
AS PROTEÍNAS 
O termo proteína é utilizado quando a molécula apresenta 
mais de setenta aminoácidos, os quais estão unidos uns aos 
outros através das ligações peptídicas, formando longas 
cadeias. Como já foi citado, a enorme variedade de 
proteínas existentes nos seres vivos é decorrente do fato de 
que os 20 aminoácidos apresentam-se formando muitas 
sequências e combinações diferentes, possibilitando uma 
variedade incrível de moléculas proteicas. As proteínas 
ainda diferem umas das outras pela quantidade de 
aminoácidos, pelos tipos de aminoácidos e pela sequência 
em que esses aminoácidos estão unidos. Por exemplo, a 
bactéria Escherichia coli contém aproximadamente 800 
espécies distintas de proteínas e, em cada uma das células 
humanas, já foram identificados mais de três mil tipos de 
proteínas que atuam em todos os processos vitais da célula, 
 Biologia B 
 
 4 
desde a produção de energia até a síntese e destruição de 
substâncias intracelulares. 
 
OS AMINOÁCIDOS 
Os aminoácidos são unidades que constituem as proteínas. 
Essas moléculas se caracterizam por apresentar cadeias de 
carbono contendo, obrigatoriamente, o átomo hidrogênio, o de 
oxigênio e o de nitrogênio, podendo, algumas vezes, aparecer 
também o de enxofre. Os vegetais produzem todos os 
aminoácidos de que necessitam a partir da fotossíntese e do 
nitrato (NO3-), retirado do meio ambiente. Já os animais, não 
são capazes de produzir todos os aminoácidos que necessitam, 
tendo de obtê-los através da alimentação. Na espécie humana, 
são necessários 20 tipos diferentes de aminoácidos, os quais, 
em combinações diferentes, são capazes de originar milhares 
de proteínas. O organismo humano, contudo, é capaz de 
produzir apenas onze dos vinte aminoácidos, sendo necessário 
obter através daalimentação (carne, leite, queijo, peixe e 
ovos) os outros nove aminoácidos que lhe faltam. Todos os 
aminoácidos obtidos através da alimentação são denominados 
aminoácidos essenciais, enquanto que aqueles sintetizados 
pelo próprio organismo são conhecidos como aminoácidos 
não-essenciais ou naturais. 
 
LIGAÇÕES ENTRE OS AMINOÁCIDOS 
A ligação química que se estabelece entre dois aminoácidos 
é denominada ligação peptídica. Essa ligação ocorre devido 
a união de um átomo de hidrogênio (H), proveniente do 
grupo amina (NH2), com a hidroxila (OH), proveniente do 
grupo carboxila (COOH), resultando a união dos 
aminoácidos e a formação de uma molécula de água. As 
moléculas resultantes da união de aminoácidos são 
denominadas peptídeos. Portanto, dois aminoácidos formam 
um dipeptídeo, ao passo que três aminoácidos formarão um 
tripeptídeo e, quatro, um tetrapeptídeo, sucessivamente. Os 
termos oligopeptídeo (oligo; pouco) e polipeptídeo (poli; 
muito), também são utilizados para denominar moléculas 
formadas por poucos aminoácidos e muitos aminoácidos, 
respectivamente. 
 
ESTRUTURA DAS PROTEÍNAS 
A sequência de aminoácidos na proteína é denominada 
estrutura primária. Essa sequência é o fator responsável 
pela atividade biológica da proteína e, atualmente, já se 
conhece a sequência de muitos aminoácidos que formam 
algumas proteínas, como, por exemplo, a hemoglobina, que 
é constituída por 574 aminoácidos; da insulina (um 
hormônio secretado pelo pâncreas), da ocitocina (hormônio 
responsável pelas contrações do parto), da mioglobina 
(proteína do músculo), entre outros. É interessante ressaltar 
que a simples troca de um desses aminoácidos poderá causar 
consequências graves, como é o caso da anemia falciforme, 
provocada pela substituição de um aminoácido, o ácido 
glutâmico, por outro aminoácido, a valina, numa certa região 
da molécula. 
No entanto, as proteínas não são simples fios 
esticados, geralmente as cadeias polipeptídicas estão 
enroladas em forma helicoidal, lembrando um fio de 
telefone. Esse enrolamento é denominado estrutura 
secundária da proteína, a qual é consequência da atração 
entre átomos de aminoácidos que estão próximos um dos 
outros. Esta cadeia polipeptídica helicoidal costuma ainda 
dobrar-se sobre si mesma, assumindo o aspecto de um 
novelo e constituindo a estrutura terciária da proteína. 
Além disso, muitas proteínas são constituídas por mais de 
uma cadeia polipeptídica, como por exemplo, a hemoglobina 
do nosso sangue e a clorofila dos vegetais, que são 
constituídos por quatro cadeias polipeptídicas. Essa estrutura 
extremamente complexa de algumas moléculas prote’’icas é 
denominada de estrutura quaternária. 
 
 
Estrutura das proteínas 
A letra “A” representa a estrutura primária. 
A letra “B” representa a estrutura secundária. 
A letra “C” representa a estrutura terciária. 
A letra “D” representa a estrutura quaternária. 
 
FUNÇÕES DAS PROTEÍNAS 
 Função estrutural ou plástica: são proteínas que 
participam da estrutura dos tecidos, conferindo-lhes, 
consistência, rigidez e elasticidade. Exemplo: o colágeno, 
proteína de alta resistência encontrada na pele, nas cartilagens, 
nos ossos e nos tendões; a actina e a miosina, proteínas 
contráteis encontradas em grande quantidade nos músculos, 
participando do mecanismo de contração muscular; 
queratina, proteína impermeabilizante encontrada na pele, 
cabelos e unhas, que protege contra a dessecação; os gens, 
constituídos pelo ácido desoxirribonucleico, que apresentam 
em sua constituição química, moléculas proteicas; o 
fibrinogênio, proteína encontrada no sangue e relacionada ao 
mecanismo de coagulação e a albumina, proteína encontrada 
na maioria dos tecidos animais e nos ovos das aves. No 
sangue, é constituinte do plasma (parte líquida), o qual 
desempenha importante papel na regulação osmótica. 
 Função hormonal: vários hormônios são de 
constituição proteica, como, por exemplo, a insulina. 
 Função de defesa: as proteínas que realizam a 
defesa do nosso organismo são denominados anticorpos, os 
quais irão atuar sobre os corpos estranhos conhecidos como 
antígenos, causadores de várias doenças. 
 Função energética: o organismo obtém energia 
para a realização de várias atividades a partir das moléculas 
de glicídios, de lipídios e das proteínas. Os aminoácidos que 
constituem as moléculas de proteínas passam a fazer parte 
da respiração celular, sendo convertidos em ATP. 
 Função enzimática: todas as enzimas são 
proteínas, as quais são fundamentais na aceleração das 
reações bioquímicas que ocorrem no organismo, como por 
exemplo, as lipases, que transformam os lipídios em 
unidades menores denominados ácidos graxos, para serem 
posteriormente utilizados pelas células. 
 Condução dos gases: a hemoglobina, presente nos 
animais vertebrados, e a hemocianina, nos invertebrados, 
são dois tipos de proteínas responsáveis pelo transporte do 
gás carbônico e do oxigênio no organismo dos animais. 
 UNIDADE 3 
 
 Biologia B 
 
 5 
ÁCIDOS NUCLEICOS: DNA e RNA 
 
Somente em 1953, com os trabalhos de Watson e Crick, foi 
possível compreender as várias propriedades da molécula de 
DNA, como por exemplo, a sua capacidade de 
autoduplicação e de produzir moléculas de RNA, além de 
também, terem esclarecido a arquitetura do DNA. 
Existem dois tipos de ácidos nucleicos, o DNA (ácido 
desoxirribonucleico) e o RNA (ácido ribonucleico). Os 
ácidos nucleicos são macromoléculas constituídas por 
milhares de unidades ligadas entre si, denominados 
nucleotídeos. Cada nucleotídeo é sempre composto por um 
uma base nitrogenada, grupo fosfato e uma pentose. 
Com relação à pentose, as moléculas de DNA são 
constituídas pela desoxirribose e as moléculas de RNA 
constituídas pela ribose. Com relação às bases nitrogenadas 
dos ácidos nucleicos, existem 5 tipos diferentes: guanina; 
adenina; citosina; timina e uracila. As duas primeiras 
bases nitrogenadas são denominadas púricas e são 
constituídas por um anel simples de carbono, ao passo que 
as três últimas são denominadas pirimídicas e são 
constituídas por um anel duplo de carbono. 
 
