Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Universidade Nove de Julho Bárbara Perroni, 2° semestre 1 Anatomia Geral do Coração CARACTERÍSTICAS DA ANATOMIA EXTERNA • Peso → 280g – 340g em homens ~0,45% do peso corporal; 230g – 280g em mulheres ~0,40% do peso corporal. • Possui um formato piramidal composto por: ✓ Base; ✓ Ápice ✓ Faces; ✓ Margens. • Revestido por epicárdio (externamente) e endocárdio (internamente).; • O músculo cardíaco é denominado miocárdio. • Lado direito → recebe pouco sangue oxigenado (venoso); • Lado esquerdo → recebe sangue mais oxigenado (arterial). LOCALIZAÇÃO • Se localiza no mediastino médio, abaixo do plano torácico, na cavidade torácica. • Fica entre as cavidades pleurais, no mediastino médio inferior. FACES DO CORAÇÃO É composto pela base, face esternocostal (ou anterior), face pulmonar (ou esquerda), ápice, margem inferior, face diafragmática, e face pulmonar (direita). • Face esternocostal (anterior) → formado principalmente pelo ventrículo direito; • Base (posterior) → átrio esquerdo; • Face diafragmática → formada principalmente pelos ventrículos esquerdo e parte do direito; • Face pulmonar direita → formada principalmente pelo átrio direito; • Face pulmonar esquerda → ventrículo esquerdo. A base é superior e o ápice é inferior, e é na face esquerda (pulmonar) que tem a incisura cardíaca, pois o coração “empurra” o pulmão. Dizemos que a base fica na margem superior. O coração está 2/3 para o lado esquerdo e 1/3 para o lado direito. MARGENS DA BASE • Margem direita → átrio direito; Universidade Nove de Julho Bárbara Perroni, 2° semestre 2 • Margem inferior → ventrículo esquerdo e ventrículo direito; • Margem esquerda → ventrículo esquerdo (e parte do átrio esquerdo); • Margem superior → átrio direito e esquerdo e grandes vasos. PERICÁRDIO Tecido em forma de saco que envolve o coração e as raízes dos vasos: A. Aorta, V. cava sup. e inf., tronco pulmonar e veias pulmonares. • É um tecido fibrosseroso, composto por duas partes: pericárdio fibroso e pericárdio seroso. • Pericárdio fibroso → parte externa; tecido conjuntivo denso. • Pericárdio seroso → parte interna; folheto pariental e visceral. • São separadas pela cavidade pericárdica; • A diferença entre as lâminas, é que a pariental é mais distante do coração e a visceral (epicárdio) é encostado no órgão. • Dentro da cavidade pericárdica tem o líquido lubrificante, que diminui o atrito entre o coração e os tecidos durante a contração e relaxamento. SEIO TRANSVERSO DO PERICÁRDIO é uma passagem transversal dentro da cavidade, é possível atravessar o dedo entre este espaço CAMADAS DO CORAÇÃO Endocárdio → Lâmina fina que está em toda superfície interna do coração e suas valvas. Miocárdio → parte muscular da parede do coração, está entre endocárdio e pericárdio. Epicárdio → lâmina visceral do pericárdio seroso (faz parte do pericárdio). Universidade Nove de Julho Bárbara Perroni, 2° semestre 3 FACE ESTERNOCOSTAL Encontramos as 2 aurículas: é onde o sangue chega através dos vasos sanguíneos, que ficam acima do ventrículo. O sangue depois de passar pelo organismo, passa pela v. cava chega na aurícula direita. CARACTERÍSTICAS DA ANATOMIA INTERNA LEMBRANDO → na face intercostal não vemos o átrio esquerdo, apenas a aurícula esquerda (e direita). ENDOCÁRDIO Tecido que reveste internamente o coração, sua principal função é impermeabilizar (fazendo com que o sangue não penetre o miocárdio). SEPTOS Septo interatrial → divide o átrio direito do átrio esquerdo. Septo interventricular → divide o ventrículo direito do ventrículo esquerdo, é uma camada muscular, possui uma continuação chamada parte membranácea do septo interventricular. Universidade Nove de Julho Bárbara Perroni, 2° semestre 4 É nessa membrana que o nó sinoatrial tem seus feixes chegando no ventrículo esquerdo. ÁTRIO DIREITO Tem uma parede anterolateral que é composta pelo M. Pectíneo, que é bem aderido à parede do átrio. Esse