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Anatomia do Coração

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Universidade Nove de Julho 
Bárbara Perroni, 2° semestre 
1 
 
Anatomia Geral do Coração 
CARACTERÍSTICAS DA ANATOMIA 
EXTERNA 
• Peso → 280g – 340g em homens ~0,45% do 
peso corporal; 230g – 280g em mulheres ~0,40% 
do peso corporal. 
• Possui um formato piramidal composto por: 
✓ Base; 
✓ Ápice 
✓ Faces; 
✓ Margens. 
• Revestido por epicárdio (externamente) e 
endocárdio (internamente).; 
• O músculo cardíaco é denominado miocárdio. 
• Lado direito → recebe pouco sangue oxigenado 
(venoso); 
• Lado esquerdo → recebe sangue mais oxigenado 
(arterial). 
LOCALIZAÇÃO 
• Se localiza no mediastino médio, abaixo do plano 
torácico, na cavidade torácica. 
• Fica entre as cavidades pleurais, no mediastino 
médio inferior. 
 
FACES DO CORAÇÃO 
É composto pela base, face esternocostal (ou 
anterior), face pulmonar (ou esquerda), ápice, 
margem inferior, face diafragmática, e face pulmonar 
(direita). 
• Face esternocostal (anterior) → formado 
principalmente pelo ventrículo direito; 
• Base (posterior) → átrio esquerdo; 
• Face diafragmática → formada principalmente 
pelos ventrículos esquerdo e parte do direito; 
• Face pulmonar direita → formada principalmente 
pelo átrio direito; 
• Face pulmonar esquerda → ventrículo esquerdo. 
 
A base é superior e o ápice é inferior, e é na face 
esquerda (pulmonar) que tem a incisura cardíaca, 
pois o coração “empurra” o pulmão. Dizemos que 
a base fica na margem superior. 
O coração está 2/3 para o lado esquerdo e 1/3 
para o lado direito. 
MARGENS DA BASE 
• Margem direita → átrio direito; 
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2 
 
• Margem inferior → ventrículo esquerdo e 
ventrículo direito; 
• Margem esquerda → ventrículo esquerdo (e 
parte do átrio esquerdo); 
• Margem superior → átrio direito e esquerdo e 
grandes vasos. 
 
 
PERICÁRDIO 
Tecido em forma de saco que envolve o coração e as 
raízes dos vasos: A. Aorta, V. cava sup. e inf., tronco 
pulmonar e veias pulmonares. 
• É um tecido fibrosseroso, composto por duas 
partes: pericárdio fibroso e pericárdio seroso. 
• Pericárdio fibroso → parte externa; tecido 
conjuntivo denso. 
• Pericárdio seroso → parte interna; folheto 
pariental e visceral. 
• São separadas pela cavidade pericárdica; 
• A diferença entre as lâminas, é que a pariental é 
mais distante do coração e a visceral (epicárdio) é 
encostado no órgão. 
• Dentro da cavidade pericárdica tem o líquido 
lubrificante, que diminui o atrito entre o coração 
e os tecidos durante a contração e relaxamento. 
 
 
SEIO TRANSVERSO DO PERICÁRDIO 
é uma passagem transversal dentro da cavidade, é 
possível atravessar o dedo entre este espaço 
 
CAMADAS DO CORAÇÃO 
Endocárdio → Lâmina fina que está em toda 
superfície interna do coração e suas valvas. 
Miocárdio → parte muscular da parede do coração, 
está entre endocárdio e pericárdio. 
Epicárdio → lâmina visceral do pericárdio seroso (faz 
parte do pericárdio). 
Universidade Nove de Julho 
Bárbara Perroni, 2° semestre 
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FACE ESTERNOCOSTAL 
Encontramos as 2 aurículas: é onde o sangue chega 
através dos vasos sanguíneos, que ficam acima do 
ventrículo. O sangue depois de passar pelo 
organismo, passa pela v. cava chega na aurícula 
direita. 
 
