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Unidade 2_Fundamentos Contabilidade Pública_Funções do Estado

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Funções do Estado
APRESENTAÇÃO
Nesta Unidade de Aprendizagem você vai conhecer as funções do Estado, além de identificar 
alguns pontos relevantes que o auxiliam para a condução do equilíbrio macroeconômico, tendo 
em vista os propósitos coletivos. 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Identificar as principais funções do Estado.•
Indicar as políticas macroeconômicas que atendem à função do Estado.•
Apontar as ferramentas macroeconômicas utilizadas para o equilíbrio da economia.•
DESAFIO
As políticas públicas devem estar pautadas na necessidade dos cidadãos. O papel do Estado é 
proteger esse cidadão e procurar satisfazer suas necessidades prioritárias. No que concerne à lei 
8.069/1990, o Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece que:
No que se refere a essa lei e sabendo que a violência em todos os âmbitos, na maioria dos casos, 
é realizada por pessoas da família ou muito próximas a ela, o que você, como cidadão, faria ao 
identificar sinais de agressão a uma criança ou a um adolescente? Que argumentos você 
utilizaria para a sua proteção?
INFOGRÁFICO
O infográfico destaca os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, os quais estabelecem ações 
orientadas na busca do atendimento à coletividade por meio da aplicação dos instrumentos de 
políticas macroeconômicas, a fim de estabilizar a economia, distribuir renda e assegurar a 
manutenção das relações com o comércio internacional.
CONTEÚDO DO LIVRO
Aprofunde seus conhecimentos lendo o capítulo Funções do Estado, do livro Elaboração e 
Implementação de Políticas Públicas, base teórica para esta Unidade de Aprendizagem.
Boa leitura!
ELABORAÇÃO E 
IMPLEMENTAÇÃO 
DE POLÍTICAS 
PÚBLICAS
Vanessa Ramos
Teixeira
Revisão técnica:
Luciana Bernadete de Oliveira
Graduada em Ciências Políticas e Econômicas
Especialista em Administração Financeira
Mestre em Desenvolvimento Regional
Catalogação na publicação: Poliana Sanchez de Araujo – CRB 10/2094
E37 Elaboração e implementação de políticas públicas / Guilherme
 Corrêa Gonçalves ... [et al.] ; [revisão técnica: Luciana
 Bernadete de Oliveira]. – Porto Alegre : SAGAH, 2017.
 324 p. il. ; 22,5 cm.
 ISBN 978-85-9502-194-5
 1. Políticas públicas. I. Gonçalves, Guilherme Corrêa.
CDU 304
Funções do Estado
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Identi� car as principais funções do Estado. 
  Indicar as políticas macroeconômicas que atendem à função do 
Estado. 
  Apontar as ferramentas macroeconômicas utilizadas para o equilíbrio 
da economia.
Introdução
Neste texto, você irá conhecer as funções do Estado, além de identificar 
alguns pontos relevantes que o auxiliam na condução do equilíbrio 
macroeconômico, tendo em vista os propósitos coletivos.
Funções do Estado
Você já se perguntou por que estado ou Estado? Um com a letra “e” em mi-
núsculo e o outro em maiúsculo? Qual a diferença? Esse ponto é de grande 
importância e as diferenças estão além do que uma simples letra. 
Para ajudar a esclarecer essa questão, vamos recorrer ao nosso conhecido 
companheiro, o Dicionário do Aurélio (FERREIRA, 1988), que apresenta:
Modo de ser ou estar. Modo de existir na sociedade; situação profissional 
ou social; condição. Conjunto das condições físicas ou morais de uma pes-
soa. O conjunto dos poderes políticos de uma nação; governo. Organismo 
político administrativo que, como nação soberana ou divisão territorial, 
ocupa um território determinado, é dirigido por governo próprio e se 
constitui pessoa jurídica de direito público, internacionalmente conhecido.
