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445 Multiplicação e divisão por 10, 100, 1000,... Na multiplicação de um número decimal por 10, cada algarismo se desloca uma posição para a esquerda; multiplicando um número decimal por 100, cada algarismo se desloca duas posições para a esquerda e assim por diante. (a) 7,4 x 10 = 74 (b) 7,4 x 100 = 740 (c) 7,4 x 1000 = 7400 Na divisão de um número decimal por 10, cada algarismo se desloca uma posição para a direita; dividindo um número decimal por 100, cada algarismo se desloca duas posições para a direita e assim por diante. (a) 247,5 ÷ 10 = 24,75 (b) 247,5 ÷ 100 = 2,475 (c) 247,5 ÷ 1000 = 0,2475 1 – Resolva utilizando a regra de multiplicação e divisão por 10, 100, 1000 ... Unidades de Medidas Unidade Símbolo Equivalência MASSA Miligramas mg Gramas g 1g = 1000mg Kilogramas / Quilogram as Kg 1Kg = 1000g Toneladas T 1T = 1000Kg Regra de três Transforme 5 Kg em gramas: 1 Kg ________ 1000g 5 Kg_________ X 1. X = 5.1000 X = 5000 g a) 2 x 10= b) 12 x 100= c) 41x 1000= d) 3,5 x 10= e) 3,5 x 100= f) 3,5 x 1000= g) 2,35 x 10= h) 2,35 x 100= i) 3,427 x 10 = j) 3,427 x 100= k) 3,427 x 10000= l) 84,07 x 10= m) 0,01 x 10= n) 0,01 x 100= o) 0,01 x 1000= p) 0,123 x 10= q) 0,123 x 100= r) 0,123 x 1000= s) 0,123 x 10000= t) 0,001x 100= u) 0,001 x 10000= a) 2 : 10= b) 8 : 100= c) 12 : 10= d) 12 : 100= e) 2: 1000= f) 23 : 10= g) 23 : 100= h) 23 : 1000= i) 2,3 : 10= j) 2,3 : 100= k) 324,5 : 10= l) 324,5 : 100= m) 324,5 : 1000= n) 1 : 10000= o) 88,5 : 10= p) 88,5 : 100= q) 88,5 : 1000= r) 3000: 10= s) 3000 : 1000= t) 3000 : 10000= u) 450 : 100= v) 670 : 100= w) 67 : 100= x) 67 : 1000= y) 262:100= 446 Exercícios 1 – Realize as transformações abaixo: a) 3 Km em metros b) 2 m3 em litros c) 2 h tem quantos minutos? d) Quantos gramas tem em 7 Kg? e) Quantos minutos tem em 1,5 h? f) Quantos ml cabem em 3 L? g) Quantos metros tem em 30 cm? h) Quantos Litros cabem numa caixa d´água de 3 m3? i) Quantos segundos tem em 2,5 minutos? j) Quantos segundos tem em 5 h? 2 – Um aquário tem o formato de um paralelepípedo retangular, de largura 50 cm, comprimento 32 cm e altura 25 cm. Para encher 3/4 dele com água, quantos litros de água serão usados? a) 0,03 l b) 0,3 l c) 3 l d) 30 l 3 – Preciso colocar arame farpado em volta de um terreno retangular que mede 0,2 km de largura e 0,3 km de comprimento. Quantos metros de arame farpado devo usar? a) 500 m b) 600 m c) 1000 m d) 60000 m Cinemática Escalar A Física objetiva o estudo dos fenômenos físicos por meio de observação, medição e experimentação, permite aos cientistas identificar os princípios e leis que regem estes fenômenos e fazer as generalizações que são a base para invenções capazes de mudar o percurso da história da humanidade. A física pode ser dividida, para fins didáticos, em 5 tópicos: Mecânica, Termologia, Óptica, Ondulatória e Eletromagnetismo. Neste caso estudaremos a Mecânica, que se divide em três tópicos: Cinemática – Estudo dos movimentos; exploração de conceitos básicos como posição, velocidade e aceleração. Dinâmica – Análise do conceito de força e sua relação com o movimento; estudo de algumas forças peculiares, até chegar ao conceito de trabalho e energia. Estática – Que é o estudo dos corpos em repouso. Características: Ponto Material – No enunciado de temas e questões de física é comum à expressão ponto material: “... o ponto material se desloca com v = 2 m/s...”. Qual o significado dessa expressão? Qual a sua utilidade? A idéia física de ponto material é a de um corpo cujas dimensões possam ser desprezadas em relação a outras dimensões envolvidas no fenômeno que se esteja examinando. Referencial – É o lugar onde está localizado de fato um observador em relação ao qual um dado fenômeno (como um corpo em movimento) está sendo analisado. Por exemplo, quando o movimento é analisado a partir de um referencial preso à Terra, imaginemos um observador ligado à ela e nos transmitindo as imagens do fenômeno como ele o vê. Movimento e repouso – Um corpo está em movimento em relação a um dado referencial quando as sucessivas posições ocupadas pelo corpo, em relação a esse referencial, se modificam no decorrer do tempo. Caso contrário, dizemos que o corpo está em repouso em relação a esse mesmo referencial. Trajetória – Corresponde à linha geométrica descrita por um ponto material ao se deslocar em relação a um dado referencial. A forma assumida pela trajetória depende do referencial adotado. Unidade Símbolo Equivalência Compriment o Milímetro mm Centímetro cm 1 cm = 10 mm Metro m 1 m = 100 cm Kilômetro / Quilômetro Km 1 Km = 1000 m Unidade Símbolo Equivalência TEMPO Hora h 1 h = 60 min Minuto min. 1 minuto = 60s Segundo s Unidade Símbolo Equivalência VOLUME Metro cúbico m3 1m3 = 1000L Decímetr o cúbico dcm3 1 dcm3 = 1L Centímet ro cúbico cm3 1 cm3 = 1ml Litro L 1L = 1000 ml Mililitro ml 1 ml = 1cm3 Ou seja! Consideramos na prática, movimento quando o corpo se aproxima ou se distancia do ponto referencial. E repouso quando o corpo não se aproxima e nem se distancia do referencial. 447 Variação – Variação na Física são os valores estudados em questão. Se dissermos que um certo corpo percorre uma certa distância, isso significa que houve uma variação em sua posição. Se dissermos que este mesmo corpo percorre essa certa distância, ele a percorre em um determinado tempo, isso significa que houve uma variação no tempo em que ocorreu esta trajetória. Usamos a letra grega ∆ (Delta). No espaço inicial S0, é acionado o relógio e se registra o tempo inicial t0. Mais à frente, quando esse mesmo móvel passar pelo espaço final S, novamente se observa o relógio e anota-se o tempo final t. De posse desses dados é possível calcular o deslocamento escalar do móvel, que será o espaço final menos o espaço inicial, e o intervalo de tempo decorrido, que será o tempo final menos o tempo inicial. Exercícios 1. (CESGRANRIO - Adaptado) Um trem se desloca numa estrada retilínea com velocidade constante de 80km/h. Ao passar por uma estação, um objeto, inicialmente preso ao teto do trem, cai. Descreva a trajetória do objeto, vista por um passageiro parado dentro do trem. 2. (UFU-MG - Adaptado) De um avião que voa de leste para oeste com velocidade constante, abandona-se uma bomba. Despreze o atrito com o ar e esboce a trajetória da bomba quando vista: a) em relação a um observador fixo no solo b) em relação a um observador no avião 3. Um ônibus está andando à velocidade de 40 km/h. Seus passageiros estão em movimento ou repouso? Por que? 4. Uma pessoa, em um carro, observa um poste na calçada de uma rua, ao passar por ele. O poste está em repouso ou em movimento? Explique. 5. Joaquim mora em uma casa localizada em uma rodovia federal, que por sua vez, está situada no Km 36 desta rodovia. Ele pretende chegar em sua escola, que está localizada no Km 41 da mesma rodovia. Quantos Km Joaquim terá que percorrer até chegar em sua escola? a) 10 Km b) 3 Km c) 7,5 Km d) 5 Km e) 1 Km 6. Rita sai de casa às 10h e chega na cidade de Alegre às 16h30min. A variação de tempo, em que Rita demora pra ir de sua casa à Alegre é de: a) ∆t = 6,5h b) ∆t = 3h c) ∆t = 2,5 d) ∆t = 10h e) ∆t = 2 h 7. (Uniube-MG) Considere a seguinte situação: um ônibus movendo-se por uma estrada, e duas pessoas, uma, A, sentada no ônibus, e outra, B, parada na estrada, ambas observandouma lâmpada fixa no teto do ônibus. A diz: “A lâmpada não se move em relação a mim”. B diz: “A lâmpada está se movimentando, uma vez que que ela está se afastando de mim.” Nessas circunstâncias, marque a opção correta: a) A está errada e B está certa b) A está certa e B está errada c) Ambas estão erradas d) Ambas estão certas, cada um em seu ponto de vista e) Nenhum dos dois condiz com a realidade 448 Velocidade Escalar Média Imaginemos uma formiga em movimento e um homem andando sem correr. Qual deles é o mais rápido? Certamente o homem é o mais rápido, pois, num mesmo intervalo de tempo, o homem percorrerá uma distância muito maior do que a percorrida pela formiga. Em vez de dizer que o homem é o mais rápido, podemos dizer que a velocidade do homem é maior do que a velocidade da formiga. A velocidade escalar média é a relação entre o deslocamento escalar (∆S) e o correspondente intervalo de tempo (∆t) No Sistema Internacional (SI), a unidade de velocidade é metro por segundo (m/s). É também muito comum o emprego da unidade quilômetro por hora (km/h). Pode-se demonstrar que 1 m/s é equivalente a 3,6 km/h. Assim temos: Este tipo de movimento possui duas características: Movimento Progressivo – Acontece quando a velocidade escalar é positiva, significa que o móvel se desloca a favor da orientação da trajetória. Movimento Retrógrado – Acontece quando a velocidade escalar é negativa, significa que o móvel se desloca contra a orientação da trajetória. Exercícios 1. (UFMS) A velocidade escalar média de um atleta que corre 100 m em 10s é, em km/h: a) 3 b)18 c) 24 d) 30 e) 36 2. Uma minhoca percorre uma distância de 60 centímetros em 1 minuto. Nessas condições, a velocidade média dessa minhoca foi de: a) 0,01 m/s b) 0,1 m/s c) 1 m/s d) 0,3 m/s e) 0,002 m/s 3. Em uma maratona, vários atletas de vários países, percorrem uma distância de aproximadamente 42 km. Se Jair, um capixaba, fizer esse trajeto em 3 horas e meia, sua velocidade escalar média será de: a) 15 Km/h b) 12 Km/h c) 10 Km/h d) 13 Km/h e) 20 Km/h 4. (IFES) O Explorador Marcel Pretre percorreu com sua equipe uma distância de 33 km a pé no interior da mata para encontrar uma