CARACTERÍSTICAS DA ANATOMIA INTERNA 
 LEMBRANDO → na face intercostal não vemos o 
átrio esquerdo, apenas a aurícula esquerda (e direita). 
ENDOCÁRDIO 
Tecido que reveste internamente o coração, sua 
principal função é impermeabilizar (fazendo com que 
o sangue não penetre o miocárdio). 
 
SEPTOS 
Septo interatrial → divide o átrio direito do átrio 
esquerdo. 
Septo interventricular → divide o ventrículo direito do 
ventrículo esquerdo, é uma camada muscular, possui 
uma continuação chamada parte membranácea do 
septo interventricular. 
 
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Bárbara Perroni, 2° semestre 
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É nessa membrana que o nó sinoatrial tem seus feixes 
chegando no ventrículo esquerdo. 
ÁTRIO DIREITO 
Tem uma parede anterolateral que é composta pelo 
M. Pectíneo, que é bem aderido à parede do átrio. 
Esse musculo é pouco desenvolvido, e por isso da o 
aspecto de rugoso. 
mm. pectíneo → presente na parede anterolateral do 
átrio direito AD e nas duas aurículas. 
Sulco terminal → é uma elevação do lado de fora, 
pois dentro é a crista terminal. 
Óstios do Átrio Direito → recebe sangue 
desoxigenado do próprio coração, que vem das 
veias que drenam para o seio coronário e vão para 
o ventrículo direito, chegando no óstio. 
• Óstio da veia Cava superior; 
• Óstio da veia cava inferior → possui uma 
“válvula da veia cava inferior”. 
• Óstio do seio coronário → possui a “válvula 
do seio coronário”. 
a válvula da veia cava inferior forma o “tendão da 
veia cava inferior”. 
 
Forame oval → ele tem função apenas no feto, faz a 
comunicação entre os átrios, sendo assim, o VD só 
manda sangue para a nutrição, e não troca gasosa. 
A região que o contorna é chamada de Limbo. 
ÁTRIO ESQUERDO 
Não possui músculo pectíneo exceto por sua aurícula 
(aurícula esquerda), é uma continuação das veias 
pulmonares, sendo assim, é liso. 
Fossa Oval (forame) → diferente do átrio direito, não 
tem limbo. Tem uma válvula em formato de meia lua 
chamada de válvula da fossa oval. 
Óstios do Átrio Esquerdo → recebem o nome das 
veias pulmonares: 
• Óstio da veia pulmonar superior direita; 
• Óstio da veia pulmonar inferior direita. 
• Óstio da veia pulmonar superior esquerda; 
• Óstio da veia pulmonar inferior esquerda. 
 
COMO O FORAME OVAL SE FORMA? 
Na embriologia, existem dois tubos (o que seria um 
coração primitivo) que se dobram e enrolam dando a 
formação dos átrios e ventrículos. O forame se fecha 
depois do nascimento. 
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VENTRÍCULO DIREITO 
Também não tem musculo pectíneo (assim como o 
átrio esquerdo). Todavia, tem músculos bem 
desenvolvidos, que desempenham força de 
contração e é chamado de trabéculas cárneas. 
Trabéculas cárneas → músculos desenvolvidos que 
podem ser: 
1. As aderidas à parede; 
2. As fixas apenas nas extremidades → tipo ponte 
3. As que sustentam as válvulas cardíacas → tipo 
pilar (mm. Papilar). 
ATENÇÃO: a do tipo ponte é importante para ser a 
passagem no feixe de condução elétrica, que vai do 
septo até a margem do coração. A única do tipo 
ponte que possui um nome é a trabécula 
Septomarginal e sua função é a citada acima 
(passagem). 
 
Cone arterial (infundíbulo) → é uma área que possui 
a função de tornar o sangue mais linear, dando mais 
força para o sangue alcançar os pulmões. 
ATENÇÃO: a luz do ventrículo (espaço interno) é 
menor por conta da grossura de sua parede, devido 
ao músculo desenvolvido. 
 
