Buscar

Direito Administrativo Controle da Administração Pública Controle Legislativo Ministério Público Tribunal de Contas CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérit

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

Yohanan Breves 
(Autor) 
 
Direito Administrativo – Controle da Administração Pública – Controle 
Legislativo – Ministério Público – Tribunal de Contas – CPI (Comissão 
Parlamentar de Inquérito) – CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) – 
OAB – Concurso 
 
Esse tipo de controle é exercido pelo Poder Legislativo, com a ajuda do Tribunal de 
Contas. Trata-se do controle político e financeiro do Poder Executivo, e do Poder 
Judiciário além do próprio Legislativo. 
 
São funções típicas do Poder Legislativo (art. 49 da CF/88): 
- Legislar; e 
- Fiscalizar (com o auxílio dos Tribunais de Contas). 
 
OBS: Todas as competências previstas no art. 49 da CF/88, que são exclusivas do 
Poder Legislativo, são concretizadas por meio de decreto legislativo 
 
São competências exclusivas do Congresso Nacional: sustar os atos normativos do 
Poder Executivo que exorbitem dos limites do poder regulamentar de um lado e da 
delegação legislativa de outro lado. 
 
Controle legislativo: é o controle feito sobre os decretos regulamentares expedidos 
pelo Presidente da República, quando estão contrários à Lei; 
Controle de constitucionalidade: é o controle feito quando uma lei delegada expedida 
pelo Presidente da República fere a CF/88 
 
O que é a Lei Delegada? 
 
A Lei Delegada é um normativo criado pelo Presidente da República (art. 68 da 
CF/88). Para criar essa Lei o chefe do Poder Executivo precisa enviar uma solicitação 
ao Congresso Nacional e aguardar uma resposta por meio de Resolução, delegando 
o poder de criar a Lei (art. 68, §2º da CF/88). 
Caso o Presidente da República ultrapasse os limites impostos pelo Congresso 
Nacional, por meio da resposta em forma de Resolução, o Congresso Nacional 
poderá sustar os efeitos da Lei Delegada elaborada (art. 49, inciso V da CF/88). 
 
 
OBS: A Lei Delegada está em desuso porque as Medidas Provisórias hoje são mais 
práticas e eficazes. 
 
O que diz a jurisprudência sobre o art. 49, inciso V da CF/88? 
 
“O abuso de poder regulamentar, especialmente nos casos em que o Estado atua 
contra legem ou praeter legem, não só expõe o ato transgressor ao controle 
jurisdicional, mas viabiliza, até mesmo, tal a gravidade desse comportamento 
governamental, o exercício, pelo Congresso Nacional, da competência extraordinária 
que lhe confere o art. 49, V, da Constituição da República e que lhe permite “sustar 
os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar (...)”. 
Doutrina. Precedentes (RE 318.873 AgR/SC, rel. min. Celso de Mello, v.g.). 
Plausibilidade jurídica da impugnação à validade constitucional da Instrução 
Normativa STN 1/2005.” 
 [AC 1.033 AgR-QO, rel. min. Celso de Mello, j. 25-5-2006, P, DJ de 16-6-2006.] 
 
 
Prestação de contas (art. 49, inciso IX e inciso X da CF/88): 
 
- O chefe do Poder Executivo presta contas ao Congresso Nacional e o Tribunal 
de Contas da União dá o seu parecer prévio; 
- O Governador presta contas à Assembleia Legislativa e o parecer prévio vem 
do Tribunal de Contas do Estado; 
- Em regra, o prefeito presta contas à Câmara Municipal e o parecer prévio vem 
do Tribunal de Contas do Estado, salvo naqueles municípios ou estados que 
possuem o Tribunal de Contas Municipal (como é o caso de São Paulo e Rio 
de Janeiro). 
 
Convocação de autoridades e pedidos de informação (art. 50 da CF/88): 
 
O poder legislativo poderá convocar Ministros de Estado ou qualquer titular dos 
órgãos subordinados à Presidência da República, e seu houver recusa configurar-se-
á crime de responsabilidade; 
 
 
 
Dica para OAB: O Presidente de Tribunal de Justiça pode ser penalizado por crime 
de responsabilidade ao recusar-se a comparecer se houver convocação do Poder 
Legislativo? A resposta é NÃO! 
 