tribo de pigmeus. Sabendo que ele gastou quatro horas e trinta minutos para percorrer os 33 km, determine a velocidade média aproximada do explorador na caminhada até a tribo. a) 3,7 km/h. b) 4,6 km/h. c) 5,5 km/h. d) 6,4 km/h. e) 7,3 km/h. 5. Uma pessoa percorre a pé 600 metros em 10 minutos. Determine a velocidade média dessa pessoa em m/s em km/h: a) 5 m/s e 18 Km/h b) 1 m/s e 3,6 Km/h c) 2 m/s e 7,2 Km/h d) 3 m/s e 10,8 Km/h e) 10 m/s e 36 Km/h 6. (IFES) Um aluno saiu do IFES às 12h40min e chegou em casa às 13h25min. Sabendo que a distância do IFES à sua casa é de 13,5 km, a velocidade média do aluno nesse percurso é: a) 3,0 m/s b) 4,0 m/s c) 5,0 m/s d) 9,0 m/s e) 18,0 m/s 7. (IFES) O Explorador Marcel Pretre percorreu com sua equipe uma distância de 33 km a pé no interior da mata para encontrar uma tribo de pigmeus. Sabendo que ele gastou quatro horas e trinta minutos para percorrer os 33 km, determine a velocidade média aproximada do explorador na caminhada até a tribo. a) 3,7 km/h. b) 4,6 km/h. c) 5,5 km/h. d) 6,4 km/h. e) 7,3 km/h. 8. (IFES) Maomé saiu às 14 horas e 10 minutos de sua tribo para visitar uma tribo vizinha. Na viagem, percorreu 18 km e chegou ao seu destino às 18 horas e 40 minutos. A velocidade média de Maomé 449 em sua viagem de 18 km da sua tribo à tribo vizinha foi, em km/h, igual a: a) 2,0 b) 3,0 c) 4,0 d) 5,0 e) 6,0 9. Ao fazer uma viagem de 600 km uma turma de alunos do IFES alugou um ônibus. Após 5 horas na estrada fizeram uma parada para almoçar, depois de 1 hora reiniciaram a viajem. Devido a um acidente, a estrada ficou bloqueada, por isso ficaram parados durante 2 horas. Após a liberação da estrada, viajaram por mais 4 horas, chegando, finalmente, ao destino. Qual foi a velocidade média desenvolvida pelo ônibus, durante essa viagem? a) 40 km/h b) 50 km/h c) 60 km/h d) 75 km/h e) 80 km/h. 10. Um automóvel passou pelo km 28 de uma rodovia às 12 h. Em seguida, passou pelo km 208 da mesma rodovia, às 14 h. Qual foi a velocidade média do automóvel entre os dois pontos, em km/h e em m/s? a) 90 Km/h e 20 m/s b) 100 Km/h e 25 m/s c) 90 Km/h e 25 m/s d) 80 Km/h e 15 m/s e) 100 Km/h e 30 m/s 11. As cidades de Vitória, no Espírito Santo, e Salvador, na Bahia, estão separadas por 1200 km, aproximadamente. Um automóvel sai de Vitória às 6 h, com destino a Salvador. Durante o trajeto o motorista para por 1 h, para reabastecimento e lanche. Às 21 h ele chega a Salvador, tendo gastado na viagem 100 litros de combustível. Determine a velocidade média em toda viajem e o consumo médio do combustível, em km/L: a) 80 Km/h e 12 Km/L b) 100 Km/h e 20 Km/L c) 80Km/h e 10 Km/L d) 70 Km/h e 15 Km/L e) 90 Km/h e 10 Km/L 12. Um jogador de futebol, ao receber uma bola sozinho no meio de campo, corre em direção ao gol, com uma velocidade constante e igual a 8 m/s. Isso significa que ele correu: a) 30,0 Km/h b) 24,1 Km/h c) 28,8 Km/h d) 29,7 Km/h e) 20,8 Km/h 13. Na mesma situação do exercício num. 12, o mesmo jogador chuta a bola e ela adquiri uma velocidade de 108 Km/h. A velocidade da bola, em m/s, será de: a) 10 m/s b) 15 m/s c) 20 m/s d) 25 m/s e) 30 m/s Movimento Retilíneo Uniforme O Movimento Retilíneo Uniforme (M.R.U.) é um tipo de movimento, que como seu próprio nome já diz, existe uma grandeza física associada a este movimento que irá manter seu valor constante, ou seja, não irá alterar seu valor. Essa grandeza física comentada acima é a velocidade. Isso ocorre pelo fato de que neste tipo de movimento, não existir a aceleração. Função Horária da Posição Neste tipo de movimento, assim como em qualquer movimento estudado, a posição do corpo em questão estará sempre em função do tempo. Vamos analisar um simples exemplo de um carro que viaja com uma velocidade constante igual a 30 m/s, saindo do ponto zero. Sua velocidade tem um valor constante, nunca irá mudar. O ponto inicial da trajetória também não muda, é o ponto zero e sempre será assim. Dois valores iram mudar nesta situação, o primeiro valor será o da distância percorrida, o segundo valor será o do tempo. Desde o início de sua trajetória, se o carro andar durante 5 segundos, ele irá percorrer 150 metros. Se ele andar durante 20 segundos, ele irá percorrer 600 metros. Isso sugere que o espaço final percorrido pelo automóvel sempre estará de acordo com o tempo que ele andou, ou seja, a distância percorrida por um corpo está em função do tempo. A Função Horária da Posição é dada pela fórmula: 450 Movimento Progressivo e Retrógrado O conceito de movimento progressivo e retrógrado vale para qualquer tipo de movimento que está sendo estudado. Este conceito é analisado através do referencial que está sendo utilizado. Vejamos alguns exemplos: Neste primeiro exemplo, o corpo parte da posição 1 (So = 1 m) e chega a posição 4 (S = 4 m). Portanto, a variação do espaço deste corpo foi positiva. ∆S = S – So ∆S = 4 – 1 ∆S = 3 m Portanto, quando a variação do espaço que um corpo percorreu, é positiva, dizemos que este movimento é progressivo. Já no segundo exemplo, o corpo parte da posição 2 (So = 2 m) e chega a posição -2 (S = -2 m). Portanto, a variação do espaço deste corpo foi negativa. ∆S = S – So ∆S = -2 – 2 ∆S = -4 m Portanto, quando a variação do espaço que um corpo percorreu, é negativa, dizemos que este movimento é retrógrado. Movimento Progressivo – Quando o sentido do movimento coincide com o sentido adotado para a trajetória. A velocidade escalar é positiva. Movimento Retrógrado – Quando o sentido do movimentoé contrário ao sentido adotado para a trajetória. A velocidade escalar é negativa. Gráfico da Posição No M.R.U. Como foi dito no início deste capítulo, a velocidade no M.R.U. é constante e o espaço percorrido por um corpo está em função do tempo. O gráfico do M.R.U. nasce a partir da Função Horária da Posição e como foi dito, é um gráfico da Posição (S) em função Tempo (t): Como podemos observar no gráfico, a reta crescente em questão representa a posição do corpo em um determinado tempo. Podemos dizer que a reta crescente, é a reta que representa a Função Horária da Posição no MRU (S = So +v.t). No estudo do gráfico do M.R.U., podemos relacionar o comportamento do gráfico, com os movimentos progressivo e retrógrado. Quando a reta é crescente (assim como no gráfico acima), o movimento será progressivo, até porque a variação do Espaço é positiva. Já quando a reta é decrescente, o movimento será retrógrado, porque a variação do espaço é negativa (como mostra o gráfico abaixo): 451 Exercícios 1. O gráfico da função horária S = v . t, do movimento uniforme de um móvel, é dado ao a seguir. Pode-se afirmar que o móvel tem velocidade constante, em m/s, igual a: a) 4 b) 2 c) 0,10 d) 0,75 2. O gráfico a seguir representa a velocidade escalar de um móvel durante 15 s de movimento. Com base no gráfico é correto afirmar que: a) o móvel está parado entre os instantes 5,0 s e 10 s. b) o movimento do móvel é sempre acelerado. c) o móvel muda de sentido nos instantes 5,0 s e 10 s. d) a velocidade escalar média do móvel foi de 15m/s. e) o móvel percorreu 100 m nos primeiros 5,0 s. 3. Observe o gráfico abaixo. Associe os pontos 1, 2 e 3 com as figuras A, B e C. 4. Uma meia maratona é uma corrida que na qual, os atletas percorrem uma distância igual à metade de uma maratona (aproximadamente 21 Km). Um atleta em média, para não forçar muito seu organismo, faz todo o percurso com uma velocidade constante igual a 4 m/s. Marque a opção que melhor se adapta com a situação acima: a) A situação acima não convém, até porque os atletas das maratonas param para poder se hidratar. b) A situação acima não convém, até porque é humanamente impossível um atleta chegar a uma velocidade de 4 m/s. c) A situação acima está contida no Movimento Retilíneo Uniforme, pois a velocidade do atleta não varia. d) A situação acima está contida no Movimento Retilíneo Uniformemente Variado, pois existe aceleração. e) Todas as opções acima estão erradas. 5. Um estudante em um dia de estudo, notou que uma pequena formiga caminhou sobre uma régua, que estava localizada em sua mesa. Logo quando o jovem a viu, ela estava localizada na posição 24 cm e chegou até a posição 10 cm em 2 segundos. Das opções abaixo, marque a opção que melhor representa a Função Horária da Posição: a) S = 0,33 + 4.t b) S = 0,24 -0,07.t c) S = 24 – 7.t d) S = 13 +0,07.t e) S = 0,005 – 21.t 6. Dois corpos, I e II, se deslocam sobre a mesma trajetória, obedecendo às funções horárias S1 = 5 – 4.t e S2 = -10 + t, com todos os valores no SI. Determine o instante que os dois corpos se encontram: a) 10 segundos b) 8 segundos c) 6 segundos d) 3 segundos e) Os corpos não se encontram 7. A função horária, no SI, de uma rã em Movimento Retilíneo Uniforme é S = 8 + 4.t. Determine a posição da rã para t = 2 minutos: a) 403 m b) 10 m c) 17 m d) 526 m e) 488 m 8. Em relação à questão número (7), determine em quanto tempo a rã chegará à posição 1 Km: a) 248 segundos b) 348 segundos c) 671 segundos d) 123 segundos e) 369 segundos 452 9. Em uma corrida de cães, o movimento de três cães foi estudado. O primeiro cão obedece à função horária S1 = 10 + 10t. O segundo cão obedece à função horária S2 = 10 + 15.t. Já o terceiro cão, obedece à função horária S3 = 10 + 20.t. Determine em qual instante os três cães se encontram: a) 24,7 segundos b) 23,2 segundos c) 26,9 segundos d) 22,1 segundos e) Os cães não se encontram 10. Um automóvel parte do Km 300 e chega ao Km 200. Determine a variação do espaço percorrido pelo automóvel e classifique o movimento