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Livro de Logística e Distribuição (2)

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Fisiologia 
1 
Logística e 
Distribuição 
Patrícia Figueiredo Salgado 
Jader Costa Mendes 
2ª
 e
di
çã
o 
 
DIREÇÃO SUPERIOR 
Chanceler Joaquim de Oliveira 
Reitora Marlene Salgado de Oliveira 
Presidente da Mantenedora Wellington Salgado de Oliveira 
Pró-Reitor de Planejamento e Finanças Wellington Salgado de Oliveira 
Pró-Reitor de Organização e Desenvolvimento Jefferson Salgado de Oliveira 
Pró-Reitor Administrativo Wallace Salgado de Oliveira 
Pró-Reitora Acadêmica Jaina dos Santos Mello Ferreira 
Pró-Reitor de Extensão Manuel de Souza Esteves 
 
DEPARTAMENTO DE ENSINO A DISTÂNCIA 
Gerência Nacional do EAD Bruno Mello Ferreira 
Gestor Acadêmico Diogo Pereira da Silva 
 
FICHA TÉCNICA 
Direção Editorial: Diogo Pereira da Silva e Patrícia Figueiredo Pereira Salgado 
Texto: Patrícia Figueiredo Pereira Salgado e Jader Costa Mendes 
Revisão Ortográfica: Rafael Dias de Carvalho Moraes 
Projeto Gráfico e Editoração: Antonia Machado, Eduardo Bordoni, Fabrício Ramos 
Supervisão de Materiais Instrucionais: Antonia Machado 
Ilustração: Eduardo Bordoni e Fabrício Ramos 
Capa: Eduardo Bordoni e Fabrício Ramos 
 
COORDENAÇÃO GERAL: 
Departamento de Ensino a Distância 
Rua Marechal Deodoro 217, Centro, Niterói, RJ, CEP 24020-420 www.universo.edu.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Informamos que é de única e exclusiva responsabilidade do autor a originalidade desta obra, não se r esponsabilizando a ASOEC 
pelo conteúdo do texto formulado. 
© Departamento de Ensi no a Dist ância - Universidade Salgado de Oliveira 
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, arquivada ou transmitida de nenhuma forma 
ou por nenhum meio sem permissão expressa e por escrito da Associação Salgado de Oliveira de Educação e Cultura, mantenedor a 
da Univer sidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO). 
 
 
 
Logística e Distribuição 
 
 Palavra da Reitora 
Acompanhando as necessidades de um mundo cada vez mais complexo, 
exigente e necessitado de aprendizagem contínua, a Universidade Salgado de 
Oliveira (UNIVERSO) apresenta a UNIVERSO EAD, que reúne os diferentes 
segmentos do ensino a distância na universidade. Nosso programa foi 
desenvolvido segundo as diretrizes do MEC e baseado em experiências do gênero 
bem-sucedidas mundialmente. 
São inúmeras as vantagens de se estudar a distância e somente por meio dessa 
modalidade de ensino são sanadas as dificuldades de tempo e espaço presentes 
nos dias de hoje. O aluno tem a possibilidade de administrar seu próprio tempo e 
gerenciar seu estudo de acordo com sua disponibilidade, tornando-se responsável 
pela própria aprendizagem. 
O ensino a distância complementa os estudos presenciais à medida que 
permite que alunos e professores, fisicamente distanciados, possam estar a todo 
momento ligados por ferramentas de interação presentes na Internet através de 
nossa plataforma. 
Além disso, nosso material didático foi desenvolvido por professores 
especializados nessa modalidade de ensino, em que a clareza e objetividade são 
fundamentais para a perfeita compreensão dos conteúdos. 
A UNIVERSO tem uma história de sucesso no que diz respeito à educação a 
distância. Nossa experiência nos remete ao final da década de 80, com o bem-
sucedido projeto Novo Saber. Hoje, oferece uma estrutura em constante processo 
de atualização, ampliando as possibilidades de acesso a cursos de atualização, 
graduação ou pós-graduação. 
Reafirmando seu compromisso com a excelência no ensino e compartilhando 
as novas tendências em educação, a UNIVERSO convida seu alunado a conhecer o 
programa e usufruir das vantagens que o estudar a distância proporciona. 
Seja bem-vindo à UNIVERSO EAD! 
Professora Marlene Salgado de Oliveira 
Reitora. 
Logística e Distribuição 
 
4 
Logística e Distribuição 
 
5 
 Sumário 
 
 
Apresentação da disciplina ............................................................................................. 07 
Plano da disciplina ............................................................................................................ 09 
Unidade 1 – Noções Básicas de Logística .................................................................... 13 
Unidade 2 – Cadeia de Valor e Custos Logísticos ...................................................... 35 
Unidade 3 – Distribuição ................................................................................................ 61 
Unidade 4 – Logística de Transportes .......................................................................... 85 
Unidade 5 – A Escolha do Modal de Transporte ........................................................ 105 
Unidade 6 – Explorando as Modalidades de Transportes........................................ 129 
Considerações finais ......................................................................................................... 142 
Conhecendo a autora ....................................................................................................... 143 
Referências .......................................................................................................................... 144 
Anexos.................................................................................................................................. 145 
 
 
Logística e Distribuição 
 
6 
 
Logística e Distribuição 
 
7 
 Apresentação da disciplina 
 
Caro aluno, 
Seja bem-vindo a disciplina Logística e Distribuição. 
O reflexo da globalização nas sociedades e organizações colocou a logística 
em evidência na atualidade. Nunca se falou tanto em logística no meio empresarial 
como agora, muitos fatores explicam esta tendência. De um lado, a maior 
preocupação com os custos nas empresas e, de outro, a necessidade de garantir 
prazos de distribuição, oferecer um melhor nível de serviço em função da acirrada 
concorrência pelo mercado consumidor. 
O desenvolvimento de modernas técnicas de logística em nosso país está 
favorecido em função da maior diversificação dos produtos, do uso cada vez maior 
da informática e pelo esforço crescente de exportação dos produtos 
manufaturados. 
Percebe-se, no entanto, um hiato entre as necessidades de solução dos 
problemas logísticos, muitas vezes complexos, e o nível de formação dos técnicos 
que militam no setor de suprimentos, distribuição e transportes das empresas. 
Dado o contexto apresentamos alguns conceitos, técnicas e soluções na área 
de logística e distribuição que sejam diretamente úteis e possam ser aplicadas 
tanto por profissionais dos mais diferentes níveis da organização. 
Mas, para que o profissional de logística possa desempenhar bem suas 
atividades é necessário que domine razoavelmente certos conceitos básicos, bem 
como algumas técnicas quantitativas elementares e alguns princípios de análise 
empresarial. A partir da leitura das unidades, o aluno perceberá que os 
conhecimentos básicos necessários são, na realidade, quase que cem por cento 
bom senso associado a uma postura metódica organizada. 
 
Logística e Distribuição 
 
8 
 
Selecionamos neste texto apenas os pontos essenciais para o desempenho 
prático das atividades relacionadas com a logística. Entretanto, como a logística é 
um campo muito vasto, que incorpora de maneira integrada diversas áreas 
técnicas, é preciso se aprofundar aos poucos, em níveis sucessivos de 
conhecimento, adequando o aprendizado às necessidades da vida profissional. 
Desejamos que seu interesse em desvendar o mundo dinâmico da logística 
seja constante. 
Estaremos sempre à disposição para auxiliá-lo a tornar o processo de ensino-
aprendizagem mais dinâmico e prazeroso. 
 
Bons Estudos! 
 
Logística e Distribuição 
 
9 
 Plano da Disciplina 
 
O desfio da logística é coordenar as informações de maneira integrada 
(transporte, estoque, armazenagem e manuseio de materiais, produtos e peças) ao 
menor custo. É uma atividadeque exige um conhecimento amplo de novas 
tecnologias capazes de auxiliar tanto operações nacionais quanto internacionais. 
O objetivo da disciplina é compreender as funções e relações logísticas em 
uma cadeia de suprimento, enfatizando principalmente os modais de transporte 
de cargas utilizados em solo brasileiro para finalmente entender os principais 
instrumentos utilizados no processo de planejamento de transporte logístico de 
cargas. 
A disciplina foi dividida em seis unidades, que estão subdivididas em tópicos, 
com o objetivo de facilitar a compreensão dos conteúdos. 
Apresentamos abaixo resumo de cada unidade, enfatizando seus objetivos 
para que você tenha uma visão generalizada daquilo que irá estudar. 
Unidade 1- Noções Básicas de Logística 
Nessa primeira unidade, abordaremos alguns conceitos básicos de logística, 
bem como seus objetivos e abordagens, finalizando com uma breve descrição 
sobre a evolução da Logística no Brasil. 
Objetivos da Unidade: 
 Identificar a utilização da logística durante a evolução histórica da 
humanidade; 
 Demonstrar a utilização da logística como um diferencial de 
estratégia competitiva; 
 Comprovar que o gerenciamento logístico adequado pode 
maximizar os lucros e resultados da organização; 
 Descrever a evolução da logística no Brasil. 
 Conceituar Rede Logística; 
 Correlacionar a logística com os diversos setores da empresa. 
Logística e Distribuição 
 
10 
Unidade 2 – Cadeia de Valor e Custos Logísticos 
Nessa segunda unidade, vamos trabalhar aspectos importantes para o 
planejamento e entendimento dos impactos da cadeia de valor e os custos 
logísticos para o gerenciamento dos sistemas logísticos. 
Objetivos da Unidade: 
 Compreender os fluxos logísticos e suas interfaces; 
 Conhecer a cadeia de suprimento e seu gerenciamento; 
 Demonstrar componentes do sistema logístico; 
 Entender a cadeia de valor e os custos logísticos. 
 
Unidade 3 –Distribuição 
Nessa segunda unidade, vamos trabalhar aspectos importantes para o 
planejamento e entendimento dos impactos da cadeia de valor e os custos 
logísticos para o gerenciamento dos sistemas logísticos. 
Objetivos da Unidade: 
 Compreender os fluxos logísticos e suas interfaces; 
 Conhecer a cadeia de suprimento e seu gerenciamento; 
 Demonstrar componentes do sistema logístico; 
 Entender a cadeia de valor e os custos logísticos. 
 
