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APERFEIÇOAR SAÚDE - PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS - BANCA FGV - FUNSAÚDE PORTUGUÊS - PROFESSOR NETO FONTENELE – BIZU FEROZ – INSTA: @profnetofontenele 1 É HORA DE SE DIFERENCIAR! NÓS SABEMOS O QUE VOCÊ PRECISA PARA CONQUISTAR A SUA APROVAÇÃO!! Prezada(o) concurseira(o) da área da saúde, para podermos ter uma boa preparação para concursos, é necessário conhecermos a banca de cada certame. Desse modo, para que você se sinta mais preparada(o), fiz uma comparação entre o último edital realizado pela FGV, portanto a aplicação da prova mais recente, com edital de 10.05.2021, com um edital da FGV para concurso na área da saúde para você perceber as similaridades e as diferenças entre os concursos. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DA PROVA DE PORTUGUÊS, NÍVEL SUPERIOR. 1. Concurso Público para o Tribunal de Contas do Estado do Amazonas EDITAL N° 01, DE 10 DE MAIO DE 2021 LÍNGUA PORTUGUESA 1. Elementos de construção do texto e seu sentido: gênero do texto (literário e não literário, narrativo, descritivo e argumentativo); interpretação e organização interna. 2. Semântica: sentido e emprego dos vocábulos; campos semânticos; emprego de tempos e modos dos verbos em português. 3. Morfologia: reconhecimento, emprego e sentido das classes gramaticais; processos de formação de palavras; mecanismos de flexão dos nomes e verbos. 4. Sintaxe: frase, oração e período; termos da oração; processos de coordenação e subordinação; concordância nominal e verbal; transitividade e regência de nomes e verbos; emprego do sinal indicativo de crase; padrões gerais de colocação pronominal no português; mecanismos de coesão textual. Pontuação. Reescrita de frases: substituição, deslocamento, paralelismo; variação linguística: norma culta. 5. Ortografia. Acentuação gráfica. Observação: os itens deste programa serão considerados sob o ponto de vista textual, ou seja, deverão ser estudados sob o foco de sua participação na estruturação significativa dos textos. CAMARA MUNICIPAL DE ARACAJU EDITAL N° 01, DE 10 DE FEVEREIRO DE 2020 COMO SE PODE PERCEBER, OS CONTEÚDOS SÃO OS MESMOS. Vamos detalhar aqui o conteúdo programático da prova: Elementos de construção do texto e seu sentido: gênero do texto (literário e não literário, narrativo, descritivo e argumentativo); interpretação e organização interna. Semântica: sentido e emprego dos vocábulos; campos semânticos; estilística: figuras de linguagem: A FGV tem cobrado bastante a combinação de texto verbal e não verbal, isto é, a mistura de charge, de propagandas, de imagens com texto escrito, pedindo a relação de humor, o efeito da propaganda, a intenção comunicativa numa imagem. Vez por outra, encontramos questões que se referem ao tipo textual narrativo, dissertativo ou descritivo. Questões que cobram o sentido dos vocábulos também aparecem sempre nas provas, e está nessas questões o reconhecimento das figuras de linguagem, principalmente a metáfora, metonímia e a personificação. Veremos isso em muitas questões. Emprego de tempos e modos dos verbos em português: Uma boa leitura do texto vai conduzi-lo a se safar da questão. Basicamente a banca identifica um verbo no texto, muitas vezes no tempo presente do indicativo, e faz uma afirmação sobre este emprego. Então, uma leitura atenta do texto ajuda muito! Como eu sempre digo, nunca decore o emprego de tempo verbal, temos que perceber o contexto em que é utilizado. Morfologia: reconhecimento, emprego e sentido das classes gramaticais; processos de formação APERFEIÇOAR SAÚDE - PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS - BANCA FGV - FUNSAÚDE PORTUGUÊS - PROFESSOR NETO FONTENELE – BIZU FEROZ – INSTA: @profnetofontenele 2 É HORA DE SE DIFERENCIAR! NÓS SABEMOS O QUE VOCÊ PRECISA PARA CONQUISTAR A SUA APROVAÇÃO!! de palavras; mecanismos de flexão dos nomes e verbos: O trabalho com a classe gramatical se volta ao emprego textual do advérbio e preposição, além do reconhecimento do sentido com o deslocamento do adjetivo em relação ao substantivo. O processo de formação de palavras basicamente se concentra no sentido do prefixo ou sufixo. Mecanismos de coesão textual: Basicamente é a identificação de um pronome relativo ou pessoal, o qual faz referência a uma palavra anterior. Assim, uma boa leitura do texto mata a questão. Além disso, entramos nos conhecimentos dos conectores coordenativos e subordinativos adverbiais. Isso sempre cai e revisaremos. Sintaxe: frase, oração e período; termos da oração; processos de coordenação e subordinação. Pontuação. Reescrita de frases: substituição, deslocamento, paralelismo. Variação linguística: norma culta: Aqui recai parte muito importante do conteúdo da prova e é por isso que a primeira parte do nosso revisional partirá para um resumão desse conteúdo. A pontuação tem ligação direta com a sintaxe da oração e com a sintaxe do período. Além disso, ao estudarmos período composto, entendemos o emprego das conjunções, isto é, dos conectores sobre os quais falamos no item anterior. Normalmente, vemos questões que querem saber o valor da oração adjetiva com e sem vírgula; a dupla vírgula separando estruturas adverbiais intercaladas; o emprego do aposto explicativo e enumerativo por meio de travessões, dois pontos, vírgulas. Concordância nominal e verbal: A banca FGV explora bastante o emprego da voz passiva sintética, isto é, o reconhecimento do pronome apassivador, o que força o verbo a concordar com o sujeito paciente, em construções como “Alugam-se casas”. Também trabalha o valor de outro “se”: o índice de indeterminação do sujeito. Basicamente com o verbo “tratar”. Como eles gostam deste verbo!!!!! Então, bateu o olho no verbo “tratar”, fique de olho, pois construções como “Tratam-se de problemas” ou “A reunião trata-se de problemas” são viciosas e em nossa videoaula eu vou explicar por quê. O correto é “Trata-se de problemas” ou “A reunião trata de problemas”. Além disso, a banca cobra a concordância com a expressão partitiva “a maioria dos”, “a maior parte dos” etc. Transitividade e regência de nomes e verbos; emprego do sinal indicativo de crase: Quanto à regência, ela é cobrada dentro da funcionalidade do pronome relativo e da crase. Resolveremos várias questões e vou apontar algumas pegadinhas nas quais não podemos cair. Padrões gerais de colocação pronominal no português: Tema fácil e que alguns candidatos costumam marcar bobeira!!!! Nós veremos os casos de próclise obrigatória, é isso que cai! Ortografia. Acentuação gráfica: A grafia de palavras tem caído bastante nas provas, e vamos perceber que a resolução por eliminação das alternativas é bastante proficiente e não se deve ficar decorando regras. Muitas vezes se mata a questão por palavra(s) de reconhecimento rápido e fácil. COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO Vamos falar da compreensão (intelecção) e da interpretação de textos em concursos. O candidato é geralmente conduzido pelos examinadores a três tipos de erros: extrapolação, redução e contradição. a) Extrapolação: dizer mais que o texto; generalizar o que é particular. Exemplo: “Os portugueses José, Antônio e Joaquim são simpáticos.” A extrapolação está na alternativa: ( ) Os portugueses são simpáticos. Resolução: o texto diz que aqueles três portugueses são simpáticos. A questão não diz “todos” os portugueses são simpáticos. b) Redução: particularizar o que é geral; ater-se apenas a uma parte, esquecendo outras importantes; desprezar o contexto e entender uma parte com outro significado. Exemplo: “O estudo dá prazer, por isso deve ser cultivado.” A redução está na alternativa: ( ) Quando se estuda bem, o estudo dá prazer. Resolução: o texto diz que o estudo dá prazer e não condicionou isso a um determinado modo de estudar. c) Contradição: concluir contrariamente ao texto; omitir passagens importantes parafugir do sentido original. Exemplo: “O homem, racional, quando sob o domínio do ódio, pode agir como um animal selvagem”. A alternativa com erro de contradição: ( ) O homem é racional, porque pode agir como um animal. Resolução: o texto diz que o homem, “embora” racional, pode agir como irracional. A questão diz que o homem é racional, “porque” pode agir como irracional. APERFEIÇOAR SAÚDE - PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS - BANCA FGV - FUNSAÚDE PORTUGUÊS - PROFESSOR NETO FONTENELE – BIZU FEROZ – INSTA: @profnetofontenele 3 É HORA DE SE DIFERENCIAR! NÓS SABEMOS O QUE VOCÊ PRECISA PARA CONQUISTAR A SUA APROVAÇÃO!! Então, resumindo, pode-se estruturar o estudo em: 1. COMPREENSÃO OU INTELECÇÃO DE TEXTO Consiste em analisar o que realmente está escrito, ou seja, coletar dados do texto. O enunciado normalmente assim se apresenta: As considerações do autor se voltam para... Segundo o texto está correta... De acordo com o texto, está incorreta... Tendo em vista o texto, está incorreta... O autor sugere ainda que.. De acordo com o texto é certo... O autor afirma que... 2. INTERPRETAÇÃO DE TEXTO Consiste em saber o que se infere (conclui) do que está escrito. O enunciado normalmente é encontrado da seguinte maneira: O texto possibilita o entendimento de que... Com apoio no texto, infere-se que... O texto encaminha o leitor para... Pretende o texto mostrar que o leitor... O texto possibilita deduzir que... O VOCABULÁRIO Todo leitor deve preocupar-se em melhorar constantemente a sua capacidade de identificar palavras-chaves e palavras de complementação periférica do texto. Estas tornam a percepção mais aguda e profunda, mas não chegam a comprometer o resultado geral da leitura. Já aquelas (palavras- chaves) podem impedir a compreensão do sentido geral do texto. Nos dois casos, é necessário