musculo é pouco desenvolvido, e por isso da o aspecto de rugoso. mm. pectíneo → presente na parede anterolateral do átrio direito AD e nas duas aurículas. Sulco terminal → é uma elevação do lado de fora, pois dentro é a crista terminal. Óstios do Átrio Direito → recebe sangue desoxigenado do próprio coração, que vem das veias que drenam para o seio coronário e vão para o ventrículo direito, chegando no óstio. • Óstio da veia Cava superior; • Óstio da veia cava inferior → possui uma “válvula da veia cava inferior”. • Óstio do seio coronário → possui a “válvula do seio coronário”. a válvula da veia cava inferior forma o “tendão da veia cava inferior”. Forame oval → ele tem função apenas no feto, faz a comunicação entre os átrios, sendo assim, o VD só manda sangue para a nutrição, e não troca gasosa. A região que o contorna é chamada de Limbo. ÁTRIO ESQUERDO Não possui músculo pectíneo exceto por sua aurícula (aurícula esquerda), é uma continuação das veias pulmonares, sendo assim, é liso. Fossa Oval (forame) → diferente do átrio direito, não tem limbo. Tem uma válvula em formato de meia lua chamada de válvula da fossa oval. Óstios do Átrio Esquerdo → recebem o nome das veias pulmonares: • Óstio da veia pulmonar superior direita; • Óstio da veia pulmonar inferior direita. • Óstio da veia pulmonar superior esquerda; • Óstio da veia pulmonar inferior esquerda. COMO O FORAME OVAL SE FORMA? Na embriologia, existem dois tubos (o que seria um coração primitivo) que se dobram e enrolam dando a formação dos átrios e ventrículos. O forame se fecha depois do nascimento. Universidade Nove de Julho Bárbara Perroni, 2° semestre 5 VENTRÍCULO DIREITO Também não tem musculo pectíneo (assim como o átrio esquerdo). Todavia, tem músculos bem desenvolvidos, que desempenham força de contração e é chamado de trabéculas cárneas. Trabéculas cárneas → músculos desenvolvidos que podem ser: 1. As aderidas à parede; 2. As fixas apenas nas extremidades → tipo ponte 3. As que sustentam as válvulas cardíacas → tipo pilar (mm. Papilar). ATENÇÃO: a do tipo ponte é importante para ser a passagem no feixe de condução elétrica, que vai do septo até a margem do coração. A única do tipo ponte que possui um nome é a trabécula Septomarginal e sua função é a citada acima (passagem). Cone arterial (infundíbulo) → é uma área que possui a função de tornar o sangue mais linear, dando mais força para o sangue alcançar os pulmões. ATENÇÃO: a luz do ventrículo (espaço interno) é menor por conta da grossura de sua parede, devido ao músculo desenvolvido. Hipertrofia do Miocárdio → diminui ainda mais a luz do ventrículo – pode ocorrer devido o uso de anabolizantes e disfunções congênitas. VENTRÍCULO ESQUERDO Também terão as trabéculas (exceto a trabécula tipo ponte Septomarginal). Porém não existiram áreas lisas, pois sua parede é extremamente forte (motivo de a aorta ser preparada para receber o sangue). Cordas tendíneas → é composta por tecido conjuntivo modelado. VALVAS ATRIOVENTRICULARES Lembrando que a valva é um conjunto de válvulas. Universidade Nove de Julho Bárbara Perroni, 2° semestre 6 O músculo papilar (cordas tendíneas) se aproxima e traciona as válvulas para cima (e elas se fecham). Por isso o sangue não retorna pelas válvulas. Alguns eventos adversos: Prolapso → (sopro), a válvula não segura 100% do sangue, pois a valva não se fecha perfeitamente. Endocardite → bactéria que provoca uma deformação fazendo com que a válvula fique afuncional. VALVAS ARTERIAIS Ficam entre o início do tronco pulmonar e o início da aorta. • Valva aórtica → valva da aorta. • Valva do tronco pulmonar.ATENÇÃO: não possuem cordas tendíneas Diferente das valvas AV, possuem um formato de jaleco (ou meia lua). A própria força do sangue é o que faz as válvulas abrir e fechar, mas como? 1. Fluxo aumenta → válvula abre 2. Fluxo diminui → válvula fecha Nódulo da válvula semilunar → se assemelha a uma espinha (uma bolinha). Sua função é