como progressivo ou retrógrado: a) ∆S = 100 Km, Progressivo b) ∆S = - 100 Km, Progressivo c) ∆S = -100 Km , Retrógrado d) ∆S = 100 Km, Retrógrado e) ∆S = 150 Km, Retrógrado 11. Para certo movimento, o produto da velocidade pelo tempo é negativo. Tal movimento é: a) Uniforme b) Retrógrado c) Progressivo d) Acelerado e) Variável No gráfico abaixo, temos os dados obtidos durante o movimento simultâneo de dois carros, A e B. O gráfico será utilizado para a resposta das questões 11 – 13: 12. Determine a velocidade de cada móvel: a) Va = 1,0 m/s e Vb = 2,0 m/s b) Va = 2,0 m/s e Vb = 2,0 m/s c) Va = 3,0 m/s e Vb = 5,0 m/s d) Va = 0,2 m/s e Vb = 1,2 m/s e) Va = 1,2 m/s e Vb = 1,0 m/s 13. Determine o instante em que há ultrapassagem entre eles: a) t = 1 minuto b) t = 55 segundos c) t = 50 segundos d) t = 1,5 minuto e) t = 0,5 minuto 14. Determine a posição em que ocorre essa ultrapassagem: a) S = 60 metros b) S = 50 metros c) S = 40 metros d) S = 30 metros e) S = 20 metros 15. Uma lebre correndo por uma planície descreve uma função horária igual a S = 30 + 5.t. Dentre os gráficos abaixo, marque a opção que melhor descreve o movimento da lebre: 453 16. O motor de um barco lhe imprime uma velocidade (relativa à água) vB = 20 km/h, descendo o rio. Nesse rio existe uma correnteza com velocidade vC = 10 km/h. Quanto tempo o barco gasta para viajar entre duas cidades situadas na mesma margem e distanciadas em 180 km? a) 2,0 h b) 3,0 h c) 6,0 h d) 9,0 h e) 18 h 17. Em 1981, a Companhia Ferroviária Britânica lançou o TAP ( Trem Avançado de Passageiros. Ele chega a fazer 250 km/h . A viagem de 900 km entre Londres e Glasgow, na Escócia, é feita agora em apenas 4 horas. Considerando que um cavalo viaja a 30 km/h, quanto tempo durará a viagem? a) 20 horas b) um dia c) dois dias d) 30 horas e) o cavalo morre antes 18. Viajando entre duas cidades, usualmente um veículo gasta aproximadamente 150 minutos, desenvolvendo assim uma velocidade média de 90 km/h. Num dia de tráfego mais intenso esse percurso demorou 3 horas. Neste caso, a velocidade média do veículo, em km/h, foi igual a: a) 60. b) 65. c) 70. d) 75. e) 80. 19. Antes de iniciar os exercícios, em aparelhos de musculação, é recomendável que se faça um aquecimento. Numa academia de musculação um dos melhores exercícios de aquecimento é uma boa caminhada numa esteira. Uma pessoa pretende fazer um aquecimento, durante 10 minutos, regulando a velocidade da esteira para 6,0 km/h. Ao final do período, sua caminhada corresponde a uma distância de: a) 100 m b) 200 m c) 500 m d) 600 m e) 1000 m 20. A imprensa pernambucana, em reportagem sobre os riscos que correm os adeptos da "direção perigosa", observou que uma pessoa leva cerca de 4,0 s para completar uma ligação de um telefone celular ou colocar um CD no aparelho de som de seu carro. Qual a distância percorrida por um carro que se desloca a 72 km/h, durante este intervalo de tempo no qual o motorista não deu a devida atenção ao trânsito? a) 40 m b) 60 m c) 80 m d) 85 m e) 97 m 21. Um atleta caminha com uma velocidade de 150 passos por minuto. Se ele percorrer 7,2 km em uma hora, com passos de mesmo tamanho, qual o comprimento de cada passo? a) 40 cm b) 60 cm c) 80 cm d) 100 cm e) 120 cm Movimento Retilíneo Uniformemente Variado Podemos dizer que o Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (MRUV) é a “continuação” do MRU. Uma nova grandeza física será fundamental para que possamos estudar o MRUV. Tal grandeza é a aceleração média que é expressa pela fórmula: Ou seja, a aceleração média é uma razão da variação da velocidade (∆v) pela variaçãodo tempo. 454 Obs.: Assim como no MRU, a velocidade é constante, no MRUV a aceleração é constante. Nesse caso a velocidade varia. Exemplo: Um carro está parado em um sinal de trânsito. Quando o sinal fica verde, o carro acelera e atinge uma velocidade de 30 m/s em 10 segundos. Nessa situação, determine a aceleração média adquirida pelo carro. Resolução: Uma vez que o carro está parado, a velocidade inicial do carro é zero (vo = 0 m/s). No problema ele disse que o carro chega a uma velocidade de 30 m/s, que no caso será o valor da velocidade final. Com isso, a variação da velocidade do carro será: ∆v = v – vo ∆v = 30 - 0 ∆v = 30 m/s No enunciado, foi dito que o carro adquiriu tal velocidade em 10 segundos. Neste caso a variação do tempo será 10 segundos. Com isso, jogamos os valores na fórmula e obtemos o resultado: am = ∆v/∆t am = 30/10 am = 3 m/s² Função da Velocidade No MRUV Podemos obter a função da velocidade escalar no MRUV aplicando o conceito de aceleração escalar média. Assim, sendo vo a velocidade escalar inicial (no instante to = 0) e v a velocidade escalar num instante posterior t, temos: Dentro desta nova função que estamos estudando, existem dois tipos de movimento: Acelerado e Retardado. Movimento Acelerado: É aquele que no qual a velocidade escalar do corpo é positiva e a aceleração do mesmo também é positiva. Movimento Retardado: É aquele que no qual a velocidade escalar do corpo é negativa e a aceleração do mesmo é positiva. Gráfico da Velocidade no M.R.U.V. Como vimos acima, a função horária da velocidade no MRUV é dada por um função matemática do primeiro grau. Se compararmos esta função com a Função Horária da Posição no MRU, veremos que quem varia no MRUV é a velocidade em função do tempo. Portanto, o gráfico da velocidade no MRUV também será uma reta: Uma notória observação que deve ser feito no estudo do gráfico da velocidade no MRUV, é que quando a reta é crescente (assim como no gráfico acima) a aceleração escalar é positiva. Caso contrário, se a reta é decrescente, a aceleração escalar é negativa. 455 Obs.: Quando temos o gráfico da velocidade no MRUV, podemos obter o valor da distância percorrida pelo corpo em questão, basta calcular a área ocupada pelo gráfico. Exemplo: Um atleta de porte médio, ao participar de uma prova de revezamento de bastão, precisa seguir um padrão para se dar bem na competição. Tal padrão está expresso na seguinte função horária da velocidade no SI: v = 4 + 0,2.t Para completar a prova, o atleta demora 15 segundos até chegar à linha de chegada. Calcule quantos metros nosso atleta percorreu. Resolução: Primeiro de tudo, vamos desenhar o gráfico da função que nos foi dada: Ele nos pediu, qual é a distância percorrida pelo atleta em 15 segundos. Se colocarmos os 15 segundos na fórmula, notaremos que 15 segundos após o início da corrida, ele atinge uma velocidade de 7 m/s: v = 4 + 0,2.t (com t = 15 s) v = 4 + 0,2.15 v = 4 + 3 v = 7 m/s Encontrando valor da velocidade final do atleta, conseguiremos calcular a área da figura geométrica que aparece no gráfico. A figura que ali aparece, é um Trapézio. Para calcular a área de um trapézio, utilizar a seguinte fórmula: Área = (Base maior + Base menor).Altura 2 Notamos que a base maior do trapézio é 7, a menor é 4 e a altura do trapézio é 15, portanto: Área = (7 + 4). 15 2 Área = 11.15 2 Área = 165 2 Área = 82,5 Se a área do trapézio é igual a 82,5, então o atleta em questão percorreu ∆S = 82,5 metros. Gráfico da Função Horária da Posição no M.R.U.V. Como no MRUV a velocidade varia em função do tempo, o gráfico da posição em função do tempo, será de uma equação do segundo grau: Assim como nos gráficos dos movimentos que já vimos, o gráfico da função horária da posição no MRUV tem certas características: Aceleração Escalar Positiva = Concavidade para cima. Aceleração Escalar Negativa = Concavidade para baixo. 456 O vértice da parábola (ponto máximo ou mínimo) corresponde ao instante em que a velocidade escalar do móvel se anula, isto é, ao instante em que o móvel muda de sentido. Até o instante de mudança de sentido o movimento é retardado; após o intante de mudança de sentido, o movimento é acelerado. Isso nos dois casos Equação de torricelli no MRUV Neste capítulo, vimos dois tipos de função: A função horária da velocidade no MRUV e a função horária da posição no MRUV. A Equação de Torricelli foi descoberta por Evangelista Torricelli para encontrar a velocidade final de um corpo em Movimento retilíneo uniformemente variado sem conhecer o intervalo de tempo em que este permaneceu em movimento. Para isso, Torricelli teve que literalmente juntar as duas funções: Exercícios 1. Um motorista seguindo em uma estrada avista um sinal vermelho, com isso ele começa a frear. Quando a velocidade de seu carro chega a 10 m/s o sinal fica verde, então o motorista acelera seu carro chegando a uma velocidade de 25 m/s em 15 segundos. Determine qual foi a aceleração escalar média do carro do motorista, desde o instante que o sinal fica verde até quando ele chega na velocidade de 25 m/s: a) 7 m/s² b) 5 m/s² c) 4 m/s² d) 2 m/s² e) 1 m/s² 2. Um rato traiçoeiro, planeja roubar uma bela fatia de queijo em um mercado. O rato estava parado quando começou a correr. Ele atingiu a uma velocidade de 10 m/s e acelerou 2 m/s². A opção que indica em quanto tempo o rato chegou ao queijo é: a) 15 segundos b) 10 segundos c) 5 segundos d) 3 segundos e) 2 segundos 3. A velocidade de uma galinha varia com o tempo desde o instante zero, segundo a tabela abaixo: t(s) 0 1 2 3 4 v(m/s) 3 7 11 15 19 A função da velocidade em função do tempo que melhor descreve o movimento da galinha é de: a) v = 4 + 2.t b) v = 3 + 4.t c) v = 1 – 4.t d) v = 2.t e) v = - 2.t 4. Um carro de corrida parte do repouso e, após 20 segundos, sua velocidade é 60 m/s. Sabendo-se que a aceleração do carro se manteve constante, determine a velocidade do carro para t = 7 s: a) 