Unidade 4 - Logística de Transportes 
Nessa segunda unidade, conheceremos melhor o papel da logística no 
transporte, a relação entre transporte x estoque; transporte x cliente e o 
funcionamento da logística de transporte no Brasil. 
Objetivos da Unidade: 
 Compreender a logística de transporte; 
 Identificar a influência do serviço de transporte no estoque e no 
atendimento ao cliente; 
Logística e Distribuição 
 
11 
 Conhecer o funcionamento da logística de transporte no Brasil; 
 Apontar os principais fatores que influenciam na escolha do modal 
de transporte mais adequado; 
 Enumerar os princípios e os participantes do setor de transporte. 
 
Unidade 5 – A Escolha do Modal de Transporte 
Nessa terceira unidade de estudos serão apresentados os fatores que 
influenciam na escolha mais adequada do modal de transporte, bem como a 
classificação dos diferentes modais e suas principais características. 
Objetivos da Unidade: 
 Conhecer a estrutura de transporte de Cargas; 
 Apontar os fatores a serem considerados na escolha do modal de 
transporte; 
 Identificar o modal mais adequado para cada situação; 
 Enumerar os modais de transporte e suas principais características. 
 
Unidade 6 - As Modalidades de Transporte 
Nessa unidade de estudos vamos explorar as diversas modalidades de 
transporte, conhecer a diferença entre transferência e distribuição de cargas, 
apontar as influências que o meio externo exerce no transporte de cargas e 
distinguir multimodalidade de intermodalidade. 
Objetivos da Unidade : 
 Conhecer as modalidades de transporte de cargas utilizadas na 
atualidade; 
 Diferenciar transferência de distribuição de cargas; 
 Apontar as principais influências do meio externo no transporte de 
cargas; 
 Distinguir multimodalidade de intermodalidade. 
 
Bons Estudos! 
Logística e Distribuição 
 
12 
 
 
Logística e Distribuição 
 
13 
 
1 Noções Básicas de Logística 
 
 
Logística e Distribuição 
 
14 
Caro aluno, 
Começa aqui, nossa jornada no mundo da logística empresarial, área da 
administração que tem absorvido entre 60 e 80% das vendas e pode ser essencial 
para a estratégia competitiva e geração de receita das empresas. 
Espero que no final deste curso, você se torne um profissional mais consciente 
e capacitado frente às novas necessidades organizacionais. 
Nessa primeira unidade, abordaremos alguns conceitos básicos de logística, 
bem como seus objetivos e abordagens, finalizando com uma breve descrição 
sobre a evolução da Logística no Brasil. 
Objetivos da Unidade 
 Identificar a utilização da logística durante a evolução histórica da 
humanidade; 
 Demonstrar a utilização da logística como um diferencial de 
estratégia competitiva; 
 Comprovar que o gerenciamento logístico adequado pode 
maximizar os lucros e resultados da organização; 
 Descrever a evolução da logística no Brasil; 
 Conceituar Rede Logística; 
 Correlacionar a logística com os diversos setores da empresa. 
Plano da Unidade 
 O que é a Logística Empresarial? 
 Objetivos da Logística Empresarial. 
 Abordagens do estudo da logística. 
 A logística no Brasil. 
 A Rede Logística. 
 O Papel de Intermediário do Setor de Logística. 
 
Bem-vindo à primeira Unidade de Estudo. 
Logística e Distribuição 
 
15 
Ao longo da história do homem, as guerras têm sido ganhas e perdidas através 
do poder e da capacidade da logística – ou da falta deles. Argumenta-se que a 
derrota da Inglaterra na Guerra da Independência dos Estados Unidos pode ser, em 
grande parte, atribuída a uma falha logística. O exército britânico na América 
dependia quase que totalmente da Inglaterra para os suprimentos. No auge da 
guerra, havia 12000 soldados no ultramar e grande parte dos equipamentos e da 
alimentação partia da Inglaterra. Durante os primeiros seis anos da guerra, a 
administração desses suprimentos vitais foi totalmente inadequada, afetando o 
curso das operações e a moral das tropas. Até 1781, eles não tinham desenvolvido 
uma organização capaz de suprir o exército e, àquela altura dos acontecimentos já 
era muito tarde! 
Na Segunda Guerra Mundial, também a logística teve um papel importante. A 
invasão da Europa pelas Forças Aliadas foi um exercício de logística altamente 
proficiente. Entretanto, enquanto os generais e marechais dos tempos remotos 
compreenderam o papel crítico da logística, estranhamente, somente num 
passado recente é que as organizações empresariais reconheceram o impacto vital 
que o gerenciamento logístico pode ter na obtenção da vantagem competitiva. Em 
parte, deve-se esta falta de reconhecimento ao baixo nível de compreensão dos 
benefícios da logística integrada. Enquanto Arch Shaw, escrevendo em 1915, 
mostrava que as relações entre as atividades de criação de demanda e o 
suprimento físico ilustram a existência dos princípios de interdependência e 
equilíbrio. Uma falta de coordenação de qualquer um destes princípios ou ênfase 
ou dispêndio indevido com qualquer um deles vai certamente perturbar o 
equilíbrio de forças que representam uma distribuição eficiente. 
Os princípios de gerenciamento logístico levaram uns 70 anos ou mais para 
serem claramente definidos. 
 
 
Vamos refletir! 
O que é gerenciamento logístico no sentido como é entendido hoje? 
Logística e Distribuição 
 
16 
Existem muitas maneiras de definir a logística, mas o conceito principal 
poderia ser: 
É o processo de gerenciar estrategicamente a aquisição, movimentação e 
armazenagem de materiais, peças e produtosacabados, através da organização de 
seus canais de marketing, de modo maximizar o lucro presente e futuro através do 
atendimento dos pedidos ao menor custo possível. 
É a Logística que garante a posse do produto, por parte do consumidor, no 
momento desejado. No caso de bens duráveis, é comum no Brasil o vendedor 
prometer a entrega do produto num determinado prazo ou data, o que na maioria 
das vezes não é cumprido. Seja por deficiências no sistema de informação, nas 
operações do depósito ou no transporte. O efeito negativo que tais situações 
acarretam na imagem da empresa ainda não foi verdadeiramente avaliado no país, 
mas é sem dúvida, muito significativo. Empresas de entrega rápida como a Federal 
Express, por exemplo, cresceram vertiginosamente por oferecer serviços confiáveis, 
com prazos predefinidos de recebimento, possibilitando aos varejistas cumprirem 
suas promessas aos clientes. 
A gratificação ou prazer que o consumidor sente ao consumir ou usar o 
produto adquirido está basicamente ligada à mercadoria em si, mas a interferência 
da logística nesse processo não é irrelevante. Aqui, ela entra algumas vezes de 
forma indireta, subjacente, mas, ainda assim, muito importante. 
A relação de confiança e parceria entre o consumidor e o varejista depende 
diretamente do desempenho logístico da cadeia de suprimento no seu todo. 
Qualquer deslize nas operações logísticas, percebido pelo consumidor, seja um 
desentendimento entre dois elementos da cadeia, um atraso não justificável, ou 
até mesmo uma falta de cortesia por parte do motorista que faz a entrega, ou por 
parte do instalador, tudo isso vai se somando negativamente, e depondo contra os 
esforços de venda e marketing das empresas participantes. 
 
O que é a Logística Empresarial? 
 
A logística empresarial é um campo relativamente novo do estudo da gestão 
integrada, das áreas tradicionais das finanças, marketing e produção. .Como se viu 
anteriormente, atividades logísticas foram durante muitos anos exercidas pelos 
indivíduos. As empresas também estiveram permanentemente envolvidas em 
Logística e Distribuição 
 
17 
atividades de movimentação-armazenagem (transporte-estoque). A novidade 
então está no conceito da gestão Coordenada de atividades inter-relacionadas, em 
substituição à prática histórica de administrá-las separadamente, e do conceito de 
que a logística agrega valor a produtos e serviços essenciais para a satisfação do 
consumidor e o aumento das vendas. 
O primeiro livro texto a sugerir os benefícios da gestão logística coordenada 
foi publicado em 1961, o que em parte explica porque só agora se consolida uma 
definição generalizada da logística empresarial. Por isso mesmo vale a pena 
explorar algumas definições sobre este conteúdo. Uma definição dicionarizada 
(Webster’s New Encyclopedic Dictionary) do termo logística é a que diz: 
O ramo da ciência militar que lida com a obtenção, manutenção e transporte 
de matéria, pessoal e instalações. 
Esta definição situa a logística num contexto militar. Dadas as distinções entre 
os objetivos e atividades empresariais e militares, essa definição não engloba a 
essência da gestão logística empresarial. Uma representação mais fiel desse campo 
pode ser aquela refletida na definição promulgada pelo Council of Logistics 
Management (CLM), uma organização de gestores logísticos, educadores e 
profissionais da área criada em 1962 para incentivar o ensino nesse campo e 
incentivar o intercâmbio das ideias. Sua definição: 
Logística é o processo de planejamento, implantação, controle do fluxo 
eficiente e eficaz de mercadorias, serviços e das informações relativas desde o 
ponto de origem até o ponto de consumo com o propósito de atender às 
exigências dos clientes. 
Trata-se de uma excelente definição, uma vez que abrange a noção de que o 
fluxo das mercadorias deve ser acompanhado dede o ponto em que existem 
matérias-primas até aquele em que são descartadas. A logística também lida, além 
de bens materiais, com o fluxo de serviços, uma área com crescentes 
oportunidades de aperfeiçoamento. Essa definição sugere igualmente ser a 
logística um processo, o que significa que inclui todas as atividades importantes 
para a disponibilização de bens e serviços aos consumidores quando e onde estes 
quiserem adquiri-los. Contudo, a definição implica em que a logística é parte do 
processo da cadeia de suprimentos, e não do processo inteiro. Assim, o que é 
processo da cadeia de suprimentos? Ou, como é mais conhecido, o que é 
gerenciamento da cadeia de suprimentos? 
Logística e Distribuição 
 