 ESTRUTURA 
DA MOLÉCULA 
 DNA RNA 
Bases nitrogenadas 
Pentose 
Tipo de filamento 
 
A MOLÉCULA DE DNA 
A molécula de DNA também é denominada de ADN (Ácido 
Desoxirribonucleico). Essa molécula é formada por milhares 
de nucleotídeos, os quais se encontram dispostos ao longo 
de duas cadeias enroladas uma sobre a outra e de forma 
helicoidal. Nas moléculas de DNA, sempre a base púrica de 
um filamento liga-se por pontes de hidrogênio à base 
pirimídica do outro filamento, como, por exemplo: a 
adenina, que é púrica, liga-se por duas pontes de hidrogênio, 
à timina, que é pirimídica, ou vice-versa. Já a guanina, que 
também é púrica, liga-se à citosina, que é pirimídica, ou 
vice-versa, através de três pontes de hidrogênio. 
 
 
DUPLICAÇÃO DA MOLÉCULA DE DNA 
Como se observa na figura acima, a estrutura da molécula de 
DNA é helicoidal e para que ocorra a sua duplicação é 
necessária a participação de algumas enzimas para que possa 
haver o desemparelhamento e o desenrolamento da hélice 
dupla, abrindo-se a molécula. No processo de duplicação da 
molécula de DNA, as pontes de hidrogênio entre as bases 
nitrogenadas se rompem e os dois filamentos que 
constituíam a hélice dupla começam a se separar. À medida 
que as bases nitrogenadas vão se separando, os nucleotídeos 
que se encontram dispersos na cariolinfa ou líquido nuclear 
vão se unindo a cada um dos filamentos rompidos, através 
da ação de uma enzima denominada DNA polimerase, 
dando origem a um filamento complementar. Entretanto, a 
união dos nucleotídeos sempre ocorre entre adenina com 
timina, ou timina com guanina e, ainda, a citosina com a 
guanina ou a guanina com a citosina. Observa-se, entretanto, 
que cada umdos dois novos filamentos formados 
apresentam um filamento original e um filamento novo. 
Assim, dizemos que as moléculas de DNA apresentam uma 
duplicação semiconservativa. 
 
 A MOLÉCULA DE RNA 
A molécula de RNA apresenta-se constituída por apenas um 
único filamento. Com relação à pentose, a molécula de RNA 
possui a ribose, e as bases nitrogenadas são: adenina, 
citosina, guanina e uracila, não existindo no RNA a timina. 
As moléculas de DNA, além de possuírem a capacidade de 
autoduplicação, também são capazes de produzir as 
moléculas de RNA, as quais receberão as mensagens do 
DNA e passarão a comandar a síntese de uma determinada 
proteína no citoplasma celular. 
 
A SÍNTESE DA MOLÉCULA DE RNA 
Para que ocorra a formação da molécula de RNA é 
necessário que haja o rompimento das pontes de hidrogênio 
que unem as bases nitrogenadas da molécula de DNA. Esse 
rompimento pode ser total ou parcial, uma vez que pode 
ocorrer a cópia de apenas uma parte da molécula de DNA. 
Em seguida, ocorre a união dos nucleotídeos pertencentes à 
molécula de RNA, num processo semelhante ao que ocorre 
na duplicação do DNA. No entanto, onde havia a união da 
timina com a adenina na molécula de DNA, no RNA, a 
timina não se faz presente e sempre será a uracila que se 
ligará a adenina. Além disso, a união dos nucleotídeos da 
molécula de RNA só ocorre sobre uma das fitas do DNA, 
denominada de fita-molde ou fita-ativa. Após a formação 
das moléculas de RNA, estes migram para o citoplasma, 
onde realizarão a síntese das proteínas. 
 
 
 
Formação das moléculas de RNAm . Observe que para a 
formação do RNA a uracila se liga a adenina, formando uma 
fita única. 
 
 
 
 
 
UNIDADE 4 
 
A SÍNTESE DE PROTEÍNAS 
 
Esquema da molécula 
de DNA, a qual é 
formada por milhares de 
nucleotídeos dispostos 
ao longo de duas 
cadeias enroladas, uma 
sobre a outra, de forma 
helicoidal. A letra “A” e 
“B” representam as 
bases nitrogenadas e a 
letra “C”, a pentose 
mais o grupo fosfórico. 
 
 Biologia B 
 
 6 
Quando realizamos uma análise bioquímica das células, 
observamos que em todas elas existe uma variedade muito 
grande de proteínas, responsáveis, inclusive, pelas 
propriedades específicas de cada célula, como, por exemplo, 
a contração dos músculos, revestimento, transporte de gases, 
etc. Portanto, as características de qualquer organismo vivo 
dependem basicamente dos tipos de proteínas que o 
constituem. 
As moléculas de DNA possuem todas as instruções 
para que ocorra a síntese (formação) das proteínas. No 
entanto, essas instruções não são transferidas diretamente da 
molécula de DNA para a molécula proteica que está sendo 
sintetizada. Existe, entretanto, a participação de uma 
molécula intermediária, a qual atua como mensageira dessas 
instruções. Na verdade, essa molécula mensageira é um tipo 
especial de RNA, denominado de RNA mensageiro (RNAm). 
Este RNAm transportará a mensagem contida na molécula de 
DNA e orientará a síntese de proteínas. Sendo assim, 
podemos dividir a síntese de proteínas em duas etapas: 
- a primeira é a transcrição do código genético, que 
consiste no processo de transferência das instruções contidas 
no DNA para o RNA; 
- a segunda é a tradução do código genético, que 
consiste na síntese das proteínas, orientando os tipos de 
aminoácidos que serão utilizados e, também, a posição que 
estes deverão ocupar na molécula proteica. 
No capítulo sobre as proteínas, verificamos que na 
constituição química das moléculas protéicas podem existir 
até 20 tipos diferentes de aminoácidos (lembre-se que as 
proteínas são formadas por muitos aminoácidos). Se cada 
uma destas letras (A), (T), (C) e (G) da molécula de DNA 
fosse específica para formação de um determinado tipo de 
aminoácido, consequentemente, todas as proteínas 
possuiriam apenas quatro tipos diferentes de aminoácidos. 
No entanto, os pesquisadores concluíram que para uma 
proteína possuir os possíveis 20 aminoácidos em sua 
estrutura molecular seria necessário um código tríplice, ou 
seja, que as bases nitrogenadas se agrupassem três a três, 
possibilitando a codificação dos vinte aminoácidos. Sendo 
assim, cada sequência de três bases nitrogenadas da 
molécula de DNA codifica a posição de um determinado 
tipo de aminoácido numa proteína. Essa sequência de três 
bases nitrogenadas recebe a denominação códon. 
Durante a síntese de proteínas, observa-se a presença 
de três tipos de moléculas de RNA, como: o RNA 
mensageiro (RNAm), o RNA transportador (RNAt) e o RNA 
ribossômico (RNAr). O RNAm é formado a partir da 
molécula de DNA, num processo denominado de transcrição 
do código genético. Durante esse processo, verifica-se a 
presença da enzima RNA-polimerase unindo as bases 
nitrogenadas adenina com a uracila e citosina com a guanina 
e, em seguida, o destacamento da fita-molde da molécula de 
DNA que lhe deu origem. 
O RNA transportador (RNAt) também é produzido 
no núcleo, a partir de algumas moléculas de DNA. Logo 
após a sua formação no núcleo da célula, o RNAt migra para 
o citoplasma e passa a capturar aminoácidos, transportando-
os, em seguida, para o RNA mensageiro (RNAm), o qual se 
encontra associado aos ribossomos. O RNAt se caracteriza 
por possuir poucos nucleotídeos e, sua molécula, apresenta-
se dobrada sobre si mesma. Além disso, também possui uma 
região específica para cada aminoácido que será 
transportado até o RNA mensageiro (RNAm) e, de uma outra 
região, constituída por uma trinca de nucleotídeos, 
denominada de anticódon. É através do anticódon que o 
RNAt reconhece o local no qual o RNAm deverá colocar o 
aminoácido por ele transportado. 
O RNA ribossômico (RNAr) também origina-se no 
núcleo a partir do DNA, mas estes migram para o citoplasma 
e associam-se a determinadas proteínas, originando os 
ribossomos. Esses ribossomos são responsáveis pelo 
acoplamento do RNAt, que transporta os aminoácidos ao 
RNAm , o qual possui o código para a formação de uma 
determinada proteína. 
 
AS VITAMINAS 
As vitaminas são substâncias orgânicas essenciais para o organismo e são obtidas somente através da alimentação. As principais 
vitaminas, a sua utilização pelo organismo, os sintomas de sua deficiência e a sua obtenção, estão resumidos na Tabela 1. 
 