15 m/s b) 17 m/s c) 19 m/s d) 21 m/s e) 23 m/s A função abaixo mede a velocidade de uma pedra em MRUV para t > 0 e será utilizado para a resposta das questões 5 – 8: v = 5 + 10.t 5. Determine a velocidade inicial e a aceleração da pedra: a) 5 m/s e 10 m/s² b) 10 m/s e 5 m/s² c) 0 m/s e 0 m/s² d) 5 m/s e 0 m/s² e) 0 m/s e 5 m/s² 6. Determine a velocidade da pedra para t = 6 s: a) v = 65 m/s b) v = 60 m/s c) v = 55 m/s d) v = 50 m/s e) v = 45 m/s 7. Determine em quanto tempo a pedra chega a velocidade v = 75 m/s: a) t = 1 minuto b) t = 0,5 minuto c) t = 0,2 minuto d) t = 7 segundos e) t = 10 segundos 457 8. Determine a variação da velocidade da pedra nos primeiros 10 segundos: a) ∆v = 100 m/s b) ∆v = 90 m/s c) ∆v = 80 m/s d) ∆v = 70 m/s e) ∆v = 60 m/s 9. Considere o gráfico da velocidade em função do tempo abaixo: A função horária deste movimento e a característica do mesmo são: a) v = 30 + 6.t , Movimento Retardado b) v = 30 - 6.t , Movimento Retardado c) v = 5 – 30.t , Movimento Acelerado d) v = 5.t , Movimento Acelerado e) v = - 5.t , Movimento Acelerado 10. Um carro está parado em um sinal de trânsito, quando o sinal abre, ele é acelerado e adquire velocidade. Este movimento é caracterizado por: a) Movimento Progressivo b) Movimento Retrógrado c) Movimento Periódico d) Movimento Acelerado e) Movimento Retardado 11. Um carro em movimento avista um sinal vermelho e começa a frear. O ato de frenagem de um automóvel é basicamente o ato de desaceleração do mesmo. Este movimento é caracterizado por: a) Movimento Progressivo b) Movimento Retrógrado c) Movimento Periódico d) Movimento Acelerado e) MovimentoRetardado 12. Um remador tem seu desempenho estudado por seu treinador. O treinador anotou seus dados e os colocou em um gráfico da velocidade em função do tempo expressos no SI: Nessas condições, a opção que melhor indica a variação de espaço percorrido pelo atleta foi de: a) ∆S = 1 Km b) ∆S = 0,7 Km c) ∆S = 0,4 Km d) ∆S = 0,2 Km e) ∆S = 0,1 Km 13. Um móvel realiza um movimento no MRUV obedecendo a função horária da posição S = 18 – 9.t + t². Determine qual será a posição do móvel no instante 10 segundos: a) S = 28 m b) S = 30 m c) S = 32 m d) S = 34 m e) S = 36 m 14. Em relação à questão anterior, determine o espaço inicial, a velocidade inicial e a aceleração do móvel, respectivamente: a) So = 18 m vo = 9 m/s a = 2 m/s² b) So = 20 m vo = 2 m/s a = 3 m/s² c) So = 18 m vo = -9 m/s a = 2 m/s² d) So = 24 m vo = -9 m/s a = 18 m/s² e) So = 9 m vo = 0 m/s a = 2 m/s² 15. Observe o gráfico da função da posição em função do tempo no MRUV: Em relação ao gráfico, indique qual foi o instante que a velocidade foi zero: a) t = 4 s b) t = 16 s c) t = 10 s d) t = 0 s e) t = -4 s 458 16. Em uma pista de boliche, a pista mede 100 metros. Um jogador joga a bola, a partir do repouso e ela adquiri uma aceleração de 0,5 m/s². A velocidade que a bola chega aos pinos é de: a) v = 150 m/s b) v = 100 m/s c) v = 50 m/s d) v = 20 m/s e) v = 10 m/s Queda Livre Como vimos no capitulo anterior, o Movimento Retilíneo Uniformemente Variado só existe porque há uma variação da velocidade do corpo devido à aceleração. Mas quando vimos este movimento no capítulo anterior, estudamos movimentos apenas na horizontal. Será que os movimentos na vertical nos dão algo a mais? A resposta é sim! Por exemplo, pegue um lápis, levante-o e solte-o. Você irá perceber que inicialmente o lápis estará parado (v0 = 0) e instantes antes dele tocar o solo ou sua mão, a velocidade será diferente de zero. Então, a velocidade do lápis está variando e se a velocidade varia existe uma aceleração vertical. Você por acaso sabe o que traz seu lápis de uma certa altura, para o solo? Claro que sabe, isso é a gravidade! A gravidade é a aceleração vertical que conhecemos e ela tem um valor: g = 10 m/s² Em relação à gravidade, sabemos que quando há aceleração a velocidade varia, se a velocidade estamos falando do MRUV. Então se nos depararmos com um problema de queda livre podemos utilizar das equações estudadas no capitulo anterior. Exemplo: Observe o desenho abaixo: Um jovem está segurando uma caixa acima de um prédio. Quando ele a solta, a caixa demora 4 segundos para chegar até o solo. Sabendo que o jovem está situado em um local onde a gravidade vale 10 m/s², determine a altura do jovem até o solo: Resolução: Nesta questão, falamos de altura e tempo. Então utilizaremos a Função Horária da Posição: S = So + vo.t + at²/2 Note que a altura do prédio será a variação da posição da caixa: ∆S = h Então se passarmos a posição inicial para o outro lado da igualdade temos: S – So = vo.t + at²/2 ∆S = vo.t + at²/2 h = vo.t + at²/2 Note que quando o jovem solta a caixa, sua velocidade inicial é zero e que a aceleração estudada é a gravidade (g): h = gt²/2 h = 10.4²/2 h = 10.16/2 h = 80 m Com isso, sabemos que o jovem está a 80 metros do solo. Lançamento Vertical para Cima Em relação aos conceitos expressos anteriormente, o lançamento vertical para cima é estudado com a aceleração da gravidade. Porém, para existir um tal lançamento, precisamos de ter uma velocidade inicial e para cima. Como a gravidade aponta pra o centro da terra e o corpo se desloca para cima, a velocidade vai reduzindo conforme o tempo passa. Quando o corpo atinge a altura máxima, a velocidade é zero e a partir daí o corpo começa a descer, fazendo o corpo acelerar. Observações Algumas características do lançamento vertical para cima devem ser citadas: Tempo de subida = Tempo de descida 459 Velocidade inicial de subida = Velocidade final de descida Na subida e na descida o corpo percorre a mesma distância (h) Exercícios 1. Um corpo é abandonado do alto de uma torre de 45 m de altura. Considerando g = 10 m/s², o tempo de queda e a velocidade com que o corpo chega ao solo valem, respectivamente: a) 3 s e 30 m b) 2 s e 20 m c) 5 s e 35 m d) 10 s e 20 m e) 6 s e 36 m 2. Um corpo é abandonado do alto de uma torre de 125 m de altura e a gravidade vale 10 m/s². O tempo de queda é igual a: a) 1 s b) 2 s c) 3 s d) 4 s e) 5 s 3. (UFSE) Uma esfera cai, a partir do repouso, em queda livre de uma altura de 80 m. Considerando g = 10 m/s², o tempo de queda é: a) 8 s b) 6 s c) 4 s d) 2 s e) 1 s 4. (UECE) Uma pedra, partindo do repouso, cai de uma altura de 20 m. Despreza-se a resistência do ar e adota-se g = 10 m/s². A velocidade da pedra ao atingir o solo e o tempo gasto na queda, respectivamente, valem: a) 20 m/s e 2 s b) 20 m/s e 4 s c) 10 m/s e 2 s d) 10 m/s e 4 s e) 10 m/s e 5 s 5. (UFRJ) Um corpo em queda livre percorre uma certa distância vertical em 2 s; logo, a distância percorrida em 6 s será: a) Dupla b) Tripla c) Seis vezes maior d) Nove vezes maior e) Doze vezes maior 6. Um corpo é lançado verticalmente para cima a partir do solo com velocidade inicial de 30 m/s, num local onde g = 10 m/s². Supondo desprezível a resistência do ar, o tempo de ascensão e a altura são, respectivamente, iguais a: a) 5 s e 30 m b) 3 s e 45 m c) 2 s e 10 m d) 12 s e 120 m e) 4 s e 20 m 7. Um corpo é lançado do solo verticalmente para cima, com velocidade inicial de 40 m/s. A altura máxima atingida e o tempo para retomar ao solo são, respectivamente, iguais a: a) 50 m e 4 s b) 20 m e 5 s c) 30 m e 6 s d) 80 m e 8 s e) 70 m e 6 s 8. (UFRS) Enquanto uma pedra sobe verticalmente no campo gravitacional terrestre depois de ter sido lançada para cima: a) O módulo de sua força aumenta b) O módulo da força gravitacional sobre a pedra aumenta c) O módulo da sua aceleração aumenta d) O sentido da sua velocidade se inverte e) O sentido da sua aceleração não muda 9. (F. OSWALDO CRUZ – SP) Um corpo lançado de baixo para cima no ponto de altura máxima: a) Velocidade Nula b) Aceleração Nula c) Velocidade e aceleração nulas d) Velocidade e aceleração constantes e) Nenhuma das alternativas 10. (FUC – MT) Um corpo é lançado verticalmente com velocidade inicial de 30 m/s. Sendo g = 10 m/s² e desprezando a resistência do ar, a velocidade do corpo, 2 s após o lançamento, é de: a) 20 m/s b) 10 m/s c) 30 m/s d) 40 m/s e) 50 m/s 11. (FUC – MT) Em relação ao exercício anterior, a altura máxima alcançada pelo corpo é de: a) 90 m b) 135 m c) 270 m d) 360 m e) 45 m 12. (UFPE) Atira-se em um poço uma pedra verticalmente para baixo, com velocidade inicial de 10 m/s. Sendo a aceleração local de g = 10 m/s² e sabendo que a pedra gasta 2 s para chegar ao fundo do poço, podemos concluir que a profundidade deste é, em metros: a) 30 b) 40 c) 50 d) 20 e) 35 460 13. Observe, na tirinha, a representação esquemática da trajetória vertical do coelho Sansão. Considerando sua velocidade inicial igual a 10 m/s e g=10m/s2, o tempo em segundos e a altura máxima em metros que o coelho atinge são, respectivamente: A) 0,5 e 1,25 B) 1,0 e 5,0 C) 1,5 e 7,5 D) 2,0 e 2,0 Vetores Grandezas escalares Quando nos referimos simplesmente à velocidade estávamos considerando-a como se fosse uma grandeza escalar. Uma grandeza que fica bem definida, quando nos dão toda informação necessária, somente com um número e a correspondente unidade. Por exemplo, quando nos referimos a um copo de massa 5 kg ou a um volume de 2 litros, as grandezas estão bem definidas, não havendo necessidade de acrescentar mais nenhuma informação. Grandezas vetoriais Existemgrandezas que, além do número (módulo ou intensidade) e da unidade de medida, precisam considerar a direção e o sentido que apresentam para que fiquem bem definidas. Por exemplo, uma pessoa perdida no deserto recebe a informação de que existe água a 5 km do lugar onde ele se