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Stella de Mello
COMUNICAÇÃO
E EXPRESSÃO
1ª Edição, 2020
Centro Universitário Adventista de São Paulo
Fundado em 1915 — www.unasp.br
Missão Educar no contexto dos valores bíblicos para um viver pleno e para 
a excelência no serviço a Deus e à humanidade.
Visão Ser uma instituição educacional reconhecida pela excelência nos serviços prestados, 
pelos seus elevados padrões éticos e pela qualidade pessoal e pro� ssional de seus egressos.
Administração da Entidade
Mantenedora (IAE)
Diretor-Presidente: Maurício Lima
Diretor Administrativo: Edson Medeiros
Diretor-Secretário: Emmanuel Oliveira Guimarães
Diretor Depto. de Educação: Ivan Góes
Administração Geral
do Unasp
Reitor: Martin Kuhn
Vice-Reitor Executivo Campus EC: Antônio Marcos da Silva Alves
Vice-Reitor Executivo Campus HT: Afonso Ligório Cardoso
Vice-Reitor Executivo Campus SP: Douglas Jeferson Menslin
Pró-Reitor Administrativo: Telson Bombassaro Vargas
Pró-Reitor Acadêmico: Afonso Ligório Cardoso
Pró-Reitor de Educação a Distância: Fabiano Leichsenring Silva
Pró-Reitor de Pesquisa e Desenvolvimento Institucional: Allan Macedo de Novaes
Pró-Reitor de Desenvolvimento Espiritual, Comunitário e Estudantil: Martin Kuhn
Secretário-Geral: Marcelo Franca Alves
Faculdade Adventista
de Teologia
Diretor: Reinaldo Wenceslau Siqueira
Coordenador de Pós-Graduação: Vanderlei Dorneles da Silva
Coordenador de Graduação: Adriani Milli Rodrigues
Órgãos Executivos 
Campus Engenheiro Coelho
Pró-Reitor Administrativo Associado: Murilo Marques Bezerra
Pró-Reitor Acadêmico Associado: Everson Muckenberger
Pró-Reitor de Desenvolvimento Estudantil Associado: Bruno de Moura Fortes
Pró-Reitor de Desenvolvimento Espiritual e Comunitário Associado: Ebenézer do Vale Oliveira
Órgãos Executivos 
Campus Hortolândia
Pró-Reitor Administrativo Associado: Claudio Valdir Knoener
Pró-Reitora Acadêmica Associada: Suzete Araújo Águas Maia
Pró-Reitor de Desenvolvimento Estudantil Associado: Daniel Fioramonte Costa
Pró-Reitor de Desenvolvimento Espiritual e Comunitário Associado: Wanderson Paiva
Órgãos Executivos 
Campus São Paulo
Pró-Reitor Administrativo Associado: Flavio Knöner
Pró-Reitora Acadêmica Associada: Silvia Cristina de Oliveira Quadros
Pró-Reitor de Desenvolvimento Estudantil Associado: Ricardo Bertazzo
Pró-Reitor de Desenvolvimento Espiritual e Comunitário Associado: Robson Aleixo de Souza
Editor-chefe Rodrigo Follis
Gerente de projetos Bruno Sales Ferreira
Editor associado Alysson Huf
Supervisor administrativo Werter Gouveia
Gerente de vendas Francileide Santos
Editores Adriane Ferrari, Gabriel Pilon Galvani,Jônathas Sant’Ana e � amires Mattos
Designers grá� cos Felipe Rocha e Kenny Zukowski
Imprensa Universitária Adventista
Centro Universitário Adventista de São Paulo
Fundado em 1915 — www.unasp.br
Missão Educar no contexto dos valores bíblicos para um viver pleno e para 
a excelência no serviço a Deus e à humanidade.
Visão Ser uma instituição educacional reconhecida pela excelência nos serviços prestados, 
pelos seus elevados padrões éticos e pela qualidade pessoal e pro� ssional de seus egressos.
Administração da Entidade
Mantenedora (IAE)
Diretor-Presidente: Maurício Lima
Diretor Administrativo: Edson Medeiros
Diretor-Secretário: Emmanuel Oliveira Guimarães
Diretor Depto. de Educação: Ivan Góes
Administração Geral
do Unasp
Reitor: Martin Kuhn
Vice-Reitor Executivo Campus EC: Antônio Marcos da Silva Alves
Vice-Reitor Executivo Campus HT: Afonso Ligório Cardoso
Vice-Reitor Executivo Campus SP: Douglas Jeferson Menslin
Pró-Reitor Administrativo: Telson Bombassaro Vargas
Pró-Reitor Acadêmico: Afonso Ligório Cardoso
Pró-Reitor de Educação a Distância: Fabiano Leichsenring Silva
Pró-Reitor de Pesquisa e Desenvolvimento Institucional: Allan Macedo de Novaes
Pró-Reitor de Desenvolvimento Espiritual, Comunitário e Estudantil: Martin Kuhn
Secretário-Geral: Marcelo Franca Alves
Faculdade Adventista
de Teologia
Diretor: Reinaldo Wenceslau Siqueira
Coordenador de Pós-Graduação: Vanderlei Dorneles da Silva
Coordenador de Graduação: Adriani Milli Rodrigues
Órgãos Executivos 
Campus Engenheiro Coelho
Pró-Reitor Administrativo Associado: Murilo Marques Bezerra
Pró-Reitor Acadêmico Associado: Everson Muckenberger
Pró-Reitor de Desenvolvimento Estudantil Associado: Bruno de Moura Fortes
Pró-Reitor de Desenvolvimento Espiritual e Comunitário Associado: Ebenézer do Vale Oliveira
Órgãos Executivos 
Campus Hortolândia
Pró-Reitor Administrativo Associado: Claudio Valdir Knoener
Pró-Reitora Acadêmica Associada: Suzete Araújo Águas Maia
Pró-Reitor de Desenvolvimento Estudantil Associado: Daniel Fioramonte Costa
Pró-Reitor de Desenvolvimento Espiritual e Comunitário Associado: Wanderson Paiva
Órgãos Executivos 
Campus São Paulo
Pró-Reitor Administrativo Associado: Flavio Knöner
Pró-Reitora Acadêmica Associada: Silvia Cristina de Oliveira Quadros
Pró-Reitor de Desenvolvimento Estudantil Associado: Ricardo Bertazzo
Pró-Reitor de Desenvolvimento Espiritual e Comunitário Associado: Robson Aleixo de Souza
Editor-chefe Rodrigo Follis
Gerente de projetos Bruno Sales Ferreira
Editor associado Alysson Huf
Supervisor administrativo Werter Gouveia
Gerente de vendas Francileide Santos
Editores Adriane Ferrari, Gabriel Pilon Galvani,Jônathas Sant’Ana e � amires Mattos
Designers grá� cos Felipe Rocha e Kenny Zukowski
Imprensa Universitária Adventista
1ª Edição, 2020
Imprensa Universitária Adventista
Engenheiro Coelho, SP
Stella de Mello
COMUNICAÇÃO
E EXPRESSÃO
Mello, Stella de.