atentar para as pistas contextuais e ler diariamente, para ampliar o conhecimento vocabular. TEMA DO TEXTO O tema traz em si a informação principal para a qual cada uma das partes se volta. Um tema é retomado diversas vezes dentro de um texto, apresentando aspectos diferentes; na verdade, é a armação sustentadora do assunto. Quase se poderia afirmar que é a redução mais sintética a que se pode chegar de um texto. A PARÁFRASE A paráfrase também é uma forma de reprodução de um texto. É uma reafirmação em palavras diferentes da ideia central de uma passagem. Na paráfrase recontamos o texto com as próprias palavras, é quase uma tradução daquilo que parte do texto ou o todo querem dizer. Em geral, a paráfrase se aproxima do original em extensão. Exemplo.: “Na verdade, como estamos todos ligados não só pelas regras da globalização, mas sobretudo pelas leis da espiritualidade, de uma forma ou de outra acabaremos sofrendo as consequências da imperfeição humana.” O RESUMO O resumo é uma condensação fiel das ideias ou dos fatos contidos num texto. Para reduzir um texto ao seu esqueleto essencial, não se deve perder de vista as suas partes principais, a ordem em que aparecem e a correlação estabelecida entre as ideias. Não podem ser introduzidos comentários ou conclusões pessoais. O resumo, com redução de um texto, deve evitar ser apenas uma colagem de frases retiradas do original, precisa procurar um estilo objetivo com vocabulário próprio de quem o redige. AMBIGUIDADE A ambiguidade é um dos problemas que podem ser evitados no texto. Ela surge quando algo que está sendo dito admite mais de um sentido, comprometendo a compreensão do conteúdo. Isso pode suscitar dúvidas no leitor e levá-lo a conclusões equivocadas na interpretação do texto. A inadequação ou a má colocação de elementos como pronomes, adjuntos adverbiais, expressões e até mesmo enunciados inteiros podem acarretar em duplo sentido, comprometendo a clareza do texto. Observe os exemplos que seguem: a) "O professor falou com o aluno parado na sala" Neste caso, a ambiguidade decorre da má construção sintática deste enunciado. Quem estava parado na sala? O aluno ou o professor? A solução é, mais uma vez, colocar "parado na sala" logo ao lado do termo a que se refere: "Parado na sala, o professor falou com o aluno"; ou "O professor falou com o aluno, que estava parado na sala". b) "A polícia cercou o ladrão do banco na rua Santos." O banco ficava na rua Santos, ou a polícia cercou o ladrão nessa rua? A ambiguidade resulta da má colocação do adjunto adverbial. Para evitar isso, coloque "na rua Santos" mais perto do núcleo de sentido a que se refere: Na rua Santos, a polícia cercou o ladrão; ou A polícia cercou o ladrão do banco que se localiza na rua Santos" c) "Pessoas que consomem bebidas alcoólicas com frequência apresentam sintomas de irritabilidade e depressão." Mais uma vez a duplicidade de sentido é provocada pela má colocação do adjunto adverbial. Assim, pode- se entender que "As pessoas que, com frequência, consomem bebidas alcoólicas apresentam sintomas de irritabilidade e depressão" ou que "As pessoas que APERFEIÇOAR SAÚDE - PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS - BANCA FGV - FUNSAÚDE PORTUGUÊS - PROFESSOR NETO FONTENELE – BIZU FEROZ – INSTA: @profnetofontenele 4 É HORA DE SE DIFERENCIAR! NÓS SABEMOS O QUE VOCÊ PRECISA PARA CONQUISTAR A SUA APROVAÇÃO!! consomem bebidas alcoólicas apresentam, com frequência, sintomas de irritabilidade e depressão". Uma das estratégias para evitar esses problemas é revisar os textos. Uma redação de boa qualidade depende muito do domínio dos mecanismos de construção da textualidade e da capacidade de se colocar na posição do leitor. Os textos de humor fazem largo uso da dupla possibilidade de leitura. É o que acontece nestas piadinhas rápidas. PASSOS PARA LEITURA E INTERPRETAÇÃO 1) Não extrapole ao que está escrito no texto. Muitas vezes, por se tratar de fatos reais, o candidato interpreta o que não está escrito. Deve-se ater somente às informações que estão relatadas. 2) Não valorize apenas uma parte do contexto. O texto deve ser considerado como um todo, não se atenha à parte dele. 3) Sublinhe as palavras-chave do enunciado, para evitar de se entender justamente o contrário do que está escrito. Leia atentamente o comando da questão, para saber realmente o que se pede. Tome cuidado com algumas palavras, como: pode, deve, não, sempre, é necessário, correta, incorreta, exceto, erro etc. 4) Leia o texto para ter noção do assunto, prestando atenção às partes. Lembre-se de que cada parágrafo desenvolve uma ideia. 5) Leia duas vezes cada alternativa para eliminar o que é absurdo. Geralmente um terço das afirmativas o são. 6) Se o comando pede a ideia principal ou tema, normalmente deve situar-se no primeiro ou no último parágrafo - introdução e conclusão. 7) Se o comando busca argumentação, deve localizar- se nos parágrafos intermediários - desenvolvimento. 8) Durante a leitura, pode-se sublinhar o que for mais significativo e/ou fazer observações à margem do texto. 9) Não levar em consideração o que o autor quis dizer, mas sim o que ele disse; o que, de fato, escreveu. 10) Tomar cuidado com os vocábulos relatores (os que remetem a outros vocábulos do texto: pronomes relativos, pronomes pessoais, pronomes demonstrativos, etc.). GÊNEROS TEXTUAIS Ao longo de nossa vivência enquanto falantes, temos a oportunidade de convivermos com uma enorme diversidade de textos. Basta sairmos às ruas que tão logo está confirmada esta ocorrência. São panfletos, outdoors, cartazes, dentre outros. Ao enfatizarmos sobre os tipos textuais, esta classificação relaciona-se com a natureza linguística expressa pelos mesmos. Classificando-se em narrativos, descritivos e dissertativos. Conforme demonstra os exemplos: Um texto narrativo caracteriza-se pela sucessão de fatos ligados a um determinado acontecimento, seja ele real ou fictício, o qual pressupõe-se de todos os elementos referentes à modalidade emquestão, como narrador, personagens, discurso, tempo e espaço. O descritivo pauta-se pela descrição minuciosa de uma determinada pessoa, objeto, animal ou lugar, no qual as impressões são retratadas de maneira fiel. O dissertativo conceitua-se pela exposição de ideias, reforçadas em argumentos lógicos e convincentes acerca de um determinado assunto. Já os gêneros textuais estão diretamente ligados às situações cotidianas de comunicação, fortalecendo os relacionamentos interpessoais por meio da troca de informações. Tais situações referem-se à finalidade que possui cada texto, sendo estas, inúmeras. Como por exemplo: A comunicação feita em meio eletrônico é um gênero textual que aproxima pessoas de diferentes lugares, permitindo uma verdadeira interação entre as mesmas. Existem gêneros textuais do cotidiano jornalístico, cuja finalidade é a informação. É o caso da notícia, da entrevista, do artigo de opinião, do editorial, dentre outros. Há também os chamados instrucionais, como, por exemplo, o manual de instrução, a bula de um remédio, e outros. Outros que se classificam como científicos, os quais são oriundos de pesquisas e estudo de casos, como a monografia, tese de doutorado, ligados à prática acadêmica. Enfim, seja qual for o gênero utilizado, torna-se de fundamental importância sabermos que todos possuem uma finalidade específica perante à comunicação estabelecida, e como fazem parte da modalidade escrita da língua, são regidos de normas específicas no que se refere à sua composição. Denotação e Conotação "Denotação e conotação são as duas possibilidades de significados das palavras. Não podemos esquecer que, antes de tudo, um texto é constituído de palavras. E se pretendemos compreender e interpretar um texto, devemos conhecer as diversas possibilidades de empregos dessas palavras. Já vimos que o uso da língua faz com que ela se torne viva, dinâmica. Palavras novas são criadas para conceituar novas dimensões que outras palavras APERFEIÇOAR SAÚDE - PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS - BANCA FGV - FUNSAÚDE PORTUGUÊS - PROFESSOR NETO FONTENELE – BIZU FEROZ – INSTA: @profnetofontenele 5 É HORA DE SE DIFERENCIAR! NÓS SABEMOS O QUE VOCÊ PRECISA PARA CONQUISTAR A SUA APROVAÇÃO!! deixam de ser usadas quando a prática social em que estavam inseridas desaparecem. Mas a vida das palavras não pode ser resumida em seu nascimento e sua morte. Enquanto utilizada, viva, a palavra também passa por modificações, adquire novos significados e, dependendo do contexto, pode apresentar-se um significado totalmente diferente do seu significado original. Assim, é muito importante que o bom leitor entenda qual era a intenção do autor quando ele selecionou e empregou determinadas palavras em determinados contextos. Para entendermos com que sentido em que a palavra foi empregada, é importante conhecermos suas duas possibilidades de significados. Uma palavra pode ser empregada no sentido denotativo ou no sentido conotativo. Vamos ver cada uma delas."