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MÉTODOS QUANTITATIVOS Eduardo Dias Lidiane Farias Costa Démerson André Polli Usiara Britto Juliani Karsten Alves Robinson Panaino Centro Universitário Adventista de São Paulo Fundado em 1915 — www.unasp.br Missão Educar no contexto dos valores bíblicos para um viver pleno e para a excelência no serviço a Deus e à humanidade. Visão Ser uma instituição educacional reconhecida pela excelência nos serviços prestados, pelos seus elevados padrões éticos e pela qualidade pessoal e pro� ssional de seus egressos. Administração da Entidade Mantenedora (IAE) Diretor-Presidente: Maurício Lima Diretor Administrativo: Edson Medeiros Diretor-Secretário: Emmanuel Oliveira Guimarães Diretor Depto. de Educação: Ivan Góes Administração Geral do Unasp Reitor: Martin Kuhn Vice-Reitor Executivo Campus EC: Antônio Marcos da Silva Alves Vice-Reitor Executivo Campus HT: Afonso Ligório Cardoso Vice-Reitor Executivo Campus SP: Douglas Jeferson Menslin Pró-Reitor Administrativo: Telson Bombassaro Vargas Pró-Reitor Acadêmico: Afonso Ligório Cardoso Pró-Reitor de Educação a Distância: Fabiano Leichsenring Silva Pró-Reitor de Pesquisa e Desenvolvimento Institucional: Allan Macedo de Novaes Pró-Reitor de Desenvolvimento Espiritual, Comunitário e Estudantil: Martin Kuhn Secretário-Geral: Marcelo Franca Alves Faculdade Adventista de Teologia Diretor: Reinaldo Wenceslau Siqueira Coordenador de Pós-Graduação: Vanderlei Dorneles da Silva Coordenador de Graduação: Adriani Milli Rodrigues Órgãos Executivos Campus Engenheiro Coelho Pró-Reitor Administrativo Associado: Murilo Marques Bezerra Pró-Reitor Acadêmico Associado: Everson Muckenberger Pró-Reitor de Desenvolvimento Estudantil Associado: Bruno de Moura Fortes Pró-Reitor de Desenvolvimento Espiritual e Comunitário Associado: Ebenézer do Vale Oliveira Órgãos Executivos Campus Hortolândia Pró-Reitor Administrativo Associado: Claudio Valdir Knoener Pró-Reitora Acadêmica Associada: Suzete Araújo Águas Maia Pró-Reitor de Desenvolvimento Estudantil Associado: Daniel Fioramonte Costa Pró-Reitor de Desenvolvimento Espiritual e Comunitário Associado: Wanderson Paiva Órgãos Executivos Campus São Paulo Pró-Reitor Administrativo Associado: Flavio Knöner Pró-Reitora Acadêmica Associada: Silvia Cristina de Oliveira Quadros Pró-Reitor de Desenvolvimento Estudantil Associado: Ricardo Bertazzo Pró-Reitor de Desenvolvimento Espiritual e Comunitário Associado: Robson Aleixo de Souza Editor-chefe Rodrigo Follis Gerente de projetos Bruno Sales Ferreira Editor associado Alysson Huf Supervisor administrativo Werter Gouveia Gerente de vendas Francileide Santos Editores Adriane Ferrari, Gabriel Pilon Galvani,Jônathas Sant’Ana e � amires Mattos Designers grá� cos Felipe Rocha e Kenny Zukowski Imprensa Universitária Adventista Centro Universitário Adventista de São Paulo Fundado em 1915 — www.unasp.br Missão Educar no contexto dos valores bíblicos para um viver pleno e para a excelência no serviço a Deus e à humanidade. Visão Ser uma instituição educacional reconhecida pela excelência nos serviços prestados, pelos seus elevados padrões éticos e pela qualidade pessoal e pro� ssional de seus egressos. Administração da Entidade Mantenedora (IAE) Diretor-Presidente: Maurício Lima Diretor Administrativo: Edson Medeiros Diretor-Secretário: Emmanuel Oliveira Guimarães Diretor Depto. de Educação: Ivan Góes Administração Geral do Unasp Reitor: Martin Kuhn Vice-Reitor Executivo Campus EC: Antônio Marcos da Silva Alves Vice-Reitor Executivo Campus HT: Afonso Ligório Cardoso Vice-Reitor Executivo Campus SP: Douglas Jeferson Menslin Pró-Reitor Administrativo: Telson Bombassaro Vargas Pró-Reitor Acadêmico: Afonso Ligório Cardoso Pró-Reitor de Educação a Distância: Fabiano Leichsenring Silva Pró-Reitor de Pesquisa e Desenvolvimento Institucional: Allan Macedo de Novaes Pró-Reitor de Desenvolvimento Espiritual, Comunitário e Estudantil: Martin Kuhn Secretário-Geral: Marcelo Franca Alves Faculdade Adventista de Teologia Diretor: Reinaldo Wenceslau Siqueira Coordenador de Pós-Graduação: Vanderlei Dorneles da Silva Coordenador de Graduação: Adriani Milli Rodrigues Órgãos Executivos Campus Engenheiro Coelho Pró-Reitor Administrativo Associado: Murilo Marques Bezerra Pró-Reitor Acadêmico Associado: Everson Muckenberger Pró-Reitor de Desenvolvimento Estudantil Associado: Bruno de Moura Fortes Pró-Reitor de Desenvolvimento Espiritual e Comunitário Associado: Ebenézer do Vale Oliveira Órgãos Executivos Campus Hortolândia Pró-Reitor Administrativo Associado: Claudio Valdir Knoener Pró-Reitora Acadêmica Associada: Suzete Araújo Águas Maia Pró-Reitor de Desenvolvimento Estudantil Associado: Daniel Fioramonte Costa Pró-Reitor de Desenvolvimento Espiritual e Comunitário Associado: Wanderson Paiva Órgãos Executivos Campus São Paulo Pró-Reitor Administrativo Associado: Flavio Knöner Pró-Reitora Acadêmica Associada: Silvia Cristina de Oliveira Quadros Pró-Reitor de Desenvolvimento Estudantil Associado: Ricardo Bertazzo Pró-Reitor de Desenvolvimento Espiritual e Comunitário Associado: Robson Aleixo de Souza Editor-chefe Rodrigo Follis Gerente de projetos Bruno Sales Ferreira Editor associado Alysson Huf Supervisor administrativo Werter Gouveia Gerente de vendas Francileide Santos Editores Adriane Ferrari, Gabriel Pilon Galvani,Jônathas Sant’Ana e � amires Mattos Designers grá� cos Felipe Rocha e Kenny Zukowski Imprensa Universitária Adventista Centro Universitário Adventista de São Paulo Fundado em 1915 — www.unasp.br Missão Educar no contexto dos valores bíblicos para um viver pleno e para a excelência no serviço a Deus e à humanidade. Visão Ser uma instituição educacional reconhecida pela excelência nos serviços prestados, pelos seus elevados padrões éticos e pela qualidade pessoal e pro� ssional de seus egressos. Administração da Entidade Mantenedora (IAE) Diretor-Presidente: Maurício Lima Diretor Administrativo: Edson Medeiros Diretor-Secretário: Emmanuel Oliveira Guimarães Diretor Depto. de Educação: Ivan Góes Administração Geral do Unasp Reitor: Martin Kuhn Vice-Reitor Executivo Campus EC: Antônio Marcos da Silva Alves Vice-Reitor Executivo Campus HT: Afonso Ligório Cardoso Vice-Reitor Executivo Campus SP: Douglas Jeferson Menslin Pró-Reitor Administrativo: Telson Bombassaro Vargas Pró-Reitor Acadêmico: Afonso Ligório Cardoso Pró-Reitor de Educação a Distância: Fabiano Leichsenring Silva Pró-Reitor de Pesquisa e Desenvolvimento Institucional: Allan Macedo de Novaes Pró-Reitor de Desenvolvimento Espiritual, Comunitário e Estudantil: Martin Kuhn Secretário-Geral: Marcelo Franca Alves Faculdade Adventista de Teologia Diretor: Reinaldo Wenceslau Siqueira Coordenador de Pós-Graduação: Vanderlei Dorneles da Silva Coordenador de Graduação: Adriani Milli Rodrigues Órgãos Executivos Campus Engenheiro Coelho Pró-Reitor Administrativo Associado: Murilo Marques Bezerra Pró-Reitor Acadêmico Associado: Everson Muckenberger Pró-Reitor de Desenvolvimento Estudantil Associado: Bruno de Moura Fortes Pró-Reitor de Desenvolvimento Espiritual e Comunitário Associado: Ebenézer do Vale Oliveira Órgãos Executivos Campus Hortolândia Pró-Reitor Administrativo Associado: Claudio Valdir Knoener Pró-Reitora Acadêmica Associada: Suzete Araújo Águas Maia Pró-Reitor de Desenvolvimento Estudantil Associado: Daniel Fioramonte Costa Pró-Reitor de Desenvolvimento Espiritual e Comunitário Associado: Wanderson Paiva Órgãos Executivos Campus São Paulo Pró-Reitor Administrativo Associado: Flavio Knöner Pró-Reitora Acadêmica Associada: Silvia Cristina de Oliveira Quadros Pró-Reitor de Desenvolvimento Estudantil Associado: Ricardo Bertazzo Pró-Reitor de Desenvolvimento Espiritual e Comunitário Associado: Robson Aleixo de Souza Editor-chefe Rodrigo Follis Gerente de projetos Bruno Sales Ferreira Editor associado Alysson Huf Supervisor administrativo Werter Gouveia Gerente de vendas Francileide Santos Editores Adriane Ferrari, Gabriel Pilon Galvani,Jônathas Sant’Ana e � amires Mattos Designers grá�cos Felipe Rocha e Kenny Zukowski Imprensa Universitária Adventista Centro Universitário Adventista de São Paulo Fundado em 1915 — www.unasp.br Missão Educar no contexto dos valores bíblicos para um viver pleno e para a excelência no serviço a Deus e à humanidade. Visão Ser uma instituição educacional reconhecida pela excelência nos serviços prestados, pelos seus elevados padrões éticos e pela qualidade pessoal e pro� ssional de seus egressos. Administração da Entidade Mantenedora (IAE) Diretor-Presidente: Maurício Lima Diretor Administrativo: Edson Medeiros Diretor-Secretário: Emmanuel Oliveira Guimarães Diretor Depto. de Educação: Ivan Góes Administração Geral do Unasp Reitor: Martin Kuhn Vice-Reitor Executivo Campus EC: Antônio Marcos da Silva Alves Vice-Reitor Executivo Campus HT: Afonso Ligório Cardoso Vice-Reitor Executivo Campus SP: Douglas Jeferson Menslin Pró-Reitor Administrativo: Telson Bombassaro Vargas Pró-Reitor Acadêmico: Afonso Ligório Cardoso Pró-Reitor de Educação a Distância: Fabiano Leichsenring Silva Pró-Reitor de Pesquisa e Desenvolvimento Institucional: Allan Macedo de Novaes Pró-Reitor de Desenvolvimento Espiritual, Comunitário e Estudantil: Martin Kuhn Secretário-Geral: Marcelo Franca Alves Faculdade Adventista de Teologia Diretor: Reinaldo Wenceslau Siqueira Coordenador de Pós-Graduação: Vanderlei Dorneles da Silva Coordenador de Graduação: Adriani Milli Rodrigues Órgãos Executivos Campus Engenheiro Coelho Pró-Reitor Administrativo Associado: Murilo Marques Bezerra Pró-Reitor Acadêmico Associado: Everson Muckenberger Pró-Reitor de Desenvolvimento Estudantil Associado: Bruno de Moura Fortes Pró-Reitor de Desenvolvimento Espiritual e Comunitário Associado: Ebenézer do Vale Oliveira Órgãos Executivos Campus Hortolândia Pró-Reitor Administrativo Associado: Claudio Valdir Knoener Pró-Reitora Acadêmica Associada: Suzete Araújo Águas Maia Pró-Reitor de Desenvolvimento Estudantil Associado: Daniel Fioramonte Costa Pró-Reitor de Desenvolvimento Espiritual e Comunitário Associado: Wanderson Paiva Órgãos Executivos Campus São Paulo Pró-Reitor Administrativo Associado: Flavio Knöner Pró-Reitora Acadêmica Associada: Silvia Cristina de Oliveira Quadros Pró-Reitor de Desenvolvimento Estudantil Associado: Ricardo Bertazzo Pró-Reitor de Desenvolvimento Espiritual e Comunitário Associado: Robson Aleixo de Souza Editor-chefe Rodrigo Follis Gerente de projetos Bruno Sales Ferreira Editor associado Alysson Huf Supervisor administrativo Werter Gouveia Gerente de vendas Francileide Santos Editores Adriane Ferrari, Gabriel Pilon Galvani,Jônathas Sant’Ana e � amires Mattos Designers grá� cos Felipe Rocha e Kenny Zukowski Imprensa Universitária Adventista Centro Universitário Adventista de São Paulo Fundado em 1915 — www.unasp.br Missão Educar no contexto dos valores bíblicos para um viver pleno e para a excelência no serviço a Deus e à humanidade. 