Você pode perceber que a definição desta palavra é ampla, portanto, torna-
-se necessário alguma forma de distinção. Nesse caso, com a letra minúscula, 
estamos nos referindo, por exemplo, aos estados físicos da água, o estado de 
alguém após um acidente ou aos 26 estados da federação brasileira. Quando 
nos referimos àquela instituição que deve zelar pela nossa segurança pública, 
que codifica as leis e possui autodeterminação político-administrativa, gra-
famos Estado.
Agora que você já sabe, o Estado é uma entidade com poder soberano para 
governar um povo dentro de uma área territorial delimitada. Suas características 
são o exercício da soberania sobre um território delimitado por fronteiras e 
população específica, guardado pelas Forças Armadas e mantido por uma 
burocracia administrativa em esferas de poder. Devido ao fato do Estado 
brasileiro não ser unitário, suas atribuições são descentralizadas entre várias 
pessoas políticas, que são os entes da federação: União, Estados, Distrito 
Federal (Brasília) e Municípios. 
Conforme previsto em nossa Constituição Federal, de 1988, o Brasil adotou 
como forma de Estado o federado, que integram diferentes centros de poder 
político (BRASIL, 1988). Nessa definição, temos um poder político central 
(União), os poderes políticos regionais (Estados) e os poderes políticos locais 
(Municípios), além do Distrito Federal apesar de conter vedação constitucional 
a sua divisão em municípios, acumula poderes regionais e locais, como prevê 
em seu art. 32.
O Estado federado tem como característica ser um modelo de descentrali-
zação política, a partir da repartição constitucional de competências entre as 
entidades federadas autônomas que o integram. Com isso, o poder político, 
em vez de permanecer concentrado na entidade central, é dividido entre as 
diferentes entidades federadas dotadas de autonomia. É relevante ressaltar que, 
não há subordinação hierárquica entre as entidades políticas que compõem o 
Estado federado. Todos elas se concentram no mesmo patamar hierárquico, 
para o exercício autônomo das competências que lhe são atribuídas pela 
Constituição Federal (PEREIRA, 1998). Observe a divisão estatal no Quadro 1.
Funções do Estado122
Esfera de 
poder
Principais 
funções
Nível
Federal Estadual Municipal
Legislativo Sua função 
principal é a 
elaboração de leis 
(função normativa)
Congresso 
Nacional 
(Câmara dos 
deputados – 
Deputados 
Federais e 
Senado Federal 
– senadores)
Assembleia 
Legislativa 
(Deputados 
Estaduais)
Câmara 
Municipal 
(Vereadores)
Executivo Sua função 
principal é a 
conversão da lei 
em ato individual 
e concreto (função 
administrativa)
Presidente 
da República, 
Vice-Presidente 
e Ministros
Governador, 
Vice-
-Governador 
e Secretários
Prefeito, 
Vice-Prefeito 
e secretariado
Judiciário Sua função 
principal é 
a aplicação 
coativa das leis 
aos litigantes 
(função judicial)
Supremo 
Tribunal Federal, 
Superior 
Tribunal 
de Justiça, 
Tribunais e 
juízes federais.
Tribunais 
e juízes
Não há
Quadro 1. Divisão da função estatal e estrutura de poderes.
A separação dos poderes no Brasil passou a existir com a Constituição 
outorgada no ano de 1824, que prevaleceu até o fim da monarquia. Além dos 
três poderes, na época, havia também o quarto poder, chamado de Modera-
dor, que era exercido pelo Imperador, mas foi excluído da Constituição da 
República, no ano de 1891.
Conforme descrito no quadro apresentado anteriormente, acrescentamos 
o fato de que cada ente federativo possui sua autonomia financeira, política 
e administrativa, em que cada Estado deve respeitar à Constituição Federal 
e seus princípios constitucionais, e também, cada município (por meio de 
sua lei orgânica), poderá ter sua própria legislação. 
