Buscar

IOI 2021 -

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 29 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 29 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 29 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Universidade Católica de Moçambique
Faculdade de Ciências Sociais e Políticas 
Ciência Política e Relações Internacionais
3° ano
Organismos autónomos da ONU
Momade Jerónimo Luís Cabral
Quelimane
2021
Momade Jerónimo Luís Cabral
Organismos autónomos da ONU
Trabalho apresentando a Faculdade de ciências sociais e políticas, da Universidade Católica de Moçambique para obter a avaliação dos trabalhos do semestre
Instituições Organizações Internacionais
Docente: Castiguinho Falaque
Quelimane, 2021
Índice
1
Lista de abreviações
AID – Associação Internacional de Desenvolvimento 
BIRD – Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento
BM – Banco Mundial
CA – Conselho de Administração
FMI – Fundo Monetário Internacional
GBM – Grupo Banco Mundial
ICSDI – Centro Internacional para Arbitragem de Disputas sobre Investimentos 
MIGA – Agência Multilateral de Garantia de Investimentos
SFI – Sociedade Financeira Internacional 
GATT – Acordo Geral Sobre Tarifas e Comercio
OMC – Organização Mundial do Comercio 
UIT – União Internacional de Telecomunicações 
OMCI –
OACI – Organização de Aviação Civil Internacional.
Introdução
Órgãos autónomos 
São aqueles que têm grande autonomia administrativa, financeira e técnica, caracterizando-se como órgãos diretivos, com funções de planejamento, supervisão, coordenação e controle das atividades que constituem sua área de competência. (Santos, 2017)
Hawkins et al. (2006, p. 8) Define como “A gama de potenciais ações independentes à disposição de um agente, após o principal ter estabelecido mecanismos de controlo”. Há dois componentes fundamentais desta definição que é importante destacar. A primeira é que a autonomia determina a “gama de potenciais ações independentes” do agente. Se o agente tiver níveis de autonomia suficiente, eles são capazes de perseguir os seus próprios interesses acima dos do seu principal.
Segunda “mecanismos de controlo estabelecidos” pelo director. Conforme detalhado nos estudos descrito do Congresso, os diretores restringem frequentemente as ações dos seus agentes devido a preocupações de seleção adversa e risco moral, segundo as quais o agente prossegue políticas que diminuem os ganhos potenciais do director (como citado em Bryant, 2015. p. 12 - 13)
Uma fonte potencial é a presença de informações assimétricas sobre as políticas da agência. As agências podem envolver-se em “ações ocultas” ou podem disfarçar as suas ações através de “informações ocultas” (Arrow, 1985; como citado em Bryant, 2015. p. 19).
GATT
Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT), conjunto de acordos multilaterais de comércio que visa a abolição de cotas e a redução de direitos tarifários entre as nações contratantes. Quando o GATT foi concluído por 23 países em Genebra, em 1947 (com efeito em 1º de janeiro de 1948), ele foi considerado um arranjo provisório pendente da formação de uma agência das Nações Unidas para substituí-lo. Quando tal agência deixou de surgir, o GATT foi ampliado e ainda mais ampliado em várias negociações sucessivas. Posteriormente, provou ser o instrumento mais eficaz de liberalização do comércio mundial, desempenhando um papel importante na expansão maciça do comércio mundial na segunda metade do século XX. Na época em que o GATT foi substituído pelo Organização Mundial do Comércio (OMC) em 1995, 125 nações eram signatárias de seus acordos, que se tornaram um código de conduta que rege 90% do comércio mundial.
GATT incluiu um longo cronograma de concessões tarifárias específicas para cada nação contratante, representando as tarifas que cada país concordou em estender a outros. Outro princípio fundamental era o da proteção por meio de tarifas, em vez de cotas de importação ou outras restrições quantitativas ao comércio; O GATT procurou sistematicamente eliminar o último. Outras regras gerais incluíam regulamentos aduaneiros uniformes e a obrigação de cada nação contratante de negociar cortes tarifários a pedido de outra. Uma cláusula de escape permitia aos países contratantes alterar acordos se seus produtores domésticos sofressem perdas excessivas como resultado de concessões comerciais. (EB, 2019)
Princípios gerias e objectivos do GATT
O acordo é composto por quatro partes.
Na 1ª parte, as partes contratantes comprometem-se a conceder mutuamente o tratamento de nação mais favorecida e a estabelecer uma lista de concessões a favor do comercia com outras partes contratantes (arts. I e II).
A 2ª parte pode dizer-se que contem um verdadeiro código de conduta comercial (arts. III a XXIII).
N 3ª parte estabelecem-se as normas sobre a aplicação do Acordo, por exemplo, a nível territorial, e sobre o funcionamento do sistema (arts. XXIV e XXXV).
A 4ª parte, introduzida em 1965, tem por título “comércio e desenvolvimento” e permitir as partes contratantes em vias de desenvolvimento desfrutar de um estatuto que as dispensa da aplicação de certos princípios.
Os princípios gerias que norteiam o GATT são os Seguintes:
a) Princípio da Liberdade de comercio;
b) Princípio da não discriminação ou da igualdade de tratamento entre as partes contratantes, que tem como corolários:
- A concessão do tratamento de Nação mais favorecida (art. I);
- A clausula do tratamento nacional em matéria de tributação e regulamentação nacional (art. III, n° 2);
- A eliminação das restrições quantitativas (art. XI). (Pereira & Quadros, 2009. Pp 561- 562)
O princípio mais importante do GATT era o do comércio sem discriminação, no qual cada nação membro abria seus mercados igualmente para todas as outras. Conforme consubstanciado nas cláusulas de nação mais favorecida incondicional, isso significava que, uma vez que um país e seus maiores parceiros comerciais concordassem em reduzir uma tarifa, esse corte era automaticamente estendido a todos os outros membros do GATT. (EB, 2019)
Disposições do Acordo
Parte II
Artigo III
 Tratamento Nacional no Tocante a Tributação e Regulamentação Interna
1º As Partes Contratantes reconhecem que os impostos e outros tributos internos, assim como leis, regulamentos e exigências relacionadas com a venda, oferta para venda, compra, transporte, distribuição ou utilização de produtos no mercado interno e as regulamentações sobre medidas quantitativas internas que exijam a mistura, a transformação ou utilização de produtos, em quantidade e proporções especificadas, não devem ser aplicados a produtos importados ou nacionais, de modo a proteger a produção nacional. 
