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CÉLULAS DE DEFESA - NEUTRÓFILO, MONÓCITO, MACRÓFAGO, EOSINÓFILO, BASÓFILO, MASTÓCITO, CÉLULA DENDRÍTICA, LINFÓCITOS T, AUXILIARES E CITOTÓXICOS, LINFÓCITOS B, CÉLULA NK

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Miguel Marques 
ATM 24 - UCPEL 
 
1 
 
Células de defesa do sistema imunológico 
 
→ TIPOS DE CÉLULAS 
 
 
 
→ FAGÓCITOS 
- São representados pelos macrófagos e neutrófilos, produzidos na medula óssea, os quais têm função de 
destruir microrganismos e atuar no reparo tecidual. Além disso, secretam citocinas para se comunicar com 
outras células e regular as respostas imunes. 
- O mecanismo de ação dessas células se inicia através do: recrutamento para os locais de infecção; 
reconhecimento de microrganismos e ativação; fagocitose e destruição desses microrganismos. 
 
.: NEUTRÓFILOS (leucócitos polimorfonucleares) 
- Os neutrófilos correspondem a população mais abundante de células brancas, os quais medeiam as fases 
iniciais de reações inflamatórias. Ademais, um adulto produz 1011 neutrófilos por dia, que sobrevivem apenas 
6 horas. 
- Em caso de infecção, os neutrófilos são rapidamente migrados para o local da infecção. Porém, se não 
houver esse recrutamento, sofrem apoptose e são fagocitados por macrófagos do fígado e baço. 
- Em seu citoplasma contém grânulos de dois tipos: específicos, que contém as enzimas lisozima, colagenase 
e elastase; e azurofílicos, que contém enzimas e outras substâncias microbicidas. 
 
.: MONÓCITOS E MACRÓFAGOS (leucócitos mononucleares) 
- Os monócitos são células circulantes, já os macrófagos são células residentes teciduais. Dessa maneira, em 
cada tipo de tecido os macrófagos recebem nomes específicos, como células de Kupffer, no fígado, e a 
micróglia, no SNC. Sendo assim, os monócitos migram para os tecidos quando há reações inflamatórias, onde 
amadurecem para macrófagos. 
- Os monócitos clássicos – mais numerosos, produzem mediadores inflamatórios e são recrutados para os 
locais de infecção ou tecido danificado. 
- A principal função dos macrófagos é ingerir e destruir microrganismos, através de enzimas de espécies 
reativas de oxigênio e derivados reativos de nitrogênio. Além disso, os macrófagos realizam uma limpeza pós 
infecção, ingerindo células mortas e neutrófilos que se acumulam nos locais de infecção, que formam o pus. 
- Além disso, os macrófagos também ativam citocinas que recrutam mais monócitos e leucócitos circulantes 
para os locais de infecção, de maneira a amplificar a resposta imunológica. Sendo assim, os macrófagos 
sobrevivem mais tempo que os neutrófilos no local da infecção, os quais atuam principalmente nas fases 
finais da resposta inata. 
Miguel Marques 
ATM 24 - UCPEL 
 
2 
 
- Os macrófagos também funcionam como células apresentadoras de antígenos – APCs, e promovem reparo 
tecidual, estimulando o crescimento de novos vasos sanguíneos, formação de fibrose – deposição de 
colágeno, e participam do processo de cicatriz tecidual. 
- Por fim, os macrófagos são ativados por moléculas ativadoras que se ligam aos seus receptores, ou então 
por opsoninas. Ademais, na imunidade adaptativa, os macrófagos são ativados por citocinas liberadas por 
linfócitos B. Dessa forma, na ativação clássica, as citocinas estimulam macrófagos a matar invasores. Já na 
ativação alternativa, as citocinas tornam os macrófagos remodeladores e reparadores teciduais. 
 
→ MASTÓCITOS, BASÓFILOS E EOSINÓFILOS 
 
- São células adicionais da resposta imune inata e adaptativa. Dessa forma, possuem como características em 
comum: todos são derivados da medula óssea; possuem grânulos citoplasmáticos que contém mediadores 
inflamatórias e antimicrobianos; e participam da resposta contra helmintos e reações alérgicas. 
 