Você já ouviu ou leu algo sobre a Lei Orgânica? A Lei Orgânica age como 
uma Constituição Municipal, sendo considerada a lei mais importante que 
123Funções do Estado
rege os municípios e o Distrito Federal. Cada município brasileiro pode 
determinar as suas próprias leis orgânicas, contanto que elas não infrinjam 
a constituição e as leis federais e estaduais. Nesse caso, a aprovação de uma 
lei orgânica deve ser feita pela maioria dos membros da Câmara Municipal 
(dois terços, no mínimo).
Caso hajaa aprovação de uma lei orgânica, fica a cargo do prefeito do 
município fazer com que ela seja cumprida, a fiscalização fica sobre a respon-
sabilidade da Câmara dos Vereadores. Podemos afirmar que as leis orgânicas 
também estão presentes em outros organismos e instituições públicas, como 
o Ministério Público, a Previdência Social, a Assistência Social, a Segurança 
Pública, etc. Nesses casos, entende-se como lei orgânica aquela que apresenta 
uma importância que fica entre a lei ordinária e a constitucional, devendo ser 
profundamente estudada e analisada antes de ser votada, pois apresenta uma 
rigidez na sua regulamentação.
No que concerne à administração pública federal, esta é feita em três níveis, 
cada qual com sua função geral e específica:
  Nível Federal: a União realiza a administração pública, ela é um re-
presentante do governo federal, composta por um conjunto de pessoas 
jurídicas de direito público.
  Nível Estadual: os Estados e o Distrito Federal realizam a adminis-
tração pública.
  Nível Municipal: os Poderes Legislativo e Executivo realizam a ad-
ministração pública nos Municípios.
Além das divisões dentro dos órgãos, existem outras subdivisões (como conselho, 
coordenação, diretoria, etc.), chamada de Organização ou Estrutura do Poder. 
Ainda, existe o Ministério Público (MP), cujo objetivo principal é garantir que a lei 
seja cumprida e agir na defesa da ordem jurídica.
Cabe ao Estado, enquanto sociedade política, um fim geral, que se cons-
titui em meio para que os indivíduos e as demais sociedades, situadas em um 
determinado território, possam atingir seus respectivos fins (manter a ordem, 
assegurar a defesa, promover o bem-estar e o progresso da sociedade). Assim, 
Funções do Estado124
conclui-se que a finalidade do Estado é o “bem comum”, entendendo este 
como o conjunto de todas as condições de vida que possibilitem e favoreçam 
o desenvolvimento integral da personalidade humana. Portanto, as funções do 
Estado são todas as ações necessárias a execução do bem comum, ou seja, sua 
Função Legislativa (elaborar leis); sua Função Executiva (administrar o Estado 
visando seus objetivos concretos) e sua Função Judiciária (interpretar e aplicar 
a lei nos dissídios surgidos entre os cidadãos ou entre os cidadãos e o Estado). 
Agora que você já foi apresentado (a)s funções do Estado e suas esferas 
de poder, veremos quais as influências da política macroeconômica e como 
ela envolve a atuação do governo e sua capacidade produtiva. 
Políticas macroeconômicas e funções do 
governo
Podemos afi rmar que as funções do governo envolvem ações que visem às 
políticas econômica, fi scal e monetária. Personagem importante na economia 
de todo país é o governo, pois é o responsável por analisar, planejar e aplicar 
suas políticas, a fi m de tentar conciliar o interesse de todos os envolvidos no 
ambiente econômico.
O que seriam políticas macroeconômicas? A macroeconomia é estudo das 
principais causas do crescimento da produção de um país. Se a economia tem 
um crescimento notável, criam-se muitos empregos e, como consequência, o 
bem-estar geral dos indivíduos cresce. O contrário também ocorre, quando a 
economia não cresce de forma suficiente ou até mesmo decresce. Assim, se 
existe desemprego e capacidade ociosa, pode-se aumentar o produto nacional 
por meio de políticas econômicas que estimulem a atividade produtiva. 