18 
Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos ou do inglês SCM (Supply Chain 
Management) é um termo surgido mais recentemente que capta a essência da 
logística integrada e inclusive a ultrapassa. O gerenciamento da cadeia d 
suprimentos destaca as interações logísticas que ocorrem entre as funções de 
marketing, logística e produção no âmbito de uma empresa, e dessas mesmas 
interações entre as empresas legalmente separadas no âmbito de canal de fluxo de 
produtos. Oportunidades para a melhoria dos custos ou serviços aos consumidores 
são concretizadas mediante coordenação e colaboração entre os integrantes desse 
canal nos pontos em que algumas atividades essenciais da cadeia de suprimentos 
podem não estar sob o controle direto dos especialistas em logística. 
Hoje, empresas de varejo estão obtendo sucesso no compartilhamento de 
informações com os fornecedores, os quais, por sua vez, concordam em manter e 
gerenciar estoques nas estantes dos varejistas. Estoques no canal e faltas de 
produtos são menores. As fábricas que operam em esquemas de produção “just-in-
time” estabelecem relacionamentos com fornecedores gerando benefícios para 
ambas as partes através da redução dos estoques. Definições da cadeia de 
suprimentos e da gestão da cadeia de suprimentos que refletem esse escopo mais 
amplo incluem, segundo Robert B. Handfield and Ernest L. Nichols Jr (1999) : 
A cadeia de suprimentos abrange todas as atividades relacionadas com o fluxo 
e transformação de mercadorias desde o estágio da matéria-prima (extração) até o 
usuário final, bem como os respectivos fluxos de informação. Materiais e 
informações fluem tanto para baixo quanto para cima na cadeia de suprimentos. 
A evolução da logística para cadeia de suprimentos. 
 
Fonte: Ballou, 2006. 
Logística e Distribuição 
 
19 
O gerenciamento da cadeia de suprimentos é a integração dessas atividades, 
mediante relacionamentos aperfeiçoados na cadeia de suprimentos, com o 
objetivo de conquistar uma vantagem competitiva sustentável. 
Depois do cuidadoso estudo das várias definições oferecidas a respeito, 
Mentzer et al. propõe a seguinte definição: 
O gerenciamento da cadeia de suprimentos é definido como a coordenação 
estratégica sistemática das tradicionais funções de negócios, das táticas ao longo 
dessas funções de negócios e das táticas ao longo dessas funções de negócios no 
âmbito de uma determinada empresa e ao longo dos negócios no âmbito da 
cadeia de suprimentos, com o objetivo de aperfeiçoar o desempenho a longo 
prazo das empresas isoladamente e da cadeia de suprimentos como um todo. 
O modelo de gerenciamento da cadeia de suprimentos na Figura 1-1, visto 
como uma fonte de informação mostra o escopo dessa definição. É importante 
destacar que o gerenciamento da cadeia de suprimentos trata da coordenação do 
fluxo de produtos ao longo de funções e de empresas para produzir vantagem 
competitiva e lucratividade para cada uma das companhias na cadeia de 
suprimentos e para o conjunto dos integrantes dessa mesma cadeia. 
É muito difícil em termos práticos separar a gestão da logística empresarial do 
gerenciamento da cadeia de suprimentos. Ocorre que, em um número muito 
grande de aspectos, as duas têm missão idêntica: 
Colocar os produtos ou serviços certos no lugar certo, no momento certo, e 
nas condições desejadas, dando ao mesmo tempo a melhor contribuição possívelpara a empresa. 
 
Logística e Distribuição 
 
20 
 
Objetivos da Logística Empresarial 
 
Como parte dos objetivos mais gerais da empresa, a logística empresarial 
procura atingir metas de processos de cadeia de suprimentos que venham a 
conduzir a organização para os objetivos globais. Especificamente, o propósito é 
desenvolver um mix de atividades logísticas do qual venha a resultar o máximo 
retorno possível do investimento no menor prazo. Essa meta tem duas dimensões: 
1) O impacto do projeto do sistema logístico em termos de contribuição de 
rendimentos; 2) o custo operacional e as necessidades de capital desse projeto. 
De preferência, o especialista logístico deveria conhecer antecipadamente 
qual seria a receita adicional gerada por meio do incremento de melhorias na 
qualidade dos serviços ao cliente. Não há, porém, maneira de prever essa receita 
com razoável exatidão. O nível do serviço ao cliente é estabelecido num valor alvo, 
normalmente algo suportável para os clientes, pelas vendas ou demais partes 
envolvidas. A essa altura, o objetivo logístico pode passar a ser uma minimização 
de custos voltada para a consecução do nível pretendido de serviços, em lugar da 
maximização dos lucros ou do retorno sobre o investimento. 
Ao contrário dos lucros, os custos logísticos normalmente podem ser 
determinados com toda a exatidão permitida pela prática contábil e são em geral 
de dois tipos: Custos operacionais e custos de capital. 
Os custos operacionais são os que ocorrem periodicamente ou aqueles que 
variam diretamente de acordo com as oscilações dos níveis das atividades. Salários, 
despesas com armazenamento em instalações públicas e despesas administrativas 
e outros custos indiretos são exemplos de custos operacionais. 
Os custos do capital são gastos de uma vez e não variam com as oscilações 
normais nos níveis de atividades. Exemplos disto são o investimento numa frota 
privada de transporte, os custos de construção de armazéns próprios das 
empresas, e a compra de equipamentos de manutenção e rolagem de materiais. 
Se os efeitos dos níveis de atividade logística sobre as receitas da empresa são 
conhecidos, um objetivo financeiro factível para a logística pode ser expresso na 
equação batizada de RAL (retorno sobre ativos logísticos), a saber: 
RAL = Contribuição para a receita – custos operacionais logísticos 
Ativos logísticos 
Logística e Distribuição 
 
21 
A contribuição para a recita é representada pelas vendas resultantes do 
projeto do sistema logístico. Os custos operacionais logísticos são as despesas 
realizadas para proporcionar o nível de serviço logístico ao cliente indispensável à 
realização de vendas. Os ativos logísticos são o capital investido no sistema 
logístico. O RAL deve ser maximizado com o passar do tempo. 
Quando o valor do dinheiro é elevado, maximizar o valor presente do fluxo de 
caixa ou maximizar a taxa interna de retorno constitui uma representação mais 
adequada desse objetivo. Maximizar cumulativamente o retorno sobre o 
investimento ao longo do tempo é o segundo objetivo principal a ser concretizado 
para que sejam asseguradas a continuidade e progresso da empresa no longo 
prazo. 
 
 
 
Logística e Distribuição 
 
22 
 
Abordagens do Estudo da Logística 
 
Tendo sido estabelecidos os parâmetros da definição e importância, é possível 
começar o estudo sistematizado da gestão da logística. 
Dois temas são usados neste texto: eles seguem tudo o que a gestão faz e os 
talentos e habilidades necessários para seu desempenho num mundo 
tecnicamente cada vez mais complexo. Em primeiro lugar, a função de gerenciar 
pode ser vista como o desempenho das tarefas de planejar, organizar e controlar 
para realizar os objetivos da empresa. O planejamento lida com decisões sobre os 
objetivos da empresa; a organização trata de reunir e situar os recursos de maneira 
a concretizar os objetivos da organização, e o controle visa a mensurar o 
desempenho da empresa e a adotar as medidas corretivas necessárias quando o 
desempenho não está de acordo com os objetivos traçados. 
Em segundo lugar, os gerentes do nível mais baixo ao mais alto, dedicam boa 
parte do seu tempo às ações de planejamento. Para um planejamento eficaz, é 
indispensável contar com uma visão dos objetivos da empresa, conceitos e 
princípios de orientação sobre como chegar até esses valores, e dispor igualmente 
de ferramentas para ajudar a definir rumos entre vários cursos de ação. 
No caso específico do gerenciamento logístico, o planejamento segue um 
triângulo de decisão primário de localização, estoque e transporte, sendo o serviço 
aos clientes o resultado dessas decisões. 
 
Logística e Distribuição 
 
23 
 
A Logística no Brasil 
 
Com a abertura da economia e a globalização, as empresas brasileiras 
passaram a buscar novos referenciais para sua atuação, inclusive no domínio da 
Logística. No entanto, os passos ainda estão muito tímidos, à mercê de uma série 
de fatores. Há muitas empresas trabalhando ainda na primeira fase, isto é, 
controlando seus fluxos logísticos através de estoques e tendo seus diversos 
setores atuando de forma isolada. Essas empresas estão buscando melhor 
articulação com seus fornecedores e adotando um planejamento mais integrado 
de suas operações. Algumas delas em função das novas tecnologias, já estão 
interligadas via sistema, de forma a possibilitar maior flexibilização na entrega dos 
componentes ou produtos acabados. 
Uma das limitações observadas nas empresas brasileiras, quanto às 
possibilidades de evolução em termos logísticos, é sua estrutura organizacional. A 
clássica divisão da empresa em setores girando em torno de atividades afins 
(manufatura, finanças, vendas, marketing, transporte e armazenagem) não permite 
o tratamento sistêmico e por processo das operações logísticas. Em alguns casos, o 
gerente de transporte e do depósito é promovido a gerente de logística, mas a 
organização continua a operar de forma estanque entre seus diversos setores. 
Em razão do poder restrito que o setor de transporte sempre recebeu dentro 
da empresa, o novo gerente, se tiver capacitação para tanto, praticamente não será 
ouvido pela administração superior da companhia na solução de conflitos. Acabará 
por ter unicamente um novo título no cartão de visita, porém sem nenhuma 
autonomia para desempenhar a nova função. 
Há também casos em que a alta administração da empresa já reconhece 
melhor as especificidades das funções logísticas, criando uma diretoria específica e 
recrutando externamente um profissional gabaritado para assumi-la. Contudo, na 
maioria das vezes, o esquema de poder dentro da empresa acaba engessando o 
executivo recém-chegado, deixando-o sem ação. 
Muitas vezes, as empresas nacionais, em lugar de se reestruturarem de forma 
adequada para enfrentar os novos desafios logísticos, simplesmente lançam mão 
do famoso “jeitinho” com resultados parciais e incompletos, quando não 
contraproducentes. Por exemplo, não é incomum ver diretores de empresas 
Logística e Distribuição 
 