4º Os produtos de território de uma Parte Contratante que entrem no território de outra Parte Contratante não usufruirão tratamento menos favorável que o concedido a produtos similares de origem nacional, no que diz respeito às leis, regulamento e exigências relacionadas com a venda, oferta para venda, compra, transporte, distribuição e utilização no mercado interno. Os dispositivos deste parágrafo não impedirão a aplicação de tarifas de transporte internas diferenciais, desde que se baseiem exclusivamente na operação econômica dos meios de transporte e não na nacionalidade do produto. 
Artigo V 
Liberdade de Trânsito
2. Haverá liberdade de trânsito através do território das Partes Contratantes para o tráfego em trânsito com destino a ou de procedência de territórios de outras Partes Contratantes pelas rotas mais cômodas para o trânsito internacional. Nenhuma distinção será baseada no pavilhão dos navios ou barcos, no lugar de origem, no ponto partida, de entrada, de saída ou destino ou sobre considerações relativas à propriedade das mercadorias, dos navios, barcos ou outros meios de transporte. 
3. Qualquer Parte Contratante poderá exigir que o tráfego em trânsito pelo seu território seja objeto de uma declaração na Alfândega interessada; todavia, salvo quando houver falta de observação das leis e regulamentos alfandegários aplicáveis, os transportes dessa natureza procedentes de outras Partes Contratantes ou a eles destinados não serãosubmetidos a prazos ou restrições inúteis e ficarão isentos de direitos de trânsito e de qualquer outro encargo relativo ao trânsito, excetuadas as despesas de transporte ou pagamentos correspondentes às despesas administrativas ocasionadas pelo trânsito ou ao custo,dos serviços prestados.
ARTIGO VI
Direitos “Anti-Dumping” e De Compensação
1. As Partes Contratantes reconhecem que o “dumping” que introduz produtos de um país no comércio de outro país por valor abaixo do normal, é condenado se causa ou ameaça causar prejuízo material a uma indústria estabelecida no território de uma Parte Contratante ou retarda, sensivelmente o estabelecimento de uma indústria nacional. Para os efeitos deste Artigo, considera-se que um produto exportado de um país para outro se introduz no comércio de um país importador, a preço abaixo do normal, se o preço desse produto: 
a) é inferior ao preço comparável que se pede, nas condições normais de comércio, pelo produto similar que se destina ao consumo no país exportador; ou 
b) na ausência desse preço nacional, é inferior: 
I) ao preço comparável mais alto do produto similar destinado à exportação para qualquer terceiro país, no curso normal de comércio; ou 
II) ao custo de produção no país de origem, mais um acréscimo razoável para as despesas de venda e o lucro. 
Em cada caso, levar-se-ão na devida conta as diferenças nas condições de venda, as diferenças de tributação e outras diferenças que influam na comparabilidade dos preços. 
Órgãos do GATT
Originariamente o Acordo não dispunha de uma estrutura orgânica, uma vez que a data da sua criação pensava-se na criação, logo na conferencia de Havana, da Organização Internacional do Comercio, atras referida. Contudo, como esta nunca chegou a ver a luz do dia, pelas razoes explicadas, sentiu-se a necessidade de criar todo um sistema de órgãos. E assim surgiram, em 1960, O Conselho de Representantes, e, e, 1965, o Director-geral e o Secretariado. 
Sede 
Sua sede, até sua substituição pela OMC (Organização Mundial do Comércio), em 1995, localizava-se em Genebra, na Suíça, dividindo-se em certos órgãos intercomunicáveis, sendo os principais o Secretariado, o Conselho de Representantes e uma Assembleia anual. (Santiago, 2011)
UIT
No âmbito das telecomunicações, a cooperação é também muito antiga: em 1865 foi criada em paris, por convenção internacional, a União Telegráfica Internacional que pela convenção de Madrid de 1932 se converteu na União Internacional de Telecomunicações.
Também por uma convenção assinada em Berlim em 1906 fora criada a União Radio-telegráfica Internacional. 
As duas organizações fundiram-se em 1934 no seio da UIT. Reorganizada em 1947 na conferencia de Atlantic City, a UIT aderiu a família das organizações especializadas das nações Unidas por via de um acordo que entrou em vigor em janeiro de 1949. (Campos, 2010. Pp. 601)
Sede e Composição 
Na mencionada conferencia de Atlantic city e por meio dum acordo concluído com a ONU em 15.10.1947, a UIT assumiu o estatuto de Instituição especializada das NU. A sede da organização foi em 1948 estabelecida em genebra (Suíça), onde se mantém. 
Organização é composta por qualquer Estado que manifeste a sua vontade nesse sentido, pelo que o número de membros coincide praticamente com os dos membros da ONU.
O papel da UIT
Cabe a UIT a responsabilidade pela regulamentação internacional das telecomunicações e bem assim a promoção do desenvolvimento, a melhoria, coordenação e planificação das redes internacionais de telecomunicações e, nomeadamente, das radio-comunicações espaciais. Cabe-lhe ainda realizar e incentivar a assistência e a cooperação técnica e a difusa de informações.