Porém, feito isso, há um limite de quantidade do que se pode produzir com 
os recursos disponíveis. Por exemplo, caso não haja políticas de controle, o 
aumento na produção de um determinado produto além do limite exigirá:
  Aumento nos recursos disponíveis.
  Avanço tecnológico, ou seja, melhoria tecnológica, novas maneiras de 
organizar a produção, qualificação da mão de obra.
Nesse sentido, quando falamos em crescimento econômico, estamos nos 
referindo ao crescimento da renda nacional per capita, ou seja, em colocar 
à disposição da coletividade uma quantidade de mercadorias e serviços que 
supere o crescimento populacional. A renda per capita é considerada um 
125Funções do Estado
razoável indicador operacional para se aferir a melhoria do padrão de vida 
da população.
Quais seriam as políticas macroeconômicas que depreendem de uma atua-
ção do governo? Podemos concluir que seriam a capacidade produtiva (oferta 
agregada) e as despesas planejadas (demanda agregada), com o objetivo de 
permitir que a economia opere a pleno emprego, com baixas taxas de inflação 
e com uma distribuição de renda justa. Os principais instrumentos para atingir 
esses objetivos são as políticas fiscal, monetária, cambial e comercial e de 
renda. Veja, a seguir, cada uma delas:
  Política Fiscal: refere-se a todos os instrumentos que o governo dispõe 
para arrecadar tributos (política tributária) e controlar suas despesas 
(política de gastos). A política tributária, além de influir sobre o nível 
de tributação, é utilizada por meio da manipulação da estrutura e alí-
quotas de impostos para estimular (ou inibir) os gastos de consumo do 
setor privado. Se o objetivo da política econômica é reduzir a taxa de 
inflação, as medidas fiscais normalmente adotadas são a diminuição 
de gastos públicos e/ou o aumento da carga tributária (o que inibe o 
consumo). Ou seja, visam diminuir os gastos da coletividade. Esta é 
a chamada política fiscal restritiva, pois aumenta a carga tributária, 
resultando na uma diminuição da demanda agregada e do consumo, 
respectivamente; e, como consequência, gera uma queda na produção 
e no nível de emprego.
  Política Monetária: refere-se à atuação do governo sobre a quantidade 
de moeda e títulos públicos. As alterações de política monetária, seja 
em função dos objetivos gerais de política econômica, ou para cor-
reções de eventuais desvios na expansão ou contração dos meios de 
pagamento com relação à programação monetária, são feitas por meio 
dos seguintes instrumentos: controle das emissões (o Banco Central 
controla, por força de lei, o volume de moeda da economia, cabendo a 
ele as determinações das necessidades de novas emissões e respectivos 
volumes); e pelos depósitos compulsórios ou reservas obrigatórias (os 
bancos comerciais, além de possuírem os chamados encaixes técnicos, 
o caixa dos bancos comerciais, são obrigados a depositar no Banco 
Central um percentual determinado sobre os depósitos realizados à 
vista e/ou à prazo).
Funções do Estado126
O Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) compreende as entidades, os sistemas 
e os procedimentos relacionados ao processamento e à liquidação de operações de 
transferência de fundos, operações com moeda estrangeira ou com ativos financeiros 
e valores mobiliários. São integrantes do SPB, os serviços de compensação de cheques, 
compensação e liquidação de ordens eletrônicas de débito e de crédito, transferência 
de fundos, compensação e liquidação de operações com títulos e valores mobiliários, 
compensação e liquidação de operações realizadas em bolsas de mercadorias e de 
futuros, e outros, chamados coletivamente de entidades operadoras de Infraestruturas 
do Mercado Financeiro (IMF). A partir de outubro de 2013, com a edição da Lei nº 
12.865, os arranjos e as instituições de pagamento passaram, também, a integrar o 
SPB (BANCO CENTRAL DO BRASIL, c2017).