.: MASTÓCITOS 
- Os mastócitos estão presentes na pele e na mucosa epitelial, normalmente sendo encontrados no tecido 
conjuntivo propriamente dito. Além disso, também são encontrados no tecido conjuntivo subepitelial do 
sistema pulmonar e digestivo. 
- Possuem grânulos que contém histamina e expressa receptores para igE, tendo como função o combate a 
doenças alérgicas. 
 
.: BASÓFILOS 
- Costumam ser circulantes, mas podem ser recrutados para o local de inflamação. Esses, sintetizam heparina 
e histamina, e também expressam receptores para igE, intensificando a resposta inflamatória. 
 
.: EOSINÓFILOS 
- Possuem granulócitos que contém enzimas que podem atacar a parede celular de parasitas, mas também 
podem lesar a célula do hospedeiro. 
- Os eosinófilos normalmente estão presentes nas mucosas dos tratos gastrointestinal, respiratório e 
geniturinário. 
 
 
→ CÉLULAS APRESENTADORAS DE ANTÍGENOS – APCs 
 
- São células especializadas em capturar microrganismos e outros antígenos, apresenta-los aos linfócitos e 
fornecer sinais que estimulam a proliferação e diferenciação de linfócitos. Ademais, algumas das APCs 
participam da resposta imune inata e, assim, fazem uma ponte com a resposta adquirida, ativando-a. 
 
 
Miguel Marques 
ATM 24 - UCPEL 
 
3 
 
 
.: CÉLULAS DENDRÍTICAS 
- É o principal tipo de APC, sendo a única capaz de ativar células T imaturas. 
 - Essa célula realiza função essencial na ligação entre a resposta inata e adaptativa. Além disso, é 
amplamente distribuída pelos tecidos linfoides, epitélio mucoso e parênquima de órgãos – resumindo, são 
encontradas em tecidos de barreira epitelial. 
- As células dendríticas expressam receptores que reconhecem moléculas típicas produzidas por 
microrganismos, os PAMPs – padrões moleculares associados à patógenos, as quais respondem com a 
produção de citocinas. 
- As células dendríticas clássicas respondem migrando para o linfonodo, onde apresentam o antígeno 
capturado aos linfócitos T. Já as células dendríticas plasmocitoides respondem a infecções virais e produzem 
IFN tipo I, que possui ação antiviral. 
 
.: CÉLULAS DENDRÍTICAS FOLICULARES 
- São células encontradas entremeadas entre células B ativadas nos folículos do linfonodo, baço e tecidos 
linfoides, todos associados à mucosas. Essas, não estão relacionadas com células dendríticas que apresentam 
antígenos aos linfócitos T. 
- As células dendríticas foliculares se ligam e apresentam antígenos em suas superfícies para reconhecimento 
pelos linfócitos B, necessária para a seleção dessas células que produzem anticorpos. 
 
.: OUTRAS APCs 
- Os macrófagos e linfócitos B também são apresentadores de antígenos, porém diferentemente da célula 
dendrítica que é a única capaz de apresentar às células T naive, macrófagos e linfócitos B apresentam 
antígenos apenas para linfócitos T auxiliares CD4 nos locais de infecção. 
- Essa apresentação ativa linfócitos T e estimula a produção de IFN-y, que ativa macrófagos. Dessa maneira, 
os linfócitos T amplificam a eficiência dos macrófagos. 
- As células B apresentam antígenos para os linfócitos T auxiliares, essencial para a resposta humoral que 
produz anticorpos. 
- Os linfócitos T citotóxicos CD8+ podem reconhecer antígenos de qualquer célula nucleada. Dessa maneira, 
qualquer célula nucleada pode apresentar antígenos a essa célula T. 
 