24 
comprarem softwares de roteirização de veículos, achando que, somente com isso, 
vão resolver os problemas logísticos da firma. 
 Além disso, outro aspecto que, de certa forma, dificulta os avanços das 
empresas nacionais na direção da modernização de suas funções, fruto dos longos 
anos de inflação elevada e de dificuldades econômicas, é a concentração de 
esforços, por parte das empresas, nas funções puramente financeiras. Numa época 
não muito distante, com taxas de inflação muito além do razoável, os executivos de 
maior capacitação e criatividade gastavam uma parte expressiva de seu tempo em 
malabarismos financeiros, tentando manter suas empresas em atividade, deixando 
de aplicar maiores esforços no aprimoramento de seus negócios. 
Atualmente, ainda se notam resquícios dessas práticas, pois nossa economia 
está longe de apresentar aquele nível de estabilidade tão almejadopelos 
brasileiros. As empresas brasileiras ainda precisam de fôlego para se modernizar. 
Essa modernização, embora não exigindo grandes inversões no caso da Logística, 
requer, ainda assim, algum investimento em pessoal, equipamentos, atualização 
dos recursos de informática, entre outros. 
No que se refere à informática e ao tratamento da informação, os problemas 
encontrados são bastante sérios. Muitas empresas investem paulatinamente em 
sistemas autônomos que não conversam entre si, os quais e são utilizados nas 
atividades rotineiras de operação e de controle. No tratamento da moderna 
Logística, principalmente, no SCM (Supply Chain Management) é vital o 
acompanhamento das operações em tempo real (real time) ao longo da cadeia de 
suprimento. Assim, os sistemas computadorizados de gestão ERP (Enterprise 
Resource Planning ou Sistema Integrado de Gestão Empresarial) facilita essa 
integração, o que favorece a introdução das modernas técnicas logísticas nas 
grandes empresas. 
Nas demais, integrações de sistemas do tipo data warehouse (depósito de 
dados) possibilitaram também agilidade e a modernização das operações 
logísticas. 
No entanto, aqui no Brasil, muitas vezes as empresas competem entre si de 
forma desleal. Um exemplo claro disso é o transporte rodoviário de cargas no 
Brasil, que está infestado de operadores arrivistas, sem a mínima experiência e 
Logística e Distribuição 
 
25 
tradição na área, oferecendo seus serviços às empresas com fretes excessivamente 
baixos. Muito embora a busca pela redução de custos seja uma constante na 
moderna prática logística, a qualidade e a confiabilidade dos serviços são de 
fundamental importância. Um dos resultados dessa competição ruinosa dos 
transportadores de carga no Brasil é a pouca evolução observada nos últimos anos 
nesse setor, salvo algumas honrosas exceções, o que acarreta o favorecimento da 
entrada no país de grandes operadores logísticos internacionais como a Ryder, 
Penske, Maclane, TNT, Danzas e outros. 
 
A Rede Logística 
 
Tanto a logística de suprimento quanto a de distribuição física dependem, 
para sua boa conceituação e implementação, da correta representação e análise da 
REDE. 
O que vem a ser REDE logística? É a representação físico-espacial dos pontos 
de origem e destino das mercadorias, bem como de seus fluxos e demais aspectos 
relevantes, de forma a possibilitar a visualização do sistema logístico no seu todo. 
Mas por que a representação da rede é tão importante? Na verdade o conceito 
de rede é bastante abstrato: um conjunto de nós (pontos de origem ou destino) 
que devem ser atendidos através de ligações (meios de transportes existentes), nas 
quantidades pré-estabelecidas etc. O setor de marketing da empresa quase sempre 
possui uma visão abstrata da rede: conhece os canis de distribuição, os clientes, 
suas localizações e sabe que os produtos devem ser deslocados desde as fábricas e 
armazéns até eles. Sabe também que determinados prazos devem ser respeitados 
e que os custos logísticos devem ser mantidos relativamente baixos, sob pena de 
provocar a reação do setor de Finanças. 
Esta rede idealizada pelo pessoal de marketing mistura, quase sempre, 
aspectos primordiais com detalhes secundários, porque a questão é olhada 
estritamente sob uma óptica específica, a mercadológica, quando sabemos que o 
problema logístico é de natureza sistêmica. 
Assim, as ideias do setor de marketing em relação à rede logística devem ser 
depuradas de forma a se chegar a um resultado de consenso, no qual sejam 
contemplados custos, estrutura operacional e nível de atendimento aos clientes. 
Logística e Distribuição 
 
26 
 
O Papel de Intermediário do Setor de Logística 
 
O setor de marketing da empresa reflete as aspirações do mercado 
consumidor. Essas aspirações precisam ser tornar concretas, de forma que o setor 
de Logística possa executá-las dentro dos limites aceitáveis de prazos e de custos. 
Para tanto, deve haver um processo interativo entre os dois setores, de forma a 
atender, na prática os anseios do setor de Marketing (que reflete os desejos do 
mercado). 
Existe, na verdade, um terceiro setor da empresa que raciocina de forma 
oposta ao setor de Marketing: é a área de finanças. De forma sistêmica, o pessoal 
da logística fará o papel de intermediador entre Marketing e Finanças, levando a 
uma solução que satisfaça a ambos e a empresa no seu todo. 
De início, o setor de Marketing da empresa vai manifestar suas expectativas 
em relação: 
 ao nível de serviço desejado para atendimento dos clientes ou 
usuários internos; 
 ao modo ou modos de transporte desejados para realizar as 
transferências e distribuição (caminhão, trem, avião, navio); 
 às vantagens e desvantagens de utilização de frota própria ou de 
terceiros (a primeira por exemplo pode ser veículo de ´propaganda e 
de imagem mercadológica, quando pintada de forma eficaz); 
 à opinião sobre as vantagens mercadológicas de manter depósitos 
regionais versus a solução de se ter um esquema centralizado. 
Se deixarmos a área de marketing discutindo a questão com o setor de 
finanças da empresa, veremos que seus pontos de vista vão conflitar de forma 
quase radical. No que se refere ao nível de serviço, mais especificamente aos prazos 
de entrega das mercadorias, o setor de marketing favorece limites rígidos, os mais 
curtos possíveis. Para fianças, tanto faz: prazos curtos ou longos não fazem parte de 
suas preocupações imediatas. 
Logística e Distribuição 
 
27 
Para o setor de marketing, com referência aos possíveis modais, a escolha recai 
no meio de transporte mais nobre e mais rápido, ou seja, idealmente o aéreo. Já o 
pessoal de finanças certamente optará por utilizar o meio de transporte mais 
econômico. 
Abrir depósitos e armazéns regionais de forma a atender mais prontamente os 
clientes e dar-lhes e melhor assistência, é, sem dúvida, o que sente o pessoal do 
marketing. Já finanças, por sua vez, escolheria um esquema centralizado de forma 
a reduzir pessoal, investimentos e outros tipos de custos com a operação. 
Assim, o setor de logística deverá fazer a harmonização desses dois extremos, 
levando a uma solução de consenso. 
 
Embalagem 
 
São todos os produtos feitos de materiais de qualquer natureza, utilizados 
para conter, proteger, movimentar, manusear, entregar e apresentar mercadorias, 
tanto matérias-primas como produtos transformados, desde o produtor ao 
utilizador ou consumidor, incluindo todos os artigos ‘descartáveis’ utilizados para 
os mesmos fins. Os materiais constituintes mais comuns são os plásticos, papel e 
cartão, metais e vidro. 
 
Logística e Distribuição 
 
28 
Embalagem primária ou de venda 
Qualquer embalagem concebida com o objetivo de constituir uma unidade de 
venda ao utilizador ou consumidor final no local de compra. 
 
 
 
Embalagem secundária ou grupada 
Qualquer embalagem concebida para permitir agrupar um determinado 
número de unidades de um produto, quer sejam vendidas como tal ao utilizador 
ou consumidor final, quer sejam utilizadas apenas como meio de 
aprovisionamento no ponto de venda; este tipo de embalagem pode ser retirado 
do produto sem afetar as suas características. 
 
 
 
Logística e Distribuição 
 
29 
 
Embalagem terciária ou de transporte 
Qualquer embalagem concebida com o objetivo de facilitar a movimentação e 
o transporte de uma série de unidades de venda ou embalagens grupadas, a fim de 
evitar danos físicos no decorrer das operações de movimentação e transporte; não 
estão incluídos os contentores para transporte ferroviário, rodoviário, marítimo ou 
aéreo. 
 
 
Armazenagem 
 
Armazenagem 
1 – Matérias-primas, insumos, componentes e peças; 
2 – Bens acabados; 
3 – Produtos semi-elaborados. 
A armazenagem é necessária para se obter economias no transporte, 
economias na produção, para aproveitar descontos por quantidades e comprasantecipadas, manter uma fonte de fornecimento, apoiar as políticas de serviço ao 
cliente da empresa; atender as condições do mercado em mudança (sazonalidade, 
flutuação de demanda, concorrência), para superar diferenciais de tempo e espaço 
entre produtores e consumidores, para atingir uma logística de menor custo total 
em harmonia com um nível desejado de serviço ao cliente e para apoiar programas 
de just-in-time de clientes e fornecedores. 
Logística e Distribuição 
 
30 
 
 
Finalizamos nossa primeira unidade de estudo. Através dela conhecemos um 
pouco os objetivos da logística, sua importância para as empresas e 
consequentemente para o desenvolvimento do país. Espero que vocês tenham 
gostado e extraído o máximo de conhecimentos. Na próxima unidade, 
estudaremos a logística de transporte e sua importância na relação com o cliente, 
bem como a importância da escolha adequada do modal a ser utilizado no 
transporte de cargas/mercadorias. 
 
