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GÊNERO LÍRICO E NARRATIVO - alice

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GÊN EROS ÉPIC O (N A RRA T IV O ) E 
LÍRICO 
GÊNERO LÍRICO 
 O enfoque é o sentimento do 
eu-lírico; 
 
 É escrito em versos; 
 
 Divide-se em lírico clássico 
(preocupação com a forma, o 
sentimento é universal), 
romântico (voltado para o 
sentimento – a forma não é tão 
preocupante – romantismo e 
simbolismo) e moderno 
(modernismo); 
 
 Contrapondo-se ao gênero 
dramático e ao épico-
narrativo, as obras líricas não 
têm o objetivo de representar 
o mundo exterior, mas de criar 
e dar vazão ao mundo interior 
e subjetivo do Eu (caráter 
intimista); 
 
 É marcado pela manifestação 
de um eu-lírico (sujeito 
poético); 
 
 Possui caráter polissêmico 
(diversas interpretações, por 
ser alusiva e metafórica); 
 
TIPOS DO GÊNERO 
1. Soneto (forma): regularidade 
métrica, musicalidade; 
2. Elegia(conteúdo): poema de 
tom funesto, melancólico e 
pessimista; 
3. Ode (exaltação): poema 
construído com o objetivo de 
elogiar alguém ou algo; 
4. Haicai (forma): 3 versos 
simétricos; natureza; 
GÊNERO ÉPICO-NARRATIVO 
 Na contemporaneidade, os 
conceitos de gênero épico e de 
gênero narrativo são usados 
como sinônimos: entre eles, a 
principal diferença é a forma e, 
quando comparados ao gênero 
lírico, essa diferença é pautada 
no conteúdo; 
 
 O gênero épico é escrito em 
versos e conta histórias de 
heróis e o narrativo é a sua 
modernização (prosa – narra 
histórias); 
 
 As primeiras manifestações 
literárias de que se tem 
notícia, no campo dos estudos 
literários, pertencem ao 
gênero épico, como 
exemplificam as epopeias 
Ilíada e Odisseia, de Homero; 
 
 Desde a Antiguidade, é 
possível definir características 
que são capazes de configuras 
os textos de caráter narrativo. 
Como exemplo, tem-se o 
romance moderno, cuja 
criação é associada às 
demandas dos leitores 
burgueses do século XIX e que 
tem como seu embrião as 
epopeias gregas. Além da 
GÊN EROS ÉPIC O (N A RRA T IV O ) E 
LÍRICO 
epopeia e do romance, 
merecem destaque, entre as 
principais variações do gênero 
épico ou narrativo, a novela, a 
fábula, o conto, a crônica, o 
diário, entre outras; 
 
 Os Lusíadas é uma importante 
obra desse gênero; 
 
 Foco narrativo – 3ª pessoa; 
 
 Geralmente constituídos de 
uma história (enredo), 
narrador, personagens, espaço 
e tempo; 
 
ENREDO 
 Linear (início, meio e fim) ou 
não linear (memórias 
póstumas de brás cubas); 
 
 É a história propriamente dita; 
 
 Quando tradicional, marca-se 
pelo início, clímax e epílogo 
(desfecho); 
 
 Marcado por digressões 
(recurso utilizado pelo 
narrador para afastar a 
atenção sobre alguma ação da 
história principal. Dessa 
forma, o narrador pode iniciar 
um tema secundário pouco 
importante para a trama, ou 
refletir sobre um assunto que 
foge da narrativa principal; 
 
 Não são uma cópia fiel da 
realidade (realismo), mas 
apresentam sentido 
(verossimilhança); 
 
NARRADOR 
 Figura ficcional que se 
distancia do ser real que a 
criou: o autor; 
 
NA RR A DOR DE PR IMEIRA P ESSOA 
 Também é chamado de narrador-
personagem; 
 
 Pode ser o personagem principal 
(protagonista) ou secundário 
(testemunha). Aquele aparece em 
Memorial de Aires e, esse, em 
Esaú e Jacó; 
 
 A perspectiva do narrador 
coincide com a do leitor, ambos 
sofrem a limitação de um ponto 
de vista. Com esse simples efeito, 
o autor subverte a lógica do 
enredo tradicional, em que se 
espera que algo aconteça, que 
haja clímax e desfecho; 
 
NA RR A DOR DE TER CEIRA P ESSOA 
 Pode ser observador ou 
onisciente; 
 
 O narrador-observador é aquele 
que se limita a informar apenas 
dados externos sobre as 
personagens (o que é visível aos 
olhos); 
 
GÊN EROS ÉPIC O (N A RRA T IV O ) E 
LÍRICO 
 O narrador onisciente é capaz de 
saber todas as informações sobre 
as personagens – até mesmo suas 
emoções. Essa onisciência do 
narrador propicia ao autor 
explorar o monólogo interior, o 
fluxo de consciência, o discurso 
indireto livre e o flashback. Esse 
tipo de narrador é também 
chamado de demiurgo (um Deus 
que tudo sabe, tudo vê e tudo 
pode) 
 
NA RR AT IVAS P OLIFÔNIC A S 
 Presença de várias vozes 
narrativas; 
 