 
Hipertrofia do Miocárdio → diminui ainda mais a luz 
do ventrículo – pode ocorrer devido o uso de 
anabolizantes e disfunções congênitas. 
VENTRÍCULO ESQUERDO 
Também terão as trabéculas (exceto a trabécula tipo 
ponte Septomarginal). Porém não existiram áreas 
lisas, pois sua parede é extremamente forte (motivo 
de a aorta ser preparada para receber o sangue). 
Cordas tendíneas → é composta por tecido 
conjuntivo modelado. 
 
VALVAS ATRIOVENTRICULARES 
Lembrando que a valva é um conjunto de válvulas. 
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O músculo papilar (cordas tendíneas) se aproxima e 
traciona as válvulas para cima (e elas se fecham). Por 
isso o sangue não retorna pelas válvulas. 
 
Alguns eventos adversos: 
Prolapso → (sopro), a válvula não segura 100% do 
sangue, pois a valva não se fecha perfeitamente. 
Endocardite → bactéria que provoca uma 
deformação fazendo com que a válvula fique 
afuncional. 
 
 
VALVAS ARTERIAIS 
Ficam entre o início do tronco pulmonar e o início 
da aorta. 
• Valva aórtica → valva da aorta. 
• Valva do tronco pulmonar.ATENÇÃO: não possuem cordas tendíneas 
Diferente das valvas AV, possuem um formato de 
jaleco (ou meia lua). 
 
A própria força do sangue é o que faz as válvulas abrir 
e fechar, mas como? 
1. Fluxo aumenta → válvula abre 
2. Fluxo diminui → válvula fecha 
 
Nódulo da válvula semilunar → se assemelha a uma 
espinha (uma bolinha). Sua função é fechar o espaço 
entre as válvulas (tem tanto nas valvas aórticas quanto 
nas pulmonares). 
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ESQUELETO FIBROSO 
Sua principal função é sustentar as valvas no músculo 
cardíaco, fazendo a fixação delas. É composto por 
tecido conjuntivo, que circunda as valvas. 
 
NÓ SINOATRIAL + ESQUELETO FIBROSO 
Fica localizado entre a veia cava superior e o sulco 
terminal. Quando ele dispara, o impulso produzido se 
propaga pelos músculos cardíacos, porém, as valvas 
não podem contrair. O esqueleto fibroso serve como 
ISOLANTE ELÉTRICO, para que as valvas não sejam 
influenciadas eletricamente pelo impulso. 
VASCULARIZAÇÃO CARDÍACA (CORONARIANA) 
ORIGEM DAS CORONÁRIAS 
Seio Aórtico → região especifica localizada na Aorta, 
que sai a coronária direita (longa) e esquerda (curta). 
Lembrando que “seio” significa sino (um 
espaço/buraco). 
 
 
Primeiro vemos as coronárias na face esternocostal. A 
coronária direita atinge a face diafragmática, e assim, 
só vemos ela. 
ARTÉRIAS CORONÁRIAS 
Valva da Aorta → tem 3 válvulas, que saem as artérias 
coronárias: 
1. Válvula direita → sai dela a coronária direita. 
2. Válvula esquerda → sai a coronária esquerda. 
3. Válvula anterior. 
 
Como funciona? 
Válvula fecha → abre a entrada da A. coronária, 
diminui a pressão do fluxo fazendo voltar o sangue, 
que bate nas válvulas fazendo as fechar e abrindo 
caminho para as artérias coronárias. 
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Válvula abre → fecha a entrada das artérias 
coronárias, e o fluxo sanguíneo passa livremente 
pelas válvulas. 
 
PRINCIPAIS RAMOS CORONÁRIOS 
Artéria coronária esquerda (que sai da válvula 
esquerda da valva da aorta) emite ramos: 
• Ramo interventricular descendente anterior 
• Ramo circunflexo, que dá a volta na margem 
esquerda do coração (CX) 
Chamaremos o ramo de Artéria descendente 
anterior (DA). 
 
A Artéria coronária direita vai emitir: 
1. Ramo do nó sinoatrial. 
2. Ramo marginal direito 
3. Ramo do cone arterial (para vascularizar o cone 
arterial) 
O Ramo Circunflexa emite: 
1. Ramo marginal esquerdo 
2. Ramo póstero lateral esquerdo 
3. Ramo do cone arterial 
Esquematizando: 
 
ATENÇÃO: podemos substituir o nome das artérias 
descendentes por ramos atrioventriculares. 
 
