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Lista de Exercícios 3 – Análise da Remuneração por Competência 1. Abaixo são apresentadas demonstrações financeiras da empresa Fras-Le, em milhões de reais, com alguns ajustes. Assuma que as despesas VG&A são fixas e que os custos são todos variáveis e proporcionais à receita. DRE 2T16 1T16 Receita 217,1 204,3 Custos (146,3) (142,6) Resultado Bruto 70,8 61,7 Desps. VG&A (36,0) (33,7) LAJIR 34,8 28,0 Resultado Fin. (6,6) (14,3) LAIR 28,2 13,7 IR + CSLL (9,1) (5,0) LL 19,1 8,7 a) Projete a DRE do 3T16, até o LAJIR, assumindo aumento de 10% na quantidade vendida em relação ao 2T16. Receita = 217,1 * (1 + 10%) = 238,8 Custo Total = 146,3 * (1 + 10%) = 160,9 Resultado Bruto = 77,9 Despesas VG&A = 36,0 LAJIR = 41,9 b) Projete a DRE do 3T16, até o LAJIR, assumindo aumento de 10% nos preços em relação ao 2T16, mantendo a quantidade vendida. Receita = 217,1 * (1 + 10%) = 238,8 Custo Total = 146,3 Resultado Bruto = 92,5 Despesas VG&A = 36,0 LAJIR = 56,5 c) Projete a DRE do 3T16, até o LAJIR, assumindo redução de 10% no custo unitário variável em relação ao 2T16, mantendo a quantidade vendida. Receita = 217,1 Custo Total = 146,3 * (1 – 10%) = 131,7 Resultado Bruto = 85,4 Despesas VG&A = 36,0 LAJIR = 49,4 d) Qual variação de 10% tem maior efeito sobre o lucro operacional (LAJIR): na quantidade (a), no preço (b) ou no custo (c)? Por quê? A variação no preço (a). No caso, a receita é maior que o gasto variável, o que significa que uma variação de 10% sobre a receita será, em reais, maior que a mesma variação percentual sobre o gasto variável. Quando o aumento é no preço, apenas a receita aumenta, mas quando a quantidade aumenta, o custo também aumenta, reduzindo o impacto no resultado. e) Qual a receita do ponto de equilíbrio da empresa, considerando o preço, o custo variável unitário e as despesas fixas do 2T16? R* = F / (1 – v/p) = 36,0 / (1 – 146,3 / 217,1) R* = 110,4 2. Um fabricante de brinquedos tem receita anual líquida de R$ 6.000.000, sem variações de um ano para outro. Há concentração de 40% da receita no quarto trimestre, e o restante é igualmente distribuído nos demais trimestres. O custo variável unitário de produção corresponde a 50% do preço (líquido de impostos). Custos fixos e despesas operacionais são exatamente os mesmos em todos os meses. a. Complete o DRE da empresa (até a linha de lucro operacional), conforme a tabela abaixo. 1º Trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre 4º Trimestre Receita Líquida 1.200.000 1.200.000 1.200.000 2.400.000 Custo Variável 600.000 600.000 600.000 1.200.000 Custo Fixo 200.000 200.000 200.000 200.000 Despesas Oper. 200.000 200.000 200.000 200.000 Lucro Oper. 200.000 200.000 200.000 800.000 b. Qual a receita dessa empresa no ponto de equilíbrio (do lucro operacional)? RPE = F / (1 – c / p) = 400.000 / (1 – 600.000 / 1.200.000) = 800.000 3. A empresa F, produtora de papel e celulose, tem os seguintes custos de produção de celulose: · Madeira: R$ 180 por tonelada de celulose · Produtos químicos: R$ 80 por tonelada de celulose · Combustíveis: R$ 30 por tonelada de celulose · Embalagens: R$ 10 por tonelada de celulose · Manutenção: R$ 20 milhões por mês · Pessoal: R$ 10 milhões por mês · Depreciação e amortização: R$ 200 milhões por mês · Outros custos fixos: R$ 10 milhões por mês Assuma custos de manutenção e pessoal fixos1 e que o preço de venda é de R$ 1.100/ton. a) Qual o custo fixo