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MANUAL DO CURSO DE LICENCIATURA EM GEOGRAFIA 3º Ano Disciplina: GEOGRAFIA REGIONAL I Total Horas/1o Semestre: 125 Créditos (SNATCA): 5 Número de Temas: 6 Autor Telma Vasco Armando* *Mestrado em Ensino de Geografia pela Universidade Pedagógica de Moçambique. INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA- ISCED ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I i Índice TEMA – I: INTRODUÇÃO A GEOGRAFIA REGIONAL 3 UNIDADE Temática 1.1. Introdução: Breves considerações sobre a Geografia Regional3 UNIDADE Temática 1.2. Os conceitos de região em sua evolução histórico e geográfico7 UNIDADE Temática 3.3. EXERCÍCIOS deste tema TEMA – 2: CRITÉRIO DA ZONAGEM FÍSICA 12 UNIDADE Temática 2.1. Zonalidade vertical ................................................................... 12 UNIDADE Temática 2.2. Zonalidade horizontal .............................................................. 17 UNIDADE Temática 2.3. EXERCÍCIOS deste tema TEMA – 3: REGIONALIZAÇÃO FÍSICA GEOGRÁFICA DOS CONTINENTES AUSTRAIS E CARACTERÍSTICAS DAS REGIÕES 26 UNIDADE Temática 3.1. Continente Africano ................................................................. 26 UNIDADE Temática 3.2. Continente Oceânia ................................................................. 40 UNIDADE Temática 3.3. Subcontinente Sul-americano………………………………………………50 UNIDADE Temática 3.4. Continente Antártida……………………………………………………………59 UNIDADE Temática 3.5. EXERCÍCIOS deste tema TEMA – 4: REGIONALIZAÇÃO FÍSICA GEOGRÁFICA DOS CONTINENTES AUSTRAIS E CARACTERÍSTICAS DAS REGIÕES 67 UNIDADE Temática 4.1. Continente Americano ............................................................. 67 UNIDADE Temática 4.2. Continente Europeu ................................................................. 78 UNIDADE Temática 4.3. Continente Asiático. ............................................................... 100 UNIDADE Temática 4.4. Continente Árctico ……………………………………………………………105 UNIDADE Temática 4.5. EXERCÍCIOS deste tema ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I ii TEMA – 5: CRITÉRIOS DE REGIONALIZAÇÃO DOS OCEANOS 115 UNIDADE Temática 4.1. Critério Geomorfológico. ....................................................... 115 UNIDADE Temática 5.2. Critério Geológico. ................................................................. 119 UNIDADE Temática 5.3. Critério Biológico. .................................................................. 125 UNIDADE Temática 5.4. Critério Geográfico................................................................. 129 UNIDADE Temática 5.5. EXERCÍCIOS deste tema TEMA – 6: REGIÕES NATURAIS DOS OCEANOS 131 UNIDADE Temática 6.1. Oceano Atlântico ................................................................... 131 UNIDADE Temática 6.2. Oceano Pacifico. .................................................................... 135 UNIDADE Temática 6.3. Oceano Indico. ....................................................................... 139 UNIDADE Temática 6.4. Oceano Glacial Árctico. .......................................................... 141 UNIDADE Temática 6.5. Oceano Antárctico. ................................................................ 145 UNIDADE Temática 6.6. EXERCÍCIOS deste tema BIBLIOGRAFIA 148 ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 3 TEMA – I: INTRODUÇÃO A GEOGRAFIA REGIONAL UNIDADE Temática 1.1.Introdução: Breves considerações sobre a Geografia Regional I UNIDADE Temática 1.2. Os conceitos de região em sua evolução histórico e geográfico UNIDADE Temática 1.3. EXERCÍCIOS deste tema UNIDADE Temática 1.1.Introdução: Breves considerações sobre a Geografia Regional I Introdução A Geografia Regional é o ramo da geografia geral que estuda os fenómenos geográficos sob ponto de vista regional tendo em conta os seus diferentes critérios. Nesta unidade focaremos nos aspectos relacionados com a contextualização da disciplina, os principais conceitos abordados, dando enfâse para o estudo da região. 1.1.1 A Geografia Regional Geografia regional é o estudo das regiões ao redor do mundo na busca de compreender e definir as características únicas de uma região em particular, que consistem de elementos naturais e humanos. É dada atenção também à regionalização que cobre as técnicas de delineação do espaço em regiões. Uma das questões mais debatidas ao longo da história da Geografia são as relações entre a geografia regional e a geografia geral, sendo que cada uma das grandes correntes de pensamento geográfico (tradicional, quantitativa, humanista e crítica) apresentou propostas diferentes acerca das contribuições que cada um desses ramos deveria dar à produção de conhecimento geográfico (DINIZ, 2009). ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 4 A geografia regional é considerada uma abordagem do estudo das ciências geográficas (de forma semelhante à geografia quantitativa ou às geografias críticas). Essa abordagem prevalecia durante a segunda metade do século XIX e a primeira metade do século XX também conhecida como o período do paradigma geográfico regional, quando a geografia regional tomou a posição central nas ciências geográficas. Foi posteriormente criticada por sua descritividade e a falta de teoria (geografia regional como abordagem empírica das ciências geográficas). Um criticismo massivo foi levantado contra essa abordagem nos anos 50 e durante a revolução quantitativa. Os principais críticos foram Kimble e Schaefer. O paradigma da geografia regional teve impacto em muitas das ciências geográficas (como a geografia económica regional ou a geomorfologia regional). A geografia regional ainda é ensinada em algumas universidades como o estudo das principais regiões do mundo, como a América do Norte e Latina, a Europa, a Ásia, a África e seus países. Geógrafos regionais notáveis foram, Alfred Hettner da Alemanha, com seu conceito de corologia, Vidal de la Blache, da França, com a abordagem possibilista (o possibilismo sendo uma noção mais leve do determinismo ambiental) e o geógrafo norte-americano Richard Hartshorne com seu conceito de diferenciação de áreas. Alguns geógrafos tentaram também reintroduzir uma certa quantidade de regionalismo desde os anos 80. Isso envolveu uma complexa definição de regiões e suas interacções com outras escalas (MACLEOD, G; JONES, M; 2001). 1.1.2 Principais conceitos em Geografia Regional ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 5 Zona A palavra zona pode referir-se a várias coisas. É um termo com uma grande amplitude de significados mas é mais conhecida sua utilização no âmbito da geografia. De acordo com dicionários a palavra zona é um substantivo que se usa para descrever uma delimitada porção de terreno, uma extensão territorial limitada por questões políticas ou administrativas ou ainda para descrever uma superfície com uma determinada forma. 1.1.2.2 Território O termo território no sentido lato refere-se a uma área delimitada sob a posse de um animal, de uma pessoa (ou grupo de pessoas), de uma organização ou de uma instituição. O termo é empregue na política (referente ao Estado Nação, por exemplo), na biologia (área de vivência de uma espécie animal) e na psicologia (acções de animais ou indivíduos para a defesa de um espaço, por exemplo). Há vários sentidos figurados para a palavra território, mas todos compartilham da ideia de apropriação de uma parcela geográfica por um indivíduo ou uma colectividade etc. Território: a conquista de áreas no período colonial e imperialista ganha mais significado com a participação do conceito de território,assim como a compreensão do papel do Estado Nacional. Paisagem A paisagem está relacionada a tudo que os sentidos humanos podem perceber e apreender da realidade de determinado espaço geográfico ou parte dele, está directamente relacionado à sensibilidade humana. Paisagem: as grandes paisagens naturais do globo representam um bom conteúdo no interior do qual se pode implementar a discussão ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 6 da paisagem geográfica; a comparação entre paisagens de diferentes países demonstra como o ambiente e a cultura alteram a forma de intervenção humana na natureza; e a análise das paisagens urbanas e das áreas industriais demonstram a expansão da paisagem humanizada e a capacidade criadora do ser humano. Lugar O conceito de lugar faz referência a uma realidade de escala local ou regional e pode estar associado a cada indivíduo ou grupo. O lugar pode ser entendido como a parte do espaço geográfico efectivamente apropriada para a vida, área onde se desenvolvem as actividades quotidianas ligadas à sobrevivência e às diversas relações estabelecidas pelos homens. Lugar: quando se depara com o universo da realidade cultural, percebe-se que em muitas situações as características de alguns locais insistem em permanecer, não desaparecendo devido ao processo de globalização, e o conceito de lugar ajuda a compreender esta dinâmica. Os aspectos culturais adquirem importância quando se avalia o apego e a relação dos indivíduos com o seu lugar, parte do espaço geográfico com a qual os antepassados se relacionavam e a comunidade actualmente residente mantêm relação directa. Ao se estudar o processo de globalização pode-se salientar que ele muitas vezes contribui para fortificar uma identidade local ao invés de destruí-la. Espaço geográfico A identificação das áreas do globo em que o homem promoveu alterações define o espaço geográfico, e as formas como a sociedade foi se desenvolvendo demonstra o aumento da capacidade de intervir cada vez mais e de forma mais intensiva no meio natural; as consequências da acção humana são parte essencial da configuração do espaço geográfico e os problemas ambientais, verificados actualmente, são decorrentes da expansão do espaço geográfico. ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 7 Sumário Nesta Unidade temática 1.1 estudamos aspectos relacionados com o conceito de Geografia regional, definido como o estudo das regiões ao redor do mundo na busca de compreender e definir as características únicas de uma região em particular, que consistem de elementos naturais e humanos. É dada atenção também à regionalização que cobre as técnicas de delineação do espaço em regiões. Aborda-se também as relações entre a geografia regional e a geografia geral, sendo que cada uma das grandes correntes de pensamento geográfico apresentou propostas diferentes. UNIDADE Temática 1.2. Os conceitos de região em sua evolução histórico e geográfico Introdução Nesta unidade temática aborda-se a evolução do conceito de região ao longo do tempo, nas diferentes fases da Geografia, o conceito região foi ganhando várias perspectivas até a actualidade. Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de: Objectivos específicos Definir: Geografia Regional Explicar: a evolução da Geografia Regional; Caracterizar: as fases da evolução da Geografia Regional; 1.2.1 Evolução do conceito Região O conceito de Região passou por diferentes transformações ao longo da história do pensamento geográfico. A região é uma das principais categorias-chave da Geografia, sendo um conceito muito utilizado ao longo ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 8 da história dessa ciência, pois refere-se a um determinado tipo de unidade espacial ou de parte dela. Portanto, compreender o conceito de região é de fundamental importância para entender a dinâmica dos estudos geográficos. No entanto, não existe um conceito único e acabado do que seria região, mas diferentes compreensões ao longo da história. No início, por exemplo, os estudos do autor Vidal de La Blache consideravam a região como uma área pautada por uma característica que a diferenciava de seu entorno. Outros autores clássicos consideravam a região como uma área natural marcada por um conjunto específico de elementos climáticos, geológicos, hidrográficos e biosféricos. Nessas concepções, é dever do Geógrafo, pois, observar, compreender e descrever minuciosamente os aspectos regionais em todas as suas especificidades. Para La Blache, inclusive, seriam os estudos regionais detalhados que dariam uma melhor perspectiva sobre a compreensão do todo a partir da soma das partes. Para outro autor da Geografia, Richard Hartshorne, a região não seria algo natural e já existente, mas uma criação intelectual adoptada pela compreensão humana, ou seja, em uma linha kantiana de raciocínio, a região não existiria de fato, sendo apenas uma apreensão humana sobre o espaço geográfico com base em um critério específico. Essa definição de região influenciou posteriormente a chamada “Nova Geografia”, corrente de pensamento geográfico pautada no Neopositivismo filosófico e calcada no racionalismo e na utilização de métodos quantitativos em suas análises. Nesse sentido, a região passou a ter um carácter de classificação das áreas, um agrupamento tecnicamente elaborado para fins específicos. Posteriormente, avolumaram-se as críticas a esse modelo, sobretudo pela ausência de uma crítica social e ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 9 pelo estabelecimento do contexto histórico no processo formador das diferentes áreas do espaço e consequentemente das regiões. A chamada Geografia Crítica, de cunho marxista, passou a considerar a região a partir de um cunho crítico das desigualdades e contradições promovidas pelo capitalismo, o que geraria regiões desiguais e, em algumas análises, “regiões que explorariam regiões”. Novamente, uma crítica ao conceito anterior estabeleceu-se, e os geógrafos humanistas, críticos da razão extrema e da ausência da compreensão humana nas análises geográficas, reelaboraram o conceito de região. Nesse sentido, ele ficou entendido como uma área calcada na compreensão e na vivência, sendo assim, a região seria um espaço percebido, vivenciado e compreendido culturalmente pelas relações sociais e humanas. Não se poderia compreender a região, portanto, se o indivíduo não a vivenciasse (PENA:s/d). 1.2.2 Conceito de região em diferentes fases da Geografia Tendo em conta o exposto acima podemos entender ao longo da história da Geografia, o conceito de região foi alterando tendo em conta o seguinte: Na Geografia Tradicional As regiões eram entendidas como sínteses de elementos físicos e sociais em integração, sendo reconhecidas pela descrição da paisagem. Nesse sentido, a região era uma paisagem diferenciada. O geógrafo clássico que se destacou no desenvolvimento desse tipo de estudo regional foi Paul Vidal de La Blache. Na Geografia Quantitativa A região passa a ser pensada como uma divisão de área definida a partir de critérios de homogeneidade e/ou de relações funcionais. Por exemplo, os “belts” ou “cinturões” da agricultura norte-americana são exemplos de regiões homogéneas (cinturão do trigo, cinturão do ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 10 milho, etc.), enquanto as regiões de influência de cidades são exemplos de regiões funcionais. A Geografia Humanista Na proposta de Armand Frémont, concebe a região não apenas com base em critérios económicos e político-administrativos, mas também como espaço de identidade e de pertencimento. A região é,assim, um espaço mais amplo do que o lugar e onde vivem as pessoas com as quais um determinado indivíduo se identifica. Por exemplo, se uma pessoa que nasceu no norte de Moçambique acha que os do norte têm um jeito próprio de ser, irá pensar nessa região como o espaço em que vivem pessoas iguais a ela, muito embora ela não tenha visitado a maior parte dessa região. A Geografia Crítica A Geografia Crítica relegou o estudo regional a um plano secundário, pois o identificou com o empirismo da vertente tradicional. Os geógrafos críticos preferem trabalhar com os conceitos de espaço e de território. Alguns geógrafos que trabalharam com questões regionais numa perspectiva crítica são Yves Lacoste e Edward Soja e Milton Santos. Hoje, o conceito mais usado pelos geógrafos latino-americanos é o de território. Sumário Nesta unidade temática abordamos sobre o conceito de Regiao, olhando para a sua evolução ao longo do tempo. A forma de definir a região nem sempre foi a mesma, ela foi ganhando abordagens diferentes nas diferentes fases da Geografia. Na Geografia clássica ou tradicional a Região estava associada a descrição da paisagem enquanto na Geografia quantitativa tem em conta a http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Armand_Fr%C3%A9mont&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/wiki/Geografia_cr%C3%ADtica http://pt.wikipedia.org/wiki/Geografia_cr%C3%ADtica http://pt.wikipedia.org/wiki/Territ%C3%B3rio http://pt.wikipedia.org/wiki/Yves_Lacoste http://pt.wikipedia.org/wiki/Edward_Soja http://pt.wikipedia.org/wiki/Milton_Santos ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 11 questão da homogeneidade e relações funcionais. O mesmo conceito na Geografia humana não é apenas um espaço físico mas de pertencimento e identidade e por fim na Geografia critica em vez de região aborda o termo território. TEMA – 2: CRITÉRIO DA ZONAGEM FÍSICA UNIDADE Temática 2.1. Zonalidade vertical UNIDADE Temática 2.2. Zonalidade horizontal ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 12 UNIDADE Temática 2.3. EXERCÍCIOS deste tema UNIDADE Temática 2.1. Zonalidade vertical Introdução Nesta unidade são abordados conteúdos relacionados a zonagem vertical, desde o seu conceito, factores e sua caracterização, evidenciando a forma como este processo ocorre. Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de: Objectivos específicos Definir: zonalidade vertical; Explicar: como ocorre a zonalidade vertical; Identificar: regiões de Moçambique em que se observa este fenómeno. 2.1.1 Zonalidade Vertical É a lei de diferenciação da superfície terrestre e dos fenómenos nela decorrentes que reflectem determinadas e necessárias mudanças das zonas geográficas ai, as sucessivas mudanças das zonas dependem da distribuição da energia solar pelas diferentes altitudes nas zonas montanhosas. Manifestação da lei do zoneamento vertical natural A envoltura geográfica tem uma estrutura. É expresso no fenómeno zoneamento V.V.Dokuchaev criou a doutrina das zonas da natureza, nas quais a zonalidade era interpretada como lei mundial. Dokuchaev sugeriu que cada zona natural (tundra, zona florestal, estepe, deserto, savana etc.) representa um complexo natural no qual a natureza animada e inanimada está intimamente relacionada e interdependente. Com base nos ensinamentos, foi criada a primeira ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 13 classificação de zonas naturais, que foi posteriormente aprofundada e concretizada por L. S. Berg (https://technerium.ru/pt). A manifestação do zoneamento é diferente. Eles adquirem características específicas em conexão com a estrutura complexa e a diversidade da composição do material do envelope geográfico. Isso é confirmado pela zonalidade de vários componentes naturais, como clima, processos geoquímicos, distribuição das principais formas de vida de plantas, solos, etc. O fenómeno do zoneamento é devido à influência de dois factores principais da ordem planetário-cósmica: A energia radiante do Sol e; A energia interna da Terra; Eles estão associados à manifestação das leis gerais de diferenciação territorial da concha geográfica: zoneamento e regionalidade (azonalidade), que se manifestam juntos. A distribuição dos oceanos, a diversidade da topografia da superfície terrestre e a complexidade de sua estrutura geológica violam o esquema de zoneamento “ideal”. Diferentes partes do envelope geográfico adquirem características individuais, o que complica sua estrutura. Esse fenómeno deve ser entendido como regionalismo (https://technerium.ru/pt). Como resultado do desenvolvimento desigual de vários locais no envelope geográfico, muitos complexos naturais de complexidade e tamanhos variados, que representam um sistema de unidades naturais subordinadas de diferentes categorias. 