Comunicação e expressão [livro eletrônico] / Stella de Mello. Engenheiro Coelho: Unaspress, 
2020.
1 Mb ; PDF
ISBN 978-85-8463-172-8
1. Carreira pro� ssional 2. Contabilidade 3. Contabilidade como pro� ssão 4. Contabilidade como 
pro� ssão - Leis e legislação 5. Formação pro� ssional 6. Negócios I. Título.
20-33026 CDD-370.113
Dados Internacionais da Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Índices para catálogo sistemático:
1. Contabilidade : Educação pro� ssional 370.113
Maria Alice Ferreira - Bibliotecária - CRB-8/7964
Comunicação e expressão
1ª edição – 2020
e-book (pdf)
OP 00123_056
Editora associada:
Todos os direitos reservados para a unaspress - Imprensa universitária Adventista. 
Proibida a reprodução por quaisquer meios, sem prévia autorização escrita da editora, 
salvo em breves citações, com indicação da fonte.
Preparação: Matheus Cardoso
Revisão: Giovanna Finco
Projeto grá� co: Ana Paula Pirani 
Capa: Jonathas Sant’Ana
Diagramação: Ana Paula Pirani
Caixa Postal 88 – Reitoria Unasp
Engenheiro Coelho, SP CEP 13.448-900
Tels.: (19) 3858-5222 / (19) 3858-5221
www.unaspress.com.br
Imprensa Universitária Adventista
Validação editorial cientí� ca ad hoc:
Waggnoor Macieira Kettle
Doutor em Educação pela Universidade Metodista de Piraci-
caba, SP, com ênfase no ensino da Contabilidade
Conselho editorial e artístico: Dr. Martin Kuhn, Esp. 
Telson Vargas, Me. Antônio Marcos, Dr. Afonso Cardoso, 
Dr. Douglas Menslin, Dr. Rodrigo Follis, Dr. Lélio Lellis, Dr. 
Allan Novaes, Esp. Jael Enéas, Esp. José Júnior, Dr. Reinaldo 
Siqueira, Dr. Fábio Al� eri, Dra. Gildene Lopes, Me. Edilson 
Valiante, Me. Diogo Cavalcante, Dr. Adolfo Suárez
SUMÁRIO
GÊNEROS TEXTUAIS E SUAS APLICABILIDADES ..... 13
Introdução ........................................................................................14
Breves reflexões sobre o ato de escrever 
na esfera universitária ......................................................................15
Resumo ............................................................................................17
Resumos indicativos ...............................................................18
Resumos informativos ............................................................19
Resumos críticos ou resenha ..................................................21
Sobre os vários tipos de resumo: importante........................24
Fichamento ......................................................................................25
No que toca ao aspecto físico .................................................26
Artigo acadêmico.............................................................................27
Leitura ..............................................................................................32
VO
CÊ
 ES
TÁ
 A
QU
I
As condições de produção da leitura ......................................36
Estratégias de leitura ...............................................................38
Lendo e produzindo textos ..............................................................43
Referências .......................................................................................50
A COMUNICAÇÃO APLICADA 
AO AMBIENTE CORPORATIVO ................................ 53
Introdução ........................................................................................54
Sistema da comunicação .................................................................54
Funções da linguagem ....................................................................63
Função informativa (referencial/denotativa) .........................65
Função expressiva (emotiva) ..................................................66
Função conativa (apelativa)....................................................67
Função fática (ou interativa) ...................................................68
Função metalinguística ...........................................................69
Função poética ........................................................................70
A apresentação eficaz ......................................................................73
Pontualidade ...........................................................................73
VO
CÊ
 ES
TÁ
 A
QU
I
Equipamentos .........................................................................74
Conexão com a rede ................................................................75
Linguagem ..............................................................................76
Apresentação em grupo .........................................................77
Ansiedade ...............................................................................78
Concluindo ..............................................................................79
Perguntas ................................................................................79
Vestuário .................................................................................80
Para finalizar ............................................................................80
Habilidades comunicacionais ..........................................................82
Fases de uma apresentação ....................................................84
O que evitar? ...........................................................................89
Referências .......................................................................................93
PARA OTIMIZAR A IMPRESSÃO DESTE ARQUIVO, CONFIGURE 
A IMPRESSORA PARA DUAS PÁGINAS POR FOLHA.
Leitura e Interpretação de Textos. 
Construção de textos técnicos. 
Elaboração, crítica e análise de relatórios 
e projetos. Comunicação Empresarial. 
Desenvolvimento de Expressão Oral. 
O gestor como comunicador. Mídias 
organizacionais. Organização e postura em 
reuniões, eventos e momentos públicos.
EMENTA
CONHEÇA O CONTEÚDO
Seja bem-vindo(a) ao estudo sobre Comunicação 
e Expressão! Neste material, você terá acesso a 
alguns conceitos importantes quando falamos de 
Língua Portuguesa escrita. Mas, diferentemente 
do que, talvez, você lembre de seus aprendiza-
dos anteriores, o estudo da nossa língua não se 
resume ao conhecimento gramatical dos seus 
elementos ou a decorar quais tipos de textos 
existem. Ele vai além de qualquer ensino que 
esteja focado na gramática pura e simplesmente. 
Aliás, o estudo de gramática existe para auxiliar 
a nossa percepção crítica sobre o que lemos e 
ouvimos em nossa vida.
Aqui, levantaremos questões relacionadas 
à linguagem, visando desenvolver o racio-
cínio crítico e conceitos básicos dos textos 
acadêmicos. Para melhor assimilação do 
conteúdo, este material foi dividido em duas 
partes, que têm o objetivo de abordar com 
maiores detalhes todos os assuntos relevan-
tes para a área em questão. A primeira parte 
apresentará breves reflexões sobre o ato 
de escrever dentro do contexto acadêmico, 
sobre os gêneros textuais mais utilizados na 
esfera universitária e ainda, sobre a leitura, 
a produção e a análise de textos. A segunda 
parte do estudo terá a comunicação como 
tema central, relacionando-a com o ambiente 
de trabalho e com a importância de se ter 
uma comunicação eficaz num mundo cor-
porativo. Esperamos que você aproveite este 
conteúdo e que, a partir dele, consiga desen-
volver suas habilidades com a escrita, leitura 
e produção de textos.
Bons estudos!
uNIDADE 1
- Adquirir conhecimentos linguísticos necessários 
para sintetizar – de maneira lógica - ideias, projetos, 
empreendimentos, procedimentos;
- Escrever, falar e ler de maneira clara, objetiva 
e assertiva em todas as situações envolvidas no 
administrar de uma empresa;
- Contribuir para o crescimento da empresa no que se 
refere à solução de problemas por meio do raciocínio 
lógico-linguístico.
GÊNEROS TEXTUAIS 
E SUAS APLICABILIDADES
OB
JE
TI
VO
S
14
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
INTRODUÇÃO
Nesta unidade você será exposto às práticas discursivas 
usadas na universidade e aos gêneros do discurso acadêmico, 
mais precisamente: resumos, fichamentos, resenhas e artigos 
acadêmicos. Falaremos também sobre a apropriação formal e 
funcional de tais gêneros para que você compreenda a presença 
da escrita científica na rotina pedagógica ou profissional.
