Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Bairro Seminário, Av. Nereu Ramos, 3777 D – fone: (49) 3319-2600 – www.unoesc.edu.br – CNPJ 84.592.369/0010-11 – CEP 89.813-000 – Chapecó-SC RESENHA CRÍTICA: LIBERDADE DE IMPRENSA Juliana Cícera Silveira Toledo REPORTERES SEM FRONTEIRAS. Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa 2021: vacina contra a desinformação, o jornalismo segue cerceado em mais de 130 países. . Disponível em: https://rsf.org/pt. Acesso em 24/04/2021. Repórteres Sem Fronteiras, é uma organização não governamental independente com status consultivo na Organização das Nações Unidas (ONU), na Unesco, no Conselho da Europa e na Organização Internacional da Francofonia (OIF). Fundada por quatro jornalistas na cidade de Montpellier, no sul da França, em 1985, a RSF é hoje uma das principais organizações do mundo atuando na defesa e na promoção da liberdade de expressão e de imprensa. Responsável pelo Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa 2021, e veiculação das informações abordadas. A liberdade de imprensa é fundamental para todo Estado Democrático de Direito. É através dela que o povo sabe de seus direitos, garante a informação para o desempenho da cidadania com consciência sobre a realidade pública. Constitui o centro de uma sociedade livre e democrática, pois é através da informação jornalística independente e sem censura, que a sociedade poderá avaliar os acontecimentos públicos. Por outro lado, há limites que devem ser respeitados conforme as disposições previamente estabelecidas nas legislações. No Brasil, a liberdade de imprensa é regulamentada pela Constituição Federal, no rol dos direitos fundamentais, dedicado aos incisos IV, V, IX, XII e XIV do artigo 5º. Isso quer dizer que a liberdade de imprensa possui aplicação imediata, independentemente de lei infraconstitucional, é protegida de alterações e as causas que lhe disserem respeito poderão ser apreciadas pelo Supremo Tribunal Federal. Entretanto, de acordo com a pesquisa realizada pela Organização Repórteres Sem Fronteiras, nos últimos anos o Brasil sofreu queda no Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa, devido às ações tomadas pelo atual Presidente Jair Bolsonaro, que ofende e insulta a imprensa, tratando como se a liberdade de imprensa fosse o inimigo da questão. Além disso, Bairro Seminário, Av. Nereu Ramos, 3777 D – fone: (49) 3319-2600 – www.unoesc.edu.br – CNPJ 84.592.369/0010-11 – CEP 89.813-000 – Chapecó-SC outro fator preocupante é quanto à credibilidade do jornalismo perante a sociedade, sendo que neste quesito, 59% dos entrevistados em 28 países acreditam que os jornalistas tentam deliberadamente enganar o público, divulgando informações que sabem ser falsas. Porém, o rigor e o pluralismo jornalísticos permitem combater a desinformação, os boatos e as manipulações de informação. Os índices a nível mundial, estabelecem que a pandemia agravou o que antes já era considerado problema, evidenciando através de cores nos mapas e gráficos, a piora e perca de posições de diversos países no ranking, muitos com total restrição de informações a respeito dos índices do Covid-19, outros matando e prendendo jornalistas, ataques a manifestações realizadas pela imprensa, ou seja, total dominação sobre os meios de informação. Considerando que a liberdade de imprensa baseia-se na democracia, da mesma forma que a democracia depende da liberdade constitucional de expressão e de imprensa, é possível garantir que quanto pior o país estiver no ranking em questão, igualmente estará no quesito democrático. A imprensa precisa ser baseada no compromisso com a verdade e a parcialidade, mostrando de maneira clara e realista os fatos que ocorrem na sociedade, assim, os cidadãos terão segurança informativa a respeito do que é noticiado. A pesquisa feita com o objetivo de ranquear os países no quesito de liberdade de imprensa serve como parâmetro e termômetro para identificar países totalitários e ditadores, dos quais não permitem que o direito fundamental da liberdade de imprensa seja de fato livre, em muitos casos se quer deixam a imprensa existir. Diante disso, faz-se necessário os estudos que identifiquem as deficiências da liberdade de imprensa, criando a partir disso uma rede mútua de jornalismo informativo e responsável por galgar mudanças e melhorias das ferramentas utilizadas para informar, noticiar, e dar publicidade aos fatos.
Compartilhar