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Diabetes Tipo 1

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Giovanna Paola de Rezende Pivoto– 4º Período 
FMIT – Faculdade de Medicina de Itajubá 
Sistemas Orgânicos Integrados IV – SOI IV, N1. 
Diabetes Tipo 1 
Pâncreas Endócrino 
Função: 
• O pâncreas é uma glândula 
digestiva com função endócrina e 
exócrina, pertencente ao sistema 
digestório e endócrino. 
• A porção endócrina é responsável 
por secretar os hormônios insulina 
e glucagon, responsáveis por 
regular o nível de glicose no 
sangue. 
• São encontrados 2 tipos de células 
na porção endócrina do pâncreas: 
✓ Células Alfa: Produzem o 
glucagon. 
 
✓ Células Beta: Produzem a 
insulina. 
 
• A glicose é armazenada no fígado 
sob a forma de glicogênio. O 
glucagon estimula o fígado a 
degradar glicogênio e liberar 
glicose quando o corpo precisa de 
energia, enquanto a insulina é 
responsável pelo transporte da 
glicose para dentro das células. 
 
• Portanto, o glucagon e a insulina 
são antagonistas, pois o primeiro 
aumenta os níveis de glicose no 
sangue e o segundo diminui. 
 
 
 
 
 
 
• A insulina aumenta a oxidação da 
glicose e promove a síntese de 
glicogênio, de proteínas e de 
gorduras. Enquanto o glucagon 
promove a glicogenólise e 
gliconeogênese para aumentar a 
produção de glicose e a 
cetogênese. 
Ação da Insulina 
 Fatores que promovem a liberação da 
insulina: 
• Aumento da concentração da 
glicose plasmática; 
• Aumento da concentração de 
aminoácidos; 
• Efeitos antecipatórios dos 
hormônios gastrointestinais; 
• Aumento da atividade 
parassimpática 
Ações da insulina: 
• A insulina aumenta o transporte de 
glicose na maioria das células 
sensíveis à insulina; 
• A insulina aumenta a utilização e o 
armazenamento de glicose; 
• A insulina aumenta a utilização de 
aminoácidos; 
• A insulina promove a síntese de 
lipídios; 
 
https://www.todamateria.com.br/hormonios/
https://www.todamateria.com.br/glicose/
https://www.todamateria.com.br/glucagon/
Tipos de Diabetes 
Diabetes tipo 1- O DM tipo 1 constitui, em 
mais de 90% dos casos, doença autoimune 
caracterizada por deficiência absoluta de 
insulina por destruição das células β das 
ilhotas pancreáticas; corresponde a 5 a 
10% dos casos de DM e é o subtipo mais 
comum abaixo dos 20 anos. 
Diabetes tipo 2 e síndrome metabólica- O 
DM tipo 2 resulta da combinação de 
resistência periférica à insulina com 
resposta secretória inadequada das células 
β; representa a maioria (cerca de 90%) dos 
casos de DM e incide, sobretudo, em 
pessoas com sobrepeso. 
Outros tipos- consiste nos tipos específicos 
da doença, que estão associados a alguns 
outros distúrbios e síndromes. Por 
Exemplo: doença pancreática, ressecção 
dos tecidos pancreáticos, acromegalia, 
síndrome de Cushing ou feocromocitoma. 
Diabetes gestacional- é definido por 
qualquer grau de intolerância á glicose, 
que ocorre inicialmente durante a 
gestação. 
 
 
Diabetes Tipo 1 
• O DM tipo 1 caracteriza-se pela 
destruição das células ß do 
pâncreas. 
 
• Ela pode ser subdividida em dois 
grupos- diabetes tipo 1A mediado 
imunologicamente e diabetes tipo 
1B idiopático (não relacionado 
com distúrbios imunes. 
 
• Sob o ponto de vista terapêutico, 
os dois subtipos do diabetes tipo 1 
não tem diferença. 
 