Mas, para alem das já mencionadas, a UIT realiza outras funções (embora de menor importância merecem ser mencionadas) tais como: distribuição de frequências de radio e registo das atribuições feitas, eliminação de interferências prejudiciais de umas estacoes com outras, estabelecimento de taxas o mais baixas possível compatíveis com um serviço eficiente e tendo em conta a necessidade de manter em condições solidas a administração financeira independente de telecomunicação; a promoção da adopção de medidas com vista a garantir a segurança da vida através da telecomunicação; realização de estudos e a adopção de recomendações relativas as técnicas e a regulamentação de telecomunicação no espaço; e a recolha e publicação de informação em beneficio dos seus membros.
No entanto, a partir da conferencia internacional de Buenos Aires de 1994, duas passaram a ser as missões fundamenais da UIT.:
· Por um lado, fixar os objectivos e estratégias a fim de definir orientações necessárias pra responder aos novos desafios no domínio das telecomunicações, sempre em rápida mudança;
· Por outro lado, adoptar um plano de acção para permitir aos diversos países e aos parceiros destes no sector empresarial elaborar políticas favoráveis ao desenvolvimento de programas de grande envergadura.
A União procura atingir os fins para que foi criada por três vias principais: conferencias e reuniões internacionais; publicação de informação e organização de exposições mundiais; e cooperação técnica.
Estrutura orgânica da UIT
O sistema institucional da UIT comporta órgãos permanentes e órgãos não permanentes.
Órgãos não permanentes
São dois: a conferencia plenipotenciários e o conselho de administração. 
a) A conferencia de plenipotenciários é formada, por delegados de todos os Estados-membros. A Cada membro corresponde um voto. A conferencia é o órgão supremo da UIT, mas só reúne de 4 em 4 anos para estabelecer políticas, rever a convenção internacional de telecomunicações e aprovar limites as despesas orçamentais. Os regulamentos mais concretos relativos, por um lado, aos telégrafos e aos telefones e, por outro, a rádio, são objecto de conferencia especificas que tem lugar sem periodicidade determinada. Realizam-se ainda conferencias especiais de 4 em 4 anos sobre normalização e desenvolvimento das comunicações. 
b) O conselho de administração é um órgão restrito, composto por representantes de 43 Estados-membros eleitos pelo órgão plenário (1 delegado por cada Estado), tendo e conta uma repartição geográfica equitativa.
O conselho de administração reúne em sessão anual, cabendo-lhe assegurar a direção suprema da organização no intervalo das sessões da conferencia de plenipotenciários e, nomeadamente, coordenar as actividades dos órgãos permanentes da UIT. É da sua competência assegurar a coordenação eficaz das actividades da União em todas as matérias de política, administração, finanças e aprovação do orçamento anual.
Órgãos permanentes
São vários os órgãos permanentes da UIT:
	O secretário Geral é eleito pela conferencia, para um mandato de cinco anos.
Cabe-lhe dirigir:
· O secretariado Geral – colando sob sua autoridade, que é o órgão burocrático da organização responsável pelos serviços financeiros e técnicos, eleito pela conferencia de plenipotenciários;
· O Conselho Internacional de Registos de Frequências Rádio-Telefónicas;
· O Comité Consultivo Internacional de Rádio-Comunicações;
· O comité Consultivo Internacional do Telegrafo e do Telefone;
· Conferencias Administrativas Mundiais – com competências limitadas a matéria de regulamentações. (Campos, 2010. Pp 605)
GBM
O Grupo Banco Mundial (GBM) é um órgão humanitário autodeclarado especializado na prestação de assistência financeira e técnica às nações em desenvolvimento em todo o mundo. Sediado em Washington, D.C., o GBM possui 10.000 funcionários em mais de 100 escritórios internacionais. Com 189 países membros, o GBM é o principal canal de desenvolvimento econômico. Embora muitas vezes seja uma figura polarizadora, o GBM é um fornecedor líder de ajuda a países e municípios desde a década de 1940. (WBG, 2018)
Contexto histórico do GBM - A sua formação
Criação do BIRD
De acordo com o (relatório do WBG, 2018) “O Grupo Banco Mundial (GBM) foi fundado como Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento(BIRD) em 1944. Produto da cúpula de Bretton Woods, em New Hampshire, foi criado junto com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para liderar os esforços de reconstrução no período pós- Era da segunda guerra mundial.”
O objetivo inicial do Banco Mundial era ajudar a reconstruir países europeus devastados pela Segunda Guerra Mundial. Seu primeiro empréstimo foi para a França em 1947 para reconstrução pós-guerra. Logo, no entanto, outros atores começaram a assumir o papel de apoio à reconstrução e o Banco Mundial voltou sua atenção para as necessidades de seus membros na América Latina, África e Ásia. 