¹ Sentido real: a palavra usada em seu sentido mais comum. O sentido real, também conhecido como literal (ou significado “ao pé da letra”), usado quando não se quer gerar dúvidas de interpretação, é veiculado em textos informativos (notícia, reportagem), artigos científicos, no dicionário, entre outros. Sentido figurado: uso criativo da palavra, diferente do convencional, que estabelece associações/ comparações para atribuir aos vocábulos novos significados. O sentido figurado é constantemente usado no cotidiano nos “ditados populares” e nas “expressões idiomáticas”. Poetas, músicos e escritores de diferentes gêneros literários costumam utilizar a palavra no sentido figurado. Uma palavra é empregada no sentido denotativo quando ela for utilizada no seu sentido real, no seu significado original, seu sentido próprio. Aquele sentido que consta no dicionário e que não depende do contexto para ser entendida. Quando dizemos por exemplo que o Dr. Victor Frankenstein criou um monstro, estamos empregando a palavra monstro no seu sentido literal, original. O cientista criou um ser descomunal, disforme, ameaçador. Se a palavra for empregada em um sentido diferente daquele do sentido original, com uma significação que depende do contexto para ser entendida, dizemos, então, que a palavra foi empregada no sentido conotativo. Analise emprego da mesma palavra monstro nesta frase: "Jackson do Pandeiro é um MONSTRO sagrado da música popular brasileira". Perceba que, nesse exemplo, a palavra foi utilizada no sentido diferente da original. Monstro vem mais num sentido de um ser disforme, mas, por um processo de analogia emprega-se aqui a palavra monstro no sentido de alguém que se destaca, que é descomunal, alguém que sai do comum, não por ser uma aberração, uma deformidade, mas por ser um gênio naquilo que faz. Analise as frases abaixo e identifique a denotação e a conotação: O menino quebrou a vidraça. A garota quebrou o silêncio. Uma pedra rolou da escada. Aquela pessoa é uma pedra no meu sapato. As estrelas do céu brilhavam. As estrelas do cinema brilhavam. DENOTAÇÃO/CONOTAÇÃO/DENOTAÇÃO/CONOTAÇÃO / DENOTAÇÃO/CONOTAÇÃO GÊNEROS TEXTUAIS Os Gêneros textuais são as estruturas com que se compõem os textos, sejam eles orais ou escritos. Essas estruturas são socialmente reconhecidas, pois se mantêm sempre muito parecidas, com características comuns, procuram atingir intenções comunicativas semelhantes e ocorrem em situações específicas. Pode-se dizer que se tratam das variadas formas de linguagem que circulam em nossa sociedade, sejam eles formais ou informais. Cada gênero textual tem seu estilo próprio, podendo então, ser identificado e diferenciado dos demais através de suas características. Exemplos: Carta: quando se trata de "carta aberta" ou "carta ao leitor", tende a ser do tipo dissertativo- argumentativo com uma linguagem formal, em que se escreve à sociedade ou a leitores. Quando se trata de "carta pessoal", a presença de aspectos narrativos ou descritivos e uma linguagem pessoal é mais comum. No caso da "carta denúncia", em que há o relato de um fato que o autor sente necessidade de o exporá o seu público, os tipos narrativos e dissertativo-expositivo são mais utilizados. Propaganda: é um gênero textual dissertativo- expositivo onde há a o intuito de propagar informações sobre algo, buscando sempre atingir e influenciar o leitor apresentando, na maioria das vezes, mensagens que despertam as emoções e a sensibilidade do mesmo. Bula de remédio: trata-se de um gênero textual descritivo, dissertativo-expositivo e injuntivo que tem por obrigação fornecer as informações necessárias para o correto uso do medicamento. Receita: é um gênero textual descritivo e injuntivo que tem por objetivo informar a fórmula para preparar tal comida, http://www.youtube.com/watch?v=jpGpNlo5-WI APERFEIÇOAR SAÚDE - PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS - BANCA FGV - FUNSAÚDE PORTUGUÊS - PROFESSOR NETO FONTENELE – BIZU FEROZ – INSTA: @profnetofontenele 6 É HORA DE SE DIFERENCIAR! NÓS SABEMOS O QUE VOCÊ PRECISA PARA CONQUISTAR A SUA APROVAÇÃO!! descrevendo os ingredientes e o preparo destes, além disso, com verbos no imperativo, dado o sentido de ordem, para que o leitor siga corretamente as instruções. Tutorial: é um gênero injuntivo que consiste num guia que tem por finalidade explicar ao leitor, passo a passo e de maneira simplificada, como fazer algo. Editorial: é um gênero textual dissertativo- argumentativo que expressa o posicionamento da empresa sobre determinado assunto, sem a obrigação da presença da objetividade. Notícia: podemos perfeitamente identificar características narrativas, o fato ocorrido que se deu em um determinado momento e em um determinado lugar, envolvendo determinadas personagens. Características do lugar, bem como dos personagens envolvidos são, muitas vezes,minuciosamente descritos. Reportagem: é um gênero textual jornalístico de caráter dissertativo-expositivo. A reportagem tem, por objetivo, informar e levar os fatos ao leitor de uma maneira clara, com linguagem direta. Entrevista: é um gênero textual fundamentalmente dialogal, representado pela conversação de duas ou mais pessoas, o entrevistador e o (s) entrevistado (s), para obter informações sobre ou do entrevistado, ou de algum outro assunto. Geralmente envolve também aspectos dissertativo-expositivos, especialmente quando se trata de entrevista a imprensa ou entrevista jornalística. Mas pode também envolver aspectos narrativos, como na entrevista de emprego, ou aspectos descritivos, como na entrevista médica. História em quadrinhos: é um gênero narrativo que consiste em enredos contados em pequenos quadros através de diálogos diretos entre seus personagens, gerando uma espécie de conversação. Charge: é um gênero textual narrativo onde se faz uma espécie de ilustração cômica, através de caricaturas, com o objetivo de realizar uma sátira, crítica ou comentário sobre algum acontecimento atual, em sua grande maioria. Poema: trabalho elaborado e estruturado em versos. Além dos versos, pode ser estruturado em estrofes. Rimas e métrica também podem fazer parte de sua composição. Pode ou não ser poético. Dependendo de sua estrutura, pode receber classificações específicas, como haicai, soneto, epopeia, poema figurado, dramático, etc. Em geral, a presença de aspectos narrativos e descritivos são mais frequentes neste gênero. Importante também é a distinção entre poema e poesia. Poesia é o conteúdo capaz de transmitir emoções por meio de uma linguagem, ou seja, tudo o que toca e comove pode ser considerado como poético. Assim, quando se aplica a poesia ao gênero <poema>, resulta-se em um poema poético, quando aplicada à prosa, resulta-se na prosa poética (até mesmo uma peça ou um filme podem ser assim considerados). Canção: possui muitas semelhanças com o gênero poema, como a estruturação em estrofes e as rimas. Ao contrário do poema, costuma apresentar em sua estrutura um refrão, parte da letra que se repete ao longo do texto, e quase sempre tem uma interação direta com os instrumentos musicais. A tipologia narrativa tem prevalência neste caso. Advinha: é um gênero cômico, o qual consiste em perguntas cujas respostas exigem algum nível de engenhosidade. Predominantemente dialogal. Anais: um registro da história resumido, estruturado ano a ano. Atualmente, é utilizado para publicações científicas ou artísticas que ocorram de modo periódico, não necessariamente a cada ano. Possui caráter fundamentalmente dissertativo. Anúncio publicitário: utiliza linguagem apelativa para persuadir o público a desejar aquilo que é oferecido pelo anúncio. Por meio do uso criativo das imagens e da linguagem, consegue utilizar todas as tipologias textuais com facilidade. Boletos, faturas, carnês: predomina o tipo descrição nestes casos, relacionados a informações de um indivíduo ou empresa. O tipo injuntivo também se manifesta, através da orientação que cada um traz. Profecia: em geral, estão em um contexto religioso, e tratam de eventos que podem ocorrer no futuro da época do autor. A predominância é a do tipo preditivo, havendo também características dos tipos narrativo e descritivo. APERFEIÇOAR SAÚDE - PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS - BANCA FGV - FUNSAÚDE PORTUGUÊS - PROFESSOR NETO FONTENELE – BIZU FEROZ – INSTA: @profnetofontenele 7 É HORA DE SE DIFERENCIAR! NÓS SABEMOS O QUE VOCÊ PRECISA PARA CONQUISTAR A SUA APROVAÇÃO!! Domínio Principal Gêneros textuais Científico Artigo científico Verbete de enciclopédia Nota de aula Nota de rodapé Tese Dissertação Trabalho de conclusão Biografia Patente Tabela Mapa Gráfico Resumo Resenha Jornalístico Editorial Notícia Reportagem Artigo de opinião Entrevista Anúncio Carta ao leitor Resumo de novela Capa de revista Expediente Errata Programação semanal Debate Religioso Oração Reza Lamentação Catecismo Homilia Cântico religioso Sermão Comercial Nota de venda Nota de compra Fatura Anúncio Comprovante de pagamento Nota promissória Nota fiscal Boleto Código de barras Rótulo Logomarca Comprovante de renda Curriculum vitae Instrucional Receita culinária Manual de instrução Manual de montagem Regra de jogo Roteiro de viagem Contrato Horóscopo Formulário Edital Placa Catálogo Glossário Receita médica Bula de remédio Jurídico Contrato Lei Regimento Regulamento Estatuto Norma Certidão Atestado Declaração Alvará Parecer Certificado Diploma Edital Documento pessoal Boletim de ocorrência Publicitário Propaganda Anúncio Cartaz Folheto Logomarca Endereço postal Humorístico Piada Adivinha Charge Interpessoal Carta pessoal APERFEIÇOAR SAÚDE - PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS - BANCA FGV - FUNSAÚDE PORTUGUÊS - PROFESSOR NETO FONTENELE – BIZU FEROZ – INSTA: @profnetofontenele 8 É HORA DE SE DIFERENCIAR! NÓS SABEMOS O QUE VOCÊ PRECISA PARA CONQUISTAR A SUA APROVAÇÃO!! Carta comercial Carta aberta Carta do leitor Carta oficial Carta convite Bilhete Ata Telegrama Agradecimento Convite Advertência Bate-papo Aviso Informe Memorando Mensagem Relato Requerimento Petição Ordem E-mail Ameaça Fofoca Entrevista médica Ficcional Poema Conto Mito Peça de teatro Lenda Fábula Romance Drama Crônica História em quadrinhos RPG COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAL Para não ser enganado pela articulação do contexto, é necessário que se esteja atento à coesão e à coerência textuais. Coesão textual é “o fenômeno que diz respeito