 Biologia B 
 
 7 
VITAMINA UTILIZAÇÃO PELO 
ORGANISMO 
SINTOMAS DA 
DEFICIÊNCIA 
 FONTES 
Tipo A necessária para o bom 
funcionamento dos olhos, evita a 
cegueira noturna e previne 
resfriados. 
cegueira noturna, 
xeroftalmia e cegueira 
total. 
cenoura, abóbora, milho, pêssego 
(vegetais amarelos em geral), 
gema do ovo e fígado. 
Tipo B3(niacina) mantém o estado normal de 
resistência e elasticidade do 
tecido nervoso e muscular e o 
bom funcionamento do sistema 
digestivo. 
nervosismo, problemas 
digestivos, cansaço. 
carnes magras, ovos, figado e 
leite. 
Tipo B1 (tiamina) mantém o estado normal do 
tecido muscular e nervoso e 
previne o beribéri 
beribéri (fraqueza 
muscular), perda de 
apetite e nervosismo. 
cereais, feijào, figado, carne de 
porco, vegetais de folha 
Tipo B2 (Riboflavina) mantém a tonalidade saudável da 
pele e atua na coordenação 
motora. 
ruptura da mucosa bucal, 
dos lábios e da língua. 
couve, repolho, espinafre 
(vegetais de folha), carnes 
magras e ovos. 
Tipo B6 (piridoxina) mantém a pele saudável. doenças da pele, 
distúrbios nervosos e 
cansaço. 
levedo de cerveja, cereais, 
fígado, carnes magras. 
Tipo C previne infecções, mantém a 
integridade dos vasos e o 
escorbuto (tendência à 
hemorragia). 
cansaço, fadiga, insônia, 
nas crianças ocorre 
sangramento das 
gengivas, dentes 
alterados e escorbuto. 
frutas cítricas como o limão, a 
acerola e a laranja. 
Tipo D mantém os ossos e os dentes em 
bons estado e previne o 
raquitismo. 
ossos fracos, problemas 
nos dentes e raquitismo. 
gema de ovo e óleo de fígado de 
bacalhau.Tipo E previne o aborto, promove a 
fertilidade. 
esterilidade e aborto. carnes, laticínios, alface . 
Tipo K atua na coagulação do sangue e 
previne as hemorragias. 
Hemorragias. vegetais verdes, tomate e 
castanha. 
 
Exercícios de Sala  
 
1. (UFMS) Os organismos animais conseguem sintetizar a 
maioria dos aminoácidos. As reações de síntese ocorrem 
nas células do parênquima hepático. Porém, alguns 
aminoácidos não são sintetizados pelos animais. Em relação 
a essas moléculas, é correto afirmar: 
01. Os aminoácidos naturais são aqueles produzidos no 
organismo. 
02. Os aminoácidos essenciais são aqueles que devem ser 
obtidos através da alimentação. 
04. Nas proteínas da carne, do leite e dos ovos encontram-
se todos os aminoácidos essenciais, sendo, por isso, 
considerados alimentos completos. 
08. Os aminoácidos são unidades dos ácidos nucleicos. 
16. Um elevado número de aminoácidos pode se originar 
por hidrólise de uma proteína. 
 
2. As proteínas são substâncias orgânicas de múltiplas 
funções nos seres vivos, conforme sua forma na natureza, 
elas podem ser classificadas como fibrosas ou globulares. 
Somos diferentes uns dos outros, pois produzimos proteínas 
diferentes com funções plásticas, metabólicas, 
imunológicas, energéticas e outras. 
 
01. As proteínas são resultado de ligações peptídicas entre 
os aminoácidos 
02. A principal função das proteínas é energética, pois 
liberam muitas calorias ao serem decompostas. 
04. O colágeno é uma proteína fibrosa encontrada na pele 
com a função plástica. 
08. As proteínas pouco importam para o metabolismo, além 
de produzirem energia. 
16. Quando dois aminoácidos se ligam peptidicamente 
sempre liberam uma molécula de água. 
32. Por não serem solúveis na água, as proteínas não podem 
ser transportadas pelo tecido sanguíneo. 
64. Os anticorpos são proteínas que possuem propriedades 
imunológicas, ou seja, a capacidade de destruir corpos 
estranhos ao nosso. 
 
3. Ao mandar uma nave espacial a Marte, a NASA 
produziu um robô “Pathfinder” para coletar amostras no 
solo do planeta. Todos podemos observar ao vivo pela 
lnternet ou pela TV a cabo as fotos do planeta vermelho. 
Uma das substâncias que o robô procurava eram as 
enzimas, se estas fossem encontradas, seria a prova de que 
pelo menos um dia teria existido vida em marte. Quanto ao 
robô “Pathfinder”, sumiu!!!! 
 
01. Toda a proteína é uma enzima, mas nem toda a enzima 
é uma proteína. 
02. As enzimas possuem a função de diminuir a energia 
necessária para que a reação ocorra. 
04. As enzimas podem ser chamadas de catalisadores 
biológicos pois aceleram a velocidade das reações 
metabólicas. 
 Biologia B 
 
 8 
08. O pH nunca influencia a atividade enzimática. pois as 
enzimas tanto trabalham em meio ácido como em meio 
alcalino. 
16. Ao elevar a temperatura de uma reação a velocidade da 
atividade enzimática duplica, triplica ou quadruplica até 
um ponto ótimo que depende do ser vivo. 
32. Ao passar a temperatura do ponto ótimo, as enzimas 
podem começar a perder suas propriedades catalíticas e 
dependendo da elevação da temperatura, as enzimas 
podem ficar inativas ou até desnaturar. 
64. Sempre que aumentamos o substrato numa reação, não 
importa a quantidade, a velocidade da reação enzimática 
sempre aumenta. 
 
4. Acreditamos que as principais causas de mortes por 
doenças cardíacas entre os humanos estão relacionadas com 
a má alimentação que fazemos ao longo de nossas vidas. 
Assinale a soma das alternativas corretas para os lipídeos e 
suas funções nos seres vivos. 
01. Os lipídeos são moléculas de álcool ligadas a ácidos 
graxos. 
02. Essas substâncias podem possuir a função energética 
quando se quebram as longas cadeias de carbono, 
liberando energia para a formação de ATP. 
04. Os fosfolipídios possuem a função plástica ou 
estrutural, pois formam a membrana citoplasmática 
lipoproteica. 
08. As células preferem queimar os lipídeos antes dos 
glicídios, assim elas gastam menos energia. 
16. Por serem péssimos condutores de calor, os lipídios são 
ótimos reguladores térmicos dos seres vivos. 
32. Alguns lipídios podem assumir propriedades catalíticas 
e assim serem denominados de enzimas. 
64. Por serem solúveis na água, os lipídios são facilmente 
transportados pelo sangue. 
 
5. Hoje sabemos que um Gene é uma parte do ADN 
(Ácido Desoxirribonucleico), também conhecido por DNA, 
que decodifica uma proteína, ou seja, possui a receita da 
sequência correta do encadeamento polipeptídico entre 
aminoácidos. O ADN é resultado de uma sequência pré-
determinada
 
de bases nitrogenadas, compostas por (T) 
timina, (A) adenina, (C) citosina e (G) guanina. Na 
transcrição, o ADN, que não pode sair do núcleo, serve de 
molde para a fabricação do ARN (Acido Ribonucleico, 
também conhecido como RNA), o qual é constituído de 
uma sequência de bases nitrogenadas (A, C, G) mais a (U) 
uracila, não possuindo (T). Os ribossomos ligados ao 
retículo endoplasmático ou soltos no citoplasma ligam-se 
ao ARNm (mensageiro) do citoplasma e, transportando 
aminoácidos específicos, chegam aos ribossomos vários 
tipos de ARNt (Transportador). Para que os aminoácidos se 
liguem peptidicamente é necessário que a trinca de bases do 
ARNm combine com a trinca de bases do ARNt. A trinca 
de bases do ARNt é denominada de anti-códon, já a trinca 
do ARNm e do ADN é chamada de códon. 
Com as informações do texto acima, assinale a soma das 
alternativas corretas: 
01. Podemos compreender através do texto acima que um 
gene ocupa toda a dupla tira do ADN. 
02. Podemos afirmar, de acordo com o texto, que o ADN 
não está envolvido com o material genético transmitido 
de pais para filhos. 
04. Se uma proteína possui 310 aminoácidos, podemos 
concluir que o ARNm que decodifica tal proteína irá 
possuir 310 códons. 
08. Para a proteína da alternativa (04), o mesmo ARNm 
terá 930 bases nitrogenadas. 
16. Se um códon do ARNm for (A-A-C), o anti-códon do 
ARNt que combina com este será, (U-U-G). 
32. Para o mesmo códon do ARNm acima, existe um códon 
de ADN (T-T-G) do qual ele foi transcrito. 
64. Outro ARNt que combinaria com o ARNm da 
alternativa (16) teria um anti-códon (T-T-G). 
 
6. (UFMS) Os ácidos nucleicos são as moléculas “mestras” 
da vida. Elas são “responsáveis” pela síntese de todas as 
enzimas que controlam, de alguma forma, a atividade 
celular. Relacione os ácidos nucleicos com suas 
características. 
 