Do Banco Mundial ao Grupo Banco Mundial
O Banco Mundial se expandiu para um grupo estreitamente associado de cinco instituições de desenvolvimento. Originalmente, seus empréstimos ajudaram a reconstruir países devastados pela Segunda Guerra Mundial. Com o tempo, o foco mudou da reconstrução para o desenvolvimento, com uma forte ênfase na infraestrutura, como barragens, redes elétricas, sistemas de irrigação e estradas. Com a fundação da Sociedade Financeira Internacional (SFI) em 1956, a instituição tornou-se capaz de emprestar para empresas privadas e instituições financeiras em países em desenvolvimento. E a fundação da Associação Internacional de Desenvolvimento (AID), em 1960, deu maior ênfase aos países mais pobres, parte de uma constante mudança em direção à erradicação da pobreza, tornando-se o principal objetivo do GBM. O lançamento subsequente do Centro Internacional para Resolução de Disputas sobre Investimentos (ICSDI) e da Agência Multilateral de Garantia de Investimentos (MIGA) completou ainda mais a capacidade do Grupo Banco Mundial de conectar recursos financeiros globais às necessidades dos países em desenvolvimento. ( WBG, 2018)
O trabalho de assistência técnica do Banco, que forneceu aos países os recursos técnicos e o treinamento necessário para o uso eficaz dos empréstimos do Banco, foi cada vez mais solicitado pelos países membros. Na década de 1970, o Banco Mundial voltou sua atenção para a erradicação da pobreza. Os projetos de desenvolvimento refletiam objetivos orientados para as pessoas, e não exclusivamente a construção de estruturas materiais. Projetos relacionados à produção de alimentos, desenvolvimento rural e urbano e população, saúde e nutrição foram projetados para atingir diretamente os pobres. As operações do banco também se expandiram para identificar e incentivar políticas, estratégias e instituições que ajudaram os países a ter sucesso. O Banco iniciou empréstimos de ajuste setorial e estrutural considerados necessários para o sucesso de seus projetos. Nos anos 80, o Banco continuou a ampliar seu foco em questões de desenvolvimento social. Questões da vida social, incluindo educação, comunicação, patrimônio cultural e boa governança vieram à tona. Como resultado dessa ampliação, os funcionários do Banco, que originalmente eram engenheiros, economistas e analistas financeiros, haviam incluído, no início dos anos 80, especialistas de várias disciplinas, incluindo economistas, especialistas em políticas públicas, especialistas setoriais, e cientistas sociais. (IDA, 2019)
Hoje, o trabalho do Grupo Banco Mundial afeta quase todos os setores importantes para combater a pobreza, apoiar o crescimento econômico e garantir ganhos sustentáveis ​​na qualidade de vida das pessoas nos países em desenvolvimento. Embora a seleção e o design sólidos de projetos permaneçam fundamentais, o Grupo Banco Mundial reconhece uma ampla gama de fatores críticos para o sucesso - instituições eficazes, políticas sólidas, aprendizado contínuo por meio de avaliação e compartilhamento de conhecimento e parceria, inclusive com o setor privado. O Grupo Banco Mundial mantém relacionamentos de longa data com mais de 180 países membros e utiliza-os para enfrentar desafios de desenvolvimento cada vez mais globais. Em questões críticas como mudança climática, pandemias e migração forçada, o Grupo Banco Mundial desempenha um papel de liderança porque é capaz de convocar discussões entre os membros de seu país e uma ampla variedade de parceiros. Ele pode ajudar a lidar com as crises enquanto constrói as bases para um desenvolvimento sustentável a longo prazo. (WBG, 2018)
A evolução do Grupo Banco Mundial também se refletiu na diversidade de sua equipe multidisciplinar, que inclui economistas, especialistas em políticas públicas, especialistas no setor e cientistas sociais, com sede na Washington, D.C. e no campo. Hoje, mais de um terço da equipe está sediada em escritórios nos países.
Objectivos
O objectivo inicial do GBM era a emissão de empréstimos a governos que precisavam de financiamento para projetos de reconstrução da Segunda Guerra Mundial. 
À medida que as preocupações em torno da reconstrução da Segunda Guerra Mundial eram satisfeitas, o desenvolvimento econômico e a prosperidade se tornaram os principais focos do GBM. A criação de departamentos de empréstimos privados, a International Finance Corporation (1956) e a International Development Association (1960), mudaram a atenção para o objetivo de erradicar a pobreza através do crescimento econômico. Isso foi amplamente abordado pelo fornecimento de capital às nações membros do FMI na África, Ásia e América Latina.
Principais objetivos atuais do Banco Mundial:
· Estimular o crescimento econômico dos países-membros, principalmente através do incentivo ao desenvolvimento agrícola e industrial;
· Acabar com a pobreza extrema no mundo;
· O Banco Mundial colabora financeiramente para o desenvolvimento de programas ambientais, educacionais e sociais;
· Incentivar, através de empréstimos, o desenvolvimento, principalmente, da infraestrutura, saneamento básico e geração de energia dos países-membros;
· Oferecer, aos países-membros, informações técnicas e projetos que visem o desenvolvimento socioeconômico;
· Atuar no intercâmbio de conhecimentos inovadores entre os países-membros.
Na era moderna, esses programas são conduzidos de acordo com dois objetivos principais a serem alcançados até 2030: 
· “Acabar com a pobreza extrema diminuindo a percentagem de pessoas que vivem com menos de US $ 1,90 por dia para não mais de 3%”
· “Promover a prosperidade compartilhada, promovendo o crescimento da renda dos 40% inferiores para todos os países.”
De acordo com Sebrae (2017) “Dada uma abordagem filantrópica aos empréstimos, o GBM participa regularmente da vasta emissão de doações, empréstimos com juros baixos e sem juros. Para o exercício fiscal encerrado em 30 de junho de 2017, foram desembolsados ​​US $ 17.861 milhões a países, municípios e parceiros de várias localidades geográficas. Esses fundos são considerados investimentos em infraestrutura, gestão ambiental, educação, assistência médica e muitas outras designações de projetos.”
Para acompanhar a investidura de capital, também são fornecidas análises avançadas e conhecimentos financeiros. Tecnologia de ponta, ferramentas de pesquisa e colaboração contínua são recursos adicionais oferecidos para apoiar o desenvolvimento econômico eficiente dos participantes. (Sebrae, 2017)
Composição e Estrutura do GBM
O Grupo Banco Mundial, sediado em Washington, é constituído pelo Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), pela Associação Internacional de Desenvolvimento (AID), pela Sociedade Financeira Internacional (SFI), pela Agência Multilateral de Garantia de Investimentos (MIGA) e pelo Centro Internacional para Arbitragem de Disputas sobre Investimentos (ICSID). Ainda que formalmente independentes, estas são 5 instituições estreitamente relacionadas, cada uma delas desempenhando um papel distinto na luta contra a pobreza e melhoria das condições de vida das populações dos países em desenvolvimento.
Enquanto que a designação de Grupo Banco Mundial (GBM) se refere às cinco instituições, o termo Banco Mundial (BM) refere-se apenas ao BIRD e à IDA.
Estrutura organizacional
O GBM é composto por 189 países membros de todas as partes do mundo. Para obter a adesão, uma nação deve primeiro ingressarno FMI em conformidade com os Artigos do Acordo do BIRD, redigidos em 1944. Uma vez membro do FMI, uma nação pode participar da tomada de decisões do GBM, arrecadar fundos ou receber dispersões de ajuda.