 
 
Leitura Complementar! 
Aprofunde seus conhecimentos sobre logística lendo o livro: 
CHRISTOPHER, Martin. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos – 
Estratégias para a redução de custos e melhoria dos serviços –Administração e 
Negócios. Ed. Pioneira: São Paulo, 2000. 
Nesta obra, Christopher demonstra que a estratégia logística e o gerenciamento 
da cadeia de suprimentos são vitais para a obtenção de vantagens competitivas. 
É hora de se avaliar 
Lembre-se de realizar as atividades desta unidade de estudo. Elas irão 
ajudá-lo a fixar o conteúdo, além de proporcionar sua autonomia no processo de 
ensino-aprendizagem. 
Logística e Distribuição 
 
31 
 
Exercícios – Unidade 1 
 
1) Assinale a alternativa incorreta: 
a) a logística sempre esteve presente ao longo da história do homem. 
b) na Segunda Guerra mundial a logística teve um papel muito importante. 
c) a logística é um campo de estudo relativamente novo e surgiu na década de 
90. 
d) os generais e marechais dos tempos remotos compreendiam o papel crítico da 
logística 
e) os princípios de gerenciamento logístico levaram uns 70 anos ou mais para 
serem claramente definidos. 
 
2) Segunda a versão da Webster’s New EncyclopedicDictionary o termo “logística” 
pode ser definido como: 
a) o ramo da ciência militar que lida com a obtenção, manutenção e transporte de 
matéria, pessoal e instalações. 
b) a ciência que lida com a área de marketing visando à melhoria da comunicação 
com o canal de distribuição. 
c) o ramo da administração que faz a interface entre o marketing e a área de 
finanças. 
d) o ramo da administração que lida exclusivamente com a produção e 
distribuição de bens. 
e) o ramo da administração que cuida da produção de bens ou serviços e do 
escoamento da matéria-prima. 
 
3) Sobre SCM - Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos, podemos afirmar que: 
a) é um termo surgido mais recentemente que capta a essência da logística 
integrada e inclusive a ultrapassa. 
b) o gerenciamento da cadeia de suprimentos destaca as interações logísticas que 
ocorrem entre as funções de marketing, logística e produção no âmbito de 
uma empresa, e dessas mesmas interações entre as empresas legalmente 
separadas no âmbito de canal de fluxo de produtos. 
Logística e Distribuição 
 
32 
c) hoje, empresas de varejo estão obtendo sucesso no compartilhamento de 
informações com os fornecedores, os quais, por sua vez, concordam em manter 
e gerenciar estoques nas estantes dos varejistas. 
d) as fábricas que operam em esquemas de produção “just-in-time” estabelecem 
relacionamentos com fornecedores gerando benefícios para ambas as partes 
através da redução do estoque. 
e) todas as respostas estão corretas. 
 
4) Segundo o CouncilofLogistics Management, “Logística é o processo 
de____________, ___________ e ______________ do fluxo eficiente e eficaz de 
mercadorias, serviços e das informações relativas desde o ponto de origem até o 
ponto de consumo com o propósito de atender às exigências dos clientes. 
a) Planejamento, coordenação e controle. 
b) Planejamento desenvolvimento e implantação. 
c) Planejamento, controle e desenvolvimento. 
d) Planejamento, implantação e controle. 
e) Planejamento, controle e informação. 
 
5) Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos ou SCM ( Supply Chain Management) 
é um termo surgido mais recentemente que capta a essência da logística integrada 
e inclusive a ultrapassa. O gerenciamento da cadeia de suprimentos destaca as 
interações logísticas que ocorrem entre as funções de___________, __________ e 
___________ no âmbito de uma empresa, e dessas mesmas interações entre as 
empresas legalmente separadas no âmbito de canal de fluxo de produtos. 
 
a) marketing, logística e produção. 
b) marketing, finanças e distribuição. 
c) logística, distribuição e controle. 
d) marketing, finanças e produção. 
e) marketing, vendas e distribuição. 
Logística e Distribuição 
 
33 
6) Como parte dos objetivos mais gerais da empresa, a logística empresarial 
procura atingir metas de processos de cadeia de suprimentos que venham a 
conduzir a organização para os objetivos globais. Especificamente, o propósito é 
desenvolver: 
a) atividades capazes de melhorar o prazo de entrega dos produtos. 
b) atividades que tem o objetivo de gerar mais lucros para a empresa. 
c) um mix de atividades logísticas do qual venha a resultar o máximo retorno 
possível do investimento no menor prazo. 
d) um mix de atividades capazes de determinar os custos de armazenagem e 
entrega dos produtos até o consumidor final. 
e) atividades ligadas ao marketing e a distribuição dos produtos/serviços. 
 
7) Ao contrário dos lucros, os custos logísticos normalmente podem ser 
determinados com toda a exatidão permitida pela prática contábil e são em geral 
de dois tipos: 
a) custos logísticos e custos de distribuição. 
b) custos operacionais e custos de capital. 
c) custos de produção e custos de distribuição. 
d) custos indiretos e custos diretos. 
e) custos de capital e custos de investimentos. 
8) Uma das limitações observadas nas empresas brasileiras, quanto às 
possibilidades de evolução em termos logísticos, é em sua _______________. A 
clássica divisão da empresa em setores girando em torno de atividades afins 
(manufatura, finanças, vendas, marketing, transporte e armazenagem) não permite 
o tratamento sistêmico e por processo das operações logísticas. 
a) estrutura financeira. 
b) estrutura de marketing. 
c) estrutura de transporte. 
d) estrutura organizacional. 
e) estrutura sistêmica. 
Logística e Distribuição 
 
34 
9- O que é gerenciamento da cadeia de suprimentos? Compare-o com a gestão da 
logística empresarial. 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 
10 – O que vem a ser Rede Logística? 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 ___________________________________________________________________ 
 
Logística e Distribuição 
 
35 
 
 
2 Cadeia de Valor e Custos Logísticos 
 
 
Logística e Distribuição 
 
36 
Caro aluno, 
Nessa segunda unidade, vamos trabalhar aspectos importantes para o 
planejamento e entendimento dos impactos da cadeia de valor e os custoslogísticos para o gerenciamento dos sistemas logísticos. 
 
Objetivos da Unidade: 
 Compreender os fluxos logísticos e suas interfaces; 
 Conhecer a cadeia de suprimento e seu gerenciamento; 
 Demonstrar componentes do sistema logístico; 
 Entender a cadeia de valor e os custos logísticos. 
 
Plano da Unidade: 
 Cadeia de Valor 
 Cadeia de Suprimento e Seu Gerenciamento 
 Componentes do Sistema Logístico 
 Classificando Produtos 
 Custos Logísticos 
 Impacto de algumas práticas nos custos logísticos 
 
Bons Estudos. 
 
Logística e Distribuição 
 
37 
Cadeia de Valor 
A cadeia de valor tem atualmente impactos preponderantes sobre as 
empresas, seja a sua produção, mas principalmente a venda, no qual estamos 
todos envolvidos. E a logística tem grande importância nessas condições de 
concorrência. 
As estratégias hoje de mercado incluem inúmeros itens de valor no qual o 
processo logístico está inserido, sendo assim esta parte do livro didático tratará de 
forma objetiva e clara estes importantes aspectos gerenciais e como esta 
administração de custos vai determinar os fatores mais relevantes para o 
investimentos empresariais. 
Porto de Antuérpia 
 
 
Cadeia de Suprimento e Seu Gerenciamento 
 
Ao entrarmos em cadeia de suprimento, é importante saber os seus fluxos e 
como este se move nas várias áreas empresariais, não esquecendo que o 
planejamento estratégico está intimamente ligado ao processo de crescimento e 
seus impactos logísticos. 
Logística e Distribuição 
 
38 
 
Fonte: Ballou, 2006. 
Os fluxos devem sempre estar em linha com as estruturas da empresa e seu 
planejamento estratégico, pois as decisões devem ser tomadas através deste 
diagnóstico, seja ele interno ou externo. 
 
O planejamento e o controle das atividades da cadeia de 
suprimentos/logística dependem de estimativas acuradas 
dos volumes de produtos e serviços a serem processados 
pela cadeia de suprimentos. Tais estimativas ocorrem 
tipicamente na forma de planejamentos e previsões. 
(BALLOU, 2016) 
 
 
Fonte: Novaes, 2001 
Logística e Distribuição 
 
39 
Observamos a importância do fluxo de informações através de todo o fluxo, 
determinando o que será programado na produção, como todo o processo de 
atendimento ao consumidor final. 
Ao longo desta unidade, trataremos dos fatores que determinam os fluxos, 
como também a cadeia de valor e o seu gerenciamento. Identificando os 
componentes dos sistemas logísticos e seus custos. 
 
Componentes do Sistema Logístico 
 
Vários são os componentes do sistema logístico como já observamos 
anteriormente, entretanto temos que ter em mente que as operações só ocorrem 
na integração destes componentes destacados abaixo: 
 Área Comercial: 
Comercial e Marketing unidos na captação de novos clientes, na busca constante 
de estabelecer um vínculo com seus clientes, em parceria com os demais 
departamentos da empresa. 
 Operação Industrial: 
Esta operação inclui a escolha dos recursos tecnológicos mais indicados, tais 
como: Just in time / TQC / ERP. 
 Fornecedores: 
O Papel dos fornecedores dentro da logística moderna é o de parceiros 
operacionais. Este conceito exige um relacionamento abrangente, que 
compreende as etapas de desenvolvimento de produtos, contrato de 
fornecimento, preços, qualidade e prazos sujeitos a mútua administração. 
 Administração e Finanças: 
Há uma ênfase, cada vez maior em relação ao fluxo de caixa, em uma 
economia global os fluxos de caixa são cada vez mais rápidos. 
 
Logística e Distribuição 
 
40 
 
 Distribuição Física: 
Como atingir rapidamente nosso cliente? 
 Avaliando a localização da fábrica; 
 A Localização dos fornecedores; 
 A Localização dos depósitos; 
 A Estrutura dos transportes. 
 