Além disso, abordaremos a leitura e como ela pode auxiliar 
na produção de diferentes textos, a leitura analítica de textos 
técnicos e científicos e como colocá-la em prática. Assim, para 
ajudar na absorção de todos esses assuntos, esta unidade foi 
dividida em tópicos. Portanto, esperamos que ao final desta 
unidade você tenha compreendido:
• a importância da escrita para a esfera universitária;
• a diferença entre resumo indicativo, 
informativo e crítico ou resenha;
• como fazer um fichamento efetivo;
• como elaborar um artigo acadêmico;
15
GêNEROS TExTuAIS E SuAS APLICABILIDADES
• todas as etapas da leitura;
• as estratégias de leitura e como usá-las;
• como produzir textos aplicando 
as dicas aprendidas.
BREVES REFLEXÕES 
SOBRE O ATO DE ESCREVER 
NA ESFERA UNIVERSITÁRIA
A esfera universitária é composta por estudantes, 
professores e funcionários, e, no que se refere à educação 
brasileira, é nessa esfera que você vai dar continuidade ao 
processo de letramento escolar, após já ter vivenciado diversas 
práticas de letramento na educação básica. No entanto, ao 
chegar aos bancos acadêmicos, é comum levarmos um tempo 
para nos ambientar a esse meio, já que ele nos exige novas 
práticas de letramento. Logo que as aulas começam, alguns 
estudantes questionam-se e angustiam-se ao constatar que 
muitas expectativas sobre a esfera universitária e o curso eleito 
com o passar do tempo vão se dissipando e se transformando 
em fastidiosas exclamações. 
16
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
Ainda, professores frequentemente solicitam aos estudantes 
que produzam textos em gêneros como fichamentos, seminários, 
resenhas, artigos, entre outros, pressupondo que estes os dominam 
e ignorando que muitos dos estudantes provavelmente nunca 
tenham participado de práticas discursivas como as solicitadas, 
em que esses gêneros tivessem de ser exercitados de fato. Vamos 
aprender e exercitar essas práticas discursivas a partir de agora?
A compreensão sobre os gêneros do discurso alude ao 
teórico das ciências da linguagem Mikhail Bakhtin e diz respeito 
às várias maneiras de usar a língua nas inúmeras esferasda 
atividade humana.
Quando abordamos a produção de textos escolares e 
acadêmicos (em qualquer nível) outro motivo que pode ser 
indicado como gerador de bloqueio é a ausência de objetivo claro 
para o texto e de um possível leitor, porque o estudante, na grande 
maioria das vezes, escreve numa condição de “faz de conta”. 
Possivelmente, se o estudante definisse para que e para quem está 
escrevendo (além de escrever somente para o professor), assumiria 
um papel de autor do seu texto, alcançando o desejo de comunicar 
a mensagem almejada e, consequentemente, de colocar no papel 
o que tem a dizer. Portanto, o autor deve ter bem definidos o 
objetivo e o leitor, buscando adequar a linguagem e o conteúdo 
17
GêNEROS TExTuAIS E SuAS APLICABILIDADES
a eles. Desse modo, deduzimos que escrever bem se relaciona 
ao ato de conseguir produzir um texto que faça sentido em uma 
determinada situação de comunicação.
MATERIAL COMPLEMENTAR
Provavelmente, você já se deparou com o órgão respon-
sável pela normalização técnica no Brasil, a ABNT. No de-
correr dos tópicos a seguir, veremos algumas menções a 
essas normas. Há quem torça o nariz ao ver e ouvir so-
bre as inúmeras regras que permeiam a escrita técnica, 
mas, gostando ou não, elas são necessárias para o bom 
desenvolvimento e padronização dos gêneros textuais. 
Para auxiliá-lo, veja uma reportagem da jornalista Nata-
lia Scalzaretto que resume algumas normas primordiais 
para a construção dos trabalhos acadêmicos.
Disponível em: <https://bit.ly/2AWJr4d>. Acesso em: 12 jun. 2020.
RESUMO
O resumo é um gênero do discurso cuja finalidade é o 
registro das informações principais a respeito de um texto. 
De acordo com Medeiros (2014) e com a Norma Brasileira 
de Referência – NBR 6028 (ABNT, 2003, p. 1), resumo é a 
apresentação “concisa dos pontos relevantes de um documento” 
18
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
e pode ser classificado em três tipos 
distintos: resumo indicativo, resumo 
informativo e resumo crítico ou resenha.
RESUMOS INDICATIVOS
É indispensável à aplicação de um 
resumo que informemos: objetivos, 
métodos, resultados e conclusões de 
estudos, como trabalhos de conclusão 
de curso (TCCs), artigos, monografias, 
dissertações de mestrado e teses de 
doutorado. Segundo Medeiros (2014) e 
a NBR 6028 (ABNT, 2003, p. 2) devemos 
observar a seguinte extensão:
• de 150 a 500 palavras os 
trabalhos acadêmicos (teses, 
dissertações e outros) e 
relatórios técnico-científicos;
• de 100 a 250 palavras os de 
artigos de periódicos;
O resumo é 
um gênero do 
discurso cuja 
finalidade é 
o registro das 
informações 
principais a 
respeito de um 
texto.
19
GêNEROS TExTuAIS E SuAS APLICABILIDADES
• de 50 a 100 palavras os destinados 
a indicações breves. 
Assim, percebemos que o resumo indicativo é um texto 
breve que encapsula a essência do artigo, monografia, dissertação 
ou tese que precede. Sobretudo, no que se refere ao artigo 
acadêmico, atua como fonte de informação precisa e completa e 
auxilia os pesquisadores a ter rápido e oportuno acesso à gama 
de publicações específicas. Resumos dessa natureza têm caráter 
indicativo, portanto não dispensam a leitura dos textos-fonte, pois 
tais resumos apenas indicam o conteúdo desses textos.
A ABNT recomenda o uso de parágrafo único e ainda 
que a primeira frase seja significativa, explicando o tema 
principal do documento. Em seguida, vem a informação 
sobre o conteúdo do trabalho (pesquisa bibliográfica, 
pesquisa experimental, estudo de caso etc.). Por fim, as 
palavras-chave devem aparecer logo abaixo do resumo, 
precedidas da expressão “Palavras-chave”.
RESUMOS INFORMATIVOS
Essa modalidade de resumo é indicada para artigos 
científicos e artigos acadêmicos de forma geral. Há 
20
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
situações em que esse tipo de resumo é 
requerido. Por exemplo, momentos em 
que você deve resumir o conteúdo de 
um material lido – para uma disciplina 
da graduação – a fim de dar conta do 
estudo desse material – visando a uma 
apresentação em aula ou prova. Nessas 
situações, em que você não poderá 
voltar ao texto-fonte, fará uso desse 
tipo de resumo. E também, quando 
você realiza o fichamento de um livro 
ou de parte desse livro, pois não poderá 
dispor desse mesmo futuramente. 
