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AD1 ECONOMIA BRASILEIRA

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TEXTO 1 – Alexandre Macchione Saes
	O processo de industrialização no Brasil, teve seu auge de desenvolvimento após 1930, com o presidente Getúlio Vargas, que recebeu um país atrasado, de economia agrária e manufatureira, focada na produção de café e de produtos da área têxtil, moldou a economia do país, a uma economia industrial e de maiores relações internacionais. No século XIX até o século XX, houve a criação de indústrias representativas, com maior número de funcionários, maior capacidade produtiva e afins.
	Durante o processo de industrialização brasileira, São Paulo se destacou no crescimento em função da economia cafeeira, criou sua própria dinâmica de desenvolvimento industrial, para alguns essa fase caracterizou o “paradigma paulista”. Entre 1940-60, tivemos o auge de criação de indústrias de base e de estímulos para o crescimento industrial.
	A industrialização brasileira, portanto, tornou-se realidade nos anos de 1970, porém, ainda sem resolver os dilemas do desenvolvimento nacional (desigualdades, diferenças regionais e o distanciamento da realidade dos países centrais), para superar essas diversas desigualdades sociais, o Brasil, criou sua própria indústria e anos após fortificou/construiu o capitalismo.
TEXTO 2 – Dossiê 1930 a 1964
	Em 1930, a ampla rearticulação política, econômica e cultural marcaram o início de um governo revolucionário, a crise de 1929, ainda impactava a economia brasileira, de forma a retrair seu processo de evolução, contraditoriamente, a crise possibilitou a intensificação da atividade econômica interna. A nova configuração encaminhou-se no sentido de superar a estreiteza capitalista do modelo primário exportador vigente. A ditadura do Estado Novo, no entanto, foi implantada sob o argumento de barrar o avanço do comunismo.
	O Brasil, antes da formação do Estado Novo, era baseado nas atividades econômicas de caráter primário-exportador, ou seja, nas atividades agrárias, se destacavam a produção do café, algodão e da cana-de-açúcar, aos poucos, tomou forma o modelo de substituição de importações, que sem a intervenção governamental, foi considerado espontâneo, essas mudanças acabaram por evidenciar a diversidade econômica, modelo que tomou ainda mais força no período de 1932-40.
	 O pós Segunda Guerra Mundial, culminou na desaceleração do salto econômico brasileiro, possibilitou o aumento das exportações brasileiras, observaram-se acúmulos de saldos na balança comercial, devido as dificuldades para importar, esses saldos pressionavam para baixo a taxa de câmbio, valorizando a moeda nacional, por medo de comprometer as exportações, o governo fixou a taxa de câmbio. A Economia já encontrava-se numa inflação aberta, o governo Dutra, conteve o processo inflacionário sem, no entanto, haver recessão econômica, observou-se então, um crescimento real do PIB e foram efetivados grandes investimentos do governo em infraestrutura e indústrias de base.
	O Estado, assumia com maior vigor a posição de investidor e o primeiro passo nesse período, foi a criação do BNDE em 1952, grande passo rumo a alavancagem da acumulação de capital. O período de 1956-62, corresponde ao governo de Juscelino Kubitschek (JK), presidente que soube dar continuidade ao governo/projetos de Vargas, consolidou o padrão de desenvolvimento brasileiro, redefiniu o processo de substituição de importações, concentrou-se na produção de bens duráveis, possibilitando a visualização de implantação de setores industriais tecnologicamente avançados nos ramos automobilísticos, autopeças, eletroeletrônica, etc.
	O Programa de Metas, iniciado por JK, dentre as 31 metas definidas, destacava-se as áreas de transporte, alimentação, energia, indústrias básicas, educação e a construção de Brasília, porém para a concretização de todas as melhorias previstas, o programa necessitava de financiamentos, o programa foi apoiado por investidores estrangeiros, porém as políticas internas de investimento estrangeiro, fiscalizada pela FMI, a aceitação brasileira aos ordenamentos econômicos ditados pelo FMI, implicou no surgimento de pressões políticas internas, que levaram JK, a romper com o FMI, em junho de 1959.