Jurisprudência sobre o tema: 
 
“Os dispositivos impugnados contemplam a possibilidade de a Assembleia Legislativa 
capixaba convocar o presidente do Tribunal de Justiça para prestar, pessoalmente, 
informações sobre assunto previamente determinado, importando crime de 
responsabilidade a ausência injustificada desse chefe de Poder. Ao fazê-lo, porém, o 
art. 57 da Constituição capixaba não seguiu o paradigma da CF, extrapolando as 
fronteiras do esquema de freios e contrapesos – cuja aplicabilidade é sempre 
estrita ou materialmente inelástica – e maculando o princípio da separação de 
poderes.” 
[ADI 2.911, rel. min. Ayres Britto, j. 10-8-2006, P, DJ de 2-2-2007.] 
 
 
Como funciona a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito - art. 58, §3º da 
CF/88)? 
 
- A CPI possui poder de investigação assim como autoridades judiciais; 
- A CPI será criada após aprovação de um terço dos membros de uma das casas 
(Senado Federal ou Câmara dos Deputados), ou de um terço das duas, se a 
CPI for feita em conjunto, neste caso chama-se Comissão Parlamentar Mista 
de Inquérito (CPMI); 
- O objetivo é apurar fato determinado, por prazo certo (não pode ultrapassar a 
legislatura vigente) e a conclusão será encaminhada ao Ministério Público, 
para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores; 
- A CPI ou CPMI não pode punir, mas apenas investigar; 
- A CPI ou CPMI não pode ordenar busca e apreensão domiciliar. 
 
Jurisprudência: 
 
“Impossibilidade jurídica de CPI praticar atos sobre os quais incida a cláusula constitucional 
da reserva de jurisdição, como a busca e apreensão domiciliar (...). Possibilidade, contudo, 
de a CPI ordenar busca e apreensão de bens, objetos e computadores, desde que essa 
diligência não se efetive em local inviolável, como os espaços domiciliares, sob pena, 
em tal hipótese, de invalidade da diligência e de ineficácia probatória dos elementos 
informativos dela resultantes. Deliberação da CPI/Petrobras que, embora não abrangente 
do domicílio dos impetrantes, ressentir-se-ia da falta da necessária fundamentação 
substancial. Ausência de indicação, na espécie, de causa provável e de fatos concretos que, 
se presentes, autorizariam a medida excepcional da busca e apreensão, mesmo a de caráter 
não domiciliar.” 
[MS 33.663 MC, rel. min. Celso de Mello, j. 19-6-2015, dec. monocrática, DJE de 18-8-2015.] 
 
- CPI pode determinar a quebra do sigilo fiscal, bancário e de dados telefônicos 
(a escuta telefônica depende de ordem judicial). 
 
A CPI envia seus relatórios somente ao MP? Seus relatórios podem ser 
questionados por Mandado de Segurança? 
 
Jurisprudências: 
“As CPIs possuem permissão legal para encaminhar relatório circunstanciado não só 
ao Ministério Público e à AGU, mas, também, a outros órgãos públicos, podendo 
veicular, inclusive, documentação que possibilite a instauração de inquérito policial 
em face de pessoas envolvidas nos fatos apurados (art. 58, § 3º, CRFB/1988, c/c art. 
6º-A da Lei n. 1.579/1952, incluído pela Lei n. 13.367/2016).” 
[MS 35.216 AgR, rel. min. Luiz Fux, j. 17-11-2017, P, DJE de 27-11-2017. 
 
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
 
“O mandado de segurança não é meio hábil para questionar relatório parcial de CPI, 
cujo trabalho, presente o § 3º do art. 58 da CF, deve ser conclusivo.” 
[MS 25.991 AgR, rel. min. Marco Aurélio, j. 25-8-2015, 1ª T, DJE de 10-9-2015. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ou seja: os relatórios de investigação da CPI ou CPMI podem ser objetos de 
Mandado de Segurança somente se for o relatório CONCLUSIVO da CPI ou CPMI. 
 
 
OBS: embora o Ministério Público não pertença ao Poder Judiciário, e os Tribunais 
de Contas não pertençam ao Poder Legislativo, eles exercem funções essenciais à 
Justiça (Ministério Público) e à atividade legislativa (Tribunais de Contas). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FICOU COM DÚVIDA? 
MANDA SUA PERGUNTA AÍ!

Mais conteúdos dessa disciplina