por mês de produção de celulose? Custo fixo total = R$ (20+10+200+10) milhões / mês = R$ 240 milhões / mês b) Qual o custo variável unitário por tonelada de celulose? Custo variável unitário = R$ (180+80+30+10) / ton = R$ 300 / ton c) Qual o lucro bruto (receita menos custos) para vendas de 400.000 tons/mês? Lucro Bruto = receita – custos = 1.100 x 400k – (300x400k + 240M) = R$ 80 milhões d) Qual a quantidade, em toneladas, da produção de celulose no ponto de equilíbrio? A quantidade do ponto de equilíbrio é Q* = F / (p – v), onde F é custo fixo, p, preço e v, custo variável unitário. Então: Q* = 240 milhões / (1.100 – 300) = 300 mil ton. 1 Nota técnica para justificar a premissa: as fábricas operam 24 horas por dia, com produção automatizada. A manutenção é essencialmente preventiva, feita a intervalos fixos de tempo. 4. Abaixo são mostradas as Demonstrações de Resultados, de duas empresas do comércio varejista de roupas, para o 4º trimestre de 2015 (4T15) e para o 1º trimestre de 2016 (1T16). (em R$ milhões) Lojas Renner Guararapes (Riachuelo) Período 4T15 1T16 4T15 1T16 Receita 2.014 1.247 1.762 1.214 Custo das Vendas (824) (488) (742) (456) Lucro Bruto 1.190 759 1.020 758 Despesas Operacionais (798) (653) (805) (743) Lucro Operacional 392 106 215 15 Resultado Financeiro (24) (24) (15) (22) LAIR 368 82 200 (7) IR e CSLL (117) (16) (41) 18 Lucro Líquido 251 66 159 11 a) Qual das duas empresas tem o maior custo fixo operacional? (Considere o custo no conceito econômico, somando as despesas operacionais.) Assumindo uma razão entre vj e pj igual (v/p) para todos os produtos (mesmo mark-up), podemos estimar (v/p) como: (v/p) = (Custo Total t – Custo Total t-1) / (Receita t –Receita t-1) Na tabela abaixo são apresentados os valores de variação de custo total e de receita, entre o 4T15 e o 1T16, bem como a razão entre essas duas variações, que é a estimativa da razão (v/p): (em R$ milhões) Lojas Renner Guararapes (Riachuelo) Variação de Receita 2014 – 1247 = 767 1762 – 1214 = 548 Var. Custo Total (824 + 798) – (488 + 653) = 481 (742 + 805) – (456 + 743) = 348 (v/p) 481 / 767 = 0,627 348 / 548 = 0,635 Com (v/p) pode-se estimar o custo variável total. Depois pode-se subtrair esse valor do custo total para obter o custo fixo. A tabela abaixo mostra esses cálculos: (em R$ milhões) Lojas Renner Guararapes (Riachuelo) Período 4T15 1T16 4T15 1T16 Custo Total 824+798=1622 488+653=1141 742+805=1547 456+743=1199 Custo Variável T. 0,627x2014=1263 0,627x1247=782 0,635x1762=1119 0,635x1214=771 Custo Fixo 1622-1263=359 1141-782=359 1547-1119=428 1199-771=428 Os valores de custo fixo são iguais nos 2 trimestres de cada empresa, porque para estimar os custos variáveis nós assumimos que eles fossem iguais. Observamos que o custo fixo é maior para a empresa Guararapes. Isso já era esperado porque suas despesas operacionais variaram pouco de um trimestre para outro. b) Qual das duas empresas precisa da maior receita para atingir o ponto de equilíbrio? A receita no ponto de equilíbrio depende do custo fixo (F) e da relação entre custos variáveis e receita (v/p). Essa relação é uma característica do tipo de negócio. Note que o valor de (v/p) é aproximadamente o mesmo para as duas empresas, que atuam no mesmo setor (comércio de vestuário). Assim, é esperado que aquela com maior custo fixo tenha que vender mais para cobri-lo. Calculando as receitas no ponto de equilíbrio: Rceita*Renner = 359 / (1 – 0,627) = R$ 