Os países membros estão diretamente envolvidos nos processos de tomada de decisão do GBM. De acordo com o Contrato original, um Conselho de Governadores atua como a autoridade de fato que trata das questões e preocupações prementes do dia. Esse órgão é constituído por nomeados de cada nação membro, incluindo um governador em exercício e um suplente, sujeitos a um mandato de cinco anos.
Os deveres e poderes da Assembléia de Governadores são os seguintes: 
· Admitir ou suspender membros;
· Gerenciar estoques de capital;
· Distribuir lucro líquido;
· Interpretar e alterar os Artigos do Contrato;
· Fomentar a cooperação com outras organizações internacionais;
· Suspender operações;
Além do Conselho de Governadores, o GBM possui cinco Conselhos de Administração separados que gerenciam efetivamente sua respectiva organização parceira.
Nações dos acionistas da organização
Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD); Associação Internacional de Desenvolvimento (AID); Corporação Financeira Internacional (IFC); Agência Multilateral de Garantia de Investimentos (MIGA) e Centro Internacional para Resolução de Disputas sobre Investimentos (ICSID).
Cada um desses departamentos atua como um braço do GBM, especializado em questões operacionais e administrativas exclusivas. Os objetivos declarados e as principais funções de cada órgão são os seguintes:
BIRD
O BIRD, fundado em 1945 com o objectivo de ajudar à reconstrução da Europa, concentra a sua actuação presente na concessão de financiamento aos países beneficiários em condições mais favoráveis em relação aos mercados financeiros internacionais, com taxas concessionais e prazos de maturidade alargados, com vista à sustentabilidade financeira dos países em causa. Uma parte significativa dos fundos do BIRD é originada nos mercados financeiros internacionais. Actualmente o BIRD tem 189 países membros. 
O principal órgão de decisão do Banco é o Conselho de Governadores o qual se reúne anualmente e é composto por um representante de cada país membro.
Os Governadores elegem 24 membros do Conselho de Administração (CA), que exercem a sua actividade na sede da Instituição por um período determinado. Reúnem-se de forma regular para supervisionar questões financeiras do Banco, aprovar o orçamento administrativo, bem como rever e aprovar todos os documentos de política no âmbito de empréstimos, investimentos em capital e assistência técnica.
O Presidente do Banco, de nacionalidade americana, tem como função gerir a Instituição e presidir ao Conselho de Administração, sendo coadjuvado nessa missão por quatro Directores Gerais e um Vice-Presidente Executivo. (WBG, 2018) 
Houve um declínio significativo nos empréstimos do Banco Mundial aos MICs.
Para os anos fiscais de 1990-97 os empréstimos do IBRD caíram na faixa de US $ 15-18 bilhões. Depois de um aumento dramático, mas breve, nos empréstimos em resposta à crise financeira da Ásia Oriental, os empréstimos do IBRD caíram cerca de US$ 10-11 bilhões durante as FYs 2000-2003. Esse declínio ocorreu em todas as regiões, exceto no sul da Ásia, e em todos os setores, exceto educação e saúde. 
A queda foi particularmente dramática para os empréstimos de infraestrutura e intermediação financeira e afetou especialmente os empréstimos para projetos de investimento (em relação ao equilíbrio de pagamentos e empréstimos de apoio ao orçamento), para os quais os empréstimos caíram cerca de metade quando comparamos os mesmos períodos (de cerca de US $ 12 bilhões para US $ 6 bilhões). O declínio dos empréstimos foi encontrado em países de bom e mau desempenho. Ocorreu em um momento em que os fluxos de capital privado para ASMI entraram em colapso e enquanto os empréstimos dos bancos de desenvolvimento regional (como o Banco Asiático de Desenvolvimento, o Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento e o Banco Inter-American de Desenvolvimento) se expandiram.
	O papel em declínio dos empréstimos do Banco é um problema para os MICs e para o Banco
Muitos MICs precisam do financiamento do Banco para ajudar a enfrentar esses desafios:
· Após a crise da Ásia Oriental, os fluxos financeiros privados líquidos para os MICs mudaram de uma média de entrada anual de cerca de US $ 140 bilhões por ano durante a década de 1990 para zero ou fluxos negativos no início dos anos 2000. No final de 2003, mais de 1/3 dos 82 mutuários do BIRD tinham acesso ao mercado, e a maioria dos que tinham algum acesso teve que emprestar em spreads que tipicamente variavam de 100 pontos-base (BP) a mais de 500 BP, em comparação com cerca de 40 BP que os mutuários do BIRD geralmente faziam empréstimos do Banco Mundial.
· É uma prática padrão nos países industriais canalizar fluxos financeiros consideráveis para regiões atrasadas, a fim de apoiar a convergência na produção e renda regional. Isso vale para os fundos estruturais e de coesão na União Europeia e é uma característica muito comum para as transferências intergovernamentais das autoridades nacionais para as regionais e locais nos países industriais. A mesma lógica se aplica à canalização de fundos de países industriais para países em desenvolvimento, incluindo os MICs, que se a renda per capita ainda equivale a apenas 10% da renda per capita de um país industrial típico. 
· O pacote de apoio financeiro e consultivo do Banco Mundial por meio de seus empréstimos BIRD (juntamente com seus serviços analíticos e consultivos autônomos) é, em princípio, adequado para apoiar as mudanças estruturais e institucionais, juntamente com investimentos em infraestrutura física social e ambiental que são necessárias nos MICs. 
Para o Banco e seus acionistas, a queda nos empréstimos do BIRD traz uma série de riscos sérios: 
· O papel do Banco como “cinturão de transmissão” que transporta países de baixa renda através do status de renda média para as fileiras dos países de maior renda estará em jogo. Isso é um pouco irônico, uma vez que o saldo em dia o Banco provavelmente tem sido mais bem-sucedido em ajudar os países de renda média do que os países de baixa renda. Parte da função “correia de transmissão” do Banco é transmitir as lições da experiência de desenvolvimento do MIC para os países de baixa renda. 
