Buscar

MÓDULO DE GEOGRAFIA REGIONAL I

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 152 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 152 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 152 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

MANUAL DO CURSO DE LICENCIATURA EM 
GEOGRAFIA 
 
3º Ano 
Disciplina: GEOGRAFIA REGIONAL I 
Total Horas/1o Semestre: 125 
Créditos (SNATCA): 5 
Número de Temas: 6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Autor Telma Vasco Armando* 
*Mestrado em Ensino de Geografia 
pela Universidade Pedagógica de Moçambique. 
 
 INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA- ISCED 
 
ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 
i 
 
Índice 
TEMA – I: INTRODUÇÃO A GEOGRAFIA REGIONAL 3 
UNIDADE Temática 1.1. Introdução: Breves considerações sobre a Geografia Regional3 
UNIDADE Temática 1.2. Os conceitos de região em sua evolução histórico e geográfico7 
UNIDADE Temática 3.3. EXERCÍCIOS deste tema 
TEMA – 2: CRITÉRIO DA ZONAGEM FÍSICA 12 
UNIDADE Temática 2.1. Zonalidade vertical ................................................................... 12 
UNIDADE Temática 2.2. Zonalidade horizontal .............................................................. 17 
UNIDADE Temática 2.3. EXERCÍCIOS deste tema 
 
TEMA – 3: REGIONALIZAÇÃO FÍSICA GEOGRÁFICA DOS CONTINENTES AUSTRAIS E 
CARACTERÍSTICAS DAS REGIÕES 26 
UNIDADE Temática 3.1. Continente Africano ................................................................. 26 
UNIDADE Temática 3.2. Continente Oceânia ................................................................. 40 
UNIDADE Temática 3.3. Subcontinente Sul-americano………………………………………………50 
UNIDADE Temática 3.4. Continente Antártida……………………………………………………………59 
UNIDADE Temática 3.5. EXERCÍCIOS deste tema 
TEMA – 4: REGIONALIZAÇÃO FÍSICA GEOGRÁFICA DOS CONTINENTES AUSTRAIS E 
CARACTERÍSTICAS DAS REGIÕES 67 
UNIDADE Temática 4.1. Continente Americano ............................................................. 67 
UNIDADE Temática 4.2. Continente Europeu ................................................................. 78 
UNIDADE Temática 4.3. Continente Asiático. ............................................................... 100 
UNIDADE Temática 4.4. Continente Árctico ……………………………………………………………105 
UNIDADE Temática 4.5. EXERCÍCIOS deste tema 
 
 
ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 
ii 
 
TEMA – 5: CRITÉRIOS DE REGIONALIZAÇÃO DOS OCEANOS 115 
UNIDADE Temática 4.1. Critério Geomorfológico. ....................................................... 115 
UNIDADE Temática 5.2. Critério Geológico. ................................................................. 119 
UNIDADE Temática 5.3. Critério Biológico. .................................................................. 125 
UNIDADE Temática 5.4. Critério Geográfico................................................................. 129 
UNIDADE Temática 5.5. EXERCÍCIOS deste tema 
 
TEMA – 6: REGIÕES NATURAIS DOS OCEANOS 131 
UNIDADE Temática 6.1. Oceano Atlântico ................................................................... 131 
UNIDADE Temática 6.2. Oceano Pacifico. .................................................................... 135 
UNIDADE Temática 6.3. Oceano Indico. ....................................................................... 139 
UNIDADE Temática 6.4. Oceano Glacial Árctico. .......................................................... 141 
UNIDADE Temática 6.5. Oceano Antárctico. ................................................................ 145 
UNIDADE Temática 6.6. EXERCÍCIOS deste tema 
 
BIBLIOGRAFIA 148 
 
 
 
 
ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 
3 
 
TEMA – I: INTRODUÇÃO A GEOGRAFIA REGIONAL 
UNIDADE Temática 1.1.Introdução: Breves considerações sobre a 
Geografia Regional I 
UNIDADE Temática 1.2. Os conceitos de região em sua evolução 
histórico e geográfico 
UNIDADE Temática 1.3. EXERCÍCIOS deste tema 
UNIDADE Temática 1.1.Introdução: Breves considerações sobre a Geografia 
Regional I 
 
Introdução 
A Geografia Regional é o ramo da geografia geral que estuda os 
fenómenos geográficos sob ponto de vista regional tendo em conta 
os seus diferentes critérios. 
Nesta unidade focaremos nos aspectos relacionados com a 
contextualização da disciplina, os principais conceitos abordados, 
dando enfâse para o estudo da região. 
1.1.1 A Geografia Regional 
Geografia regional é o estudo das regiões ao redor do mundo na 
busca de compreender e definir as características únicas de uma 
região em particular, que consistem de elementos naturais e 
humanos. É dada atenção também à regionalização que cobre as 
técnicas de delineação do espaço em regiões. 
Uma das questões mais debatidas ao longo da história da Geografia 
são as relações entre a geografia regional e a geografia geral, sendo 
que cada uma das grandes correntes de pensamento geográfico 
(tradicional, quantitativa, humanista e crítica) apresentou propostas 
diferentes acerca das contribuições que cada um desses ramos 
deveria dar à produção de conhecimento geográfico (DINIZ, 2009). 
 
ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 
4 
 
 
A geografia regional é considerada uma abordagem do estudo das 
ciências geográficas (de forma semelhante à geografia 
quantitativa ou às geografias críticas). Essa abordagem prevalecia 
durante a segunda metade do século XIX e a primeira metade do 
século XX também conhecida como o período do paradigma 
geográfico regional, quando a geografia regional tomou a posição 
central nas ciências geográficas. 
Foi posteriormente criticada por sua descritividade e a falta de teoria 
(geografia regional como abordagem empírica das ciências 
geográficas). Um criticismo massivo foi levantado contra essa 
abordagem nos anos 50 e durante a revolução quantitativa. Os 
principais críticos foram Kimble e Schaefer. 
O paradigma da geografia regional teve impacto em muitas das 
ciências geográficas (como a geografia económica regional ou 
a geomorfologia regional). A geografia regional ainda é ensinada em 
algumas universidades como o estudo das principais regiões do 
mundo, como a América do Norte e Latina, a Europa, a Ásia, a África 
e seus países. 
Geógrafos regionais notáveis foram, Alfred Hettner da Alemanha, 
com seu conceito de corologia, Vidal de la Blache, da França, com a 
abordagem possibilista (o possibilismo sendo uma noção mais leve 
do determinismo ambiental) e o geógrafo norte-americano Richard 
Hartshorne com seu conceito de diferenciação de áreas. 
Alguns geógrafos tentaram também reintroduzir uma certa 
quantidade de regionalismo desde os anos 80. Isso envolveu uma 
complexa definição de regiões e suas interacções com outras escalas 
(MACLEOD, G; JONES, M; 2001). 
 
1.1.2 Principais conceitos em Geografia Regional 
 
ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 
5 
 
Zona 
A palavra zona pode referir-se a várias coisas. É um termo com uma 
grande amplitude de significados mas é mais conhecida sua utilização 
no âmbito da geografia. 
De acordo com dicionários a palavra zona é um substantivo que se usa 
para descrever uma delimitada porção de terreno, uma extensão 
territorial limitada por questões políticas ou administrativas ou ainda 
para descrever uma superfície com uma determinada forma. 
1.1.2.2 Território 
O termo território no sentido lato refere-se a uma área delimitada 
sob a posse de um animal, de uma pessoa (ou grupo de pessoas), de 
uma organização ou de uma instituição. 
O termo é empregue na política (referente ao Estado Nação, por 
exemplo), na biologia (área de vivência de uma espécie animal) e 
na psicologia (acções de animais ou indivíduos para a defesa de um 
espaço, por exemplo). 
Há vários sentidos figurados para a palavra território, mas todos 
compartilham da ideia de apropriação de uma parcela geográfica por 
um indivíduo ou uma colectividade etc. 
Território: a conquista de áreas no período colonial e imperialista 
ganha mais significado com a participação do conceito de território,assim como a compreensão do papel do Estado Nacional. 
Paisagem 
A paisagem está relacionada a tudo que os sentidos humanos podem 
perceber e apreender da realidade de determinado espaço 
geográfico ou parte dele, está directamente relacionado à 
sensibilidade humana. 
Paisagem: as grandes paisagens naturais do globo representam um 
bom conteúdo no interior do qual se pode implementar a discussão 
 
ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 
6 
 
da paisagem geográfica; a comparação entre paisagens de diferentes 
países demonstra como o ambiente e a cultura alteram a forma de 
intervenção humana na natureza; e a análise das paisagens urbanas e 
das áreas industriais demonstram a expansão da paisagem 
humanizada e a capacidade criadora do ser humano. 
Lugar 
O conceito de lugar faz referência a uma realidade de escala local ou 
regional e pode estar associado a cada indivíduo ou grupo. 
O lugar pode ser entendido como a parte do espaço geográfico 
efectivamente apropriada para a vida, área onde se desenvolvem as 
actividades quotidianas ligadas à sobrevivência e às diversas relações 
estabelecidas pelos homens. 
Lugar: quando se depara com o universo da realidade cultural, 
percebe-se que em muitas situações as características de alguns locais 
insistem em permanecer, não desaparecendo devido ao processo de 
globalização, e o conceito de lugar ajuda a compreender esta 
dinâmica. Os aspectos culturais adquirem importância quando se 
avalia o apego e a relação dos indivíduos com o seu lugar, parte do 
espaço geográfico com a qual os antepassados se relacionavam e a 
comunidade actualmente residente mantêm relação directa. Ao se 
estudar o processo de globalização pode-se salientar que ele muitas 
vezes contribui para fortificar uma identidade local ao invés de 
destruí-la. 
Espaço geográfico 
A identificação das áreas do globo em que o homem promoveu 
alterações define o espaço geográfico, e as formas como a sociedade 
foi se desenvolvendo demonstra o aumento da capacidade de intervir 
cada vez mais e de forma mais intensiva no meio natural; as 
consequências da acção humana são parte essencial da configuração 
do espaço geográfico e os problemas ambientais, verificados 
actualmente, são decorrentes da expansão do espaço geográfico. 
 
ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 
7 
 
Sumário 
Nesta Unidade temática 1.1 estudamos aspectos relacionados com o 
conceito de Geografia regional, definido como o estudo das regiões 
ao redor do mundo na busca de compreender e definir as 
características únicas de uma região em particular, que consistem de 
elementos naturais e humanos. É dada atenção também à 
regionalização que cobre as técnicas de delineação do espaço em 
regiões. Aborda-se também as relações entre a geografia regional e a 
geografia geral, sendo que cada uma das grandes correntes de 
pensamento geográfico apresentou propostas diferentes. 
 
UNIDADE Temática 1.2. Os conceitos de região em sua evolução histórico e 
geográfico 
 
Introdução 
Nesta unidade temática aborda-se a evolução do conceito de região 
ao longo do tempo, nas diferentes fases da Geografia, o conceito 
região foi ganhando várias perspectivas até a actualidade. 
Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de: 
 
Objectivos 
específicos 
 Definir: Geografia Regional 
 Explicar: a evolução da Geografia Regional; 
 Caracterizar: as fases da evolução da Geografia Regional; 
 
1.2.1 Evolução do conceito Região 
O conceito de Região passou por diferentes transformações ao longo 
da história do pensamento geográfico. 
A região é uma das principais categorias-chave da Geografia, sendo 
um conceito muito utilizado ao longo 
 
ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 
8 
 
da história dessa ciência, pois refere-se a um determinado tipo de 
unidade espacial ou de parte dela. Portanto, compreender o conceito 
de região é de fundamental importância para entender a dinâmica 
dos estudos geográficos. 
No entanto, não existe um conceito único e acabado do que seria 
região, mas diferentes compreensões ao longo da história. No início, 
por exemplo, os estudos do autor Vidal de La Blache consideravam a 
região como uma área pautada por uma característica que a 
diferenciava de seu entorno. Outros autores clássicos consideravam a 
região como uma área natural marcada por um conjunto específico 
de elementos climáticos, geológicos, hidrográficos e biosféricos. 
 
Nessas concepções, é dever do Geógrafo, pois, observar, 
compreender e descrever minuciosamente os aspectos regionais em 
todas as suas especificidades. Para La Blache, inclusive, seriam os 
estudos regionais detalhados que dariam uma melhor perspectiva 
sobre a compreensão do todo a partir da soma das partes. 
 
Para outro autor da Geografia, Richard Hartshorne, a região não seria 
algo natural e já existente, mas uma criação intelectual adoptada pela 
compreensão humana, ou seja, em uma linha kantiana de raciocínio, 
a região não existiria de fato, sendo apenas uma apreensão humana 
sobre o espaço geográfico com base em um critério específico. 
 
Essa definição de região influenciou posteriormente a chamada “Nova 
Geografia”, corrente de pensamento geográfico pautada no 
Neopositivismo filosófico e calcada no racionalismo e na utilização de 
métodos quantitativos em suas análises. Nesse sentido, a região 
passou a ter um carácter de classificação das áreas, um agrupamento 
tecnicamente elaborado para fins específicos. 
Posteriormente, avolumaram-se as críticas a esse modelo, sobretudo 
pela ausência de uma crítica social e 
 
ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 
9 
 
pelo estabelecimento do contexto histórico no processo formador das 
diferentes áreas do espaço e consequentemente das regiões. A 
chamada Geografia Crítica, de cunho marxista, passou a considerar a 
região a partir de um cunho crítico das desigualdades e contradições 
promovidas pelo capitalismo, o que geraria regiões desiguais e, em 
algumas análises, “regiões que explorariam regiões”. 
Novamente, uma crítica ao conceito anterior estabeleceu-se, e os 
geógrafos humanistas, críticos da razão extrema e da ausência da 
compreensão humana nas análises geográficas, reelaboraram o 
conceito de região. Nesse sentido, ele ficou entendido como uma área 
calcada na compreensão e na vivência, sendo assim, a região seria um 
espaço percebido, vivenciado e compreendido culturalmente pelas 
relações sociais e humanas. Não se poderia compreender a região, 
portanto, se o indivíduo não a vivenciasse (PENA:s/d). 
 
1.2.2 Conceito de região em diferentes fases da Geografia 
Tendo em conta o exposto acima podemos entender ao longo da 
história da Geografia, o conceito de região foi alterando tendo em 
conta o seguinte: 
Na Geografia Tradicional 
As regiões eram entendidas como sínteses de elementos físicos e 
sociais em integração, sendo reconhecidas pela descrição da 
paisagem. Nesse sentido, a região era uma paisagem diferenciada. O 
geógrafo clássico que se destacou no desenvolvimento desse tipo de 
estudo regional foi Paul Vidal de La Blache. 
 
Na Geografia Quantitativa 
A região passa a ser pensada como uma divisão de área definida a 
partir de critérios de homogeneidade e/ou de relações funcionais. Por 
exemplo, os “belts” ou “cinturões” da agricultura norte-americana 
são exemplos de regiões homogéneas (cinturão do trigo, cinturão do 
 
ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 
10 
 
milho, etc.), enquanto as regiões de influência de cidades são 
exemplos de regiões funcionais. 
 
A Geografia Humanista 
Na proposta de Armand Frémont, concebe a região não apenas com 
base em critérios económicos e político-administrativos, mas também 
como espaço de identidade e de pertencimento. A região é,assim, um 
espaço mais amplo do que o lugar e onde vivem as pessoas com as 
quais um determinado indivíduo se identifica. 
Por exemplo, se uma pessoa que nasceu no norte de Moçambique 
acha que os do norte têm um jeito próprio de ser, irá pensar nessa 
região como o espaço em que vivem pessoas iguais a ela, muito 
embora ela não tenha visitado a maior parte dessa região. 
 
A Geografia Crítica 
A Geografia Crítica relegou o estudo regional a um plano secundário, 
pois o identificou com o empirismo da vertente tradicional. Os 
geógrafos críticos preferem trabalhar com os conceitos de espaço e 
de território. Alguns geógrafos que trabalharam com questões 
regionais numa perspectiva crítica são Yves Lacoste e Edward Soja e 
Milton Santos. 
Hoje, o conceito mais usado pelos geógrafos latino-americanos é o 
de território. 
Sumário 
Nesta unidade temática abordamos sobre o conceito de Regiao, 
olhando para a sua evolução ao longo do tempo. 
A forma de definir a região nem sempre foi a mesma, ela foi ganhando 
abordagens diferentes nas diferentes fases da Geografia. Na 
Geografia clássica ou tradicional a Região estava associada a descrição 
da paisagem enquanto na Geografia quantitativa tem em conta a 
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Armand_Fr%C3%A9mont&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/wiki/Geografia_cr%C3%ADtica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Geografia_cr%C3%ADtica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Territ%C3%B3rio
http://pt.wikipedia.org/wiki/Yves_Lacoste
http://pt.wikipedia.org/wiki/Edward_Soja
http://pt.wikipedia.org/wiki/Milton_Santos
 
ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 
11 
 
questão da homogeneidade e relações funcionais. O mesmo conceito 
na Geografia humana não é apenas um espaço físico mas de 
pertencimento e identidade e por fim na Geografia critica em vez de 
região aborda o termo território. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEMA – 2: CRITÉRIO DA ZONAGEM FÍSICA 
 
UNIDADE Temática 2.1. Zonalidade vertical 
UNIDADE Temática 2.2. Zonalidade horizontal 
 
ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 
12 
 
UNIDADE Temática 2.3. EXERCÍCIOS deste tema 
UNIDADE Temática 2.1. Zonalidade vertical 
Introdução 
Nesta unidade são abordados conteúdos relacionados a zonagem 
vertical, desde o seu conceito, factores e sua caracterização, 
evidenciando a forma como este processo ocorre. 
Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de: 
 
Objectivos 
específicos 
 Definir: zonalidade vertical; 
 Explicar: como ocorre a zonalidade vertical; 
 Identificar: regiões de Moçambique em que se observa este fenómeno. 
 
2.1.1 Zonalidade Vertical 
É a lei de diferenciação da superfície terrestre e dos fenómenos nela 
decorrentes que reflectem determinadas e necessárias mudanças das 
zonas geográficas ai, as sucessivas mudanças das zonas dependem da 
distribuição da energia solar pelas diferentes altitudes nas zonas 
montanhosas. 
Manifestação da lei do zoneamento vertical natural 
A envoltura geográfica tem uma estrutura. É expresso no 
fenómeno zoneamento V.V.Dokuchaev criou a doutrina das zonas da 
natureza, nas quais a zonalidade era interpretada como lei mundial. 
Dokuchaev sugeriu que cada zona natural (tundra, zona florestal, 
estepe, deserto, savana etc.) representa um complexo natural no qual 
a natureza animada e inanimada está intimamente relacionada e 
interdependente. Com base nos ensinamentos, foi criada a primeira 
 
ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 
13 
 
classificação de zonas naturais, que foi posteriormente aprofundada 
e concretizada por L. S. Berg (https://technerium.ru/pt). 
 