Diabetes tipo 1 imunomediada 
• Caracteriza-se pela destruição 
imune das células ß; 
 
• É mais comum em indivíduos 
jovens (diabetes juvenil), embora 
possa ocorrer em qualquer idade; 
 
• A taxa de destruição das células β 
é muito variável, ou seja, rápida 
em alguns casos e lenta em outros. 
Em geral, a forma rapidamente 
progressiva é encontrada nas 
crianças, mas também pode 
acometer adultos. A forma 
lentamente progressiva ocorre 
geralmente nos adultos e é 
conhecida como diabetes 
autoimune dos adultos (DAIA). 
 
• É um distúrbio catabólico 
evidenciado por deficiência 
absoluta de insulina, nível 
sanguíneo alto de glicose e 
decomposição das gorduras e das 
proteínas do corpo. A deficiência 
absoluta de insulina dos pacientes 
com DM tipo 1 significa que eles 
são especialmente suscetíveis a 
desenvolver cetoacidose. 
 
• Uma das ações da insulina é inibir 
a lipólise (decomposição das 
gorduras) e a liberação dos ácidos 
graxos livres (AGL) dos adipócitos. 
Quando o hormônio está ausente, 
os pacientes entram em cetose 
quando esses ácidos graxos são 
liberados dos adipócitos e 
convertidos em cetonas no fígado. 
Em razão da resposta suprimida à 
insulina, todos os pacientes com 
diabetes tipo 1A necessitam de 
reposição de insulina exógena 
para reverter o estado catabólico, 
controlar os níveis sanguíneos da 
glicose e evitar cetose. 
 
• Aparentemente, o diabetes tipo 1 
é um distúrbio autoimune 
resultante de predisposição 
genética (genes diabetogênicos); 
um fator ambiental desencadeante 
(p. ex., uma infecção) ; e uma 
reação de hipersensibilidade 
mediada por linfócitos T contra 
algum antígeno das células β. A 
suscetibilidade ao DM tipo 1A 
depende de vários genes. O 
principal gene que determina a 
suscetibilidade a essa doença está 
localizado na região dos antígenos 
leucocitários humanos (HLA) do 
cromossomo 6. 
Manifestações Clínicas: 
▪ A DM pode ter início rápido ou 
insidioso. Os pacientes com o 
diabetes tipo 1, os sinais e 
sintomas frequentemente 
começam de modo súbito. Em 
geral, o diabetes tipo 2 tem início 
mais insidioso e comumente 
existia há anos antes de ser 
diagnosticado. 
 
▪ O diagnóstico do diabetes pode 
ser estabelecido durante uma 
consulta médica rotineira, ou 
quando um indivíduo busca 
atendimento médico por outras 
razões. 
 
▪ Os sinais e sintomas detectados 
mais comumente nos pacientes 
com diabetes são referidos como 
três polis: 
 
1. Poliúria (micções 
excessivas) - Quando os 
níveis sanguíneos da 
glicose estão 
suficientemente elevados, a 
quantidade filtrada pelos 
glomérulos renais é maior 
que a quantidade que 
pode ser reabsorvida pelos 
túbulos renais. Isso causa 
glicosúria, que acarreta 
perdas volumosas de água 
na urina. 
 
2. Polidipsia (sede exagerada) 
- A sede resulta da 
desidratação intracelular 
que ocorre à medida que 
os níveis sanguíneos da 
glicose aumentam e a água 
é atraída para fora das 
células, inclusive das células 
do centro hipotalâmico da 
sede. 
 
3. Polifagia (fome excessiva) - 
A polifagia não é uma 
queixa dos pacientes com 
diabetes tipo 2. Com o 
diabetes tipo 1, esse 
sintoma provavelmente 
resulta da “inanição” celular 
e do esgotamento das 
reservas celulares de 
carboidratos, gorduras e 
proteínas. 
 