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Administração da Entidade Mantenedora (IAE) Diretor-Presidente: Maurício Lima Diretor Administrativo: Edson Medeiros Diretor-Secretário: Emmanuel Oliveira Guimarães Diretor Depto. de Educação: Ivan Góes Administração Geral do Unasp Reitor: Martin Kuhn Vice-Reitor Executivo Campus EC: Antônio Marcos da Silva Alves Vice-Reitor Executivo Campus HT: Afonso Ligório Cardoso Vice-Reitor Executivo Campus SP: Douglas Jeferson Menslin Pró-Reitor Administrativo: Telson Bombassaro Vargas Pró-Reitor Acadêmico: Afonso Ligório Cardoso Pró-Reitor de Educação a Distância: Fabiano Leichsenring Silva Pró-Reitor de Pesquisa e Desenvolvimento Institucional: Allan Macedo de Novaes Pró-Reitor de Desenvolvimento Espiritual, Comunitário e Estudantil: Martin Kuhn Secretário-Geral: Marcelo Franca Alves Faculdade Adventista de Teologia Diretor: Reinaldo Wenceslau Siqueira Coordenador de Pós-Graduação: Vanderlei Dorneles da Silva Coordenador de Graduação: Adriani Milli Rodrigues Órgãos Executivos Campus Engenheiro Coelho Pró-Reitor Administrativo Associado: Murilo Marques Bezerra Pró-Reitor Acadêmico Associado: Everson Muckenberger Pró-Reitor de Desenvolvimento Estudantil Associado: Bruno de Moura Fortes Pró-Reitor de Desenvolvimento Espiritual e Comunitário Associado: Ebenézer do Vale Oliveira Órgãos Executivos Campus Hortolândia Pró-Reitor Administrativo Associado: Claudio Valdir Knoener Pró-Reitora Acadêmica Associada: Suzete Araújo Águas Maia Pró-Reitor de Desenvolvimento Estudantil Associado: Daniel Fioramonte Costa Pró-Reitor de Desenvolvimento Espiritual e Comunitário Associado: Wanderson Paiva Órgãos Executivos Campus São Paulo Pró-Reitor Administrativo Associado: Flavio Knöner Pró-Reitora Acadêmica Associada: Silvia Cristina de Oliveira Quadros Pró-Reitor de Desenvolvimento Estudantil Associado: Ricardo Bertazzo Pró-Reitor de Desenvolvimento Espiritual e Comunitário Associado: Robson Aleixo de Souza Editor-chefe Rodrigo Follis Gerente de projetos Bruno Sales Ferreira Editor associado Alysson Huf Supervisor administrativo Werter Gouveia Gerente de vendas Francileide Santos Editores Adriane Ferrari, Gabriel Pilon Galvani,Jônathas Sant’Ana e � amires Mattos Designers grá� cos Felipe Rocha e Kenny Zukowski Imprensa Universitária Adventista Centro Universitário Adventista de São Paulo Fundado em 1915 — www.unasp.br Missão Educar no contexto dos valores bíblicos para um viver pleno e para a excelência no serviço a Deus e à humanidade. Visão Ser uma instituição educacional reconhecida pela excelência nos serviços prestados, pelos seus elevados padrões éticos e pela qualidade pessoal e pro� ssional de seus egressos. Administração da Entidade Mantenedora (IAE) Diretor-Presidente: Maurício Lima Diretor Administrativo: Edson Medeiros Diretor-Secretário: Emmanuel Oliveira Guimarães Diretor Depto. de Educação: Ivan Góes Administração Geral do Unasp Reitor: Martin Kuhn Vice-Reitor Executivo Campus EC: Antônio Marcos da Silva Alves Vice-Reitor Executivo Campus HT: Afonso Ligório Cardoso Vice-Reitor Executivo Campus SP: Douglas Jeferson Menslin Pró-Reitor Administrativo: Telson Bombassaro Vargas Pró-Reitor Acadêmico: Afonso Ligório Cardoso Pró-Reitor de Educação a Distância: Fabiano Leichsenring Silva Pró-Reitor de Pesquisa e Desenvolvimento Institucional: Allan Macedo de Novaes Pró-Reitor de Desenvolvimento Espiritual, Comunitário e Estudantil: Martin Kuhn Secretário-Geral: Marcelo Franca Alves Faculdade Adventista de Teologia Diretor: Reinaldo Wenceslau Siqueira Coordenador de Pós-Graduação: Vanderlei Dorneles da Silva Coordenador de Graduação: Adriani Milli Rodrigues Órgãos Executivos Campus Engenheiro Coelho Pró-Reitor Administrativo Associado: Murilo Marques Bezerra Pró-Reitor Acadêmico Associado: Everson Muckenberger Pró-Reitor de Desenvolvimento Estudantil Associado: Bruno de Moura Fortes Pró-Reitor de Desenvolvimento Espiritual e Comunitário Associado: Ebenézer do Vale Oliveira Órgãos Executivos Campus Hortolândia Pró-Reitor Administrativo Associado: Claudio Valdir Knoener Pró-Reitora Acadêmica Associada: Suzete Araújo Águas Maia Pró-Reitor de Desenvolvimento Estudantil Associado: Daniel Fioramonte Costa Pró-Reitor de Desenvolvimento Espiritual e Comunitário Associado: Wanderson Paiva Órgãos Executivos Campus São Paulo Pró-Reitor Administrativo Associado: Flavio Knöner Pró-Reitora Acadêmica Associada: Silvia Cristina de Oliveira Quadros Pró-Reitor de Desenvolvimento Estudantil Associado: Ricardo Bertazzo Pró-Reitor de Desenvolvimento Espiritual e Comunitário Associado: Robson Aleixo de Souza Editor-chefe Rodrigo Follis Gerente de projetos Bruno Sales Ferreira Editor associado Alysson Huf Supervisor administrativo Werter Gouveia Gerente de vendas Francileide Santos Editores Adriane Ferrari, Gabriel Pilon Galvani,Jônathas Sant’Ana e � amires Mattos Designers grá� cos Felipe Rocha e Kenny Zukowski Imprensa Universitária AdventistaCentro Universitário Adventista de São Paulo Fundado em 1915 — www.unasp.br Missão Educar no contexto dos valores bíblicos para um viver pleno e para a excelência no serviço a Deus e à humanidade. Visão Ser uma instituição educacional reconhecida pela excelência nos serviços prestados, pelos seus elevados padrões éticos e pela qualidade pessoal e pro� ssional de seus egressos. Administração da Entidade Mantenedora (IAE) Diretor-Presidente: Maurício Lima Diretor Administrativo: Edson Medeiros Diretor-Secretário: Emmanuel Oliveira Guimarães Diretor Depto. de Educação: Ivan Góes Administração Geral do Unasp Reitor: Martin Kuhn Vice-Reitor Executivo Campus EC: Antônio Marcos da Silva Alves Vice-Reitor Executivo Campus HT: Afonso Ligório Cardoso Vice-Reitor Executivo Campus SP: Douglas Jeferson Menslin Pró-Reitor Administrativo: Telson Bombassaro Vargas Pró-Reitor Acadêmico: Afonso Ligório Cardoso Pró-Reitor de Educação a Distância: Fabiano Leichsenring Silva Pró-Reitor de Pesquisa e Desenvolvimento Institucional: Allan Macedo de Novaes Pró-Reitor de Desenvolvimento Espiritual, Comunitário e Estudantil: Martin Kuhn Secretário-Geral: Marcelo Franca Alves Faculdade Adventista de Teologia Diretor: Reinaldo Wenceslau Siqueira Coordenador de Pós-Graduação: Vanderlei Dorneles da Silva Coordenador de Graduação: Adriani Milli Rodrigues Órgãos Executivos Campus Engenheiro Coelho Pró-Reitor Administrativo Associado: Murilo Marques Bezerra Pró-Reitor Acadêmico Associado: Everson Muckenberger Pró-Reitor de Desenvolvimento Estudantil Associado: Bruno de Moura Fortes Pró-Reitor de Desenvolvimento Espiritual e Comunitário Associado: Ebenézer do Vale Oliveira Órgãos Executivos Campus Hortolândia Pró-Reitor Administrativo Associado: Claudio Valdir Knoener Pró-Reitora Acadêmica Associada: Suzete Araújo Águas Maia Pró-Reitor de Desenvolvimento Estudantil Associado: Daniel Fioramonte Costa Pró-Reitor de Desenvolvimento Espiritual e Comunitário Associado: Wanderson Paiva Órgãos Executivos Campus São Paulo Pró-Reitor Administrativo Associado: Flavio Knöner Pró-Reitora Acadêmica Associada: Silvia Cristina de Oliveira Quadros Pró-Reitor de Desenvolvimento Estudantil Associado: Ricardo Bertazzo Pró-Reitor de Desenvolvimento Espiritual e Comunitário Associado: Robson Aleixo de Souza Editor-chefe Rodrigo Follis Gerente de projetos Bruno Sales Ferreira Editor associado Alysson Huf Supervisor administrativo Werter Gouveia Gerente de vendas Francileide Santos Editores Adriane Ferrari, Gabriel Pilon Galvani,Jônathas Sant’Ana e � amires Mattos Designers grá� cos Felipe Rocha e Kenny Zukowski Imprensa Universitária Adventista Centro Universitário Adventista de São Paulo Fundado em 1915 — www.unasp.br Missão Educar no contexto dos valores bíblicos para um viver pleno e para a excelência no serviço a Deus e à humanidade. Visão Ser uma instituição educacional reconhecida pela excelência nos serviços prestados, pelos seus elevados padrões éticos e pela qualidade pessoal e pro� ssional de seus egressos. Administração da Entidade Mantenedora (IAE) Diretor-Presidente: Maurício Lima Diretor Administrativo: Edson Medeiros Diretor-Secretário: Emmanuel Oliveira Guimarães Diretor Depto. de Educação: Ivan Góes Administração Geral do Unasp Reitor: Martin Kuhn Vice-Reitor Executivo Campus EC: Antônio Marcos da Silva Alves Vice-Reitor Executivo Campus HT: Afonso Ligório Cardoso Vice-Reitor Executivo Campus SP: Douglas Jeferson Menslin Pró-Reitor Administrativo: Telson Bombassaro Vargas Pró-Reitor Acadêmico: Afonso Ligório Cardoso Pró-Reitor de Educação a Distância: Fabiano Leichsenring Silva Pró-Reitor de Pesquisa e Desenvolvimento Institucional: Allan Macedo de Novaes Pró-Reitor de Desenvolvimento Espiritual, Comunitário e Estudantil: Martin Kuhn