 Enredo por diferentes pontos de 
vista; 
 
ESPAÇO 
 É o local onde a história se 
passa; 
 
 Além de induzir as 
personagens a certas ações, o 
espaço pode também alterar 
as características físicas e 
psicológicas delas; 
 
 Existe o espaço físico 
(geográfico) e o espaço social 
(ambiente); 
 
 O espaço pode possuir uma 
função contextualizadora – 
quando não influencia na vida 
do personagem – ou simbólica 
– quando é relevante; 
 
TEMPO 
 Pode ser classificado como 
cronológico, histórico, mítico, 
cíclico e psicológico; 
 
 Tempo cronológico: Possui 
marcas explícitas (advérbios e 
locuções adverbiais) e 
implícitas (diálogos) da 
passagem do tempo na 
narrativa. O texto que emprega 
o tempo cronológico é aquele 
que privilegia a linearidade da 
narrativa; 
 
 Tempo histórico: Estruturam 
seus enredos vinculados a 
acontecimentos verídicos. São 
específicos e aprofundados; 
 
 Tempo mítico: Encontra-se 
presente nas narrativas 
folclóricas. Geralmente é 
marcado pela imprecisão dos 
acontecimentos (era uma 
vez...); 
 
 Tempo cíclico: As narrativas 
que exploram esse tipo de 
tempo são marcadas pela 
circularidade dos episódios. 
Aponta para a ideia de eterno 
retorno; 
 
 Tempo psicológico: É o tempo 
mais sofisticado, pois exige 
extrema atenção do leitor aos 
delírios e flashbacks do 
personagem. Tamanha ruptura 
da linearidade muitas vezes 
propicia situações surreais; 
 
GÊN EROS ÉPIC O (N A RRA T IV O ) E 
LÍRICO 
PERSONAGENS 
 Protagonistas: São as mais 
relevantes no enredo da obra e 
aparecem desempenhando 
papel central. Pode ser um 
herói clássico (apenas 
qualidades), um herói 
moderno (possui defeitos – 
realismo) ou um anti-herói – 
como Macunaíma; 
 
 Antagonistas: Contrárias ao 
protagonista (se o 
protagonista é bom, o 
antagonista é vilão e vice-
versa). Não necessariamente é 
uma pessoa, podendo ser tudo 
aquilo que causa conflito para 
o protagonista, como um fator 
climático; 
 
 Secundárias: Encontram-se em 
segundo plano dentro da 
narrativa; 
 
 Personagens-tipo: São 
construídas a partir de 
estereótipos. São classificadas 
em planas (mantêm as 
mesmas características ao 
longo da obra) ou esféricas 
(personagens que se 
modificam no decorrer da 
narrativa); 
 
TIPOS DE DISCURSO 
 Discurso direto: o narrador 
interrompe o seu relato e 
reproduz literalmente as falas 
das personagens – diálogo. 
Esse tipo de discurso dá 
dinamicidade à narração; 
 
 Discurso Indireto: o narrador 
parafraseia as falas da 
personagem (fofoca); 
 
 Discurso indireto-livre: o 
ponto de vista do narrador se 
funde ao ponto de vista da 
personagem para reproduzir 
os sentimentos dela. 
 
VARIAÇÕES DO GÊNERO 
 Epopeia: texto narrativo que 
se constitui de cinco partes – 
proposição (proposta), 
invocação (clamor às musas), 
dedicatória (agradecimento), 
narração e epílogo (retomada 
de todo o enredo e desfecho). 
Geralmente recitadas por um 
narrador na terceira pessoa 
(há um distanciamento entre o 
narrador e quem vivencia a 
história – o herói) – Os 
Lusíadas; 
 
 Romance: o surgimento e a 
divulgação desse estão 
relacionados com a ascensão 
da burguesia e com a invenção 
da imprensa. A estrutura do 
romance apresenta o enredo 
principal e as cenas 
secundárias; 
 
 Novela: pode ser estruturada 
com um número variável de 
personagens, os quais 
aparecem e desaparecem 
GÊN EROS ÉPIC O (N A RRA T IV O ) E 
LÍRICO 
dentro da narrativa, ainda que 
mantendo a continuidade do 
enredo; 
 
 Conto: é uma narrativa 
concisa, centrada apenas em 
um núcleo. Em razão disso, há 
poucas personagens, tempo e 
espaço restritos, poucas ações 
e descrições superficiais (o 
vizinho, a mulher do 
professor...); 
 
 Crônica: o tempo é o fator 
crucial, a cronologia dos fatos 
é respeitada. Diferente do 
escritor de uma notícia,o 
cronista é um observador 
sensível dos fatos do cotidiano. 
Exemplos no Brasil: Cecília 
Meirelles, Carlos Drummond, 
Clarice Lispector, Luis 
Fernando Veríssimo, Fernando 
Sabino e Rubem Braga; 
 
 Fábula: é uma narrativa de 
cunho didático-pedagógico, 
em que as personagens 
encenam a moral da história; 
	GÊNERO LÍRICO
	TIPOS DO GÊNERO
	gÊnero épico-narrativo
	ENREDO
	NARRADOR
	espaço
	TEMPO
	PERSONAGENS
	tipos de discurso
	variações do gênero

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