É o caso de obras tomadas como 
empréstimos, tanto de acervos públicos 
quanto de acervos particulares.
O resumo informativo tem por 
finalidade, como o nome sugere, deixar 
o leitor informado acerca dos pontos 
básicos de um texto, permitindo a ele 
a oportunidade de ter uma visão geral 
do assunto tratado no texto-fonte. 
O resumo informativo 
tem por finalidade deixar 
o leitor a par dos pontos 
básicos do texto.
Fonte: Shutterstock (https://shutr.bz/31Weatk)
21
GêNEROS TExTuAIS E SuAS APLICABILIDADES
Ressaltamos, desse modo, que a consulta ao texto original 
não se faz tão necessária assim.
Segundo Medeiros (2014) e a NBR 6028 (ABNT, 2003, p. 
2), o registro das referências bibliográficas deve estar contido 
nos resumos, o que, entendemos, pratica-se aos resumos 
informativos, que devem ser antecedidos da anotação clara e 
precisa da fonte bibliográfica a que se referem.
RESUMOS CRÍTICOS OU RESENHA
A resenha é um gênero textual muito utilizado na 
universidade, em diversas disciplinas e em contextos 
variados. Segundo Medeiros (2014), trata-se de um tipo de 
redação técnica que inclui as seguintes modalidades de textos: 
descrição, narração e dissertação, pois descreve a parte física 
da obra (descrição); relata a biografia do autor, aquilo que o 
tornou relevante; resume a obra; apresenta as suas conclusões 
e a metodologia utilizada e também a que autores o autor se 
referiu (narração); e, para finalizar, apresenta uma apreciação, 
ou seja, um julgamento de valor e diz a quem a obra pode ser 
indicada (dissertação).
22
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
Resenha, portanto, é a apreciação de um texto, 
objetivando documentar de modo crítico seu conteúdo. A 
finalidade da resenha é a divulgação de textos e de obras, 
expressando de maneira crítica o que tais textos e obras 
abrangem. A resenha assinala impressões pessoais do 
resenhista a respeito do texto-fonte.
Muitas vezes o autor da resenha refere-se a obras já 
publicadas pelo autor do texto-fonte ou a obras que tratam de 
temas semelhantes, as quais compõem critério para a análise 
crítica propriamente dita. Resenhas são encontradas em 
periódicos, como revistas semanais de ampla circulação nacional 
e jornais das mais variadas tendências. Esses periódicos, em 
geral, publicam resenhas de livros, filmes, peças teatrais e outros, 
visando informar o leitor a respeito do conteúdo desses livros, 
filmes e peças, e da utilidade ou não de lê-los ou de assistir a eles.
O gênero resenha possui algumas divisões e a mais 
conhecida é a divisão acadêmica, a qual revela moldes 
rigorosos e responsáveis pela padronização dos textos 
técnico-científicos, a saber: resenha crítica, resenha 
descritiva e resenha temática.
Para Medeiros (2014, p. 162), na resenha acadêmica 
crítica há os elementos dissertativos, além dos descritivos e 
23
GêNEROS TExTuAIS E SuAS APLICABILIDADES
narrativos, a defesa de um ponto de 
vista, a apresentação de argumentos e 
provas. Prevê-se, por parte do leitor, um 
posicionamento do resenhista. Igualmente, 
o referido autor propõe que a resenha 
crítica contenha: referências bibliográficas; 
credenciais do autor; resumo da obra 
(digesto); conclusões do autor (se forem 
mencionadas); metodologia aplicada 
pelo autor; quadro de referências do 
autor; crítica do resenhista (apreciação); e 
indicações do resenhista.
De acordo com Medeiros (2014 apud 
FIORIN; PLATÃO, 1990, p. 426), a resenha 
acadêmica descritiva deve: “fazer uma 
relação das propriedades de um objeto, 
enumerar cuidadosamente seus aspectos 
relevantes, descrever as circunstâncias que 
o envolvem”. Desse modo, essa resenha 
apenas descreve, não expõe a opinião do 
resenhista. Ainda para Medeiros (2014), 
a estrutura da resenha descritivadeve 
conter os seguintes elementos: nome do 
autor (ou dos autores); título e subtítulo da 
DIGESTO
Segundo o site Significados, 
digesto é uma “resenha; texto 
breve e resumido de um texto, 
artigo ou livro; a publicação 
composta por esses resumos”. 
Fonte: <https://bit.ly/34Y1m7s>. 
Acesso em: 02 set. 2020.
24
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
obra (livro, artigo de periódico); se tradução, nome do tradutor; 
nome da editora; local e data da publicação da obra; número 
de páginas e volumes; descrição sumária das partes, capítulos, 
índices; resumo da obra, destacando objeto, objetivo, gênero; tom 
do texto; métodos empregados e ponto de vista que sustenta.
Finalmente, na resenha acadêmica temática, o resenhista 
apresenta variados textos ou obras que contenham temas 
congêneres, ou seja, assuntos em comum ao tema principal. 
O autor sugere os seguintes passos para estruturar a resenha 
acadêmica temática: apresentação do tema; resumo dos textos; 
citação das fontes e conclusão.
SOBRE OS VÁRIOS 
TIPOS DE RESUMO: IMPORTANTE
As disposições da NBR 6028 (ABNT, 2003, p. 2) recomendam 
que os resumos sejam constituídos de uma sequência de frases 
concisas, afirmativas e não de enumeração de tópicos, isto é, 
refere-se ao que denominamos “texto corrido” e não “texto 
esquemático”. No caso dos resumos para trabalhos acadêmicos, 
deverão ser redigidos em um só parágrafo. De acordo com 
a referida norma: deve-se usar o verbo na voz ativa e na 
25
GêNEROS TExTuAIS E SuAS APLICABILIDADES
terceira pessoa do singular, por exemplo: 
“Constata-se...; Conclui-se...; Sugere-se...”. 
Há indicação para evitar:
• símbolos e contrações que 
não sejam de uso corrente;
• fórmulas, equações, 
diagramas etc., que não sejam 
absolutamente necessários; 
quando seu emprego for 
imprescindível, defini-los 
na primeira vez em que 
aparecem (ABNT, 2003, p. 2).
FICHAMENTO
O fichamento de resumo é “um tipo 
de redação informativo-referencial que 
se ocupa em reduzir um texto às suas 
ideias principais. Em princípio, o resumo 
é uma paráfrase e pode-se dizer que dele 
não devem fazer parte comentários” 
(MEDEIROS, 2014, p. 112).
O fichamento 
contém um 
resumo 
informativo. 
Desse modo, é 
você “dizendo” 
o que o autor 
“diz”.
26
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
O fichamento contém um resumo informativo. Desse 
modo, é você “dizendo” o que o autor “diz”. São suas palavras, 
mas com base nas ideias do autor. No resumo informativo (que 
faz parte do fichamento), há um apanhado das ideias do autor, 
articulado nas nossas palavras. Não há cópia, certo?
O fichamento, como todos os demais trabalhos acadêmicos, 
deve ser elaborado em Times New Roman ou Arial 12, 
de espaçamento 1,5 entre linhas, quando digitado. Uma 
informação indispensável que deve ser posta no cabeçalho é a 
referência da obra a ser fichada.