· A capacidade do IBRD de continuar a fazer contribuições consideráveis para a janela de empréstimos e concessões do Banco, IDA, e para transferência para a iniciativa de redução da dívida para os países mais pobres fortemente endividados será ameaçada uma vez que essas janelas financeiras são financiadas em parte da renda gerada pelos encargos de empréstimos pelo INRD. Isso significaria uma redução considerável do fluxo financeiro para os países em desenvolvimento mais pobres. 
· Se o Banco não estiver mais seriamente empenhado em apoiar os MICs, seu papel como uma organização global de desenvolvimento que ajuda a enfrentar os desafios econômicos, sociais e ambientais globais em escala mundial será em escala nacional. Atualmente, não há outra organização que possa executar essa função com credibilidade. (Linn, 2004 pp. 2)
Há muitas razões para o declínio dos empréstimos bancários aos MICs.
A queda dos empréstimos bancários aos MICs reflete uma complexa mistura de fatores a nível nacional, no nível setorial e em termos de atitude e procedimentos próprios do Banco. 
A nível nacional, vários fatores causaram uma redução no endividamento do MIC: Alguns MICs se formaram formalmente ou informalmente a partir de empréstimos BIRD, como tem sido o caso de alguns países da Europa Central. Outros caíram do BIRD para o status de mutuário do IDA devido à crise financeira e econômica e má gestão (Indonésia, Nigéria).
Outros têm altas receitas petrolíferas e, portanto, temporariamente pouca necessidade de empréstimos externos pelo governo (Cazaquistão, Rússia). Alguns são constrangidos por severos limitesà sua capacidade ou disposição para serviços de empréstimos devido à crise financeira (Argentina), e ainda outros casos os limites de exposição estritas do Banco restringem os empréstimos a países de alto risco ou de alta exposição. (Linn, 2004 pp. 3 - 4)
Formas de apoio 
O Banco Mundial dá apoio (financeiro) apenas aos países membros e em termos “oficiais”: a projectos dos Estados com garantias dadas pelos Estados ou pelos Bancos centrais, estando o apoio ao sector privado cometido à sociedade financeira Internacional. (Campos, 2010 pp. 564)
O Banco possui dois tipos básicos de empréstimos: os empréstimos para investimento, que nas últimas décadas representa centra de ¾ do total, concedidos como loans através do banco, ou como credits através da Associação Internacional para o Desenvolvimento, e os empréstimos de desenvolvimento (Development policy loans), que evoluíram de empréstimos concedidos para viabilizar reformas macroeconómicas (agricultura ou comercio externo) para a obtenção de ajustamentos estruturais e sectórias. (Campos, 2010 pp. 564)
Desde 2004 deram lugar aos ditos empréstimos de desenvolvimento, libertados por tranches em função do cumprimento de condições previamente estipuladas (alterações legislativas, obtenção de certos resultados, adopção de certos procedimentos ou indícios de evolução para uma situação macroeconómica satisfatória). (Campos, 2010 pp. 565)
OACI
A Organização da Aviação Civil Internacional – OACI surgiu para dar resposta as necessidades da aviação comercial que exigia a adopção duma regulamentação internacional que tornasse possível através das fronteiras internacionais.
A OACI foi constituída pela convenção de Chicago sobre aviação civil internacional de 7 de Dezembro de 1944, que entrou em vigor em 4 de abril de 1947, pelo que entre o momento da sua criação e o início das suas actividades funcionou uma instituição denominada Organização Internacional Provisoria da Aviação Civil.
Por acorda concluído com a ONU em 13 de outubro de 1947 a OACI assumiu o estatuto de “instituição especializada” do sistema das Nações Unidas.
A sede da Organização foi estabelecida em Montreal (Canadá). (Campos, 2010. Pp 615- 616)
Em maio de 1947, na primeira Assembleia da OACI, foi aprovado o acordo de relacionamento com as Organizações das Nações Unidas – ONU (OACI, 2017). Assim, a OACI tornou-se uma agência especializada das Nações Unidas responsável pela “promoção do desenvolvimento seguro e ordenado da aviação civil mundial, por meio do estabelecimento de normas e regulamentos necessários para a segurança, eficiência e regularidade aéreas, bem como para a proteção ambiental da aviação” (ANAC, 2017; [como citado em Azevedo, 2017 pp. 117])
Apesar da OACI ser uma agência independente e autônoma, a aquisição do status de eleitorado na Organização das Nações Unidas foi um passo importante, beneficiando muitos de seus Estados-contratantes, principalmente por meio do Programa de Assistência Técnica das Nações Unidas (OACI, 2017 [como citado em Azevedo, 2017 pp. 117]).
Assim, como Agência Especializada das Nações Unidas, a OACI trabalha em estreita cooperação com as Organizações das Nações Unidas (ONU) e, em particular, com o Conselho Econômico e Social. (OACI, 2017 [como citado em Azevedo, 2017 pp. 117])
Composição 
Praticamente todos os Estados-membros da ONU, são membros da AOCI.
	Entre os membros da Organização há que distinguir:
· Os originários: são aqueles que participaram na Convenção de Chicago como subscritores originários;
· Os Estados aderentes, já que a Convenção esta aberta adesão de Estados-membros das NU, aos Estados associados e estes e aos que foram neutrais na Segunda Guerra Mundial (art. 92º da Convenção);
· Outros Estados que não entram nas categorias anteriores têm também a possibilidade de aderir já que, segundo se dispõe no art. 93º da convenção de Chicago, podem ser admitidos com o voto favorável de quatro quintos dos membros da Assembleia a participar “nas condições que a mesma Assembleia determinar, entendendo-se que em cada caso será necessário a anuência dos Estrados que tiverem sido invadidos ou atacados durante a guerra actual, pelo Estado beneficiário”
Qualquer Estado poderá retirar-se da Organização mediante pré-aviso de um ano.
