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Questionário II - TEORIA DA LITERATURA - LETRAS

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Questionário II – TEORIA DA LITERATURA – 18/20 
 
É o gênero literário em que uma história é contada pela mediação de um narrador, contendo narrações, descrições, diálogos e dissertações. A qual gênero estamos nos referindo? 
• Narrativo; 
• Elegíaco; 
• Dramático; 
• Poético; 
• Lírico. 
2 
Sobre o foco narrativo de textos ficcionais, marque a opção correta. 
• Narrador e personagem são duas instâncias narrativas que nunca coincidem; 
• O narrador do tipo onisciente é sempre neutro; 
• A personagem que narra em primeira pessoa tem um ponto de vista limitado sobre a história narrada; 
• A presença do narrador onisciente neutro não é percebida pelo leitor; 
• A onisciência seletiva múltipla expõe em profundidade os pensamentos de apenas uma das personagens. 
2 
“O mundo se tornava fascista. Num mundo assim, que futuro nos reservariam? Provavelmente não havia lugar para nós, éramos fantasmas, rolaríamos de cárcere em cárcere, findaríamos num campo de concentração. Nenhuma 
utilidade representávamos na ordem nova. Se nos largassem, vagaríamos tristes, inofensivos e desocupados, farrapos vivos, fantasmas prematuros; desejaríamos enlouquecer, recolhermo-nos ao hospício ou ter coragem de 
amarrar uma corda ao pescoço e dar o mergulho decisivo. Essas ideias, repetidas, vexavam-me; tanto me embrenhara nelas que me sentia inteiramente perdido. ” 
(Memórias do cárcere, Graciliano Ramos) 
Após ler o excerto, seria correto afirmar que o tipo de narrador e o foco narrativo utilizado em Memórias do cárcere, de Graciliano Ramos, foram: 
• O narrador onisciente e o foco narrativo em 3ª pessoa, porque há uma busca de objetividade pelo narrador ao relatar os seus pensamentos mais íntimos; 
• O narrador personagem, de subtipo protagonista, e o foco narrativo em 1ª pessoa, pois o escrito tem tom autobiográfico e confessional; 
• O narrador observador e não é possível detectar em que foco narrativo está o texto; 
• O narrador personagem, de subtipo testemunha, e o foco narrativo em 1ª pessoa, porque o narrador dirige-se ao leitor em tom apelativo, contando a história de um mundo alternativo; 
• O narrador onisciente, de subtipo neutro, e o foco narrativo em 3ª pessoa, porque os pronomes usados são ele, ela, o, a, lhe, se, si e consigo. 
2 
“Em seguida entrou na sala, atravessou o corredor e chegou à janela baixa da cozinha. Examinou o terreiro, viu Baleia coçando-se a e esfregar as peladuras no pé de turco, levou a espingarda ao rosto. A cachorra espiou o dono 
desconfiada, enroscou-se no tronco e foi-se desviando, até ficar no outro lado da árvore, agachada e arisca, mostrando apenas as pupilas negras. Aborrecido com esta manobra. Fabiano saltou a janela, esgueirou-se ao longo da 
cerca do curral, deteve-se no mourão do canto e levou de novo a arma ao rosto. Como o animal estivesse de frente e não apresentasse bom alvo, adiantaram-se mais alguns passos. Ao chegar às catingueiras, modificou a 
pontaria e puxou o gatilho. A carga alcançou os quartos de Baleia, que se pôs latir desesperadamente.” 
(Vidas secas, Graciliano Ramos) 
Sobre esse fragmento de Vidas secas, seria possível afirmar que o tipo de narrador que o autor emprega é: 
• Narrador personagem, de subtipo testemunha; 
• Narrador onisciente, de subtipo neutro; 
• Narrador onisciente, de subtipo seletivo; 
• Narrador observador; 
• Narrador onisciente, de subtipo intruso. 
2 
A narratologia também pode ser chamada de Teoria da Narrativa, porque é a área que estuda e interpreta a estrutura e as operações das narrativas. As narrativas são os textos narrativos. 
Pelo conceito de texto narrativo, entendem-se: 
• As narrativas literárias escritas, sequência de eventos ou acontecimentos narrados por um sujeito; 
• As narrativas cinematográficas, sequência de imagens ao longo do tempo com estrutura narrativa; 
• Discursos verbais e não verbais com estrutura narrativa, sequência de acontecimentos e eventos narrados; 
• Discursos não verbais narrativos, emoções e pensamentos contados por um sujeito; 
• Textos verbais com estrutura narrativa, sequência de acontecimentos escritos pelo narrador. 
O gênero dramático pode ser entendido como uma forma literária bastante peculiar. Isso, porque, além dos recursos expressivos da linguagem, há aspectos extratextuais que complementam a significação e a compreensão da 
obra, envolvendo outras formas de apropriação que vão além da leitura propriamente. Assinale a opção que contém uma definição CORRETA de gênero dramático: 
• É uma produção dialógica que visa à leitura individual e reflexiva; 