encontra, mas não é informada a direção e nem do sentido onde se encontra a água, logo, a informação não a deixará satisfeita. Portanto, concluímos que o deslocamento é uma grandeza vetorial. Se você dirige um carro, um barco, ou pilota um avião, além da velocidade é preciso incluir a direção e o sentido do movimento. Assim, velocidade também é uma grandeza vetorial. Vetor Representamos grandezas vetoriais por um segmento de reta, cujo comprimento dá o que chamamos de módulo ou intensidade, e sua direção e sentido especificará a direção e o sentido do movimento. Os vetores são representados por um segmento de reta orientado, como este, abaixo. Força e movimento Há muitas maneiras de você se movimentar, ou ir de um lugar a outro. Todavia, essas maneiras apresentam velocidades diferentes. A velocidade que se pode obter andando é logicamente menor do que a que se obtém por meio de um avião. Mas em qualquer uma das situações, você pode se movimentar e em cada uma delas irá fazê-lo com uma força diferente. Todas as coisas se movem porque são puxadas ou empurradas. Tudo que se move é movido por uma força. Força é toda ação capaz de produzir ou modificar um movimento ou deformar um corpo. Sistema de forças Você já brincou de “cabo de guerra”? É aquela brincadeira em que dois grupos de pessoas puxam uma corda em sentidos opostos, tendo uma linha demarcada no chão. Vence o grupo que conseguir fazer o grupo atravessar linha demarcada, ou seja, o grupo que aplicar maior força. O conjunto de duas ou mais forças que atuam sobre um corpo é chamado de sistema de forças. Todo sistema de forças pode ser substituído por uma única força, chamada de força resultante. A força resultante é determinada pela adição dos vetores que compõem o sistema. Adição de vetores Existem três situações envolvendo a adição entre dois vetores que estudaremos neste curso: Mesma direção e mesmo sentido Quando dois vetores estão na mesma direção e no mesmo sentido, o valor do vetor resultante é a soma dos vetores. 461 Mesma direção e sentidos opostos Quando dois vetores estão na mesma direção, mas em sentidos opostos, o valor do vetor resultante é subtração dos vetores. Vetores perpendiculares Quando a interseção entre dois vetores forma-se um ângulo de 90º, aplica-se o teorema de Pitágoras, sendo os dois vetores os catetos e o vetor resultante é a hipotenusa. Responda 1. Diferencie grandeza escalar de grandeza vetorial. Dê exemplos. 2. Cite alguns efeitos das forças sobre os objetos. Exercícios 1 – (UEPG - PR) Quando dizemos que a velocidade de uma bola é de 20 m/s, horizontal e para a direita,estamos definindo a velocidade como uma grandeza: a) escalar b) algébrica c) linear d) vetorial e) n.d.a. 2 – (UFAL) Considere as grandezas físicas: I. Velocidade II. Temperatura III. Quantidade de movimento IV. Deslocamento V. Força Destas, a grandeza escalar é: a) I b) II c) III d) IV e) V 3 – Observe, abaixo a representação de uma situação de equlíbrio. A melhor representação vetorial das forças que atuam nos pontos A (o nó) e B (a mão do Chico Bento) é: A) B) C) D) 4 – (UFAL) Uma partícula está sob ação das forças conforme o esquema abaixo. A resultante delas éuma força, de intensidade, em N, igual a: a) 110 b) 70 c) 60 d) 50 e) 30 5 – Dados dois vetores, a = 30 cm e b = 40 cm, esquematizados na figura abaixo, o valor numérico do vetor resultante é: a) 30 cm b) 20 cm c) 70 cm d) 40 cm e) 10 cm 6 – Dois vetores V1 = 60 cm e V2 = 80 cm, formam um ângulo de 90º entre si. O valor do vetor resultante é: a) 30 cm b) 100 cm c) 70 cm d) 40 cm e) 10 cm 7 – Dados os vetores a e b, perpendiculares entre si, de módulos iguais a 6 e 8, o vetor soma vale: 462 a) 3 cm b) 4 cm c) 6 cm d) 8 cm e) 10 cm 8 – Dados vetores x = 20 cm e y = 15 cm, esquematizados na figura abaixo. O valor do vetor resultante é: a) 1 cm b) 2 cm c) 3 cm d) 4 cm e) 5 cm Dinâmica: as leis de Newton Força Em nosso dia-a-dia, utilizamos forças constantemente, seja para empurrar, seja para puxar ou levantar objetos. As forças também podem, por exemplo, causar deformações na estrutura de um corpo. Mas, qualquer que sejam seus efeitos, podemos entender força como o resultado entre a interação entre dois corpos. Os efeitos de uma força sobre um corpo podem ser classificados de três modos. Assim, uma força pode: Alterar o estado de movimento ou de repouso de um corpo (efeito dinâmico) Deformar o corpo Anular a ação de uma outra força Lembrando que a força é uma grandeza vetorial, uma vez que possui módulo, direção e sentido. Por isso, a determinação da força resultante é feita através das regras de adição vetorial vistas anteriormente. Primeira lei de Newton: Princípio da Inércia Até o início do século XVII, pensava-se que para manter um corpo em movimento era necessário que atuasse uma força sobre ele. Essa ideia foi revista por Galileu, que afirmou: "Na ausência de uma força, um objeto continua a mover-se com movimento retilíneo e com velocidade constante". Galileu chamou de Inércia a tendência que os corpos apresentam para resistirem à mudança do movimento em que se encontram. Alguns anos mais tarde, Newton com base nas ideias de Galileu, estabelece a primeira lei do movimento, também conhecida como Lei da Inércia: "Quando a resultante das forças que atuam sobre um corpo for nula, esse corpo permanecerá em repouso ou em movimento retilíneo uniforme". Por outras palavras, isto quer dizer que, se qualquer coisa está em repouso, terá tendência a continuar em repouso, até que alguma força atue sobre esse corpo. Por outro lado, se estiver em movimento, terá também tendência a continuar o seu movimento, até que uma força atue sobre si. Quanto maior for a massa de um corpo, maior será a sua tendência para manter a sua velocidade. A esta propriedade chamamos inércia. Podemos dizer que a inércia é uma propriedade física da matéria (e segundo a Relatividade, também da energia). O princípio da inércia pode ser observado no movimento de um ônibus. Quando o ônibus "arranca" a partir do repouso, os passageiros tendem a deslocar-se para trás. Da mesma forma, quando o ônibus já em movimento freia , os passageiros deslocam-se para frente, tendendo a continuar com a velocidade que possuíam. A inércia refere-se à resistência que um corpo oferece à alteração do seu estado de repouso ou de movimento. O princípio da inércia também explica porque é que as pessoas se ferem em acidentes automobilísticos. Enquanto os carros diminuem a sua velocidade de forma brusca, devido à colisão, a tendência das pessoas é manterem-se em movimento. Daí resulta que os corpos são projetados contra o para-brisa ou outras partes do carro. O uso do cinto de segurança tenta minimizar este efeito, fixando as pessoas ao veículo. 463 Este princípio explica também porque é que somos projetados para trás, quando o automóvel arranca rapidamente. Segunda lei de Newton: Fr = m . A A Segunda Lei de Newton, também chamada de Princípio Fundamental da Dinâmica, a segunda de três, foi estabelecida pelo cientista inglês Isaac Newton ao estudar a causa dos movimentos. Este princípio consiste na afirmação de que um corpo em repouso necessita da aplicação de uma força para que possa se movimentar, e para que um corpo em movimento pare é necessária a aplicação de uma força. Um corpo adquire velocidade e sentido de acordo com aintensidade da aplicação da força. Ou seja, quanto maior for a força maior será a aceleração adquirida pelo corpo. Vale lembrar que a aceleração é a taxa de variação da velocidade. No SI sua unidade é o metro por segundo ao quadrado (m/s²). Newton estabeleceu esta lei para análise das causas dos movimentos, relacionando as forças que atuam sobre um corpo de massa m constante e a aceleração adquirida pelo mesmo devido à atuação das forças. Esta lei diz que: A resultante das forças aplicadas sobre um ponto material é igual ao produto da sua massa pela aceleração adquirida. Ou em outras palavras: Fr = m . a A unidade da grandeza vetorial Força é dada em Newtons: [N] Exercícios 1 – Um corpo de massa 4,0 kg encontra-se inicialmente em repouso e é submetido a ação de uma força cuja intensidade é igual a 60 N. Calcule o valor da aceleração adquirida pelo corpo. 2 – Uma pessoa que na Terra possui massa igual a 80kg, qual seu peso na superfície da Terra? E na superfície da Lua? (Considere a aceleração gravitacional da Terra 9,8m/s² e na Lua 1,6m/s²). 3 – (UF_MT) A ordem de grandeza de uma força de 1000N é comparável ao peso de: a) um lutador de boxe peso pesado. b) um tanque de guerra. c) um navio quebra-gelo d) uma bola de futebol e) uma bolinha de pingue-pongue 4 – (FAAP-SP) Um carro com massa 1000 kg partindo do repouso, atinge 30m/s em 10s. Supõem-se que o movimento seja uniformemente variado. Calcule a intensidade da força resultante exercida sobre o carro. 