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PROCESSO NOTOCORDAL E NOTOCORDA · Algumas células mesenquimais, que ingressaram através da linha primitiva e, como consequência, tiveram destinos de células do mesoderma, migram cefalicamente do nó e da fosseta primitivos, formando um cordão celular mediano, o processo notocordal. · A notocorda desenvolve-se da seguinte maneira: · O processo notocordal se alonga pela invaginação de células provenientes da fosseta primitiva o A fosseta primitiva se estende para dentro do processo notocordal, formando o canal notocorda o O processo notocordal é agora um tubo celular que se estende cefalicamente do nó primitivo até a placa pré-cordal, uma pequena área onde o ectoderma e o endoderma estão em contato · A placa pré-cordal é o primórdio da membrana bucofaríngea, localizada no futuro local da cavidade oral. Podendo também ter um papel como um centro sinalizador para controlar o desenvolvimento de estruturas cranianas · Caudalmente à linha primitiva, há uma área circular, a membrana cloacal, que indica o local do futuro ânus · Na membrana cloacal e na membrana bucofaríngea, o disco embrionário permanece bilaminar porque nesses locais o ectoderma e o endoderma estão fundidos, impedindo dessa maneira a migração de células mesenquimais entre os folhetos. · O assoalho do processo notocordal funde-se com o endoderma embrionário subjacente ∙ As camadas fundidas sofrem uma degeneração gradual, resultando na formação de aberturas no assoalho do processo notocordal, permitindo a comunicação do canal notocordal com o saco vitelino · As aberturas confluem rapidamente e o assoalho do canal notocordal desaparece ∙ O remanescente do processo notocordal forma a placa notocordal, achatada e com um sulco, chamado suco neural · Iniciando pela extremidade cefálica do embrião, as células da notocorda proliferam e a placa notocordal se dobra, formando a notocorda · A notocorda separa-se do endoderma do saco vitelino, que novamente se torna uma camada contínua Notocorda · Define o eixo primitivo do embrião dando-lhe uma certa rigidez · Fornece os sinais necessários para o desenvolvimento do esqueleto axial (ossos da cabeça e da coluna vertebral) e do sistema nervoso central · Contribui na formação dos discos intervertebrais · A notocorda é considerada a indutora do crescimento do tubo neural Formação placa neural e tubo neural · Ocorre no epiblasto · Neurulação são os processos de formação da plana neural, pregas neurais e fechamento dessas pregas, formando o tubo neural · A notocorda em desenvolvimento induz o ectoderma sobrejacente a espessar-se e formar a placa neural. Com o desenvolvimento da notocorda, o ectoderma embrionário acima dela se espessa, formando uma placa alongada, em forma de chinelo, de células epiteliais espessadas, a placa neural · O ectoderma da placa neural da origem ao sistema nervoso central - encéfalo e medula espinhal ∙ Enquanto a notocorda se alonga, a placa neural se alarga e se estende cefalicamente até a membrana bucofaríngea. · A placa neural ultrapassa a notocorda. Por volta do 18 dia, a placa neural se invagina ao longo do seu eixo central, formando um sulco neural mediano, com pregas neurais em ambos os lados · As regras neurais constituem os primeiros sinais do desenvolvimento do encéfalo · No fim da terceira semana, as pregas neurais já começaram a se aproximar e a se fundir, convertendo a placa neural em tubo neural, o primórdio do SNC · O tubo neural logo se separa do ectoderma da superfície, assim que as pregas neurais se encontram e as bordas livres do ectoderma se fundem, tornando essa camada contínua sobre o tubo neural e as costas do embrião · A neurulação é completada durante a quarta semana Formação das cristas neurais · Com a fusão das pregas neurais para formar o tubo neural, algumas células neuroectodérmicas, dispostas ao longo da crista de cada prega neural, perdem sua afinidade com o epitélio e adesões às células vizinhas ∙ Quando o tubo neural se separa do ectoderma da superfície, as células da crista neural formam uma massa achatada irregular, a crista neural, entre o tubo neural e o ectoderma superficial suprajacente ∙ Logo a crista neural se separa em partes direita e esquerda, que migram para os aspectos dorsolaterais do tubo neural · Nessa região elas originam os gânglios sensitivos dos nervos cranianos e espinhais · As células da crista neural originam os gânglios espinhais (gânglios das raízes dorsais) e os gânglios do sistema nervoso autônomo. · Muitas doenças estão relacionadas a diferenciação ou migração das células da crista neural. Ex.: meroanencefalia Desenvolvimento dos somitos · Além da notocorda, as células derivadas do nó primitivo formam o mesoderma paraxial ∙ Cada coluna está em continuidade com o mesoderma intermediário, que gradualmente se adelgaça para formar a camada de mesoderma lateral · O mesoderma lateral está em continuidade com o mesoderma extraembrionário que cobre o saco vitelino e o âmnio · Próximo ao fim da terceira semana, o mesoderma paraxial diferencia-se e começa a dividir-se em pares de corpos cuboides, os somitos · Como os somitos são bem proeminentes durante a quarta e quinta semana, eles são usados como um dos vários critérios para determinar a idade do embrião · Os somitos aparecem primeiro na futura região occipital do embrião. Logo avançam cefalocaudalmente, dando origem a maior parte do esqueleto axial e aos músculos associados, assim como a derme da pele adjacente · O mesoderma intermediário dá origem a embriologia urinaria - rim primitivo, secundário e definitivo ∙ O mesoderma lateral está relacionado com a embriologia do digestivo Desenvolvimento do celoma intra-embrionário · O primórdio do celoma intra-embrionário (cavidade do corpo do embrião) surge como espaços celômicos isolados no mesoderma lateral e no mesoderma cardiogênico (formador do coração) · Esses espaços celômicos logo crescem, formando uma única cavidade em forma de ferradura, o celoma intra-embrionário, que divide o mesoderma lateral em 2 camadas: · Camada parietal ou somática: localizada sob o epitélio ectodérmico e continua ao mesoderma extraembrionário, que cobre o amnio · Camada visceral ou esplâncnica: adjacente ao endoderma e continua ao mesoderma extraembrionário, que cobre o amnio · O mesoderma somático e o ectoderma sobrejacente do embrião formam a parede do corpo do embrião, a somatopleura · O mesoderma esplâncnico e o endoderma subjacente do embrião formam a esplâncnopleura ∙ Entre a somatopleura e a esplâncnopleura = celoma intra-embrionário.
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