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CINOMOSE CANINA ( RIBEIRO 26)

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PROTOCOLOS TERAPÊUTICOS, MEDIDAS PROFILÁTICAS E OS PRINCIPAIS MÉTODOS DE CONTROLE DAS SEQUELAS DA CINOMOSE CANINA MAIS UTILIZADOS NA CLÍNICA VETERINÁRIA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA.
Érika Ribeiro BARBOSA¹; Reggyane Maria Sousa NAPOLEÃO2; Marcela Pereira GUALTER³
¹Graduanda em Medicina Veterinária – UFPI. E-mail:erikaribeiro264@gmail.com;2Graduanda em Medicina Veterinária – UFPI. E-mail: reggyane05@gmail.com; Marcela Pereira Gualter- UFPI. E-mail:marjasmimp@gmail.com
Área Temática: Clínica Médica e cirúrgica
E-mail do primeiro autor: erikaribeiro264@gmail.com
Introdução: A cinomose canina é uma enfermidade de grande importância na clínica veterinária, uma vez que acomete cães e uma ampla variedade de animais terrestres e aquáticos (PORTELA et al., 2017). Tem como agente etiológico o vírus da família Paramyxoviridae, gênero Morbillivirus, possui um único filamento de RNA, apresenta distribuição mundial, com diferentes cepas, algumas altamente virulentas e neurológicas. Os sinais clínicos variam de acordo com a espécie, cepa infectante, condições ambientais, idade, estado geral e imunológico do indivíduo. Por tratar-se de uma doença multissistêmica, as manifestações clínicas incluem alterações respiratórias, gastrintestinais, dermatológicas e do sistema nervoso central (BRITO et al., 2016). Diante do exposto, objetivou-se com este estudo abordar os principais protocolos terapêuticos mais usados na clínica, as medidas profiláticas e os tratamentos complementares de reabilitação de animais acometidos com sequelas da cinomose. Metodologia: Incluíram-se nesta revisão sistemática artigos originais, realizados no Brasil. Para a pesquisa dos estudos, utilizou-se três bases de dados, SciELO, PUbMed e PUbVet. Os unitermos empregados para a busca dos artigos, de acordo com os descritores em ciência da saúde (DeCS), foram: cinomose, canino, Morbillivirus. Foram considerados apenas artigos dos últimos cinco anos que estivessem em seu corpus de estudo uma correlação com a cinomose canina e protocolos de tratamento. Realizou-se uma leitura parcial dos resumos dos 53 artigos encontrados, no entanto, foram escolhidos apenas 6 artigos considerados relevantes e que atenderam aos objetivos desta investigação. Resultados: Através das análises dos artigos que foram selecionados, constatou-se que os protocolos de tratamento mais usados na clínica veterinária, em animais acometidos pela enfermidade, consiste em um tratamento sintomático e de suporte de acordo com a evolução da doença, incluindo o uso de soro hiperimune, uma vez que é capaz de levar a soroneutralização do vírus livre. Além disso, utilizam-se terapias com antimicrobianos de amplo espectro, expectorantes, bronco dilatadores, antipiréticos, antieméticos e fluidoterapia. Pode ser feito o uso de suplementação vitamínica e mineral, protetores estomacais e uma nutrição específica. A literatura também descreve o uso da ribavarina, que é um antiviral associado ao dimetilsulfóxido (DMSO), que possui uma função antiinflamatória, no entanto possuem diversos efeitos colaterais ( PORTELA et al., 2017 ). A profilaxia e o manejo incluem protocolos vacinais, ingestão de colostro quando possível, controle ambiental com uma higienização adequada, devendo ser feito isolamento de animais infectados. Em relação às medidas de controle das seqüelas deixadas pela cinomose, destacam-se as terapias alternativas como a acupuntura, fisioterapia, terapia neuronal e a administração de células tronco, as quais proporcionando atualmente resultados bem positivos. Conclusão: Por tratar-se de uma enfermidade de grande importância na medicina veterinária, devido ao seu alto poder de infecção, grande contagio e um elevado comprometimento do sistema nervoso dos cães, é de fundamental importância a aplicação de medidas mais eficazes de prevenção e controle da doença. E em relação aos protocolos terapêuticos e de reabilitação de seqüelas utilizados na clínica, mostram-se com resultados bem positivos e muitas vezes proporcionam para os animais acometidos por sequelas, uma boa qualidade de vida.
palavras-chave: Cinomose, canino, Morbillivirus.
Referências:
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BRITO, Leana; PEREIRA, Oiana; OLIVEIRA, Paulo; TEÓFILO, Tiago; OLIVEIRA, Renata; SILVA, Ana; TORRES, Mylena.Aspectos epidemiológicos da cinomose em cães atendidos em um Hospital Veterinário no período de 2011 a 2013. PUBVET v.10, n.7, p.518-522, jul. 2016.
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FREIRE, Cintia; MORAES, Maria. Cinomose canina: aspectos relacionados ao diagnóstico, tratamento e vacinação. PUBVET v.13, n.2, a263, p.1-8, fev., 2019. Disponível em:https://doi.org/10.31533/pubvet.v13n2a263.1-8. Acesso em: 29 set. 2020.
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PORTELA, Vanessa; LIMA, Thais; MAIA, Rita. Cinomose canina: revisão de literatura. Medicina Veterinária (UFRPE), Recife, v.11, n.3 (jul-set), p.162-171, 2017. Disponível em: http://www.journals.ufrpe.br/index.php/medicinaveterinaria/article/view/1776. Acesso em: 29 set. 2020.

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