A manifestação do zoneamento é diferente. Eles adquirem 
características específicas em conexão com a estrutura complexa e a 
diversidade da composição do material do envelope geográfico. Isso 
é confirmado pela zonalidade de vários componentes naturais, como 
clima, processos geoquímicos, distribuição das principais formas de 
vida de plantas, solos, etc. 
O fenómeno do zoneamento é devido à influência de dois factores 
principais da ordem planetário-cósmica: 
 A energia radiante do Sol e; 
 A energia interna da Terra; 
Eles estão associados à manifestação das leis gerais de diferenciação 
territorial da concha geográfica: zoneamento e regionalidade 
(azonalidade), que se manifestam juntos. A distribuição dos oceanos, 
a diversidade da topografia da superfície terrestre e a complexidade 
de sua estrutura geológica violam o esquema de zoneamento “ideal”. 
Diferentes partes do envelope geográfico adquirem características 
individuais, o que complica sua estrutura. Esse fenómeno deve ser 
entendido como regionalismo (https://technerium.ru/pt). 
Como resultado do desenvolvimento desigual de vários locais no 
envelope geográfico, muitos complexos naturais de complexidade e 
tamanhos variados, que representam um sistema de unidades 
naturais subordinadas de diferentes categorias. 
2.1.2 A zonalidade altitudinal 
Muitas pessoas sabem que quanto mais alto você sobe nas 
montanhas, mais a proporção de calor e humidade muda para baixa 
temperatura e precipitação em forma sólida, como resultado do qual 
o mundo vegetal e animal muda. Cientistas e geógrafos deram seu 
 
ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 
14 
 
nome a essa direção - zonalidade (ou zona) de alta altitude, quando 
uma zona substitui outra, cingindo montanhas em alturas diferentes. 
Neste caso, a troca de correias é mais rápida que na planície, basta 
subir 1 km, e haverá outra zona. O cinturão inferior corresponde 
sempre ao local onde a montanha está localizada e, quanto mais 
próximo dos pólos, menos essas zonas podem ser encontradas em 
altitude. 
A lei da zonalidade geográfica funciona nas montanhas. A 
sazonalidade e a mudança do dia e da noite dependem da latitude 
geográfica. Se a montanha estiver perto do pólo, então pode haver 
uma noite polar e um dia, e se a localização estiver perto do equador, 
o dia será sempre igual a noite. 
2.1.3 Zona geográfica 
O cinto não possui formato de anel regular. Pode expandir e contrair 
sob a influência de topografia (continente) ou correntes marítimas 
(oceano). O cinturão é mais homogéneo sobre o oceano. Nos 
continentes dentro das zonas, distinguem-se sectores que diferem no 
grau de humidade. Os maiores contrastes são encontrados nos 
sectores do interior, oeste oceânico próximo e leste próximo ao 
oceano. Frequentemente, os limites dos sectores coincidem com os 
limites orográficos (Cordilheira, Andes). 
A formação de zonas ocorre devido à distribuição desigual de calor e 
humidade na superfície da Terra. As zonas com a mesma proporção 
de calor e humidade, em certa medida, são repetidas em cada faixa e 
seus limites estão associados a certos valores do balanço de radiação 
e radiação. Índice de secura para a superfície da terra. O último 
indicador é determinado a partir da fórmula 
A relação dos limites das zonas com os valores Para é possível explicar 
as violações da zonalidade geográfica visível no mapa, por exemplo, 
 
ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 
15 
 
beliscar fora das zonas, sua ruptura, desvio do ataque latitudinal. As 
zonas podem tomar uma direcção próxima a meridional (América do 
Norte). A dependência do desenvolvimento de certas zonas em 
sectores de zonas quase oceânicas (zona de florestas mistas e de 
folhas largas), outros - nas áreas interiores (zonas de estepe florestal 
e estepe). 
A posição das bordas zonais é determinada não apenas por factores 
climáticos, mas também por factores azonais (relevo, estrutura 
geológica). Sua influência se manifesta no processo de 
desenvolvimento histórico de todo o envelope geográfico. A 
influência da orografia é especialmente grande. Nas montanhas de 
cada zona geográfica, é formado umcerto tipo de zonalidade vertical, 
associada a faixas verticais de vegetação e solo. Cada zona é 
caracterizada por um conjunto estritamente definido de correias, 
alternando a altura em uma sequência semelhante, em certa medida, 
à localização das zonas geográficas latitudinais. 
Figura 1. Relação zonalidade latitudinal e latitudinal 
 
Originalidade zonas altitudinais como complexos naturais especiais 
são expressos não apenas nas características de seu clima, mas 
também em vários outros fenómenos: a intensidade dos processos de 
 
ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 
16 
 
intemperismo, a natureza dos rios, as geleiras das montanhas e as 
características da formação do solo. Algumas zonas de alta altitude, 
como prados alpinos, desertos de montanhas altas, não têm análogos 
entre as zonas latitudinais. A natureza da zonalidade vertical nas 
montanhas e sua gravidade, dependendo da posição nas zonas 
geográficas, são mostradas. 
As zonas geográficas são divididas em subzonas. Em termos de solo e 
geobotânica, as subzonas são caracterizadas pela predominância de 
subtipos zonais de solos e formações vegetais. Esta unidade físico-
geográfica é mais claramente expressa em zonas de grande extensão 
norte-sul: a zona de tundra da Eurásia, a zona de taiga, savana tropical 
etc. Deve-se ter em mente que as subzonas nem sempre coincidem 
com os limites das subzonas do solo e da planta. Os geobotanistas não 
distinguem, por exemplo, subzonas de estepe florestal e semi-
deserto, uma vez que não existem esses tipos de vegetação. 
A consideração da questão do zoneamento natural não é apenas 
teórica, mas também prática em conexão com a análise de processos 
naturais causados pelo uso intensivo de recursos naturais. Com base 
nos cálculos do balanço de calor, torna-se possível determinar as 
normas racionais de irrigação, avaliar seu efeito no regime climático. 
A direcção da recuperação da transformação da natureza representa 
um nível mais alto de conhecimento dos fenómenos geográficos. O 
uso racional dos recursos naturais prevê uma transformação 
construtiva da natureza. (Bogomolov: 1971) 
Sumário 
Nesta unidade foram abordados sobre a zonalidade vertical, a sua 
manifestação e os factores que influenciam a zonalidade. Estes são 
definidos como a radiação solar e o calor interno da terra. Assim 
influencia destes dois elementos definem as regiões existentes mas 
além destas as características de cada área, para o caso da zonalidade 
 
ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 
17 
 
vertical o factor altitude também vai exercer uma influência muito 
grande para a o surgimento de regiões diferentes (azonalidade) 
UNIDADE Temática 2.2. Zonalidade horizontal 
Introdução 
A zonalidade horizontal ou zonalidade físico geográfica aborda sobre 
as leis que determinam as diferenças da superfície terrestre tendo em 
conta a variação da distribuição solar de forma horizontal ou seja, do 
equador para os polos. 
Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de: 
 
Objectivos 
Específicos 
 Conhecer: os critérios de Critério da zonagem física horizontal; 
 Identificar: os critérios da zonagem física da zonalidade horizontal; 
 Descrever: os critérios da zonagem física da zonalidade horizontal. 
2.2.1 Zonalidade físico geográfica 
 
A distribuição da radiação solar na Terra é desigual devido à forma 
esférica do planeta. Em decorrência disso, diferentes sistemas 
naturais são formados, onde em cada um deles todos os 
componentes estão intimamente conectados uns com os outros, e 
uma zona natural é formada, o que ocorre em todos os continentes. 
Os aspectos naturais nas mesmas faixas terrestres, mas em 
continentes diferentes, poderão ter uma certa semelhança. 
2.2.2 Zonalidade físico geográfica 
A lei da zonalidade geográfica 
O cientista V.V. Dokuchaev criou uma vez a teoria das zonas naturais 
e expressou a ideia de que cada zona é um complexo natural, onde a 
 
ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 
18 
 
natureza viva e não-viva estão intimamente interconectadas. Mais 
tarde, nesta base do ensino, foi criada a primeira qualificação, que foi 
refinada e mais concretizada por outro cientista L.S. Berg. 
As formas de zoneamento são diferentes devido à diversidade da 
composição da envoltura geográfica e à influência de dois factores 
principais: a energia solar e a energia da terra. Esses factores estão 
associados à zonalidade natural, que se manifesta na distribuição dos 
oceanos, na diversidade do relevo e em sua estrutura. Como 
resultado, vários complexos naturais foram formados, e o maior deles 
é a zona geográfica, que é próxima das zonas climáticas descritas por 
B.P. Alisov (https://pt.sodiummedia.com). 
As seguintes zonas geográficas são distintas: equatorial, duas 
subequatoriais, tropical e subtropical, temperada, subpolar e polar 
(árctica e antárctica). As zonas geográficas são divididas em zonas, 
que devem ser abordadas mais especificamente. 
2.2.3 Zonalidade latitudinal 
As zonas naturais estão intimamente ligadas às zonas climáticas, o 
que significa que zonas como as cinturas substituem-se 
gradualmente, movendo-se do equador para os pólos, onde o calor 
solar diminui e a precipitação muda. Essa mudança de grandes 
complexos naturais é chamada de zonalidade latitudinal, que se 
manifesta em todas as zonas naturais, independentemente do 
tamanho (https://pt.sodiummedia.com). 
2.2.4 Zona de gelo 
A zonalidade natural adjacente aos pólos do globo é chamada de gelo. 
O clima é rigoroso, com neve e gelo o ano todo, e no mês mais quente 
a temperatura não ultrapassa 0 °. A neve cobre toda a terra, apesar 
https://pt.sodiummedia.com/4175689-natural-zonality-latitudinal-and-altitudinal-zonality
https://pt.sodiummedia.com/
 
ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 
19 
 
do fato de que o sol brilha por vários meses o tempo todo, mas não o 
aquece. 
Figura 3. Zona Polar 
 
Fonte: https://ichef.bbci.co.uk 
 
Em condições muito adversas, poucos animais vivem na zona de gelo 
(urso polar, pinguins, focas, morsa, raposa-árctica, rena), ainda 
menos plantas podem ser encontradas, pois o processo de formação 
do solo está em estágio inicial de desenvolvimento e plantas 
desorganizadas (líquen, musgo, algas). 
2.2.5 Zona de tundra 
A zona de ventos frios e fortes, onde o longo inverno longo e curto 
verão, por causa do que o solo não tem tempo para aquecer, e uma 
camada de solos congelados perenes. 
 
