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TIPOS DE PARTO

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Ana Victória Ribeiro Barbosa – M7 
TIPOS DE PARTO
PARTO VAGINAL 
A criança nasce naturalmente pelo canal vaginal. 
O parto é conduzido, monitorizado e registrado 
pelo médico. A mulher será submetida a vários 
toques vaginais, mediante o qual será avaliado a 
consistência e o esmaecimento do colo uterino e 
dilatação. Tudo será registrado no partograma, 
por exemplo, o toque, o padrão de contração, a 
altura da cabeça do bebê, sendo este preenchido 
de hora em hora e objetiva anotar tudo o que 
ocorre. 
O médico se torna o agente ativo no período 
expulsivo do parto, auxiliando na extração fetal. 
Tal parto pode ser feito com anestesia ou não. Uso 
de ocitocina para indução, evolução e períodos 
clínicos do parto. 
Quando o espaço para o bebê passar for 
insuficiente, é realizada uma episiotomia (corte 
cirúrgico feito na região perineal) auxiliando a 
expulsão do bebê e evita a ruptura dos tecidos 
perineais. 
VANTAGENS 
 Permite o contato mais rápido entre a mãe 
e o filho. 
 Oportunidade de a criança sugar no peito 
nos primeiros momentos de vida e reduz as 
doenças respiratórias nas crianças, uma 
vez que a força exigida no nascimento faz 
o bebê expelir o líquido presente no 
pulmão. 
 O estresse do trabalho de parto, permite a 
liberação de cortisol, a qual é muito 
importante para sensibilizar o miométrio, 
faz com que a ocitocina endógena seja 
produzida, promove as contrações 
uterinas, prevenindo quadros de atonia 
uterina pós-parto e maturação pulmonar 
fetal. Além do cortisol, a liberação de 
prolactina é significativa, e contribui muito 
para a lactação. 
 Os bebês são introduzidos a uma 
microbiota vaginal normal, ou seja aos 
lactobacilos, e consequentemente um 
melhor desenvolvimento do sistema 
imunológico, reduzindo o risco de doenças 
alérgicas, tais como atopia, doença celíaca 
 Recuperação mais rápida e redução do 
risco de hemorragia. 
LACERAÇÕES DO PARTO NORMAL 
A descida do bebê, faz com que a vagina e o 
períneo se estiquem, e esta passagem, em sua 
saída, pode deixar algum corte no trajeto, pois o 
tecido se esticou muito a ponto de se separar, e 
rasgar-se. 
• Lacerações de 1°grau são superficiais, se limitam 
aos pequenos lábios e não exigem suturas, pois 
cicatrizam por conta própria. 
• Lacerações de 2° grau vão além dos pequenos 
lábios, da pele perineal e mucosa, acometendo a 
porção de tecido muscular, sendo mais profundos 
e geralmente precisam dar pontos para auxiliar na 
cicatrização. 
• Lacerações de 3° grau são lesões que acometem 
a porção muscular, caminhando até a região do 
esfíncter anal, podendo acometer parcialmente 
ou completamente este. 
• Lacerações de 4° grau é a mais profunda e grave 
e causa ruptura superficial, muscular, do esfíncter 
anal e da mucosa retal. 
As lacerações normalmente não evoluem para 
complicações pós-parto, mas em alguns casos 
mais extremos como as lesões de 3° e 4° podem 
gerar incontinência urinária e fecal, a dor perineal 
crônica, alargamento vaginal, com consequente 
perda da sensibilidade, eliminação de flatos 
Ana Victória Ribeiro Barbosa – M7 
vaginais durante o ato sexual, ausência de 
orgasmo e a dispareunia. 
Além do períneo, outras lacerações podem 
ocorrer, tais como o topo da vagina, a laceração 
periuretral, normalmente de pequeno tamanho, 
não envolvem músculos, cursa com ardência na 
micção e precisam de alguns pontos ou nenhum e 
melhoram naturalmente. 
CRITÉRIOS DE APLICABILIDADE PARA O PARTO 
VAGINAL 
 Feto insinuado. 
 Dilatação completa. Resultado das 
contrações uterinas e exibindo dilatação 
em torno de 10 cm. 
