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Ciência Política e Teoria Geral do Estado

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Ciência Política e Teoria Geral do Estado
Orige� d� Estad�
● De fato, o Estado é uma espécie de sociedade política que comunga interesses gerais e individuais,
na medida em que proporciona, a um só tempo, a consecução de fins próprios e de objetivos comuns
para todos os seus integrantes.
● Os elementos essenciais para a formação do Estado é o território, a população e a soberania, que é
garantida por meio das leis e do estabelecimento de suas fronteiras
● O componente humano presente na disciplina conjugada de ciência política e teoria geral do Estado
provoca uma compreensão que transborda a perspectiva meramente jurídica ou sociológica. De fato,
entender as relações entre o indivíduo e o Estado é aceitar uma complexidade interdisciplinar:
somente se aprende o todo se forem considerados fatores históricos, econômicos, filosóficos e, até
mesmo, psicológicos
● Estado e sociedade sempre existiram;
● A sociedade existiu sem o Estado;
● O Estado existe em sociedade com características próprias;
Classificaçã� d� Estad�:
● Originária - Avanço na organização de um agrupamento pela primeira oportunidade, ou seja, sem
haver uma ordem política superior
● Derivada- Situação em que novos Estados surgem a partir de outros já existentes
Teoria� d� formaçã� originári� d� estad�:
1. Teoria Naturalista ou espontânea do Estado: segundo essas teorias, haveria uma formação
espontânea do Estado, que dispensa qualquer ato voluntário da comunidade, ou seja, o
surgimento do estado não depende de qualquer ato específico do homem
2. Teoria contratualista do Estado: para o pensamento contratualista, a sociedade e o Estado são
criações artificiais da razão humana, derivadas de consenso
Diferença� � semelhança� entr� ciênci� polític� � teori� gera� d� Estad�
● As disciplinas não se confundem, uma vez que ciência política a respeito às relações de poder e
teoria geral do Estado diz respeito às relações com o Estado.
● Por outro lado, há uma dependência recíproca entre ambas, não há possibilidade de qualquer
estudo de Ciência Política sem considerar o Estado
Tip�� d� orige� d� Estad� nã� contratuai�
1. Origem familiar — considera que o núcleo familiar é a célula-mãe da sociedade política. De fato,
a partir da reunião de diversas famílias, a complexidade do grupo social aumenta e, assim,
surge o Estado enquanto figura de reunião da comunidade
2. Origem violenta — considera que o Estado é o resultado da natural superioridade de força de
determinado grupo sobre outro, o Estado é, durante os seus primeiros estágios, uma
organização imposta pelo vencedor para manter a dominação do vencido.
3. Origem econômica — considera que a reunião do sujeito em torno de um aparato de poder
organizado decorre de motivos econômicos. Assim, o Estado proporciona a reunião de variados
interesses, já que ninguém é bastante em si. Mais do que isso, essa teoria destaca que o
Estado proporciona a divisão do trabalho e a integração de diversas atividades diferentes.
4. Origem no desenvolvimento interno — considera que toda sociedade humana tem um Estado
em potencial que surgirá à medida que a sua complexidade aumentar. Assim, uma sociedade
pouco desenvolvida dispensa a figura do Estado, mas uma sociedade com maior
desenvolvimento tem por necessidade o surgimento do Estado. Há, em razão disso, um
surgimento do Estado naturalmente decorrente do progresso de uma sociedade.