2.1.2 A zonalidade altitudinal Muitas pessoas sabem que quanto mais alto você sobe nas montanhas, mais a proporção de calor e humidade muda para baixa temperatura e precipitação em forma sólida, como resultado do qual o mundo vegetal e animal muda. Cientistas e geógrafos deram seu ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 14 nome a essa direção - zonalidade (ou zona) de alta altitude, quando uma zona substitui outra, cingindo montanhas em alturas diferentes. Neste caso, a troca de correias é mais rápida que na planície, basta subir 1 km, e haverá outra zona. O cinturão inferior corresponde sempre ao local onde a montanha está localizada e, quanto mais próximo dos pólos, menos essas zonas podem ser encontradas em altitude. A lei da zonalidade geográfica funciona nas montanhas. A sazonalidade e a mudança do dia e da noite dependem da latitude geográfica. Se a montanha estiver perto do pólo, então pode haver uma noite polar e um dia, e se a localização estiver perto do equador, o dia será sempre igual a noite. 2.1.3 Zona geográfica O cinto não possui formato de anel regular. Pode expandir e contrair sob a influência de topografia (continente) ou correntes marítimas (oceano). O cinturão é mais homogéneo sobre o oceano. Nos continentes dentro das zonas, distinguem-se sectores que diferem no grau de humidade. Os maiores contrastes são encontrados nos sectores do interior, oeste oceânico próximo e leste próximo ao oceano. Frequentemente, os limites dos sectores coincidem com os limites orográficos (Cordilheira, Andes). A formação de zonas ocorre devido à distribuição desigual de calor e humidade na superfície da Terra. As zonas com a mesma proporção de calor e humidade, em certa medida, são repetidas em cada faixa e seus limites estão associados a certos valores do balanço de radiação e radiação. Índice de secura para a superfície da terra. O último indicador é determinado a partir da fórmula A relação dos limites das zonas com os valores Para é possível explicar as violações da zonalidade geográfica visível no mapa, por exemplo, ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 15 beliscar fora das zonas, sua ruptura, desvio do ataque latitudinal. As zonas podem tomar uma direcção próxima a meridional (América do Norte). A dependência do desenvolvimento de certas zonas em sectores de zonas quase oceânicas (zona de florestas mistas e de folhas largas), outros - nas áreas interiores (zonas de estepe florestal e estepe). A posição das bordas zonais é determinada não apenas por factores climáticos, mas também por factores azonais (relevo, estrutura geológica). Sua influência se manifesta no processo de desenvolvimento histórico de todo o envelope geográfico. A influência da orografia é especialmente grande. Nas montanhas de cada zona geográfica, é formado umcerto tipo de zonalidade vertical, associada a faixas verticais de vegetação e solo. Cada zona é caracterizada por um conjunto estritamente definido de correias, alternando a altura em uma sequência semelhante, em certa medida, à localização das zonas geográficas latitudinais. Figura 1. Relação zonalidade latitudinal e latitudinal Originalidade zonas altitudinais como complexos naturais especiais são expressos não apenas nas características de seu clima, mas também em vários outros fenómenos: a intensidade dos processos de ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 16 intemperismo, a natureza dos rios, as geleiras das montanhas e as características da formação do solo. Algumas zonas de alta altitude, como prados alpinos, desertos de montanhas altas, não têm análogos entre as zonas latitudinais. A natureza da zonalidade vertical nas montanhas e sua gravidade, dependendo da posição nas zonas geográficas, são mostradas. As zonas geográficas são divididas em subzonas. Em termos de solo e geobotânica, as subzonas são caracterizadas pela predominância de subtipos zonais de solos e formações vegetais. Esta unidade físico- geográfica é mais claramente expressa em zonas de grande extensão norte-sul: a zona de tundra da Eurásia, a zona de taiga, savana tropical etc. Deve-se ter em mente que as subzonas nem sempre coincidem com os limites das subzonas do solo e da planta. Os geobotanistas não distinguem, por exemplo, subzonas de estepe florestal e semi- deserto, uma vez que não existem esses tipos de vegetação. A consideração da questão do zoneamento natural não é apenas teórica, mas também prática em conexão com a análise de processos naturais causados pelo uso intensivo de recursos naturais. Com base nos cálculos do balanço de calor, torna-se possível determinar as normas racionais de irrigação, avaliar seu efeito no regime climático. A direcção da recuperação da transformação da natureza representa um nível mais alto de conhecimento dos fenómenos geográficos. O uso racional dos recursos naturais prevê uma transformação construtiva da natureza. (Bogomolov: 1971) Sumário Nesta unidade foram abordados sobre a zonalidade vertical, a sua manifestação e os factores que influenciam a zonalidade. Estes são definidos como a radiação solar e o calor interno da terra. Assim influencia destes dois elementos definem as regiões existentes mas além destas as características de cada área, para o caso da zonalidade ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 17 vertical o factor altitude também vai exercer uma influência muito grande para a o surgimento de regiões diferentes (azonalidade) UNIDADE Temática 2.2. Zonalidade horizontal Introdução A zonalidade horizontal ou zonalidade físico geográfica aborda sobre as leis que determinam as diferenças da superfície terrestre tendo em conta a variação da distribuição solar de forma horizontal ou seja, do equador para os polos. Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de: Objectivos Específicos Conhecer: os critérios de Critério da zonagem física horizontal; Identificar: os critérios da zonagem física da zonalidade horizontal; Descrever: os critérios da zonagem física da zonalidade horizontal. 2.2.1 Zonalidade físico geográfica A distribuição da radiação solar na Terra é desigual devido à forma esférica do planeta. Em decorrência disso, diferentes sistemas naturais são formados, onde em cada um deles todos os componentes estão intimamente conectados uns com os outros, e uma zona natural é formada, o que ocorre em todos os continentes. Os aspectos naturais nas mesmas faixas terrestres, mas em continentes diferentes, poderão ter uma certa semelhança. 2.2.2 Zonalidade físico geográfica A lei da zonalidade geográfica O cientista V.V. Dokuchaev criou uma vez a teoria das zonas naturais e expressou a ideia de que cada zona é um complexo natural, onde a ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 18 natureza viva e não-viva estão intimamente interconectadas. Mais tarde, nesta base do ensino, foi criada a primeira qualificação, que foi refinada e mais concretizada por outro cientista L.S. Berg. As formas de zoneamento são diferentes devido à diversidade da composição da envoltura geográfica e à influência de dois factores principais: a energia solar e a energia da terra. Esses factores estão associados à zonalidade natural, que se manifesta na distribuição dos oceanos, na diversidade do relevo e em sua estrutura. Como resultado, vários complexos naturais foram formados, e o maior deles é a zona geográfica, que é próxima das zonas climáticas descritas por B.P. Alisov (https://pt.sodiummedia.com). As seguintes zonas geográficas são distintas: equatorial, duas subequatoriais, tropical e subtropical, temperada, subpolar e polar (árctica e antárctica). As zonas geográficas são divididas em zonas, que devem ser abordadas mais especificamente. 2.2.3 Zonalidade latitudinal As zonas naturais estão intimamente ligadas às zonas climáticas, o que significa que zonas como as cinturas substituem-se gradualmente, movendo-se do equador para os pólos, onde o calor solar diminui e a precipitação muda. Essa mudança de grandes complexos naturais é chamada de zonalidade latitudinal, que se manifesta em todas as zonas naturais, independentemente do tamanho (https://pt.sodiummedia.com). 