5 – Sobre um corpo de massa igual a 20 kg atuam duas forças de mesma direção e sentidos opostos que correspondem a 60 N e 20 N. Determine a aceleração em que esse objeto movimenta-se. a) 1 m/s2 b) 2 m/s2 c) 4 m/s2 d) 6 m/s2 e) 8 m/s2 6 – Um carro durante um trajeto de 400 m sofre um aumento de velocidade de 20 m/s para 40 m/s. Sabendo que a massa do veículo somada à massa de seus ocupantes corresponde a 1200 kg, determine a força necessária para proporcionar tal aceleração. a) 1000 N b) 1200 N c) 1800 N d) 600 N e) 3000 N Terceira lei de Newton: Ação e Reação Como as duas primeiras Leis de Newton (lei da inércia e princípio fundamental da mecânica) descrevem como é o comportamento de uma força, a terceira lei irá analisar o sistema de troca de forças entre os corpos. Com a sua terceira lei, Newton postula um dos pilares da mecânica clássica. - Para toda interação, na forma de força, que um corpo A aplica sobre um corpo B, dele A irá receber uma força de mesma direção, intensidade e sentido oposto. Ou seja, "Toda ação provoca uma reação de igual intensidade, mesma direção e em sentido contrário". Assim |FA-B| = |FB-A| Em casos de troca de forças é indiferente saber qual corpo realizou a ação e qual realizou a reação, pois as forças sempre estarão aos pares, quando existe uma ação sendo realizado sempre haverá uma reação. http://pt.wikipedia.org/wiki/Din%C3%A2mica http://pt.wikipedia.org/wiki/Isaac_Newton http://pt.wikipedia.org/wiki/Isaac_Newton 464 Exemplos quando uma bola bate na parede a parede bate na bola com a mesma intensidade, direção e em sentido oposto. É usual utilizamos a notação F e – F quando representamos um par de forças ação-reação. O sinal negativo representa que o sentido da força é o oposto de F A natureza da força de reação é sempre a mesma da de ação, por exemplo, ambas de contato, ou ambas elétricas, etc. Aplicações da 3º Lei de Newton Toda força que um corpo recebe é consequência da força que ele aplicou: → Quando uma pessoa caminha sobre uma superfície, ela é direcionada para frente graças à força que ela aplicou sobre o chão. → Um foguete para entrar em órbita aplica uma constante ação de forças, sobre o ar atmosférico, e em reação à esta força o foguete é impulsionado para cima. Note que quando já em órbita o foguete só necessita de propulsão para alterar sua rota, pois como prevê a 1º Lei de Newton o corpo irá permanecer em movimento, para mudar sua rota no espaço o foguete aplica uma força para o lado oposto que necessita ir, e pela 3º Lei de Newton é direcionado para o outro lado. Tipos de força Força normal (N) Toda força trocada entre superfícies sólidas que se comprimem, sua direção é perpendicular à linha que tangencia as superfícies no ponto de apoio. Força tração (T) É a força que um fio aplica em um corpo preso a ele. A essa força correspondente uma reação –T, aplicada no fio: Força peso (P) Dissemos que a força peso (P) é uma força de campo, pois ocorre pela ação à distância entre dois corpos. No nosso caso a ação que ocorre é entre nosso corpo e o planeta terra, literalmente o planeta terra puxa o nosso corpo para seu centro. Definimos Força como a massa vezes a aceleração. No caso da Força Peso: Pois a gravidade é uma aceleração. Força de atrito A força de atrito surge em sentido contrário ao movimento de um objeto. Ela pode ser estática, se o objeto está em repouso, ou dinâmica, se o objeto está em movimento P = m.g 465 Só é possível caminharmos porque existe a força de atrito entre o solo e os nossos pés Quando empurramos ou puxamos um determinado objeto tentando movê-lo, percebemos que existe certa dificuldade para colocá-lo em movimento. Essa dificuldade deve-se à força de atrito, que é uma força que se opõe ao movimento de objetos que estão sob a ação de uma força. Ela age paralelamente à superfície de contato e em sentido contrário à força aplicada sobre um corpo. Veja o exemplo de um bloco sobre uma superfície na figura abaixo: A força de atrito age em sentido contrário ao da força que causa o movimento do bloco A força de atrito deve-se à existência de rugosidades na superfície de contato do objeto com o solo. Essas rugosidades não são observadas macroscopicamente, mas são elas que dificultam o movimento. Observe na figura abaixo as irregularidades que existem no contato entre o bloco e a superfície: A força de atrito deve-se às rugosidades da superfície e do objeto A força de atrito depende de dois fatores: Do tipo dos materiais que estão em contato: cada material tem suas características próprias. Quanto mais “lisos” ou “polidos” estiverem os objetos em contato, menor será a força de atrito. Essa propriedade é definida numericamente pelo coeficiente de atrito, que pode ser dinâmico ou estático, possuindo um valor diferente para cada material. Força normal: trata-se da reação normal à superfície sobre a qual o corpo está apoiado e depende do peso do objeto. Quanto maior for a força normal, maior será a força de atrito. Mapa Mental: Força de Atrito Exercício 1. Uma mesa, em movimento retilíneo uniforme, só pode estar sob a ação de uma: a) Força resultante não-nula no sentido do movimento b) Única força horizontal c) Força resultante nula d) Força nula de atrito e) Força vetorial que equilibre o peso 2. Uma partícula se desloca ao longo de uma reta com aceleração nula. Nessas condições, podemos afirmar corretamente que sua velocidade escalar é: a) Nula b) Constante e diferente de zero c) Inversamente proporcional ao tempo d) Diretamente proporcional ao tempo e) Nenhuma afirmação acima 3. Uma moto se move a 72 Km/h numa estrada horizontal plana. A resultante de todas as forças que agem na moto é zero. Nessas condições, a velocidade da moto: a) Diminuirá de forma constante b) Diminuirá de forma variável c) Aumentará de forma constante d) Aumentará de forma variável e) Continuará a ser 72 Km/h 4. Um pára-quedista desce com velocidade constante de 4 m/s. Sendo a massa do conjunto 80 kg e a aceleração da gravidade de 10 m/s², a força de resistência do ar é de: https://brasilescola.uol.com.br/fisica/forca.htm 466 a) 76 N b) 80 N c) 800 N d) 480 N e) 48 N 5. Dos corpos destacados, o que está em equilíbrio é: a) A Lua movimentando-se em torno da Terra.b) Uma pedra caindo livremente. c) Um avião que voa em linha reta com velocidade constante. d) Um carro descendo uma rua íngreme, sem atrito. e) Uma pedra lançada para cima. 6. Dois corpos de pesos 10 N e 20 N, estão suspensos por dois fios, P e Q, de massas desprezíveis, de maneira mostrada na figura. As intensidades das forças que tracionam os fios P e Q, respectivamente, são: a) 10 N e 20 N b) 10 N e 30 N c) 30 N e 10 N d) 30 N e 20 N e) 30 N e 30 N 7. Uma força vertical de 40 N e uma força horizontal de 30 N são aplicadas à um corpo. Nessas condições, a resultante dessas forças vale: a) 90 N b) 50 N c) 40 N d) 30 N e) 10 N 8. Duas for de módulos F e uma de módulo F/2 atuam sobre uma partícula de massa m, sendo suas direções e sentidos mostrados na figura: A direção e o sentido do vetor aceleração são mais bem representados pela figura da alternativa: 9. Coloca-se um cartão sobre um copo e uma moeda sobre o cartão. Puxando-se bruscamente o cartão, a moeda cai no copo. O fato descrito ilustra: a) Inércia b) Aceleração c) Atrito d) Ação e Reação e) Nenhuma das opções 10. Sempre foi muito importante o uso do cinto de segurança para evitar lesões fatais nos acidentes de trânsito. Numa freada brusca, a tendência do corpo do motorista ou dos passageiros em movimento por: a) Ressonância b) Inércia c) Ação e Reação d) Atrito e) Gravitação 11. (ITA – SP) De acordo com as leis da mecânica newtoniana, se um corpo de massa constante: a) tem velocidade escalar constante, é nula a resultante das forças que nele atuam. b) descreve uma trajetória retilínea com velocidade escalar constante, não há forças atuando nele. c) descreve um movimento com velocidade vetorial constante, é nula a resultante das forças nele aplicadas. d) possui velocidade vetorial constante, não há forças aplicadas nele. e) está em movimento retilíneo uniforme, é porque existem forças nele aplicadas. 12. (Belas Artes – SP) A um corpo em repouso, com massa de 2,0 kg, aplicamos uma força constante e, 4,0 s depois, a velocidade do corpo é de 8,0 m/s. A intensidade da força resultante é de: a) 8,0 N b) 4,0 N c) 2,0 N d) 1,0 N e) 0,50 N 13. (UFGO) Um automóvel com 1512 kg de massa movimenta-se com velocidade de 60 km/h. Os freios são acionados, produzindo uma desaceleração constante e o caro pára em 1,2 min. A força aplicada ao carro, em newtons é: a) 350 b) 1260 c) 21000 d) 25200 e) 75600 14. ( U.E.Londrina – PR) Um corpo de massa 3,0 kg, inicialmente em repouso, é puxado sobre uma superfície horizontal, sem atrito, por uma força constante, também horizontal, de 12 N de intensidade. Após percorrer 8,0 m, a velocidade do corpo, em m/s, vale: 467 a) 10 b) 8,0 c) 5,0 d) 4,0 e) 3,0 15. (Unisinos – SP) Os membros da Lafi (Laboratório de Física e Instrumentação da Unisinos) se dedicam a desenvolver experiências de física, utilizando matéria prima de baixo custo. Uma das experiências ali realizadas consiste em prender, a um carrinho de brinquedo, um balão de borracha cheio de a. A ejeção do ar do balão promove a movimentação do carrinho, pois as paredes do balão exercem uma força sobre o ar, empurrando-o para fora e o ar exerce sobre as paredes do balão, uma força ________________________ que faz com que o carrinho se mova ________________________ do jato de ar. As lacunas são corretamente preenchidas, respectivamente, por: a) de mesmo módulo e direção; em sentido oposto ao. b) de mesmo módulo e sentido; em direção oposta ao. c) de mesma direção e sentido; perpendicularmente ao sentido. d) de mesmo módulo e direção; perpendicularmente ao sentido. e) de maior módulo e mesma direção; em sentido oposto ao. 16. (IFES_2014) “Gravidade é um filme de suspense e drama capaz de tirar o fôlego até mesmo dos cinéfilos mais exigentes. Estrelado por Sandra Bullock e George Clooney, o título reúne sequências impressionantes do espaço, simulando (aparentemente) com perfeição a vida dos astronautas lá fora. Mas quem entende um pouco mais de ciência e principalmente de Física percebe detalhes em vários