I – DNA 
II – RNA 
 
A – açúcar da molécula = desoxirribose 
B – açúcar da molécula = ribose 
C – presença de timina 
D – presença de uracila 
E – cadeia dupla 
F – cadeia simples 
G – capacidade de autoduplicação 
 
Está(ão) correta(s) a(s) associação(ões): 
01. I – A 16. I – F 
02. II – B 32. II – E 
04. II – G 64. II – D 
08. I – C 
 
 UNIDADE 5 
 
CITOLOGIA 
 
A célula é a unidade básica estrutural e funcional da vida de 
todos os seres vivos e o ramo da biologia que estuda as 
células é a citologia. 
A maioria das células apresenta medidas microscópicas, 
mas algumas podem ser macroscópicas, como: a gema do 
ovo, fibra de algodão, o Paramecium sp, alvéolo da laranja, 
entre outras. 
 
PADRÕES DE ORGANIZAÇÃO DAS CÉLULAS 
Todas as células seguem um padrão inicial, apresentando 
uma membrana celular delimitando um líquido interno do 
meio externo. No entanto, internamente as células podem 
ser: procarióticas ou eucarióticas. 
As células procarióticas não contêm 
compartimentos internos delimitados por membranas. O 
DNA encontra-se disperso no citoplasma, não protegido por 
membrana nuclear (carioteca), como se observa nas 
bactérias e cianobactérias. Já as células eucarióticas são 
células que apresentam todo um sistema de compartimentos 
constituído por membranas, como, por exemplo: os 
protistas, fungos, plantas e animais. 
 
 Biologia B 
 
 9 
FORMAS DAS CÉLULAS 
As células diferem muito em suas formas, comopode ser 
observado no corpo humano, por exemplo. A forma da 
célula depende da função exercida por ela. 
 
Exercícios de Sala  
 
1. Sobre Citologia, some as afirmações corretas: 
01. Citologia é uma ciência biológica que estuda a unidade 
estrutural e funcional dos seres vivos. 
02. Todas as células são macroscópicas. 
04. A maioria das células está abaixo de 100 micrômetros 
de diâmetro, logo, são microscópicas. 
08. Algumas células são macroscópicas, tais como: Gema 
do ovo, óvulo humano, alvéolo da laranja, alga nitela. 
16. Um micrômetro é a milésima parte de um milímetro e 
um (Å) ângstron a décima-milionésima parte de um 
milímetro. 
32. Os aparelhos mais usados para visualizar células e suas 
estruturas são os microscópios óptico e eletrônico. 
64. As células são iguais em forma, consequentemente as 
funções também são iguais. 
 
2. (UFSC) Os procariontes, representados pelas bactérias e 
pelas algas azuis: 
01. Apresentam tecidos. 
02. Não apresentam núcleo verdadeiro. 
04. São organismos inferiores na escala dos seres vivos. 
08. São unicelulares. 
16. Apresentam DNA como material genético. 
32. São parasitas obrigatórios. 
64. Não realizam meiose. 
 
3. (UFSC) Bizzozero classificou as células em lábeis, 
estáveis e permanentes. Essa classificação permite que se 
afirme: 
01. O tecido nervoso e o floema, por serem altamente 
especializados, apresentam células permanentes. 
02. Tecidos de revestimento, como o epitelial, são formados 
por células lábeis. 
04. Tecidos de sustentação, como muscular e colênquima, 
apresentam capacidade de regeneração, apresentam 
células lábeis. 
08. O meristema primário, responsável pela origem dos 
demais tecidos vegetais, é constituído por células 
estáveis. 
16. Os parênquimas vegetais e o tecido conjuntivo animal, 
responsáveis pelo preenchimento, são constituídos por 
células estáveis. 
32. Os glóbulos brancos, especializados na defesa em 
alguns organismos animais, são células permanentes. 
 
4. Some as alternativas com estruturas celulares exclusivas 
de células vegetais: 
01. Membrana plasmática, citoplasma, núcleo. 
02. Parede celulósica, vacúolo de suco celular. 
04. Complexo de Golgi, lisossomo, centríolos. 
08. Plastos ou plastídios, membrana celulósica. 
16. Núcleo, vacúolo de suco celular e parede celulósica. 
32. Citoplasma, retículo endoplasmático, centríolos. 
 
Tarefa Complementar  
 
5. (UFPR) A Escherichia coli não possui membrana 
nuclear, tem as enzimas do processo respiratório em dobras 
da membrana plasmática e não possui as estruturas 
celulares mais conhecidas. Isso faz com que seja 
classificada como: 
a) célula procariota. d) metazoário. 
b) célula eucariota. e) vírus. 
c) protozoário. 
 
6. (UFRGS) As células, segundo Bizzozero, são 
classificadas em lábeis, estáveis e permanentes. As lábeis 
são pouco diferenciadas e, após cumprirem suas funções, 
são substituídas. As estáveis são mais diferenciadas e com 
capacidade de reprodução e de regeneração. As 
permanentes, altamente diferenciadas e com funções muito 
especializadas, não se reproduzem e nem se regeneram. 
A partir dos dados descritos, indicar a alternativa correta 
que exemplifica, respectivamente, células lábeis, estáveis e 
permanentes: 
a) Epiteliais; neurônios e hepáticas. 
b) Hepáticas; epiteliais e ósseas. 
c) Neurônios; epiteliais e ósseas. 
d) Sanguíneas; ósseas e nervosas. 
e) Ósseas, hepáticas e nervosas. 
 
7. (UFRN) Das estruturas citadas abaixo, a única que não 
caracteriza uma célula vegetal é: 
a) Lisossomo. d) Vacúolos de suco celular. 
b) Parede celular. e) Plastos. 
c) Plasmodesmos. 
 
UNIDADE 6 
 
FUNÇÕES E ESTRUTURAS DAS CÉLULAS 
EUCARIÓTICAS 
 
MEMBRANA PLASMÁTICA 
Presente nas células vegetais e animais, a membrana 
plasmática também é chamada de membrana celular, 
membrana citoplasmática ou plasmalema. A membrana se 
caracteriza por ser uma película delgada e elástica que 
envolve todas as células, revestindo e separando o 
citoplasma e as organelas celulares do meio externo. 
Funcionando como uma barreira seletiva facilitando ou 
dificultando a entrada de substâncias que interessam à 
célula, a membrana possui uma permeabilidade seletiva. 
Medindo em média 75 Å, a membrana só pode ser 
visualizada ao microscópio eletrônico. Em 1972, S. J. 
Singer e G. L. Nicholson elaboraram o atual modelo para a 
estrutura da membrana: o modelo do mosaico fluido. Esse 
modelo propõe que a membrana é composta por três tipos 
de moléculas, lipídeos (fosfolipídeos e colesterol), 
proteínas (globulares) e uma pequena fração de glicídios, 
que nas células animais podem estar aderido aos dois 
primeiros, formando os glicolipídios e as glicoproteínas, 
que juntas formam o glicocálice. 
 Biologia B 
 
 10 
 
 
PAREDE CELULAR 
Junto à membrana citoplasmática das células vegetais existe 
um reforço externo formado por celulose (polissacarídeo 
composto por 4.000 moléculas de glicose), sendo também 
denominada parede celulósica. Essa parede é porosa, 
permitindo a livre passagem de água. 
 
TRANSPORTES ATRAVÉS DA MEMBRANA 
CITOPLASMÁTICA 
Os transportes através da membrana podem acontecer sem 
que ocorra gasto de energia (ATP) ou com gasto de energia. 
No primeiro processo, o transporte é denominado 
TRANSPORTE PASSIVO e, no segundo caso, em que há 
gasto de energia, é denominado TRANSPORTE ATIVO. 
 
TIPOS DE TRANSPORTES PASSIVOS 
 
DIFUSÃO - É o deslocamento de substâncias do local de 
maior concentração para o local de menor concentração e 
podem ser do seguinte tipo: 
- Difusão Simples - é quando a substância passa pela 
bicamada de fosfolipídios da membrana plasmática. Passam 
facilmente substâncias lipossolúveis, tais como: oxigênio, 
monóxido e dióxido de carbono. 
- Difusão Facilitada – substâncias polares como a maioria 
dos aminoácidos, açúcares, íons não se difundem pela 
bicamada lipídica. Esses elementos terão que atravessar a 
membrana com o auxílio de proteínas porosas ou proteínas 
carregadoras. As proteínas integrais à camada lipídica 
formam canais, os quais se abrem para a passagem dos 
referidos elementos. 
- Osmose - é a passagem de solventes do meio menos 
concentrado em soluto (hipotônico) para o meio mais 
concentrado (hipertônico). Esse mecanismo ocorre onde há 
uma membrana com poros que só permitem a passagem de 
moléculas de solvente. A Osmose pode ser facilmente 
observada ao colocarmos hemácias e células vegetais em 
soluções com concentração de diferentes solutos. As 
hemácias, quando colocadas em solução hipertônica, 
murcham, perdem H2O e sofrem plasmólise. Ao serem 
colocadas em soluções hipotônicas, ganham H2O e podem 
sofrer plasmoptise (ou hemólise no caso das hemácias). 
Células de vegetais se caracterizam por apresentarem 
parede celulósica. Essa estrutura é porosa, portanto 
permeável aos solventes e aos solutos. No entanto, é a 
membrana plasmática que seleciona as substâncias que 
deverão penetrar nas células. Sendo assim, células vegetais, 
quando colocadas em solução hipertônica, observa-se uma 
nítida perda de volume do vacúolo e do citoplasma, 
ocasionando um afastamento da membrana plasmática da 
parede celulósica. Em solução hipotônica, a célula vegetal 
ao ganhar solvente, passa a apresentar um aumento do 
vacúolo e do citoplasma, fazendo com que a membrana 
plasmática encoste-se à parede celulósica. Ao contrário do 
que se observa nas hemácias, a célula vegetal não sofre 
plasmoptise. 
 