A lei do zoneamento até funciona na tundra e a divide em três 
subzonas, movendo-se de norte a sul: tundra árctica, onde crescem 
musgo e líquen, tundra típica do líquen-musgo, onde aparecem 
arbustos em lugares espalhados de Vaigach a Kolyma e arbustos do 
sul tundra, onde a vegetação é constituída por três níveis. 
Figura 4. Região de Tundra 
 
ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 
20 
 
 
Fonte: https://www.colegioweb.com.br 
 
Devemos também mencionar a tundra da floresta, que se estende 
numa faixa fina e é uma zona de transição entre a tundra e as 
florestas. 
2.2.6 Zona taiga 
Para a Rússia, Taiga é a maior área natural que se estende desde as 
fronteiras ocidentais até o Mar de Okhotsk e o Mar do Japão. A taiga 
está localizada em duas zonas climáticas, em resultado das quais 
existem diferenças dentro dela. 
Figura 5. Zona de Taiga 
https://www.colegioweb.com.br/
 
ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 
21 
 
 
Fonte: https://1.bp.blogspot.com 
 
Esta zonalidade natural concentra um grande número de lagos e 
pântanos, e é aqui que os grandes rios da Rússia se originam: o Volga, 
Kama, Lena, Vilyui e outros. 
O principal para o mundo das plantas são as florestas de coníferas, 
onde o lariço domina, abetos, pinheiros e pinheiros sãomenos 
comuns. A fauna não é homogênea e a parte oriental da taiga é mais 
rica que a ocidental. 
2.2.6 Florestas, floresta-estepe e estepe 
Na zona de florestas mistas e decíduas o clima é mais quente e mais 
úmido, e aqui a zonalidade latitudinal é bem traçada. O inverno é 
menos severo, o verão é longo e quente, o que contribui para o 
crescimento de árvores como carvalho, freixo, bordo, tília, avelã. 
Devido às complexas comunidades de plantas nesta área, uma fauna 
diversificada e, por exemplo, bisontes, desman, javalis, lobos e alces 
são comuns na planície do Leste Europeu. 
 
https://1.bp.blogspot.com/
 
ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 
22 
 
A zona de florestas mistas é mais rica que em coníferas, e grandes 
animais herbívoros e uma grande variedade de pássaros são 
encontrados. A zonalidade geográfica distingue-se pela densidade dos 
reservatórios fluviais, alguns dos quais não congelam no inverno. 
A estepe-floresta é uma zona de transição entre a estepe e a floresta, 
onde alternam fitocenoses de floresta e prado. 
2.2.7 Zona de estepe 
Esta é outra espécie que descreve a zonalidade natural. Difere muito 
nas condições climáticas das zonas acima mencionadas, e a principal 
diferença é a falta de água, como resultado do qual não há florestas e 
plantas de capim e todas as várias gramíneas que cobrem o chão com 
um tapete sólido dominam. Apesar do fato de que não há água 
suficiente nesta zona, as plantas toleram a seca perfeitamente, 
muitas vezes suas folhas são pequenas e durante o calor pode 
coagular para evitar a evaporação. 
Figura 6. Estepes 
 
Fonte: https://hypescience.com 
 
https://hypescience.com/
 
ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 
23 
 
O mundo animal é mais diversificado: há ungulados, roedores, 
predadores. Na Rússia, a estepe é a mais desenvolvida pelo homem e 
a principal área da agricultura. 
As estepes são encontradas nos hemisférios norte e sul, mas 
gradualmente desaparecem devido à lavoura da terra, aos fogos e aos 
pastos de animais. 
A latitude e altitude elevada zonalidade também são encontradas nas 
estepes, portanto, eles são divididos em várias subespécies: 
montanha (por exemplo, as montanhas do Cáucaso), prado (típico da 
Sibéria Ocidental), xerófilo, onde há abundancia de gramas relva e 
estepes. 
 
2.2.8 Deserto e trópicos 
Mudanças bruscas nas condições climáticas são devidas ao fato de 
que a evaporação excede a precipitação muitas vezes (7 vezes), e a 
duração de tal período é de até seis meses. A vegetação desta zona 
não é rica, e existem principalmente gramíneas, arbustos e florestas 
que só podem ser vistos ao longo dos rios. O mundo animal é mais 
rico e um pouco semelhante ao encontrado na zona de estepe: há 
muitos roedores e répteis, e os ungulados migram para as zonas 
próximas. 
O maior deserto é o Saara e, em geral, essa zonalidade natural é 
característica de 11% da superfície total da Terra, e se adicionarmos o 
deserto do Árctico a ele, então 20%. Os desertos são encontrados 
tanto na zona temperada do hemisfério norte quanto nos trópicos e 
subtópicos. 
Figura 7. Deserto e trópicos 
 
ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 
24 
 
 
Fonte: Sodiummedia.com 
Não existe uma definição inequívoca dos trópicos, eles distinguem 
zonas geográficas: tropical, subequatorial e equatorial, onde existem 
florestas de composição semelhante, mas com certas diferenças. 
 
Eles dividem todas as florestas em savanas, florestas subtropicais e 
florestas tropicais. Sua característica comum é que as árvores são 
sempre verdes, e essas zonas diferem na duração dos períodos secos 
e chuvosos. Nas savanas, o período chuvoso dura de 8 a 9 meses. Os 
subtrópicos florestais são característicos das margens orientais dos 
continentes, onde há uma mudança no período seco do inverno e no 
verão húmido com chuvas de monção. As florestas tropicais são 
caracterizadas por um alto grau de humidade, e a precipitação pode 
exceder 2000 mm por ano. 
Sumário 
Nesta unidade abordamos sobre a zonalidade latitudinal ou físico 
geográfica que tem como base a distribuição desigual da radiação 
solar nas diferentes latitudes tendo como resultado a formação de 
diferentes zonas (biomas). Partindo da região mais fria para a mais 
quente temos: a zona polar, a tundra, taiga, estepes, florestas 
tropicais e desertos. 
 
 
ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 
25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEMA – 3: REGIONALIZAÇÃO FÍSICA GEOGRÁFICA DOS CONTINENTES AUSTRAIS E 
CARACTERÍSTICAS DAS REGIÕES 
UNIDADE Temática 3.1. Continente Africano 
UNIDADE Temática 3.2. Continente Oceânia 
UNIDADE Temática 3.3. Sub continente Sul Americano 
UNIDADE Temática 3.4. Continente Antártida 
UNIDADE Temática 3.2. EXERCÍCIOS deste tema 
 
 
ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 
26 
 
UNIDADE Temática 3.1. Continente Africano 
 
Introdução 
Nesta unidade temática pretende-se fazer a abordagem da 
regionalização física ou natural da terra dos continentes austrais (a sul 
do equador), baseado na disposição dos continentes e oceanos, 
focalizando os seus aspectos fiscos naturais e regionalização das suas 
áreas. 
Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de: 
 
Objectivos 
específicos 
 
 Conhecer: os aspectos físicos e geográficos que o continente africano 
apesenta; 
 Regionalizar: o continente africano; 
 
3.1.1 Localização Geográfica do continente Africano 
África é um grande continente com um pouco mais de 30,3 milhões 
de quilómetros quadrados. É o terceiro mais extenso e o segundo 
mais populoso da terra com mais de 1,033 bilhões de pessoas. 
O continente africano é formado por 53 países, limita-se: 
 A oeste, pelo oceano Atlântico; 
 A leste, pelo oceano Índico; 
 Ao norte, pelo mar Mediterrâneo e; 
 A nordeste, pelo mar Vermelho 
 
Figura 8 Localização geográfica de África 
 
ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 
27 
 
 
Fonte: https://encrypted-tbn0.gstatic.com 
Cortam a África, quatro dos grandes paralelos terrestres 
nomeadamente: Equador, Trópico de Câncer, trópico de capricórnio 
além do meridiano de Greenwich. Cerca de 80% do seu território fica 
situado na zona intertropical, sendo que a maior parte das suas terras 
localizam-se no hemisfério oriental (leste) e só uma pequena parte 
delas no hemisfério ocidental (norte). 
O continente possui cinco (5) diferentes fusos horários e esta 
compreendida em apenas duas zonas climáticas, nomeadamente: a 
zona intertropical (equatorial e tropical norte e sul) e temperado do 
norte e do sul (DECICINIO,2012). 
África, incluindo as terras remotas e as pequenas ilhas 
• Extremo norte: Ilhas Galite, Tunísia (37º32'N). 
• Extremo sul: Cabo das Agulhas, África do Sul (34º51'15"S) 
• Extremo oeste: Ilha de Santo Antão, Cabo Verde (25° 25' W) 
• Extremo leste: Ilha Rodrigues, Mauricias (63º30'E)63 
 
Figura 9. Pontos extremos de África (insulares) 
 
ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 
28 
 
 
Fonte: Fonte: https://encrypted-tbn0.gstatic.com 
África continental: 
• Extremo norte: Ras ben Sakka (Cabo Branco), Tunísia; 
• Extremo sul: Cabo das Agulhas, África do Sul (34º51’15"S); 
• Extremo oeste: Pointe des Almadies, Península do Cabo 
Verde, Senegal (17°33′22"W) 
• Extremo leste: Ras Hafun, Somália (51°27’52"E) 
 
3.1.2. Estrutura Geológica 
O continente é constituído basicamente por um escudo pré-
cambriano de estrutura tubular, muito erodido e com grandes bacias 
sedimentares (Sahara e Congo). Durante a era secundaria, áfrica se 
separou do continente gonduana, do qual faziam parte a América do 
sul, austrália, índia e Antárctida. No norte, a placa africana formou ao 
chocar-secom a placa euro-asiática, uma zona de compressão que 
durante a era terciaria, originou as cordilheiras alpinas situadas dos 
dois lados do Mediterrâneo. 
 