fechar o espaço entre as válvulas (tem tanto nas valvas aórticas quanto nas pulmonares). Universidade Nove de Julho Bárbara Perroni, 2° semestre 7 ESQUELETO FIBROSO Sua principal função é sustentar as valvas no músculo cardíaco, fazendo a fixação delas. É composto por tecido conjuntivo, que circunda as valvas. NÓ SINOATRIAL + ESQUELETO FIBROSO Fica localizado entre a veia cava superior e o sulco terminal. Quando ele dispara, o impulso produzido se propaga pelos músculos cardíacos, porém, as valvas não podem contrair. O esqueleto fibroso serve como ISOLANTE ELÉTRICO, para que as valvas não sejam influenciadas eletricamente pelo impulso. VASCULARIZAÇÃO CARDÍACA (CORONARIANA) ORIGEM DAS CORONÁRIAS Seio Aórtico → região especifica localizada na Aorta, que sai a coronária direita (longa) e esquerda (curta). Lembrando que “seio” significa sino (um espaço/buraco). Primeiro vemos as coronárias na face esternocostal. A coronária direita atinge a face diafragmática, e assim, só vemos ela. ARTÉRIAS CORONÁRIAS Valva da Aorta → tem 3 válvulas, que saem as artérias coronárias: 1. Válvula direita → sai dela a coronária direita. 2. Válvula esquerda → sai a coronária esquerda. 3. Válvula anterior. Como funciona? Válvula fecha → abre a entrada da A. coronária, diminui a pressão do fluxo fazendo voltar o sangue, que bate nas válvulas fazendo as fechar e abrindo caminho para as artérias coronárias. Universidade Nove de Julho Bárbara Perroni, 2° semestre 8 Válvula abre → fecha a entrada das artérias coronárias, e o fluxo sanguíneo passa livremente pelas válvulas. PRINCIPAIS RAMOS CORONÁRIOS Artéria coronária esquerda (que sai da válvula esquerda da valva da aorta) emite ramos: • Ramo interventricular descendente anterior • Ramo circunflexo, que dá a volta na margem esquerda do coração (CX) Chamaremos o ramo de Artéria descendente anterior (DA). A Artéria coronária direita vai emitir: 1. Ramo do nó sinoatrial. 2. Ramo marginal direito 3. Ramo do cone arterial (para vascularizar o cone arterial) O Ramo Circunflexa emite: 1. Ramo marginal esquerdo 2. Ramo póstero lateral esquerdo 3. Ramo do cone arterial Esquematizando: ATENÇÃO: podemos substituir o nome das artérias descendentes por ramos atrioventriculares. Universidade Nove de Julho Bárbara Perroni, 2° semestre 9 ÁREA DE VASCULARIZAÇÃO O ramo interventricular anterior (que vem do sulco interventricular) é responsável por enviar sangue para toda parede anterior do ventrículo esquerdo, e para metade anterior da parede do ventrículo direito. Também manda sangue para 2/3 anteriores do septo interventricular. O ramo circunflexo vai mandar sangue para a margem esquerda do ventrículo esquerdo, e também para a metade posterior do ventrículo esquerdo. O ramo marginal esquerdo manda para a margem esquerda e o ramo marginal direito manda para a parede lateral direita. A coronária direita manda: • Metade da parede anterior do VD. • Margem direita. • Toda parede posterior do VD. • Metade da parede posterior do VE. • 1/3 do septo. O ramo interventricular posterior manda: • Toda parede posterior do VD. • 1/3 do septo interventricular. • Metade da parede posterior do VE. CRUZ DO CORAÇÃO (CRUX CORDIS) Está localizado posteriormente ao coração nos sulcos coronários direito, esquerdo, interatrial e interventricular posterior. DOMINÂNCIA CARDÍACA Quem vai emitir o ramo interventricular posterior? A artéria que for emitir será responsável pela dominância. Lembrando que a dominância é uma variação, que pode variar os ramos. • Dominância direita → a. coronária direita que vai emitir o ramo interventricular post. na maioria das vezes. • Dominância esquerda → a. coronária esquerda que vai emitir o ramo interventricular Dominância de direita Universidade Nove de Julho Bárbara Perroni, 2° semestre 10 Dominância esquerda O quadro ficará mais grave quando for dominância esquerda por que o septo interventricular vai depender exclusivamente da coronária esquerda, e se