  Política Cambial e Comercial: referem-se às variáveis relacionadas 
ao setor externo da economia, são a atuação do governo sobre a taxa 
de câmbio. O governo, por meio do Banco Central, pode fixar a taxa 
de câmbio (regime de taxas fixas de câmbio) ou permitir que ela seja 
flexível e determinada pelo mercado de divisas (regime de taxas flutu-
antes de câmbio). Já a política comercial diz respeito aos instrumentos de 
incentivos às exportações e/ou estímulo e desestímulo às importações, 
ou seja, refere-se aos estímulos fiscais (crédito prêmio ICMS, IPI etc.) e 
creditícios (taxas de juros subsidiadas) às exportações e ao controle das 
importações (via tarifas e barreiras quantitativas sobre importações).Esta política busca um equilíbrio no balanço de pagamentos. 
  Política de Renda: são as políticas relacionadas à intervenção direta 
do governo, visando a redistribuição de renda e justiça social. O go-
verno a exerce estabelecendo controles diretos sobre a remuneração 
dos fatores diretos de produção envolvidos na economia, como salários, 
depreciações, lucros, dividendos e preços dos produtos intermediários 
e finais. Os principais objetivos dessa política são: propiciar ganhos 
de poder aquisitivo aos salários, no caso de controle de outros preços; 
redistribuir a renda; garantir a renda mínima para determinados setores 
ou classes sociais; e reduzir o nível das tensões inflacionárias, visando 
a estabilidade dos preços.
Você pode ver que o conjunto de políticas macroeconômicas visa melhorar 
a distribuição de renda e a economia do país, e esses instrumentos devem ser 
127Funções do Estado
utilizados de forma seletiva, em benefício dos grupos menos favorecidos e 
desenvolvimento socioeconômico. Como exemplo, podemos citar os impostos 
progressivos, gastos do governo em regiões mais atrasadas, etc. 
Vale ressaltar que toda política tributária deve obedecer a um princípio 
constitucional, chamado de princípio da anterioridade (antes conhecido 
como princípio da anualidade), segundo o qual a implementação de uma 
medida só pode ocorrer a partir do ano seguinte ao de sua aprovação pelo 
Congresso Nacional. 
Agora, você vai entender um pouco como a macroeconomia tem um impacto 
no país e quais seus principais desafios na atualidade.
Ferramentas macroeconômicas e desafios para 
a economia no país
Você já ouviu falar no “milagre econômico”? Foi o período posterior ao Golpe 
Militar, que ocorreu em abril de 1964, no início do governo Castelo Branco. 
Na ocasião foi criado o Programa de Ação Econômica do Governo (PAEG), 
com dois objetivos básicos: formular políticas conjunturais de combate à 
infl ação, associadas às reformas estruturais que resultaram nos problemas 
infl acionários causados pela política de substituição de importações e das 
difi culdades que se colocavam ao crescimento econômico. 
Este momento histórico resultou, em um segundo momento, no processo 
econômico do país: a expansão da então pequena indústria de base (side-
rurgia, energia, petroquímica) para evitar o aumento da produção de bens 
industriais de consumo final, ampliada pela política de substituição de im-
portações, provocando um aumento nas importações brasileiras de insumos 
básicos, que a indústria nascente consumia de forma crescente.
Caminhando no tempo, chegamos ao século XXI e fica a pergunta: o que 
mudou? Atualmente, a economia brasileira passa por um período de lento 
crescimento do PIB e inflação ainda com taxas elevadas. Esse processo co-
meçou no ano de 2012 – quando nossos termos de troca começaram a cair e 
nossa taxa de câmbio começou a subir –, devido às mudanças das condições 
econômicas internacionais. 
Segundo o estudo de economistas e teóricos políticos, a combinação de-
corrente do processo de desaceleração da produção somados à aceleração de 
preços, o que geralmente ocorre após um choque de oferta adverso, deixou 
evidências na economia de que esse tipo de choque ocorreu no Brasil nos 
últimos três anos, resultando em um aumento substancial dos preços dos 
Funções do Estado128
alimentos no ano de 2012 e uma forte depreciação cambial em 2012 e 2013. 