Podemos fazer “citações diretas”: cópias (palavras na 
íntegra) ou citações indiretas, nesse caso, eu digo com as 
minhas palavras as palavras do autor (paráfrase). Não se 
esqueça de que a “chave” de todo o processo é ler com muita 
atenção o texto-fonte, sempre!
NO QUE TOCA AO ASPECTO FÍSICO
A reunião das informações do texto para o fichamento 
pode ser feita num arquivo de fichas ou pelo computador. Se 
optar pelo uso de fichas, são comuns os seguintes tamanhos:
27
GêNEROS TExTuAIS E SuAS APLICABILIDADES
• Tipo grande: 12,5 cm x 20,5 cm;
• Tipo médio: 10,5 cm x 15,5 cm;
• Tipo pequeno (internacional): 7,5 cm x 12,5 cm.
Você também pode optar pelo uso do fichamento 
informatizado. Este tem o benefício de que não há limite de 
linhas, como no fichamento em papel. Outro benefício é a 
agilidade, porque é possível copiar e colar textos, deslocar 
informações de uma parte para outra, usar o recurso de 
encontrar expressões-chave, entre outras possibilidades.
ARTIGO ACADÊMICO
De acordo com a NBR 6022 (ABNT, 2002, p. 2), o artigo 
científico pode ser definido como a “publicação com autoria 
declarada, que apresenta e discute ideias, métodos, técnicas, 
processos e resultados nas diversas áreas do conhecimento”. Tal 
norma prevê a existência de dois tipos de artigo:
• Artigo de revisão: parte de uma publicação que 
resume, analisa e discute informações já publicadas;
• Artigo original: parte de uma publicação que apresenta 
temas ou abordagens originais (ABNT, 2002, p. 2).
28
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
Esperamos que por meio deste estudo você possa 
identificar a configuração acadêmica e a finalidade do gênero 
artigo, bem como, seja capaz de escrever um texto desse 
gênero, que é um dos usos sociais da língua habitual na 
atividade universitária.
O artigo, na esfera acadêmica, é um gênero que tem por 
finalidade a socialização do resultado de estudos e pesquisas. 
Artigos são produzidos para divulgar à comunidade 
acadêmico-científica tanto descobertas a respeito de um dado 
campo de pesquisa quanto questionamentos, reflexões e (re)
leituras de teorizações vigentes. Existem, também, artigos 
escritos objetivando a revisão de bibliografias e conteúdos 
em suporte eletrônico acerca de um assunto específico. Esses 
artigos reúnem, em uma leitura crítico-analítica, visões de 
diversos autores.
Desse modo, verificamos que a produção de um artigo, 
na universidade, apresenta a documentação de um estudo 
efetivado, o que se realiza com embasamento na perspectiva de 
outros autores, trazendo consigo, porém, uma perspectiva de 
autoria, no que toca à reflexão e produção por parte do aluno.
Talvez você esteja se questionando: qual a diferença 
entre um artigo e uma monografia? Basicamente, o primeiro 
29
GêNEROS TExTuAIS E SuAS APLICABILIDADES
passo é entender que na escrita do artigo 
acadêmico não podemos pormenorizar 
um determinado assunto, estendendo-
nos em diversos capítulos, como o 
fazemos na escrita da monografia.
A publicação de artigos em 
periódicos especializados é de suma 
importância para a ascensão da ciência 
nas diversas áreas. Pesquisadores 
e estudiosos de variadas áreas da 
atividade humana fazem descobertas 
e postulam teorias cuja socialização, 
por intermédio de artigo, por exemplo, 
faz-se imprescindível para que novas 
possibilidades sejam traçadas nas veredas 
do pensamento humano.
Medeiros (2014) e a NBR 6022 
(ABNT, 2002) descrevem, ainda, as 
partes constitutivas do gênero artigo, 
caracterizando sua estruturação em três 
divisões: elementos pré-textuais, textuais 
e pós-textuais. Confira uma representação 
desses elementos na Figura 1:
A publicação 
de artigos em 
periódicos 
especializados 
é de suma 
importância 
para a 
ascensão da 
ciência nas 
diversas áreas.
30
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
Figura 1 - Partes constitutivas do artigo
ARTIGO
Elementos 
pré-textuais
Elementos 
textuais
Elementos 
pós-textuais
Título do artigo e subtítulo, se houver
Identificação da autoria: nome(s) do(s) autor(es)
Resumo, no nosso caso, em português
Palavras-chave igualmente em português
Título
Notas explicativas
Referências
Glossário
Apêndice
Anexos
Resumo e palavras-chave em língua estrangeira
Introdução: “parte inicial do artigo onde deve constar a 
delimitação do assunto tratado, os objetivos da pesquisa e 
outros elementos necessários para situar o tema do artigo”
Desenvolvimento: “parte principal do artigo, que contém a 
exposição ordenada e pormenorizada do assunto tratado. 
Divide-se em seções e subseções [...] que variam em 
função da abordagem do tema e do método”
Conclusão: “parte final do artigo na qual se apresentam as 
conclusões correspondentes aos objetivos e às hipóteses”
Fonte: adaptado da NBR 6022 (ABNT, 2002, p. 4)
31
GêNEROS TExTuAIS E SuAS APLICABILIDADES
Para a produção de um artigo original, de fato, é 
indispensável ter em mente que o desenvolvimento é 
organizado em três grandes eixos:
1. Fundamentação teórica: emprego das teo-
rias com base nas quais discorremos sobre 
o assunto em questão. Sugere mencionar 
autores e obras com legitimidade na área de 
estudos na qual está inserido o artigo. Nesse 
caso, trata-se de resenharas obras analisadas 
“conversando” com os autores citados e, por 
meio desse diálogo, inserir citações diretas 
sempre que essa inserção for pertinente;
2. Metodologia: descrição minuciosa do per-
curso no processo de coleta e de análise dos 
dados de pesquisa;
3. Análise dos resultados da pesquisa: um dos 
passos mais significativos de um artigo origi-
nal é o processo de avaliação dos dados ge-
rados. Tal processo demanda a organização 
prévia das informações alcançadas no perío-
do da pesquisa. Na efetiva análise dos dados, 
é necessário apresentar analiticamente essas 
32
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
regras, explanando-as à luz das teorias trazi-
das na fundamentação teórica. Assim, você 
exporá os resultados de sua pesquisa.
MATERIAL COMPLEMENTAR
Ao conhecermos um pouco das práticas discursivas na 
universidade e os gêneros textuais/discursivo-acadêmi-
cos, é relevante refletirmos sobre a importância da divul-
gação científica e sua popularização. Veja o que alguns 
colaboradores e pesquisadores da área da ciência tem a 
dizer sobre o assunto, na roda de diálogo do programa 
Salto para o Futuro, desenvolvido pela TV Escola com o 
apoio do Ministério da Educação.
Disponível em: <https://bit.ly/2uDw8wr>. Acesso em: 11 jun. 2020.
LEITURA
Você já deve ter se questionado sobre o que é ler. 