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ÁREA DE VASCULARIZAÇÃO 
O ramo interventricular anterior (que vem do sulco 
interventricular) é responsável por enviar sangue para 
toda parede anterior do ventrículo esquerdo, e para 
metade anterior da parede do ventrículo direito. 
Também manda sangue para 2/3 anteriores do septo 
interventricular. 
O ramo circunflexo vai mandar sangue para a 
margem esquerda do ventrículo esquerdo, e também 
para a metade posterior do ventrículo esquerdo. 
O ramo marginal esquerdo manda para a margem 
esquerda e o ramo marginal direito manda para a 
parede lateral direita. 
A coronária direita manda: 
• Metade da parede anterior do VD. 
• Margem direita. 
• Toda parede posterior do VD. 
• Metade da parede posterior do VE. 
• 1/3 do septo. 
O ramo interventricular posterior manda: 
• Toda parede posterior do VD. 
• 1/3 do septo interventricular. 
• Metade da parede posterior do VE. 
 
CRUZ DO CORAÇÃO (CRUX CORDIS) 
Está localizado posteriormente ao coração nos sulcos 
coronários direito, esquerdo, interatrial e 
interventricular posterior. 
 
DOMINÂNCIA CARDÍACA 
Quem vai emitir o ramo interventricular posterior? 
A artéria que for emitir será responsável pela 
dominância. 
Lembrando que a dominância é uma variação, que 
pode variar os ramos. 
• Dominância direita → a. coronária direita que vai 
emitir o ramo interventricular post. na maioria 
das vezes. 
• Dominância esquerda → a. coronária esquerda 
que vai emitir o ramo interventricular 
Dominância de direita 
 
 
 
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Dominância esquerda 
 
O quadro ficará mais grave quando for dominância 
esquerda por que o septo interventricular vai 
depender exclusivamente da coronária esquerda, e se 
infartar, tudo será prejudicado. Se fosse dominância 
direita, o septo será 2/3 supridos pela artéria 
coronária esquerda e 1/3 da direita, sendo assim, caso 
infarte, não terá a ausência total de vascularização. 
Codominância 
Dois ramos interventriculares posteriores, um será 
emitido pelo CX, e o outro pela coronária direita. 
• 1/3 do septo será vascularizado pelos dois ramos 
ao mesmo tempo. 
• E a parte anterior será normal. 
 
 
DRENAGEM VENOSA 
A drenagem do coração ocorre devido às veias que 
se abrem no seio coronário e pequenas veias. 
Seio coronário → principal veia do coração, que 
emite a v. magna, v. obliqua do AE, v. marginal 
esquerda, v. ventricular esquerda posterior, v. 
cardíaca parva e a v. interventricular posterior. 
• Extremidade direita do seio → v. parva e v. 
interventricular posterior 
• Extremidade esquerda do seio → v. magna 
 
A veia posterior do VE e a v. coronária também são 
emitidas pelo seio coronário. 
 
A V. cardíaca magna é tributária do seio coronariano, 
formada pelas v. interventriculares anterior e v. 
marginais esquerdas. 
A v. cardíaca parva é formada pelas v. cardíacas 
anteriores, que acompanha o r. marginal direito da a. 
coronária direita. 
 
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COMPLEXO ESTIMULANTE DO CORAÇÃO 
Esquematizando: 
 
CONCEITO 
É um conjunto de células especializadas que geram 
o potencial de ação que promovem a contração. 
• Potencial de ação → transmissão de pulsos 
bioelétricos através das diferentes redes neurais. 
• Nó sinoatrial → fica no átrio direito, junto à 
entrada da veia cava. É o marca passo do corpo. 
• Nó atrioventricular → fica próximo a base do 
átrio direito. 
• Células → as células do complexo estimulante 
são os cardiomiócitos especializados. 
CARDIOMIÓCITOS 
São células que se contraem sozinhas, porém são 
coordenadas pelos impulsos elétricos, porém, sem 
eles, as células se contraem de forma aleatória. 
 