962 milhões Rceita*Riachuelo = 428 / (1 – 0,635) = R$ 1.173 milhões Portanto, as lojas Riachuelo (Guararapes) precisam vender cerca de R$ 210 milhões a mais que as Lojas Renner por trimestre para assegurar lucro operacional. (Cerca de R$ 70 milhões por mês.) Nota-se que no 1T16 a receita da Guararapes ficou perto da receita no ponto de equilíbrio e, coerentemente, o lucro operacional ficou próximo de zero. c) Se no 3T16 as empresas venderem 30% mais que no 1T16, em quanto se pode estimar o lucro operacional de cada uma delas? Vamos primeiro calcular as novas receitas, com o aumento de 30% na quantidade: ( Renner )Receita3T16 = (1 + 30%) x 1.247 = R$ 1.621 milhões Receita3T16Guararapes = (1 + 30%) x 1.214 = R$ 1.578 milhões Vamos utilizar o valor de v/p para calcular o “custo” variável (incluindo a parte variável de Despesas VG&A) a partir da receita. Note que, se v/p é o mesmo para todos os produtos, podemos escrever: Custo Variável = v x Q = v x Q x (p/p)= (v/p) x (pxQ) = (v/p) x Receita Então: Custo Variável3T16Renner = 0,627 x 1.621 = R$ 1.016 milhões Custo Variável 3T16Guararapes = 0,635 x 1.578 = R$ 1.002 milhões Descontando os “custos” variáveis e fixos, chegamos ao resultado operacional: Lucro Operacional3T16Renner = 1.621 – 1.016 – 359 = R$ 246 milhões Lucro Operacional3T16Guararapes = 1.578 – 1.002 – 428 = R$ 148 milhões 5. (ENADE 2006) Analise a figura a seguir. A Cia. de Produtos Vegetais – CPV possui duas fábricas que abastecem três depósitos. As fábricas têm um nível máximo de produção baseado nas suas dimensões e nas safras previstas. Os custos em R$/t estão anotados em cada rota (ligação entre as fábricas e depósitos). José de Almeida, estudante de Administração, foi contratado pelo Departamento de Logística com a finalidade de atender a demanda dos depósitos sem exceder a capacidade das fábricas, minimizando o custo total do transporte. Em sua decisão ele considerou as seguintes situações: I - 1.000 unidades devem ser transportadas da Fábrica 2 para o Depósito 1. A demanda restante deve ser suprida a partir da Fábrica 1; II - 2.500 unidades devem ser transportadas da Fábrica 1 para os Depósitos 1 e 2. A demanda restante deve ser suprida a partir da Fábrica 2; III - 1.000 unidades devem ser transportadas da Fábrica 2 para o Depósito 2. A demanda restante deve ser suprida a partir da Fábrica 1. Apresenta(m) o(s) menor(es) custo(s) apenas a(s) situação(ões) (A) I. (B) II. (C) III. (D) I e III. (E) II e III. 6. (ENADE 2015) A análise do ponto de equilíbrio da empresa revela o nível de vendas necessário para cobrir as despesas operacionais. Nesse sentido, é possível avaliar a rentabilidade associada aos níveis de venda da empresa. O ponto de equilíbrio é calculado pela fórmula a seguir. Utilizando essa fórmula, o gerente financeiro de uma empresa quer verificar qual será o efeito, sobre o ponto de equilíbrio, do aumento ou diminuição, separadamente, do custo operacional fixo, do preço do produto, e do custo variável unitário, bem como de todas as variáveis ao mesmo tempo. Considerando essa situação, avalie as afirmações a seguir. I. Se apenas o custo operacional fixo aumentar, o ponto de equilíbrio da firma será reduzido, uma vez que o custo operacional fixo não afeta os meios de produção da empresa. II. Se apenas o preço do produto da empresa aumentar, o ponto de equilíbrio da firma será reduzido, porque será possível vender quantidade menor de produtos para cobrir as despesas