 Bolsa rota. Processo baseado na ruptura da 
membrana amniótica, na ausência de 
trabalho de parto, caracterizado por 
extravasamento de quantidade 
considerável de líquido amniótico. 
ALGESIA PARA O PARTO NORMAL (VAGINAL) 
A sensação de algia do parto tem origem em 
diferentes vias, dependendo da fase do trabalho 
de parto: 
– Durante o 1° período, ou período de dilatação a 
dor têm origem em especial 
de estímulos nociceptivos aos receptores 
químicos e mecânicos existentes no colo uterino e 
no miométrio. Os mecanorreceptores reagem ao 
estirão do colo uterino e às modificações 
pressóricas vindas das contrações. Os 
quimiorreceptores respondem à liberação de 
mediadores inflamatórios vindos das lesões das 
miofibrilas, tais como serotonina, histamina, 
bradicinina, acetilcolina e íons potássio. Essa dor é 
do tipo visceral, sob a forma de cólicas, é 
difusamente sentida e sua via aferente alcança o 
SNC aos níveis de L1 a T10, e por volta de 3 a 4 cm 
de dilatação, a dor se intensifica, atingindo 
também as fibras sacrais S2 a S4. 
– O 2° período, ou período expulsivo se baseia na 
dor de origem somática, através da distensão e 
tração do assoalho pélvico e do períneo. 
Basicamente, estes estímulos aferentes são 
transportados pelo nervo pudendo até os níveis S2 
a S4 da medula, além de outros nervos tais como, 
o ileoinguinal, o cutâneo posterior da coxa e o 
genitofemoral sendo esta dor aguda e bem 
localizada. 
– A dor do parto eleva a ansiedade e a resposta do 
estresse materno, resultando em um aumento dos 
níveis de catecolaminas circulantes. Sendo este 
aumento relacionado à redução do fluxo 
sanguíneo uterino, incoordenação contrátil e 
mudanças cardiotocográficas, levando a ciclo 
vicioso em que o aumento da dor gera alterações 
na dinâmica do parto, e vice-versa. 
A sensação dolorosa eleva o volume corrente e a 
frequência respiratória, gerando quadros de 
hipocapnia e alcalose respiratória. 
A administração de analgesia reduz a circulação 
de catecolaminas, em especial adrenalina, com 
potencial efeito inibidor da contratilidade 
uterina. 
INDUÇÃO DO PARTO VAGINAL 
• Gestação superior a 40 semanas. 
• Incompatibilidade de RH, a qual o curso 
gestacional expõe a criança aos anticorpos. 
• Diabetes. 
• Injúria fetal por passagem mal-sucedida. 
PARTO HUMANIZADO 
Não se trata necessariamente de um tipo de parto, 
mas sim à assistência prestada à mulher e ao bebê 
durante o pré-natal, parto e pós-parto. Além de 
buscar reduzir intervenções clínicas 
desnecessárias ou de risco para a mãe e o recém-
nascido. 
• Humanizar é acreditar na fisiologia da gestação 
e do parto. 
• Ocorre uma discussão do plano de parto durante 
o pré-natal. 
Ana Victória Ribeiro Barbosa – M7 
• A visão do parto como um evento 
multidimensional, holístico, biopsicossocial e 
espiritual. 
• Uso das melhores evidências científicas para 
tomada de decisões que respeitam o parto e 
tornam o nascimento seguro. 
• Baseado em total comando da gestante, ou seja 
todas as decisões pertencem a essa que vivencia o 
nascimento de seu filho de forma ativa e 
participativa. 
• É permitido um acompanhante para oferecer 
suporte emocional e uma Doula. 
• O ambiente deve ser especial, seja no hospital ou 
no domicílio, junto com música suave, redução da 
luz e conta com massagens na região lombar da 
parturiente pois beneficia conforto a essa. 
• Não são utilizados meios para indução e 
evolução do parto. A equipe de parto humanizado 
busca técnicas não- farmacológicas para 
propiciar relaxamento e desfecho, medidas como 
lavagem estomacal é um ato que desumaniza o 
parto. 
PARTO CIRÚRGICO OU CESARIANA 
O nascimento se dá por meio de incisão cirúrgica 
abdominal, ou seja, laparotomia e incisão uterina 
(histerotomia). Neste ato, são cortadas 7 camadas 
de pele até alcançar o útero por uma incisão de 10 
cm feita acima dos pêlos púbicos, ao localizar o 
bebê o médico ira extrai-lo suavemente e a equipe 
removerá a placenta do corte será oculto por 
pontos. 