infartar, tudo será prejudicado. Se fosse dominância direita, o septo será 2/3 supridos pela artéria coronária esquerda e 1/3 da direita, sendo assim, caso infarte, não terá a ausência total de vascularização. Codominância Dois ramos interventriculares posteriores, um será emitido pelo CX, e o outro pela coronária direita. • 1/3 do septo será vascularizado pelos dois ramos ao mesmo tempo. • E a parte anterior será normal. DRENAGEM VENOSA A drenagem do coração ocorre devido às veias que se abrem no seio coronário e pequenas veias. Seio coronário → principal veia do coração, que emite a v. magna, v. obliqua do AE, v. marginal esquerda, v. ventricular esquerda posterior, v. cardíaca parva e a v. interventricular posterior. • Extremidade direita do seio → v. parva e v. interventricular posterior • Extremidade esquerda do seio → v. magna A veia posterior do VE e a v. coronária também são emitidas pelo seio coronário. A V. cardíaca magna é tributária do seio coronariano, formada pelas v. interventriculares anterior e v. marginais esquerdas. A v. cardíaca parva é formada pelas v. cardíacas anteriores, que acompanha o r. marginal direito da a. coronária direita. Universidade Nove de Julho Bárbara Perroni, 2° semestre 11 COMPLEXO ESTIMULANTE DO CORAÇÃO Esquematizando: CONCEITO É um conjunto de células especializadas que geram o potencial de ação que promovem a contração. • Potencial de ação → transmissão de pulsos bioelétricos através das diferentes redes neurais. • Nó sinoatrial → fica no átrio direito, junto à entrada da veia cava. É o marca passo do corpo. • Nó atrioventricular → fica próximo a base do átrio direito. • Células → as células do complexo estimulante são os cardiomiócitos especializados. CARDIOMIÓCITOS São células que se contraem sozinhas, porém são coordenadas pelos impulsos elétricos, porém, sem eles, as células se contraem de forma aleatória. FIBRAS CARDÍACAS Fazem um movimento especial de contrair e torcer. NÓ SINOATRIAL Pode também ser chamado de sinusal, ou nodo sinoatrial. Sua localização é a parede anterolateral do átrio direito (mm. Pectíneo), e a união do sulco terminal com a veia cava superior. É quem começa os impulsos elétricos, que mantém os batimentos de 70 a 100 por minuto (bpm). Ele faz esse processo sem nenhuma inervação, porém, não é benéfico manter essa taxa tão baixa, por isso é necessário potencializar com o complexo estimulante. NÓ ATRIOVENTRICULAR Consegue a frequência máxima de 60bmp. Sua função é retardar para que os átrios e ventrículos não contraiam ao mesmo temo. É um conjunto de células que despolarizam. TRIÂNGULO DE KOCH Traçamos um triângulo, podemos chama-lo de triângulo de Koch Universidade Nove de Julho Bárbara Perroni, 2° semestre 12 Traçamos uma linha unindo o tendão à válvula, e caminhando pelo esqueleto fibroso até chegar ao septo. FASCÍCULO ATRIOVENTRICULAR Fica na parte membranácea, e se divide em ramos (direito e esquerdo). Consegue formar um estímulo elétrico que consegue manter a frequência de 30 a 40 bmp (pois possui menos células que o nó sinoatrial, que despolarizam mais rápido também). É curto e se divide. RAMOS SUBENDOCÁRDICOS Se encontram na camada subendocárdica (embaixo do endocárdio),e se encontra tanto na parte direita quanto esquerda. COMO FUNCIONA? 1. O nó sinoatrial gera o 1º impulso elétrico. 2. O impulso é propagado pelas fibras intermodais até o nó atrioventricular. 3. O impulso elétrico é atrasado na propagação no sinal elétrico. 4. O sinal de impulso segue até o fascículo atrioventricular (feixe de His). 5. O feixe se divide em dois ramos levando o sinal para todo o coração. 6. O sinal vai para as fibras de Purkinje, que irá até as células ventriculares, causando a sístole. COMO OCORRE O ATRASO? O impulso elétrico sai das fibras intermodais em direção ao nó atrioventricular, porém, as junções comunicantes são reduzidas, causando o atraso da propagação do sinal elétrico. Universidade Nove de Julho Bárbara Perroni, 2° semestre 13 VASCULARIZAÇÃO DOS NÓS VASCULARIZAÇÃO DO FASCÍCULO ATRIOVENTRICULAR PROPRIEDADES DOS CARDIOMIÓCITOS 1. Excitabilidade → é a capacidade do miocárdio se excitar quando estimulado. 