Concordamos com a visão de Medeiros (2014), de que a 
linguagem não pode ser examinada separadamente da 
sociedade que a produz e de que para sua composição, entram 
em jogo processos histórico-sociais. Desse modo, “a leitura é 
produzida, uma vez que o leitor interage com o autor do texto” 
(MEDEIROS, 2014, p. 55). Esse ponto de vista leva em conta que 
33
GêNEROS TExTuAIS E SuAS APLICABILIDADES
o texto é o lugar de interação entre falante 
e ouvinte, autor e leitor.
Pois bem, ler é uma atividade que vai 
muito além de decodificar as letras, visto 
que o sentido do que lemos depende 
de alguns aspectos, tais como: o que 
conhecemos acerca do assunto e nossa 
habilidade para processar o que foi lido.
Podemos dizer que a leitura é uma 
atividade complexa e muito importante, 
capaz de inserir o sujeito em um amplo 
mundo de conhecimentos, oportunizando 
a obtenção de informações referentes 
ao saber de diversas áreas da atividade 
humana. Enfatizamos, ainda, que o ato de 
ler pressupõe vivências com a linguagem 
por meio de diversos gêneros do discurso, 
para que nos tornemos leitores proficientes 
para finalidades distintas.
Conforme Medeiros (2014, p. 56), 
o texto não é objeto acabado, mas sim 
“aparentemente acabado (tem começo, 
DECODIFICAR
De acordo com o dicionário on-
-line Dicio, decodificar nada mais 
é do que “escrever numa lingua-
gem clara; transferir para um 
código compreensível; decifrar”. 
Fonte: <https://bit.ly/3jMum6t>. 
Acesso em: 04 set. 2020.
34
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
meio e fim)”. Ainda seguindo o pensamento do autor, a análise do 
discurso traz à tona sua incompletude, por meio das suas condições 
de produção, uma vez que o texto se relaciona com a situação 
(contexto sociocultural, histórico, econômico, com os interlocutores) 
e com outros textos (intertextualidade). Assim, a legibilidade de um 
texto decorre, segundo Medeiros (2014), do vínculo do leitor com 
o texto e com o autor, e não unicamente da coesão gramatical de 
frases no texto e da coerência das ideias em relação ao contexto de 
situação (lógica das ideias). Logo, o texto pode ser entendido como 
uma unidade que dispõe seus elementos de modo organizado e o 
contexto é a situação do discurso, ou o conjunto de situações nas 
quais se dá um ato de enunciação, podendo ser esse ato tanto falado 
quanto escrito. Por essa razão, dizemos que as palavras isoladas se 
caracterizam em “neutras”, ou “vazias de conteúdo”, no entanto, 
unidas umas às outras e ao contexto, ganham significado.
Vejamos um exemplo: se um sujeito proferir “dez” sem um 
contexto, ouviremos a palavra isoladamente. Já se proferir “este 
documento tem prazo de dez dias, precisamos agilizar a resposta”, 
agir-se-á em prol do fato. Ou se o chefe disser ao funcionário, em 
um aeroporto: “nosso voo sairá em dez minutos!” (tempo), ou 
“precisamos contratar mais dez funcionários” (quantidade). Ou 
ainda “os Dez Mandamentos nos mostram a vontade e o amor de 
Deus por nós, ensinando-nos como devemos nos relacionar com 
Ele e com os outros”. Assim, os vocábulos unidos uns aos outros, 
35
GêNEROS TExTuAIS E SuAS APLICABILIDADES
ao contexto e à entonação ganham vida e se enchem de sentido em 
favor da comunicabilidade.
Em uma boa leitura, conforme Medeiros (2014), em geral, 
não lemos palavra por palavra, mas sim o conjunto de palavras 
que organizam o pensamento e levam em conta as condições 
de produção. Isso é fundamental para obter-se a compreensão 
do texto, bem como a mensagem que o autor do texto deseja 
transmitir. Segundo Medeiros (2014, p. 56), em primeiro lugar o 
leitor deve considerar que a leitura é seletiva e que há diversas 
maneiras de realizá-la, a saber:
• o que é relevante para o leitor é a relação do 
texto com o autor (o que o autor quis dizer?);
• relação do texto com outros textos 
(leitura comparativa);
• o que é relevante é a relação do 
texto com seu referente;
• relação do texto com o leitor (o que você entendeu?).
Nessa perspectiva, o leitor deve entender quais são suas 
finalidades antes de começar o estudo de um texto ou obra, 
36
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
perguntando-se a respeito de quais informações ele quer 
localizar e por quê. E, após localizar tal informação, verificar 
o que fará com ela. Pode parecer complicado, mas a leitura 
fluirá ao passo que esses questionamentos forem se tornando 
naturais e vivenciados. É interessante que o leitor se questione 
pelo menos sobre qual a relação desse tema com o que está 
estudando; ou com o que já estudou, por exemplo.
Em harmonia com as ideias de Medeiros (2014), para o 
entendimento de um texto, devemos levar em consideração o 
processo de interação e a ideologia. O autor menciona que de um 
lado, tem-se um interlocutor estabelecido no ato da escrita – que 
ele denomina de leitor virtual – e de outro lado, tem-se o leitor real. 
Desse modo, aponta que existe uma espécie de jogo entre o leitor 
virtual e o real no diálogo de ideias, ratificando que leitura, então, 
constitui-se “em um momento crítico da constituição do texto: 
momento de interação” (MEDEIROS, 2014, p. 57).
AS CONDIÇÕES DE PRODUÇÃO DA LEITURA
O que são as condições de produção da leitura? Nas 
palavras de Medeiros (2014, p. 58), as condições de produção 
da leitura são “a relação do texto com outros textos, com a 
situação, com os interlocutores”. Essa relação se concretiza 
37
GêNEROS TExTuAIS E SuAS APLICABILIDADES
no momento crucial da composição do texto, visto que é o 
acontecimento singular do processo da interação verbal. Nesse 
acontecimento, os interlocutores, ao se reconhecerem como tal, 
dão início ao processo de significação.
O conhecimento dessas condições de produção do discurso 
colabora para a reflexão a respeito da legibilidade de um texto, 
em que observamos “o tipo, o contexto e o sujeito, a leitura 
parafrástica e a leitura polissêmica” (MEDEIROS, 2014, p. 60). 
Por isso, é importante que o leitor seja capaz de identificar os 
tipos de discurso e conceber a importância de determinados 
aspectos para a significação do texto que está sendo lido, 
lidando com um texto de ficção diferentemente da postura com 
que teria frente a um texto científico, por exemplo.
De acordo com Medeiros (2014), o significado de um texto 
decorre de sua formação discursiva, que, por sua vez, está 
em uma relação intrínseca com uma formação ideológica. A 
formação ideológica é composta “por um conjunto de atitudes 
e representações que não são individuais, mas reportam às 
posições de classe” (MEDEIROS, 2014, p. 58). Por sua vez, a 
formação discursiva, que se entrelaça à formação ideológica, é 
instituída por algo que pode ou não ser mencionado antes de 
qualquer situação. Medeiros(2014, p. 58) afirma:
38
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
assim, ilusoriamente se pode falar em sujeito, uma vez 
que aquilo que ele diz é determinado pela classe de que 
faz parte e sua interpretação daquilo que lê é realizada 
segundo a ideologia da classe a que pertence. Quando 
passam de uma formação discursiva para outra, as palavras 
ganham novos sentidos, ou mudam de sentido.