ao modo como os elementos linguísticos presentes na superfície textual se encontram interligados entre si, por meio de recursos também linguísticos, formando sequências veiculadoras de sentidos.” (Ingedore V. Koch). Diz-se que um texto tem coesão quando seus vários enunciados estão organicamente articulados entre si, quando há concatenação entre eles. A conexão entre os vários enunciados é fruto das relações de sentido que existem entre eles. A título de exemplificação do que foi dito, observe-se o texto a seguir: É sabido que o sistema do Império Romano dependia da escravidão, sobretudo para a produção agrícola. É sabido ainda que a população escrava era recrutada principalmente entre os prisioneiros de guerra. Em vista disso, a pacificação das fronteiras fez diminuir consideravelmente a população escrava. Como o sistema não podia prescindir da mão-de-obra escrava, foi necessário encontrar outra forma de manter inalterada essa população. Como se pode observar, os enunciados desse texto não estão amontoados caoticamente, mas estritamente interligados entre si: ao se ler, percebe-se que há conexão entre cada uma das partes. Quando escrevemos um texto, uma das maiores preocupações é como amarrar a frase seguinte à anterior. Isso só é possível se dominarmos os princípios básicos de coesão. A cada frase enunciada devemos ver se ela mantém um vínculo com a anterior ou anteriores para não perdermos o fio do pensamento. Uma das modalidades de coesão é a remissão. E a coesão pode desempenhar a função de (re)ativação do referente. A reativação do referente no texto é realizada por meio da referenciação anafórica ou catafórica, formando-se cadeias coesivas mais ou menos longas. A remissão anafórica realiza-se por meio de pronomes pessoais de 3ª pessoa(retos e oblíquos) e os demais pronomes; também por numerais, advérbios e artigos. Exemplos: 1. A jovem acordou sobressaltada. Ela não conseguia lembrar-se do que havia acontecido e como fora parar ali. 2. Márcia olhou em torno de si. Seus pais e seus irmãos observavam-na com carinho. 3. O concursoselecionará os melhores candidatos. O primeiro deverá desempenhar o papel principal na nova peça. 4. O juiz olhou para o auditório. Ali estavam os parentes e amigos do réu, aguardando ansiosos o veredito final. A remissão catafórica (para a frente) realiza-se preferencialmente através de pronomes demonstrativos ou indefinidos neutros, ou de nomes genéricos, mas também por meio das demais espécies de pronomes, de advérbios e de numerais. Exemplos: APERFEIÇOAR SAÚDE - PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS - BANCA FGV - FUNSAÚDE PORTUGUÊS - PROFESSOR NETO FONTENELE – BIZU FEROZ – INSTA: @profnetofontenele 9 É HORA DE SE DIFERENCIAR! NÓS SABEMOS O QUE VOCÊ PRECISA PARA CONQUISTAR A SUA APROVAÇÃO!! 1. O incêndio havia destruído tudo: casas, móveis, plantações. 2. Desejo somente isto: que me deem a oportunidade de me defender das acusações injustas. 3. O enfermo esperava uma coisa apenas: o alívio de seus sofrimentos. 4. Ele era tão bom, o presidente assassinado! Coerência textual “diz respeito ao modo como os elementos subjacentes à superfície textual vêm a constituir, na mente dos interlocutores, uma configuração veiculadora de sentido.” É a relação que se estabelece entre as diversas partes do texto, criando uma unidade de sentido. Está ligada ao entendimento, à possibilidade de interpretação daquilo que se ouve ou lê. Mas não basta costurar uma frase a outra para dizer que estamos escrevendo bem. Além da coesão, é preciso pensar na coerência. É possível escrever um texto coeso sem ser coerente. Observe: Os problemas de um povo têm de ser resolvidos pelo presidente. Este deve ter ideais muito elevados. Esses ideais se concretizarão durante a vigência de seu mandato .O seu mandato deve ser respeitado por todos. Ninguém pode dizer que falta coesão a esse parágrafo. Mas de que ele trata mesmo? Dos problemas do povo? Do presidente? Do seu mandato? Fica difícil dizer. Embora ele tenha coesão, não tem coerência. A coesão não funciona sozinha. No exemplo acima, teríamos que, de imediato, decidir qual a sua palavra-chave: presidente ou problemas do povo? A palavra escolhida daria estabilidade ao parágrafo. Sem essa base estável, não haverá coerência no que se escrever; e o resultado será um amontoado de ideias. Enquanto a coesão se preocupa com a parte visível do texto, sua superfície, a coerência vai mais longe, preocupa-se com o que se deduz do todo. Na verdade a coerência não está no texto, ela deve ser construída a partir dele, levando-se, portanto, em conta os recursos coesivos presentes no texto, funcionando como pistas para orientar o interlocutor na construção do sentido. A coerência exige uma concatenação perfeita entre as diversas frases, sempre em busca de uma unidade de sentido. Não se pode dizer, por exemplo, numa frase, que o "desarmamento da população pode contribuir para diminuir a violência", e, na seguinte, escrever: "Além disso, o desemprego tem aumentado substancialmente". É evidente a incoerência existente entre elas. Assim também é incoerente defender o ponto de vista contrário a qualquer tipo de violência e ser favorável à pena de morte, a não ser que não se considere a ação de matar como uma ação violenta. RECURSOS DE COESÃO Para escrevermos de forma coesa, há uma série de recursos, como: 1. Epítetos (palavra ou frase que qualifica pessoa ou coisa) Glauber Rocha fez filmes memoráveis. Pena que o cineasta mais famoso do cinema brasileiro tenha morrido tão cedo. 2. Nominalizações (emprego de um substantivo que remete a um verbo enunciado anteriormente) Eles foram testemunhar sobre o caso. O juiz disse, porém, que tal testemunho não era válido por serem parentes do assassino. 3. Palavras ou expressões sinônimas ou quase sinônimas. Os quadros de Van Gogh não tinham nenhum valor em sua época. Houve telas que serviram até de porta de galinheiro. São Paulo é sempre vítima das enchentes de verão. Os alagamentos prejudicam o trânsito, provocando engarrafamentos de até 200 quilômetros. 4. Um termo-síntese O país é cheio de entraves burocráticos. É preciso preencher um sem-número de papéis. Depois, pagar uma infinidade de taxas. Todas essas limitações acabam prejudicando o importador. 5. Pronomes Vitaminas fazem bem à saúde. Mas não devemos tomá-las ao acaso. O colégio é um dos melhores da cidade. Seus dirigentes se preocupam muito com a educação integral. Aquele político deve ter um discurso muito convincente. Ele já foi eleito seis vezes. Há uma grande diferença entre Paulo e Maurício. Este guarda rancor de todos, enquanto aquele tende a perdoar. 6. Numerais Recebemos dois telegramas. O primeiro confirmava a sua chegada; o segundo dizia justamente o contrário. 7. Advérbios pronominais (aqui, ali, lá, aí) Não podíamos deixar de ir ao Louvre. Lá está a obra- prima de Leonardo da Vinci: a "Monalisa". 8. Elipse O ministro foi o primeiro a chegar. (Ele) Abriu a sessão às oito horas em ponto e (ele) fez então seu discurso emocionado. 9. Repetição do nome próprio (ou parte dele) Lygia Fagundes Teles é uma das principais escritoras brasileiras da atualidade. Lygia é autora de "Antes do baile verde", um dos melhores livros de contos de nossa literatura. APERFEIÇOAR SAÚDE - PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS - BANCA FGV - FUNSAÚDE PORTUGUÊS - PROFESSOR NETO FONTENELE – BIZU FEROZ – INSTA: @profnetofontenele 10 É HORA DE SE DIFERENCIAR! NÓS SABEMOS O QUE VOCÊ PRECISA PARA CONQUISTAR A SUA APROVAÇÃO!! 10. Metonímia (processo de substituição de uma palavra por outra) O governo tem-se preocupado com os índices de inflação. O planalto diz que não aceita qualquer remarcação de preço. OS CONECTIVOS Uma preocupação de quem escreve é ver se os conectores estão empregados com precisão. A toda hora estamos fazendo uso deles. Por isso, a seguir será dada uma lista sucinta dos conectivos e suas respectivas funções: *Conjunções, locuções conjuntivas, preposições e locuções prepositivas 1. adição – e, nem, também, não só... mas também 2. alternância – ou... ou, quer...quer, seja...seja 3. causa – porque, já que, visto que, graças a, em virtude de, por (+ infinitivo), porquanto 4. conclusão – logo, portanto, pois 5. condição – se, caso, desde que, a não ser, que, a menos que 6. comparação - como, assim como 7. conformidade - conforme, segundo 8. consequência - tão...que, tanto...que, de modo que, de sorte que, de forma que, de maneira que 9. explicação - pois, porque, porquanto 10. finalidade - para que, a fim de que,para (+ infinitivo) 11. oposição - mas, porém, todavia, embora, mesmo que, apesar de (+ infinitivo), posto que, conquanto 12. proporção – à medida que, à proporção que, quanto mais, quanto menos 13. tempo – quando, logo que, assim que, toda vez que, enquanto • PRONOMES RELATIVOS que – o qual – quem - cujo – onde Ao empregar um pronome relativo, devemos ter o seguinte cuidado: 1. Observar a palavra a que ele se refere para evitar erros de concordância verbal Encontramos um bom número de pessoas que estavam reivindicando os mesmos direitos dos vinte funcionários vitoriosos. (que = as quais - pessoas) Pode haver um verbo ou um substantivo que exija uma preposição. Nesse caso, ela deve preceder o pronome relativo. Ninguém conseguiu até hoje esquecer a cilada de que ele foi vítima. (de que= da qual – cilada). A preposição de foi exigida pelo substantivo vítima. As dificuldades a que você se refere são normais dentro de sua carreira. (a que= às quais – dificuldades). O verbo referir-se pede a preposição a. AS TRANSIÇÕES Alguns dos conectores citados também aparecem iniciando frases, como se fossem uma espécie de ponte entre um pensamento e outro. O conhecimento desses elementos de transição ajuda a dar maior organicidade ao pensamento, o que faz o texto progredir mais facilmente. Saber usar os termosde transição deve ser uma preocupação constante de quem deseja escrever bem. Eles são muito úteis ao mudarmos de parágrafo porque estabelecem pontes seguras entre dois blocos de ideias. Eis os mais importantes e suas respectivas funções: 1. Afetividade: felizmente, queira Deus, pudera, Oxalá, ainda bem (que). 