FIBRAS CARDÍACAS 
Fazem um movimento especial de contrair e torcer. 
 
NÓ SINOATRIAL 
Pode também ser chamado de sinusal, ou nodo 
sinoatrial. Sua localização é a parede anterolateral do 
átrio direito (mm. Pectíneo), e a união do sulco 
terminal com a veia cava superior. 
É quem começa os impulsos elétricos, que mantém 
os batimentos de 70 a 100 por minuto (bpm). Ele faz 
esse processo sem nenhuma inervação, porém, não é 
benéfico manter essa taxa tão baixa, por isso é 
necessário potencializar com o complexo estimulante. 
NÓ ATRIOVENTRICULAR 
Consegue a frequência máxima de 60bmp. Sua 
função é retardar para que os átrios e ventrículos não 
contraiam ao mesmo temo. É um conjunto de células 
que despolarizam. 
TRIÂNGULO DE KOCH 
Traçamos um triângulo, podemos chama-lo de 
triângulo de Koch 
 
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Traçamos uma linha unindo o tendão à válvula, e 
caminhando pelo esqueleto fibroso até chegar ao 
septo. 
 
FASCÍCULO ATRIOVENTRICULAR 
Fica na parte membranácea, e se divide em ramos 
(direito e esquerdo). Consegue formar um estímulo 
elétrico que consegue manter a frequência de 30 a 40 
bmp (pois possui menos células que o nó sinoatrial, 
que despolarizam mais rápido também). 
É curto e se divide. 
 
RAMOS SUBENDOCÁRDICOS 
Se encontram na camada subendocárdica (embaixo 
do endocárdio),e se encontra tanto na parte direita 
quanto esquerda. 
 
COMO FUNCIONA? 
1. O nó sinoatrial gera o 1º impulso elétrico. 
2. O impulso é propagado pelas fibras 
intermodais até o nó atrioventricular. 
3. O impulso elétrico é atrasado na propagação 
no sinal elétrico. 
4. O sinal de impulso segue até o fascículo 
atrioventricular (feixe de His). 
5. O feixe se divide em dois ramos levando o 
sinal para todo o coração. 
6. O sinal vai para as fibras de Purkinje, que irá 
até as células ventriculares, causando a 
sístole. 
 
COMO OCORRE O ATRASO? 
O impulso elétrico sai das fibras intermodais em 
direção ao nó atrioventricular, porém, as junções 
comunicantes são reduzidas, causando o atraso da 
propagação do sinal elétrico. 
 
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VASCULARIZAÇÃO DOS NÓS 
 
VASCULARIZAÇÃO DO FASCÍCULO 
ATRIOVENTRICULAR 
 
PROPRIEDADES DOS CARDIOMIÓCITOS 
1. Excitabilidade → é a capacidade do miocárdio se 
excitar quando estimulado. 
2. Contratilidade → é a capacidade de contrair. 
3. Automatismo → é a capacidade de se iniciar o 
impulso elétrico. 
4. Condutibilidade → é a capacidade de transmitir 
um impulso de uma célula para outra. 
 
INERVAÇÃO DO CORAÇÃO 
ATENÇÃO: sempre o estimulo se inicia no nó 
sinoatrial e se espalha para os ventrículos. 
Feixe interatrial → ou também chamado de feixe de 
Bachmann, é o feixe que sai do nó sinoatrial e vai para 
o átrio esquerdo. 
É importante lembrar que os cardiomiócitos se 
contraem por si só, sem nenhuma inervação, sendo 
assim, por que a inervação é importante? 
• A inervação é quem controla a frequência 
cardíaca. 
• Já o ritmo cardíaco é o próprio complexo 
estimulante. 
SISTEMA NERVOSO 
Sistema nervoso central (SNC) → responsável pelo 
processamento de informações e emissão de uma 
resposta. 
Sistema nervoso periférico → via de condução, leva o 
estimulo do SNC para a periferia e inverso. 
 