No sector oriental do continente aparece um fenómeno da expansão 
da crosta terrestre, que manifesta na formação de uma seria de falhas 
tectónicas orientadas de noroeste a sudeste e nordeste a sudeste. 
Tais falhas, compõem o vale do Rift ou “grande fossa” são a 
manifestação de um processo 
 
ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 
29 
 
incipiente de formação de uma dorsal oceânica, cujo primeiro 
resultado foi a separação da península arábica e o surgimento do mar 
vermelho na área terciaria (BEZERRA,2010). 
 
3.1.3. Relevo Africano 
A maior parte das terras africanas situam-se entre as altitudes de 200 
metros e 1000 metros em relação ao nível médio do mar. 
Apresentando um relevo marcado por intensa erosão e 
predominantemente planáltico. As planícies são raras e estreitas, 
normalmente dispostos ao longo do litoral. 
 
As fracturas geológicas que aconteceram ao longo da dissolução do 
continente gonduana (Pangeia) originaram extensos planaltos e 
terras elevadas na porção oriental, e fossas tectónicas que 
preenchidas pelas águas, converteram-se em importantes lagos, 
como o Victoria, o Tanganhica e Niassa ambos na áfrica Oriental 
PESSOA (2012). 
 
O relevo africano se caracteriza pelo predomínio de imensos 
tabuleiros (planaltos pouco elevados) e considerável altitude média - 
cerca de 750 metros. As regiões centrais e norte são ocupados, em 
sua totalidade, por planaltos intensamente erodidos, constituídos de 
rochas muito antigas e limitados por grandes escarpamentos. 
 
Ao norte predomina a área planáltica, ampla e desértica – o Sahara – 
que se estende do oceano Atlântico ao mar vermelho. A maior 
formação rochosa desta área são os montes Tibesti (Chade) onde se 
localiza o pico culminante da região, o Emi Koussi – 3415 metros. 
 
 
ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 
30 
 
Além do deserto encontra-se a cadeia do atlas, que ocupam a região 
norte do Marrocos, Argélia e da Tunísia. Sua formação recente 
apresenta montanhas cujos picos chegam a atingir 4000 metros de 
altitude. 
No leste encontram-se uma das suas características físicas mais 
marcantes: uma falha geológica estendendo-se de norte a sul, o 
grande vale do Rift, uma fenda tectónica em que se sucedem 
montanhas, algumas de origem vulcânica e de grandes depressões. 
Nessa região se localizam os maiores lagos do continente circundados 
por altas montanhas destacando-se o Kilimanjaro com 5.895 metros, 
o monte Quénia com 5.199 metros e o Ruwenzori com 5.109 metros. 
 
Figura 10. Monte Kilimanjaro & Drakensberg 
 
Fonte: https://images.uncyc.org/pt/ 
 
Ao sul, surgem planaltos onde merecem destaque os montes 
Drakensbeg, com poucos picos elevados acima dos 3000 metros, mais 
suficientes para barrar os ventos húmidos do oceano indico, 
formando uma costa de climas mais amenas. Ao longo do litoral 
situam-se as planícies costeiras, por vezes bastantes vastas. As 
planícies ocupam áreas menores do que a dos planaltos. Podemos 
citar as planícies do Níger e do Congo (VELA, 2012). 
Figura 11. Relevo de África 
https://images.uncyc.org/pt/
 
ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 
31 
 
 
Fonte: https://lh3.googleusercontent.com 
 
3.1.4. Clima de África 
O clima de África é fortemente influenciado pelo facto de este 
continente ser atravessado quase ao meio pela linha do equador e 
estar compreendido na sua maior parte entre os trópicos. É um 
continente bastante quente, onde os climas se individualizam mais 
pelas variações pluviométricas do que pelas térmicas, a excepção das 
extremidades norte e sul, de clima Mediterrâneo. A partir do equador 
para o norte e para sul, o clima passa de equatorial para tropical e 
desértico quente. Nas zonas mais altas o clima é de altitude, nas zonas 
temperadas o clima é mediterrâneo (FERREIRA, 2017). 
 
Clima Equatorial 
Localizam-se nas Regiões Centro – Oeste do Continente e também 
em Gana e Costa do Marfim. Caracterizam-se por temperaturas 
elevadas, chuvas em grande quantidade durante todo o ano, elevada 
humidade do ar e não apresentam estacões com clima Frio. 
 
Clima Tropical 
 
ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 
32 
 
Localizam-se nas regiões centrais e sul do continente. E o clima 
presente na maior parte da África. Caracterizam-se por Verões 
chuvosos e Inverno secos. As médias de temperaturas anuais são 
altas; 
 
Clima Mediterrâneo ou Subtropical 
É um tipo de clima que apresenta nos extremos norte e sul do 
continente. São caracterizadas pela influência no mar mediterrâneo 
nos extremos norte da África, e temperaturas amenas em grande 
parte do ano. Chuvas em quantidade media de 750 mm por ano. 
 
Clima desértico 
Clima presente nos desertos do Sahara (região norte da África) e 
Kalahari (sudoeste da África). Caracterizam-se pelo clima quente e 
seco, elevada amplitude térmica diária, com dias muito quentes e 
noites muito frias (FERREIRA, 2017). 
 
Figura 12. Regiões climáticas de África 
 
Fonte:suapesquisa.com 
3.1.5. Hidrografia de África 
 
ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 
33 
 
O continente africano possui poucos rios, principalmente nas áreas 
que correspondem aos desertos. Os que são encontrados localizam-
se nas regiões tropicais e equatoriais e são muito extensos e 
volumosos. O continente africano apresenta uma hidrografia 
modesta, em razão principalmente da predominância de climas secos. 
Os rios africanos são pouco navegáveis, o que se explica pelo relevo 
planáltico, responsável por inúmeras quedas d’água. 
 
Principais Bacias Hidrográficas 
Bacia do Nilo – ocupa uma área de 3.349 000 km, abrangendo 
Uganda, Tanzânia, Ruanda, Quénia, República democrática do Congo, 
Burundi, Sudão, Sudão do sul, Etiópia e Egipto. A partir da sua fonte 
mais remora, situado em “Nyungwe Natinal Park” do Ruanda, o Nilo 
tem um comprimento de um comprimento de 7.088 km e desagua em 
forma de delta no mar mediterrâneo onde deposita 2.700 metros de 
água por segundo. É formado pela confluência de três outros rios, o 
Nilo branco, o Nilo azul e o rio Atbara. O Nilo azul nasce no lago Tana 
(Etiópia), confluindo com o Nilo branco em Cartum, capital do Sudão. 
 
Bacia do Congo – é o segundo maior rio da áfrica e nono do mundo, 
como uma extensão total de 4.700 km e o primeiro em extensão de 
água chegando a debitar mais de 40.000m3/segundo de água. O 
Congo nasce no zaire no sul da região de Shaba, perto da fronteira 
com a Zâmbia, mas a sua fonte mais remota e o rio Zambeze, entre os 
lagos Niassa e Tanganhica em Zâmbia. 
 
Bacia do Níger – é um rio semi-endureico, nasce próximo ao oceano 
Atlântico, corre para o interior passando pelo Mali, Níger e Nigéria, 
até desembocar no golfo da guine. 
 
Bacia do Zambeze – cercado pela selva pluvial na maior parte do seu 
percurso, interrompido por belas 
 
ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 
34 
 
cataratas e dois dos maiores reservatórios do mundo, nasce na 
Zâmbia e atravessa Moçambique, desaguando no oceano índico, e um 
rio de grande potencial hidroeléctrico. Seus principais afluentes são 
os rios Cabompo, chobe, Lungue – Bungo, Kafue e shire. Seu percurso, 
é de 3.540 km e em forma S, começam no monte calene (Zâmbia), a 
1.460 metros de altitude. 
 
Bacia do Orange – segue um percurso leste – oeste no total de 2.200 
km, traçando a fronteira meridional da província do estado livre. O 
seu percurso final constitui a fronteira afica do sul – Namíbia. Desagua 
no oceano Atlântico junto de alexander Bay, a meio caminho entre o 
Walvis Bay e a cidadedo Cabo. O seu afluente mais destacado é o rio 
Vaal, que também nasce na cordilheira Drakensberg a leste de 
Johannesburg e define a fronteira entre a África do sul e o estado livre 
(Lesotho), antes de se unir a Orange a sudoeste de Kimberley. 
 
Principais Lagos 
No continente africano existem muitos lagos, situando-se os 
principais numa região chamada de grandes lagos na África oriental. 
Foram gerados por movimentos tectónicos: Vitória (o terceiro maior 
lago do mundo e maior da África, com 70.000 km² de área); o 
Tanganica (o segundo maior lago africano com 31.900 km²) e o Niassa 
(com 26.000 km²). 
Figura 13. Principais Bacias e Lagos. 
 
ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 
35 
 
Fonte:slideshare.com.br 
3.1.6. Correntes Marítimas de África 
Corrente das Agulhas – é uma corrente do sudoeste do oceano índico, 
próximo a costa oriental da África, na Somália. Devido principalmente 
a divergência de densidade, resultante do aumento de temperatura e 
também da salinidade, e devido aos ventos alísios equatoriais. Sua 
elevada temperatura se da por causa de sua proximidade com o 
equador oque a leva a sofrer alta incidência de raios solares. 
 
Esta corrente percorre toda a costa leste do continente africano, 
desde a Somália, passando entre a costa continental e a ilha de 
Madagáscar indo até ao cabo da boa esperança, ponto mais ao sul da 
África, onde convergem com uma ramificação da corrente 
circumpolar Antártica, formando a massa de água que da origem a 
corrente de Benguela. 
 