	João Goulart, após assumir o governo, apesar das oposições pautou-se em incentivar as manifestações de massas em torno das denominadas reformas de base, com ênfase da reforma agrária, com o movimento popular e o golpe militar de 31 de março de 1964, perdeu o governo.
	O Governo Militar, assim inicia um programa de intervenção política e econômica, repressivo e centralizador, de caráter estabilizador, mas ainda sim realizou reformas estruturais tributárias, em 1967 criou o FGTS, rompendo o regime de estabilidade de emprego e possibilitou maior rotatividade de mão de obra, adotou ainda medidas saneadores que permitiram o aproveitamento da estrutura econômica montada nos quinze anos anteriores, abrindo portas para o crescimento acelerado que se verificou posteriormente, o período ficou conhecido como o milagre brasileiro, por fim, fundou empresas estatais e de centralização de finanças públicas concomitante ao aumento do grau de monopólio da economia privada.
TEXTO 3 – Brasil 1955 a 2005
	
	A revolução tecnológica emerge um novo paradigma tecno econômico, promovendo um salto na produtividade e em novas possibilidades para economia brasileira. O primeiro período (Instalação), primeiros 20-30 anos corresponde ao paradigma tecno econômico, caracterizado pela irrupção de novas tecnologias, revolucionárias, a segunda fase do período de instalação marca o comportamento frenético do capital financeiro, porém a “industrialização pesada” no Brasil ganha fôlego em 1950, especialmente a partir do Plano de Metas de JK, pode afirmar que, o mercado interno brasileiro tornou-se o mais internacionalizado da América Latina ao findar o Plano de Metas. As duas ou três décadas seguintes correspondem ao período denominado de (Desprendimento), caracterizado pela disseminação da revolução tecnológica, as fases são denominadas de “sinergia” e “maturidade”. A fase de maturidade evidenciou o aparecimento da “janela de liquidez” internacional para economias periféricas, a escassez de divisas, a restrição externa da economia foram amenizadas nessa época através da disposição do sistema financeiro internacional em estender empréstimos e financiar projetos sujeitos a uma vulnerabilidade maior.
	O Brasil ingressou em uma relativa estagnação de suas taxas de crescimento, restrição externa, desindustrialização precoce e atraso tecnológico. De 1980 até 1990, o Brasil perdeu o posto de economia em desenvolvimento que mais recebia transferências tecnológicas.
TEXTO 4 – Planejamento Econômico no Brasil
	A Economia Brasileira, evoluiu de uma economia manufatureira, têxtil e cafeeira para uma economia industrial, o pós Segunda Gerra Mundial apresentou uma forte recessão econômica, a queda da exportação do café exigiu uma reorganização econômica. Com o choque do Petróleo o Brasil recorreu a um endividamento externo, o desequilíbrio da balança de pagamentos do país resultou, em um quadro de 80% das receitas eram destinadas ao serviço da dívida externa.
	Em 1984, a economia brasileira retoma seu ciclo de crescimento, apesar dos fatores de produção ociosos, naquele ano houve um crescimento de 4,5% do PIB. O Plano Collor I, combinava uma reforma monetária (recriação o cruzeiro), prefixação da correção de preços e salários, câmbio flutuante, tributação sobre aplicações financeiras, fechamento de empresas, demissão de funcionários. Dos recursos em conta-corrente e em poupança, apenas $ 50 mil puderam ser convertidos em cruzeiros e sacados, o restante permaneceu depositado no BACEN durante 18 meses, com correção monetária e juros a 6% aa.
TEXTO 5 – Vargas Estadista
	Getúlio Vargas, presidente do Brasil eleito em 1930 por um gole político, foi considerado um estadista por dar o ponta pé inicial no processo de industrialização e a formação do Estado-nação brasileiro, conservador e autoritário, Vargas encontrou um país agrário e o entregou industrializado edinâmico. As palavras “nacionalismo e populismo” definem seu governo, seu nacionalismo, no entanto, foi equilibrado, sem qualquer repulsa ao capital estrangeiro, possibilitou ainda a garantia aos seus cidadãos de liberdade econômica e política.