operacionais. III. Se apenas o custo variável unitário da empresa aumentar, o ponto de equilíbrio da firma aumentará, dado que o gasto com insumos será maior na linha de produção. IV. Se o custo operacional fixo, o preço do produto e o custo variável unitário da empresa aumentarem, simultaneamente, o ponto de equilíbrio da firma não será alterado. É correto apenas o que se afirma em A. I. B. II. C. I e IV. D. II e III. E. III e IV. 7. (ENADE 2006) A figura abaixo representa os custos de diferentes formas de processos de produção (celular, automatizada e intermitente), e a receita de vendas de um determinado produto. Considerando a figura, analise as afirmações a seguir. Se for esperado um volume de produção abaixo de 10.000, a manufatura intermitente é a preferível; entre 10.000 e 43.000, a manufatura celular é a preferível; acima de 43.000, a manufatura automatizada é a preferível. PORQUE Os pontos de equilíbrio (quantidade/valor para os quais as receitas igualam os custos) são de 27.000, 30.000 e 40.000, respectivamente, para as manufaturas celular, automatizada e intermitente. A respeito das informações acima, conclui-se que (A) as duas afirmações são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira. (B) as duas afirmações são verdadeiras, e a segunda não justifica a primeira. (C) a primeira afirmação é verdadeira, e a segunda é falsa. (D) a primeira afirmação é falsa, e a segunda é verdadeira. (E) as duas afirmações são falsas. 8. (ENADE 2012) As decisões sobre a localização de empresas são estratégicas e integram o planejamento global do negócio. Considerando que o preço de venda da grande maioria dos bens produzidos é estabelecido pelo mercado, faz-se necessário que as empresas conheçam em detalhes os custos nos quais incorrerão em determinada localidade. O modelo padrão “custo-volume-lucro” é útil na decisão de localização. A figura a seguir apresenta, em um único gráfico, as curvas de custo total versus quantidade produzida mensalmente para as cidades de Brasília, São Paulo e Goiânia, as quais foram previamente selecionadas para receber uma nova fábrica de brinquedos. Sabe-se que a receita total é a mesma para as três localidades e que a decisão com base no lucro esperado em cada localidade varia com a quantidade produzida. A análise do modelo de “custo-volume-lucro” apresentado no gráfico revela que A. São Paulo é a localidade que proporcionará maior lucro para a nova fábrica, se a quantidade mensal a ser produzida variar entre 5 000 e 10 000 unidades, considerando-se a estrutura de custos apresentada. B. São Paulo é a cidade na qual deve ser instalada a nova unidade produtiva, se a quantidade a ser produzida mensalmente for maior que 7 500 unidades, pois, a partir desse volume de produção, é a localidade que proporcionará maior lucro. C. Brasília é a localidade mais indicada para receber a nova fábrica para volumes de produção mensal inferiores a 5000 unidades, pois é a cidade que viabilizará maior lucro. D. Goiânia deve receber a instalação da nova fábrica, se a quantidade produzida mensalmente for superior a 10 000 unidades, tendo em vista que, nas condições apresentadas, é a cidade que poderá dar maior lucro. E. tanto Goiânia quanto Brasília podem receber a nova fábrica, se o objetivo é produzir uma quantidade mensal exatamente igual a 5 000 unidades, considerando que o lucro será o mesmo nas duas localidades.
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