2.2.4 Zona de gelo A zonalidade natural adjacente aos pólos do globo é chamada de gelo. O clima é rigoroso, com neve e gelo o ano todo, e no mês mais quente a temperatura não ultrapassa 0 °. A neve cobre toda a terra, apesar https://pt.sodiummedia.com/4175689-natural-zonality-latitudinal-and-altitudinal-zonality https://pt.sodiummedia.com/ ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 19 do fato de que o sol brilha por vários meses o tempo todo, mas não o aquece. Figura 3. Zona Polar Fonte: https://ichef.bbci.co.uk Em condições muito adversas, poucos animais vivem na zona de gelo (urso polar, pinguins, focas, morsa, raposa-árctica, rena), ainda menos plantas podem ser encontradas, pois o processo de formação do solo está em estágio inicial de desenvolvimento e plantas desorganizadas (líquen, musgo, algas). 2.2.5 Zona de tundra A zona de ventos frios e fortes, onde o longo inverno longo e curto verão, por causa do que o solo não tem tempo para aquecer, e uma camada de solos congelados perenes. A lei do zoneamento até funciona na tundra e a divide em três subzonas, movendo-se de norte a sul: tundra árctica, onde crescem musgo e líquen, tundra típica do líquen-musgo, onde aparecem arbustos em lugares espalhados de Vaigach a Kolyma e arbustos do sul tundra, onde a vegetação é constituída por três níveis. Figura 4. Região de Tundra ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 20 Fonte: https://www.colegioweb.com.br Devemos também mencionar a tundra da floresta, que se estende numa faixa fina e é uma zona de transição entre a tundra e as florestas. 2.2.6 Zona taiga Para a Rússia, Taiga é a maior área natural que se estende desde as fronteiras ocidentais até o Mar de Okhotsk e o Mar do Japão. A taiga está localizada em duas zonas climáticas, em resultado das quais existem diferenças dentro dela. Figura 5. Zona de Taiga https://www.colegioweb.com.br/ ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 21 Fonte: https://1.bp.blogspot.com Esta zonalidade natural concentra um grande número de lagos e pântanos, e é aqui que os grandes rios da Rússia se originam: o Volga, Kama, Lena, Vilyui e outros. O principal para o mundo das plantas são as florestas de coníferas, onde o lariço domina, abetos, pinheiros e pinheiros sãomenos comuns. A fauna não é homogênea e a parte oriental da taiga é mais rica que a ocidental. 2.2.6 Florestas, floresta-estepe e estepe Na zona de florestas mistas e decíduas o clima é mais quente e mais úmido, e aqui a zonalidade latitudinal é bem traçada. O inverno é menos severo, o verão é longo e quente, o que contribui para o crescimento de árvores como carvalho, freixo, bordo, tília, avelã. Devido às complexas comunidades de plantas nesta área, uma fauna diversificada e, por exemplo, bisontes, desman, javalis, lobos e alces são comuns na planície do Leste Europeu. https://1.bp.blogspot.com/ ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 22 A zona de florestas mistas é mais rica que em coníferas, e grandes animais herbívoros e uma grande variedade de pássaros são encontrados. A zonalidade geográfica distingue-se pela densidade dos reservatórios fluviais, alguns dos quais não congelam no inverno. A estepe-floresta é uma zona de transição entre a estepe e a floresta, onde alternam fitocenoses de floresta e prado. 2.2.7 Zona de estepe Esta é outra espécie que descreve a zonalidade natural. Difere muito nas condições climáticas das zonas acima mencionadas, e a principal diferença é a falta de água, como resultado do qual não há florestas e plantas de capim e todas as várias gramíneas que cobrem o chão com um tapete sólido dominam. Apesar do fato de que não há água suficiente nesta zona, as plantas toleram a seca perfeitamente, muitas vezes suas folhas são pequenas e durante o calor pode coagular para evitar a evaporação. Figura 6. Estepes Fonte: https://hypescience.com https://hypescience.com/ ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 23 O mundo animal é mais diversificado: há ungulados, roedores, predadores. Na Rússia, a estepe é a mais desenvolvida pelo homem e a principal área da agricultura. As estepes são encontradas nos hemisférios norte e sul, mas gradualmente desaparecem devido à lavoura da terra, aos fogos e aos pastos de animais. A latitude e altitude elevada zonalidade também são encontradas nas estepes, portanto, eles são divididos em várias subespécies: montanha (por exemplo, as montanhas do Cáucaso), prado (típico da Sibéria Ocidental), xerófilo, onde há abundancia de gramas relva e estepes. 2.2.8 Deserto e trópicos Mudanças bruscas nas condições climáticas são devidas ao fato de que a evaporação excede a precipitação muitas vezes (7 vezes), e a duração de tal período é de até seis meses. A vegetação desta zona não é rica, e existem principalmente gramíneas, arbustos e florestas que só podem ser vistos ao longo dos rios. O mundo animal é mais rico e um pouco semelhante ao encontrado na zona de estepe: há muitos roedores e répteis, e os ungulados migram para as zonas próximas. O maior deserto é o Saara e, em geral, essa zonalidade natural é característica de 11% da superfície total da Terra, e se adicionarmos o deserto do Árctico a ele, então 20%. Os desertos são encontrados tanto na zona temperada do hemisfério norte quanto nos trópicos e subtópicos. Figura 7. Deserto e trópicos ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 24 Fonte: Sodiummedia.com Não existe uma definição inequívoca dos trópicos, eles distinguem zonas geográficas: tropical, subequatorial e equatorial, onde existem florestas de composição semelhante, mas com certas diferenças. Eles dividem todas as florestas em savanas, florestas subtropicais e florestas tropicais. Sua característica comum é que as árvores são sempre verdes, e essas zonas diferem na duração dos períodos secos e chuvosos. Nas savanas, o período chuvoso dura de 8 a 9 meses. Os subtrópicos florestais são característicos das margens orientais dos continentes, onde há uma mudança no período seco do inverno e no verão húmido com chuvas de monção. As florestas tropicais são caracterizadas por um alto grau de humidade, e a precipitação pode exceder 2000 mm por ano. Sumário Nesta unidade abordamos sobre a zonalidade latitudinal ou físico geográfica que tem como base a distribuição desigual da radiação solar nas diferentes latitudes tendo como resultado a formação de diferentes zonas (biomas). Partindo da região mais fria para a mais quente temos: a zona polar, a tundra, taiga, estepes, florestas tropicais e desertos. ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 25 TEMA – 3: REGIONALIZAÇÃO FÍSICA GEOGRÁFICA DOS CONTINENTES AUSTRAIS E CARACTERÍSTICAS DAS REGIÕES UNIDADE Temática 3.1. Continente Africano UNIDADE Temática 3.2. Continente Oceânia UNIDADE Temática 3.3. Sub continente Sul Americano UNIDADE Temática 3.4. Continente Antártida UNIDADE Temática 3.2. EXERCÍCIOS deste tema ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 26 UNIDADE Temática 3.1. Continente Africano Introdução Nesta unidade temática pretende-se fazer a abordagem da regionalização física ou natural da terra dos continentes austrais (a sul do equador), baseado na disposição dos continentes e oceanos, focalizando os seus aspectos fiscos naturais e regionalização das suas áreas. Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de: Objectivos específicos Conhecer: os aspectos físicos e geográficos que o continente africano apesenta; Regionalizar: o continente africano; 3.1.1 Localização Geográfica do continente Africano África é um grande continente com um pouco mais de 30,3 milhões de quilómetros quadrados. É o terceiro mais extenso e o segundo mais populoso da terra com mais de 1,033 bilhões de pessoas. O continente africano é formado por 53 países, limita-se: A oeste, pelo oceano Atlântico; A leste, pelo oceano Índico; Ao norte, pelo mar Mediterrâneo e; A nordeste, pelo mar Vermelho Figura 8 Localização geográfica de África ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 27 Fonte: https://encrypted-tbn0.gstatic.com Cortam a África, quatro dos grandes paralelos terrestres nomeadamente: Equador, Trópico de Câncer, trópico de capricórnio além do meridiano de Greenwich. Cerca de 80% do seu território fica situado na zona intertropical, sendo que a maior parte das suas terras localizam-se no hemisfério oriental (leste) e só uma pequena parte delas no hemisfério ocidental (norte). O continente possui cinco (5) diferentes fusos horários e esta compreendida em apenas duas zonas climáticas, nomeadamente: a zona intertropical (equatorial e tropical norte e sul) e temperado do norte e do sul (DECICINIO,2012). África, incluindo as terras remotas e as pequenas ilhas • Extremo norte: Ilhas Galite, Tunísia (37º32'N). • Extremo sul: Cabo das Agulhas, África do Sul (34º51'15"S) • Extremo oeste: Ilha de Santo Antão, Cabo Verde (25° 25' W) • Extremo leste: Ilha Rodrigues, Mauricias (63º30'E)63 Figura 9. Pontos extremos de África (insulares) ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 28 Fonte: Fonte: https://encrypted-tbn0.gstatic.com África continental: • Extremo norte: Ras ben Sakka (Cabo Branco), Tunísia; • Extremo sul: Cabo das Agulhas, África do Sul (34º51’15"S); • Extremo oeste: Pointe des Almadies, Península do Cabo Verde, Senegal (17°33′22"W) • Extremo leste: Ras Hafun, Somália (51°27’52"E) 3.1.2. Estrutura Geológica O continente é constituído basicamente por um escudo pré- cambriano de estrutura tubular, muito erodido e com grandes bacias sedimentares (Sahara e Congo). Durante a era secundaria, áfrica se separou do continente gonduana, do qual faziam parte a América do sul, austrália, índia e Antárctida. No norte, a placa africana formou ao chocar-secom a placa euro-asiática, uma zona de compressão que durante a era terciaria, originou as cordilheiras alpinas situadas dos dois lados do Mediterrâneo. No sector oriental do continente aparece um fenómeno da expansão da crosta terrestre, que manifesta na formação de uma seria de falhas tectónicas orientadas de noroeste a sudeste e nordeste a sudeste. Tais falhas, compõem o vale do Rift ou “grande fossa” são a manifestação de um processo ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 29 incipiente de formação de uma dorsal oceânica, cujo primeiro resultado foi a separação da península arábica e o surgimento do mar vermelho na área terciaria (BEZERRA,2010). 