	A sociedade brasileira, vivia o Ciclo da Nação e do Desenvolvimento, o processo de industrialização, no entanto, era mais intenso em São Paulo. Vargas em seu ideário nacional, incrementou a ideia de que era preciso realizar três tarefas: dotar a nação de um estado capaz, torná-la política e promover sua industrialização.
	No plano político, Vargas foi um líder autoritário, no fiscal, não foi um dos mais econômicos, já no administrativo, revelou sua preocupação em dotar o estado de uma organização efetiva e de uma burocracia profissional competente, nos primeiros anos de governo marcou a mudança do pacto político dominante, criou a Companhia Siderúrgica Nacional, a Companhia Vale do Rio Doce, no seu segundo governo, a Petrobrás, a Eletrobrás e o BNDES.
	Contudo, as uniões e pactos estabelecidos por Vargas, não se limitava nas elites, buscando assim, as bases de sua legitimidade no povo. A industrialização, só foi possível através da priorização do capital nacional, a valorização do trabalho por meio da inserção dos trabalhadores urbanos no processo político, o poder do Estado para realizar poupança forçada e investir na infraestrutura, a política de substituição de importações, proteção tarifária, etc. A política cambial ativa, ajudou o Brasil a alcançar altas taxas de crescimento econômico. Vargas, não se preocupou em introduzir a democracia, revolucionou a economia e por muitos é chamado de ditador.
	Portanto, Vargas, governou com discernimento, seu populismo nunca foi um atraso, mas sim um progresso, em determinado momento de seu governo percebeu que o Brasil caminhava para a democracia, sendo assim, tratou de se preparar para ela, principalmente após 1942, quando decidiu se aliar aos Estados Unidos e a Grã-Bretanha na Segunda Gerra Mundial, no entanto, a democracia só seria possível após a revolução capitalista.
TEXTO 6 – Celso Furtado
 
	Celso Furtado, em seu percurso pela Economia Brasileira, participou de congressos e criação de diversos entes de destaque na sociedade, como o nascimento da CEPAL, a fundação da SUDENE, etc, associando a Economia Brasileira assim ao seu nome. Ao conhecer, trabalhar e decidir conhecer o coração da economia da América Latina, em seu retorno ao RJ, acessou uma série de revistas econômicas da FGV, desmistificou e deu continuidade a ideias embrionárias com o objetivo de superar o subdesenvolvimento do país.
	Os interesses agroexportadores, influenciaram para que a década de 1950 fosse considerada uma das mais férteis décadas da economia, além de ser marcada por movimentos sócio políticos. A controvérsia sobre o desenvolvimento econômico contrapunha uma corrente que defendia o liberalismo econômico, preocupada em garantir a "vocação agrária" do país e de outro lado, uma corrente que pregava a industrialização deliberada. Diante desse dilema/contexto, a CEPAL, se disponibilizou em respaldar a corrente intervencionista brasileira, seu desenvolvimento acabou por ganhar uma série de adeptos no país.
	O crescimento e o desenvolvimento da CEPAL, fez com que fosse criado diversos escritórios de pesquisa e diagnósticos da economia espalhados pela América Latina, em 1953, formou-se o grupo misto BNDE-CEPAL, sob a direção de Furtado, o objetivo dessa união era subsidiar a intervenção do Estado Brasileiro na economia, criaram diversos programas e projetos que influenciaram o Plano de Metas. Furtado se distanciava de inúmeros pilares da teoria marxista sobre o trabalho.
	As raízes agrárias brasileiras entorno do plantio do café, lançou as bases da acumulação industrial a medida que soube mobilizar, de início foi alimentando pelas importações e após aumentou-se as exportações e o suprimento do consumo local, a crise cafeeira, a diminuição dos preços no decorrer da década de 1930, para Furtado, foi o ápice para o novo impulso, pois agora industrial. Furtado se tornou o pai do Modelo de Substituição de Importações.

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