 
 
TRANSPORTES ATIVOS 
Nesses tipos de transporte, as substâncias deslocam-se do 
meio de menor concentração para o meio de maior 
concentração. Nesses casos, a célula ou a membrana 
plasmática gasta energia (ATP) para movimentar a 
substância. Alguns exemplos seriam: 
- Bomba de Sódio e Potássio (Na+ e K+) - constituída 
por proteínas que removem o Na
+
 para o lado externo 
da célula e devolvem o K
+
 parao interior das células. 
- Proteínas que acoplam o Ca++ na membrana 
plasmática e no retículo endoplasmático. A 
concentração de Ca
++
 fora da célula é muito alta e 
tende a penetrar nas células. Há proteínas 
transportadoras que transportam o Ca
++
 contra um 
gradiente iônico e de concentração. 
- As células intestinais absorvem ativamente 
aminoácidos e Na
+
 através da mesma proteína 
transportadora da membrana plasmática. 
 
ENDOCITOSE 
Proteínas, ácidos nucleicos e polissacarídeos, são grandes 
moléculas polares que não conseguem atravessar a 
membrana, mesmo gastando energia. Algumas células 
especializaram-se em transportar esses tipos de moléculas 
através da Fagocitose, Pinocitose, Exocitose. 
 
FAGOCITOSE 
Macromoléculas fusionam-se à membrana plasmática e são 
englobadas. Durante esse processo, observa-se que a 
membrana invagina-se e forma uma vesícula (estrutura que 
lembra uma “bolsa”) com as macromoléculas em seu 
interior, as quais sofrerão a ação de enzimas digestivas. As 
substâncias aproveitáveis pela célula serão assimiladas e as 
substâncias não desejáveis serão eliminadas. 
 
PINOCITOSE 
Na pinocitose, as macromoléculas são sempre dissolvidas 
em um solvente. Como na fagocitose a membrana invagina-
se, forma uma vesícula e as substâncias aproveitáveis pela 
célula serão assimiladas e as substâncias não desejáveis 
serão eliminadas. Esse processo é observado nos capilares 
sanguíneos e tecido adjacente, os quais captam e 
eliminarem rapidamente os seus fluídos. 
 
EXOCITOSE 
É a eliminação de grandes substâncias pelas células. As 
substâncias a serem eliminadas são envolvidas pela 
Osmose em hemácias e células vegetais 
 Biologia B 
 
 11 
membrana, a qual se fusiona originando um canal, o qual 
possibilita a eliminação dos produtos não aproveitáveis pela 
célula, durante a fagocitose e a pinocitose. 
 
UNIDADE 7 
 
CITOPLASMA 
 
O espaço compreendido entre o núcleo e a membrana 
plasmática é preenchido por uma massa coloidal, na qual se 
encontram suspensas as estruturas intracelulares, e é 
denominado citoplasma. O hialoplasma é a parte do 
citoplasma mais próxima ao núcleo. É nessa região que se 
encontram a maioria dos organoides (Retículo 
Endoplasmático, Ribossomo, Complexo de Golgi, 
Lisossomo, Centríolos, Mitocôndrias). O coloide é formado 
por milhares de micelas proteicas suspensas na água e 
apresenta um movimento constante (movimento 
Browniano), o qual impede a precipitação da suspensão 
coloidal. A maior ou menor concentração dessas proteínas 
proporciona o surgimento de um plasma-gel, (mais 
proteínas, mais gelatinoso) e plasma-sol, (menos proteínas, 
mais fluído). O plasma sol é mais interno, daí a 
denominação de endoplasma; o plasma-gel é mais externo-
ectoplasma. 
No hialoplasma também existem inúmeras fibras 
formadas de actina e miosina, proteínas contráteis que 
formam o citoesqueleto das células. Essas proteínas estão 
constantemente em contração e relaxamento provocando 
um deslocamento contínuo do citoplasma como um todo. 
Nesse fluxo de citoplasma, os organoides também se 
deslocam ativa ou passivamente promovendo a CICLOSE. 
 
RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO 
As células eucarióticas possuem uma continuação da 
carioteca (membrana nuclear) formada por um sistema de 
membranas duplas de lipoproteínas em forma de rede de 
túbulos ou sacos achatados. Seu aspecto e distribuição 
variam de célula para célula, mas é abundante nas células 
secretoras e ausente nas hemácias adultas de mamíferos. 
 Essa estrutura só pode ser observada ao 
microscópio eletrônico, devido a sua espessura, que é 
semelhante a da membrana plasmática, em torno de 75 Å. 
O retículo endoplasmático pode ser de dois tipos: 
- Reticulo Endoplasmático Rugoso - também conhecido 
como granular ou ergastoplasma, possui ribossomos 
aderidos e participa da síntese de proteínas; 
- Reticulo Endoplasmático Liso - não possui 
ribossomos, participando da síntese de lipídeos e 
polissacarídeos. 
Além de transportar substâncias no interior da célula, 
o retículo facilita as reações enzimáticas. O retículo liso 
também promove a síntese triglicerídeos, fosfolipídios e 
esteroides, os quais são bem desenvolvidos em células das 
suprarrenais e das gônadas que secretam hormônios 
esteroides. Além disso, armazenam temporariamente 
diferentes tipos de substâncias como: enzimas, proteínas e 
lipídeos e regulam a pressão osmótica por armazenar 
substâncias como o Ca 
++
, modificando a concentração 
desse elemento no hialoplasma. 
 
 
RIBOSSOMOS 
Podem ser encontrados livres, presos ao retículo 
endoplasmático ou ligados entre si por uma fita de RNA, 
sendo, nesse caso, denominados de polissomos ou 
polirribossomos. Os ribossomos são constituídos por duas 
subunidades de RNA ribossômico e proteínas e 
fundamentais na síntese de proteínas, estando, portanto, 
presente em todas as células. Na forma de polissomos, 
fabricam proteínas para a própria célula e quando há 
necessidade de produzir proteínas para fora da célula, estas 
são produzidas junto ao retículo endoplasmático rugoso. 
 
COMPLEXO GOLGIENSE 
Conjunto de vesículas ou sáculos achatados lipoproteico 
proveniente de expansões do retículo endoplasmático liso 
presente apenas nas células eucarióticas. Pode ser 
visualizado ao microscópio óptico e possuem como 
funções: 
- Armazenamento de proteínas sintetizadas pelo retículo 
endoplasmático rugoso, as quais são armazenadas nas 
vesículas do complexo golgiense. A partir dessas 
vesículas brotam outras vesículas menores repletas de 
enzimas denominadas lisossomos primários; 
- Síntese de mucopolissacarídeos, os quais são 
polimerizados no complexo golgiense e transformados 
em polissacarídeos, os quais associam-se as proteínas 
oriundas do retículo endoplasmático rugoso formando 
as glicoproteínas, as quais posteriormente serão 
eliminadas pela célula; 
- Síntese de lipídeos, como o colesterol, hormônios 
sexuais, cortisol, estrógeno, progesterona, testosterona; 
- Nas células vegetais, observa-se entre as membranas os 
dictiossomos, os quais são bolsas do complexo 
golgiense que polimerizam monossacarídeos formando 
a celulose, constituindo a parede celulósica das células 
vegetais. 
 
LISOSSOMOS 
São pequenas bolsas de membrana lipoproteica contendo no 
seu interior enzimas digestivas e presente apenas nas 
células eucarióticas. Essas vesículas surgem a partir de 
dobras do retículo endoplasmático e do Complexo 
golgiense, sendo observado somente microscópio 
eletrônico. Apresentam as seguintes funções: 
HETEROFAGIA - nos casos de fagocitose e pinocitose, 
formando-se dentro da célula o fagossomo e o pinossomo, 
respectivamente. Juntam-se ao fagossomo e pinossomo 
inúmeros lisossomos que irão constituir o lisossomo 
secundário ou vacúolo digestivo. As enzimas passam então 
a interagir com os produtos englobados e as substâncias 
aproveitáveis pela célula serão eliminadas pelo vacúolo, 
 Biologia B 
 
 12 
sobrando em seu interior apenas resíduos da digestão, 
denominados de corpo residual ou vesícula de 
clasmocitose, que será eliminada pela célula, através da 
exocitose. 
AUTOFAGIA - quando uma estrutura intracelular deixa de 
exercer sua função, ocorre a formação de um vacúolo como 
fagossomo, originando lisossomos que provocarão a 
digestão. 
AUTÓLISE - com a morte celular observa-se o aumento 
significativo de lisossomos que rompem a sua membrana 
liberando sobre toda a célula suas enzimas. São exemplos 
da autólise a involução da cauda do girino e a destruição 
das células cardíacas no enfarte do miocárdio ou outra 
região enfartada. 
 