Secretário-Geral: Marcelo Franca Alves Faculdade Adventista de Teologia Diretor: Reinaldo Wenceslau Siqueira Coordenador de Pós-Graduação: Vanderlei Dorneles da Silva Coordenador de Graduação: Adriani Milli Rodrigues Órgãos Executivos Campus Engenheiro Coelho Pró-Reitor Administrativo Associado: Murilo Marques Bezerra Pró-Reitor Acadêmico Associado: Everson Muckenberger Pró-Reitor de Desenvolvimento Estudantil Associado: Bruno de Moura Fortes Pró-Reitor de Desenvolvimento Espiritual e Comunitário Associado: Ebenézer do Vale Oliveira Órgãos Executivos Campus Hortolândia Pró-Reitor Administrativo Associado: Claudio Valdir Knoener Pró-Reitora Acadêmica Associada: Suzete Araújo Águas Maia Pró-Reitor de Desenvolvimento Estudantil Associado: Daniel Fioramonte Costa Pró-Reitor de Desenvolvimento Espiritual e Comunitário Associado: Wanderson Paiva Órgãos Executivos Campus São Paulo Pró-Reitor Administrativo Associado: Flavio Knöner Pró-Reitora Acadêmica Associada: Silvia Cristina de Oliveira Quadros Pró-Reitor de Desenvolvimento Estudantil Associado: Ricardo Bertazzo Pró-Reitor de Desenvolvimento Espiritual e Comunitário Associado: Robson Aleixo de Souza Editor-chefe Rodrigo Follis Gerente de projetos Bruno Sales Ferreira Editor associado Alysson Huf Supervisor administrativo Werter Gouveia Gerente de vendas Francileide Santos Editores Adriane Ferrari, Gabriel Pilon Galvani,Jônathas Sant’Ana e � amires Mattos Designers grá� cos Felipe Rocha e Kenny Zukowski Imprensa Universitária Adventista 1ª Edição, 2020 MÉTODOS QUANTITATIVOS Imprensa Universitária Adventista Engenheiro Coelho, SP Eduardo Dias Lidiane Farias Costa Démerson André Polli Usiara Britto Juliani Karsten Alves Robinson Panaino Dias, Eduardo Métodos quantitativos [livro eletrônico] / Eduardo Dias; Lidiane Farias Costa; Démerson André Polli; Usiara Britto; Juliani Karsten Alves; Robinson Panaino. Engenheiro Coelho: Unaspress, 2020. 1 Mb, PDF ISBN 978-85-8463-172-8 1. Carreira pro� ssional 2. Contabilidade 3. Contabilidade como pro� ssão 4. Contabilidade como pro� ssão - Leis e legislação 5. Formação pro� ssional 6. Negócios I. Título. 20-33026 CDD-370.113 Dados Internacionais da Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Índices para catálogo sistemático: 1. Contabilidade : Educação pro� ssional 370.113 Maria Alice Ferreira - Bibliotecária - CRB-8/7964 Métodos quantitativos 1ª edição – 2020 e-book (PDF) OP 00123_034 Editora associada: Todos os direitos reservados para a Unaspress - Imprensa Universitária Adventista. Proibida a reprodução por quaisquer meios, sem prévia autorização escrita da editora, salvo em breves citações, com indicação da fonte. Preparação: Matheus Cardoso Revisão: Giovanna Finco Projeto grá� co: Ana Paula Pirani Capa: Jonathas Sant’Ana Diagramação: William Nunes Caixa Postal 88 – Reitoria Unasp Engenheiro Coelho, SP CEP 13.448-900 Tels.: (19) 3858-5222 / (19) 3858-5221 www.unaspress.com.br Imprensa Universitária Adventista Validação editorial cientí� ca ad hoc: Robertson Campelo Panaino Mestre em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de São Carlos Conselho editorial e artístico: Dr. Martin Kuhn, Esp. Telson Vargas, Me. Antônio Marcos, Dr. Afonso Cardoso, Dr. Douglas Menslin, Dr. Rodrigo Follis, Dr. Lélio Lellis, Dr. Allan Novaes, Esp. Jael Enéas, Esp. José Júnior, Dr. Reinaldo Siqueira, Dr. Fábio Al� eri, Dra. Gildene Lopes, Me. Edilson Valiante, Me. Diogo Cavalcante, Dr. Adolfo Suárez SUMÁRIO ESTATÍSTICA DESCRITIVA....................................... 17 Introdução ........................................................................................18 Conceitos iniciais ..............................................................................20 Fases da estatística ...........................................................................22 Objetivo ...................................................................................23 População e amostra...............................................................24 Medidas de posição .........................................................................32Média aritmética simples .......................................................33 Média ponderada ....................................................................34 Média ponderada para dados agrupados com intervalo ..........................................................................38 Mediana ..................................................................................40 Moda .......................................................................................47 Medidas de variação ...............................................................53 Amplitude total ................................................................................54 Variância e desvio padrão .......................................................55 Princípios de probabilidade .............................................................60 Experimento aleatório, espaço amostral e eventos: definições ...............................................................62 Operações com eventos ..........................................................65 Eventos complementares, mutuamente exclusivos e independentes ....................................................81 Três tipos importantes de eventos ..........................................82 Função de probabilidade e valor esperado .....................................87 Referências .......................................................................................98 DISTRIBUIÇÃO DE PROBABILIDADE ..................... 101 Introdução .......................................................................................102 Variáveis discretas e contínuas .......................................................104 Variáveis discretas ..................................................................108 Variável contínua ....................................................................109 Distribuições discretas ....................................................................111 Distribuição binomial .............................................................112 Distribuição de Poisson ..........................................................115 Problemas com distribuição discreta .............................................120 Problemas de distribuição binomial ......................................122 Problemas de distribuição Poisson ........................................129 Distribuição contínua (normal) ......................................................132 Uso da tabela Z ......................................................................136 Problemas de distribuição normal ........................................142 Tamanho de amostra ......................................................................150 Tamanho de amostra para estimativas de proporção ...........157 Referências ......................................................................................171 ESTIMAÇÃO .......................................................... 173 Introdução .......................................................................................174 Estimação pontual ..........................................................................176 Estimação intervalar ..............................................................179 Intervalo de confiança para média populacional ..........................183 Intervalo de confiança para a proporção ...............................188 Correlação e regressão ....................................................................196 Relações estatísticas ...............................................................197 Gráfico de dispersão ...............................................................202 Diagramas de dispersão.........................................................204 Modelo matemático do cálculo do coeficiente de correlação de Pearson ................................................................216 Regressão linear ..............................................................................226 Referências ......................................................................................239 PRINCÍPIOS DE CÁLCULO ATUARIAL ..................... 241 Introdução .......................................................................................242 Cálculos e análises atuariais ...........................................................245 Fundamentos da demografia, taxa de natalidade e mortalidade e taxa de crescimento populacional .......................247 VO CÊ ES TÁ A QU I Taxa de natalidade .................................................................249 Taxa de mortalidade ..............................................................252 Taxa de crescimento populacional ........................................254 Tábua de mortalidade e suas funções ............................................258 Tábua de sobrevivência e suas funções .................................261 Construção das tábuas de sobrevivência ou mortalidade ......................................................................266 Cálculos com taxa de mortalidade .................................................269 Cálculo de vida da população ao nascer................................271 Tópicos importantes para o cálculo de seguros na ciência atuarial ...........................................................................280 Seguradora .............................................................................281 Risco .......................................................................................281 Sinistro....................................................................................282 Seguro ....................................................................................283 Cálculo de seguro ...................................................................289 VO CÊ ES TÁ A QU I Risco .......................................................................................290 Valor matemático do risco (VMR) .........................................292 Cálculo do valor médio por sinistro .......................................296 Cálculo do prêmio estatístico e do prêmio comercial ...........298 Referências ......................................................................................312 VO CÊ ES TÁ A QU I PARA OTIMIZAR A IMPRESSÃO DESTE ARQUIVO, CONFIGURE A IMPRESSORA PARA DUAS PÁGINAS POR FOLHA. Uso da quantificação para coleta e tratamento de dados por meio de técnicas estatísticas com vistas à elaboração de relatórios e tomada de decisão. Introdução à estatística descritiva; estudo de probabilidade e distribuição de dados. Introdução à teoria de amostragem, inferência estatística e teoria de estimação. Interpretação de testes estatísticos (teste de hipóteses, teste de qui-quadrado e não paramétricos, análise de variância, correlação e regressão, análise fatorial, análise de conglomerados). Noções de cálculo atuarial. EMENTA CONHEÇA O CONTEÚDO Prezado(a) aluno(a), É um grande privilégio ter você conosco para estudarmos os conteúdos de métodos quantitativos. Convidamos você a desfrutar da leitura desse material onde trataremos, ao longo de quatro unidades, de população, amostra, variáveis, medidas de posição, medidas de variabilidade, princípios de pro- babilidade, distribuições discretas de pro- babilidade, distribuições contínuas de pro- babilidade, tamanho de amostra, estimação, coeficiente de correlação e cálculo atuarial. Vamos iniciar com os conceitos de estatística descritiva. Em seguida iremos aprofundar nossos conhecimentos de Probabilidade trabalhando com as distribuições de proba- bilidades. Já a unidade três tratará especifi- camente da estimação de parâmetros para algumas distribuições de probabilidade conhecidas. Começaremos os estudos com a apresentação dos conceitos de estimação pontual e intervalar (intervalos de confian- ça). Além disso, nesta unidade estudaremos os principais conceitos que irão basearo estudo da correlação e da regressão lineares. Por fim, na unidade quatro trataremos do cálculo atuarial, afinal, um assunto de gran- de importância no Brasil (e no mundo) é quanto dinheiro é necessário para garantir as aposentadorias de cerca de 200 mil par- ticipantes e as devidas pensões a seus fami- liares no longo de um período estipulado. Entre os conhecimentos exigidos dos pro- fissionais de atuária, estão os conceitos de Matemática Financeira, Estatística, Matemá- tica e as questões de demografia. Também abordaremos os seguros e seus elementos. A partir de agora, concentração, foco e bons estudos para você! OB JE TI VO S - Conhecer os métodos quantitativos normalmente utilizados nas pesquisas teóricas e práticas em Ciências Contábeis, bem como desenvolver a capacidade de resolução de problemas quantitativos encontrados pelo profi ssional de ciências contábeis; - Utilizar os dados estatísticos e econômicos para transformar as informações do mundo contemporâneo, em decisões administrativas; - Obter conhecimento necessário para aumentar sua competência ao tomar decisões organizacionais; - Planejar e executar os procedimentos administrativos utilizando os métodos quantitativos fornecidos pela Estatística; - Pensar estrategicamente. DISTRIBUIÇÃO DE PROBABILIDADE UNIDADE 2 OB JE TI VO S - Conhecer os métodos quantitativos normalmente utilizados nas pesquisas teóricas e práticas em Ciências Contábeis, bem como desenvolver a capacidade de resolução de problemas quantitativos encontrados pelo profi ssional de ciências contábeis; - Utilizar os dados estatísticos e econômicos para transformar as informações do mundo contemporâneo, em decisões administrativas; - Obter conhecimento necessário para aumentar sua competência ao tomar decisões organizacionais; - Planejar e executar os procedimentos administrativos utilizando os métodos quantitativos fornecidos pela Estatística; - Pensar estrategicamente. PRINCÍPIOS DE CÁLCULO ATUARIAL UNIDADE 4 242 MÉTODOS QUANTITATIVOS INTRODUÇÃO Nesta unidade veremos que a matemática atuarial e a demografia estão relacionadas. A ciência atuarial utiliza-se dos fundamentos da demografia, como a taxa de nascimentos e mortes, para a criação do cálculo de seguros, por exemplo. Assim, é possível direcionar o que é mais viável para a região, de acordo com o gênero, a idade e até mesmo a sazonalidade. A metodologia de cálculo atuarial, na prática, é um modo de medir riscos. Isso envolve conhecimento multidisciplinar, como matemática, estatística, fundamentos econômicos, legislação, entre outros. Na previdência complementar, o cálculo atuarial considera o regulamento do plano, que determina como serão calculados os benefícios, o cadastro de participantes e as premissas atuariais mais adequadas à população em estudo. Aprenderemos também sobre as tabelas de mortalidade (ou de expectativas de vida), que são importantes em virtude de as populações estarem sobrevivendo cada vez mais tempo. Essas tabelas servem para a tomada de decisão pelos fundos de pensão privados, pelas seguradoras no cálculo das apólices e 243 DISTRIbUIçãO DE PRObAbIlIDADE pelo ente público para fins de aposentadoria e políticas públicas para uma população que está vivendo mais tempo. Dentro desse panorama veremos o papel fundamental das seguradoras na proteção financeira e patrimonial das pessoas e das empresas contra eventos futuros improváveis, como roubos, mortes, acidentes etc. O mercado segurador no Brasil está estruturado na seguinte ordem hierárquica: Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP); Superintendência de Seguros Privados (SUSEP); Instituto de Resseguros do Brasil (IRB Brasil RE); seguradoras, previdência privada; capitalizadoras e corretoras. Para realizar a cobertura de seguros, temos elementos importantes, tais como: risco, sinistro, prêmio e seguro, pois eles são utilizados no cálculo tanto dos valores a serem cobrados quanto das indenizações. Toda operação financeira envolve, necessariamente, um componente de risco derivado de elementos aleatórios ao contrato. Isso ocorre em investimentos em ações ou quando seguramos algum bem. Para o estudo atuarial, é necessário que o risco seja mensurado economicamente, possibilitando cálculos 244 MÉTODOS QUANTITATIVOS técnicos que possibilitem a uma seguradora, por exemplo, cobrar determinado prêmio para segurar um veículo. Entre esses cálculos técnicos estão o cálculo do VMR e o cálculo do valor médio por sinistro, ambos importantes para que sejam determinados o preço ou o valor de um prêmio comercial. Quando tratamos do prêmio a ser cobrado para um seguro, temos de estar atentos a tudo, porque isso refletirá no sucesso das operações da seguradora. Quanto aos prêmios, temos o estatístico e o comercial. Enquanto o prêmio estatístico representa o valor que precisa ser cobrado de cada participante para que os objetos expostos aos riscos cubram as possibilidades de sinistros existentes no caso, o prêmio comercial indica o prêmio estatístico acrescido das demais despesas de carregamento. Além disso, é importante observar que, para o prêmio comercial, podemos calculá-lo a partir do custo ou do preço de venda. Por isso, note que esses elementos possibilitam aos segurados analisarem os preços a serem cobrados pelos seguros que ofertam. Esperamos que ao fim da unidade você tenha compreendido que: • os atuários são os responsáveis pelo cálculo das reservas matemáticas; 245 DISTRIbUIçãO DE PRObAbIlIDADE • a demografia tem relação com os princípios da área de matemática atuarial; • a demografia é a ciência que estuda a população humana; • os dados do IBGE apresentam todas as informações necessárias aos cálculos atuariais. CÁLCULOS E ANÁLISES ATUARIAIS Um assunto de grande importância no Brasil e no mundo diz respeito à aposentadoria dos trabalhadores: quanto dinheiro é necessário para garantir as aposentadorias de cerca de 200 mil participantes e as devidas pensões a seus familiares ao longo de um período estipulado. Esse montante, que é o compromisso total dos planos com seus participantes (as chamadas reservas matemáticas), é obtido por meio do cálculo atuarial, que não é uma conta simples. Os responsáveis pelo cálculo são os atuários, profissionais que têm uma formação acadêmica especializada e são habilitados conforme a regulamentação da profissão. São eles que analisam os números do plano de previdência, o perfil da população de associados, as regras dos planos e diversos 246 MÉTODOS QUANTITATIVOS cenários com o intuito de estabelecer as reservas matemáticas, o custo dos planos e o fluxo de recursos necessários para seu equilíbrio. É exigida desse profissional a multidisciplinaridade, ou seja, conhecimentos de áreas correlatas, para que ele consiga exercer suas funções adequadamente. Isso é reivindicado do profissional que atua em escritório, empresas privadas ou mesmo como pesquisador. Nesse sentido, entre os conhecimentos exigidos dos profissionais de atuária, estão os conceitos de matemática financeira, estatística, matemática e as questões de demografia. Você já pensou como é estudada a população de uma região? Quais dados são apresentados pelos institutos e quais as contribuições desses dados para os cálculos de seguros e previdências? Essa é uma das contribuições da ciência atuarial, pois ela permite cálculos de previdência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e de previdências privadas. Além disso, outra contribuição está conectada aos seguros e seus elementos. Para os seguros, é necessário ser cobrado um valor, mas como calcular esse valor? Isso envolverá cálculos e análises que o profissional de atuária tem de conhecer, pois 