ESTRATÉGIAS DE LEITURA
Na linha de Medeiros (2014), um bom leitor admite 
a incompletude do discurso, reconhecendo as suposições 
e as entrelinhas, o contexto situacional e histórico, a 
intertextualidade e, em síntese, “a formação discursiva (o que é 
possível dizer) e a formação ideológica” (MEDEIROS, 2014, p. 
68). Por essa razão, quando um leitor é competente, ele é crítico 
e não um simples reprodutor daquilo que o autor disse – o 
que Medeiros (2014), então, denomina de leitura parafrástica, 
visto que ele relaciona as informações do texto com a realidade, 
concebendo a leitura, porque entende que o conflito ideológico 
reside na linguagem.
Medeiros (2014 apud MOLINA, 1992) menciona que um 
leitor competente é aquele capaz de praticar os seguintes níveis 
de leitura: elementar, inspecional, analítica e sintópica. De 
acordo com o autor, é interessante que a leitura feita pelo leitor, 
além de agradável, tenha um objetivo prático e dê uma espécie 
39
GêNEROS TExTuAIS E SuAS APLICABILIDADES
de “retorno” ao esforço de leitura deste, ou seja, o leitor lê para 
aprender. Vamos observar, pormenorizadamente, a estratégia 
sugerida por Medeiros (2014, p. 68):
• Leitura elementar: leitura básica ou inicial. 
Ao leitor cabe reconhecer cada palavra de 
uma página. Leitor que dispõe de treinamento 
básico e adquiriu rudimentos da arte de ler;
• Leitura inspecional: caracteriza-se pelo 
tempo estabelecido para a leitura. Arte 
de folhear sistematicamente;
• Leitura analítica: é minuciosa, completa, 
a melhor que o leitor é capaz de fazer. 
É ativa em grau elevado. Tem em vista 
principalmente o entendimento;
• Leitura sintópica: leitura comparativa de 
quem lê muitos livros, correlacionando-os 
entre si. Nível ativo e laborioso de leitura.
Desse modo, ressaltamos que os quatro níveis de leitura 
são cumulativos. Um bom leitor percorre tranquilamente 
os quatro níveis de leitura já citados, com habilidade e 
40
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
autonomia. Segundo o autor, esse sujeito 
leitor não se separa da leitura e reconhece 
que a leitura é fonte imprescindível de 
novos conhecimentos e um saber que 
não se “perde”, podendo ser acionado 
sempre que preciso. É válido salientar 
que não existe apenas uma possibilidade 
de leitura, mas diversas, e que textos 
distintos exigem diferentes estratégias de 
leitura, isto é, um texto científico requer 
leitura diferente da que se faz de um 
texto literário.
Assim, em concordância com 
Medeiros (2014), entendemos que um 
bom leitor tem intimidade com diferentes 
gêneros do discurso, ao contrário do 
leitor inexperiente. Logo, podemos 
inferir que quanto mais lemos, mais 
competentes nos tornamos para a leitura 
e, consequentemente, para a escrita.
Medeiros (2014 apud Molina, 1992, p. 
33) propõe ainda uma prática de leitura, 
considerando os seguintes passos:
Textos 
distintos 
exigem 
diferentes 
estratégias 
de leitura.
41
GêNEROS TExTuAIS E SuAS APLICABILIDADES
1. visão geral do capítulo;
2. questionamento despertado pelo texto;
3. estudo do vocabulário;
4. linguagem não verbal;
5. essência do texto;
6. síntese do texto;
7. avaliação.
Comentaremos cada item citado, de maneira geral, para 
que você compreenda e exerça essa prática de leitura. Caso 
você queira saber mais a respeito, nós o convidamos a ler da 
página 67 até 77 do capítulo 5 da obra de Medeiros (2014). Em 
“a” (visão geral do capítulo), o autor (2014) diz que se refere 
à leitura inspecional do capítulo. Nessa etapa, o leitor busca 
resposta para as seguintes questões: (1) qual o assunto tratado 
no capítulo? e (2) qual a ordem das ideias expostas?
Em “b”, Medeiros (2014) sugere que se realize um 
levantamento de perguntas, sem buscar respondê-las. No 
42
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
estágio “c”, o autor recomenda que para 
ampliar o vocabulário haja a valorização 
do dicionário, o emprego de palavras 
novas e a análise de palavras.
Em “d”, no que toca à linguagem não 
verbal, salientamos que um texto oferece 
muitas informações, inclusive por meio 
de ilustrações (fotos, quadros, gráficos). 
E Medeiros (2014, p. 74) afirma que, se 
não podemos passar por elas de modo 
superficial, é preciso que as observemos 
com atenção para que compreendamos a 
intenção e o sentido intrínsecos a elas.
Em “e”, a busca do conteúdo 
profundo de um texto apenas se 
materializa depois de feitas as etapas 
anteriores: estudo da linguagem verbal 
e não verbal; questionamento do texto e 
visão geral do capítulo. Nesse momento, 
o leitor é capaz de reconhecer as ideias 
básicas do texto e de situar o autor 
em um contexto ideológico, segundo 
Medeiros (2014). Em “f”, o resumo 
A leitura é uma chave para 
a compreensão do mundo.
Fonte: Shutterstock (https://shutr.bz/2AX80Og)
43
GêNEROS TExTuAIS E SuAS APLICABILIDADES
trata de recriar o texto original, e só pode ser efetuado por 
quem analisou profundamente o texto e consegue separar o 
essencial do não essencial. Por fim, em “g”, o item avaliação 
denota a necessidade de orientar o estudante ao exercício de 
sua habilidade crítica, “levando-o à independência de seu 
pensamento crítico. Assim sendo, transforma-se o estudante em 
autor de sua aprendizagem” (MEDEIROS, 2014, p. 75).
Por fim, ancorados em Medeiros (2014), esperamos que 
você pratique a leitura e que essas estratégias lhe ajudem em 
sua vida acadêmica e profissional. Completamos ainda, na 
linha do autor, que a leitura de reconhecimento propicia ao 
leitor uma visão geral da obra, permitindo-lhe constatar se 
encontrará ou não as informações de que carece. A leitura 
seletiva visa à seleção das informações indispensáveis. A 
leitura crítica demanda do leitor atenção, especialmente quanto 
ao significado; requer, então, esforço reflexivo. E a leitura 
interpretativa objetiva relaciona as afirmações do autor com os 
questionamentos para os quais se busca uma resposta.
LENDO E PRODUZINDO TEXTOS
Ressaltamos a necessidade de você, leitor, assim como 
todos os sujeitos letrados a desenvolver hábitos de estudo e 
44
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
leitura. Faz-se essencial, igualmente, focar 
nas técnicas de leitura, a fim de seguir 
com a continuação dos estudos para além 
dos bancos escolares, tendo em mente 
que a leitura é um dos moldes básicos de 
aquisição de informação e conhecimento 
por parte do ser humano.