PEROXISSOMOS 
São vesículas que contêm enzimas, como a peroxidase e a 
catalase, as quais são produzidas no retículo 
endoplasmático rugoso e participam do metabolismo dos 
peróxidos (água oxigenada) que são formados pelo 
metabolismo celular. São encontrados tanto em células 
animais, comoem vegetais e no homem. São muito 
desenvolvidos nos hepatócitos, pois essas células têm um 
importante papel na metabolização de moléculas tóxicas, 
como o álcool. 
 
MITOCÔNDRIAS 
São organelas que apresentam forma de grãos ou bastões, 
sendo observadas em células aeróbias e responsáveis pela 
respiração celular (processo responsável pela produção de 
energia). As mitocôndrias podem ser visualizadas ao 
microscópio óptico, porém seus detalhes, somente ao 
microscópio eletrônico. 
Constituídas por uma dupla membrana lipoproteica, a parte 
interna forma dobras ou septos chamados cristas 
mitocondriais, que contêm enzimas aceptoras de elétrons, 
fundamentais para que ocorra o processo de respiração 
celular. Entre essas cristas há uma solução coloidal 
semelhante citoplasma, a matriz mitocondrial, a qual 
apresenta diversas enzimas respiratórias, DNA e RNA 
próprios, além de ribossomos. Por isso, as mitocôndrias 
possuem autonomia reprodutiva e são considerada 
organismos primitivos que passaram a viver de forma 
simbiótica com as células eucarióticas atuais. Ao conjunto 
de mitocôndrias dá-se o nome de condrioma e quanto maior 
for o metabolismo celular, maior será a quantidade de 
mitocôndria para produzir energia. 
 
CENTRÍOLOS 
Estrutura não membranosa do centro celular ou 
centrossomo. Ao redor dos centríolos partem fibrilas que 
constituem o áster, o qual se caracteriza por ser um 
conjunto de fibrilas proteicas de tubulina que apresentam 
capacidade de encurtamento e alongamento proporcionando 
a migração dos cromossomos para os pólos durante a 
divisão celular e a formação cílios e flagelos. 
Os centríolos são duas formações cilíndricas dispostas 
perpendicularmente, em que cada cilindro é formado por 9 
grupos de 3 micro-túbulos dispostos concentricamente. 
Esses microtúbulos são de constituição proteica, os quais se 
autoduplicam, podendo originar outro par de centríolos. 
 
PLASTOS 
São organoides encontrados em células vegetais, algas e 
certos protozoários com função de armazenamento de 
substâncias de reserva e pigmentos fotossintetizantes. 
Podem ser visualizados ao microscópio óptico, podendo 
assumir diversas formas: espiralizada, estrelada, lenticular, 
esférica. 
Tipos de plastos: 
 
- LEUCOPLASTOS: Não possuem pigmentos, mas 
acumulam substâncias de reserva nutricional. 
- CROMOPLASTOS: São os plastos que sob luminosidade 
sintetizam pigmentos. 
 
ESTRUTURA DOS CLOROPLASTOS - delimitados por 
duas membranas lipoproteicas, sendo a externa lisa e a 
interna formando dobras denominadas lamelas. Em 
determinados locais estas lamelas sofrem vários 
dobramentos sobrepostos, sendo o conjunto desses 
dobramentos, em todo o cloroplasto, denominado grana. A 
unidade do grana que corresponde a uma única pilha de 
dobras é o granum e cada dobra de membrana é um 
tilacoide. No interior das membranas do tilacoide são 
encontradas milhares de moléculas de clorofila, 
responsáveis pela fotossíntese. 
 
Exercícios de Sala  
 
1. (UFSC) Observe a lista dos componentes celulares 
abaixo. 
COMPONENTES CELULARES 
A 
B 
C 
D 
E 
– 
– 
– 
– 
– 
Membrana 
Plasmática 
Parede Celular 
Cloroplasto 
Lisossomos 
Vacúolo 
F 
G 
H 
I 
– 
– 
– 
– 
Carioteca 
Retículo 
Endoplasmático 
Complexo de Golgi 
Ribossomos 
 
Assinale a(s) proposição(ões) que estabelece(m) a(s) 
relação(ões) correta(s) entre as células dos diferentes 
grupos de seres vivos e os componentes celulares. 
01. Célula animal: B 
Célula bacteriana: A, C 
02. Célula animal: I 
Célula vegetal: G, E 
04. Célula animal: F 
Célula bacteriana: D, G 
08. Célula animal: A 
Célula vegetal: G 
Célula bacteriana: I 
16. Célula bacteriana: E, F 
Célula vegetal: H 
32. Célula animal: C 
Célula bacteriana: E, D 
64. Célula animal: B, F 
Célula bacteriana: D 
 
2. (UFSC) Para sobreviver, as células precisam obter do 
ambiente que as cerca, nutrientes como o açúcar, 
aminoácidos, sais, íons, ácidos graxos, etc. Existem vários 
processos pelos quais as células obtêm substâncias do meio. 
 Biologia B 
 
 13 
Assinale a(s) proposição(ões) que correlacionam 
corretamente o processo e sua(s) característica(s): 
 
1) difusão. 2) transporte ativo. 
a) Gasto de ATP. 
b) Movimento contra o gradiente de concentração. 
c) Movimento a favor do gradiente de concentração. 
d) Presença de catalisadores. 
e) Passagem de substâncias através da membrana 
plasmática. 
01. 1-C 08. 1-E 64. 2-E 
02. 2-A 16. 2-D 
04. 2-B 32. 1-A 
 
3. (UFSC) A membrana plasmática é uma membrana 
Semipermeável, não havendo condições, normalmente, para 
o extravasamento dos coloides citoplasmáticos para fora da 
célula. Sob esse aspecto, a membrana já começa a 
selecionar o que deve entrar na célula ou dela sair. 
Considerando os diferentes processos de passagem através 
da membrana plasmática, é correto afirmar que 
01. a osmose é a passagem de moléculas de água, sempre 
no sentido do meio mais concentrado para o menos 
concentrado. 
02. na difusão facilitada, participam moléculas especiais, 
de natureza lipídica e há gasto de energia. 
04. no transporte ativo, enzimas agem como 
transportadoras de moléculas, tais como o açúcar, ou 
íons. 
08. a fagocitose é um tipo de endocitose, onde ocorre o 
englobamento de partículas sólidas. 
16. a pinocitose é outro tipo de endocitose, ocorrendo, 
neste caso, o englobamento de pequenas porções de 
substâncias líquidas. 
32. pela exocitose, substâncias inúteis à célula são 
eliminadas com o auxílio dos centríolos. 
 
4. (UFSC) Estudos preliminares em mineiros da região 
carbonífera de Criciúma têm apresentado resultados 
preocupantes com relação à pneumoconiose, que é uma 
afecção pulmonar provocada pela inalação de poeira do 
carvão e de outros minérios. Essa é uma doença ligada à 
lesão da membrana lisossômica. Com relação aos 
lisossomos, assinale a(s) alternativa(s) correta(s). 
01. São estruturas nucleares. 
02. Origina-se a partir do Complexo de Golgi. 
04. São ricos em enzimas. 
08. São os responsáveis pela digestão intracelular. 
16. Em células vegetais auxiliam o processo fotossintético. 
32. Ao unirem-se aos fagossomos formam vacúolos 
digestivos. 
 
5. (UFSC) Em relação à ocorrência, origem, estrutura e 
função das organelas citoplasmáticas, assinale a(s) 
proposição(ões) verdadeira(s). 
01. Os vacúolos pulsáteis ocorrem em alguns Protistas e 
participam da manutenção do equilíbrio homeostático. 
02. O Complexo de Golgi existe em abundância nas células 
secretoras e participa da síntese de aminoácidos. 
04. As mitocôndrias são formadas de enzimas oxidantes e 
participam do processo de desintoxicação celular. 
08. Os lisossomos originam-se do ergastoplasma (RER) e 
do Complexo de Golgi e participam do processo de 
respiração celular. 
16. Os vacúolos do suco celular são exclusivos das células 
vegetais, sendo pequenos e numerosos nas células 
jovens e geralmente único na célula adulta. 
32-. Os plastos são organelas citoplasmáticas que ocorrem 
em todos os vegetais e em todos os Protistas. 
64. Os centríolos coordenam o processo de divisão 
cromossômica. 
 