247 DISTRIbUIçãO DE PRObAbIlIDADE é preciso calcular corretamente os elementos para que seja cobrado um valor correto pelo seguro a ser realizado. MATERIAL COMPLEMENTAR O profissional que atua na área de ciências atuárias po- derátrabalhar com as leis da probabilidade e estatísticas em áreas financeiras, áreas de saúde suplementar, pre- vidência complementar, previdência social, resseguros, etc. Para saber mais sobre ciências atuariais, acompanhe o canal do TVPUC no YouTube, que apresenta uma série de vídeos sobre profissões. Disponível em: <https://bit.ly/3m7KpxO>. Acesso em: 09 set. 2020. FUNDAMENTOS DA DEMOGRAFIA, TAXA DE NATALIDADE E MORTALIDADE E TAXA DE CRESCIMENTO POPULACIONAL Quando iniciamos nosso estudo em matemática atuarial, logo percebemos que a demografia tem relação com os princípios dessa área. Contudo, você pode estar questionando: por quê? Como a demografia pode ser usada na matemática atuarial? Para conseguirmos descobrir essa ligação, serão 248 MÉTODOS QUANTITATIVOS necessários conhecimentos sobre os fundamentos da demografia e sobre as taxas de natalidade e mortalidade. Antes do surgimento da matemática atuarial, já havia estudos de demografia. Cordeiro Filho (2009, p. 2) define que “o termo demografia vem de demo, que significa população, e de grafia, que significa estudo”, ou seja, o estudo da população. Podemos assim, dizer que a demografia é a ciência que estuda os movimentos das populações humanas em um determinado momento. Ela acompanha e analisa as mudanças populacionais ao longo do tempo, por meio do número de nascimentos e mortes, isto é, levantamentos de situações que estão ligadas às causas do crescimento ou da redução populacional (CORDEIRO FILHO, 2009). Com o objetivo de estudar a população e investigar cientificamente a sua tendência, tamanho, distribuição e composição, a demografia está dividida em quantitativa, que se ocupa do estudo de fatores como mortalidade, natalidade, migração e qualitativa, que se ocupa de características da população, tais como gênero, idade, estado de saúde e características intelectuais, por exemplo, tempo de estudo e formação. 249 DISTRIbUIçãO DE PRObAbIlIDADE Os fenômenos criados pelos acontecimentos demográficos, conforme o grande estudioso francês, Jean Bourgeois- Pichat, dá à demografia uma característica de multidisciplinaridade, pois pode ser estudada por áreas de ciências sociais, geografia, estatística, ciências atuariais e outras (CORDEIRO FILHO, 2009, p. 3). Assim, a demografia nos permite estudar diversos aspectos relacionados à população, sendo um desses a ciência atuarial. Quando estudamos as populações, temos estes importantes fatores: a natalidade, a mortalidade e a migração (CORDEIRO FILHO, 2009). Vamos nos aprofundar sobre cada um deles? TAXA DE NATALIDADE Natalidade é a proporção do número de nascidos vivos em um determinado período. A taxa bruta de natalidade, ou simplesmente natalidade, é obtida pela A demografia acom- panha e analisa as mudanças populacionais ao longo do tempo, por meio do número de nascimentos e mortes. Fonte: Shutterstock (https://shutr.bz/3inj0pm) 250 MÉTODOS QUANTITATIVOS relação do número de nascidos vivos dividido pela população absoluta, ou seja, pela população total, e multiplicado por 1000. Número total de óbitos Total da população TM = . 1000 Devemos salientar que, para o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2013), considera-se como criança nascida viva aquela que, após a expulsão ou extração completa do corpo da mãe, independentemente do tempo de duração da gravidez, manifestou algum sinal de vida. Esses sinais são: respiração, choro, movimentos de músculos de contração voluntária ou batimento cardíaco, ainda que tenha falecido logo em seguida. Atenção! O IBGE disponibiliza as taxas de natalidade, mortalidade e crescimento populacional no seu site. Esses dados podem ser utilizados em pesquisas relacionadas ao meio contábil, por exemplo, para relacionar a renda da população com a taxa de mortalidade. Com os dados de taxa de natalidade em mãos, podemos concluir em que grau de desenvolvimento se encontra um determinado país. Em países considerados avançados, a taxa de natalidade é baixa, com média de cinco nascimentos para cada mil habitantes; enquanto que, em países menos favorecidos, é mais alta, com média de 30 ou mais nascimentos para cada mil 251 DISTRIbUIçãO DE PRObAbIlIDADE habitantes. Vale ressaltar que a taxa de natalidade faz parte de um indicador chamado Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Com base na Figura 61, em que temos a taxa bruta de natalidade, verificamos a redução gradual no número de nascimentos ocorridos no Brasil de 2000 a 2015. Figura 61 - Taxa bruta de natalidade por mil habitantes no Brasil entre 2000 e 2015 Ano Taxa de natalidade (por mil hab.) 2000 20,86 2001 20,28 2002 19,73 2003 19,19 2004 18,66 2005 18,15 2006 17,65 2007 17,18 2008 16,72 2009 16,29 2010 15,88 2011 15,50 2012 15,13 2013 14,79 2014 14,47 2015 14,16 Fonte: IBGE (2017) 252 MÉTODOS QUANTITATIVOS Da mesma forma que a taxa de natalidade nos traz preciosas informações sobre uma região, ocorre o mesmo com a taxa de mortalidade. TAXA DE MORTALIDADE Definiremos, agora, o conceito de mortalidade. Cabe salientar que ela é considerada o fenômeno mais importante aos olhos da demografia, pois, conforme definição da Organização Mundial da Saúde (OMS, 2005), a mortalidade corresponde à cessação dos sinais de vida em um momento qualquer. A taxa bruta de mortalidade (TBM), ou simplesmente a taxa de mortalidade, é obtida pela divisão do número de óbitos pelo número total da população durante um determinado período, e o resultado é multiplicado por mil. É por meio disso que obtemos a chamada tábua de mortalidade e, a partir dela, deduzimos as taxas de sobrevivência e a tabela de sobrevivência. Alguns dos fatores analisados na demografia são as causas das mortes, o gênero, a idade etc. Número total de óbitos Total da população TM = . 1000 253 DISTRIbUIçãO DE PRObAbIlIDADE Atenção! No Brasil, as causas de óbito são sempre analisadas pelo tipo de mortalidade e pela profissão da mãe, pois deve haver controle sobre o assunto. Além disso, as relações desses fatores com a sazonalidade também são levadas em consideração. Na representação da Figura 62, temos a taxa de mortalidade. Por meio dos dados, verificamos que os brasileiros com idade entre 15 a 24 anos do sexo masculino são os que apresentam maior índice de mortes violentas. Figura 62 - Proporção de mortes violentas entre pessoas de 15 a 24 anos, por sexo Fonte: IBGE (2018) 254 MÉTODOS QUANTITATIVOS O aspecto da sazonalidade também deve ser considerado para realizar a análise das causas de morte, pois é importante saber que, dependendo da época do ano, ocorre aumento ou redução no número de mortes. Um exemplo é o aumento de mortes por causas externas que têm mais recorrência no verão, como mortes em acidentes de trânsito, afogamentos e homicídios. TAXA DE CRESCIMENTO POPULACIONAL Indiferentemente de nossa vontade, as populações se movimentam, aumentam ou diminuem. Podemos imaginar que elas estão estáticas, paradas no tempo, mas, quando analisamos a população, as taxas de natalidade e de mortalidade, verificamos que há sempre uma diferença. Essa diferença entre nascimentos e mortes pode ser positiva ou negativa, pequena ou grande, mas sempre existe. Acompanhando os dados da população brasileira, verificamos que ela está crescendo, mas com uma velocidade menor do que a que tínhamos no passado. 255 DISTRIbUIçãO DE PRObAbIlIDADE Acompanhando os dados da população brasileira, verificamos que ela está crescendo, mas com uma velocidade menor do que a que tínhamos no passado. Alguns países já tiveram esse comportamento populacional, sua população teve um decréscimo no número de pessoas, seja porque o número de nascimentos foi menor do que de mortes ou mesmo por altas taxas de emigração. Esse fato ocorreu principalmente na Europa, cuja população envelheceu e, devido a diversas causas, erradicou. Para termos informação mais conclusiva, faz-se necessário o censo ouo recenseamento da população. SAIBA MAIS No Brasil, o censo é feito aproximadamente de dez em dez anos. Há uma contagem de toda a população. Como resultado, tem-se: o perfil, com dados demográficos, que serão considerados oficiais para todo o Brasil por um período de 10 anos. Os dados levam em considera- ção a idade, o gênero, a escolaridade, a renda, a região e diversos outros fatores relevantes para a análise. Desconsiderando o movimento da migração populacional, o crescimento ou redução da população só ocorre quando há um novo nascimento ou uma morte. 256 MÉTODOS QUANTITATIVOS Portanto, o crescimento ocorre na comparação entre o número de nascimentos e de falecimentos. TC = taxa de natalidade – taxa de mortalidade Quando relacionamos o resultado obtido entre os nascimentos e os falecimentos com o número total da população, obtemos o que se denomina de taxa de crescimento vegetativo. Essa taxa é a diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade. Não podemos esquecer que as taxas de natalidade e de mortalidade não são valores percentuais, mas contabilizados numa relação para cada mil pessoas. Nesse sentido, Cordeiro Filho (2009, p. 7) afirma que a população humana cresce em decorrência de haver uma taxa de natalidade maior que a taxa de mortalidade, obviamente, e ao decorrer dos séculos observa-se que a população mundial cresceu inicialmente de uma forma mais lenta, acelerando com o tempo, para um crescimento mais rápido. Como exemplo, na Figura 63 é exposta a projeção da taxa de crescimento populacional de 2010 para o Brasil e o estado do Rio Grande do Sul. 257 DISTRIbUIçãO DE PRObAbIlIDADE Figura 63 - Projeção da Taxa de crescimento populacional de 2010 Fonte: IBGE (2019) Desse modo, percebemos que, segundo o IBGE (2019), a projeção de diferença entre nascimentos e mortes para o Brasil e para o estado do Rio Grande do Sul é positiva nos primeiros anos e negativa nos últimos anos, revelando que, em 2058, haverá um decréscimo na população. Atualmente, temos informações de que a população brasileira está envelhecendo. Sendo assim, podemos desenvolver uma visão crítica quanto aos fenômenos relativos à população, tais como as causas e os efeitos que essa nova realidade brasileira acarreta. 