3.1.3. Relevo Africano A maior parte das terras africanas situam-se entre as altitudes de 200 metros e 1000 metros em relação ao nível médio do mar. Apresentando um relevo marcado por intensa erosão e predominantemente planáltico. As planícies são raras e estreitas, normalmente dispostos ao longo do litoral. As fracturas geológicas que aconteceram ao longo da dissolução do continente gonduana (Pangeia) originaram extensos planaltos e terras elevadas na porção oriental, e fossas tectónicas que preenchidas pelas águas, converteram-se em importantes lagos, como o Victoria, o Tanganhica e Niassa ambos na áfrica Oriental PESSOA (2012). O relevo africano se caracteriza pelo predomínio de imensos tabuleiros (planaltos pouco elevados) e considerável altitude média - cerca de 750 metros. As regiões centrais e norte são ocupados, em sua totalidade, por planaltos intensamente erodidos, constituídos de rochas muito antigas e limitados por grandes escarpamentos. Ao norte predomina a área planáltica, ampla e desértica – o Sahara – que se estende do oceano Atlântico ao mar vermelho. A maior formação rochosa desta área são os montes Tibesti (Chade) onde se localiza o pico culminante da região, o Emi Koussi – 3415 metros. ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 30 Além do deserto encontra-se a cadeia do atlas, que ocupam a região norte do Marrocos, Argélia e da Tunísia. Sua formação recente apresenta montanhas cujos picos chegam a atingir 4000 metros de altitude. No leste encontram-se uma das suas características físicas mais marcantes: uma falha geológica estendendo-se de norte a sul, o grande vale do Rift, uma fenda tectónica em que se sucedem montanhas, algumas de origem vulcânica e de grandes depressões. Nessa região se localizam os maiores lagos do continente circundados por altas montanhas destacando-se o Kilimanjaro com 5.895 metros, o monte Quénia com 5.199 metros e o Ruwenzori com 5.109 metros. Figura 10. Monte Kilimanjaro & Drakensberg Fonte: https://images.uncyc.org/pt/ Ao sul, surgem planaltos onde merecem destaque os montes Drakensbeg, com poucos picos elevados acima dos 3000 metros, mais suficientes para barrar os ventos húmidos do oceano indico, formando uma costa de climas mais amenas. Ao longo do litoral situam-se as planícies costeiras, por vezes bastantes vastas. As planícies ocupam áreas menores do que a dos planaltos. Podemos citar as planícies do Níger e do Congo (VELA, 2012). Figura 11. Relevo de África https://images.uncyc.org/pt/ ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 31 Fonte: https://lh3.googleusercontent.com 3.1.4. Clima de África O clima de África é fortemente influenciado pelo facto de este continente ser atravessado quase ao meio pela linha do equador e estar compreendido na sua maior parte entre os trópicos. É um continente bastante quente, onde os climas se individualizam mais pelas variações pluviométricas do que pelas térmicas, a excepção das extremidades norte e sul, de clima Mediterrâneo. A partir do equador para o norte e para sul, o clima passa de equatorial para tropical e desértico quente. Nas zonas mais altas o clima é de altitude, nas zonas temperadas o clima é mediterrâneo (FERREIRA, 2017). Clima Equatorial Localizam-se nas Regiões Centro – Oeste do Continente e também em Gana e Costa do Marfim. Caracterizam-se por temperaturas elevadas, chuvas em grande quantidade durante todo o ano, elevada humidade do ar e não apresentam estacões com clima Frio. Clima Tropical ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 32 Localizam-se nas regiões centrais e sul do continente. E o clima presente na maior parte da África. Caracterizam-se por Verões chuvosos e Inverno secos. As médias de temperaturas anuais são altas; Clima Mediterrâneo ou Subtropical É um tipo de clima que apresenta nos extremos norte e sul do continente. São caracterizadas pela influência no mar mediterrâneo nos extremos norte da África, e temperaturas amenas em grande parte do ano. Chuvas em quantidade media de 750 mm por ano. Clima desértico Clima presente nos desertos do Sahara (região norte da África) e Kalahari (sudoeste da África). Caracterizam-se pelo clima quente e seco, elevada amplitude térmica diária, com dias muito quentes e noites muito frias (FERREIRA, 2017). Figura 12. Regiões climáticas de África Fonte:suapesquisa.com 3.1.5. Hidrografia de África ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 33 O continente africano possui poucos rios, principalmente nas áreas que correspondem aos desertos. Os que são encontrados localizam- se nas regiões tropicais e equatoriais e são muito extensos e volumosos. O continente africano apresenta uma hidrografia modesta, em razão principalmente da predominância de climas secos. Os rios africanos são pouco navegáveis, o que se explica pelo relevo planáltico, responsável por inúmeras quedas d’água. Principais Bacias Hidrográficas Bacia do Nilo – ocupa uma área de 3.349 000 km, abrangendo Uganda, Tanzânia, Ruanda, Quénia, República democrática do Congo, Burundi, Sudão, Sudão do sul, Etiópia e Egipto. A partir da sua fonte mais remora, situado em “Nyungwe Natinal Park” do Ruanda, o Nilo tem um comprimento de um comprimento de 7.088 km e desagua em forma de delta no mar mediterrâneo onde deposita 2.700 metros de água por segundo. É formado pela confluência de três outros rios, o Nilo branco, o Nilo azul e o rio Atbara. O Nilo azul nasce no lago Tana (Etiópia), confluindo com o Nilo branco em Cartum, capital do Sudão. Bacia do Congo – é o segundo maior rio da áfrica e nono do mundo, como uma extensão total de 4.700 km e o primeiro em extensão de água chegando a debitar mais de 40.000m3/segundo de água. O Congo nasce no zaire no sul da região de Shaba, perto da fronteira com a Zâmbia, mas a sua fonte mais remota e o rio Zambeze, entre os lagos Niassa e Tanganhica em Zâmbia. Bacia do Níger – é um rio semi-endureico, nasce próximo ao oceano Atlântico, corre para o interior passando pelo Mali, Níger e Nigéria, até desembocar no golfo da guine. Bacia do Zambeze – cercado pela selva pluvial na maior parte do seu percurso, interrompido por belas ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 34 cataratas e dois dos maiores reservatórios do mundo, nasce na Zâmbia e atravessa Moçambique, desaguando no oceano índico, e um rio de grande potencial hidroeléctrico. Seus principais afluentes são os rios Cabompo, chobe, Lungue – Bungo, Kafue e shire. Seu percurso, é de 3.540 km e em forma S, começam no monte calene (Zâmbia), a 1.460 metros de altitude. Bacia do Orange – segue um percurso leste – oeste no total de 2.200 km, traçando a fronteira meridional da província do estado livre. O seu percurso final constitui a fronteira afica do sul – Namíbia. Desagua no oceano Atlântico junto de alexander Bay, a meio caminho entre o Walvis Bay e a cidadedo Cabo. O seu afluente mais destacado é o rio Vaal, que também nasce na cordilheira Drakensberg a leste de Johannesburg e define a fronteira entre a África do sul e o estado livre (Lesotho), antes de se unir a Orange a sudoeste de Kimberley. Principais Lagos No continente africano existem muitos lagos, situando-se os principais numa região chamada de grandes lagos na África oriental. Foram gerados por movimentos tectónicos: Vitória (o terceiro maior lago do mundo e maior da África, com 70.000 km² de área); o Tanganica (o segundo maior lago africano com 31.900 km²) e o Niassa (com 26.000 km²). Figura 13. Principais Bacias e Lagos. ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 35 Fonte:slideshare.com.br 3.1.6. Correntes Marítimas de África Corrente das Agulhas – é uma corrente do sudoeste do oceano índico, próximo a costa oriental da África, na Somália. Devido principalmente a divergência de densidade, resultante do aumento de temperatura e também da salinidade, e devido aos ventos alísios equatoriais. Sua elevada temperatura se da por causa de sua proximidade com o equador oque a leva a sofrer alta incidência de raios solares. Esta corrente percorre toda a costa leste do continente africano, desde a Somália, passando entre a costa continental e a ilha de Madagáscar indo até ao cabo da boa esperança, ponto mais ao sul da África, onde convergem com uma ramificação da corrente circumpolar Antártica, formando a massa de água que da origem a corrente de Benguela. Corrente de Benguela – é uma larga corrente oceânica que se move predominantemente para norte e se forma na zona oeste do oceano Atlântico sul. A corrente estende-se desde o sul da costa oeste da África até o entorno da província de Benguela, por volta de 12°Sul, a partir de onde se desvia para o oeste, em direcção a linha do equador, onde se torna parte do giro oceânico do Atlântico sul. ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 36 Corrente das Canarias – é uma corrente do atlântico nordeste, que flui para o sudoeste ao longo da costa noroeste de áfrica até a região da Senegal onde inflecte para oeste, afastando-se da costa e transformando-se na corrente equatorial do norte, que cruza o atlântico do leste para oeste (ALEXANDRE, 2015.) Figura 14- Correntes Marítimas . Fonte:brasilescola.uol.br 3.1.7 Biogeografia do Continente Africano Em temos de biodiversidade, a África possui uma das zonas mais ricas e diversas do mundo, que vão do deserto até as florestas tropicais e aos recifes de corais, tendo como exemplo a ilha de Madagáscar que tem a maior fauna e flora de todo o planeta, que abriga milhares de espécies de aves, repteis, anfíbios e outros. A África é composta por alguns biomas, como por exemplo: Floresta Equatorial – presente na região central e centro – oeste do continente. É composta por vegetação fechada, emaranhada e densa. Influenciada, principalmente pelo elevado índice de chuvas na região; ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 37 Savanas – presenta nas faixas norte e sul das florestas tropicais e também na região sudeste do continente africano. É composta por gramíneas, com presença espalhada de árvores de pequeno porte e arbustos; Estepes – faixa presente ao norte e nordeste das savanas. É uma vegetação de transição das savanas para a vegetação desértica. Vegetação tipicamente rasteira composta por gramíneas e arbustos; Vegetação desértica – presente no deserto de Sahara é composta por arbustos de galhos secos bem espaçados e gramíneas. Porem, estes tipos de vegetação aparece apenas em áreas com curso de água. Em grande parte do deserto de Sahara não há qualquer tipo de vegetação (RODRIGUES, 2011.) Figura 15. Biomas de África Fonte: https://2.bp.blogspot.com 3.1.8. Regionalização Física e Geográfica A regionalização geográfica considera principalmente a localização dos países no continente. Normalmente existe uma semelhança entre países localizados em uma mesma região geográfica. https://2.bp.blogspot.com/ ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 38 Regionalização a partir de critérios de localização - essa regionalização divide o continente em cinco grandes regiões: África Meridional, Afica Central, África Setentrional, África Ocidental e África Oriental; Figura 16. Regionalização físico geográfica de África Fonte: https://s3.static.brasilescola.uol.com.br Sumário A áfrica é um continente em que seu território distribui-se pelos quatro hemisférios do planeta terra. A sua base geológica é muito antiga, o que explica as pequenas altitudes. O continente ainda é formado na sua maioria por planaltos e planícies costeiras, com destaque as planícies do Níger. A vegetação de África reflecte os climas existentes no continente. A hidrografia é modesta, por fim, no que se refere a regionalização do continente, destacam-se o critério físico geográfico (de localização) que divide a África em África Meridional, Central, Setentrional, Ocidental e Oriental. ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 39 UNIDADE Temática 3.2. Continente Oceânia Introdução Nesta unidade iremos abordar sobre o continente Oceânia, no qual a Austrália faz parte. Localizado a sul do equador, incidindo sobre a sua localização, a descrição das suas características físicas naturais, regionalização do continente. Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de: Objectivos específicos Compreender a dinâmica dos aspectos físicos geográficos do continente Identificar os aspectos físicos geográficos do continente Oceânia; Explicar a influência dos factores naturais na distribuição dos aspectos físicos geográficos no continente. Regionalizar: o continente Oceânia 3.2.1 O continente Oceânia Oceânia é um continente localizado a sudeste da Ásia, que compreende um conjunto de ilhas formando a Austrália. O continente é composto por 14 países. A Austrália é considerada como uma massa continental de Australásia. O referido continente é formado por um conjunto de ilhas (arquipélagos), situados no oceano Pacífico, ocupando uma área de 8.935.000 quilómetros quadrados (km²). Do ponto de vista físico, a Oceânia é quase uma continuação do Sudeste Asiático, composta por vários grupos de ilhas do Oceano Pacífico (Polinésia, Melanésia, Micronésia e Australásia). Os limites geográficas da Oceânia A norte: Continente Asiático A sul: Oceano Glacial Antárctico A Oeste: Oceano Indico A Este: Oceano Pacífico ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 40 Figura. 17. Localização geográfica de Oceânia Fonte: https://static.todamateria.com.br 3.2.2 Estrutura geológica A Austrália é um enorme maciço antigo e, como se encontra no centro da placa tectónica Indo-australiana, não possui dobramentos modernos nem vulcões activos. Sua superfície é composta basicamente de extensos planaltos rochosos, elevações montanhosas suaves e bacias sedimentares ao longo dos vales dos rios. O relevo de Oceânia é caracterizado pela diversidade de formações onde é possível detectar unidades geomorfológicas diferentes. Todas as unidades de relevo da Oceânia são geologicamente recentes, com destaques para as inúmeras ilhas vulcânicas. Grande quantidade da ilha da Oceânia esta ligada a intensa actividade vulcânica ao longo das zonas oceânicas, devido ao encontro entre duas placas tectónicas que ocorre nesta região. (CHRISTOFOLETTI, 1980). A Oceânia é formada por ilhas no oceano Pacífico, algumas ilhas da Oceânia encontram-se no círculo de fogo do pacífico que abrange os ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONALI 41 pontos da terra que são afectados pelo vulcanismo e abalos sísmicos. 3.2.3 Relevo da Oceânia O relevo da Oceânia é caracterizado pela grande diversidade de formações mais antigas rochosas com altitudes modestas, onde é possível detectar unidades geomorfológicas dos seus caracteres geográficos naturais. Planícies: As planícies apresentam altitudes inferiores 200m, localizado na faixa litorânea e porção central, são bastastes largas no norte, junto ao Golfo da Carpentária e no sudeste, próximo aos rios Murray e Darling, contornando deste modo todo o território, por exemplo a planície de Canterbury. Planaltos: A maior parte do país é constituída por planaltos relativamente baixos 500m de altitudes, que resultam de intensidades desgastados por processos erosivos, dos quais se destacam, entre outros, os montes MacDonell e Musgrave, bem como os desértos Victória, Gibson, Simpson e outros menores, que ocupam todo o centro-oeste do território australiano. A distribuição do relevo australiano, é mais elevado no leste, influência a drenagem dos maiores rios do continente - Darling e Murray, que correm em direcção ao sudoeste (SANTOS, 2006). Há ainda os rios Flinders, Victória, Cooper, Ashburton e outros, localizados no leste e no norte do país. Em alguns desses manifesta-se uma característica da hidrografia australiana. A nordeste do país localiza-se a Grande Barreira de Coral, que se estende no Mar de Coral, por mais de 2000 km. Montanhas: As montanhas que formam os Alpes a cordilheira Australiana localizada na região leram e no sudeste. São de altitudes modestas alcançando o máximo de 2.230 metros (Monte Kosciuszko) o ponto mais elevado. Nessa cordilheira, há 18 picos com mais de 3.000 metros de altura, sendo o maior ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 42 o Monte Cook, com 3.754 metros. A região de Fiordland tem montanhas íngremes e fiordes profundos, há registros da glaciação deste canto sudoeste da Ilha do Sul, a Ilha do Norte é menos montanhosa mas é marcada pelo vulcânismo. A zona vulcânica de Taupo formou um grande planalto vulcânico, pontuado pela maior montanha da Ilha do Norte, o Monte Ruapehu com 2.797 metros.Exemplo de relevo do continente Oceânica. Figura. 18. Relevo da Oceânia Fonte: https://image.slidesharecdn.com 3.2.4. Regiões climáticas da Oceânia A Oceânia é único continente que possui países nos quatro hemisférios da terra- setentrional, meridional, ocidental e oriental. As principais zonas climáticas que o continente ocupa são a zona temperada do sul, (entre o Trópico de Capricórnio e a Zona Glacial Antártica), e a zona intertropical (entre os Trópicos de Capricórnio e de Câncer). A Oceânia apresenta temperaturas elevadas com uma pluviosidade regular. Os principais climas que actuam na Oceânia são: clima equatorial, clima tropical, clima subtropical, clima temperado, clima semiárido, clima mediterrâneo, clima temperado oceânico e o clima desértico (SANTOS, 2006). ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 43 A Austrália é atravessada pelo Trópico de Capricórnio, a que conferem a presença de climas tropicais e subtropicais, com temperaturas elevadas no norte e mais amenas no sul, onde ocorrem chuvas com maior frequência. O clima do tipo mediterrâneo, com verão seco, manifesta-se em áreas do sudoeste e do sul do continente. Nas vastas extensões semiáridas e desérticas do centro oeste apresenta-se o clima bastante quente. Em decorrência do clima, recobrem quase totalmente essa ilha as savanas e as estepes, além das grandes extensões semiáridas e desérticas. Há também, entretanto, manchas de florestas tropicais e subtropicais ocupando as áreas húmidas do norte, leste e sudoeste (MANESES, 2006). A Nova Zelândia predomina um clima temperado marítimo, com temperaturas médias anuais variando de 10°C no sul até 16°C no norte do país. A máxima e mínima são de 42,4°C, em Rangiora, Canterbury, e -25,6° C, em Ranfurly, Otago. As condições variam fortemente entre as regiões extremamente humidas na costa oeste da ilha sul para as regiões quase semi-áridas, na região Central de Otago e na Bacia do Mackenzie no interior Canterbury e subtrópicais em Northland. Figura 19. Zonas climáticas da Oceânia Fonte: https://i.pinimg.com ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 44 3.2.5. Hidrografia da Oceânia A Oceânia tem poucos rios importantes, o que se deve em boa parte a pequena superfície das ilhas. Apesar da forte pluviosidade, o leito dos rios não dispõe da extensão suficiente para formação de cursos significativo, merece destaque o rio Murray, e seu afluente Darling (na Austrália), o Waikato (Nova Islandia), e os rios Daru, Fly, Kikori,Purari Ramu e Sepik (Nova Guine). A Oceânia é fraca potencial hidrográfica influenciada por escassez e irregular das chuvas, determinada pelas condições climáticas, isto é, predominância de climas áridos e semiáridos, influenciando o regime temporário ou intermitente dos rios. (TIXEIRA, 2000). Os rios Murray e Darling são os mais importantes, que por serem de planícies são navegáveis em grande parte dos seus cursos. Na parte ocidental do país, os rios são do regime temporário, como os tributários do lago Eyre, o maior dos vários lagos Australianos. Pontilham o território australiano lagos cuja origem se deve à depressão relativa do relevo, inclinado para o interior, existindo grandes formações lacustres até mesmo em meio do deserto. Figura 20. Hidrografia de Oceânia Fonte: https://viajandoaoceania.files.wordpress.com ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 45 3.2.6. Biogeografia de Oceânia O continente é conhecido por ter diversidade condições vegetais. Os principais factores como: clima, o relevo, a hidrografia e outros determina a distribuição da vegetação e fauna no continente. A floresta densa desenvolve-se no litoral e nordeste e menos densa em seu litoral sudoeste de clima temperado húmido. Este último tipo, se encontra também na Tasmânia e Nova Islândia com a abundância de eucaliptos gigantes. A vegetação é basicamente composta pela presença de savanas que se desenvolve nas regiões tropicais e subtropicais, as estepes e pradarias sobre tudo nos climas semiárido e as xerófilas e espinhosas nos climas desérticos. Figura. 21. Biomas da Oceânia Fonte: https://mainweb A fauna é abundante se destacam a presença de Ornitorrinco, um mamífero com bico e pêlo, e os Marsupiais, como os Cangurus e os Coalas, animais cujos filhotes são criados numa bolsa existente no corpo da mãe durante o período de amamentação, o Crocodilo da água salagada, Cacatua, Cisne negro, Dingo, Elefantes marinhos, Mulgara, kowari, kaluta, répteis, aves, gaivotas entre outros. https://mainweb/ ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 46 Figura. 22 Coala Diabo da Tasmânia Canguru Fonte: https://lh3.googleusercontent.com 3.2.7 Regionalização Físico Geográfico A regionalização refere-se a divisão de um grande espaço territorial, com critérios previamente estabelecidos, em áreas menores que possam a ser chamadas de regiões. Cada região se diferencia das outras por apresentar particularidades próprias. Oceânia é um continente localizado a sudeste da Ásia, que compreende um conjunto de ilhas e a Austrália. Nomeadamente, Australia, Nova Zelandia, Micronesia, Polinesia, Melanesia. Figura. 23 Regionalização físico geográfica de Oceânia Fonte: https://2.bp.blogspot.com ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 47 Sumário Oceânia é considerado como um continente novíssimo por ter sido o último continente a ser colonizado pelos europeus,localizado a sudeste da Ásia. A distribuição do relevo do continente é mais elevada no leste, influencia a drenagem dos maiores rios do continente. Na cordilheira Australiana localizada na região leste e no sudeste, situa-se o Monte Kosciuszko, com 2.230m de altitudes, considerado o mais elevao do continente. Em decorrência do clima, recobrem quase totalmente essa ilha as savanas e as estepes, além das grandes extensões semiáridas e desérticas, manchas de florestas tropicais e subtropicais. Nestas regiões desenvolveu uma fauna diversificada em que se destacam o ornitorrinco, um mamífero com bico e pêlo e os marsupiais, como os cangurus e os coalas. ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 48 UNIDADE Temática 3.3. Subcontinente Sul-americano Introdução Nesta unidade temática sobre o subcontinente americano (América do sul), vamos começar por abordar a cerca da sua localização geográfica. De seguida falaremos da estrutura geográfica e destacamos também alguns aspectos naturais que predomina nesta região nomeadamente o relevo, clima, vegetação e a hidrografia. De seguida destacamos a biogeografia onde falamos que estuda o padrão de distribuição de organismos na Terra, e para finalizar concluímos com a regionalização física geográfica. Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de: Objectivos Específicos Conhecer: as características do subcontinente sul-americano Analisar: os factores que influenciam nas características físicas do continente Compreender: a regionalização da América do sul 3.3.1 Localização Geográfica A América do Sul esta localizada em grande parte no hemisfério sul, na zona intertropical ocidental, ela abrange um território de 18 milhões de quilómetros quadrados e é banhada a leste pelo oceano Atlântico, a oeste pelo oceano Pacifico e ao norte pelo mar das Antilhas, conhecido como Caribe. Figura 24. Localização geográfica da América do Sul ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 49 Fonte: https://upload.wikimedia.org O subcontinente abordado conte doze (12) países nomeadamente (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela). 3.3.2 Estruturas geológicas da América do sul Como estrutura geológica entende-se o conjunto de rochas que compõem um determinado local. Estas rochas foram constituídas historicamente a partir dos vários períodos pelos quais o planeta Terra passou. Não existe estrutura geológica apenas na Terra, sendo que os outros planetas rochosos também possuem essa configuração. Existem três tipos principais de estruturas geológicas: os crátons, as bacias sedimentares e os dobramentos modernos. Na América do Sul predomina maior parte, os dobramentos modernos, também chamados de cadeias orogénicas, são formações geológicas consideradas recentes, cujo início ocorreu na era Cenozóica, no período Terciário (há cerca de 250 milhões de anos). São resultantes das acções do tectonismo, geralmente do choque ou https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/cratons.htm https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/bacias-sedimentares.htm https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/dobramentos-modernos.htm ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 50 conflito entre duas placas tectónicas. Essas formações são originárias das grandes cadeias de montanhas da Terra, como a Cordilheiras dos Andes (América do Sul). 3.3.3 Relevo da América do sul Toda a costa leste da América de Sul é composta por planaltos de origem geológica muito antiga, em razão disso sofreu longos processos erosivos e actualmente possui características relativamente planas. No interior da América do sul identifica-se uma predominância de planaltos com pouca elevação e planícies. No extremo ocidente do subcontinente o relevo é constituído por grandes altitudes, onde esta localizada a cordilheiras dos Andes, que corresponde a um dobramento alpino oriundo do encontro entre a placa de Nazca e a placa sul-americana, razão pela qual a região desenvolve uma grande incidência de abalos sísmicos. A cordilheira dos Andes estende-se desde a Venezuela até o Chile, possui aspectos distintos que variam de acordo com cada particularidade, pode ser classificado como (Andes setentrionais Húmido, Andes centrais ou áridos e andes meridionais ou frios). Figura 24. Relevo da América do Sul ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 51 Fonte: https://1.bp.blogspot.com 3.3.4 Clima e Vegetação da América do sul Em razão da extensão territorial, no sentido norte-sul, o continente sofre influências de duas zonas climáticas (a intertropical e a temperada do sul). Dessa forma são identificados climas equatorial, tropical, além da presença de clima mediterrâneo e temperado. O relevo é um dos primordiais na composição dos climas, ao longo de toda planície amazónica não há altitudes que possam impedir a locomoção de massa de ar quente ou fria, servindo assim como uma espécie de corredor de passagem de massas que seguem seu trajecto para interagir com as características locais e assim dar origem as distintas variações climáticas. Além dos climas já apresentados na América do Sul são identificados ainda os climas: frio de montanha, característico dos Andes; semiárido, que ocorre nos Andes central nordeste brasileiro; e árido ou desértico, que ocorre na Patagónia (Argentina) e no Atacama (Chile). Como o clima em grande parte é o equatorial e tropical, desenvolve grandes florestas do tipo latifoliadas, que corresponde a floresta equatorial, como a Amazónica. Nas áreas de climas tropical, que ocorre nos territórios do Brasil, Paraguai, Venezuela e Colômbia, ocorrem vegetações tais como savanas (cerrado no planalto central brasileiro, Chaco no Paraguai e Bolívia e Lhanos na Venezuela). E nas regiões de climas tropicais húmidos ocorrem as florestas tropicais como a floresta Atlântica na costa brasileira. Nas regiões onde prevalece o clima tropical, como no sul do Brasil, Uruguai, e Argentina, ocorrem vegetações como mata de Araucária, além, de estepes e pradarias. ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 52 Em uma estreita parcela da América de sul ocorre o clima temperado, essa característica climática se apresenta no sul do Chile, a vegetação que desenvolve na região é a floresta temperada. Figura 25. Clima da América do sul Fonte: https://pt-static.z-dn.net 3.3.5 Hidrografia da América do sul A América de Sul, em recursos hídricos, possui uma das maiores bacias hidrográficas do mundo, como a bacia do Amazonas, que é a maior do mundo. O grande potencial hídrico desse subcontinente é proveniente dos aspectos climáticos que predominam em grande parte do território onde prevalecem, os climas húmidos com altos índices pluviométricos. As principais bacias hidrográficas presentes na América de Sul são: A bacia Amazónica que esta localizada na floresta amazónica e abrange Brasil, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela e Guiana. A Bacia de Prata que corresponde a união de três sub-bacias (paraná, Paraguai e Uruguai). https://pt-static.z-dn.net/ ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 53 A Bacia de São Francisco encontra-se totalmente em território brasileiro e tem como rio principal o São Francisco. 3.3.6 Correntes marítimas da América do sul As correntes marítimas constituem-se como um importante factor climático da terra e também do equilíbrio dos ecossistemas. As correntes marítimas, de forma simplificada, são os fluxos de água com características comuns que se deslocam ao longo dos oceanos. Entre essas características destaca-se a salinidade e, principalmente,as temperaturas fazendo com que exista uma directa relação entre as correntes marítimas e o clima do planeta, bem como a distribuição de calor sobre a superfície oceânica. A formação das correntes marítimas, de acordo com diversas pesquisas, é resultado, dentre outros factores, da influência dos ventos. Outro factor determinante na configuração das correntes é em relação aos movimentos terrestre, especificamente o de rotação, que faz com que as correntes migrem para direcções contrárias, ou seja, no hemisfério norte movem-se no sentido horário e no hemisfério sul no sentido anti-horário, essa dinâmica das correntes é denominada d efeito de coriolis. As correntes não são homogéneas quanto a suas características e origem, elas podem ser quentes e frias. Correntes quentes são originárias de áreas da zona intertropical ou zonas tórridas da terra, essas deslocam com destinos as zonas polares. E as correntes frias têm origem nas zonas polares e migram em sentido as regiões equatoriais. A América do sul é influenciada pelas correntes marítimas de Humboldt (correntes frias) e pelas correntes de brasil e de Guianas (correntes quentes). ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 54 Figura 27. Correntes marítimas da América do sul Fonte: https://4.bp.blogspot.comBiogeografia A biogeografia é uma ciência que estuda o padrão de distribuição de organismos na Terra, bem como as variações nesse padrão que ocorreram no passado e ainda ocorrem no presente. Com pouco menos de 12% da superfície terrestre e 6% da população mundial, a América do Sul é um subcontinente que envolve a parcela meridional da América (continente americano) com extensão de 18 milhões km2. Quatro quintos do continente ficam abaixo da Linha do Equador, sendo que a América do Sul é banhada pelo mar do Caribe, oceano Atlântico e oceano Pacífico. A oeste, temos a vasta cadeia montanhosa dos Andes, que chega até 6.700 m de altitude em alguns pontos e localiza-se desde a Venezuela, percorrendo toda a banda ocidental da América do Sul, em direcção ao seu extremo-meridional. Mais de um terço da diversidade mundial de plantas vasculares está restrito a região neotropical, que abrange a maior parte da América do sul. Em algumas espectativas, a https://4.bp.blogspot.combiogeografia/ ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 55 região tropical parece conter mais espécies que todas as florestas da África e Austrália juntas. Como ocorre em toda em toda vegetação terrestre mundial, excepto o bioma de Taiga (floresta boreal do hemisfério norte). A área continental da América do sul coberta por vegetação com predominância de angiospermas (plantas com flores) que são os principais elementos encontrados no continente, não só pela riqueza de espécies mais pela diversidade de hábitos e morfologia. A enorme diversidade florística da América do Sul esta intrinsecamente associada a ampla heterogeneidade ecológica e climática do continente No norte, predomina a densa e húmida Floresta Amazónica, enquanto na área central temos os terrenos alagados que abarcam o Pantanal brasileiro e Chaco boliviano. Ao sul, planícies e cerrados, enquanto na costa leste, a velha floresta litorânea desapareceu quase por completo para favorecer a ocupação industrial e agrícola. A fauna das florestas tropicais caracteriza-se pela abundância de macacos, antas, roedores, onças e répteis. Os mais peculiares membros da fauna amazónica são o peixe-boi, e a piranha, enquanto nos Andes e na Patagónia são o guanaco, lhama, a alpaca e a vicunha. As principais florestas da América do Sul compreendem a Floresta Amazónica, a Mata Atlântica e as Florestas Tropicais húmidas. Não obstante, uma zona semicircular de selvas temperadas de araucária estende-se pelo Planalto Meridional Brasileiro, enquanto a floresta fria vai sobre os Andes dos centro-meridionais chilenos, e as florestas tropicais descontínuas envolvem a região do Chaco. Permanecem ainda amplas áreas de campos e savanas. ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 56 Há também a Caatinga no Nordeste brasileiro e os cerrados do Brasil central, ambos sob um clima semiárido. Já no do Equador e no Peru setentrional, encontramos os páramos, vegetação estepe de altitude, a qual reveste os planaltos interandinos. Da mesma forma, as pampas no sul do subcontinente apresentam a mesma vegetação. Por último, a vegetação desértica das punas no Peru centro-meridional, norte do Chile e nordeste da Argentina, todos do lado do Oceano Pacífico. Por fim, há diversas espécies de plantas, especialmente palmeiras, bambus, ébano e seringueiras. Quanto a distribuição das temperaturas médias na região, é notável a regularidade constante da temperatura, gravitando em torno de 30º C. 3.3.7 Regionalização Física Geográfica da América do sul Para a regionalização da América, quanto ao critério geográfico a América está regionalizada em América Andina (Corresponde a América formada por países que tem como principal característica em comum a presença da Cordilheira dos Andes) ou América Central e América Platina e As Guianas. Figura 27. Sub-regiões da América do sul ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 57 Fonte: https://www.gestaoeducacional.com.br Sumário Chegando ao fim desta unidade temática pode-se afirmar que a parte sul do continente americano é bastante importante para o resto do universo, devidas as características físicas naturais existentes. Como foi destacado na unidade é na América do sul onde encontramos as maiores bacias hidrográficas do mundo (bacia amazónica) e uma das maiores cadeias montanhosas do mundo (cordilheiras os Andes). É na América do sul onde se encontra a maior floresta mundial. Portanto cabe a todo mundo em geral proteger esta região. UNIDADE Temática 3.4. Continente Antártida Introdução A Antártida e o continente mas a sul do planeta, localiza-se na região polar sul, com características físicas geográficas extremas condicionadas pela sua localização, estes são os aspectos que iremos ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 58 abordar na presente unidade temática e finalizar com a regionalização físico geográfica do continente. Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de: Objectivos específicos Conhecer: as características físicas naturais da Antártida Compreender: a regionalização da Antártida 3.4.1 Antarctica ou Antarctida Ao contrário do que muitos pensam, o pólo sul da Terra não é apenas um oceano de água congelada, mas ele possui também um continente que é chamada de Antártica ou Antártida, Considerado um prolongamento dos três grandes oceanos. Passou a ser movimentado após a Antártida passar a ser considerada região internacional e base de pesquisa da humanidade. Em termos Físicos a Antárctida situa-se no Hemisfério Sul. Este hemisfério é considerado o hemisfério marítimo já que apenas contém 14,5% de terras emersas (ao contrário do Hemisfério Norte onde residem os restantes 85,7%. Por outro lado, os oceanos cobrem cerca de 81% da sua superfície. Tanto o Índico, o Atlântico e o Pacífico têm grandes constrangimentos geográficos a norte, mas para sul são extremamente abertos, sem qualquer limite geográfico definido até ao distante litoral da Antárctida. Daí que, em muitos casos, nem sequer se refere a existência do oceano antárctico. Figura. 28 Localização geográfica da Antártica ISCED CURSO: Geografia; 30 Ano MANUAL: GEOGRAFIA REGIONAL I 59 Fonte: https://www.infoescola.com As águas que circulam em redor da Antárctida, formam a Corrente Circum Polar Antárctica. Estas águas movem-se segundo o sentido do ponteiro
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