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Linfócitos: As Células do Sistema Imune

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Pró-Reitoria de Graduação – PROG
Centro de Ciências Agrárias – CCA
Curso de Medicina Veterinária
 
Disciplina: Imunologia Veterinária
Professor: 
Aluno: Pedro Henrique Santos Aguiar
Data: 12/05/2021
Pesquisa sobre Linfócitos
Linfócitos são as principais células funcionais do sistema imune na defesa do organismo. Estas células são capazes de reconhecer moléculas estranhas em agentes infecciosos e combate-las por respostas humoral e citotóxica mediada por células.
Os tecidos associados ao sistema imune têm linfócitos pequenos, médios e grandes (6 a 18 µm de diâmetro). No sangue, estão os linfócitos pequenos e médios, com predomínio dos pequenos. A maior parte dos linfócitos encontrados no sangue ou na linfa são células imunocompetentes re-circulantes, capazes de reconhecer antígenos estranhos.
Os linfócitos pequenos, em esfregaços de sangue, são identificados pelo núcleo intensamente corado, esférico, às vezes chanfrado e circundado por fina camada de citoplasma corado em azul-pálido e pobre em organelas. Os linfócitos médios têm citoplasma mais abundante, núcleo maior e complexo de Golgi pouco mais desenvolvido.
Ainda, os linfócitos podem ser T ou B. Enquanto os do tipo T (ou células T) participam da imunidade celular e têm vida mais longa, os do tipo B (ou células B) produzem anticorpos e têm tempo de vida variável. Todos os tipos de linfócitos participam da memória imunológica e só podem reconhecer antígenos específicos. Quando os linfócitos entram em contato, pela primeira vez, com um antígeno que são capazes de responder, dividem-se várias vezes. Parte dos linfócitos diferenciam-se em linfócitos B que podem dividir-se várias vezes, produzindo mais linfócitos B e plasmócitos, que participam da produção de anticorpos. Outra parte diferencia-se em linfócitos T que sofrem várias sequências de divisões celulares e produzem linfócitos citotóxicos, capazes de lisar células estranhas ou infectadas por vírus. Algumas células T e B não sofrem diferenciação e permanecem como células de memória de vida longa, programadas para responder rapidamente e com mais intensidade a exposições posteriores ao antígeno específico.
Os linfócitos B são células que são produzidas inicialmente no saco vitelino, depois no fígado (durante a vida fetal) e, posteriormente, na medula óssea. As células progenitoras linfoides permanecem na medula óssea até sua maturação, deixando o local e caindo na circulação em direção a órgãos linfoides quando estão maduras.
Os linfócitos B são os responsáveis por garantir a chamada imunidade humoral, que se destaca pela resposta imunológica realizada pela produção de anticorpos. Esses anticorpos são capazes de neutralizar ou ainda destruir os antígenos. Para que ocorra a produção de anticorpos, faz-se necessária a ativação dos linfócitos B, que se proliferam e diferenciam-se em plasmócitos. São os plasmócitos que produzem os anticorpos.
Além da produção de anticorpos, os linfócitos B atuam como células de memória imunitária. Essas células são capazes de reagir rapidamente em uma nova infecção com o mesmo antígeno. Assim sendo, elas garantem uma proteção mais rápida e eficaz.
Estima-se que os linfócitos B correspondam a cerca de 5% a 10% dos linfócitos do sangue.
Os linfócitos T são originados a partir de células progenitoras linfoides encontradas na medula óssea. Essas células saem da medula em direção ao timo. É nesse órgão que as células sofrem o processo de maturação e diferenciam-se em células T helper, T supressora e T citotóxica.
Os linfócitos T helper garantem a diferenciação dos linfócitos B em plasmócitos, sendo, portanto, importantes para a produção de anticorpos. Os linfócitos T supressores finalizam a resposta humoral, ou seja, a produção de anticorpos. Já os linfócitos citotóxicos garantem a morte das células estranhas. Para isso, os linfócitos citotóxicos produzem proteínas que abrem a membrana plasmática ou induzem a célula a entrar em apoptose.
Estima-se que os linfócitos T representem 65% a 75% dos linfócitos presentes no sangue de uma pessoa.
Os linfócitos citotóxicos são os efetores primários da imunidade celular, ao reconhecer células com antígenos estranhos e matá-las, ao provocarem sua lise. Os linfócitos T auxiliares (células TH) ajudam as células B e outras células T na resposta imune. Linfócitos supressores (células TS) inibem a atividade das células B e também pode atuar na regulação da maturação de eritrócitos na medula óssea.
Linfócitos T CD4+ helper 17 (Th17) participam da patogênese de doenças inflamatórias autoimunes, como doença de Crohn, colite e esclerose.
Linfócito T auxiliar, célula T colaboradora, LT helper (LTh) ou LT CD4+ é um leucócito que atua ativando e estimulando outros leucócitos a se multiplicarem e atacarem antígenos. Assim, coordenam a resposta imune pela liberação de citocinas.[1] Eles são essenciais na mudança de classe dos anticorpos das células B, na ativação e crescimento das células T citotóxicas e na maximização da ação bactericida dos fagócitos.
Os linfócitos T reguladores suprimem a resposta imune, impedindo a ativação de linfócitos T ou bloqueando sua função efetora.
Um dos mecanismos é a inibição da coestimulação necessária para a ativação do linfócito T, no momento da apresentação de antígeno pelas células apresentadoras de antígenos (APC).
Se o linfócito não é ativado ou é bloqueado, a autoimunidade não acontece.
Referências:
BEU, C.C.L.; GUEDES, N.L.K.O; DE QUADROS, Â.A.G. Tecido conjuntivo, 2017. Disponível em: . Acesso em: 03 de mar. 2017. (conforme data de acesso ao site);

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