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Por que nem todos os tecidos são lesados pela hiperglicemia? A capacidade de regulação do transporte de glicose para o interior da célula não ocorre em todas as células. o As que não tem são: células de Schwann, neurônios, células glomerulares renais, celular da retina o Tem início “de dentro pra fora” da célula Hiperglicemia glicose intracelular aumentada formação de espécies reativas de oxigênio ativam outras vias: via dos polióis, via dos produtos finais de glicação avançada (AGE), via da PKC, via da hexosamina o Nas células da retina, ocorre a ativação da VEGF fator de crescimento endotelial vascular aumenta estimulo pra proliferação vascular Na retinopatia, esses novos vasos formados são frágeis, rompendo com facilidade RETINOPATIA DIABÉTICA Principal causa de cegueira em adultos de 20-74 anos Fatores de risco Duração do diabetes Hiperglicemia crônica Aumento da PA Dislipidemias triglicérides Gestação Estágios o Não Proliferativa: presença de microaneurismas Edema macular na mácula densa (responsável por maior parte da visão) Causa borramentos, tortuosidades da visão exsudatos Hemorragias o Proliferativa: formação de neovasos Está relacionada com valores de hb1aC alta Quando investigar? o Quando DM1 com 5 anos após o diagnóstico Nota: a puberdade tende a acelerar a retinopatia o Quando DM2 no momento do diagnóstico Pois é possível que a pessoa esteja com diagnostico tardio o Mulheres com diabetes pré- existentes e querem engravidar ou as que engravidaram antes da gestação e no primeiro trimestre. NOTA: PCT com DM1 que estejam na puberdade ou com DM persistente descompensado devem ser rastreados independente dessas indicações. NOTA2: rastreio em períodos menores de 1 ano são indicados para pacientes com retinopatia em progressão ou sob risco de perda visual. GESTANTES o Devem ser monitoradas a cada trimestre e por um ano pós parto de acordo com a gravidade da retinopatia o Diabetes gestacional não está associado ao desenvolvimento da RD DOENÇA RENAL DO DIABETES (DRD) Principal causa de doença renal crônica no mundo Está associada a aumento da mortalidade, principalmente por causas cardiovasculares É uma forma de doença renal crônica onde os rins tem tamanho normal ou aumentado Nota: existem 3 doenças renais com o tamanho dos rins aumentados: 1. DRD 2. Amiloidose 3. doença policística renal Principais alterações patológicas ocorrem no glomérulo Em DM1 é rara não ter a associação de DRD com retinopatia diabética Classificação das Doenças Renais Cônicas (DRC) É baseada na tx de filtração glomerular (TFG) e na excreção urinária de albumina (EUA) o TFG clearence de creatinina o EUA avaliação pelo índice albumina-creatinina em amostra de urina ou albuminúria de 24h Confirmar EUA em 2 de 3 amostras coletadas no intervalo de 3 a 6 meses Rastreio DM1 anual a partir de 5 anos de diagnóstico DM2 e/ou HAS anual a partir do diagnóstico Tratamento Agentes renoprotetores: o IECA/BRA o Inibidores de SGLT2 Nota: esses medicamentos tem uma piora da função renal inicialmente, mas depois melhora . Controle pressórico Controle glicêmico Controle da ingestão de proteína (quando a nefropatia está nesse estágio): 0,8 g/kg de peso ideal/dia o Evitar dietas hiperproteicas NEUROPATIA DIABÉTICA Manifestações somáticas e/ou autonômicas Acometimento predominantemente de fibras finas amielínicas (fibras C condução de informações mais lenta) Elevada prevalência e morbidade o Dor neuropática pode ser crônica e incapacitante Alodínia: dor provocada por estímulos que normalmente não gerariam dor. Diagnóstico de exclusão o Diagnóstico clínico: sinais, sintomas e exames neurológicos Nota: eletroneuromiografia não é um método sensível para diagnóstico (o eletrodo é colocado em fibras grossas). Padrões clínicos o Polineuropatia simétrica distal Formigamentos dormência nos pés e mãos, piorando no período noturno o Radiculoplexopatias Uma faixa em dor no abdôme Amiotrofia diabética acomete a coxa do individuo Dores intensas, com atrofia da região o Neuropatias focais compressivas Síndrome do túnel do carpo síndrome do túnel ulnar pé caído o Neuropatia autonômica Acometimento do SN Parassimpático ou acometimento das fibras que fazem inervação do TGI Gastroparesia diabética, constipação O mais acometido é o SN Parassimpático, pois tem fibras mais longas (NV vago) Nota: o SN simpático não tem fibras longas geralmente. Existem gânglios simpáticos próximos aos órgãos que emitem fibras curtas que regulam aqueles órgãos. O pct vai se mostrar mais com taquicardia Rastreio DM1: anual a partir de 5 a de diagnostico DM2 ou HAS: anual a partir do diagnóstico Tratamento A maior parte das medicações não tratam o problema no nervo, apenas mascaram o sintoma. Antidepressivos o Amitriptilina Ruim para ser utilizada por aumenta o risco vasculare pode levar ao aumento de peso Por ser mais barata se utiliza em certas situações o Duloxetina (+ utilizada) o Imipramina o Nortriptilina o Venlafaxina Anticonvulsivantes o Gabapentina o Pregabalina As duas classes podem ser conjugadas Nota: o ácido alfa-lipólico ou ácido thiótico (Thioctacid HR) 600 mg (jejum) ele atua na fisiologia da neuropatia. É um carreador de radicais livres. NEUROPATIA SENSITIVA E AUTONÔMICA Vias de ulceração pé diabético Nota: a vitamina B12 é uma causa de neuropatia (quando baixa) Avaliação clínica da sensibilidade protetora o Colocar o monofilamento Semmes- Weinstein (10g) nas áreas de pressão do pé. o Avaliação com diafasão: quando vibrar, colocar em cima do pé do paciente. Nota: esse é um exame que não deve ser feito de forma seriada, pois a própria sensibilidade do avaliador fica menor Avaliação dos pulsos podálicos o Pulso pedioso o Pulso tibial posterior Quando diminuição desses pulsos há maior risco de acometimento Apresentações clínicas o Ulceras do pé diabético o Pé de chacot pé ressecado, sem pelos, pele mais brilhante, sem a cava do pé (pé plano), alterações ósseas Figura 1. à esquerda, pé normal. À direita, pé de Charcot. Nota: Quando há exposição óssea já é osteomielite.
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