Tarefa Complementar  
 
6. (UFSC) Os lisossomos são organoides membranosos, 
com formato esférico, que contêm enzimas digestivas. Em 
relação a essa estrutura citoplasmática, assinale a(s) 
proposição (ões) correta(s). 
01. Os lisossomos desempenham, entre outras, funções de 
defesa celular. 
02. As enzimas lisossômicas são fabricadas no retículo 
endoplasmático liso, passando em seguida para o 
sistema de Golgi, que as “empacota” e as libera sob a 
forma de lisossomos secundários. 
04. A função heterofágica dos lisossomos refere-se à 
digestão de substâncias que são absorvidas pela célula 
por fagocitose ou pinocitose. 
08. O lisossomo secundário é formado pela fusão do 
vacúolo alimentar, que contém o alimento englobado 
por pinocitose ou fagocitose, com o lisossomo 
primário,que contém as enzimas digestivas. 
16. Juntamente com as mitocôndrias, os lisossomos são 
responsáveis por uma reciclagem de moléculas e 
organoides inativos. 
32. Em girinos, o fenômeno de reabsorção da cauda é 
comparado a um “suicídio celular” já que, com o 
rompimento dos lisossomos, ocorre uma autodigestão 
das moléculas e dos organoides que constituem as 
células daquela estrutura. 
 
7. (UFSC) “Os cientistas Gerald Schatten e Peter Sutovsky, 
..., descobriram que as mitocôndrias (...) de 
espermatozóides são destruídas após fertilizarem os 
óvulos.” 
Texto extraído da Revista Ciência Hoje, 27(158): março/ 
2000. P. 12. 
 
Com relação ao assunto acima exposto, é correto afirmar 
que: 
01. As mitocôndrias são organelas responsáveis pela 
produção de energia nas células. 
02. As mitocôndrias dependem do DNA do núcleo das 
células a que pertencem para se multiplicarem. 
04. O fenômeno acima descrito explica por que os 
mamíferos só herdam o DNA mitocondrial do lado 
materno. 
08. As mitocôndrias, por conterem seu próprio DNA, 
também participam da lise nas células e nos tecidos. 
16. As mitocôndrias dos vegetais possuem clorofila em sua 
constituição. 
32. As mitocôndrias exercem uma função denominada 
respiração celular, que produz ao final o ATP, 
molécula altamente energética. 
 Biologia B 
 
 14 
64. Nas células eucarióticas primitivas, as mitocôndrias 
estão ausentes. 
 
 UNIDADE 8 
 
NÚCLEO 
 
Estrutura celular identificada por Robert Brown em 1831, 
em células da epiderme de orquídeas, o núcleo detém em 
sua constituição as informações genéticas que serão 
transmitidas às células filhas ao se reproduzirem. Além 
disso, o núcleo é o centro de controle de todas as atividades 
que acorrem nas células. 
 
IMPORTÂNCIA DO NÚCLEO 
 É do núcleo que parte todo o comando do metabolismo 
celular, pois nenhuma proteína é sintetizada sem a 
participação das moléculas de DNA presente no núcleo, 
determinando assim, os aspectos metabólicos e 
morfológicos de uma célula; 
 Em células-ovo ou zigotos, das quais o núcleo foi 
removido, observa-se que as células não podem se dividir, 
sempre acabam morrendo; 
 Quando o núcleo é removido de organismos unicelulares, 
estes sobrevivem muito pouco e acabam morrendo. No 
entanto, se o núcleo de outra bactéria for transplantado, este 
organismo se mantém vivo. 
 Células anucleadas, como as hemácias de mamíferos, 
apresentam um período de vida curto, por volta de 120 dias. 
 
VARIAÇÕES NO NÚMERO E NA FORMA DO 
NÚCLEO CELULAR 
A maioria das células apresenta um único núcleo, mas os 
protozoários ciliados, por exemplo, possuem dois núcleos: 
um com pequeno tamanho, denominado micronúcleo, e 
outro maior, o macronúcleo. 
Algumas células são multinucleadas, como as 
células musculares estriadas esqueléticas e outras, não 
apresentam núcleo, como as hemácias. Geralmente, o 
núcleo é esférico e mantém uma relação direta com o 
formato da célula. Contudo, alguns leucócitos (glóbulos 
brancos), possuem formato riniforme (forma de rins) e as 
algumas células musculares apresentam formato fusiforme. 
 
COMPONENTES DO NÚCLEO 
Um núcleo eucarionte apresenta as seguintes estruturas: 
 
1 - CARIOTECA 
A carioteca, também denominada de membrana nuclear ou 
cariomembrana, é um envoltório constituído por duas 
membranas lipoproteicas, visíveis apenas ao microscópio 
eletrônico. Uma membrana da carioteca está em contato 
direto com o citoplasma, apresentando ribossomos aderidos 
à superfície e formando o retículo endoplasmático rugoso. 
A outra membrana fica em contato com o interior do núcleo 
envolvendo o material genético e, entre estas duas 
membranas existe um espaço denominado perinuclear. 
Além disso, a carioteca é perfurada por milhares de poros, 
através dos quais determinadas substâncias entram e saem 
do núcleo. 
 
2 - CARIOLINFA 
A cariolinfa, também denominada de carioplasma ou suco 
nuclear, é o líquido que preenche o espaço interno do 
núcleo e que mantém suspensas as estruturas intranucleares, 
como a cromatina e os nucléolos. Além disso, a cariolinfa 
apresenta como principais características o pH variando 
entre 7,6 a 7,8, alguns lipídios, sais minerais, enzimas, 
proteínas, glicídios e água, logo, uma composição química 
semelhante ao hialoplasma. 
 
3 - CROMATINA 
A cromatina é observada quando a célula não se encontra 
em processo de divisão celular, numa fase denominada de 
intérfase. Nesta fase, a cromatina se apresenta como sendo 
um conjunto de filamentos formado por uma longa 
molécula de DNA associada a moléculas proteicas 
chamadas de histonas. Cada um destes filamentos recebe o 
nome de cromonema e quando a célula entrar no processo 
de divisão celular, estes filamentos irão se condensar e se 
espiralizar, transformando-se em cromossomos. 
Ao usar corantes básicos numa célula em intérfase, é 
possível observar ao microscópio óptico que certas regiões 
desse conjunto de filamentos (cromatina) coram mais 
intensamente do que outras. Essas regiões mais coradas 
correspondem a porções dos filamentos mais enroladas e 
mais condensados e denominam-se de heterocromatina. As 
regiões menos coradas correspondem a regiões distendidas 
dos filamentos e são chamadas de eucromatina. 
 
4 - NUCLÉOLOS 
Durante a intérfase, período de não divisão celular, é 
possível observar corpos esféricos ou ovais, constituídos de 
RNA associado a proteínas e, também, de um pouco de 
DNA, o qual é proveniente de um cromossomo denominado 
cromossomo organizador do nucléolo. 
No nucléolo são produzidas moléculas de RNA 
ribossômico, que se associam a proteínas para formar as 
subunidades que constituem os ribossomos, as quais irão 
migrar para o citoplasma e se tornarão ativas na síntese de 
proteínas. 
 
Exercícios de Sala  
 
1. (UFSC) O núcleo é uma estrutura que coordena e 
comanda todas as funções celulares. 
Assinale a(s) proposição(ões) que apresenta(m) relações 
corretas entre as estruturas nucleares, sua ocorrência e 
características químicas ou funcionais. 
01. Ao observarmos o núcleo interfásico em microscópio 
óptico, verificamos a total compactação da cromatina, 
que passa a chamar-se cromossomo. 
02. A membrana nuclear apresenta “poros” ou annuli, 
através dos quais ocorrem importantes trocas de 
macromoléculas entre núcleo e citoplasma. 
04. A carioteca corresponde ao fluido onde estão 
mergulhados os cromossomos e as estruturas que 
formam o nucléolo. 
08. O nucléolo, mergulhado no nucleoplasma, está sempre 
presente nas células eucarióticas, podendo haver mais 
de um por núcleo. 
16. O nucléolo é uma região de intensa síntese de RNA 
ribossômico (RNAr). 
 Biologia B 
 
 15 
32. A cromatina é formada por uma única e longa molécula 
de RNA, associada a várias moléculas de 
glicoproteínas. 
 
2. Sobre núcleo eucariótico, em intérfase, some as 
alternativas corretas: 
01. Todas as células apresentam núcleo eucariótico. 
02. Está presente em todas as fases da célula, inclusive 
durante a divisão da celular. 
04. A maioria das células apresenta apenas um núcleo, mas 
há células multinucleadas como as musculares estriadas 
esqueléticas. 
08. As hemácias são células anucleadas e, por esse motivo, 
apresentam vida curta. 
16. Todas as células apresentam núcleo esférico. 
32. As estruturas do núcleo eucariótico em intérfase são: 
carioteca, cariolinfa, nucléolos e cromatina. 
 