2. Afirmação: com certeza, indubitavelmente, por certo, certamente, de fato. 3. Conclusão: em suma, em síntese, em resumo. 4. Consequência: assim, consequentemente, com efeito. 5. Continuidade: além de, ainda por cima, bem como, também. 6. Dúvida: talvez, provavelmente, quiçá. 7.Ênfase: até, até mesmo, no mínimo, no máximo, só. 8. Exclusão: apenas, exceto, menos, salvo, só, somente, senão. 9. Explicação: a saber, isto é, por exemplo. 10. Inclusão: inclusive, também, mesmo, até. APERFEIÇOAR SAÚDE - PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS - BANCA FGV - FUNSAÚDE PORTUGUÊS - PROFESSOR NETO FONTENELE – BIZU FEROZ – INSTA: @profnetofontenele 11 É HORA DE SE DIFERENCIAR! NÓS SABEMOS O QUE VOCÊ PRECISA PARA CONQUISTAR A SUA APROVAÇÃO!! 11. Oposição: pelo contrário, ao contrário de. 12.Prioridade: em primeiro lugar, primeiramente, antes de tudo, acima de tudo, inicialmente. 13. Restrição: apenas, só, somente, unicamente. 14. Retificação: aliás, isto é, ou seja. 15.Tempo: antes, depois, então, já, posteriormente. CORRELAÇÃO VERBAL Damos o nome de correlação verbal à coerência que, em uma frase ou sequência de frases, deve haver entre as formas verbais utilizadas. Ou seja, é preciso que haja articulação temporal entre os verbos, que eles se correspondam, de maneira a expressar as ideias com lógica. Tempos e modos verbais devem, portanto, combinar entre si. Vejamos este exemplo: • Seu eu dormisse durante as aulas, jamais aprenderia a lição. No caso, o verbo dormir está no pretérito imperfeito do subjuntivo. Sabemos que o subjuntivo expressa dúvida, incerteza, possibilidade, eventualidade. Assim, em que tempo o verbo aprender deve estar, de maneira a garantir que o período tenha lógica? Na frase, aprender é usado no futuro do pretérito (aprenderia), um tempo que expressa, dentre outras ideias, uma afirmação condicionada (que depende de algo), quando esta se refere a fatos que não se realizaram e que, provavelmente, não se realizarão. O período, portanto, está correto, já que a ideia transmitida por dormisse é exatamente a de uma dúvida, a de uma possibilidade que não temos certeza se ocorrerá. Parece complicado - mas não é. Para tornar mais clara a questão, vejamos o mesmo exemplo, mas sem correlação verbal: • Se eu dormisse durante as aulas, jamais aprenderei a lição. Temos dormir no subjuntivo, novamente. Mas aprender está conjugado no futuro do presente, um tempo verbal que expressa, dentre outras ideias, fatos certos ou prováveis. Ora, nesse caso não podemos dizer que jamais aprenderemos a lição, pois o ato de aprender está condicionado não a uma certeza, mas apenas à hipótese (transmitida pelo pretérito imperfeito do subjuntivo) de dormir. CORRELAÇÕES VERBAIS CORRETAS A seguir, veja alguns casos em que os tempos verbais são concordantes: • presente do indicativo + presente do subjuntivo: Exijo que você faça o dever. • pretérito perfeito do indicativo + pretérito imperfeito do subjuntivo: Exigi que ele fizesse o dever. • presente do indicativo + pretérito perfeito composto do subjuntivo: Espero que ele tenha feito o dever. • pretérito imperfeito do indicativo + mais-que-perfeito composto do subjuntivo: Queria que ele tivesse feito o dever. • futuro do subjuntivo + futuro do presente do indicativo: Se você fizer o dever, eu ficarei feliz. • pretérito imperfeito do subjuntivo + futuro do pretérito do indicativo: Se você fizesse o dever, eu leria suas respostas. • pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo + futuro do pretérito composto do indicativo: Se você tivesse feito o dever, eu teria lido suas respostas. • futuro do subjuntivo + futuro do presente do indicativo: Quando você fizer o dever, dormirei. • futuro do subjuntivo + futuro do presente composto do indicativo: Quando você fizer o dever, já terei dormido. APERFEIÇOAR SAÚDE - PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS - BANCA FGV - FUNSAÚDE PORTUGUÊS - PROFESSOR NETO FONTENELE – BIZU FEROZ – INSTA: @profnetofontenele 12 É HORA DE SE DIFERENCIAR! NÓS SABEMOS O QUE VOCÊ PRECISA PARA CONQUISTAR A SUA APROVAÇÃO!! CLASSES DE PALAVRAS (EMPREGO) SUBSTANTIVO O substantivo é uma das classes de palavras essenciais da língua. É responsável pela nomeação de seres e coisas que estão à nossa volta, bem como de nossos sentimentos e ideias. Além disso, é essencial para atender à necessidade humana de ordenar, classificar, distinguir, hierarquizar, etc. Sem os substantivos, como faríamos, por exemplo, para nos referirmos a seres distintos, como o peixe e o homem, a terra e o mar, o sal e o mel? Os mais terríveis monstros não estão na África; estão nos países em guerra. Toda palavra que venha antecedida de artigo é um substantivo: o não, o saber, o CEASA ADJETIVO Assim como os substantivos designam, organizam, distinguem e hierarquizam os seres que estão à nossa volta, ou nossos sentimentos e desejos, os adjetivos também participam dessa tarefa, modificando os substantivos, atribuindo-lhe características específicas. Desse modo, no plano da linguagem, é por meio de adjetivos que distinguimos realidades diversas como mar limpo de mar poluído; direito preservado de direito ultrajado; criança protegida de criança abandonada. A mulher perdoa a fealdade, os cabelos brancos e as doenças repugnantes; mas o que nunca a mulher perdoa é a estupidez. • A anteposição ou a posposição de alguns adjetivos aos substantivos implica mudança de sentido. alto funcionário (funcionário de posição elevada) Funcionário alto (funcionário de elevada estatura) comum acordo (acordo relativo a todos) acordo comum (acordo corriqueiro) pobre gente (gente infeliz) gente pobre (gente sem recursos) • Alguns nomes são pronomes adjetivos quando antepostos aos substantivos e adjetivos puros quando pospostos; nesse caso há mudança de significado. certo homem (determinado homem) homem certo (homem adequado) diversos modelos (alguns modelos) modelos diversos (modelos diferentes) todo homem (qualquer homem) homem todo (homem inteiro) • É comum usar-se o adjetivo com valor de substantivo. Para tanto, basta fazê-lo anteceder de um artigo. O brasileiro é um apaixonado do futebol. ARTIGO Os artigos não são meros acompanhantes dos substantivos. Quase sempre o uso ou a falta dos artigos assumem um papel decisivo na precisão do sentido que se pretende dar a um texto. Podem, por exemplo, particularizar ou generalizar, como em Gostaria de ter um filho novamente / Gostaria de ter o filho novamente; podem se referir à parte ou ao todo, como em A comissão foi formada por moradores da rua (alguns) / A comissão foi formada pelos moradores da rua (todos) Mal começaram a existir a prudência e a perspicácia, nasceu a hipocrisia. EMPREGO: 1. Não se usa artigo antes de nomes ou expressões de sentido generalizado. Amor é sacrifício. Avareza não é economia. 2. Outro, em sentido determinado, é precedido de artigo; não, quando indeterminado: Fiquem dois aqui; os outros podem ir. Uns estavam atentos; outros conversavam. 3. Emprega-se o artigo definido com o superlativo Não consegui resolver as questões mais difíceis. BIZU FEROZ: Considera-se errada, neste caso, a repetição do artigo. Não consegui resolver as questões as mais difíceis. 4. Repete-se o artigo: • Nas oposições entre pessoas e coisas: o rico e o pobre, a alegria e a tristeza. • Na qualificação antonímica do mesmo substantivo: O bom e o mau ladrão, o homem antigo e o moderno, o Novo e o VelhoTestamento. • Na distinção de gênero e número: o patrão e os operários, o genro e a nora. 5. Não se repete o artigo: • Quando há sinonímia, indicada pela explicativa ou: a botânica ou fitologia. • Quando adjetivos qualificam o mesmo substantivo: a clara, persuasiva e discreta exposição dos fatos. 6. Nomes de continentes, países, regiões, montes, rios, mares, constelações, etc., usam-se com o artigo: a América, o Brasil, os Andes, o São Francisco, a Via- Láctea • Dizemos: o Sol, a Terra, a Lua. MAS: Saturno, Marte, Netuno, etc 7. Casa, significando lar, não sofre determinação, como se vê nas frases seguintes: Fique em casa. / Não saio de casa. 8. É obrigatório o emprego do artigo definido entre o numeral ambos e o substantivo a que se refere. O juiz solicitou a presença de ambos os cônjuges. APERFEIÇOAR SAÚDE - PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS - BANCA FGV - FUNSAÚDE PORTUGUÊS - PROFESSOR NETO FONTENELE – BIZU FEROZ – INSTA: @profnetofontenele 13 É HORA DE SE DIFERENCIAR! NÓS SABEMOS O QUE VOCÊ PRECISA PARA CONQUISTAR A SUA APROVAÇÃO!! 9. Não se emprega artigo diante da maioria dos nomes de lugar. Passaram o carnaval em Salvador. / Brasília é a capital da República. BIZU FEROZ: Se o nome de lugar vier qualificado, o uso do artigo será obrigatório. A bela Florianópolis é capital de Santa Catarina. Estavam na Roma antiga. 