Porém, apesar desses choques adversos, também há evidências de que a de-
saceleração do PIB tem causas internas. 
Nos últimos anos, houve queda da rentabilidade esperada em investimentos 
de longo prazo, aumento da incerteza macroeconômica sobre a evolução da 
taxa de juros e da política fiscal, desaceleração da oferta de crédito livre e 
redução da taxa de crescimento dos salários reais. Entretanto, temos como 
ponto positivo, a continuidade dos processos de inclusão social, redução da 
pobreza e diminuição da desigualdade da distribuição de renda, mesmo em 
um contexto de crescimento mais lento da economia.
Choque de oferta adverso é uma espécie de externalidade negativa, responsável 
por deslocar a curva de oferta agregada de curto prazo para cima e para a esquerda, 
aumentando o nível geral de preços internos e diminuindo o produto. Podemos citar 
como exemplo, um aumento do preço internacional das reservas de petróleo e ainda 
devastações nas culturas ocasionadas por ações da natureza.
Chegamos em 2016 com uma transição do governo que atendeu as expec-
tativas de uma considerável parcela da população, esse fato não foi suficiente 
para acalmar os ânimos políticos e econômicos que assombravam o país. No 
segundo semestre, o governo do Presidente Michel Temer ganhou o espaço 
midiático com sua tentativa de realizar reformas grandes (como a previden-
ciária, a educacional e a trabalhista). Além da impopularidade das medidas, 
a credibilidade do governo junto à população vem caindo cada vez mais em 
razão dos escândalos de corrupção - especialmente devido aos desdobramentos 
da operação Lava-Jato.
Sendo assim, o ano de 2017 ainda segue como um grande enigma para a 
população – tendo em vista o tamanho dos desafios que estão pela frente. Vale 
destacar que, no terceiro trimestre de 2016, o PIB diminuiu 0,8% em relação 
ao trimestre anterior e 2,9% no quarto trimestre, segundo dados do Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (c2017).
Grandes desafios assombram o governo, somados a sua árdua missão 
de rever o nosso modelo tributário – que é baseado em consumo, em vez da 
renda. Segundo economistas, esse fato vai contra o que é recomendado pelo 
129Funções do Estado
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e 
aumenta o problema da desigualdade social e distribuição de renda no país.
Atualmente, vemos constantemente nos meios de comunicação a grave crise 
econômica que assombra nosso país e tem refletido no recente rebaixamento 
de sua nota de crédito, somados à progressiva desaceleração da economia nos 
últimos quatro anos que se transformou em uma profunda recessão. Como 
contraponto da crise econômica temos a crise política (e seus diversos escânda-
los de corrupção) e seus diversos projetos aprovados no Congresso que visam 
o ajuste fiscal. Os severos problemas financeiros e criminais nas empresas 
estatais adicionam injúria ao grave momento do país.
Para além dos problemas fiscais, agravados pela gestão da política econô-
mica nos últimos anos, o nosso país vive um problema estrutural de crescimento 
das despesas públicas e de estagnação da produtividade. Aos fatos que foram 
apresentados a você nessas breves linhas, vivemos um período de reformas 
que tendem a ser duros, em especial para um país com tanta desigualdade 
como é realidade brasileira nos estampa a cada dia em nossos noticiários. Para 
os anos que se sucederão a 2017, o desafio será colocar em prática mudanças 
que possam trazer resultados mais efetivos para a retomada do crescimento, 
aliviando o orçamento das famílias e fazendo a economia voltar a trazer con-
fiança, tanto para o consumidor como para os investidores internos e externos.
1. O governo federal é a autoridade 
máxima do país. Ele que assegura e 
dita as regras da vida da sociedade. 
Os estados possuem Constituição 
própria, mas a Constituição Estadual 
não pode entrar em confronto 
com a Constituição Federal. 