Escrever bem se correlaciona com 
produzir um texto que faça sentido em 
determinada situação de comunicação. Por 
esse motivo, quem escreve deve ter bem 
estabelecido o objetivo e leitor. É preciso 
adequar o discurso a um leitor. E, portanto, 
é essencial ter um leitor em mente, com o 
qual dialogará no processo de escrita.
O filólogo, linguista e crítico literário 
Othon Moacyr Garcia (2010), autor da 
obra Comunicação em prosa moderna, 
menciona a importância de aprender a 
escrever, que se efetiva, em grande parte, 
a aprender a pensar. A técnica da leitura 
assegura um estudo eficiente, quando 
aplicada com qualidade. Nesse ínterim, 
Quem escreve 
deve ter bem 
estabelecido 
o objetivo e 
leitor.
45
GêNEROS TExTuAIS E SuAS APLICABILIDADES
enfatizamos que a leitura é basilar para a 
escrita de textos, inclusive para a escrita 
do texto técnico-científico.
A qualidade clareza, para a 
escrita de diversos tipos de textos, 
torna-se característica primordial 
para a escrita de textos técnicos, os 
quais compreendem os gêneros cujas 
composições se enquadram, tanto na 
linguagem quanto na estrutura, em um 
rigor mais formal e impessoal, como os 
oficiais, comerciais, administrativos, 
acadêmicos e científicos. Podemos 
organizar, didaticamente, a escrita do 
texto técnico emdois grupos:
• Redação oficial: compreende 
a escrita técnica para os 
textos oficiais, comerciais e 
administrativos, tais como: 
ofício, memorando, lei, projeto 
de lei, edital, procuração, 
ata, requerimento, relatório 
CLAREZA
Conforme o Dicionário Priberam 
da Língua Portuguesa, clareza é 
a “qualidade do que é expresso 
de uma forma inteligível ou que 
se percebe facilmente”. 
Fonte: <https://bit.ly/32WWxJc>. 
Acesso em: 04 set. 2020.
46
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
técnico, recibo, contrato, circular, certidão, 
declaração, certificado, currículo e outros;
• Redação acadêmico-científica: abrange a escrita 
técnica para resenha, resumo, fichamento, ensaio, 
artigo científico, dissertação, tese e outros.
De acordo com Garcia (2010, p. 394), toda produção que 
foque, de preferência, “a objetividade, a eficácia e a exatidão 
da comunicação” pode ser considerada redação técnica. 
Apoiando-nos em sua visão, concebemos, assim, a redação 
oficial, a correspondência comercial e bancária como 
redação técnica, conforme mencionamos anteriormente. É 
fundamental que, como leitores da obra de Garcia (2010), 
compreendamos que o autor emprega as expressões 
redação técnica ou redação científica como equivalentes, já 
que ambas requerem uma escrita culta e padrões formais 
de estilo e linguagem, conforme já estudamos, mais 
especificamente, nas seções anteriores. Por fim, ressaltamos 
que a escrita técnica tem como finalidade apresentar ideias 
e argumentos de maneira objetiva e em consenso com as 
regras gramaticais. Para tanto, é indispensável que você se 
valha de clareza, concisão e precisão.
47
GêNEROS TExTuAIS E SuAS APLICABILIDADES
NA PRÁTICA
Estão listadas, a seguir, duas problemáticas. Eleja uma delas, leia a 
respeito do assunto selecionado, formule uma tese e apresente duas 
causas (o porquê) e suas possíveis consequências (os efeitos), em forma 
de texto dissertativo:
1. uso de aparelho celular em sala de aula;
2. alta de prática de leitura clássica e especializada e escrita culta 
por parte dos estudantes de graduação e de alguns profissionais 
inseridos no mercado de trabalho.
RESUMO
Nesta unidade, tivemos a oportunidade de recapitular 
alguns assuntos relevantes para os gêneros textuais e suas 
aplicabilidades. Vimos que:
• o autor deve ter bem definidos o objetivo e o leitor, 
buscando adequar a linguagem e o conteúdo para eles;
• o resumo é um gênero do discurso cuja finalidade é o 
registro das informações principais a respeito de um 
texto, e podem ser classificados em três tipos: 
48
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
1. indicativo: é um texto breve que encapsula 
a essência do artigo, monografia, 
dissertação ou tese que precede;
2. informativo: é um texto que 
deixa o leitor informado acerca 
dos pontos básicos do texto;
3. crítico ou resenha: é uma apreciação 
do texto objetivando documentar 
de modo crítico seu conteúdo.
• os resumos devem ser constituídos de “texto 
corrido” e não de “texto esquemático”;
• o fichamento é um resumo informativo em que você 
“diz” o que o autor “disse” e pode ser feito em fichas, 
que variam de tamanho, ou no computador;
• no fichamento informativo não há limites de linhas 
e há o benefício de poder copiar e colar textos.
• o artigo científico pode ser definido como uma 
publicação com autoria declarada, que apresenta 
49
GêNEROS TExTuAIS E SuAS APLICABILIDADES
e discute ideias, métodos, técnicas, processos e 
resultados nas diversas áreas do conhecimento;
• para a produção de um artigo original, o desenvolvimento 
é organizado em três grandes eixos: fundamentação 
teórica, metodologia e análise dos resultados da pesquisa;
• a leitura é produzida uma vez que o leitor 
interage com o autor do texto;
• ler é uma atividade que vai muito além de decodificar 
as letras, visto que o sentido do que lemos depende de 
alguns aspectos: o que conhecemos acerca do assunto 
e nossa habilidade para processar o que foi lido;
• o texto pode ser entendido como uma unidade 
que dispõe seus elementos de modo organizado e 
o contexto é a situação do discurso, ou o conjunto 
de situações nas quais se dá um ato de enunciação, 
podendo ser esse ato falado ou escrito;
• em uma boa leitura, em geral, não lemos palavra por 
palavra, mas sim o conjunto de palavras que organizam o 
pensamento e levam em conta as condições de produção;
50
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
• as condições de produção da leitura são a relação do texto 
com outros textos, com a situação, com os interlocutores;
• segundo Medeiros (2014), um leitor competente é 
aquele capaz de praticar os seguintes níveis de leitura: 
elementar, inspecional, analítica e sintópica;
• quanto mais lemos, mais competentes nos tornamos 
para a leitura e, consequentemente, para a escrita;
• a leitura é basilar para a escrita de textos, inclusive 
para a escrita do texto técnico-científico;
• a clareza é uma característica primordial 
para a escrita de textos técnicos;
• a escrita de textos técnicos pode ser dividida em: 
redação oficial e redação acadêmico-científica.
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 
6022: informação e documentação: artigo em publicação 
periódica científica impressa: apresentação. Rio de Janeiro, p. 
51
GêNEROS TExTuAIS E SuAS APLICABILIDADES
2, 4. 2002. Disponível em: <https://bit.ly/3fgYgxu>. Acesso 
em: 11 jun. 2020.
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