4. Emagrecimento- apesar do 
apetite normal ou aumentado 
é uma queixa comum dos 
pacientes com diabetes tipo 1 
descontrolado. 
 
5. Borramento visual recidivante- 
desenvolve à medida que o 
cristalino e a retina ficam 
expostos aos líquidos 
hiperosmolares. 
 
6. Fraqueza e fadiga- O volume 
plasmático reduzido causa 
fraqueza e fadiga. 
 
7. Infecções cutâneas- As 
infecções cutâneas crônicas 
podem ocorrer e são mais 
comuns nos pacientes com 
diabetes tipo 2. 
 
 
 Tipo I Tipo II 
Origem Genética ou idiopática Geralmente, hábitos 
alimentares. 
Fisiopatologia É uma doença autoimune, 
que ocasiona a gradual 
destruição das células 
beta do pâncreas, 
ocasionando deficiência 
completa de insulina. 
Caracterizada por 
resistência à insulina, com 
demorada resposta ao 
ingerir glicose. Associado, 
pode apresentar secreção 
de insulina diminuída. 
Ação do glucagon Não altera. Frequentemente, altos 
níveis de glucagon, pois as 
células alfa não captam 
glicose, o que estimula a 
secreção de glucagon. 
Início da doença Geralmente é diagnóstico 
na infância e adolescência. 
Maior incidência após os 
40 anos, mas com 
crescente aumento em 
crianças e adolescentes. 
Sintomas Poliúria (micção 
excessiva), Polidipsia 
(sede intensa), Polifagia 
(comer em excesso), 
emagrecimento, 
cetoacidose diabética(já 
diagnosticando). 
Podem permanecer meses 
e anos assintomáticos, ou 
ignorando sintomas 
clássicos associados à 
obesidade. 
Complicações Caso não ocorra 
tratamento, pode ocorrer 
cetoacidose, coma e 
morte. 
Inclui aterosclerose, 
alterações neurológicas, 
insuficiência renal e 
cegueira causada por 
retinopatia diabética. 
Tratamento Sempre é medicado 
injeções de insulina, 
associado a exercícios 
físicos, e alimentação 
saudável. 
Nem sempre é necessária 
a administração de 
insulina, mas o tratamento 
não mecadimentoso 
(exercícios físicos e dieta) é 
essencial, a fim de perder 
peso. 
Prevalência Entre 5% e 10% dos casos 
de DM 
Entre 95% e 90% dos 
casos de DM 
 
Cuidados Iniciais da Diabetes 
 As orientações são essenciais para 
otimizar os cuidados. As orientações 
devem incluir informações sobre: 
• Causas do diabetes 
• Dieta 
• Exercício 
• Fármacos 
• Automonitoramento com exames 
de glicemia capilar de ponta de 
dedo 
• Cuidado com os pés 
• Sinais e sintomas de hipoglicemia, 
hiperglicemia e complicações 
diabéticas 
A maioria dos pacientes com diabetes 
mellitus tipo 1 também pode aprender a 
titular suas doses de insulina. As 
orientações devem ser reforçadas a cada 
consulta médica e hospitalização. Os 
programas de educação formal para os 
diabéticos, geralmente feitos por 
enfermeiros e nutricionistas, costumam ser 
muito eficazes. 
Referências: 
1. Silverthorn DU. Fisiologia humana: 
uma abordagem integrada. 7a ed. 
Porto Alegre: Artmed, 2017. 
 
2. Porth CM, Matfin G. 
Fisiopatologia. 9ª ed. Rio de 
Janeiro: Guanabara-Koogan, 
2015. 
 
3. Goldman ADC. Goldman Cecil: 
Medicina. 24 ª ed. Rio de Janeiro: 
Saunders Elsevier, 2014. 
 
4. Kumar V, Aster J, Abbas A. 
Robbins & Cotran Patologia - 
Bases Patológicas das Doenças. 9 ª 
ed. Rio de Janeiro: Elsevier Bras, 
2016.

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