2. Contratilidade → é a capacidade de contrair. 3. Automatismo → é a capacidade de se iniciar o impulso elétrico. 4. Condutibilidade → é a capacidade de transmitir um impulso de uma célula para outra. INERVAÇÃO DO CORAÇÃO ATENÇÃO: sempre o estimulo se inicia no nó sinoatrial e se espalha para os ventrículos. Feixe interatrial → ou também chamado de feixe de Bachmann, é o feixe que sai do nó sinoatrial e vai para o átrio esquerdo. É importante lembrar que os cardiomiócitos se contraem por si só, sem nenhuma inervação, sendo assim, por que a inervação é importante? • A inervação é quem controla a frequência cardíaca. • Já o ritmo cardíaco é o próprio complexo estimulante. SISTEMA NERVOSO Sistema nervoso central (SNC) → responsável pelo processamento de informações e emissão de uma resposta. Sistema nervoso periférico → via de condução, leva o estimulo do SNC para a periferia e inverso. DIVISÃO FUNCIONAL O sistema nervoso pode se dividir em somático e visceral: Universidade Nove de Julho Bárbara Perroni, 2° semestre 14 • Somático → musculatura • Visceral → vísceras: órgãos e glândulas Tanto o SN somático quanto o SN visceral possuem a divisão entre as vias eferente e aferente. • Aferente → estão aferindo: sensitivas • Eferente → estão levando a informação: motoras. No SN visceral, a via eferente possui mais uma divisão, que é a divisão autônoma do sistema nervoso (SNA) • Parte simpática • Parte parassimpática PARTE SIMPÁTICA Gânglios → é um aglomerado de corpos neurônicos fora do SNC. Surgem no nível de T1 a L2. ✓ São as bolinhas que estão na medula espinal (SNC). ✓ Emite um axônio e chega a um gânglio. Neurônio pré ganglionar → seu axônio é pequeno, e quando chega ao gânglio, faz sinapse com outro neurônio que será o pós ganglionar, que possui o axônio mais longo, chegando até no órgão. Os neurônios pré ficam entre T1 e T5, emitem seus axônios que podem fazer sinapses com outro neurônio do gânglio de mesmo nivelou podem subir para fazer sinapse com os gânglios acima ou abaixo. No coração → os neurônios pré vão fazer sinapses para chegar no coração, e todos eles sobem para os três primeiros gânglios. Cadeia simpática para-vertebral → é uma cadeia de gânglios que fica do lado dos corpos das vertebras. Universidade Nove de Julho Bárbara Perroni, 2° semestre 15 NEURÔNIOS PRÉ QUE VÃO PARA O CORAÇÃO 1. Surgem de T1 a T5. 2. Seus axônios sobem para os 3 primeiros gânglios. 3. Os gânglios são: cervical superior, cervical médio e cervical inferior. 4. Ao chegar, fazem sinapse com o neurônio pós. 5. O axônio desses pós vai para o coração como inervação. 6. Essa inervação é um emaranhado de nervos que chamamos de plexo cardíaco pulmonar. PARTE PARASSIMPÁTICA É mais simples que a simpática, pois não tem origem ao longo de toda a medula espinal, e sim no tronco encefálico e na porção sacral da medula. ATENÇÃO: agora o neurônio pré ganglionar terá o axônio maior do que o do pós ganglionar. Pré ganglionar em parassimpático → terá o axônio mais longo, e fará sinapses em gânglios. Gânglios no parassimpático → estará mais próximo das vísceras ou dentro delas (como é o caso do coração). O gânglio que se encontrar grudado na parede do órgão se chamará gânglio intramural. Nervo vago → É o 10º nervo craniano e é quem chega ao coração. INERVAÇÃO AUTÔNOMA DO CORAÇÃO Gânglio Cervico-torácico→ quando em algumas pessoas, o gânglio cervical se junta com o gânglio torácico. Pode ser chamado também de gânglio estrelado, e é apenas uma variação anatômica. Universidade Nove de Julho Bárbara Perroni, 2° semestre 16 Os nervos que chegam no coração conduzem as informações, podendo ser elas sensitivas ou motoras (pode acontecer tanto na simpática quanto na parassimpática). Plexo cardíaco → está na base do