DIVISÃO FUNCIONAL 
O sistema nervoso pode se dividir em somático e 
visceral: 
 
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• Somático → musculatura 
• Visceral → vísceras: órgãos e glândulas 
 
Tanto o SN somático quanto o SN visceral possuem a 
divisão entre as vias eferente e aferente. 
• Aferente → estão aferindo: sensitivas 
• Eferente → estão levando a informação: motoras. 
No SN visceral, a via eferente possui mais uma divisão, 
que é a divisão autônoma do sistema nervoso (SNA) 
• Parte simpática 
• Parte parassimpática 
 
PARTE SIMPÁTICA 
Gânglios → é um aglomerado de corpos neurônicos 
fora do SNC. Surgem no nível de T1 a L2. 
✓ São as bolinhas que estão na medula espinal 
(SNC). 
✓ Emite um axônio e chega a um gânglio. 
Neurônio pré ganglionar → seu axônio é pequeno, e 
quando chega ao gânglio, faz sinapse com outro 
neurônio que será o pós ganglionar, que possui o 
axônio mais longo, chegando até no órgão. 
 
 
Os neurônios pré ficam entre T1 e T5, emitem seus 
axônios que podem fazer sinapses com outro 
neurônio do gânglio de mesmo nivelou podem subir 
para fazer sinapse com os gânglios acima ou abaixo. 
 
No coração → os neurônios pré vão fazer sinapses 
para chegar no coração, e todos eles sobem para os 
três primeiros gânglios. 
Cadeia simpática para-vertebral → é uma cadeia de 
gânglios que fica do lado dos corpos das vertebras. 
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NEURÔNIOS PRÉ QUE VÃO PARA O CORAÇÃO 
1. Surgem de T1 a T5. 
2. Seus axônios sobem para os 3 primeiros gânglios. 
3. Os gânglios são: cervical superior, cervical médio 
e cervical inferior. 
4. Ao chegar, fazem sinapse com o neurônio pós. 
5. O axônio desses pós vai para o coração como 
inervação. 
6. Essa inervação é um emaranhado de nervos que 
chamamos de plexo cardíaco pulmonar. 
PARTE PARASSIMPÁTICA 
É mais simples que a simpática, pois não tem origem 
ao longo de toda a medula espinal, e sim no tronco 
encefálico e na porção sacral da medula. 
ATENÇÃO: agora o neurônio pré ganglionar terá o 
axônio maior do que o do pós ganglionar. 
Pré ganglionar em parassimpático → terá o axônio 
mais longo, e fará sinapses em gânglios. 
Gânglios no parassimpático → estará mais próximo 
das vísceras ou dentro delas (como é o caso do 
coração). O gânglio que se encontrar grudado na 
parede do órgão se chamará gânglio intramural. 
 
Nervo vago → É o 10º nervo craniano e é quem chega 
ao coração. 
 
INERVAÇÃO AUTÔNOMA DO CORAÇÃO 
Gânglio Cervico-torácico→ quando em algumas 
pessoas, o gânglio cervical se junta com o gânglio 
torácico. Pode ser chamado também de gânglio 
estrelado, e é apenas uma variação anatômica. 
 
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Os nervos que chegam no coração conduzem as 
informações, podendo ser elas sensitivas ou motoras 
(pode acontecer tanto na simpática quanto na 
parassimpática). 
 
Plexo cardíaco → está na base do coração e é tanto 
simpático quanto parassimpático. 
Nervo vago → emite alguns ramos: 
• Ramo cardíaco cervical superior 
• Ramo cardíaco cervical inferior 
• Ramo cardíaco torácico 
O r. cardíaco cervical sup. é o primeiro do n. vago, ele 
surge ao nível do gânglio cervical superior. O r. 
cardíaco cervical inferior surge ao gânglio de mesmo 
nome, e o r. cardíaco torácico é o que penetra no 
tórax. 
Legenda para a foto: 
N. vago e inervação simpática 
 