258 MÉTODOS QUANTITATIVOS TÁBUA DE MORTALIDADE E SUAS FUNÇÕES Agora que já sabemos os fundamentos da demografia e suas principais funções, conceitos estatísticos e probabilidade, vamos iniciar o estudo da tábua de mortalidade e suas características e aplicabilidades. Pensemos, então, nos seguintes questionamentos: qual é o uso da tábua de mortalidade nas atividades diárias do profissional de ciências atuariais? Como construir uma tábua de mortalidade? Segundo Cordeiro Filho (2009, p. 12), “as tábuas de mortalidade são instrumentos estatísticos destinados a medir as probabilidades de vida e de morte das pessoas”. Essas probabilidades são organizadas por cada idade ou grupos de idade e apresentam o número total de falecimentos ocorrido no período para cada categoria. Ao apresentar a probabilidade de vida e de morte nessas tábuas, é obtida a expectativa de vida. Essas informações tendem a aparecer juntas, porque é pela taxa de mortalidade que se deduzem outros dados (CORDEIRO FILHO, 2009). Uma das tábuas mais antigas conhecidas, com características ainda usadas atualmente, é a de Edmund Halley. Ele colheu 259 DISTRIbUIçãO DE PRObAbIlIDADE dados sobre os óbitos e nascimentos na cidade de Breslaw, na Alemanha, em 1693, de forma criteriosa. Tais levantamentos levaram à conclusão de que problemas de saneamento básico existiam na cidade e, por isso, muitas crianças não passavam do primeiro ano de vida. Em demografia e atuária, chamamos de X a idade de vida das pessoas. Essa idade tem variação de 0 até o infinito positivo, contudo, normalmente ultrapassa um pouco os 100 anos. Essa idade máxima chamaremos de W. Se alguém de idade X conseguir chegar à idade (X + 1), verificaremos, então, que houve uma probabilidade de sobrevivência que é função de X. Essa função chamaremos de S(x). Essa função é contínua, decrescente e varia no intervalo 0 ≤ X ≤ W. Há alguns elementos que impactam diretamente a tábua da mortalidade. Os mais impactantes são o gênero da pessoa, masculino ou feminino, o clima do local onde reside o tipo ou a qualidade e a As tábuas de mortalidade são instrumen- tos estatísticos destinados a medir as probabilidades de vida e de morte das pessoas. 260 MÉTODOS QUANTITATIVOS quantidade de alimentação, a genética, os elementos hereditários, as condições materiais, a qualidade de vida, o consumo de fumo, a ingestão de bebidas, a violência urbana, a poluição, o meio ambiente, entre outros. A Figura 64 apresenta uma expectativa de sobrevida dos brasileiros para o ano de 2014. Figura 64 - A expectativa de sobrevida dos brasileiros para o ano de 2014 TABELA DE EXPECTATIVA DE SOBREVIDA - AMBOS OS SEXOS - 2014 Idade Expectativa de sobrevida Idade Expectativa de sobrevida Idade Expectativa de sobrevida Idade Expectativa de sobrevida Idade Expectativa de sobrevida Idade Expectativa de sobrevida 0 75,5 14 62,9 28 49,9 42 37,1 56 25,2 70 15 1 75,5 15 61,9 29 49 43 36,2 57 24,4 71 14,3 2 74,6 16 61 30 48,1 44 35,4 58 23,7 72 13,7 3 73,7 17 60 31 47,1 45 34,5 59 22,9 73 13,1 4 72,7 18 59,1 32 46,2 46 33,6 60 22,1 74 12,5 5 71,7 19 58,1 33 45,3 47 32,7 61 21,3 75 12 6 70,7 20 57,2 34 44,4 48 31,9 62 20,6 76 11,4 7 69,8 21 56,3 35 43,5 49 31 63 19,9 77 10,9 8 68,8 22 55,4 36 42,6 50 30,2 64 19,1 78 10,4 9 67,8 23 54,5 37 41,6 51 29,3 65 18,4 79 9,9 10 66,8 24 53,6 38 40,7 52 28,5 66 17,7 80+ 9,4 11 65,8 25 52,6 39 39,8 53 27,7 67 17 12 64,8 26 51,7 40 38,9 54 26,9 68 16,3 13 63,9 27 50,8 41 38 55 26 69 15,6 Fonte: IBGE (2014) Ao analisar a tabela, é possível perceber que a expectativa de vida é decrescente e contínua e que a cada ano essa taxa sofre uma redução de acordo com a idade. 261 DISTRIbUIçãO DE PRObAbIlIDADE TÁBUA DE SOBREVIVÊNCIA E SUAS FUNÇÕES Há técnicos ou estatísticos do Brasil e do exterior que exercem funções na atividade demográfica e seguem os caminhos de inúmeros estudiosos da geografia demográfica e sua abrangência multidisciplinar relativa às tábuas de sobrevivência. Segundo Cordeiro Filho (2009, p. 24), é muito importante que haja a iniciativa para construção de uma tábua de sobrevivência nos dias atuais, já que temos mais recursos tecnológicos disponíveis e hoje os cartórios de registro civil têm acesso a informações on-line, não seria muito complicada a construção da tábua de sobrevivência, pois de posse do número de nascimentos e óbitos ficaríamos somente com a tarefas dos cálculos matemáticos, mas não podemos Um dos campos de atuação para os técnicos estatísticos é o de estudos demográficos. 262 MÉTODOS QUANTITATIVOS esquecer que essa tecnologia, com toda a agilidade que conhecemos, está disponível há pouco mais de uma década. Assim, o avanço da tecnologia, trazendo recursos como computadores e softwares, facilitou esse processo. Atualmente, podemos contar com programas como o Microsoft Excel, o SPSS, o Minta e outros no processamento do banco de dados para a construção dessas tábuas. SAIBA MAIS Por meio dos dados demográficos, determinado país pode, utilizando a tábua de sobrevivência, projetar a pro- babilidade de um indivíduo de 60 anos atingir 80 anos. Esse tipo de análise permite, por exemplo, munir de infor- mações a gestão de políticas de saúde, pois, dependendo do resultado, será necessário ou não investir mais na saú- de dos idosos para que atinjam a idade esperada. Se voltarmos um pouco no tempo, fazendo uma abstração, podemos imaginar as dificuldades que existiam para calcular um número grande de informações sem recursos computacionais. Podemos afirmar que era muito difícil ter acesso às informações e trabalhar com um número grande de informações. O iníciode 1900, por exemplo, foi uma época ainda muito difícil para se obter, catalogar e processar um grande volume de dados. 263 DISTRIbUIçãO DE PRObAbIlIDADE Nesse sentido, a Figura 65 a seguir apresenta uma tábua com a probabilidade de um indivíduo de 60 anos atingir os 80 anos, por diferencial entre mulheres e homens para o ano de 2017, segundo o IBGE. Figura 65 - Probabilidade de um indivíduo de 60 anos atingir os 80 anos (2017) UNIDADES DA FEDERAÇÃO PROBABILIDADE DE UM INDIVÍDUO DE 60 ANOS ATINGIR OS 80 ANOS (20p60 (por mil) 20 PM 60 – 20 P H 60 (por mil) 1980 2017 TOTAL HOMENS MULHERES TOTAL HOMENS MULHERES 1980 2017 brasil 344 291 398 594 522 659 107 137 Rondônia 160 244 182 488 435 549 38 114 Acre 308 301 314 571 495 645 13 150 Amazonas 310 281 342 522 457 588 61 ' 131 Roraima 219 242 191 515 487 546 -51 59 Pará 375 320 431 525 457 594 112 136 Amapá 345 232 367 561 510 613 44 103 Tocantins - - - 568 517 623 - 106 Maranhão 223 168 294 507 431 577 126 146 Piauí 231 191 276 507 423 583 85 160 Ceará 394 346 445 577 510 635 99 124 Rio Grande do Norte- 363 324 407 613 529 684 83 155 Paraíba 351 319 384 569 502 624 66 122 Pernambuco 300 364 336 559 481 620 72 140 Alagoas 318 282 356 533 448 607 74 159 Sergipe 351 334 367 540 457 612 33 156 bahia 304 267 342 573 486 652 75 166 Minas Gerais 357 308 407 620 563 671 99 107 264 MÉTODOS QUANTITATIVOS UNIDADES DA FEDERAÇÃO PROBABILIDADE DE UM INDIVÍDUO DE 60 ANOS ATINGIR OS 80 ANOS (20p60 (por mil) 20 PM 60 – 20 P H 60 (por mil) 1980 2017 TOTAL HOMENS MULHERES TOTAL HOMENS MULHERES 1980 2017 Espíríto Santo 338 292 390 647 571 715 97 144 Rio de Janeiro 353 277 422 588 507 652 145 144 São Paulo 375 310 439 622 I 550 683 129 133 Paraná 339 301 386 608 538 673 85 135 Santa Catarina 354 305 407 641 561 713 103 152 Rio Grande do Sul 381 306 453 615 535 686 147 151 Mato Grosso do Sul 362 349 379 589 510 665 30 155 Mato Grosso 268 247 297 557 502 618 50 117 Goiás 310 286 338 557 501 611 51 110 D. Federal 402 323 472 641 559 708 148 149 Fonte: IBGE (2017) Note que, analisando esses dados, percebe-se que a sobrevivência entre 60 e 80 anos de idade apresentou aumentos consideráveis entre 1980 e 2017 em todas as unidades da federação, chegando, em alguns casos, a mais que se dobrarem as chances de sobrevivência entre essas duas idades. Na tabela anterior, os dados resultantes da tábua foram expostos em insumos em conjunto de homens e mulheres. Contudo, é costumeiro que as pesquisas tragam mais dados, enriquecendo a análise. Assim, a mesma pesquisa apresentou também o resultado da Figura 66. 265 DISTRIbUIçãO DE PRObAbIlIDADE Figura 66 - Probabilidade de um indivíduo homem de 60 anos atingir 80 anos Fonte: IBGE (2017) Analisando os dados dessa imagem, percebemos que, em 2017, as maiores probabilidades de sobrevivência entre os 60 e 80 anos de idade para o sexo masculino foram encontradas no estado do Espírito Santo. Atenção! Nos últimos anos, houve aumento da quantidade de planos de saúde e dos seguros-saúde. O Sistema Único de Saúde (SUS), os hospitais e demais órgãos que processam dados estatísticos, como a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), beneficiando-se dos progressos da tecnologia, realizam estudos com estatísticas confiáveis, o que resultou em estudos demográficos e de morbidade quase próximos da perfeição. 