momentos da trama que não são notados pela maioria do público”. (fonte:http://www.megacurioso.com.br/cinema/39644-11- acertos-e-erros-do-filmegravidade. htm) Em algumas cenas do filme, vemos os astronautas se deslocando pelo espaço através de jatos proporcionados por um extintor de incêndio. Mesmo sabendo que os cálculos de trajetórias feitas no espaço não são tão simples assim, o fato dos astronautas no filme terem usado o extintor de incêndio para se deslocarem retrata qual princípio da Física? a) Princípio da Inércia. b) Princípio de Stevin. c) Princípio da Ação e Reação. d) Princípio de Pascal. e) Princípio de Ohm. 17. (IFES_2013) Em Conceição da Barra, João e Maria alugaram um Bugre e foram passear nas dunas de Itaúnas. Chegando lá, encontraram um belo coqueiro, no meio de uma extensa planície, a partir de onde Maria fez o papel de navegadora da dupla, orientando João pelo seguinte caminho: 1 km ao norte, 2 km a oeste, 4 km ao sul, 2 2 km a nordeste e por fim 2 km a noroeste, chegando a um quiosque. Podemos afirmar que o vetor deslocamento da dupla, do coqueiro até o quiosque, aponta para: a) o nordeste b) o sul c) o oeste d) o sudoeste e) o noroeste Maquinas simples Alavanca Alavanca é um sólido alongado e rígido que pode girar ao redor de um ponto de apoio, também conhecido como fulcro ou eixo de rotação. Qualquer alavanca apresenta os seguintes elementos: força motriz ou potente (P) força resistente (R) braço motriz (BP): distância entre a força motriz (P) e o ponto de apoio; braço resistente (BR): distância entre a força resistente (R) e o ponto de apoio; ponto de apoio (PA): local onde a alavanca se apóia quando em uso. 468 Na figura acima observamos que há uma barra apoiada em um ponto fixo e que toca uma rocha em uma extremidade e está livre em outra. Nesta ponta livre é aplicada uma força, que chamamos de força potente (Fp). Esta força faz a barra se mover sobre o ponto de apoio invertendo o sentido da força, fazendo a barra subir e levantar a rocha. A rocha, por sua vez, exerce uma força de resistência (Fr) através da força peso. Assim: Fp⋅dp=Fr⋅dr A relação acima nos mostra que quanto maior a distância entre o ponto de aplicação da força potente e o apoio, menor deve ser a força aplicada para mover o objeto. Conforme a posição do ponto de apoio em relação à força motriz (P) e à força resistente (R), as alavancas classificam-se em: interfixa; inter-resistente; interpotente. Essa forma de classificação pode ficar mais clara nos exemplos e esquemas a seguir. Exercício 1)Identifique os tipos de alavancas apresentadas abaixo a) b) c) d) g) h) 469 j) l) m) 2) Qual o valor da força potente (P) aplicada a esta alavanca interfixa afim de se obter o equilíbrio? 3) Para levantar 500Kg, emprega-se uma alavanca de 1,50m. O ponto de aplicação e o ponto de apoio distante 0,30m. Qual a força que se deve aplicar na extremidade da alavanca para erguer a pedra? 4) É preciso erguer um peso de 1000kg por meio de uma alavanca; qual deve ser a força resistente (R) , se os braços de alavanca são 1,20m para a força potente (P) e 0,24m para a resistência? 5 - (UFRGS) Na figura, o segmento AB representa uma barra homogênea, de 1m de comprimento, que é mantida em equilíbrio mecânico na posição horizontal. A barra está apoiada num ponto a 25 cm da extremidade A, e o módulo da força F, aplicada na extremidade B, é 2 N. Qual é o peso da barra? (A) 0,66N (B) 1N (C) 4N (D) 6N (E) 8N 6 - (UFRGS) A barra da figura é um corpo rígido de peso desprezível, apoiada no ponto P. Qual o módulo da força F que mantém a barraem equilíbrio mecânico na posição horizontal? (A) 10 N (B) 20 N (C) 30 N (D) 40 N (E) 60 N Roldanas As roldanas, também chamadas de polias, são tipos de rodas utilizados em máquinas para direcionar a força feita sobre determinados objetos por meio de fios, cordas ou cabos, de modo que seja possível desviar a trajetória ou até mesmo levantá-los. Elas são utilizadas na construção civil, na composição de motores, aparelhos de academia etc. Roldana fixa Ela geralmente é utilizada para erguer objetos pesados, e a força feita para tal tarefa corresponde exatamente ao pesodo objeto elevado. 470 Na imagem acima, observe que a roldana está presa ao teto. Sua função é apenas proporcionar a elevação do objeto. Roldanas fixas e móveis Existe uma forma de associar roldanas de modo que a força necessária para elevar determinado objeto seja menor que o peso do referido corpo. Na imagem a seguir, a roldana de número 1 está presa ao teto, por isso, é fixa e capaz de alterar a direção e o sentido de aplicação da força. As roldanas 2, 3 e 4, que são denominadas de soltas, estão acopladas entre si, e o objeto levantado está preso à roldana 4. Cada roldana solta reduz a ação da força peso pela metade, de forma que o esforço necessário para elevar um determinado objeto seja menor. A força peso do objeto da figura anterior será dividida ao meio pela ação das polias 2, 3 e 4, portanto, a força necessária para elevar objeto será oito vezes menor que o seu peso. A partir desse raciocínio, concluímos que a força executada para erguer um determinado objeto por meio de um sistema de polias dependerá do número de roldanas soltas, como demonstrado na seguinte equação: F: força necessária para que um determinado objeto seja erguido; P: peso do objeto; N: número de espiras soltas que compõem o sistema. Repare que, no exemplo da figura anterior, as três roldanas soltas tornaram a força feita oito vezes menor. Exemplo: Ainda tomando como referência a imagem anterior, onde existe uma roldana fixa e três polias soltas, imagine que o objeto erguido possua massa igual a 160 kg. A força necessária para que ele possa ser erguido pela associação das polias corresponderá à força necessária para elevar um objeto de apenas 20 kg! Sabendo que o peso de um objeto é o resultado do produto de sua massa pela aceleração da gravidade (g = 10 m/s2), podemos definir a força F da seguinte forma: Peso do objeto: Força F aplicada na roldana: A força de 200 N aplicada para erguer o objeto corresponde ao peso de um objeto de apenas 20 kg. Exercícios 1 – Um velho balde de carvalho com massa igual a 6,75 kg está pendurado em um poço na extremidade de uma corda. A corda passa sobre uma polia sem atrito no topo do poço, e você puxa horizontalmente a extremidade da corda para elevar lentamente o balde até uma altura de 4,00 m. Qual o trabalho realizado pela sua força ao puxar o balde para cima? 2 - No diagrama ao lado se apresenta um sistema de polias ou roldanas em equilíbrio, ou seja, não há movimento e a força aplicada somente mantém a massa suspensa. Se a força aplicada foi de 30 N, qual a intensidade da força RESISTENTE? Justifique a resposta 3 – Qual o valor da força que uma pessoa deve fazer para manter o corpo de 160N em equilibrio usando 4 roldanas móveis e 1 roldana fixa? a) 15 b) 60 c) 10 https://brasilescola.uol.com.br/fisica/roldanas.htm https://brasilescola.uol.com.br/fisica/roldanas.htm 471 d) 20 e) 65 4 – (UFMG 2009) Observe estes quatro sistemas de roldanas, em que objetos de mesma massa são mantidos suspensos, em equilíbrio, por uma força aplicada na extremidade da corda: Sejam F1 , F2 , F3 e F4 as forças que atuam numa das extremidades das cordas em cada um desses sistemas, como representado na figura. Observe que, em dois desses sistemas, a roldana é fixa e, nos outros dois, ela é móvel. Considere que, em cada um desses sistemas, a roldana pode girar livremente ao redor do seu eixo; que a corda é inextensível; e que a massa da roldana e a da corda são desprezíveis. Considerando-se essas informações, em relação aos módulos dessas quatro forças, é CORRETO afirmar que a) F1 = F2 e F3 = F4. b) F1 < F2 e F3 < F4. c) F1 = F2 e F3 < F4. d) F1 < F 2 e F3 = F4. Trabalho de uma força Em Física, a palavra trabalho significa a relação existente entre a força e o deslocamento. Dizemos que existe trabalho quando uma força aplicada em um corpo provoca o deslocamento desse corpo. Assim, quando a força não desloca o corpo, ela não realiza trabalho. O trabalho é uma grandeza escalar e define-se pelo seu valor e também por sua unidade de medida. Trabalho Motor Temos trabalho motor quando a força tem o mesmo sentido do deslocamento. A representação matemática do trabalho é dada por: T = trabalho; F = força; d = deslocamento. A unidade do trabalho no Sistema Internacional de Unidades (SI) é o joule, representado pela letra J. 1 – Uma força constante de 20 N produz, em um corpo, um deslocamento de 0,5 m no mesmo sentido da força. Calcule o trabalho realizado por essa força. 2 – Um carrinho é deslocado num plano horizontal sob a ação de uma força horizontal de 50 N. Sendo 400 J o trabalho realizado por essa força, calcule a distância percorrida. 3 – Um carro percorre uma estrada reta e horizontal, em movimento uniforme, com velocidade constante de 20 m/s, sob a ação de uma força de 1800 N exercida pelo motor. Calcule o trabalho realizado pelo motor em 4s. Trabalho da força peso O trabalho da força peso não depende da trajetória, mas do peso e do desnível entre a posição inicial e final. Ele é positivo quando o ponto material desce, negativo quando esse ponto sobe e neutro quando o deslocamento é horizontal. Sua representação matemática é dada pela equação: T = trabalho; m = massa; g = aceleração da gravidade; h = altura. Exercícios 1 – Qual é o trabalho realizado quando, em um cais, um guindaste eleva um fardo de 98 N a 10m de altura para colocá-lo em um navio? 