Pensadore� Iluminista� qu� influenciara� � contratualism�
-Hobbes:
● o estado de natureza é o de guerra, fazendo necessário o contrato social para evitar a
destruição do ser humano,
● o constitucionalismo é necessário para organizar o estado e definir os limites de liberdade,
mas defende o estado absolutista
-Rousseau:
● o estado de natureza é de plenitude, não necessitando de intervenção,
● A propriedade privada corrompia o homem, então é preciso estabelecer o limite da liberdade e
não liberdade a partir de um contrato social
● Entendia que a constituição deveria ser garantidora das liberdade
John Locke
● O contratualismo baseia-se na transferência de uma parte de liberdade para o estado e a
constituição deve garantir a manutenção de uma outra parte da liberdade baseada na
natureza humana, ou seja, limitações do poder estatal
A Evoluçã� d� Estad�
● Analisar o Estado por uma perspectiva histórica permite compreender o presente e prospectar o
futuro
● Tipos históricos de Estados: os diferentes Estados presentes na sociedade podem ser divididos a
partir de marcos históricos, a utilidade desta classificação é a identificação de características
essenciais presentes em uma mesma sociedade e em uma mesma cultura política, uma vez que,
como defende Jellinek, “todo fato histórico e todo fenômeno social permitem uma comparação com
outros fatos e fenômenos, de modo a extrair semelhanças e diferenças entre eles”
● Os tipos históricos de Estado consideram quatro períodos: a Antiguidade, a Idade Média, a era
moderna e a era contemporânea.
O Estad� n� Antiguidad�
● O Estado teocrático/Antigo/Oriental:
➞ Era de natureza unitária pois tinha uma noção de unidade geral do poder político, não admitindo
qualquer divisão interior, nem territorial, nem de funções.
➞ Intensa religiosidade: o sistema jurídico era diretamente ligado com as regras religiosas e a
legitimidade do poder estatal era em decorrência do poder divino
● O Estado grego ou helênico
➞ Era fragmentado pois não havia uma unidade entre os povos helênicos, mas uma pluralidade de
cidades com características comuns
➞ Exemplo Atenas e Esparta que mostram que o povo grego considerava que a cidade deveria ser
autossuficiente, assim, a unidade dessas cidades fortificadas era interna
➞ Papel do indivíduo acentuado: valorização do debate político proporcionou o surgimento da política e
da democracia
● Estado romano
➞ Roma passou por várias formas de governo, com diferentes modos de administração da Justiça e
distintos meios de participação política
➞ Traços essenciais: a intensa participação do povo no governo, a valorização das magistraturas e a
unidade do poder político da própria cidade
O Estad� n� Idad� Médi�
● Conhecida como “noite negra da história da Humanidade” porque é considerada um período sem
grandes inovações em todas as áreas do saber, repleto de instabilidade e com situações muito
heterogêneas
● Sociedades políticas fragmentadas, com múltiplos centros de poder
● Três grandes elementos identificadores dessa época:
1. Cristianismo: o pensamento cristão traz uma nova moralidade para a vida em sociedade e,
além disso, como havia a aspiração a que toda a Humanidade se tornasse cristã, era inevitável
que se chegasse à ideia do Estado universal, que incluísse todos os homens, guiados pelos
mesmos princípios e adotando as mesmas normas de comportamento público e particular
2. Invasão dos bárbaros: elemento político e cultural que revela a proliferação de situações de
instabilidade política, com o rompimento da ordem anterior e o surgimento de variados povos
independentes (ex: as invasões bárbaras no antigo Império Romano provocaram uma
verdadeira miscigenação cultural, com a transformação dos padrões tradicionais e o
rompimento da burocracia anterior)
3. Feudalismo: é o elemento econômico que influenciou o funcionamento da sociedade e da
autoridade na época, era caracterizada pela presença de um suserano (detentor de terras e de
poder militar apto a proteger a região) e de um vassalo (sujeito que recebia a possibilidade de
cultivar a terra para o seu sustento e deveria entregar uma parcela da produção e apresentar
seu apoio em tempo de guerra). Nessa relação, surgiu a primeira célula do poder político, que,
muitas vezes, era a única realmente respeitada. O senhor feudal era o titular do poder político,
do poder econômico e do poder jurídico.