266 MÉTODOS QUANTITATIVOS Portanto, demonstra-se muito importante dominar a técnica de construção tanto das tábuas de sobrevivência quanto das de mortalidade, para que se procedam as análises dos dados que essas tábuas trazem. CONSTRUÇÃO DAS TÁBUAS DE SOBREVIVÊNCIA OU MORTALIDADE Para construir uma tábua de sobrevivência ou uma de mortalidade, primeiramente devemos obter os dados demográficos (CORDEIRO FILHO, 2009). IMPORTANTE Os dados oriundos do censo, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são considerados as melhores infor- mações para serem utilizadas, pois é uma informação pública com a contagem de todos os residentes no Brasil. A execução das tábuas depende da metodologia utilizada. Os métodos disponíveis são baseados no número de óbitos, de sobreviventes, de nascimentos em relação aos óbitos ou, ainda, de óbitos em relação aos nascimentos. A escolha do método depende do objetivo ou das informações das quais dispomos. 267 DISTRIbUIçãO DE PRObAbIlIDADE Quando utilizamos o método dos óbitos, eles deverão ser separados por idade e quantidade. Por exemplo, em 1970 faleceram N pessoas com idade entre 0 e 1 ano; M pessoas com idades entre 1 e 2 anos; P pessoas com as idades de 2 a 3 anos. Assim, sucessivamente, dá-se início à tabulação. Dessa forma, monta-se a coluna dx (mortes) da tábua. • pessoas falecidas de 0 a 1 ano d0; • pessoas falecidas de 1 a 2 anos d1; • pessoas falecidas de 2 a 3 anos d2; • pessoas falecidas de 70 a 71 anos d70; • pessoas falecidas de 90 a 91 anos d90; • pessoas falecidas de 114 a 115 anos d114. Tem-se, portanto: T = d0 + d1d2 + [...] d115, em que T é o total de óbitos. Se considerarmos o total de óbitos e formos subtraindo aqueles que faleceram no primeiro ano (d0), teremos aqueles que sobreviveram ao primeiro ano e, assim, sucessivamente. O outro método poderia ser o dos sobreviventes, no qual, em dois instantes diferentes, temos os sobreviventes por idades. Vamos denominar os sobreviventes no instante 0 (zero) de l0, e os sobreviventes no instante 1 de l1 e, assim, sucessivamente: 268 MÉTODOS QUANTITATIVOS l0 - l1 = d0 l1 – l2 = d1 l2 - l3 = d2 .... l3 – l14 = d13 l15 – l14 = d14 Podemos utilizar outros métodos, como o que relaciona os nascidos sempre em 1 de janeiro de cada ano ou outros que consideram o inverso, ou seja, um método que relaciona óbitos com nascimentos. Além disso, uma coisa devemos saber: todos os demais métodos necessitam de ajustes de tábuas. Para esses ajustamentos, existem métodos de aproximação por interpolações e de funções que se aproximam de distribuições contínuas. Precisamos, ainda, deixar claro que os aspectos gráficos de uma tábua de mortalidade não representam uma função contínua como conhecemos na matemática, embora sua aparência gráfica mostre continuidade (CODEIRO FILHO, p. 25). A tecnologia, muito usada atualmente, vem facilitando a construção de tábuas de mortalidade que auxiliam os profissionais de atuariais no cálculo, por exemplo, do seguro do contratante, pois essas probabilidades levam em consideração as taxas de sobrevivência. Para o cálculo, é muito importante os dados relacionados à idade, ao sexo, aos hábitos de vida etc. Portanto, é muito importante conhecer essas ferramentas para fazer bom uso delas na sua função profissional. 269 DISTRIbUIçãO DE PRObAbIlIDADE CÁLCULOS COM TAXA DE MORTALIDADE Já vimos sobre os aspectos da construção da tábua de mortalidade. Talvez a expressão mais correta seria a de tábua de esperança ou de expectativa de vida de uma população, isso porque, na realidade, a tábua é construída com o objetivo de projetar quantas pessoas de uma determinada população estarão vivas em um certo período de suas vidas. Os objetivos de se construir tábuas de expectativa de vida da população são econômicos e sociais: econômicos para efeitos de seguradoras; socias para efeitos de políticas sociais à população. Vamos nos aprofundar nos cálculos de situações possibilitadas por essa tábua. As siglas que normatizam essas tábuas são: AT → annuity table (tábua de anuidade); AT49 → annuity table of the year 1949 (tábua de anuidade do ano de 1949). Os objetivos de se construir tábuas de expectativa de vida da população são econômicos e sociais. 270 MÉTODOS QUANTITATIVOS Essa é a primeira tábua de expectativa de vida usada nos Estados Unidos. Há várias outras tábuas que foram sendo atualizadas com o passar dos anos. No Brasil, a tábua de expectativa de vida foi instituída pelo Decreto n. 3.266, de 29 de novembro de 1999: Art. 2º Competeao IBGE publicar, anualmente, até o dia primeiro de dezembro, no Diário Oficial da União, a tábua completa de mortalidade para o total da população brasileira referente ao ano anterior. Parágrafo único. Até quinze dias após a publicação deste Decreto, o IBGE deverá publicar a tábua completa de mortalidade referente ao ano de 1998 (BRASIL, 1999). Esse decreto foi publicado quando foi instituído o fator previdenciário para efeitos de aposentadoria pelo Instituto Nacional de Previdência e Assistência Social (INSS). Os objetivos de se construir tábuas de expectativa de vida da população são econômicos e sociais. 271 DISTRIbUIçãO DE PRObAbIlIDADE Va mos analisar como se compõe uma tábua de expectativa de vida tomando como exemplo a tábua exposta na Figura 67. Figura 67 - expectativa de vida de uma população estudada IDADE (X) Nº DE PESSOAS VIVAS NO COMEÇO DO ANO DESIGNADO (LX) Nº DE PESSOAS QUE MORREM NO ANO DESIGNADO (DX) PROBABILIDADE ANUAL DE MORRER (QX) PROBABILIDADE ANUAL DE VIVER (PX) PROBABILIDADE COMPLETA DE VIDA (EX) 0 1000 2 0,002 0,9980 70,83 1 1000 – 2 =998 1 0,001 0,9990 2 998 – 1 = 997 2 0,002 0,9980 3 997 – 2 = 995 1 0,001 0,9990 ... 995 – 1 = 994 2 0,002 0,9980 10 62,16 ... 90 5,85 legenda: x → idade (no período); → life (vida no período); → died (morrer no período); → insucesso (de morrer no período); → sucesso (de viver no período); →expectativa (de viver no período). Fonte: Moore (1946, p.4) CÁLCULO DE VIDA DA POPULAÇÃO AO NASCER As tabelas de expectativa de vida são muito longas. Contudo, nosso objetivo é entendê-las e interpretá-las. A matriz a seguir serve para os cálculos que necessitamos (CORDEIRO FILHO, 2011): 272 MÉTODOS QUANTITATIVOS l0 = 1.000 l11 + l12 + ... = l19 + l20 = 9.821 l21 + l22 + ... = l29 + l30 = 9.656 l31 + l32 + ... = l39 + l40 = 9.477 l41 + l42 + ... = l49 + l50 = 9.177 l51 + l52 + ... = l59 + l60 = 8.538 l61 + l62 + ... = l69 + l70 = 7.188 l71 + l72 + ... = l79 + l80 = 4.704 l81 + l82 + ... = l89 + l90 = 1.686 l91 + l92 + ... = l98 + l99 = 1.728 Σ = 70.334 l1 + l2 + ... = l9 + l10 = 9.916 Agora, vamos realizar algumas análises possíveis a partir desses dados. Qual a expectativa de vida dessa população ao nascer? Tx é a quantidade de sobreviventes do grupo. 1 2 T = . l +x 100 2 T = + 70.334 = 70.834x x l xΣ 99 t = 1 Então, a expectativa de vida do indíviduo desse grupo ao nascer é: 273 DISTRIbUIçãO DE PRObAbIlIDADE T l 70.834 1.000 e = = = 70,8300 x x Portanto, a expectativa de vida de um recém nascido deste grupo é de 70,83 anos. E agora, qual a expectativa de vida de um indivíduo após completar 10 anos? Pensemos que já morreram, nesse período, 12 indivíduos. Informações dadas: l10 = 1.000 – 12 = 988 sobreviventes l99 l10Σ = (70.834 – 9.916) = 60.918 l10 2 T10 l10 T10 = + + 60.918 T10 = 494 + 60.918 = 61.412l99 l10Σ (X) T10 = 9882 e = 100 = = 62,16 61.412 988 Os indivíduos dessa população, após 10 anos do nascimento, têm uma expectativa de viverem ainda 62,16 anos. Qual a expectativa de vida dos indivíduos dessa população após completarem 90 anos? Pensemos que já morreram, dessa população, 677 indivíduos. Informações dadas: 274 MÉTODOS QUANTITATIVOS l90 = 1.000 – 677 = 323 indivíduos sobreviventes aos 90 anos da população original l90 = l92 + ... + l98 + l99 = 1.728 (soma das idades dos sobreviventes) l90 2 T90 = + soma das idades dos sobreviventes + 1.728 = 161,50 + 1.728 = 1.889,5323 2 T90 = T90 l90 e = 900 = = 5,85 1.889,5 323 A expectativa de vida da população original, após os 90 anos, é 5,85 anos. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publica diversas informações necessárias das quais é possível extrair dados de interesse do pesquisador. Por exemplo, a Figura 68 a seguir apresenta a expectativa de vida do brasileiro em 2017. Figura 68 - Expectativa de vida do brasileiro em 2017 IDADE (X) NÚMERO DE PESSOAS VIVAS (LX) SOMA DA IDADE DE TODOS OS SOBREVIVENTES (TX) ESPERANÇA DE VIDA (EX) 0 100.000 7.604.801 76,0 1 98.719 7.505.974 76,0 2 98.635 7.404.297 75,1 Fonte: IBGE (2017) 275 DISTRIbUIçãO DE PRObAbIlIDADE Esses dados do IBGE já apresentam todas as informações necessárias aos cálculos atuariais. Para calcular a expectativa de vida de uma pessoa que nasceu em 2017, no Brasil, dividimos a soma das idades de todos os sobreviventes até os 99 anos (Tx), pelo número de pessoas vivas naquele período ( lx ). A pessoa que nasceu naquele ano: Tl z z . Então, Tl 0 0 7.604.801 100.000= = 76. Portanto, a expectativa de vida é de 76 anos. Qual a probabilidade de um homem com 20 anos de idade viver, pelo menos, mais 30 anos? Veja: o modelo de cálculo da probabilidade: l l 88.130 97.297 = p (20 < x ≤ 50) = = 0,905783 x+n x p (x) = l20 = 97.297 l50 = 88.130 p (20 < x ≤ 50) = l l 50 20 Segundo a tabela anterior, uma pessoa que tem hoje 20 anos de idade tem probabilidade de 90,575% de viver até 50 anos. Qual a probabilidade de um homem com 30 anos morrer antes de atingir 60 anos? Veja: Modelo para encontrar esse tipo de evento: 276 MÉTODOS QUANTITATIVOS l – l l x x+n x q (x) = Consultando a Figura 65, temos: l30 = 94.990 l60 = 80.098 Então, p (30 ≤ x < 60) = p (30 ≤ x < 60) =l30 – l60 l30 94.990 – 80.098 94.990 = 0,1567 q (30 ≤ x < 60) = q (30 ≤ x < 60) =l30 – l60 l30 94.990 – 80.098 94.990 = 0,1567 Logo, esse indivíduo tem a probabilidade de 15,67% de morrer antes de atingir 60 anos. Qual a probabilidade de um homem vir a óbito aos 25 anos? Veja o modelo para esse tipo de questionamento: l + 1 l x x q = 1 – x l + 1 = l26 x l = l25 x Consultando a Figura 65, temos: 277 DISTRIbUIçãO DE PRObAbIlIDADE = 1 – 1,00796 = 0,000796 l 25 = 96.142 l26 = 95.908 q25 = 96.142 95.908 Portanto, a probabilidade de um indivíduo morrer aos 25 anos é de 0,796%. Note que utilizamos os dados da tabela