2 – (FEI-1994) Um corpo de massa 5 kg é retirado de um ponto A e levado para um ponto B, distante 40 m na horizontal e 30 m na vertical traçadas a partir do ponto A. Qual é o módulo do trabalho realizado pela força peso? a) 2500J b) 2000J c) 900J d) 500J e) 1500J 3 – Leia as seguintes afirmações a respeito da força peso. I – A força peso tem direção vertical e sentido para cima. II – O peso é definido como o produto da massa do corpo pelo valor da aceleração da gravidade e sempre é medido, de acordo com o Sistema Internacional de Unidades, em newtons (N). III – A unidade kgf (quilograma-força) não pode ser utilizada para determinar o peso de um corpo. IV – A força normal, de acordo com a Terceira Lei de Newton, é uma reação à força peso. 472 Está correta a alternativa que apresenta: a) I e IV b) I, II e IV c) III d) III e IV e) II Potência Vamos considerar duas pessoas que realizam o mesmo trabalho. Se uma delas realiza o trabalho em um tempo menor do que a outra, ela tem que fazer um esforço maior, assim dizemos que ela desenvolveu uma potência maior em relação à outra. Outros exemplos: • Um carro tem maior potência quando ele consegue atingir maior velocidade em um menor intervalo de tempo. • Um aparelho de som é mais potente do que outro quando ele consegue converter mais energia elétrica em energia sonora em um intervalo de tempo menor. Assim sendo, uma máquina é caracterizada pelo trabalho que ela pode realizar em um determinado tempo. A eficiência de uma máquina é medida através da relação do trabalho que ela realiza pelo tempo gasto para realizar o mesmo, definindo a potência. Defini-se potência como sendo o tempo gasto para se realizar um determinado trabalho. Matematicamente, a relação entre trabalho e tempo fica da seguinte forma: Em que Pot é a potênciamédia, Δt é o intervalo de tempo gasto para a realização do trabalho e τ é o trabalho realizado pelo corpo. A unidade de potência no Sistema Internacional é o watt, representado pela letra W. Esta foi uma homenagem ao matemático e engenheiro escocês James Watt. EXERCÍCIOS 1 – Um guindaste eleva 3.375 kgf de carga a 20 m de altura, em 15 s. Qual a sua potência? 2 – Um carro percorre uma estrada reta e horizontal, em movimento uniforme, com velocidade constante de 20 m/s, sob a ação de uma força de 1800 N exercida pelo motor. Calcule o trabalho realizado pelo motor em 4s. 3 – Uma força de 20N desloca, na mesma direção e sentido da força, um corpo de 4kg, em uma distância de 10m. O fenômeno todo ocorre em 5 segundos. Qual o módulo da potência realizada pela força? 4 – (Unitau-SP) Um halterofilista eleva um conjunto de barra e anilhas cuja massa total é de 200 kg. Inicialmente, o conjunto estava em equilíbrio estático, apoiado sobre a superfície do piso. O halterofilista eleva o conjunto até uma altura de dois metros em relação ao piso. O movimento de elevação do conjunto foi realizado em um intervalo de tempo de quatro segundos. Considere o módulo da aceleração gravitacional terrestre como 10 m/s2. A potência média gasta pelo halterofilista para elevar o conjunto de barra e halteres foi de: a) 0,5 x 103 watts b) 102 watts c) 103 watts d) 2 x 103 watts e) 4 x 103 watts Exercícios (Unifesp-2005) Avalia-se que um atleta de 60 kg, numa prova de 10000 m rasos, desenvolve uma potência média de 300 W. a) Qual o consumo médio de calorias desse atleta, sabendo que o tempo dessa prova é de cerca de 0,50 h? Dado: 1 cal = 4,2 J. (UFRJ-2005) Um produto vendido no supermercado é recebido em caixas de papelão contendo 16 embalagens de volume igual a 1.312,5 cm3 cada. As massas de cada embalagem, do seu conteúdo e da caixa de papelão são, respectivamente, 10 g, 1.000 g e 100 g. O produto é entregue por um caminhão, cuja carroceria está a 1,5 m de altura em relação ao chão, e descarregado com o auxílio de uma empilhadeira. a) Considere o descarregamento de uma única caixa que se encontra sobre o piso da carroceria. Determine o módulo do trabalho realizado pela força que a base da empilhadeira faz sobre essa caixa. Energia mecânica Energia é a capacidade de executar um trabalho. Energia mecânica é aquela que acontece devido ao movimento dos corpos ou armazenada nos sistemas físicos. 473 Dentre as diversas energias conhecidas, as que veremos no estudo de dinâmica são: Energia Cinética; Energia Potencial Gravitacional; Energia Potencial Elástica; Energia mecânica é, resumidamente, a capacidade de um corpo produzir trabalho. A energia mecânica total de um sistema é a soma da energia potencial com a energia cinética. Se o sistema for conservativo, ou seja, apenas forças conservativas atuam nele, a energia mecânica total conserva-se e é uma constante de movimento. A energia mecânica "Emec" que um corpo possui é a soma da sua energia cinética "Ec" mais energia potencial "Ep". Emec = Ec + Ep Há uma lei fundamental da Física que é a da conservação da energia mecânica de um corpo: Emec = Ec + Ep = constante, se um corpo está sob a ação somente de forças conservativas. Isso equivale a dizer que se a energia cinética de um corpo aumenta, a energia potencial deve diminuir e vice-versa de modo a manter Emec constante. Assim, se um atleta quer saltar uma boa altura h, é preciso correr muito para atingir uma velocidade alta. É isso que fazem os atletas que praticam salto em altura, salto tríplice, saltos com evoluções em ginástica olímpica. Energia cinética É a energia ligada ao movimento dos corpos. Resulta da transferência de energia do sistema que põe o corpo em movimento. Sua equação é dada por: A unidade de energia é a mesma do trabalho: o Joule (J) Em física, a variação de energia cinética é a quantidade de trabalho que teve que ser realizado sobre um objeto para modificar a sua velocidade (seja a partir do repouso - velocidade zero - seja a partir de uma velocidade inicial). Para um objeto de massa m a uma velocidade v a sua energia cinética, em um instante de tempo, é calculada como: Uma das coisas importantes a se lembrar desta expressão é que a energia cinética aumenta com o quadrado da velocidade. Isto significa que um carro que bater a 160 km/h causará 4 vezes mais estrago que um andando a 80 km/h. A energia cinética é a energia que o sistema possui em virtude do movimento das partículas que constituem o sistema, em relação ao referencial adotado.Ela depende de sua massa e do módulo de sua velocidade ao quadrado;não depende da direção de sua velocidade porque a energia cinética é uma grandeza escalar. Assim, podemos generalizar dizendo que é a energia que temos quando um determinado corpo está em movimento. Podemos dizer que qualquer corpo em movimento possui uma energia, conhecida como energia cinética. Teorema trabalho – Energia Considerando um corpo movendo-se em MRUV. O Teorema da Energia Cinética (TEC) diz que: "O trabalho da força resultante é medido pela variação da energia cinética." Ou seja: "O trabalho realizado pela força resultante "F" que desloca um corpo de uma posição para outra, é igual à variação de energia cinética", ou seja, τ = Δ Ec τ = Ec - Eco . Exemplo: Qual o trabalho realizado por um corpo de massa 10kg que inicia um percurso com velocidade 10m/s² até parar? http://pt.wikipedia.org/wiki/Trabalho 474 Energia Potencial Energia Potencial é a energia que pode ser armazenada em um sistema físico e tem a capacidade de ser transformada em energia cinética. Conforme o corpo perde energia potencial ganha energia cinética ou vice-e-verso. Energia Potencial Gravitacional É a energia que corresponde ao trabalho que a força Peso realiza. É obtido quando consideramos o deslocamento de um corpo na vertical, tendo como origem o nível de referência (solo, chão de uma sala, ...). Enquanto o corpo cai vai ficando mais rápido, ou seja, ganha Energia Cinética, e como a altura diminui, perde Energia Potencial Gravitacional. A energia potencial gravitacional é a energia potencial mais familiar, porque é muito vista no dia a dia, aparecendo em muitos tipos de movimentos em que é convertida em energia cinética, como por exemplo: na queda de objetos, no sistema solar, no balançar do pêndulo, no arremesso de dardos, ao pular, e muitos outros exemplos em que envolve a gravidade. O seu potencial tem como causa, como o nome sugere, a força da gravidade, que por definição, está relacionada com a massa dos corpos e sua distância. Epg = m.g.h Energia Potencial Elástica Define-se 'energia potencial elástica' a energia potencial de uma corda ou mola que possui elasticidade. Se considerarmos que uma mola apresenta comportamento ideal, ou seja, que toda energia que ela recebe para se deformar ela realmente armazena, podemos escrever que a energia potencial acumulada nessa mola vale: Nessa equação, "x" representa a deformação (contração ou distensão) sofrida pela mola, e "K" chamada de constante elástica, de certa forma, mede a dificuldade para se conseguir deformá-la. Molas frágeis, que se esticam ou comprimem facilmente, possuem pequena constante elástica. Já molas bastante duras, como as usadas na suspensão de um automóvel, possuem essa constante com valor elevado. Conservação da energia mecânica – Sistemas conservativos e sistemas não conservativos A Energia Mecânica de um sistema qualquer é obtido somando-se a Energia Cinética com a Energia Potencial, em que a Energia Potencial pode ser gravitacional ou elástica. Emec = Ec + Ep Existem sistemas nos quais a energia cinética e a energia potencial variam, mas a soma das duas (energia mecânica) permanece constante. Tais sistemas
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