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'Problemas do Controle Social na visão de Max Weber'

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PROBLEMAS DO CONTROLE SOCIAL NA VISÃO DE MAX WEBER
	A sociologia desenvolvida por Max Weber é marcada pela noção de burocracia. Essa palavra é usada atualmente, muitas vezes, de maneira equivocada, distante do seu sentido original.
Para Weber, para o desenvolvimento próspero da sociedade é preciso que as instituições sejam geridas de maneira organizada. A organização social necessária para a produtividade das instituições recebeu o nome de burocracia, e é esse o sentido empregado pelo sociólogo.
Em que pese ser em certo ponto um crítico da burocracia, Weber enxergava esse gerenciamento institucionalizado como um mal necessário. Portanto, o controle social poderia ameaçar a burocracia do Estado, o que impactaria negativamente o desenvolvimento social.
Mencione-se dois problemas comuns relacionados ao controle social, segundo o sociólogo Max Weber: a quebra da impessoalidade do Estado e a diminuição do desenvolvimento social, na medida que o alcance de metas seria dificultado pelo controle social.
Quanto ao primeiro problema apontado esclareça-se que o Estado burocrático na visão de Weber diz respeito à gestão impessoal (institucionalizada) dos mecanismos estatais, de modo que, na burocracia, os agentes públicos não agem na busca de seus interesses particulares, mas sim na consecução do chamado “bem comum”.
A participação social na gestão pública descaracteriza a impessoalidade inerente ao administrador público em um sistema burocrático. A sociedade é composta por diversos grupos, cada qual almejando objetivos que nem sempre são comuns a todos; logo, o controle social pode interferir na impessoalidade da gestão pública, desvirtuando o interesse comum na procura pela satisfação dos interesses egoísticos de determinado grupo social.
Já em relação à diminuição da produtividade e do desenvolvimento social provocada pela participação social na gestão pública deve-se ter em mente que a sociedade é heterogênea e plural, portanto, a participação social na administração do interesse público mostra-se como um obstáculo, na visão de Weber, para o estabelecimento de metas e sua concretização.
A fixação de metas no Estado burocrático pressupõe a adoção de critérios objetivos. Em contrapartida, a participação da sociedade, no exercício do controle social, é marcada pela subjetividade, o que acaba por embaraçar o estabelecimento de metas claras, objetivas e impessoais que visam o desenvolvimento da sociedade.
Deste modo tem-se principalmente estes dois problemas relacionados com a participação social na gestão pública: por um lado a descaracterização da impessoalidade do gestor público e de outro o subjetivismo na fixação de metas na busca do “bem comum” preconizado pelo Estado burocrático.

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