coração e é tanto simpático quanto parassimpático. Nervo vago → emite alguns ramos: • Ramo cardíaco cervical superior • Ramo cardíaco cervical inferior • Ramo cardíaco torácico O r. cardíaco cervical sup. é o primeiro do n. vago, ele surge ao nível do gânglio cervical superior. O r. cardíaco cervical inferior surge ao gânglio de mesmo nome, e o r. cardíaco torácico é o que penetra no tórax. Legenda para a foto: N. vago e inervação simpática Inervação simpática: • N. cardíaco cervical sup. • Nervo cardíaco cervical médio • Nervo cardíaco cervical inf. Nervos cardíacos torácicos → aparecem quando ocorre o gânglio estrelado. CONCEITOS SOBRE A INERVAÇÃO • Cronotropismo → frequência de batimentos • Inotropismo → força dos batimentos • Dromotropismo → condução dos estímulos • Batmotropismo → excitabilidade • Lusitropismo → relaxamento INERVAÇÃO SIMPÁTICA DO CORAÇÃO Quando o corpo precisa de um aumento da freq. Cardíaca, não será sensitiva, virá uma resposta central. Processo → o axônio do neurônio pré vai até o gânglio superior, médio ou o inferior, faz a sinapse com o pós-ganglionar que chega ao musculo cardíaco. Nervos do Plexo cardíaco simpático Universidade Nove de Julho Bárbara Perroni, 2° semestre 17 • Chegando no musculo, o pós ganglionar irá inervar o nó SA e o nó AV, para aumentar a freq. cardíaca. • As células vão começar a se excitar mais rápido. • O SNS também inerva a parede dos ventrículos para que aumente o inotropismo (força de contração) Sendo assim, o sistema nervoso simpático aumenta a frequência cardíaca e a força de contração. INERVAÇÃO PARASSIMÁTICA DO CORAÇÃO Enquanto o simpático aumenta a frequência cardíaca e o inotropismo, o parassimpático diminui a frequência, mas não influencia no inotropismo. n. vago no parassimpático → sai do bulbo e emite seus ramos, que vão fazer sinapses com os pós ganglionares e nos gânglios intramurais do coração. O 2º neurônio chega exclusivamente nos nós SA e AV, por isso que existe a atuação na frequência cardíaca, mas como não no músculo em si, não influenciam no inotropismo. REFLEXOS BARORRECEPTORES São um conjunto de células chamadas de barorreceptoras que monitoram a distensão da aorta. • Estão ligadas à parte sensitiva do N. vago • Comunicam o n. vago, e irá levar a informação para o centro cardiovascular no bulbo. Universidade Nove de Julho Bárbara Perroni, 2° semestre 18 Centro cardiovascular → região que monitora o coração, é dividido em duas partes: • Cardioacelerador • Cardioinibidor Pressão alta →barorreceptor comunica o n. vago, que leva a informação para o centro e o cardioinibidor será ativado. 1. Cardioinibidor ativado. 2. Envia uma resposta de volta através do n. vago. 3. O n. vago leva a informação aos nós. 4. Diminui a frequência. Pressão baixa → o barorreceptor leva a informaçãopara o n. vago, que leva para o centro: 1. Ativa o cardioacelerador. 2. Leva para o SNS que envia uma resposta de volta. 3. A resposta vem pelos nervos do complexo simpático aos nós e ao músculo. 4. Aumenta a frequência E o inotropismo. Sendo assim, os reflexos barorreceptores são o mecanismo de controle da frequência cardíaca. DOR REFERIDA Exemplificando, é quando sentimos dor no braço esquerdo, mesmo infartando outras áreas. É também chamada de dor irradiada. • As vísceras não doeram exatamente no local onde estão. Isto ocorre por que a inervação sensitiva dos ventrículos infarta. Eles entram na medula espinal a nível T1 a T5, onde ocorre o cruzamento de informações e membro superior esquerdo, que está na mesma região. Inervação sensitiva e inervação da pele e membro superior esquerdo que estarão se cruzando. Universidade Nove de Julho Bárbara Perroni, 2° semestre 19 O córtex não consegue identificar a informação da dor corretamente, então deduz que a dor vem do membro superior esquerdo. Infartando pela segunda vez → o córtex já aprendeu a identificar melhor, então o paciente saberá informar que está infartando.
Compartilhar