A relação entre esses atores logísticos determinaram as ações a serem 
tomadas para o atingimento das metas empresariais. Duas áreas importantes são a 
Produção e o Marketing (vendas), áreas funcionais fim da organização. 
 
 
Fonte: Adaptado Oliveira, 2013. 
 
Logística e Distribuição 
 
41 
E através destas áreas, observamos a importância de compreender as 
interfaces primordiais para o desenvolvimento de um sistema logístico eficaz. 
 
 
Fonte: Ballou, 2006. 
 
Destacamos que as atividades logísticas atingem tanto interno e 
externamente as estruturas da empresa, e a partir de seu planejamento como 
destacado anteriormente. Devemos entender alguns aspectos ligados ao produto 
para assim determinarmos sua real distribuição. 
 
 
Fonte: Ballou, 2006. 
Logística e Distribuição 
 
42 
Como podemos notar na figura anterior, fica claro que temos na pré-produção 
(Inbound logistics) e na pós-produção (Outbound logistics), processos que se 
completam e determinam a produção e seus mais variados aspectos. 
A partir desta condição adentramos no Supply Chain Management, que é 
esse conjunto de etapas de produção, que vai envolver desde os fornecedores das 
matérias primas, a fabricação, montagem, as intermediações das redes de 
distribuição para chegar ao consumidor final. 
Outra definição do The international Center for competitive excellence, (1994) é a 
“integração dos processos do negócio, desde o usuário final até os fornecedores 
originais que proporcionam os produtos, serviços e informações que possam 
agregar valor para o cliente”. 
Outra preocupação está em entender como estes tipos de ligações de 
processos organizacionais e interorganizacionais vêm sendo integralizados como 
demonstra a figura abaixo: 
 
 
Fonte: Lambert, 1998 
 
 
Logística e Distribuição 
 
43 
Segundo Lambert et al. (1998), a SCM seria o meio de ligação entre três 
elementos básicos como pode ser visto na figura abaixo. 
 
 
Fonte: Lambert, 1998 
 
Entendendo e aplicando as respostas às perguntas-chaves para o processo, 
pode-se um nível de sucesso. Entretanto, a falta de respostas a estes 
questionamentos podem levar ao fracasso. 
 
Classificando Produtos 
 
A primeira divisão importante que podemos fazer, observando os vários 
autores importantes tanto no marketing como Churchill (2012), e na logística, 
como Ballou(2016), estes classificam entre os bens de consumo (aqueles 
destinados aos consumidores finais) e os bens industriais (aqueles destinados a 
organizações). 
No quadro abaixo, vamos demonstrar as características dos bens de consumo, 
eles são classificados com a visão do marketing (vendas) para determinar as ações a 
serem realizadas para alcançar o consumidor final. 
Logística e Distribuição 
 
44 
 
Tipo Preço Promoção Distribuição 
Conveniência Baixo Massa Ampla 
Compra Comparada Médio Massa: Vendas Seletiva 
Especialidade Alto Massa: Venda Precisa Exclusiva 
Fonte: Autor 
 
Não vamos nos deter muito aqui, pois o mais importante são como estes 
produtos afetam a logística, para que esta venha a adequar seus sistemas para o 
alcance da meta empresarial. 
Vamos a um exemplo deste quadro, por exemplo, o produto de conveniência 
pode ser um refrigerante, pois tem preço baixo, com venda frequente, e uma rede 
de distribuição muito ampla e diversificada. Há subclassificações dentro dos 
produtos de conveniência, como nos outros tipos também, entretanto nosso 
estudo está focado no sistema logístico e o importante é darmos suporte a esta 
área final. 
Mas vou dar exemplos dos outros tipos para que se possa entender melhor 
estas características, o de compra comparada, tem um valor maior, tem menor 
frequência, e uma distribuição seletiva, geralmente são roupas, aparelhos 
eletrônicos, móveis etc. 
Já de especialidade tem preço alto, trabalha com características diferenciadas, 
a venda é menos frequente ainda. E a marca tem valor elevado no processo de 
compra, geralmente são produtos de Griffe, e há um esforço maior do consumidor 
para acessá-lo, como exemplo a Ferrari, Rolex e outras marcas famosas. 
Há também os não procurados, no qual não determinei aqui, poistem baixo 
impacto nos processos que trabalhamos. 
E por fim, os bens industriais (aqueles destinados a organizações). Como 
podemos perceber são aqueles consumidos ou adquiridos por empresas, para 
realização de sua produção ou negócios: equipamentos, componentes, 
suprimentos, matéria-prima. 
Logística e Distribuição 
 
45 
Outro aspecto importante para o tema é o ciclo de vida do produto, todo o 
produto está ligado a um inicio e fim de vida, no quadro abaixo está demonstrado 
de forma gráfica uma curva generalizada do ciclo de vida de um produto. 
 
Fonte: Ballou(2006) 
 
Os estágios definem os investimentos a serem realizados no produto através 
do tempo, determinando tanto seu impacto logístico, como também os ajustes 
para adequar de forma mais eficiente os seus custos. 
 
Custos Logísticos 
 
As organizações empresariais têm voltado os seus olhos para a gestão 
eficiente dos custos. Como observamos anteriormente, os custos logísticos 
correspondem a uma enorme fatia dos custos totais das empresas. Portanto, 
devem ser analisados e controlados individualmente, contribuindo para a gestão 
da cadeia de valor das organizações. Vamos destacar os principais tipos de custos 
logísticos envolvidos em uma cadeia de suprimentos. 
 
Logística e Distribuição 
 
46 
Custos das instalações do sistema de informações e do planejamento 
 Custos fixos; 
 Custos variáveis; 
 Custos de aquisição de materiais. 
Custos de Estoques 
 Custos de pedido; 
 Custos de Armazenagem. 
Custos de atendimento, com atraso e de perda de venda. 
 Custos de frete; 
 Custos de transferência entre unidades (Movimentação); 
 Custos de distribuição. 
Impostos e taxas 
Uma parte determinante para os custos logísticos está na curva 80 – 20, ou 
como também chamamos de curva de Pareto. Ele demonstra o quanto a variedade 
de produtos em seus variados estágios afetam a qualquer momento o sistemas de 
custos na empresa. Estes custos influenciam a lucratividade da organização, 
causando o fenômeno observado por este pesquisador italiano chamado Vilfredo 
Pareto. 
Em 1897 durante um estudo da distribuição da renda e da 
riqueza na Itália. Ele chegou à conclusão de que uma 
grande percentagem da renda total estava concentrada 
nas mãos de uma pequena percentagem da população, na 
proporção de quase 80% a 20%, respectivamente. O 
conceito encontrou generalizada aplicação nos negócios. 
(BALLOU, 2016) 
 
Este economista italiano observou que tinha que desenvolver um método de 
classificação, que chamou de ABC, no qual agrupa os itens por importância, esta 
análise demonstrou que 80% da riqueza da população Italiana estavam nas mãos 
de 20% da população. 
Logística e Distribuição 
 
47 
Esse teorema posteriormente foi aplicado na administração, e ficou 
comprovado um mesmo fenômeno em vários aspectos empresariais. 
A logística não está fora desta condição, pois com a identificação da curva ABC 
dos seus clientes, é possível identificar e administrar melhor o seu estoque, fator 
que vai impactar no lucro da organização. 
O fato é que uma boa administração de estoques, utiliza da curva ABC para 
auxiliar na identificação dos produtos com maior movimentação ou ainda de maior 
saída. 
De uma forma mais generalizada, o ABC utiliza a seguinte classificação: 
Classe A: 20% dos itens representam 80% do valor de estoque de mercadorias. 
Classe B: 30% dos itens representam 15% do valor do estoque de mercadorias. 
Classe C: 50% dos itens representam 5% do valor do estoque de mercadorias. 
 
Quando levantamos o estoque da empresa, geralmente observamos que 
somente uma pequena parte é responsável pelo maior faturamento. Geralmente 
há softwares para isso, entretanto podemos realizar o cálculo sem problemas, pois 
não há muita dificuldade. 
O próprio Excel pode ser preparado para isso. Quando temos estoques 
menores, mas atualmente não é possível trabalhar com eficácia sem um software 
adequado a velocidade em que se movimentam os estoques e sua dinâmica. 
Logística e Distribuição 
 
48 
 
Por exemplo, imagine que sua empresa tenha os seguintes itens: 
 
Itens Quantidade Valor Unitário (R$) 
V 567 500 R$200,00 
N 772 100 R$180,00 
X 356 20 R$150,00 
Y 663 200 R$100,00 
M 998 50 R$80,00 
W 398 30 R$40,00 
G 320 100 R$35,00 
Z 023 70 R$20,00 
 
 
Ajustando numa tabela veremos o seguinte: 
Itens  Quantidade  Valor Unitário (R$) 
V 567  500   R$ 200,00  
N 772  100   R$ 180,00  
X 356  20   R$ 150,00  
Y 663  200   R$ 100,00  
M 998  50   R$ 80,00  
W 398  30   R$ 40,00  
G 320  100   R$ 35,00  
Z 023  70   R$ 20,00  
 
Logística e Distribuição 
 
49 
Como vemos no quadro abaixo, colocamos em ordem de valores e calculamos 
a porcentagem individual: 
Itens Quantidade Valor Unitário (R$) Valor Total (R$) 
Porcentagem 
Individual 
V 567 500 R$ 200,00 R$ 100.000,00 66,18% 
Y 663 200 R$ 100,00 R$ 20.000,00 13,24% 
N 772 100 R$ 180,00 R$ 18.000,00 11,91% 
M 998 50 R$ 80,00 R$ 4.000,00 2,65% 
G 320 100 R$ 35,00 R$ 3.500,00 2,32% 
X 356 20 R$ 150,00 R$ 3.000,00 1,99% 
Z 023 70 R$ 20,00 R$ 1.400,00 0,93% 
W 398 30 R$ 40,00 R$ 1.200,00 0,79% 
Total R$ 151.100,00 
 