Os Estados Membros são correntemente 190. (campos, 2010. Pp 616 - 617)
Papel da OACI
Cumpre estatuariamente à OACI favorecer o desenvolvimento e regularmente a navegação aérea, promovendo a conclusão de convenções relativas ao direito aéreo e aos transportes aéreos, o estabelecimento de serviços técnicos destinados a facilitar e melhorar as condições da navegação aérea, tais como serviços meteorológicos, de telecomunicações, de controlo de segurança..., estimulando o aperfeiçoamento da construção de aeronaves, aeroportos e instalações de navegação aérea e prestando assistência técnica nas aéreas em que é competente para intervir.
Por outro lado, a OACI tem por mandato assegurar o desenvolvimento seguro e metódico da aviação civil, evitar o desperdício de recursos devido a concorrência desregrada, preservar os direitos de cada parte contratante de operar o transporte aéreo internacional e evitar práticas discriminatórias. 
Os objectivos específicos da Organização dirigidos a desenvolver os princípios e técnicos da navegação aérea internacional, bem como outros concorrentes à organização e desenvolvimento do transporte aérea internacional, estão contidos no art. 44º da convenção de Chicago. (campos, 2010. Pp 617)
De acordo com Santana e Rocha, o objetivo principal da OACI é:
(...) promover a cooperação internacional na aviação civil, busca a definição comum de princípios e acordos que permitam a evolução da aviação civil internacional de forma segura e ordeira e o estabelecimento de serviços relacionados com o transporte aéreo internacional numa base de igualdade de oportunidade e de acordo com princípios econômicos. Em outros termos, a ICAO tem como finalidade coordenar e regular o transporte aéreo internacional (SANTANA e ROCHA, 2009, p. 44 [como citado em Azevedo, 2017 pp. 118]).
Missão e Visão da OACI
A missão da OACI é “servir como um fórum global dos Estados para a aviação civil internacional”. A OACI desenvolve políticas e padrões, conduz auditorias de conformidade, realiza estudos e análises, fornece assistência e desenvolve a capacidade da aviação por meio de muitas outras atividades e a cooperação de seus Estados membros e partes interessadas” (OACI, 2017 [Azevedo, 2017 pp. 119]).
A visão da OACI é “alcançar o crescimento sustentável do sistema global de aviação civil” (OACI, 2017 [Azevedo, 2017 pp. 119]).
Objetivos Estratégicos da OACI
A OACI estabeleceu cinco objetivos estratégicos de forma a apoiar e permitir o desenvolvimento de uma rede global de transporte aéreo que tenha capacidade de atender e superar o desenvolvimento social e econômico e as necessidades de conectividade mais amplas entre das empresas e passageiros globais.
Assim, com intuito de estabelecer uma visão de longo prazo para as grandes áreas da aviação civil, a OACI dispõe de um planejamento estratégico consubstanciado em um documento denominado Plano de Negócios da OACI (em inglês, ICAO Business Plan) (ANAC, 2017 [Azevedo, 2017 pp. 119]).
O Plano é constituído de cinco objetivos estratégicos, envolvendo segurança operacional, capacidade e eficiência da navegação aérea, facilitação e segurança da aviação civil, desenvolvimento econômico da aviação civil e proteção ambiental. (OACI, 2017; ANAC, 2017 [Azevedo, 2017 pp. 120])
	Objetivo Estratégico
	Descrição
	Segurança Operacional
	Melhorar a segurança operacional da aviação civil global, focando, principalmente, nas capacidades regulatórias dos Estados por meio das atividades previstas no GASP.
	
Capacidade e Eficiência de Navegação Aérea
	Aumentar a capacidade e melhorar a eficiência do sistema de aviação civil global por meio da evolução da navegação aérea e da infraestrutura de aeródromos, assim como do desenvolvimento de novos procedimentos, com vistas a otimizar o desempenho dos
sistemasutilizando as atividades previstas no GANP.
	
Segurança e Facilitação
	Melhorar a segurança da aviação civil (AVSEC) e a facilitação global, incluindo a padronização de documentos de viagem, racionalização de
procedimentos e sistemas de controle de fronteira e cooperação internacional em temas de segurança contra interferência ilícita.
	Desenvolvimento Econômico do
Transporte Aéreo
	Promover o desenvolvimento de um sistema de aviação civil equilibrado e economicamente viável.
	Proteção ambiental
	Minimizar os efeitos ambientais adversos provocados pelas atividades de aviação civil.
Fonte: Azevedo, 2017 pp. 120
Estrutura Orgânica da OACI
O sistema institucional da OACI comporta:
· A Assembleia;
· O Conselho;
· O Secretaria Geral;
· O Secretariado;
· A Comissão de Navegação Aérea. (Campos, 2010. Pp 619)
AID
A Associação Internacional de Desenvolvimento (AID), fundada em 1960, concede aos seus países-membros doações e empréstimos concessionais: taxas de juros bonificadas, com um período de graça de 10 anos e uma maturidade que varia entre os 35 e os 40 anos a países que não têm acesso aos mercados financeiros. A AID é um fundo reconstituído de 3 em 3 anos, financiado por contribuições dos governos dos países mais ricos. Em 2007 completou-se a 15ª reconstituição da AID de cerca de USD 41,6 mil milhões para o triénio 2009 a 2011. (AID, 2018)
Em conformidade com Campos (2010, pp 578), Trata-se de organização com objectivos mais próximos dos objectivos do BIRD, de apoio ao sector publico, tendo agora 170 membros. A sua criação, em 1960 (em 24 de Setembro), foi determinada pela constatação de que, sendo os capitais do BIRD obtidos no mercado de capitais, juros capazes de cobrir os encargos respectivos não poderiam ser suportados pelos países mais desfavorecidos. Os primeiros empréstimos, concedidos as Honduras, à India, ao Sudão e ao Chile, foram aprovados em 1961. 