3. Sobre nucléolos, some as alternativas corretas: 
01. Um núcleo pode apresentar mais de um nucléolo. 
02. O nucléolo verdadeiro pode ser também denominado 
plasmossomo. 
04. O plasmossomo é constituído por RNA ribossômico, 
enzimas, nucleoproteínas e sais. 
08. O cariossomo (nucléolo falso) é um adensamento maior 
de heterocromatina, logo, com DNA. 
16. O plasmossomo apresenta reação de Feulgen positiva, 
pois apresenta DNA. 
 
CROMOSSOMOS 
Como já foi salientada, a fase da vidade uma célula que 
não se encontra em divisão é denominada de intérfase. 
Nesta fase, pode-se observar no interior do núcleo um 
conjunto de filamentos denominado cromatina. Cada um 
desses filamentos, durante a divisão celular, sofre um 
processo de espiralização e condensação, tornando-se mais 
espesso e, consequentemente, transformando-se em 
cromossomos. Sendo assim, os cromossomos também 
apresentam a mesma constituição química da cromatina, ou 
seja, são filamentos formados por uma longa molécula de 
DNA associada a moléculas proteicas (histonas). Além 
disso, um cromossomo pode ser definido, geneticamente, 
como sendo uma série linear de genes (segmentos de 
DNA), os quais controlam todo o metabolismo celular, 
através da produção de proteínas. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS CROMOSSOMOS 
Cromossomos metacêntricos: quando o 
centrômero se localiza na região central do cromossomo, 
ficando os dois braços com o mesmo tamanho. 
Cromossomos submetacêntricos: quando o 
centrômero fica um pouco deslocado da região central do 
cromossomo, ficando os dois braços com tamanhos 
desiguais. 
Cromossomos acrocêntricos: quando o 
centrômero se localiza muito próximo de uma das 
extremidades do cromossomo, ficando um dos braços com 
um tamanho bem menor do que o outro. 
Cromossomos telocêntricos: quando o centrômero 
se localiza numa das extremidades, ficando o cromossomo 
com apenas um único braço. 
 
CROMÁTIDE 
Em determinados momentos da divisão celular, os 
cromossomos se encontram com o formato de uma letra 
“X” e passam a ser denominados de cromossomos 
duplicados. Essa duplicação ocorre na fase de intérfase e 
cada lado longitudinal dos cromossomos duplicados, passa 
a ser chamados de cromátides-irmãs, ou simplesmente de 
cromátides 
 
CROMOSSOMOS HOMÓLOGOS 
As células da espécie humana possuem 46 cromossomos, 
dos quais 23 são provenientes do espermatozoide e 23 do 
óvulo. Estes 46 cromossomos apresentam-se em pares, com 
as seguintes características: 
- Mesmo tamanho; 
- Mesma posição do centrômero; 
- Mesmo loci gênico (localização dos genes); 
- Um de origem paterna, outro de origem materna. 
 
CROMOSSOMOS AUTOSSOMOS E 
HETEROSSOMOS 
Dos 23 pares de cromossomos encontrados nas células da 
espécie humana, 22 pares determinam características não 
sexuais e são denominados de cromossomos autossomos. 
Esses cromossomos são representados pela letra “A”, 
quando a célula for haploide (por exemplo: os gametas) ou 
por “2A”, quando a célula for diploide como, por exemplo, 
as células que formam o nosso corpo, conhecidas como 
somáticas. 
Enquanto 22 pares de cromossomos são autossomos, 
um único par, que pode ser XX ou XY, é chamado de 
cromossomo sexual ou heterossomo ou alossomo e 
manifesta as características sexuais do indivíduo. O par de 
cromossomos XX manifesta todas as características 
femininas e o par XY, as masculinas. 
 
GENOMA E CARIÓTIPO 
O genoma é o conjunto haploide de cromossomos que uma 
célula possui. Sendo assim, nas células gaméticas existe um 
único genoma e nas células que formam o nosso corpo, as 
denominadas somáticas, apresentam dois genomas. 
O cariótipo constitui uma análise dos cromossomos de uma 
célula diploide, com relação: ao tamanho, posição do 
centrômero e quantidade. A organização desses 
cromossomos aos pares e em ordem decrescente, ou seja, 
do par maior para o menor, recebe o nome de idiograma. 
 
Tarefa Mínima  
 
4. (UFC) O cariótipo consiste na montagem fotográfica, em 
sequência, de cada um dos tipos cromossômicos. Ele nos 
permite saber qual o número e qual a forma dos 
cromossomos de uma espécie, bem como estabelece o seu 
padrão cromossômico normal. A partir da análise da figura 
abaixo, e em relação a esse estudo, é correto afirmar que: 
 Biologia B 
 
 16 
 
 
01. O cariótipo é o “quadro cromossômico” das células 
haploides de cada espécie. 
02. Na espécie humana, os cromossomos são classificados 
em 7 grupos, compreendendo 22 pares de cromossomos 
autossômicos, e mais um par de cromossomos sexuais 
que, no homem, é XY e, na mulher, XX. 
04. Para a obtenção do cariótipo, são utilizadas células de 
leucócitos em anáfase meiótica. 
08. Em fetos, normalmente a cariotipagem só deve ser feita 
quando há real suspeita de algum tipo de alteração 
cromossômica, já que as técnicas de coleta de material 
apresentam risco de aborto. 
16. A partir da análise de cariótipos, informações valiosas 
podem ser obtidas, tais como a existência de 
cromossomos extras ou de quebras cromossômicas, 
auxiliando no diagnóstico de certas anomalias genéticas. 
32. A Síndrome de Down, ou trissomia do cromossomo 16, 
e o daltonismo são exemplos de doenças de origem 
genética que podem ser diagnosticadas através do 
exame cariotípico. 
 
5. Some as alternativas corretas: 
01. A cromatina sexual é um dos dois cromossomos sexuais 
XX que não se desespiralizou totalmente durante a 
intérfase. 
02. A cromatina sexual está presente somente em machos, 
pois os cromossomos sexuais são XX. 
04. Um indivíduo com Síndrome de Klinefelter apresenta 
uma cromatina sexual. 
08. Mulheres com Síndrome de Turner apresentam uma 
cromatina sexual. 
16. Mulheres que apresentam três cromossomos sexuais 
XXX apresentam duas cromatinas sexuais. 
32. As mulheres normais apresentam uma só cromatina 
sexual. 
 
6. (UFSC) Em uma determinada espécie animal, o número 
total de cromossomos, por célula somática, é igual a 48. 
Baseado nisso, assinale a(s) proposição(ões) verdadeira(s). 
01. O número haploide dessa espécie é 48. 
02. Nas células sexuais, o número de cromossomos é igual a 
12. 
04. Em caso de poliploidia, o número de cromossomos, por 
célula, fica abaixo do número diploide. 
08. Caso ocorra trissomia em um dos pares cromossômicos, 
o número de cromossomos passará para 49. 
16. Uma célula tetraploide conterá 96 cromossomos. 
 32. Os gametas dessa espécie conterão 24 cromossomos. 
 
7. Sobre cromossomos, some as afirmações corretas: 
01. Representam-se cromossomos autossomos numa célula 
diploide por 2A e numa célula haploide por A. 
02. Os cromossomos heterossomos representam-se pelas 
letras XX no sexo feminino e por XY no sexo 
masculino, em uma célula diploide. 
04. Ao conjunto de cromossomos de uma célula haploide, 
chamamos de genoma. 
08. Uma célula diploide apresenta dois genomas. 
16. A análise diploide dos cromossomos de uma espécie 
quanto ao número, tamanho, posição do centrômero, é o 
cariótipo. 
32. Idiograma é a montagem dos cromossomos de uma 
espécie, dos maiores para os menores. 
 
 UNIDADE 9. 
23 
DIVISÃO CELULAR – MITOSE 
 
Desde a formação da célula-ovo ou zigoto, todas as nossas 
células estão em constante divisão celular, com exceção das 
células nervosas e musculares estriadas que são altamente 
especializadas e acabaram por perder a capacidade 
proliferativa. 
No entanto, antes das células se dividirem, se 
encontram em uma etapa denominada intérfase, a qual é 
constituída por 3 fases: 
 
Fase G1: Essa fase se caracteriza pelo fato de a célula 
apresentar suas atividades funcionais normais. Os 
cromossomos sofrem uma desespiralização e a célula 
aumenta consideravelmente o seu volume. 
Fase S: Nesta fase ocorre a duplicação do material 
genético, fenômeno extremamente importante para a 
formação de duas células idênticas ao final da mitose, pois, 
para que haja a formação de 2 células com o mesmo 
número de cromossomos da célula-mãe, é necessário que 
ocorra a duplicação do DNA. 
Fase G2: A célula novamente aumenta o seu volume e se 
prepara para sofrer a uma divisão. O gráfico abaixo 
representa a variação da concentração do material genético 
(DNA) nos 3 períodos da intérfase (G1 , S e G2 ) e, também, 
ao longo das etapas da divisão de uma célula. 
 
MITOSE 
As células que formam os órgãos dos animais são 
denominadas somáticas. Essas células sofrem divisões do 
tipo

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