Cálculo do valor acumulado 
O valor acumulado é calculado a partir da organização anterior. Um produto 
deve ser somado aos anteriores, até chegar ao montante total. 
Os valores parciais devem ser transformados em percentual em relação ao 
total. 
Itens Quantidade 
Valor 
Unitário (R$) 
Valor Total (R$) 
Porcentagem 
Individual 
Porcentagem 
Acumulada 
V 567 500 R$ 200,00 R$ 100.000,00 66,18% 66,18% 
Y 663 200 R$ 100,00 R$ 20.000,00 13,24% 79,42% 
N 772 100 R$ 180,00 R$ 18.000,00 11,91% 91,33% 
M 998 50 R$ 80,00 R$ 4.000,00 2,65% 93,98% 
G 320 100 R$ 35,00 R$ 3.500,00 2,32% 96,29% 
X 356 20 R$ 150,00 R$ 3.000,00 1,99% 98,28% 
Z 023 70 R$ 20,00 R$ 1.400,00 0,93% 99,21% 
W 398 30 R$ 40,00 R$ 1.200,00 0,79% 100,00% 
Total R$ 151.100,00 
 
66,18% + 13,24% = 79,42% 
e acumulando-se a cada 
linha posterior 
Logística e Distribuição 
 
50 
Determine as categorias 
As proporções do método ABC devem ser usadas para determinar as 
categorias nesse momento. 
Itens Quantidade 
Valor 
Unitário (R$) 
Valor Total 
(R$) 
Porcentagem 
Individual 
Porcentagem 
Acumulada 
Classificação 
V 567 500 R$ 200,00 R$ 100.000,00 66,18% 66,18% A 
Y 663 200 R$ 100,00 R$ 20.000,00 13,24% 79,42% A 
N 772 100 R$ 180,00 R$ 18.000,00 11,91% 91,33% B 
M 998 50 R$ 80,00 R$ 4.000,00 2,65% 93,98% B 
G 320 100 R$ 35,00 R$ 3.500,00 2,32% 96,29% C 
X 356 20 R$ 150,00 R$ 3.000,00 1,99% 98,28% C 
Z 023 70 R$ 20,00 R$ 1.400,00 0,93% 99,21% C 
W 398 30 R$ 40,00 R$ 1.200,00 0,79% 100,00% C 
Total R$ 151.100,00 
 
Sendo assim, temos o gráfico: 
 
 
Esta é a função básica para trabalhar a Curva ABC, ela determina também 
estoques mínimos e outras condições para ajustes de forma mais adequada às 
funções logísticas. 
Logística e Distribuição 
 
51 
 
Impacto de algumas práticas nos custos logísticos 
 Subcontratação (fabricantes, operadores logísticos e outros); 
 Terceirização de fabricação de peças; 
 Subcontratação de operadores logísticos para manutenção do warehouse; 
 Subcontratação de transportadoras para 
distribuição de produtos (frota própria x frota 
terceirizada); 
 Contratação de depósitos externos para 
armazenamento de produção excedente etc; 
 Cross Docking - É uma operação de rápida 
movimentação de produtos acabados para 
expedição, entre fornecedores e clientes. 
Chegou e já sai (transbordo sem estocagem). 
Troca de documentos basicamente. 
 CRP - Continuous Replenishment Process ou Programa de Reabastecimento 
Contínuo. 
 Postponement ou postergação – retardamento da finalização do produto até 
receber de fato o pedido customizado. 
 EDI (Electronic data interchange)/Internet; Gestão de Inventários; 
 Redução de lead-times; 
 Consolidação de cargas; 
 Descontos por quantidade. 
O fato que constatamos é que há uma grande necessidade de conseguirmos 
profissionalizar no contexto brasileiro a logística, nos últimos anos com a chegada 
de grandes operadores logísticos foi possível uma sensível melhora, mas há um 
grande caminho nesta direção com politicas públicas e privadas no 
desenvolvimento de escoadouros para a produção mais eficazes e um modelo 
logístico para atender as necessidades de um país continental como o Brasil. 
Warehouse Management System (WMS), 
ou sistema de gerenciamento de 
armazém, em tradução literal, 
corresponde a uma série de softwares 
que podem suportar muitas operações 
diárias de um armazém. É uma solução 
que ajuda na rotina de estocagem e de 
expedição de maneira estratégica. 
Logística e Distribuição 
 
52 
 
 
 
Nesta unidade, você estudou sobre a cadeia de valor e custos logísticos os 
aspectos importantes para o planejamento e entendimento dos impactos da 
cadeia de valor e os custos logísticos para o gerenciamento dos sistemas logísticos. 
Na próxima unidade você estudará sobre o processo de distribuição dos produtos. 
 
 
 
Importante! 
Sempre observe a importância dos produtos para o custo empresarial, 
ele afeta os investimentos em logística diretamente. Por isso, devemos ter os dados 
relativos às informações necessárias para a ação que formos realizar. 
Leitura Complementar! 
Aprofunde seus conhecimentos lendo mais sobre logística de transporte 
no livro: 
BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos: Planejamento, 
Organização e Logística Empresarial. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2007. 
É hora de se avaliar 
Lembre-se de realizar as atividades desta unidade de estudo. Elas irão 
ajudá-lo a fixar o conteúdo, além de proporcionar sua autonomia no processo de 
ensino-aprendizagem. 
Logística e Distribuição 
 
53 
 Exercícios – Unidade 2 
 
1.Em relação aos fluxos de produtos e serviços, as estruturas empresariais devem 
estar bem preparadas. 
Nesse contexto, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. 
“O planejamento e o controle das atividades da cadeia de 
suprimentos/logística dependem. 
De quê? 
de estimativas acuradas dos volumes de produtos e serviços a serem 
processados pela cadeia de suprimentos. Tais estimativas ocorrem tipicamente na 
forma de planejamentos e previsões”. (BALLOU, 2016) 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. 
a) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa 
correta da I. 
b) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma 
justificativa correta da I. 
c) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. 
d) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. 
e) As asserções I e II são proposições falsas. 
 
2.Vários são os componentes do sistema logístico como já observamos 
anteriormente, entretanto temos que ter em mente que as operações só ocorrem 
na integração destes componentes, abaixo está um dos conceitos de um destes 
componentes: 
“Esta operação inclui a escolha dos recursos tecnológicos mais indicados, tais 
como: Just in time / TQC / ERP”. 
Logística e Distribuição 
 
54 
De que componente é este conceito? 
a) Área Comercial. 
b) Operação Industrial. 
c) Fornecedores. 
d) Administração e Finanças. 
e) Distribuição Física. 
 
3.A relação entre esses atores logísticos determinaram as ações a serem tomadas 
para o atingimento das metas empresariais. Duas áreas são importantes e 
classificadas como áreas fim, são elas: 
a) Administração Financeira e Marketing. 
b) Administração Recursos Humanos e Administração de Materiais. 
c) Administração de Materiais e Produção. 
d) Marketing e Produção. 
e) Produção e Administração de Recursos Humanos. 
 
4.Um fator determinante da integração das áreas fim com o a logística são as suas 
interfaces, e dentro desta afirmação a interface e Produção com a logística tem 
como característica: 
No que concerne à afirmação, podemos concluir, então, que das asserções 
abaixo: 
I. Compra de Suprimentos; 
II. Embalagem; 
III. Localização Industrial. 
a) I, apenas. 
b) III, apenas. 
c) I e II, apenas. 
d) I e III, apenas. 
e) I, II e III. 
Logística e Distribuição 
 
55 
5.Na classificação de produtos, observamos algumas características dos bens de 
consumo, eles são classificados com a visão do marketing (vendas) para determinar 
as ações a serem realizadas para alcançar o consumidor final, no quadro abaixo, 
estão demonstradas dentro desta ordem. 
Determine as características conforme a classificação do tipo Compra 
Comparada: 
Tipo Preço Promoção Distribuição 
Conveniência Baixo Massa Ampla 
Compra Comparada 
Especialidade Alto Massa: Venda Precisa Exclusiva 
 
a) Médio / Massa: Vendas / Seletiva 
b) Baixo / Massa: Vendas /Ampla 
c) Alto / Massa: Vendas / Seletiva 
d) Médio / Massa / Exclusiva 
e) Alto / Massa: Venda Precisa / Ampla 
 
6.Uma parte determinante para os custos logísticos está na curva_____________, 
ou como também chamamos de curva de___________. 
 
a) 60 – 40 / Probabilidade 
b) 50 – 50 / Phillips 
c) 80 – 20 / Pareto 
d) 90 – 10 / Nível 
e) 70 – 30 / Laffer 
 
Logística e Distribuição 
 
56 
7.Uma boa administração de estoques, utiliza da curva ___________________ para 
auxiliar na identificação dos produtos com maior movimentação ou ainda de maior 
saída. 
a) De possibilidade de produção 
b) De crescimento 
c) De horas 
d) ABC 
e) Determinante 
 
8.Um aspecto importante para o tema é o ciclo de vida do produto, todo o produto 
está ligado a um início e fim de vida, no quadro abaixo está demonstrado de forma 
gráfica uma curva generalizada do ciclo de vida de um produto. 
 
a) 
 
 
b) 
 
 
Logística e Distribuição 
 
57 
 
c) 
 
 
 
d) 
 
 
 
e) 
 
 
 
Logística e Distribuição 
 
58 
9.Desenvolva a sua curva ABC com os dados de estoque abaixo: 
Itens  Quantidade  Valor Unitário (R$) 
B 223  235  R$245,00 
C 404  900  R$193,00 
Y 223  700  R$152,00 
W 437  540  R$94,70 
D 776  270  R$62,50 
R 908  330  R$35,00 
S 11  50  R$24,00 
L 43  88  R$20,00 
 
 
 
 
Logística e Distribuição 
 
59 
10.Desenvolva com os dados de estoque abaixo a sua curva ABC: 
Itens Quantidade Valor Unitário (R$) 
B 12 435 R$330,00 
R 02 938 R$300,00 
T 08 880 R$296,00 
S 21 220 R$187,00 
W 06 112 R$166,00 
O 44 896 R$165,00 
A 22 635 R$156,00 
D 31 19 R$148,00 
D 22 817 R$133,00 
C 07 312 R$125,00 
L 11 38 R$120,00 
G 01 92 R$117,00 
H 04 84 R$113,00 
I 01 10 R$32,00 
L 09 50 R$97,00 
E 03 30 R$84,00 
S 11 20 R$72,00 
L 06 88 R$57,00 
 
 
 
 
 
Logística e Distribuição 
 
60 
 
 
Logística e Distribuição 
 
61 
 
3 Distribuição 
 
 
Logística e Distribuição 
 
62 
 
Caro aluno, 
Nesta unidade, vamos trabalhar o processo de distribuição dos produtos; 
atualmente fator primordial para as decisões sobre o fluxo de materiais e como 
atingirmos o consumidor final no tempo, quantidade e qualidade, pois gera 
confiabilidade no mercado para a organização. 
 