Membros da AID
Só podem aderir à AID os Estados membros do BIRD. No seio da AID os Estados encontram-se divididos em duas categorias: a primeira agrupa os 22 Estados mais desenvolvidos e da segunda fazem parte os Estados menos desenvolvidos.
 A AID compreende a maior parte dos Estados do Globo, inclusive alguns Estados do Leste europeu. Portugal é membro da AID desde Dezembro de 1992. (Pereira 7 Quadros, 2009. Pp 570)
A decisão de financiar os projectos através da Associação ou do Banco depende do nível de desenvolvimento dos países: havendo países que, pelo escasso desenvolvimento, apenas são financiados pela AID, outros que podem ter simultaneamente financiamentos do Banco, e ainda alguns que poderão recorrer apenas a este último. (Campos 2010, pp 578)
A ajuda proporcionada pela AID não se reveste, como vimos já, das características de um remunerado através do pagamento de uma taxa de juro, tal como sucede com as operações do Banco. Trata-se antes de “créditos” que apenas originam o pagamento de uma comissão de serviço de o,75 %. Procurando marcar a diferença entre um e outo caso, diz-se na terminologia inglesa que enquanto da parte do Banco se trata de loans, da parte da AID trata-se de credits ou grants.
O prazo de vida desses financeiros é muito longo, cinquenta anos (para os concebidos ate junho de 1987). Desde então oscila entre os trinta e cinco e os quarenta anos, conforme o estádio de desenvolvimento do país mutuário, havendo um período de graça de dez anos e sendo depois gradual a amortização.
Na sua actividade de mais de 47 anos a AID concedeu financiamento no montante de total de cerca de 207 mil milhões de dólares, a uma média de 14 mil milhões por ano nos últimos anos. Cerca de metade (56% ate 2009) canalizados para Africa.
Objectivos visados pela AID 
O artigo 1º dos estatutos afirma que compete a AID; promover o desenvolvimento económico, incrementar a produtividade e, desse modo, elevar o nível de vida nas regiões menos desenvolvidas do Mundo, compreendidas dentro dos territórios dos membros da Associação. Especialmente mediante a concessão de recursos financeiros necessários para atender as suas mais importantes necessidades de desenvolvimento, em condições mais flexíveis e menos graves para as balanças de pagamentos do que as que são aplicadas aos empréstimos usuais, a fim de contribuir para impulsionar os objectivos da expansão económica do BIRD e secundar as suas actividades. (Pereira & Quadros, 2009, pp 570)
A estrutura orgânica da AID 
A AID tem órgãos próprios, mas em tudo idênticos aos da SIF. (Pereira & Quadros, 2009. Pp 571)
Conclusão
Bibliografia
Bryant, C, V. (2015). Agency and Autonomy in International Organizations: Political Control and the Effectiveness of Multilateral Aid∗. Department of Political Science; Texas A & M University. Pp 12-15. Pdf. 
Pereira, A, G & Quadros, F. (2009). Manual de Direito Internacional Público. Almedina; 3ª edição. Lisboa - Portugal. Pp 561 – 571. 
Azevedo, R, A. (2017). A Importância e as Principais Contribuições Da Uniformização De Normas Internacionais Para O Desenvolvimento Da Aviação Civil. Universidade Do Sul De Santa Catarina. Palhoça, Santa Catarina – Brasil. pp 117 – 120. pdf 
Campos. (2010). Organizações Internacionais. Coimbra editora; 4ª edição. Coimbra – Portugal. pp 564 – 619.
Linn, 	J, F. (2004). The Role of World Bank Lending in Middle Income Countries. Comments presented at the OED Conference on the Effectiveness of Policies and Reforms held in Washington on October 4, 2004 .The Brookings Institution. pp 2 - 4.
IDA, (2019). History, recuperado a 22 de Maio de 2020 em: https://www.worldbank.org/en/about/history 
FXCM, (2019). World Bank Group (WBG), recuperado a 22 de Maio de 2020 em: https://www.google.com/amp/s/www.fxcm.com/markets/insights/world-bank-group-wbg/amp/ 
WBG, (2018). History, recuperado a 22 de Maio de 2020 em: https://www.worldbank.org/en/about/archives/history
IDA, (2018). What is IDA, recuperado a 22 de Maio de 2020 em: https://ida.worldbank.org/about/what-is-ida 
Sebrae, (2017). IFC – Corporação Financeira Internacional (Grupo Banco Mundial), recuperado a 23 de Maio de 2020 em: http://ois.sebrae.com.br/comunidades/ifc-corporacao-financeira-internacional-grupo-banco-mundial/ 
GPEARI, (2019). O que é o grupo do Banco Mundial?. Recuperado a 23 de Maio de 2020 em: http://www.gpeari.gov.pt/relacoes-internacionais/relacoes-multilaterais/instituicoes-financeiras-internacionais/banco-mundial/o-que-e-o-grupo-do-banco-mundial 
IEG, (2020). World Bank Group Support to Housing Finance. Recuperado a 23 de Maio de 2020 em: https://ieg.worldbankgroup.org/evaluations/world-bank-group-support-housing-finance 
Santos, L, R. (2017). Conceito e Classificação de Órgãos Públicos. Gabarite. Recuperado em: https://www.gabarite.com.br/dica-concurso/102-conceito-e-classificacao-de-orgaos-publicos
Encyclopedia Britannica, Inc. (2019). General Agreement on Tariffs and Trade. Encyclopedia Britannica. Recuperado em: https://www.britannica.com/topic/General-Agreement-on-Tariffs-and-Trade
Santiago, E. (2011). GATT. InfoEscola. Economia. Recuperado em: https://www.infoescola.com/economia/gatt/

Outros materiais