Corrente de Benguela – é uma larga corrente oceânica que se move 
predominantemente para norte e se forma na zona oeste do oceano 
Atlântico sul. A corrente estende-se desde o sul da costa oeste da 
África até o entorno da província de Benguela, por volta de 12°Sul, a 
partir de onde se desvia para o oeste, em direcção a linha do equador, 
onde se torna parte do giro oceânico do Atlântico sul. 
 
ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 
36 
 
 
Corrente das Canarias – é uma corrente do atlântico nordeste, que 
flui para o sudoeste ao longo da costa noroeste de áfrica até a região 
da Senegal onde inflecte para oeste, afastando-se da costa e 
transformando-se na corrente equatorial do norte, que cruza o 
atlântico do leste para oeste (ALEXANDRE, 2015.) 
 
Figura 14- Correntes Marítimas 
. Fonte:brasilescola.uol.br 
3.1.7 Biogeografia do Continente Africano 
Em temos de biodiversidade, a África possui uma das zonas mais ricas 
e diversas do mundo, que vão do deserto até as florestas tropicais e 
aos recifes de corais, tendo como exemplo a ilha de Madagáscar que 
tem a maior fauna e flora de todo o planeta, que abriga milhares de 
espécies de aves, repteis, anfíbios e outros. 
 
A África é composta por alguns biomas, como por exemplo: 
Floresta Equatorial – presente na região central e centro – oeste do 
continente. É composta por vegetação fechada, emaranhada e densa. 
Influenciada, principalmente pelo elevado índice de chuvas na região; 
 
ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 
37 
 
Savanas – presenta nas faixas norte e sul das florestas tropicais e 
também na região sudeste do continente africano. É composta por 
gramíneas, com presença espalhada de árvores de pequeno porte e 
arbustos; 
Estepes – faixa presente ao norte e nordeste das savanas. É uma 
vegetação de transição das savanas para a vegetação desértica. 
Vegetação tipicamente rasteira composta por gramíneas e arbustos; 
 
Vegetação desértica – presente no deserto de Sahara é composta por 
arbustos de galhos secos bem espaçados e gramíneas. Porem, estes 
tipos de vegetação aparece apenas em áreas com curso de água. Em 
grande parte do deserto de Sahara não há qualquer tipo de vegetação 
(RODRIGUES, 2011.) 
Figura 15. Biomas de África 
 
Fonte: https://2.bp.blogspot.com 
 
3.1.8. Regionalização Física e Geográfica 
A regionalização geográfica considera principalmente a localização 
dos países no continente. Normalmente existe uma semelhança entre 
países localizados em uma mesma região geográfica. 
https://2.bp.blogspot.com/
 
ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 
38 
 
Regionalização a partir de critérios de localização - essa 
regionalização divide o continente em cinco grandes regiões: África 
Meridional, Afica Central, África Setentrional, África Ocidental e África 
Oriental; 
Figura 16. Regionalização físico geográfica de África 
 
 
Fonte: https://s3.static.brasilescola.uol.com.br 
Sumário 
A áfrica é um continente em que seu território distribui-se pelos 
quatro hemisférios do planeta terra. A sua base geológica é muito 
antiga, o que explica as pequenas altitudes. O continente ainda é 
formado na sua maioria por planaltos e planícies costeiras, com 
destaque as planícies do Níger. A vegetação de África reflecte os 
climas existentes no continente. A hidrografia é modesta, por fim, no 
que se refere a regionalização do continente, destacam-se o critério 
físico geográfico (de localização) que divide a África em África 
Meridional, Central, Setentrional, Ocidental e Oriental. 
 
 
ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 
39 
 
UNIDADE Temática 3.2. Continente Oceânia 
 
Introdução 
Nesta unidade iremos abordar sobre o continente Oceânia, no qual a 
Austrália faz parte. Localizado a sul do equador, incidindo sobre a sua 
localização, a descrição das suas características físicas naturais, 
regionalização do continente. 
Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de: 
 
Objectivos 
específicos 
 Compreender a dinâmica dos aspectos físicos geográficos do continente 
 Identificar os aspectos físicos geográficos do continente Oceânia; 
 Explicar a influência dos factores naturais na distribuição dos aspectos físicos 
geográficos no continente. 
 Regionalizar: o continente Oceânia 
 3.2.1 O continente Oceânia 
Oceânia é um continente localizado a sudeste da Ásia, que 
compreende um conjunto de ilhas formando a Austrália. O continente 
é composto por 14 países. A Austrália é considerada como uma massa 
continental de Australásia. O referido continente é formado por um 
conjunto de ilhas (arquipélagos), situados no oceano Pacífico, 
ocupando uma área de 8.935.000 quilómetros quadrados (km²). Do 
ponto de vista físico, a Oceânia é quase uma continuação do Sudeste 
Asiático, composta por vários grupos de ilhas do Oceano Pacífico 
(Polinésia, Melanésia, Micronésia e Australásia). 
 Os limites geográficas da Oceânia 
A norte: Continente Asiático 
A sul: Oceano Glacial Antárctico 
A Oeste: Oceano Indico 
A Este: Oceano Pacífico 
 
ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 
40 
 
 
Figura. 17. Localização geográfica de Oceânia 
 
Fonte: https://static.todamateria.com.br 
3.2.2 Estrutura geológica 
A Austrália é um enorme maciço antigo e, como se encontra no centro 
da placa tectónica Indo-australiana, não possui dobramentos 
modernos nem vulcões activos. Sua superfície é composta 
basicamente de extensos planaltos rochosos, elevações montanhosas 
suaves e bacias sedimentares ao longo dos vales dos rios. 
O relevo de Oceânia é caracterizado pela diversidade de formações 
onde é possível detectar unidades geomorfológicas diferentes. 
Todas as unidades de relevo da Oceânia são geologicamente recentes, 
com destaques para as inúmeras ilhas vulcânicas. Grande quantidade 
da ilha da Oceânia esta ligada a intensa actividade vulcânica ao longo 
das zonas oceânicas, devido ao encontro entre duas placas tectónicas 
que ocorre nesta região. (CHRISTOFOLETTI, 1980). 
A Oceânia é formada por ilhas no oceano Pacífico, algumas ilhas da 
Oceânia encontram-se no círculo de fogo do pacífico que abrange os 
 
ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONALI 
41 
 
pontos da terra que são afectados pelo vulcanismo e abalos sísmicos. 
3.2.3 Relevo da Oceânia 
O relevo da Oceânia é caracterizado pela grande diversidade de 
formações mais antigas rochosas com altitudes modestas, onde é 
possível detectar unidades geomorfológicas dos seus caracteres 
geográficos naturais. 
Planícies: As planícies apresentam altitudes inferiores 200m, 
localizado na faixa litorânea e porção central, são bastastes largas no 
norte, junto ao Golfo da Carpentária e no sudeste, próximo aos rios 
Murray e Darling, contornando deste modo todo o território, por 
exemplo a planície de Canterbury. 
Planaltos: A maior parte do país é constituída por planaltos 
relativamente baixos 500m de altitudes, que resultam de 
intensidades desgastados por processos erosivos, dos quais se 
destacam, entre outros, os montes MacDonell e Musgrave, bem como 
os desértos Victória, Gibson, Simpson e outros menores, que ocupam 
todo o centro-oeste do território australiano. A distribuição do relevo 
australiano, é mais elevado no leste, influência a drenagem dos 
maiores rios do continente - Darling e Murray, que correm em 
direcção ao sudoeste (SANTOS, 2006). Há ainda os rios Flinders, 
Victória, Cooper, Ashburton e outros, localizados no leste e no norte 
do país. Em alguns desses manifesta-se uma característica da 
hidrografia australiana. A nordeste do país localiza-se a Grande 
Barreira de Coral, que se estende no Mar de Coral, por mais de 2000 
km. 
Montanhas: As montanhas que formam os Alpes a cordilheira 
Australiana localizada na região leram e no sudeste. São de altitudes 
modestas alcançando o máximo de 2.230 metros (Monte Kosciuszko) 
o ponto mais elevado. Nessa cordilheira, há 18 picos com mais de 
3.000 metros de altura, sendo o maior 
 
ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 
42 
 
o Monte Cook, com 3.754 metros. A região de Fiordland tem 
montanhas íngremes e fiordes profundos, há registros da glaciação 
deste canto sudoeste da Ilha do Sul, a Ilha do Norte é menos 
montanhosa mas é marcada pelo vulcânismo. A zona vulcânica de 
Taupo formou um grande planalto vulcânico, pontuado pela maior 
montanha da Ilha do Norte, o Monte Ruapehu com 2.797 
metros.Exemplo de relevo do continente Oceânica. 
Figura. 18. Relevo da Oceânia 
 
Fonte: https://image.slidesharecdn.com 
3.2.4. Regiões climáticas da Oceânia 
A Oceânia é único continente que possui países nos quatro 
hemisférios da terra- setentrional, meridional, ocidental e oriental. As 
principais zonas climáticas que o continente ocupa são a zona 
temperada do sul, (entre o Trópico de Capricórnio e a Zona Glacial 
Antártica), e a zona intertropical (entre os Trópicos de Capricórnio e 
de Câncer). A Oceânia apresenta temperaturas elevadas com uma 
pluviosidade regular. 
Os principais climas que actuam na Oceânia são: clima equatorial, 
clima tropical, clima subtropical, clima temperado, clima semiárido, 
clima mediterrâneo, clima temperado oceânico e o clima desértico 
(SANTOS, 2006). 
 
ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 
43 
 
A Austrália é atravessada pelo Trópico de Capricórnio, a que conferem 
a presença de climas tropicais e subtropicais, com temperaturas 
elevadas no norte e mais amenas no sul, onde ocorrem chuvas com 
maior frequência. O clima do tipo mediterrâneo, com verão seco, 
manifesta-se em áreas do sudoeste e do sul do continente. Nas vastas 
extensões semiáridas e desérticas do centro oeste apresenta-se o 
clima bastante quente. Em decorrência do clima, recobrem quase 
totalmente essa ilha as savanas e as estepes, além das grandes 
extensões semiáridas e desérticas. Há também, entretanto, manchas 
de florestas tropicais e subtropicais ocupando as áreas húmidas do 
norte, leste e sudoeste (MANESES, 2006). 
A Nova Zelândia predomina um clima temperado marítimo, com 
temperaturas médias anuais variando de 10°C no sul até 16°C no 
norte do país. A máxima e mínima são de 42,4°C, em Rangiora, 
Canterbury, e -25,6° C, em Ranfurly, Otago. As condições variam 
fortemente entre as regiões extremamente humidas na costa oeste 
da ilha sul para as regiões quase semi-áridas, na região Central de 
Otago e na Bacia do Mackenzie no interior Canterbury e subtrópicais 
em Northland. 
Figura 19. Zonas climáticas da Oceânia 
 
Fonte: https://i.pinimg.com 
 
ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 
44 
 
 3.2.5. Hidrografia da Oceânia 
A Oceânia tem poucos rios importantes, o que se deve em boa parte 
a pequena superfície das ilhas. Apesar da forte pluviosidade, o leito 
dos rios não dispõe da extensão suficiente para formação de cursos 
significativo, merece destaque o rio Murray, e seu afluente Darling (na 
Austrália), o Waikato (Nova Islandia), e os rios Daru, Fly, Kikori,Purari 
Ramu e Sepik (Nova Guine). A Oceânia é fraca potencial hidrográfica 
influenciada por escassez e irregular das chuvas, determinada pelas 
condições climáticas, isto é, predominância de climas áridos e 
semiáridos, influenciando o regime temporário ou intermitente dos 
rios. (TIXEIRA, 2000). 
Os rios Murray e Darling são os mais importantes, que por serem de 
planícies são navegáveis em grande parte dos seus cursos. Na parte 
ocidental do país, os rios são do regime temporário, como os 
tributários do lago Eyre, o maior dos vários lagos Australianos. 
Pontilham o território australiano lagos cuja origem se deve à 
depressão relativa do relevo, inclinado para o interior, existindo 
grandes formações lacustres até mesmo em meio do deserto. 
Figura 20. Hidrografia de Oceânia 
 
Fonte: https://viajandoaoceania.files.wordpress.com 
 
ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 
45 
 
3.2.6. Biogeografia de Oceânia 
O continente é conhecido por ter diversidade condições vegetais. Os 
principais factores como: clima, o relevo, a hidrografia e outros 
determina a distribuição da vegetação e fauna no continente. A 
floresta densa desenvolve-se no litoral e nordeste e menos densa em 
seu litoral sudoeste de clima temperado húmido. Este último tipo, se 
encontra também na Tasmânia e Nova Islândia com a abundância de 
eucaliptos gigantes. A vegetação é basicamente composta pela 
presença de savanas que se desenvolve nas regiões tropicais e 
subtropicais, as estepes e pradarias sobre tudo nos climas semiárido 
e as xerófilas e espinhosas nos climas desérticos. 
Figura. 21. Biomas da Oceânia 
 
Fonte: https://mainweb 
 
A fauna é abundante se destacam a presença de Ornitorrinco, um 
mamífero com bico e pêlo, e os Marsupiais, como os Cangurus e os 
Coalas, animais cujos filhotes são criados numa bolsa existente no 
corpo da mãe durante o período de amamentação, o Crocodilo da 
água salagada, Cacatua, Cisne negro, Dingo, Elefantes marinhos, 
Mulgara, kowari, kaluta, répteis, aves, gaivotas entre outros. 
https://mainweb/
 
ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 
46 
 
Figura. 22 Coala Diabo da Tasmânia Canguru 
 
Fonte: https://lh3.googleusercontent.com 
 3.2.7 Regionalização Físico Geográfico 
A regionalização refere-se a divisão de um grande espaço 
territorial, com critérios previamente estabelecidos, em áreas 
menores que possam a ser chamadas de regiões. Cada região se 
diferencia das outras por apresentar particularidades próprias. 
Oceânia é um continente localizado a sudeste da Ásia, que 
compreende um conjunto de ilhas e a Austrália. Nomeadamente, 
Australia, Nova Zelandia, Micronesia, Polinesia, Melanesia. 
Figura. 23 Regionalização físico geográfica de Oceânia 
 
Fonte: https://2.bp.blogspot.com 
 
ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 
47 
 
Sumário 
Oceânia é considerado como um continente novíssimo por ter sido o 
último continente a ser colonizado pelos europeus,localizado a 
sudeste da Ásia. A distribuição do relevo do continente é mais elevada 
no leste, influencia a drenagem dos maiores rios do continente. 
Na cordilheira Australiana localizada na região leste e no sudeste, 
situa-se o Monte Kosciuszko, com 2.230m de altitudes, considerado o 
mais elevao do continente. Em decorrência do clima, recobrem quase 
totalmente essa ilha as savanas e as estepes, além das grandes 
extensões semiáridas e desérticas, manchas de florestas tropicais e 
subtropicais. Nestas regiões desenvolveu uma fauna diversificada em 
que se destacam o ornitorrinco, um mamífero com bico e pêlo e os 
marsupiais, como os cangurus e os coalas. 
 
 
ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 
48 
 
UNIDADE Temática 3.3. Subcontinente Sul-americano 
 
Introdução 
Nesta unidade temática sobre o subcontinente americano (América 
do sul), vamos começar por abordar a cerca da sua localização 
geográfica. De seguida falaremos da estrutura geográfica e 
destacamos também alguns aspectos naturais que predomina nesta 
região nomeadamente o relevo, clima, vegetação e a hidrografia. De 
seguida destacamos a biogeografia onde falamos que estuda o padrão 
de distribuição de organismos na Terra, e para finalizar concluímos 
com a regionalização física geográfica. 
Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de: 
 
Objectivos 
Específicos 
 Conhecer: as características do subcontinente sul-americano 
 Analisar: os factores que influenciam nas características físicas do 
continente 
 Compreender: a regionalização da América do sul 
 
3.3.1 Localização Geográfica 
A América do Sul esta localizada em grande parte no hemisfério sul, 
na zona intertropical ocidental, ela abrange um território de 18 
milhões de quilómetros quadrados e é banhada a leste pelo oceano 
Atlântico, a oeste pelo oceano Pacifico e ao norte pelo mar das 
Antilhas, conhecido como Caribe. 
Figura 24. Localização geográfica da América do Sul 
 
ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 
49 
 
 
Fonte: https://upload.wikimedia.org 
O subcontinente abordado conte doze (12) países nomeadamente 
(Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, 
Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela). 
 
3.3.2 Estruturas geológicas da América do sul 
Como estrutura geológica entende-se o conjunto de rochas que 
compõem um determinado local. Estas rochas foram constituídas 
historicamente a partir dos vários períodos pelos quais o planeta 
Terra passou. Não existe estrutura geológica apenas na Terra, sendo 
que os outros planetas rochosos também possuem essa configuração. 
Existem três tipos principais de estruturas geológicas: os crátons, as 
bacias sedimentares e os dobramentos modernos. 
Na América do Sul predomina maior parte, os dobramentos 
modernos, também chamados de cadeias orogénicas, são formações 
geológicas consideradas recentes, cujo início ocorreu na era 
Cenozóica, no período Terciário (há cerca de 250 milhões de anos). 
São resultantes das acções do tectonismo, geralmente do choque ou 
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/cratons.htm
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/bacias-sedimentares.htm
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/dobramentos-modernos.htm
 
ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 
50 
 
conflito entre duas placas tectónicas. Essas formações são originárias 
das grandes cadeias de montanhas da Terra, como a Cordilheiras dos 
Andes (América do Sul). 
3.3.3 Relevo da América do sul 
Toda a costa leste da América de Sul é composta por planaltos de 
origem geológica muito antiga, em razão disso sofreu longos 
processos erosivos e actualmente possui características 
relativamente planas. 
No interior da América do sul identifica-se uma predominância de 
planaltos com pouca elevação e planícies. 
No extremo ocidente do subcontinente o relevo é constituído por 
grandes altitudes, onde esta localizada a cordilheiras dos Andes, que 
corresponde a um dobramento alpino oriundo do encontro entre a 
placa de Nazca e a placa sul-americana, razão pela qual a região 
desenvolve uma grande incidência de abalos sísmicos. A cordilheira 
dos Andes estende-se desde a Venezuela até o Chile, possui aspectos 
distintos que variam de acordo com cada particularidade, pode ser 
classificado como (Andes setentrionais Húmido, Andes centrais ou 
áridos e andes meridionais ou frios). 
Figura 24. Relevo da América do Sul 
 
 
ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 
51 
 
Fonte: https://1.bp.blogspot.com 
3.3.4 Clima e Vegetação da América do sul 
Em razão da extensão territorial, no sentido norte-sul, o continente 
sofre influências de duas zonas climáticas (a intertropical e a 
temperada do sul). Dessa forma são identificados climas equatorial, 
tropical, além da presença de clima mediterrâneo e temperado. 
O relevo é um dos primordiais na composição dos climas, ao longo de 
toda planície amazónica não há altitudes que possam impedir a 
locomoção de massa de ar quente ou fria, servindo assim como uma 
espécie de corredor de passagem de massas que seguem seu trajecto 
para interagir com as características locais e assim dar origem as 
distintas variações climáticas. 
Além dos climas já apresentados na América do Sul são identificados 
ainda os climas: frio de montanha, característico dos Andes; 
semiárido, que ocorre nos Andes central nordeste brasileiro; e árido 
ou desértico, que ocorre na Patagónia (Argentina) e no Atacama 
(Chile). 
Como o clima em grande parte é o equatorial e tropical, desenvolve 
grandes florestas do tipo latifoliadas, que corresponde a floresta 
equatorial, como a Amazónica. 
Nas áreas de climas tropical, que ocorre nos territórios do Brasil, 
Paraguai, Venezuela e Colômbia, ocorrem vegetações tais como 
savanas (cerrado no planalto central brasileiro, Chaco no Paraguai e 
Bolívia e Lhanos na Venezuela). E nas regiões de climas tropicais 
húmidos ocorrem as florestas tropicais como a floresta Atlântica na 
costa brasileira. 
Nas regiões onde prevalece o clima tropical, como no sul do Brasil, 
Uruguai, e Argentina, ocorrem vegetações como mata de Araucária, 
além, de estepes e pradarias. 
 
ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 
52 
 
Em uma estreita parcela da América de sul ocorre o clima temperado, 
essa característica climática se apresenta no sul do Chile, a vegetação 
que desenvolve na região é a floresta temperada. 
Figura 25. Clima da América do sul 
 
Fonte: https://pt-static.z-dn.net 
 
3.3.5 Hidrografia da América do sul 
A América de Sul, em recursos hídricos, possui uma das maiores bacias 
hidrográficas do mundo, como a bacia do Amazonas, que é a maior do 
mundo. 
O grande potencial hídrico desse subcontinente é proveniente dos 
aspectos climáticos que predominam em grande parte do território 
onde prevalecem, os climas húmidos com altos índices 
pluviométricos. 
As principais bacias hidrográficas presentes na América de Sul são: 
A bacia Amazónica que esta localizada na floresta amazónica e 
abrange Brasil, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela e Guiana. 
A Bacia de Prata que corresponde a união de três sub-bacias (paraná, 
Paraguai e Uruguai). 
https://pt-static.z-dn.net/
 
ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 
53 
 
A Bacia de São Francisco encontra-se totalmente em território 
brasileiro e tem como rio principal o São Francisco. 
3.3.6 Correntes marítimas da América do sul 
As correntes marítimas constituem-se como um importante factor 
climático da terra e também do equilíbrio dos ecossistemas. 
As correntes marítimas, de forma simplificada, são os fluxos de 
água com características comuns que se deslocam ao longo dos 
oceanos. Entre essas características destaca-se a salinidade e, 
principalmente,as temperaturas fazendo com que exista uma 
directa relação entre as correntes marítimas e o clima do planeta, 
bem como a distribuição de calor sobre a superfície oceânica. 
A formação das correntes marítimas, de acordo com diversas 
pesquisas, é resultado, dentre outros factores, da influência dos 
ventos. Outro factor determinante na configuração das correntes 
é em relação aos movimentos terrestre, especificamente o de 
rotação, que faz com que as correntes migrem para direcções 
contrárias, ou seja, no hemisfério norte movem-se no sentido 
horário e no hemisfério sul no sentido anti-horário, essa dinâmica 
das correntes é denominada d efeito de coriolis. 
As correntes não são homogéneas quanto a suas características e 
origem, elas podem ser quentes e frias. 
Correntes quentes são originárias de áreas da zona intertropical ou 
zonas tórridas da terra, essas deslocam com destinos as zonas 
polares. 
E as correntes frias têm origem nas zonas polares e migram em 
sentido as regiões equatoriais. 
A América do sul é influenciada pelas correntes marítimas de 
Humboldt (correntes frias) e pelas correntes de brasil e de Guianas 
(correntes quentes). 
 
ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 
54 
 
Figura 27. Correntes marítimas da América do sul 
 
Fonte: https://4.bp.blogspot.comBiogeografia 
 
A biogeografia é uma ciência que estuda o padrão de distribuição de 
organismos na Terra, bem como as variações nesse padrão que 
ocorreram no passado e ainda ocorrem no presente. 
Com pouco menos de 12% da superfície terrestre e 6% da população 
mundial, a América do Sul é um subcontinente que envolve a parcela 
meridional da América (continente americano) com extensão de 18 
milhões km2. 
Quatro quintos do continente ficam abaixo da Linha do Equador, 
sendo que a América do Sul é banhada pelo mar do Caribe, oceano 
Atlântico e oceano Pacífico. A oeste, temos a vasta cadeia 
montanhosa dos Andes, que chega até 6.700 m de altitude em alguns 
pontos e localiza-se desde a Venezuela, percorrendo toda a banda 
ocidental da América do Sul, em direcção ao seu extremo-meridional. 
Mais de um terço da diversidade mundial de plantas vasculares está 
restrito a região neotropical, que abrange a maior parte da América 
do sul. Em algumas espectativas, a 
https://4.bp.blogspot.combiogeografia/
 
ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 
55 
 
região tropical parece conter mais espécies que todas as florestas da 
África e Austrália juntas. Como ocorre em toda em toda vegetação 
terrestre mundial, excepto o bioma de Taiga (floresta boreal do 
hemisfério norte). 
A área continental da América do sul coberta por vegetação com 
predominância de angiospermas (plantas com flores) que são os 
principais elementos encontrados no continente, não só pela riqueza 
de espécies mais pela diversidade de hábitos e morfologia. 
A enorme diversidade florística da América do Sul esta 
intrinsecamente associada a ampla heterogeneidade ecológica e 
climática do continente 
No norte, predomina a densa e húmida Floresta Amazónica, 
enquanto na área central temos os terrenos alagados que abarcam o 
Pantanal brasileiro e Chaco boliviano. Ao sul, planícies e cerrados, 
enquanto na costa leste, a velha floresta litorânea desapareceu quase 
por completo para favorecer a ocupação industrial e agrícola. 
A fauna das florestas tropicais caracteriza-se pela abundância de 
macacos, antas, roedores, onças e répteis. Os mais peculiares 
membros da fauna amazónica são o peixe-boi, e a piranha, enquanto 
nos Andes e na Patagónia são o guanaco, lhama, a alpaca e a vicunha. 
As principais florestas da América do Sul compreendem a Floresta 
Amazónica, a Mata Atlântica e as Florestas Tropicais húmidas. Não 
obstante, uma zona semicircular de selvas temperadas de araucária 
estende-se pelo Planalto Meridional Brasileiro, enquanto a floresta 
fria vai sobre os Andes dos centro-meridionais chilenos, e as florestas 
tropicais descontínuas envolvem a região do Chaco. Permanecem 
ainda amplas áreas de campos e savanas. 
 
ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 
56 
 
Há também a Caatinga no Nordeste brasileiro e os cerrados do Brasil 
central, ambos sob um clima semiárido. Já no do Equador e no Peru 
setentrional, encontramos os páramos, vegetação estepe de altitude, 
a qual reveste os planaltos interandinos. 
Da mesma forma, as pampas no sul do subcontinente apresentam a 
mesma vegetação. Por último, a vegetação desértica das punas no 
Peru centro-meridional, norte do Chile e nordeste da Argentina, todos 
do lado do Oceano Pacífico. 
Por fim, há diversas espécies de plantas, especialmente palmeiras, 
bambus, ébano e seringueiras. Quanto a distribuição das 
temperaturas médias na região, é notável a regularidade constante 
da temperatura, gravitando em torno de 30º C. 
3.3.7 Regionalização Física Geográfica da América do sul 
Para a regionalização da América, quanto ao critério geográfico a 
América está regionalizada em América Andina (Corresponde a 
América formada por países que tem como principal característica em 
comum a presença da Cordilheira dos Andes) ou América Central e 
América Platina e As Guianas. 
Figura 27. Sub-regiões da América do sul 
 
ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 
57 
 
 
Fonte: https://www.gestaoeducacional.com.br 
Sumário 
Chegando ao fim desta unidade temática pode-se afirmar que a parte 
sul do continente americano é bastante importante para o resto do 
universo, devidas as características físicas naturais existentes. 
Como foi destacado na unidade é na América do sul onde 
encontramos as maiores bacias hidrográficas do mundo (bacia 
amazónica) e uma das maiores cadeias montanhosas do mundo 
(cordilheiras os Andes). É na América do sul onde se encontra a maior 
floresta mundial. Portanto cabe a todo mundo em geral proteger esta 
região. 
UNIDADE Temática 3.4. Continente Antártida 
 
Introdução 
A Antártida e o continente mas a sul do planeta, localiza-se na região 
polar sul, com características físicas geográficas extremas 
condicionadas pela sua localização, estes são os aspectos que iremos 
 
ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 
58 
 
abordar na presente unidade temática e finalizar com a regionalização 
físico geográfica do continente. 
Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de: 
 
Objectivos 
específicos 
 Conhecer: as características físicas naturais da 
Antártida 
 Compreender: a regionalização da Antártida 
 
3.4.1 Antarctica ou Antarctida 
Ao contrário do que muitos pensam, o pólo sul da Terra não é apenas 
um oceano de água congelada, mas ele possui também um continente 
que é chamada de Antártica ou Antártida, Considerado um 
prolongamento dos três grandes oceanos. Passou a ser movimentado 
após a Antártida passar a ser considerada região internacional e base 
de pesquisa da humanidade. 
 
Em termos Físicos a Antárctida situa-se no Hemisfério Sul. Este 
hemisfério é considerado o hemisfério marítimo já que apenas 
contém 14,5% de terras emersas (ao contrário do Hemisfério Norte 
onde residem os restantes 85,7%. Por outro lado, os oceanos cobrem 
cerca de 81% da sua superfície. Tanto o Índico, o Atlântico e o Pacífico 
têm grandes constrangimentos geográficos a norte, mas para sul são 
extremamente abertos, sem qualquer limite geográfico definido até 
ao distante litoral da Antárctida. Daí que, em muitos casos, nem 
sequer se refere a existência do oceano antárctico. 
Figura. 28 Localização geográfica da Antártica 
 
ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 
59 
 
 
Fonte: https://www.infoescola.com 
 
 As águas que circulam em redor da Antárctida, formam a Corrente 
Circum Polar Antárctica. Estas águas movem-se segundo o sentido do 
ponteiro

Outros materiais