Inervação simpática: 
• N. cardíaco cervical sup. 
• Nervo cardíaco cervical médio 
• Nervo cardíaco cervical inf. 
Nervos cardíacos torácicos → aparecem quando 
ocorre o gânglio estrelado. 
CONCEITOS SOBRE A INERVAÇÃO 
• Cronotropismo → frequência de batimentos 
• Inotropismo → força dos batimentos 
• Dromotropismo → condução dos estímulos 
• Batmotropismo → excitabilidade 
• Lusitropismo → relaxamento 
INERVAÇÃO SIMPÁTICA DO CORAÇÃO 
Quando o corpo precisa de um aumento da freq. 
Cardíaca, não será sensitiva, virá uma resposta 
central. 
Processo → o axônio do neurônio pré vai até o 
gânglio superior, médio ou o inferior, faz a sinapse 
com o pós-ganglionar que chega ao musculo 
cardíaco. 
 
Nervos do Plexo 
cardíaco simpático 
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• Chegando no musculo, o pós ganglionar irá 
inervar o nó SA e o nó AV, para aumentar a 
freq. cardíaca. 
• As células vão começar a se excitar mais 
rápido. 
• O SNS também inerva a parede dos 
ventrículos para que aumente o inotropismo 
(força de contração) 
Sendo assim, o sistema nervoso simpático 
aumenta a frequência cardíaca e a força de 
contração. 
 
INERVAÇÃO PARASSIMÁTICA DO CORAÇÃO 
Enquanto o simpático aumenta a frequência 
cardíaca e o inotropismo, o parassimpático 
diminui a frequência, mas não influencia no 
inotropismo. 
n. vago no parassimpático → sai do bulbo e emite 
seus ramos, que vão fazer sinapses com os pós 
ganglionares e nos gânglios intramurais do 
coração. O 2º neurônio chega exclusivamente 
nos nós SA e AV, por isso que existe a atuação na 
frequência cardíaca, mas como não no músculo 
em si, não influenciam no inotropismo. 
 
REFLEXOS BARORRECEPTORES 
São um conjunto de células chamadas de 
barorreceptoras que monitoram a distensão da aorta. 
• Estão ligadas à parte sensitiva do N. vago 
• Comunicam o n. vago, e irá levar a informação 
para o centro cardiovascular no bulbo. 
 
Universidade Nove de Julho 
Bárbara Perroni, 2° semestre 
18 
 
Centro cardiovascular → região que monitora o 
coração, é dividido em duas partes: 
• Cardioacelerador 
• Cardioinibidor 
Pressão alta →barorreceptor comunica o n. vago, 
que leva a informação para o centro e o 
cardioinibidor será ativado. 
1. Cardioinibidor ativado. 
2. Envia uma resposta de volta através do n. vago. 
3. O n. vago leva a informação aos nós. 
4. Diminui a frequência. 
Pressão baixa → o barorreceptor leva a informaçãopara o n. vago, que leva para o centro: 
1. Ativa o cardioacelerador. 
2. Leva para o SNS que envia uma resposta de volta. 
3. A resposta vem pelos nervos do complexo 
simpático aos nós e ao músculo. 
4. Aumenta a frequência E o inotropismo. 
Sendo assim, os reflexos barorreceptores são o 
mecanismo de controle da frequência cardíaca. 
 
 
DOR REFERIDA 
Exemplificando, é quando sentimos dor no braço 
esquerdo, mesmo infartando outras áreas. É também 
chamada de dor irradiada. 
• As vísceras não doeram exatamente no local 
onde estão. 
Isto ocorre por que a inervação sensitiva dos 
ventrículos infarta. Eles entram na medula espinal a 
nível T1 a T5, onde ocorre o cruzamento de 
informações e membro superior esquerdo, que está 
na mesma região. 
 
Inervação sensitiva e inervação da pele e membro 
superior esquerdo que estarão se cruzando. 
Universidade Nove de Julho 
Bárbara Perroni, 2° semestre 
19 
 
O córtex não consegue identificar a informação da 
dor corretamente, então deduz que a dor vem do 
membro superior esquerdo. 
Infartando pela segunda vez → o córtex já aprendeu 
a identificar melhor, então o paciente saberá informar 
que está infartando.

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