 A OMS recomenda que apenas 15% dos 
partos sejam por via cesárea; 
 Pode ser programado, ou seja conta com 
data e hora marcada antecipadamente ou 
também pode ser feito de urgência; 
 Apresenta todos os riscos de qualquer 
outra cirurgia, sejam eles anestésicos ou 
até mesmo após o parto; 
 Recuperação mais demorada. 
DESVANTAGENS 
– O bebê é introduzido em contato com as 
bactérias cutâneas, em especialo Staphylococcus 
que é uma bactéria maléfica, faz com que a 
colonização intestinal deste bebê fique alterada. 
– Certo atraso da amamentação, resultando da 
privação do bebê aquela primeira hora o “Golden 
Hour”, a qual é muito importante não só pelo 
aleitamento, mas também pelo contato pele a 
pele. 
– Maior dor e dificuldade para andar. 
– Maior risco de ter febre, infecção, hemorragia 
pós-parto (HPP). 
FATORES DE RISCO PARA CESÁREA 
– Indução do parto, em especial o grupo das 
nulíparas com colo desfavorável. 
– Oligoâmnio: a redução da produção de líquido 
amniótico proporcional ao tempo e à intensidade 
da carência de oxigênio pelo feto, é oriunda da 
hipoxemia fetal crônica a qual desencadeia o 
processo de redistribuição do débito cardíaco 
fetal, culminando em isquemia renal e decréscimo 
da diurese fetal. 
– Idade materna avançada. 
– Obesidade. 
– Excesso de rotação axial do cordão umbilical: 
sendo este relacionado ao aumento na incidência 
de restrição do crescimento fetal, desacelerações 
da frequência cardíaca fetal durante o trabalho de 
parto e trombose vascular com subsequente 
estenose dos vasos umbilicais. 
PARTO NATURAL 
 A criança nasce através do canal vaginal, 
mas ao contrário do parto normal, este 
busca respeitar ao máximo o processo 
fisiológico da mãe, sendo mais 
humanizado. 
Ana Victória Ribeiro Barbosa – M7 
 Está via de parto exige preparo desde a 
gestação, em razão da necessidade de 
fortalecer os músculos da pélvis. Logo, 
exercícios como pilates e yoga são muito 
bem indicados. 
 A paciente conduz o trabalho de parto e 
são feitas técnicas não farmacológicas 
para o alívio da dor. 
 O médico é passivo durante o trabalho de 
parto e durante o período expulsivo, 
apenas observa e assegura o bem-estar 
materno-fetal. 
PARTO DOMICILIAR 
 Pode entrar na categoria de parto 
humanizado ou natural. Sendo este 
efetivado no próprio domicílio da 
parturiente. 
 Considerado mais aconchegante e 
confortável permitindo a participação de 
toda a família. 
 Indicado em gestantes que não tem alto 
risco para o parto e deve ser feito por 
profissional habilitado. 
PARTO NA ÁGUA 
 Indicado para gestantes sem nenhuma 
complicação na gestação. 
 É relaxante para a parturiente durante o 
estresse das contrações. 
 A água deve estar na temperatura ideal. 
 Não oferece nenhum risco para o bebê, 
pois ele está sendo oxigenação pelo cordão 
umbilical. Assim que o bebê nasce, é 
preciso garantir que ele não perca calor, 
sendo essencial secá-lo e aquecê-lo 
rapidamente. 
PARTO DE CÓCORAS 
 Se trata de um parto vaginal natural, 
diferenciando apenas a posição da mãe, 
que ao invés da posição ginecológica usual 
mantém-se de cócoras no momento de 
expulsão do bebê. 
 Altamente indicado para corrigir distócias 
durante o trabalho de parto, em especial 
as de ombro. O feto também apresenta um 
melhor Apgar. 
 A ação da gravidade auxilia no 
desprendimento do bebê pelo canal de 
parto, favorece também a rotação do feto 
no canal de parto, abrevia o período 
expulsivo, maior alargamento da pelve, 
relaxamento facilitado dos músculos da 
região, menores dores no momento da 
expulsão e trauma perineal.

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