10. É facultativo o emprego do artigo definido diante dos pronomes possessivos. Deixaram meu livro na sala. = Deixaram o meu livro na sala. NUMERAL Numeral é a palavra que expressa quantidade exata de pessoas ou coisas ou o lugar que elas ocupam numa determinada sequência. Em textos, sempre que possível, devem ser empregados os numerais. Entretanto, números de telefone, datas, dados estatísticos e outros costumam ser escritos em algarismos. Às vezes, é difícil precisar se a palavra um é artigo ou numeral. Nesses casos, somente o contexto pode resolver a dúvida. Se a intenção de quem fala ou escreve é informar a quantidade precisa de alguma coisa, trata-se de um numeral. Se a intenção é generalizar ou dar uma ideia vaga do substantivo, trata-se de artigo indefinido. Quando o contexto não é claro, não se consegue depreender a intenção do falante. Consequentemente, torna-se impossível precisar a classe gramatical da palavra um. Posição dos ordinais Os ordinais colocam-se antes ou depois do substantivo, preferentemente antes, quando se quer designar as partes antes do todo. No quinto mês do ano. O primeiro século depois de Cristo. Mas também se diz: A invasão dos árabes foi no século oitavo. • Na nomenclatura de Papas, reis e na designação dos séculos, capítulos, etc., usam-se os ordinais até décimo, e, daí por diante, as formas cardinais, quando houver posposição: Capítulo terceiro. // D.João I (primeiro) // Pio nono. Mas: Capítulo XIII (treze) // Luís XV (quinze) // Século XX (vinte) Anteposto, é de rigor a forma própria ordinal: o trigésimo capítulo, o décimo quinto século. PRONOMES Definição: É a palavra variável em gênero, número e pessoa que representa ou acompanha o substantivo, indicando-o como pessoa do discurso. Representa o substantivo Acompanha o substantivo Ele chegou. Convidei-o. Esta casa é antiga. Alguns amigos virão aqui. Classificação dos pronomes: Pessoais: • eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas e formas oblíquas me, mim,comigo, etc; • e o s de tratamento Você. Senhor (a), Vossa Senhoria, Vossa Excelência, e outros. Possessivos: • meu, teu, seu, nosso, vosso,seu e flexões; Demonstrativos: • este, esse, aquele, e flexões, isto, isso, aquilo, o, a; Relativos: • o qual, cujo, quanto e flexões, que, quem onde; Indefinidos: • algum, nenhum, todo, muito, pouco, certo, tanto, quanto, qualquer, vários e flexões, alguém, ninguém, tudo, outrem, nada, cada, algo; Interrogativos: • que, quem, qual, quanto, empregados em frases interrogativas. PRONOMES PESSOAIS QUADRO DOS PRONOMES PESSOAIS singular Retos Oblíquos átonos Oblíquos tônicos 1ª p. eu me, mim, comigo 2ª p. tu te, ti, contigo 3ª p. ele, ela o, a, lhe, se, si, consigo plural 1ª p. nós nos, nós, conosco 2ª p. vós vos, vós, convosco 3ª p. eles, elas o(a)s, lhes, se, si, consigo • Os pronomes oblíquos O, A, OS, AS podem assumir as seguintes formas: a) lo, la, los, las: depois de verbos terminados em R, S, Z Quando ele retornar de sua licença, vou recebê-lo com o amigo. (receber + o) Meu filho brincava. Fi-lo estudar. (fiz + o) O cão entrou na sala. Fizemo-lo sair. (fizemos+o) APERFEIÇOAR SAÚDE - PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS - BANCA FGV - FUNSAÚDE PORTUGUÊS - PROFESSOR NETO FONTENELE – BIZU FEROZ – INSTA: @profnetofontenele 14 É HORA DE SE DIFERENCIAR! NÓS SABEMOS O QUE VOCÊ PRECISA PARA CONQUISTAR A SUA APROVAÇÃO!! b) no, na, nos, nas: depois de verbos terminados em ditongo nasal (am, em, ão, õe) O lápis caiu. Peguem-no. (peguem + o) Os lavradores não vendem estes produtos. Dão-nos aos pobres. (Dão + os) Você não tem certeza dessas resoluções. Supõe-nas apenas .(supõe + as) Emprego 1. As formas tônicas vêm sempre precedidas de Preposição Ex.: Esses últimos tempos foram muito pesados para mim. Tinha dentro de si uma espécie de vazio. Portanto: a tradição gramatical exige que se diga entre mim e ti. 2. Os pronomes pessoais retos (eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles) devem ser empregados na função sintática de sujeito. Esses pronomes geralmente são omitidos, pois as desinências verbais indicam a pessoa e o número do sujeito. Ex.: Ele compareceu à festa. Éramos muito jovens e não sabíamos ficar calados. MAS: esses pronomes podem funcionar como objeto direto, quando precedidos de todo(s), toda(s), só, apenas ou quando forem seguidos por um numeral Ex.: Conheço-as - Conheço todas elas. Vi-os - Vi só eles. Chamaram-nos - Chamaram nós duas. 3. As formas oblíquas o, a, os, as são sempre empregadas como complementos de verbos transitivos diretos, ao passo que as formas lhe, lhes são empregadas como complementos de verbos transitivos indiretos. Ex.: O menino convidou-a para sair.(VTD) O filho desobedece-lhe. (VTI) 4. Há pouquíssimos casos em que o pronome oblíquo pode funcionar como sujeito. Isso ocorre com os verbos deixar, fazer, ouvir, mandar, sentir, ver (verbos causativos e sensitivos)seguidos de infinitivo; o pronome oblíquo será sujeito desse infinitivo. Ex.: Deixei-o sair. (= Deixei que ele saísse) "Sofia deixou-se estar à janela." (M.de Assis) 5. Os pronomes pessoais oblíquos átonos podem ser utilizados com sentido possessivo. Ex.: Pouco a pouco o sono começou a pesar-lhe nas pálpebras.(nas suas pálpebras) A vida não se conforma com o vazio, e a imagem da moça encheu-me os dias.(os meus dias) 6. A forma consigo só se utiliza quando o sujeito da frase for uma 3ª pessoa e o pronome referir-se a esse mesmo sujeito. Ex.: (...) ele manteve consigo os filhos, após separar- se da mulher. Ela trazia uma bolsa consigo. • A forma conosco e convosco será substituída por com nós e com vós se vierem seguidas de numeral ou de palavras como todos, outros, mesmo, próprios, ambos. Ex.: Aos sábados ela almoça conosco. Aos sábados ela almoça com nós todos. Partirei com vós outros. • Alguns pronomes pessoais podem indicar que quem pratica também recebe a ação, isto é, que a ação praticada pelo sujeito "volta" ao próprio sujeito. Em tais casos, os pronomes denominam-se reflexivos. Ex.: Ele feriu-se. • São recíprocos os pronomes que exprimem fato ou ação mútua, recíproca. Ex.: Eles se abraçaram BIZU FEROZ: Para se prevenir possível falta de clareza quanto à compreensão da reflexividade, ou da reciprocidade, verifique a seguir: a) Reflexividade: a si mesmo – a si próprio b) Reciprocidade: um ao outro – reciprocamente – mutuamente. Comparem-se: Como penitência, os mongesse açoitaram a si próprios. Como penitência, os monges se açoitaram um ao outro. PRONOME DEMONSTRATIVO São pronomes que situam o ser no espaço, no tempo e no contexto linguístico, tomando como ponto de referência as três pessoas gramaticais. QUADRO DOS PRONOMES DEMONSTRATIVOS Variáveis Invariáveis este, esta, estes, estas isto esse, essa, esses, essas isso aquele, aquela, aqueles, aquelas aquilo EMPREGO 1. Indicar posição espacial do termo a que se referem, em relação às pessoas gramaticais. a) este, esta, isto indicam que o ser está perto do falante. Ex.: ...sempre que cruzo este rio costumo tomar a ponte... (João Cabral de Melo Neto) 1ª pessoa (este aqui) b) esse, essa, isso indicam que o ser está perto do ouvinte. Ex.: ...sempre que cruzo esse rio costumo tomar a ponte... 2ª pessoa (esse aí) c) aquele, aquela, aquilo indicam que o ser a que se refere o pronome está longe do falante e do ouvinte. APERFEIÇOAR SAÚDE - PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS - BANCA FGV - FUNSAÚDE PORTUGUÊS - PROFESSOR NETO FONTENELE – BIZU FEROZ – INSTA: @profnetofontenele 15 É HORA DE SE DIFERENCIAR! NÓS SABEMOS O QUE VOCÊ PRECISA PARA CONQUISTAR A SUA APROVAÇÃO!! Ex.: ... sempre que cruzo aquele rio costumo tomar a ponte... 3ª pessoa ( aquele lá ) 2. Indicar posição temporal a) este, esta, isto indicam o tempo presente em relação ao falante. Ex.: A concorrência também aumentou: no ano passado, eram 12 candidatos por vaga. Este ano são 13. b) esse, essa, isso indicam o tempo passado ou o futuro pouco distantes em relação à pessoa que fala. Ex.: Procurei Frederico Paciência essa noite e contei tudo. c) aquele, aquela, aquilo indicam tempo muito distante em relação ao falante. Ex.: Durante todo aquele tempo em que fui aluno de um colégio de padres, aqui no Rio, ia à missa dominical. 2. Indicar a posição textual do referente, ou seja, se o referente já apareceu no texto ou ainda aparecerá.. É a função mais importante dos demonstrativos, pois contribui para a articulação do texto. a) esse, essa, isso, empregados de preferência para situar o que já foi anteriormente expresso no enunciado. Ex.: Fazem parte do nosso dicionário palavras como poluente, entulho, resíduo, tóxico, efluente. (...) Esses termos surgiram junto com a sociedade do bem-estar. b) este, esta, isto para introduzir uma informação nova no enunciado. Ex.: O fato é este: nos matadouros e em todo lugar onde se mata um animal para comer (...) essa eliminação é feita de modo cruel. É isto: estou cansado de mim, não me aguento mais. Observação: • Quando se retomam dois dados já enunciados numa frase, utilizamos aquele para o termo mencionado em primeiro lugar e este para o termo mencionado em último lugar. Ex.: ... tudo ele podia esperar: a liberdade ou a morte, mais esta do que aquela. PRONOMES POSSESSIVOS São os que dão ideia de posse, em relação às pessoas do discurso. Elisabete chegou com nossos filhos. • Os pronomes pessoais me, te, nos, vos, lhe (e variação) podem aparecer indicando posse, embelezando o estilo. Rasgaram-me a camisa. = Rasgaram a minha camisa. Roubaram-nos o dinheiro. = Roubaram o nosso dinheiro. • O possessivo seu (e variações) pode causar ambiguidade de sentido. Manuel foi ao cinema com sua mãe. Mãe de Manuel ou da mãe da pessoa com quem se está falando? Para evitar a ambiguidade, usam-se as formas dele (e variações), de você ou do senhor. • Os pronomes possessivos geralmente vêm anteposto ao substantivo; quando se pospõem, podem mudar de significado a expressão de que fazem parte. Suas notícias chegaram = notícias transmitidas por você(s) Tivemos notícias suas = notícias a respeito de vocês. • Em caso de concordância Um só possessivo pode determinar vários substantivos, em concordância com o que lhe esteja mais próximo. Nossa culpa e arrependimento. // Teus anseios e esperanças. • Em