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IMPOSTO SOBRE A RENDA

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Imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza
Art. 43. O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica:
I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos;
II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso anterior.
§ 1o A incidência do imposto independe da denominação da receita ou do rendimento, da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma de percepção. (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001)
§ 2o Na hipótese de receita ou de rendimento oriundos do exterior, a lei estabelecerá as condições e o momento em que se dará sua disponibilidade, para fins de incidência do imposto referido neste artigo. (Incluído pela Lcp nº
104, de 2001)
Art. 44. A base de cálculo do imposto é o montante, real, arbitrado ou presumido, da renda ou dos proventos tributáveis.
Art. 45. Contribuinte do imposto é o titular da disponibilidade a que se refere o artigo 43, sem prejuízo de atribuir a lei essa condição ao possuidor, a qualquer título, dos bens produtores de renda ou dos proventos tributáveis.
Parágrafo único. A lei pode atribuir à fonte pagadora da renda ou dos proventos tributáveis a condição de responsável pelo imposto cuja retenção e recolhimento lhe caibam.
1. Conceito de renda:
- No IR das pessoas jurídicas prevalece a teoria do balanço – renda é o acréscimo patrimonial líquido, enquanto das pessoas físicas prevalece a teoria da renda ganha, independentemente de o contribuinte vir a ter patrimônio negativo ao término do período aquisitivo da renda.
- A renda é o produto do CAPITAL (juros, rendimentos de aplicações financeiras, aluguéis), do trabalho (remuneração com vínculo empregatício) ou de ambos.
- Capital (ou patrimônio) é o montante da riqueza possuída por um indivíduo em um determinado momento. Renda é o aumento do patrimônio, verificado entre dois momentos em quaisquer de tempo.
- A existência de renda depende de um acesso irreversível a uma riqueza nova, realizada e sobre a qual o contribuinte seja capaz de dispor livremente.
- Para constituir renda deve existir 3 elementos: 
a) Provir de uma fonte patrimonial determinada e já pertencente ao próprio titular da renda. Ex: trabalho, empréstimo (provém de um capital emprestado do credor).
b) Ser periódica, capaz de se reproduzir de tempos em tempos e sem reduzir o patrimônio que o produziu.
c) Ser proveniente do exercício de uma atividade que tenha por objeto fazer justificar o patrimônio. 
2. Conceito de “proventos de qualquer natureza”: Pensões por morte e alimentícia, aposentadoria, heranças e doações, ou não tenham origem identificável ou comprovável – conceito residual.
- Ganhos lotéricos – tributados por opção legislativa.
- Ganhos permutativos – só são tributáveis se previstos e na hipótese de acrescerem valor novo ao patrimônio. 
- Correção monetária plena – inadmissível a sua tributação (não traduzir acréscimo patrimonial e por corresponder à mera atualização dos valores do patrimônio social ou individual).
OBS: Indenizações – por serem comutativas, não são tributáveis. Ex: Indenização por despedida de emprego ou acidente de trabalho. (VER SÚMULA 498 DO STJ).
“Não é o nomen juris, mas a natureza jurídica da verba que definirá a incidência tributária ou não” (STJ, ERESP 976.082RN). Porém isso NÃO VALE para as pessoas jurídicas. Ex: Veículo dessa pj se perde e é pago um valor da seguradora, esse valor entra no rol das receitas tributáveis. 
- Art. 153, II - não incidirá, nos termos e limites fixados em lei, sobre rendimentos provenientes de aposentadoria e pensão, pagos pela previdência social da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, a pessoa com idade superior a sessenta e cinco anos, cuja renda total seja constituída, exclusivamente, de rendimentos do trabalho . (Revogado pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
3. Tributação nas fontes:
- Matéria está expressa no art. 45, parágrafo único “A lei pode atribuir à fonte pagadora da renda ou dos proventos tributáveis a condição de responsável pelo imposto cuja retenção e recolhimento lhe caibam”.
- A lei poderá determinar que a fonte pagadora da renda ou dos proventos assuma a posição de responsável pelo tributo, calculando-o, descontando-o do pagamento ao titular, e recolhendo-o, nos prazos, à repartição arrecadadora. É a técnica da retenção ou desconto na fonte, que imprime eficiência maior à máquina de arrecadação do imposto sobre a renda, já porque previne a sonegação ou a displicência do titular dos créditos, já porque funciona com mais rapidez, comodidade, simplicidade e economia.
4. Características: Fiscal, pessoal e direto. – art. 145, CF/88.
- Princípio da isonomia tributária: 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
II - Instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;
- Concretização da isonomia tributária e a capacidade tributária: 
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
§ 2º O imposto previsto no inciso III:
I - será informado pelos critérios da generalidade, da universalidade e da progressividade, na forma da lei;
A)todo tributo tem sua natureza específica decorrente de seu respectivo fato gerador, de sua base de cálculo, definidos pelo Direito e não pela Ciência Econômica.
B)o imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica de um acréscimo patrimonial efetivo, devidamente realizado:
C)enquanto a renda é sempre tributável genericamente, os proventos, para sê-lo, necessitam de preceito expresso (numerus clausus) em lei ordinária federal e só geram o dever de pagar quando realizados.

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