para homem. Caso fôssemos calcular a probabilidade de óbito de uma mulher, teríamos que usar a tabela referente a esse gênero. Qual é a probabilidade de uma pessoa de 65 anos sobreviver até a idade de 75 anos e ir a óbito antes de completar 80 anos? Modelo para esse tipo de questionamento: l + 10 l x x l + 15 l x x q = –x l = l65 l = l75 l = l80 x x+10 x+15 Consultando a Figura 65, temos: l 65 = 73.977 l75 = 55.012 l80 = 41.776 q (x) = q (x) = 0,7436 – 0,5512 = 0,1924l75 l65 l80 l65 – 55.012 73.977 40.776 73.977 – 278 MÉTODOS QUANTITATIVOS Logo, a probabilidade é de 19,24%. Agora, vamos pensar nesses dados aplicados à matemática atuarial. Uma seguradora está analisando a probabilidade de uma criança de 7 anos: ir a óbito nos próximos 15 anos. O modelo matemático para esse tipo de exercício é: l – l l x x+n x q (x) = Consultando a Figura 65, tem-se: l = l7 = 98.320 l = l22 = 96.858 x x+15 Então, 98.320 – 96.858 98.3.320 q (x) = = 0,0148 A probabilidade de a criança vir a óbito nos próximos anos (até os 15 anos) é de 1,48%. para calcular o óbito entre 20 e 25 anos, o modelo matemático é o seguinte: l = l7 = 98.320n l20 = 97.297 l25 = 96.142 l + l l n+13 n+18 n q (x) = 279 DISTRIbUIçãO DE PRObAbIlIDADE Logo, 97.297 – 96.142 98.320 1.155 98.320 q (x) = = 0,01174= A probabilidade de a criança ir a óbito entre 20 e 25 anos é 1,17% para ambos os sexos. Pensemos, agora, neste exemplo: João da Silva e Maria Duarte se juntaram para abrir um pequeno negócio. Ele tem 25 anos; ela, 28. A empresa terá um tempo limitado de dez anos. Qual é a probabilidade de ambos estarem vivos daqui a 10 anos? Modelo probabilístico para João: l l x+10 x p (x) = Então, l25 = 96.142 l = l25 10 = l35 = 93.768 p (x) = 93.768 96.142 = 0,9753 +x+10 Probabilidade de Maria Duarte estar viva aos 38 anos de idade: 280 MÉTODOS QUANTITATIVOS l28 = 95.450 l = l38 = 92.954 p (x) = 92.954 95.450 = 0,97385 x+10 ll x+10 x p (x) = Trata-se de eventos independentes, portanto a probabilidade de ambos estarem vivos em 10 anos será: p (x) = p x p p (x) = 0,97385 x 0,97385 = 0,9497 x1 x2 Chegamos ao seguinte resultado: 94,97% de probabilidade de ambos os sócios estarem vivos ao final do empreendimento. Além desses raciocínios, é importante ter em mente que as tabelas de expectativas de vida são elaboradas para tomadas de decisões das seguradoras, e as tabelas de expectativas de vida elaboradas pelo IBGE servem de base para efeitos de aposentadoria. TÓPICOS IMPORTANTES PARA O CÁLCULO DE SEGUROS NA CIÊNCIA ATUARIAL Um dos importantes aspectos relacionados com a ciência atuarial são os seguros. Isso ocorre porque, para que 281 DISTRIbUIçãO DE PRObAbIlIDADE as seguradoras prestem seus serviços, elas precisam estar munidas de informações e cálculos que lhes permitam cobrar o valor de seu cliente, pagar os valores a quem usar o seguro e, ainda, apresentar lucratividade. SEGURADORA No âmbito do risco, as seguradoras são importantes players para a proteção de bens e riscos aos quais as pessoas físicas ou jurídicas estão expostas em sua vida cotidiana, comercial, industrial, entre outras (CORDEIRO FILHO, 2011). Sendo assim, “seguradoras são entidades jurídicas que, por meio dos recursos dos prêmios cobrados dos segurados, comprometem-se a indenizá-los no caso de ocorrer o evento contra o qual se seguraram” (SOUZA, 2002, p. 46). RISCO Estão associadas às seguradoras as coberturas de riscos contra os quais são realizados seguros, a fim de prevenir eventos e acontecimentos desfavoráveis. Se não se quer assumir os riscos com os recursos, aplica-se na caderneta de poupança. Se 282 MÉTODOS QUANTITATIVOS alguém quiser assumir um pouco de risco, aplica seus recursos em títulos públicos ou em títulos de renda fixa emitidos pelos bancos. Todos esses ativos têm rendimentos baixos ou moderados no prazo de um ano. No entanto, se alguém quiser uma capitalização mais rápida dos seus recursos, aplica em ações, que são ativos de alto risco. Se der certo, haverá ganhos em poucos dias que levariam anos para se conseguir em títulos de renda fixa. Portanto, o risco pode trazer uma oportunidade de ganho rápido. SINISTRO Sinistro é a ocorrência do evento probabilístico do risco desfavorável de um bem imobilizado. Se fizermos um seguro de um automóvel em uma seguradora contra eventos futuros e incertos, tais como incêndio ou acidentes de trânsito, ou seja, se o sinistro ocorrer, a seguradora A função social do seguro limita a vontade das par- tes e equilibra o contrato. Fonte: Shutterstock (https://shutr.bz/3k2oy8S) 283 DISTRIbUIçãO DE PRObAbIlIDADE deverá indenizar o segurado, pois ele pagou um prêmio para ter esse direito. SAIBA MAIS Quando tratamos da ciência atuarial, a terminologia “prêmio” possui significado diferente do que estamos habituados a utilizar no dia a dia. Por exemplo, no nosso entendimento, muitas vezes nos referimos a um prêmio como o valor que a loteria paga ao ganhador. Se não ocorrer o sinistro, o que é mais provável estatisticamente, o prêmio fica com a seguradora para aumentar o capital monetário para eventos e ocorrências desfavoráveis a alguns segurados. O sinistro pode ser total ou parcial. Se for total, a seguradora terá que reembolsar o segurado com um valor que o permita comprar outro bem nas mesmas condições do bem segurado. SEGURO Já vimos que seguro é uma proteção que, por meio de um prêmio que pagamos à seguradora, nos permite protegermos nosso patrimônio. Além disso: 284 MÉTODOS QUANTITATIVOS Seguro é um sistema pelo qual um risco é transferido por uma pessoa, uma empresa ou uma organização para uma companhia de seguros, que reembolsa o segurado por um sinistro coberto e provê a pulverização dos custos entre todos os segurados. Risco, transferência de risco e pulverização de risco são elementos vitais do seguro (SMITH; WIENING, 1999, p. 3). Vimos três elementos constituintes e essenciais à existência do seguro: risco, transferência de risco e pulverização do risco. Sabemos que estamos, constantemente, cercados de eventos favoráveis e desfavoráveis aos nossos bens e à nossa vida. Por isso, no aspecto do segurado, ele vê o risco como a probabilidade de perdas financeiras. Nesse sentido, fazemos um seguro contra perdas financeiras e a transferimos a uma companhia de seguros. Contudo, se não houver outros segurados, a companhia não terá recursos para assumir essa perda. Portanto, há necessidade de haver muitos segurados que pagam prêmios às seguradoras para proteger bens e até a vida. Como os eventos desfavoráveis não ocorrem coletivamente, mas somente com alguns, conforme a probabilidade estatística, a perda financeira de um segurado é pulverizada ou suportada por todos os demais 285 DISTRIbUIçãO DE PRObAbIlIDADE participantes do sistema de seguros. Os fundos para arcar com as perdas financeiras de alguns segurados são, então, garantidos pelos prêmios recebidos pela seguradora. Logo, “um prêmio de seguro é um pagamento periódico feito pelo segurado à companhia de seguros em troca de cobertura securitária” (SMITH; WIENING, 1999, p. 2). Os seguros cobrem os mais diversos tipos de riscos, relacionados com a vida ou com as atividades humanas. Há quatro espécies de grupos de seguros: 1. seguros de pessoas; 2. seguros de danos patrimoniais; 3. seguros de prestação de serviços; 4. seguros ligados à previdência privada, ren- das e capitalização. A pessoa que faz um seguro de vida individual tem o objetivo de proteger a família no caso de ela mesma falecer. Esse tipo de seguro pode ser pago de uma única vez ou como renda vitalícia ao(s) beneficiário(s). As tábuas usadas pelas seguradoras são iguais às do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), vistas nos tópicos anteriores, mas com a diferença de que está embutida uma taxa 286 MÉTODOS QUANTITATIVOS de descontos (juros). No entanto, o seguro de vida individual não é feito somente para caso de morte, mas serve também para complementar a renda paga pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). No caso do seguro de vida a ser pago em forma de renda durante a vida do segurado, há três formas (SOUZA, 2002): 1. seguro de vida ordinário; 2. seguro de vida de pagamentos limitados; 3. seguro de vida modal. O segurado na modalidade seguro de vida ordinário, enquanto viver, pagará um prêmio ao segurador. Quando vier a óbito, o(s) beneficiário(s) receberá(ão) o valor segurado. No seguro de pagamento limitado, o segurado pagará prêmios limitadamente. Quando vier a óbito, os beneficiários receberão os valores contratados. Por último, no seguro de vida modal, o segurado paga prêmios por um tempo estipulado. Depois, em vida, recebe o valor ou a renda contratada. Há outros tipos de seguros pessoais, tais como: • seguro contra acidentes pessoais; • seguro saúde; • seguro educação. 287 DISTRIbUIçãO DE PRObAbIlIDADE No caso de seguros por acidentes pessoais, temos como exemplo o seguro de acidentes no trabalho, que tem cobertura para morte ou invalidez permanente. No setor público, o INSS paga ao segurado durante o período do afastamento de suas atividades laborais. O seguro de saúde paga ou reembolsa despesas com médicos ou hospitalares. Outra espécie de seguro é o de educação. Não é muito comum no Brasil, pois as melhores universidades do país são gratuitas. Essa modalidade é comum em países como os Estados Unidos, onde os alunos arcarão com as despesas da educação superior, visto que as universidades americanas são pagas. Os seguros aos danos patrimoniais são classificados em (SOUZA, 2002): Seguro Danos Pessoais causados por Veículos Automotores (DPVAT); Seguro de automóveis, aeronaves e embarcações; Seguro de cargas; Seguro de incêndio; Outros seguros: seguro de roubo; seguro global de bancos; seguros para condôminos etc. Na Figura 69, vamos ver a distribuição da frota brasileira
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