expressões de tratamento Sua, Vossa assumem feição estereotipada em expressões de tratamento: Vossa Excelência (em tratamento direto), Sua Excelência (em referência): A Vossa Excelência remeto, nesta data, os dados que recolhi. Estive com Sua Senhoria em seu escritório. PRONOMES INDEFINIDOS São os que se referem a 3ª pessoa de modo vago ou impreciso. Alguém entrou no recinto. • Em frases negativas, algum (e variações), posposto ao nome, passa a ter valor de nenhum (ou variações). Não tenho dinheiro algum. • Todo, no singular e junto de artigo, significa inteiro; sem artigo, significa qualquer. Todo o edifício será pintado = O edifício inteiro será pintado Todo edifício será pintado = Qualquer edifício será pintado. • Seguido de numeral, todos somente aceita artigo quando há substantivo expresso: todos os três relógios, todas as cinco meninas. Não vindo expresso o substantivo, dispensa-se o artigo. Encontrei casualmente na rua: Paschoal, Ivã e Luísa; todos três são velhos e bons amigos. PRONOMES RELATIVOS Pronomes relativos são aqueles que retomam um termo da oração que já apareceu antes (antecedente) projetando-o em outra oração. As tradições populares brasileiras falam no curupira. O curupira tem corpo de menino e pés virados para trás. APERFEIÇOAR SAÚDE - PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS - BANCA FGV - FUNSAÚDE PORTUGUÊS - PROFESSOR NETO FONTENELE – BIZU FEROZ – INSTA: @profnetofontenele 16 É HORA DE SE DIFERENCIAR! NÓS SABEMOS O QUE VOCÊ PRECISA PARA CONQUISTAR A SUA APROVAÇÃO!! As tradições populares brasileiras falam no curupira que tem corpo de menino e pés virados para trás. Os pronomes relativos são os seguintes: Variáveis: o qual, a qual, os quais, as quais cujo, cuja, cujos, cujas quanto, quanta, quantos, quantas Invariáveis: que, quem, onde, como. Emprego dos pronomes relativos • Os pronomes relativos virão antecedidos de preposição se a regência verbal assim determinar. Este é o autor a cuja obra me refiro. (referir-se a algo) Este é o autor de cuja obra gosto. (gostar de algo) São opiniões em que penso. (pensar em algo) • O pronome relativo quem é empregado com referência a pessoas. Não conheço a menina de quem você falou. Este é o rapaz a quem você se referiu. • Quando possuir antecedente, o pronome relativo quem virá sempre precedido de preposição. Lúcia era a mulher a quem ele amava. • É comum empregar-se o relativo quem sem antecedente claro. Neste caso, ele é classificado como Relativo indefinido. "Quem nasce lá na Vila / Nem sequer vacila" (Noel Rosa) (Aquele que nasce lá na Vila...) • O pronome relativo que pode ser empregado com referência a pessoas ou coisas. Não conheço o rapaz que saiu. Esta é a casa que comprei. • O pronome relativo que é empregado quando precedido de preposição monossilábica. Com as preposições de mais de uma sílaba, usa-se o relativo o qual (e flexões) Esta é a pessoa de que lhe falei. Esta é a pessoa sobre a qual lhe falei. • Com as preposições sem e sob, usa-se de preferência o relativo o qual (e flexões). O professor nos apresentou uma condição sem a qual o trabalho não terá sentido. Este é o móvel sob o qual ficou escondido o documento. • O pronome relativo que pode ter por antecedente o pronome demonstrativo o (e flexões) Sei o que estou dizendo. • O pronome relativo cujo (e flexões) é relativo possessivo, equivalendo a do qual (e flexões) . Deve concordar com a coisa possuída e não admite a posposição de artigo. Esta é a pessoa em cuja casa me hospedei. (casa da pessoa) Feliz é o pai cujos filhos são ajuizados. (filhos do pai) • O pronome relativo quanto (e flexões) normalmente tem por antecedente os indefinidos tudo, tanto, etc; daí seu valor indefinido. Falou tudo quanto queria. • Quanto pode ser empregado sem antecedente. Esse emprego é comum em certos documentos jurídicos. Saibam quantos lerem este edital... • O relativo onde é usado para indicar lugar e equivale a em que, no qual. Esta é acasa onde moro. Não conheço o lugar aonde você irá. • Onde é empregado com verbos que não dão ideia de movimento. Sempre morei na cidade onde nasci. • Aonde é empregado com verbos que dão ideia de movimento e equivale a para onde, sendo resultado da combinação da preposição a + onde. Aonde eu for, virás comigo. • Onde pode ser usado sem antecedente Fique onde está. FUNÇÕES SINTÁTICAS DO PRONOME RELATIVO Como já vimos, as orações subordinadas adjetivas são introduzidas por pronomes relativos ( que / quem / cujo e flexões, onde, como, quanto) que retomam um termo antecedente. Esses pronomes relativos desempenham função sintática na oração adjetiva. Para analisá-los, é importante adotar os seguintes procedimentos; * desmembrar a oração adjetiva, substituindo o pronome relativo pelo seu antecedente. O homem, que é um ser racional, aprende com os erros. Desmembradas, as orações ficariam assim: oração principal: O homem aprende com os erros. oração adjetiva: O homem é um ser racional. • analisar a oração subordinada adjetiva como se fosse um período simples. No caso, o pronome relativo exerce a mesma função sintática de o homem na oração adjetiva, ou seja, sujeito. O pronome cujo e suas flexões, por estabelecer uma relação de posse entre o substantivo da oração adjetiva e o antecedente, equivale geralmente a uma locução adjetiva desempenhando a função de adjunto adnominal. O filme cujo artista foi premiado... O artista do filme foi premiado. APERFEIÇOAR SAÚDE - PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS - BANCA FGV - FUNSAÚDE PORTUGUÊS - PROFESSOR NETO FONTENELE – BIZU FEROZ – INSTA: @profnetofontenele 17 É HORA DE SE DIFERENCIAR! NÓS SABEMOS O QUE VOCÊ PRECISA PARA CONQUISTAR A SUA APROVAÇÃO!! As principais funções sintáticas desempenhadas pelos pronomes relativos são: a) Sujeito: O Sol, que é uma estrela, é o centro de nosso sistema planetário. b) Objeto Direto: Os trabalhos que faço me dão prazer. c) Objeto Indireto: Os filmes a que nos referimos são italianos. d) Predicativo do Sujeito: A menina bonita que ela era hoje é mulher judiada. e) Complemento Nominal: O filme a que fizeram referência foi premiado. f) Adjunto Adnominal: O filme cujo artista foi premiado não fez sucesso. g) Agente da Passiva: O bandido por quem fomos atacados fugiu. h) Adjunto Adverbial: A escola onde estudamos foi demolida. O beijo, como foi dado, deixa-nos a todos boquiabertos. Observação: Onde sempre funciona como adjunto adverbial de lugar; como sempre funciona como adjunto adverbial de modo. A PREPOSIÇÃO As principais preposições são: a, ante, até, após, de, com, contra, desde, em entre, para, perante, por (per) sem, sob, sobre, trás. Sairemos após o jantar. Locuções prepositivas: ao lado de, além de, depois de, através de, dentro de, abaixo de, a par de. Antes de sair, feche portas e janelas. Valor semântico da preposição As preposições, além de seu papel de ligar palavras entre si, têm valor semântico, isto é, significado próprio. Assim, o valor semântico da preposição é evidenciado pela relação que ele estabelece ente dois termos. De acordo com essa relação, inúmeros são os valores semânticos que as preposições exprimem. Entre eles, citam-se: • assunto: O sacerdote falou da fraternidade. • causa: A criança estava trêmula de frio. • origem: As tulipas vêm da Holanda. • matéria: Ganhou uma correntinha de ouro. • direção contrária: Agiu contra todos. • posse: Esta casa é de meu pai. • lugar: Os livros estão sobre a mesa da sala. • meio: Vim de ônibus. • delimitação: É uma pessoa rica de virtudes. • conformidade: Como é teimoso! Saiu ao avô. • instrumento: Redigiu os artigos a lápis. • fim: Saíram para pescar bem cedinho. • distância no espaço: Daqui a dois quilômetros há um bar. EMPREGO DOS TEMPOS, MODOS E VOZES VERBAIS VERBO é a palavra que indica ação, estado, fenômenos da natureza outros processos como ocorrências, desejos, mudanças de estados. Fazemos uso dos verbos cotidianamente, mesmo assim, quando, na escola, temos de estudá-lo há sempre um elemento assustador: a sua conjugação. Ou melhor, entender o processo da conjugação; como os verbos são flexionados. Comecemos por uma visão “panorâmica” dos verbos; depois, estudaremos os pontos mais significativos para seu Vestibular. Flexões: número (singular ou plural); pessoa ( 1a, 2a ou 3a); tempo (presente, pretérito e futuro); modo (indicativo, subjuntivo e imperativo e formas nominais); voz (ativa, passiva e reflexiva). Vamos entender como se processam essas flexões (mudanças) e por que são importantes na língua. MODO Indica a atitude do falante em relação ao fato que se comunica. Indicativo: refere-se aos fatos considerando-se que eles ocorreram, ocorrem ou ocorrerão. Eu comprei aquela roupa. Subjuntivo: o fato é considerado como possibilidade, um desejo, uma suposição. Talvez eu compre aquela roupa. APERFEIÇOAR SAÚDE - PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS - BANCA FGV - FUNSAÚDE PORTUGUÊS - PROFESSOR NETO FONTENELE – BIZU FEROZ – INSTA: @profnetofontenele 18 É HORA DE SE DIFERENCIAR! NÓS SABEMOS O QUE VOCÊ PRECISA PARA CONQUISTAR A SUA APROVAÇÃO!! Imperativo: o fato é considerado como uma ordem, um conselho. Compre aquela roupa! A partir do entendimento de como usamos os modos, vamos estudar os tempos. TEMPO Localização do fato no tempo. As flexões de tempo e modo estão associadas: No Indicativo Presente: exprime um processo simultâneo ao ato da fala. Ocorre que esse tempo poderá ter o valor de um presente narrativo ou histórico, como se fosse o pretérito perfeito. Um exemplo: “Em 1808, a família real desembarca no Brasil.” Também poderá o Presente apresentar-se com valor de futuro, conforme veremos no estudo sobre os aspectos verbais. Ou, ainda de um algo que seja costumeiro, habitual. Exemplos: Amanhã eu ligo para você. “Todo dia ela faz tudo igual...” Pretérito Imperfeito: exprime um processo passado com duração no tempo. “Ela me esperava no portão”. Principalmente na linguagem coloquial, o Imperfeito pode ser usado com valor de futuro do pretérito. “Se eu tivesse mais intimidade com o grupo, eu o chamava para o passeio. Perfeito: exprime um processo passado, totalmente concluído. “Stop./ A vida parou ou foi o automóvel?” Mais que perfeito: exprime um processo anterior a um processo passado. Exemplo: Antes de encontrá-la na festa de ontem, eu falara com ela sobre o que vestiríamos. Em orações optativas, é comum ser usado o Mais-que- perfeito: Quem me dera ganhar na loteria! Futuro Presente: exprime um processo posterior ao momento em que se fala. “E cada verso meu será pra te dizer ...”