Por quê? 
a) Porque a União tem supremacia 
aos estados federativos.
b) Porque os estados federativos 
não possuem autonomia.
c) Porque a União (Estado brasileiro) 
tem competência pública para 
elaborar sua própria Constituição, 
mas não para aplicá-la.
d) Porque os Estados federativos 
não conseguem investir 
adequadamente.
e) Porque os órgãos públicos 
dos governos federativos 
não conseguem atender às 
necessidades regionais e 
dependem totalmente do Estado.
2. A Constituição Federal é responsável 
por estabelecer as normas, as regras, 
as leis, os direitos e os deveres 
presentes na comunidade brasileira 
e na relação do Brasil com osoutros 
países do mundo. Por quê? 
a) Porque trata-se de um 
documento em que as regras 
Funções do Estado130
estabelecidas controlam a vida 
da sociedade sem deixar que 
essa sociedade se manifeste.
b) Porque todos os países possuem 
uma Constituição que rege 
e orienta a sociedade para a 
harmonia do convívio mútuo.
c) Porque a Constituição é uma 
lei que orienta o mercado 
internacional e dita suas regras.
d) Porque a Constituição orienta 
os estados federativos, já que 
eles não possuem autonomia 
e precisam sempre do governo 
federal para sobreviverem.
e) Porque as Constituições 
dos estados federativos 
são mal elaboradas.
3. Existem três poderes que 
auxiliam o Estado em suas ações, 
assinale a alternativa que os 
apresenta. 
a) Legislativo, Executivo 
e Estabilizador.
b) Executivo, Alocativo e Legislativo.
c) Executivo, Legislativo e Judiciário.
d) Executivo, Legislativo e Funcional.
e) Executivo, Organizacional 
e Judiciário.
4. Sobre o Poder Executivo, 
assinale a alternativa correta.
a) É exercido pelos Deputados 
Estaduais, Senadores e pelo 
Presidente da República.
b) É exercido pelos juízes 
das esferas públicas.
c) É exercido pelos trabalhadores 
de uma nação.
d) É exercido pelo Presidente 
da República.
e) É exercido pelo Presidente 
da República, pela sua base 
aliada e pelo Congresso.
5. É correto afirmar que 
Poder Judiciário atua: 
a) como órgão regulador 
das ações do governo e 
pode efetuar a prisão do 
presidente, se necessário.
b) como orientador das ações 
dos ministros, os quais 
fazem parte do governo.
c) junto do Tribunal de Contas 
e com os Tribunais de Justiça 
Trabalhista para controlar 
as ações dos governos.
d) como investidor.
e) em conjunto com os Poderes 
Legislativo e Executivo, 
sendo que o Legislativo 
elabora as leis e as aprova, 
e o Executivo as aplica.
131Funções do Estado
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. 
Brasília, DF, 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/
constituicaocompilado.htm>. Acesso em: 14 dez. 2016.
FERREIRA, A. B. H. Dicionário Aurélio básico da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova 
Fronteira, 1988.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Indicadores. Rio de Janeiro: 
IBGE, c2017. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/>. Acesso em: 04 set. 2017.
PEREIRA, L. C. B. A reforma do estado dos anos 90: lógica e mecanismos de controle. 
Lua Nova, São Paulo, n. 45, 1998. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ln/n45/
a04n45.pdf>. Acesso em: 27 ago. 2017.
Leituras recomendadas
BOBBIO, N. Dicionário de política. Brasília, DF: UnB, 2003.
CHAUI, M. Contra a violência. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2007. Disponível 
em: <http://csbh.fpabramo.org.br/contra-violencia-por-marilena-chaui>. Acesso 
em: 04 set. 2017.
PEREIRA, L. C. B. Macroeconomia da estagnação. São Paulo: 34, 2007.
SOUSA, S. B. O futuro da democracia: visão. Paço dos Arcos: Edimpresa, 2006. 
TOLEDO, C. N. 1964: o golpe contra as reformas e democracia. Revista Brasileira de 
História, São Paulo, v. 24, n. 47, 2004. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.
php?script=sci_arttext&pid=S0102-01882004000100002>. Acesso em: 04 set. 2017.