• É uma forma literária que se realiza plenamente na apresentação cênica; 
• Contém a mesma estrutura de outras formas narrativas: tempo, espaço e personagens, que se constroem pela mediação do narrador; 
• Assim como os grandes textos épicos, a estrutura narrativa se organiza em versos; 
• Tal como o estilo lírico, busca expressar a alma humana por meio de uma sinergia entre o sujeito e o mundo recordado. 
2 
Além das falas das personagens, há outros recursos próprios do texto dramático que complementam a história e ajudam a contextualizar as ações das personagens. Salvatore D´Onofrio (2001, p. 132) diz que: “A função 
reflexiva do coro é substituída nas obras dramáticas em língua moderna pelas diversas personagens que, volta e meia, tecem considerações sobre o que está acontecendo”. Um dos recursos para esse tipo de manifestação das 
personagens é: 
• A rubrica; 
• A cenografia; 
• A máscara; 
• O aparte; 
• O narrador. 
2 
Considere o trecho a seguir, retirado da tragédia Édipo Rei, de Sófocles (1999, p. 18). Nela, o reino de Édipo é ameaçado por pestes e doenças. O adivinho diz que há um responsável por esse castigo dos deuses. Édipo, então, 
busca descobrir quem é o responsável pelas desgraças que se abateram sobre Tebas. Mal sabia que era ele o causador desses males. 
“ÉDIPO: Rogo aos céus que o criminoso, que tenha agido a sós, sem se trair, ou com cúmplices, tenha uma vida sem alegria […] (Édipo desce em direção ao coro. Num tom mais familiar, mas que se anima e se amplia aos poucos). 
Sim, ainda que não tivésseis recebido esse aviso dos deuses, não seria decente para vós tolerar semelhante mácula. ” 
Acerca da marcação em itálico, é correto afirmar que: 
• É importante apenas quando a peça for encenada, para compor o cenário. No caso da leitura do texto, pouco tem a contribuir para a sua compreensão; 
• Evidencia as falas do corifeu, o líder do coro, descrevendo o que se passa na cena; 
• Demonstra a composição coletiva de um texto dramático, pois são marcas feitas pelo diretor de cena, para dar concretude ao texto escrito pelo dramaturgo; 
• É definida como aparte, em que a personagem, ao mesmo tempo em que fala aos seus interlocutores, dialoga com o público, descrevendo seus atos; 
• Corresponde à rubrica, uma orientação de cena destinada ao diretor, para que possa dispor os atores em cena e facilitar o processo de atuação, tornando o espetáculo o mais próximo possível daquilo que 
foi pensado pelo autor. 
2 
Considerando a relação do gênero dramático com os demais gêneros literários, percebe-se que há aspectos comuns a todos, como, por exemplo, a preocupação estética com a linguagem e o caráter ficcional. Por outro lado, há 
características próprias a cada um. O trecho a seguir estabelece uma relação entre os gêneros em prosa, em verso e o drama, segundo Anatol Rosenfeld (2008, p. 27). 
“Na ____________, pois, concebida como idealmente pura, não há a oposição sujeito-objeto. O sujeito como que abarca o mundo, a alma cantante ocupa, por assim dizer, todo o campo. Na ____________, verifica-se a oposição sujeito-
objeto. Ambos não se confundem. Na ____________, desaparece de novo a oposição sujeito-objeto. […]. Agora o mundo se apresenta como se estivesse autônomo, absoluto. ” 
A sequência que preenche corretamente a citação é: 
• Dramática – lírica – épica; 
• Lírica – dramática – épica; 
• Lírica – épica – dramática; 
• Épica – dramática – lírica; 
• Épica – lírica – dramática. 
2 
Comparando-se a linguagemdo texto dramático com a de um texto narrativo, como um romance ou um conto, por exemplo, percebe-se que, no primeiro caso, há uma vivacidade na construção das falas, em geral, curtas, na 
medida em que o texto dramático é escrito com vistas à encenação. Logo, a organização das palavras deve prever isso. Os sentidos do gênero dramático não se encerram na sequência de frases e palavras, pois: 
• Elementos como gesto, tom de voz, tempo de fala e outras intervenções do ator em cena contribuem para a plenitude dos sentidos; 
• Falta um elemento organizador, que é a figura do narrador, indispensável em qualquer gênero narrativo; 
• Cabe ao leitor imaginar como seriam as personagens e como se comportam, tornando-se, assim, o elemento final na cadeia do texto dramático; 
• São uma construção coletiva. O autor, com vistas à encenação, depende das orientações do diretor para completar o texto e compor as personagens; 
• Os diálogos são continuamente adaptados pelo diretor. Nesse sentido, o texto dramático não contém a mesma fixação escrita de um romance ou conto, pois a linguagem, necessariamente, será alterada.

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