O Estad� modern�
● A fragmentação do poder político da Idade Média ocasionou não apenas insegurança jurídica, mas
também insatisfação econômica e temor político. A ausência de uma autoridade sólida ocasionava
constantes embates pela conquista de terras (o estado de guerra era frequente)● A necessidade de um poder soberano e adequadamente definido em uma área geográfica foi
consequência natural das incertezas da Idade Média. Por essa razão, tributamos à Paz de Westfália
(série de tratados de paz firmados em território europeu para colocar fim à Guerra dos 30 anos, nos
quais se estabelece o respeito à supremacia, em espaços definidos, dos soberanos da época) a criação
do Estado moderno.
● Norberto Bobbio destaca duas teses antagônicas e igualmente válidas para justificar a realidade
política posterior à época medieval:
1. Teoria da descontinuidade: segundo essa corrente, o Estado moderno representou uma
verdadeira ruptura com a sociedade política medieval.
2. Teoria da continuidade: segundo essa linha, o Estado moderno é, na realidade, um produto da
evolução das instituições medievais. Por essa razão, muitos elementos presentes no
pensamento moderno (como a noção de soberania e de povo) já eram tratados pelos
pensadores gregos e romanos
➞ Características essenciais: noção de soberania (reconhece a autonomia de cada sociedade política
organizada na forma estatal); poder instituído (o poder é despersonalizado e ganha um titular
artificial, chamado de Estado , ao contrário da forma estatal medieval, em que os monarcas eram
donos do território e de tudo dentro dele); poder público (é feita a diferenciação entre esfera pública e
esfera privada, distinção entre sociedade civil e sociedade política)
➞ Criação de exército permanente: garante que o estado possa aplicar a legislação e a segurança da
nação
Estad� � soberani�: regime� polític�� forma� d� Estad�
Soberani� d� Estad�:
A soberania é
1. una, uma vez que é inadmissível dentro de um mesmo Estado, a convivência de duas
soberanias.;
2. indivisível , pois os fatos ocorridos no Estado são universais;
3. indelegável, não pode passar para outra pessoa fazer;
4. irrevogável, que não se pode anular, apagar; de que não se pode voltar atrás
5. A soberania consiste no poder absoluto do Estado, que não reconhece superior hierárquico
interno ou externo,
● Doutrina teocrática
➞ governantes são considerados deuses vivos, atribuindo-lhes caráter de divindade
➞ Os governantes se entendem como enviados de Deus para o exercício de um poder considerado
divino.
● Doutrinas Democráticas.
➞ é a mais democrática das doutrinas e foi desenvolvida por Jean-Jacques Rousseau,
➞ Afirma que a soberania é a soma das distintas frações de soberania, que é própria de cada
indivíduo membro da sociedade e detentor de uma parcela do poder, tendo em vista que pode
participar da escolha de seus governantes.
● Doutrina da soberania nacional
➞ foi consolidada com a Revolução Francesa e entende a nação como única autoridade soberana.
➞ Essa doutrina da soberania nacional é a base para o conceito de soberania que vivemos hoje,
estabelecendo-se claramente na Declaração dos Direitos do Homem, de 1789, resultado da Revolução
Francesa.
Forma�, regime� � sistema� d� govern�
Forma� d� govern�
● Compreende-se o conjunto de instituições políticas por meio das quais o Estado é organizado com
a finalidade de exercer a sua soberania.
1. monarquia: quando é atribuída a um só indivíduo
2. aristocracia: quando é atribuída a uma minoria
3. República: quando é atribuída à maioria
Regime� d� govern�
● Consistem no modo operacional com que a soberania de um Estado é exercida.
1. democráticos: regime de governo vigente no Brasil
2. totalitários: marcado por uma ideologia oficial, por um partido único que controla toda a
manifestação política, sendo que o poder está concentrado em um pequeno grupo que não
pode ser afastado do poder sem uma revolução
3. autoritários: obediência absoluta ou cega à autoridade, oposição a liberdade individual e
expectativa de obediência inquestionável da população
Sistem� d� govern�
● Podemos afirmar que é o meio pelo qual o poder é dividido e exercido no âmbito de um Estado
1. presidencialismo
2. parlamentarismo

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