Objetivos da Unidade: 
 Compreender a logística de distribuição; 
 Identificar a influência dos canais de distribuição; 
 Conhecer os tipos de centros de distribuição. 
 
Plano da Unidade: 
 A logística da Distribuição 
 Distribuição e o seu Papel 
 O Fluxo dos Materiais 
 Centralização x Descentralização de CD´s 
 Tipos de Centros de Distribuição 
 
Bons Estudos. 
 
Logística e Distribuição 
 
63 
 
A logística da Distribuição 
 
A distribuição envolve aspectos primordiais para atendermos o cliente, seja ele 
interno ou externo em suas necessidades, um dos fatores que tem impactado nos 
últimos anos esta área é a internet. 
Sendo assim, muitas das decisões se baseiam no fato de que temos a 
possibilidadede atender os clientes em todo o lugar e em tempo real. Entretanto, 
não é mais possível trabalharmos sem vislumbrar como as novas tecnologias 
impactaram para os processos de armazenamento e estoques, como a eficiência 
dos transportes que falaremos posteriormente. 
 
A evolução da logística para cadeia de suprimentos. 
 
Fonte: Ballou, 2006 
 
Logística e Distribuição 
 
64 
Distribuição e o seu Papel 
 
Trata das relações empresa-cliente-consumidor, sendo responsável pela 
distribuição física dos produtos acabados até os pontos-de-venda ao consumidor e 
deve assegurar que os pedidos sejam pontualmente entregues, precisos, 
completos e no menor custo possível, de acordo com o nível de serviço desejado. 
Para Ballou (2006), “a distribuição física é um dos compostos da logística 
empresarial, que realiza a gestão integrada das atividades de movimentação, 
transporte e armazenagem”. 
 
Fonte: Christopher, 2009 
 
Pires (2011) prioriza que há etapas que antecedem a distribuição física, que se 
faz pela da logística de abastecimento e da logística interna, e esta sendo a última 
do processo da logística, que envolve o sistema de distribuição, transporte e 
estoque. 
 
Logística e Distribuição 
 
65 
Distribuição Física 
 
Fonte: Adaptado Ballou , 2006. 
 
Distribuição física é o ramo da logística empresarial que trata da 
movimentação, estocagem e processamento de pedidos dos produtos finais da 
empresa, e costuma ser a atividade mais importante em termos de custo para a 
maioria das empresas, pois absorve cerca de dois terços dos custos logísticos. 
Logística de Abastecimento % 
Suprimentos 4 
Frete/Seguro 18 
Planejamento de materiais 7 
Administração de materiais 10 
Recebimento 1 
Custo de estocagem – materiais primas 10 
Total 50 
Logística de Planta % 
Movimentação interna 4 
PCP – Planejamento e Controle de Produção 1 
Custo de estocagem – Produtos e processo 2 
Custo de capital s/Ativo Imobilizado 2 
Total 9 
Logística de Distribuição % 
Armazenagem e Expedição 26 
Frete de transferência 5 
Custo de estocagem – Produto acabado 8 
Custo de capital s/Ativo Imobilizado 2 
Total 41 
Total Geral 100 
Fonte: Faria (2005) 
Logística e Distribuição 
 
66 
Fatores que definem o nível de serviço nas Redes Logísticas e distribuição 
física. 
 Confiabilidade: Prazo de entrega (medido em unidades de tempo); 
 Integridade: Integridade da carga (% de carga íntegra); 
 Segurança: Segurança contra extravios e furtos (% de carga); 
 Conveniência: Nível de satisfação (% de reclamações). 
Aspectos a considerar na implementação da logística de distribuição 
 O número, tamanho e localização das unidades fabris; 
 A localização geográfica dos mercados; 
 O número e os tipos de produtos em linha de comercialização; 
 A frequência de compra dos clientes; 
 O número e o tamanho dos pedidos; 
 A necessidade de armazenagem / depósitos intermediários; 
 A escala de custo do pedido e da distribuição; 
 Os custos orçados para distribuição; 
 A natureza da demanda de mercado; 
 O nível de Serviço ofertado para cada item; 
 O modo / método de transporte. 
Papel da Distribuição 
 Vendas e Promoções - dependendo da estratégia de vendas da fábrica, o 
distribuidor pode assumir a responsabilidade das vendas por estar mais 
perto do mercado consumidor. 
 Comprar e Construir o Sortimento dos Produtos - quanto mais produtos 
são oferecidos por um distribuidor, menor é o custo envolvido na compra 
e transporte que o cliente pagará. 
Logística e Distribuição 
 
67 
 Fracionamento - uma das razões fundamentais do distribuidor é o 
desmembramento dos lotes em pequenas quantidades para atender a 
diversos clientes com menor custo e agilidade. 
 Agregar Valor - é a diferenciação do produto básico para atender a 
diversas necessidades e preferências. Agrega-se valor rotulando e 
embalando, montando kits e miscelâneas. Estas ações devem ser feitas 
sempre que possível no último elo antes do cliente final. 
 Merchandizing - outra função é divulgar, expor, incentivar a venda dos 
produtos em display ou nas prateleiras dos pontos de vendas. 
 Informações de Marketing - é de suma importância para que a cadeia seja 
forte que o distribuidor repasse informações, colhidas junto aos clientes, 
sobre a performance e qualidade dos produtos. A qualidade e tempo de 
retorno destas informações são fundamentais para a equipe de 
marketing. 
 
O Fluxo dos Materiais 
 
O fluxo de materiais desempenha papel de destaque no processo, pois é 
através dele que observamos as dificuldades e as fragilidades da logística, como já 
vimos anteriormente, a configuração dos aspectos do produto, seu tipo de venda e 
por que canal e etc. impacta todo o processo, causando prejuízo. 
Naturalmente quando desenvolvemos o gerenciamento de toda a cadeia de 
suprimentos, observamos que a logística de produção abrange a logística de 
suprimentos contando com toda a administração de matérias, como também sua 
movimentação. E a logística de distribuição está totalmente integrada como 
observamos no quadro abaixo: 
 
Logística e Distribuição 
 
68 
 
Centralização x Descentralização de CD´s 
 
Indutores da Centralização 
 Maior abrangência geográfica; 
 Exigência baixa de velocidade; 
 Valor agregado alto do produto; 
 Baixo giro de estoque do produto; 
 Transporte de alto desempenho e valor. 
Indutores da Descentralização 
 Menor abrangência geográfica; 
 Exigência alta de velocidade; 
 Valor agregado baixo do Produto; 
 Alto giro de estoque do produto; 
 Baixo desempenho do transporte. 
 
Centralização 
Vantagens: 
Menores níveis de estoque de segurança; 
 Menor overhead coast – menor número de staff; 
Economias de escala; 
Maior visibilidade e controle. 
Desvantagens: 
Maiores prazos de entrega; 
Maiores custos de distribuição; 
Pode ser tornar muito grande para ser gerenciado efetivamente. 
Logística e Distribuição 
 
69 
Descentralização 
Vantagens: 
Menores prazos de entrega; 
Melhor serviço; 
Maior proximidade do Cliente; 
Menores custos de distribuição. 
Desvantagens: 
Maiores estoques de segurança; 
Maiores overhead coast – maior número de staff; 
Limitada economia de escala. 
 
 
 
Logística e Distribuição 
 
70 
Não podemos nos esquecer de que estas decisões se baseiam em custos, 
como falamos anteriormente, pois o custo de estoque é fator primordial para a sua 
manutenção no planejamento da empresa. 
Há alguns critérios de avaliação de estoques, podemos considerar quatro 
critérios usualmente utilizados, sendo eles: 
 PEPS (primeiro a entrar, primeiro a sair) / FIFO; 
 UEPS (último a entrar, primeiro a sair) / LIFO; 
 Preço médio ponderado. 
 Custo Padrão (Standard Cost) 
Além destes critérios, devemos utilizar uma técnica de reposição de estoques, 
fator que influência não somente a distribuição, mas também a produção. 
Análise de Trade off entre Custos: Exemplo 
CD com demanda anual média de 500 unidades. Considerar 2 políticas de 
estoques: 
1 - Enviar 10 carregamentos com 50 unidades ao longo do ano 
2 – 500 unidades enviadas de uma só vez 
 
Fonte: Autor 
Sendo assim, quais as vantagens e desvantagens de cada política alternativa? 
Conhece-se Custo Unitário de Aquisição por Produto (Caq), Custo Fixo de cada 
Viagem ou Ressuprimento (CTR), Número de Viagens (NV) e Taxa de Oportunidade 
de Capital (i) 
Logística e Distribuição 
 
71 
Qual é a melhor? 
Política 1: Custos: estoque menor, transporte maior; 
Política 2: Custos: estoque maior, transporte menor. 
Critérios para Reposição dos Estoques 
Revisão Contínua: há um acompanhamento do estoque de forma contínua, e 
quando o pedido de lote atinge certo nível é solicitada a reposição. 
 
Revisão Periódica: este é verificado com certa periodicidade, e esta regularidade 
visa elevar ao nível especificado. 
 
 
Logística e Distribuição 
 
72 
 
Tipos de Centros de Distribuição 
 
Centros

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