Funções do Estado132
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
Conteúdo:
 
DICA DO PROFESSOR
Assista ao vídeo e acompanhe uma reflexão sobre as funções do Estado, suas metas e sua 
orientação ao equilíbrio econômico da nação.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
 
EXERCÍCIOS
1) O governo federal é a autoridade máxima do País. Ele que assegura e dita as regras 
da vida da sociedade. Os estados possuem Constituição própria, mas a Constituição 
estadual não pode entrar em confronto com a Constituição federal. Por quê?
A) Porque a União tem supremacia aos estados federativos.
B) Porque os estados federativos não possuem autonomia.
C) Porque a União (Estado brasileiro) tem competência pública para elaborar sua própria 
Constituição, mas não para aplicá-la.
D) Porque os Estados federativos não conseguem investir adequadamente.
E) Porque os órgãos públicos dos governos federativos não conseguem atender às 
necessidades regionais e dependem totalmente do Estado.
2) A Constituição federal é responsável por estabelecer as normas, as regras, as leis, os 
direitos e os deveres presentes na comunidade brasileira e na relação do Brasil com 
os outros países do mundo. Por quê?
A) Porque trata-se de um documento em que as regras estabelecidas controlam a vida da 
sociedade sem deixar com que essa sociedade se manifeste.
B) Porque todos os países possuem uma Constituição que rege e orienta a sociedade para a 
harmonia no convívio mútuo.
C) A Constituição é uma lei que orienta o mercado internacional e dita suas regras.
D) Porque a Constituição orienta os estados federativos, já que esses não possuem autonomia 
e precisam sempre do governo federal para sobreviverem.
E) Porque as Constituições dos estados federativos são mal-elaboradas.
3) Existem três poderes que auxiliam o Estado em suas ações:
A) Legislativo, Executivo e Estabilizador.
B) Executivo, Alocativo e Legislativo.
C) Executivo, Legislativo e Judiciário.
D) Executivo, Legislativo e Funcional.
E) Executivo, Organizacional e Judiciário.
4) O Poder Executivo:
A) É exercido pelos deputados estaduais, senadores e pelo presidente da República.
B) É exercido pelos juízes das esferas públicas.
C) É exercido pelos trabalhadores de uma nação.
D) É exercido pelo presidente da República.
E) É exercido pelo presidente da República, pela sua base aliada e pelo Congresso.
5) O poder Judiciário atua:
A) Como órgão regulador das ações do governo e pode efetuar a prisão do presidente, se 
necessário.
B) Como orientador das ações dos ministros, os quais fazem parte do governo.
C) Atua junto com o Tribunal de Contas e com os tribunais de Justiça Trabalhista para 
controlar as ações dos governos.
D) Como investidor.
E) Um órgão que atua em conjunto com os poderes Legislativo e Executivo, sendo que o 
Legislativo elabora as leis e as aprova, e o Executivo as aplica.
NA PRÁTICA
Uma das funções do Estado é assegurar o acesso à educação gratuita e de qualidade aos 
brasileiros. A alternativa encontrada pelo governo foi criar um projeto que pudesse atender 
amplamente a essa função.
O Programa Banda Larga nas Escolas (PBLE), orientado pelo Ministério da Educação, teve 
como objetivo não somente dar qualidade à informação disponibilizada, mas, 
fundamentalmente, conectar todas as escolas públicas urbanas à internet.
O decreto nº 6.424 altera o Plano Geral de Metas para a Universalização do Serviço Telefônico 
Fixo Comutado Prestado no Regime Público - PGMU (decreto nº 4.769). As operadoras 
substituíram postos de serviços telefônicos nos municípios para instalação de rede para suporte e 
conexão de internet em alta velocidade.
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Lei nº 8.069, de 13 de junho de 1990
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Mais de 60 mil escolas públicas já estão conectadas à internet de alta velocidade
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