→ LINFÓCITOS 
 
- São células capazes de estimular uma resposta imune adquirida específica para determinado antígeno. 
Dessa maneira, cada clone de linfócito T ou B expressa receptores com especificidade distinta para cada 
microrganismo. Sendo assim, todos os linfócitos passam pela maturação e diferenciação, os quais adquirem 
capacidade de atuar na defesa do organismo. 
- As células T e B recém secretadas são chamadas de linfócitos naive, que são células maduras que nunca 
encontraram antígenos, ou seja, não foram estimuladas para se diferenciar em células efetoras. 
Miguel Marques 
ATM 24 - UCPEL 
 
4 
 
- Nós temos em média 5. 1011 linfócitos, concentrados nos órgãos linfoides, mas também presentes na 
circulação e em outros tecidos. 
- Os linfócitos naive imaturos sofrem apoptose após 1 a 3 meses sem encontrarem antígenos. Devido sua 
sobrevivência ser dependente de sinais gerados pelos receptores de antígenos e pelas citocinas. 
- A IL-7 é a citocina mais importante para a maturação decélulas T. Além disso, o fator de ativação de células 
B – BAFF, é a citocina da família do TNF importante para a sobrevivência de células B imaturas. 
- A proliferação homeostática é quando ocorre a linfopenia – perda de linfócitos, que leva a proliferação 
compensatória desses linfócitos e o aumento da saída deles dos órgãos geradores. Sendo assim, esse 
mecanismo torna eficaz o tratamento com células-tronco em tumores e outras doenças. 
 
.: LINFÓCITOS B 
- São células que produzem anticorpos. É subdividida em grupos, como as células B foliculares, células B da 
zona marginal e as células B-1, localizadas nos órgãos linfoides. 
- As células B foliculares expressam grupos de anticorpos diversos e clonalmente distribuídos, servindo de 
receptores para antígenos e como moléculas efetoras na imunidade humoral. Já os anticorpos de células B-1 
e células B da zona marginal são pouco diversos. 
 
.: LINFÓCITOS T 
- Tem origem na medula óssea e migram para o timo, local onde realizam seu amadurecimento. Seus 
principais subgrupos são: células T auxiliares CD4+, células T citotóxicas CD8+ - CTL, as quais expressam os 
receptores de células T – TCRs. Dessa maneira, as células TCD8 invadem microrganismos intracelulares, como 
vírus. Já as células TCD4 coordenam a defesa contra microrganismos extracelulares, como bactérias e fungos. 
Há também as células T reguladoras, que inibem a atividade de células T efetoras, e expressam o CD25. 
- A proteína celular CD4 identifica linfócitos auxiliares, e a CD8 identifica linfócitos citotóxicos. Essas, 
funcionam como marcadores, que servem para diferenciar grupamentos celulares e assim distribui os grupos 
de linfócitos. 
 
.: LINFÓCITOS EFETORES 
- São células capazes de eliminar microrganismos ou antígenos estranhos. Dessa maneira, os linfócitos T 
efetores são os que se diferenciaram em células T auxiliares, células T citotóxicas e linfócitos B efetores que 
secretam anticorpos. 
- Os linfócitos T auxiliares expressam CD4 e secretam citocinas que se ligam a receptores de macrófagos e 
linfócitos B, ativando-os. 
- Os linfócitos T citotóxicos possuem grânulos com proteínas que matam uma célula alvo, geralmente 
infectada por vírus ou células tumorais. 
 
.: LINFÓCITOS DE MEMÓRIA 
- Possuem capacidade de sobreviver em estado quiescente por longos períodos, sem necessidade de 
estimulação de antígenos. 
Miguel Marques 
ATM 24 - UCPEL 
 
5 
 
- A maioria expressa receptores para IL-7, os quais promovem sua migração para os locais de infecção. 
Ademais, linfócitos B de memória podem expressar classes de imunoglobulina de membrana, como igG, igE 
ou igA. Já as células B imaturas só expressam igM ou igD. 
- Em humanos, o CD27 é o marcador para células B de memória. 
 
→ CÉLULAS LINFOIDES DA IMUNIDADE INATA 
 
- Sua função corresponde a defesa inicial contra patógenos, reconhecimento e eliminação de células 
danificadas e ativação da resposta imune adaptativa. Ademais, são células derivadas da medula óssea da 
linhagem linfoide, assim como os linfócitos T e B. 
- São as células NK ou linfócitos natural-killer. Esses, possuem receptores de ativação e receptores de 
inibição. Quando se é gerado uma resposta e ocorre a ativação da célula NK, ela secreta IFN-y, citocina que 
ativa macrófagos. Sendo assim, são encontradas principalmente no sangue e no baço, raramente em outros 
órgãos linfoides. 
 
 
 
 
Miguel Oliveira Marques 
 ATM 24 – UCPel, Pelotas-RS 
 miguelom1999@hotmail.com

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