. O Futuro do presente pode ocorrer com valor de presente, mas expressando dúvida, probabilidade. Exemplo: Em minha carteira, deverei ter o suficiente apenas para pagar agora meu ingresso... Conhecemos ainda o Futuro do presente sendo usado com valor de imperativo. Exemplo: “Não roubarás”. Pretérito: exprime um processo possível no passado. Exemplo: Eu seria feliz, caso tivesse mais dinheiro. O Futuro do pretérito exprime, ainda, uma hipótese, probabilidade, incerteza. Pode ocorrer com valor de presente, exprimindo modéstia ou cerimônia. Exemplo.: Você, por favor, poderia passar-me o adoçante? No Subjuntivo Presente (ame) Pretérito imperfeito (amasse) Futuro (amar) Imperativo- Presente - afirmativo (ama) - negativo (não ames) Formas nominais são aquelas que, além de possuírem valor verbal, podem exercer a função de nomes. Há, ainda, três formas nominais: gerúndio – ndo (amando) particípio – regulares (amado) e irregulares (aberto). infinitivo - -impessoal (amar) e pessoal (amarmos). 2. Aspectos verbais Além dessas flexões, o verbo também pode indicar aspecto, que é a expressão das várias fases de desenvolvimento do processo verbal (começo, duração ouresultado da ação). Um exemplo: você bebe água todos os dias – necessariamente, você precisa estar bebendo água ao usar este verbo no presente? Não, você pode estar desejando se re ferir à habitualidade com a qual faz essa ação. Já comentamos um pouco desses aspectos, ao revermos os tempos verbais. Um outro exemplo, que já foi questão de vestibular: "Não furtarás" – o verbo está no futuro, quer dizer que só não poderei furtar no futuro? Desta forma, posso burlar esse mandamento divino e dizer que, no futuro, não furtarei, mas, no presente, eu furto. Claro, você, sabe que os “mandamentos” possuem valor de ordem, devem ser entendidos como se estivessem no Imperativo, ou seja, “Não furtes”, em tempo algum, certo? Alguns aspectos verbais 1. Habitual ou frequentativo: expressa hábito, frequência. Ele chegava por volta das 9 horas ao trabalho. 2. inceptivo ou incoativo: expressa o início do processo. Ele começou a perder a paciência. 3. conclusivo ou cessativo: expressa o processo concluído. Terminei minha graduação. APERFEIÇOAR SAÚDE - PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS - BANCA FGV - FUNSAÚDE PORTUGUÊS - PROFESSOR NETO FONTENELE – BIZU FEROZ – INSTA: @profnetofontenele 19 É HORA DE SE DIFERENCIAR! NÓS SABEMOS O QUE VOCÊ PRECISA PARA CONQUISTAR A SUA APROVAÇÃO!! 4. cursivo ou progressivo: expressa um processo que se prolonga no tempo. Vivo com dor de cabeça. 3. Conjugação Verbal Conjugar um verbo é flexioná-lo em modo, tempo, pessoa, número e voz. Dentro de um contexto, iremos verificar qual a forma adequada para empregar o verbo. A conjugação está relacionada à chamada vogal temática: a/e/i. Os verbos apresentam três conjugações: 1a conjugação: peg–a- r 2a conjugação: sab–e- r 3a conjugação: dorm–i- r O verbo pôr e seus derivados pertencem à 2a conjugação. Os verbos podem ser primitivos ou derivados. São considerados primitivos: o presente do indicativo, o pretérito perfeito do indicativo e o infinitivo impessoal. Isso porque, a partir deles, conjugam-se os verbos nos outros tempos verbais. Derivados do presente do indicativo: 1.pretérito imperfeito do indicativo radical do presente + -ava, -avas, -ava, -ávamos, - áveis, -avam (verbos da 1a conjugação) = falar. radical do presente + -ia, -ias, -ia, -íamos, íeis, -iam (verbos da 2a e da 3a conjugação) = comer e partir. fal + ava = falava com + ia = comia part + ia= partia 2. presente do subjuntivo radical da 1a. pessoa do sing. do presente mais –e, - es, -e, -emos, -eis, -em (verbos da 1ª conjugação) radical da 1a. pessoa do sing. do presente mais –a, - as, -a, -amos, -ais, -am (verbos da 2ª e da 3ª conjugação). fal + e = fale com+a= coma part+a= parta A exceção fica por conta do verbo ESTAR que termina em AR mas faz o presente do subjuntivo com a vogal temática A: Ela quer que eu esteja (nunca: eu esteje). Falta o Imperativo, que também é derivado do Presente do indicativo. Será nosso assunto na próxima aula. Observe que os exercícios escolhidos trazem muitos verbos primitivos como o verbo ter que terá seus derivados flexionados tal qual ele é flexionado. Assim, por exemplo, dizemos “ele tem”, ele detém; apenas foi acrescido o prefixo formador de “deter” – esta regra só não vale para os verbos requerer, que não é derivado de “querer”; ou o verbo prover, que não será flexionado como o verbo “ver”, certo? Verbo II 1. Formação do Imperativo. 2. Derivados do Pretérito Perfeito do Indicativo. 3. Vozes verbais: Ativa, Passiva (analítica e sintética) e Reflexiva. 4. Exercícios. 1. Formação do Imperativo. Continuaremos com o processo de formação dos tempos verbais. A partir do Presente do Indicativo, formaremos o Imperativo – importantíssimo no EM CONCURSOS. Observe que no dia-a-dia há uma confusão na troca da segunda pessoa pela terceira. Por exemplo, você diz para o seu amigo: “Ligue pra mim” ou “Liga pra mim”? Depois de estudar a formação do Imperativo, você saberá exatamente a resposta. Observe a formação do Imperativo Afirmativo: as 2as do singular e do plural são retiradas do Presente do Indicativo, tirando-se o “s”. As outras pessoas são copiadas do Imperativo Negativo: copiam-se todas as pessoas do Presente do Subjuntivo, com exceção da primeira do singular.Lembre-se de que não há a primeira pessoa do singular no Modo Imperativo. 2. Derivados do Pretérito Perfeito do Indicativo 3. Vozes verbais Voz é forma assumida pelo verbo para indicar a relação entre ele e o sujeito. Há três vozes verbais: 1. Ativa - sujeito pratica a ação verbal: agente. O presidente sancionou a lei. 2. Passiva - sujeito sofre a ação verbal: paciente. a) Passiva analítica: verbo auxiliar+particípio do verbo (VTD/VTDI). A lei foi sancionada pelo presidente. b) Passiva sintética: verbo (VTD/VTDI) na 3a p. do sing. + se (pronome apassivador) Sancionou-se a lei. 3. Reflexiva: Sujeito pratica ação verbal sobre si mesmo: sujeito agente que recebe a ação verbal através do pronome (objeto). Júlia cortou-se acidentalmente. (a si mesma) APERFEIÇOAR SAÚDE - PREPARATÓRIO PARA CONCURSOS - BANCA FGV - FUNSAÚDE PORTUGUÊS - PROFESSOR NETO FONTENELE – BIZU FEROZ – INSTA: @profnetofontenele 20 É HORA DE SE DIFERENCIAR! NÓS SABEMOS O QUE VOCÊ PRECISA PARA CONQUISTAR A SUA APROVAÇÃO!! A reflexiva pode assumir reciprocidade, quando há mais de um sujeito fazendo e recebendo a ação expressa pelo verbo. Júlia e Leonardo deram-se as mãos. (um ao outro) Na voz reflexiva ou reflexiva recíproca sempre haverá o pronome reflexivo. No exemplo que vimos é a palavra “se”; poderia ser o me, nos, te, vos – enfim, sempre com a ideia de a mim mesmo; a ti mesmo; a nós mesmos; ou, em caso de reciprocidade, um ao outro. Importante observar, também, que o objeto da ação será o pronome reflexivo – pode ser objeto direto ou objeto indireto, dependendo do verbo. Reflexiva: Júlia cortou-se acidentalmente. (a si mesma) SE= (OD) Reflexiva Recíproca: Júlia e Leonardo deram-se as mãos. (um ao outro) SE=(OI) REVISÃO VERBO é uma palavra variável (pode flexionar-se em número, pessoa, modo, tempo e voz) que indica uma ação, estado ou fenômeno. A classificação dos verbos nos modos verbais depende da relação que o falante tem com aquilo que enuncia – se constata um fato (indicativo); se apresenta uma hipótese, uma suposição (subjuntivo); se faz um pedido (imperativo). Em outras palavras, depende do MODO com que enuncia a ação verbal. São três modos verbais: INDICATIVO - como sugere o nome, indica um fato real, que pode pertencer ao presente, ao passado ou ao futuro. SUBJUNTIVO - enuncia um fato hipotético, duvidoso, provável ou possível. IMPERATIVO - expressa ideias de ordem, pedido, desejo, convite. Enquanto que o modo INDICATIVO situa o fato no plano da realidade, da certeza, o SUBJUNTIVO coloca o fato no plano do que é provável, hipotético, possível, sem a certeza apresentada pelo modo indicativo. O modo SUBJUNTIVO também é bastante usado com determinadas conjunções (embora, caso, conquanto etc.) Perceba a diferença entre as duas orações abaixo. Ele procura um remédio que acaba com a dor de cabeça. Ele procura um remédio que acabe com a dor de cabeça. Na primeira, o sujeito já sabe qual é o medicamento que produz resultado. Vai à farmácia e pede ao balconista, porque sabe o resultado que obterá. O fato situa-se no plano da CERTEZA – modo INDICATIVO - acaba. Na segunda, o sujeito não tem certeza de qual medicamento poderia surtir efeito. Vai ao balcão da farmácia, pede ao farmacêutico uma indicação, mas não tem certeza se irá obter a cura. Por isso, está no plano da possibilidade – modo SUBJUNTIVO - acabe. Os TEMPOS VERBAIS têm a função de indicar o momento em que são enunciados os fatos. No modo INDICATIVO: PRESENTE – fato ocorre no momento em que se fala
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