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Caderno II - Civil IV

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Rio de Janeiro, 22 de outubro de 2012.
		DIREITO CIVIL
PERDA DA PROPRIEDADE
Art. 1.275. Além das causas consideradas neste Código, perde-se a propriedade:
I - por alienação; Momento da aquisição para alguém é o momento da perda para outra pessoa. Ato jurídico sujeito a registro.
II - pela renúncia; é um ato jurídico sujeito a registro para bens imóveis.
III - por abandono; situação fática em relação as coisas móveis como jogar no lixo. Para imóvel o abandono não é perda da propriedade porque depende de ato jurídico com registro. Abandonar imóvel não produz efeitos imediatamente.
IV - por perecimento da coisa; falta de objeto
V - por desapropriação.
Parágrafo único. Nos casos dos incisos I e II, os efeitos da perda da propriedade imóvel serão subordinados ao registro do título transmissivo ou do ato renunciativo no Registro de Imóveis.
Art. 1.276. O imóvel urbano que o proprietário abandonar, com a intenção de não mais o conservar em seu patrimônio, e que se não encontrar na posse de outrem, poderá ser arrecadado, como bem vago, e passar, três anos depois, à propriedade do Município ou à do Distrito Federal, se se achar nas respectivas circunscrições.
Relacionado à função social – que é o uso do imóvel. Deixar bem abandonado é comportamento anti–social. Abandonar imóvel perde a propriedade em três anos.
Diferença de prazo – 3 anos para ente público e quinze anos para particular.
Presunção de abandono absoluto – cessado atos de posse e parar de pagar impostos.
A propriedade se perde pelo não uso, de acordo com a função social.
DIREITO DE VIZINHANÇA
Ponto dentro da propriedade imóvel. Estabelece-se entre ocupantes de imóvel.
Vizinho – não há definição no CC.
Se a propriedade de um causa dano a propriedade de outrem é considerado vizinho, independentemente da distância entre as propriedades.
Qualquer um que está a uma distância tal que cause prejuízo.
Artigos gerais – sossego, saúde, segurança.
Artigos específicos de vizinhança.
Art. 1.277. O proprietário ou o possuidor de um prédio tem o direito de fazer cessar as interferências prejudiciais à segurança, ao sossego e à saúde dos que o habitam, provocadas pela utilização de propriedade vizinha. – uso anormal da propriedade
Costume é fonte do direito – se comportar bem
Costumes variam conforme o local – conceito de incomodo e anormal varia de acordo com a época e o local.
Utilizar a propriedade de acordo com os costumes do local.
Limites ordinários – o que é costumeiro aquele lugar.
Fica a critério de o juiz analisar de acordo com o caso concreto.
Prejudicar – saúde – falta de limpeza
Barulho – música, sino da igreja. Tirar o sossego e que seja considerado anormal.
Segurança – material inflamável
Art. 1.278. O direito a que se refere o artigo antecedente não prevalece quando as interferências forem justificadas por interesse público, caso em que o proprietário ou o possuidor, causador delas, pagará ao vizinho indenização cabal. - 
Interferências justificadas por interesse público – interesse da coletividade, como escolas, serviços – esses serviços incomodam as pessoas. A vantagem de morar nas cidades é ter acesso aos serviços e esta prestação vai incomodar. Deve incomodar o mínimo possível e que mesmo que o juiz determine que tem de aguentar deverá ser pago uma indenização como valor da desvalorização do imóvel. O juiz vai determinar o pagamento de uma indenização de particular para particular.
Art. 1299 – decisão judicial - deve ser tolerada – exigir redução ou eliminação quando se tornar impossível
1280 – exigir do vizinho demolição ou reparação – ameaça de ruína.
 E a chamada AÇÃO DE DANO INFECTO – é o que não foi feito ainda. Processando por um dano que não aconteceu, pois o imóvel ainda não desabou.
Se não tiver dinheiro para manter o imóvel vai perder porque não esta cumprindo função social. Quem não tem dinheiro para manter sua propriedade não pode ser proprietário. Deve honrar seus deveres anexos ao direito de propriedade.
Art. 1281 – as pessoas podem entrar na casa da outra
PARTE ESPECÍFICA
Problema com árvores – destrói o chão, suja, bichos, manchar piso
Art. 1282 – árvores limítrofes – na linha divisória do imóvel – pertence em comum
Art. 1283 – raízes e ramos que invadem poderá ser cortada – é autotutela, não é necessário pedir ao vizinho dono da árvore. 
Art. 1284 – os frutos caídos - MATÉRIA DA PROVA
Em regra o acessório segue o principal – proprietário do solo é o dono da árvore. Se passar a linha divisória não passa a ser do outro. Inclusive dos frutos.
O artigo sai dessa regra – o fruto passa a ser do vizinho que não é proprietário da árvore para evitar conflitos. O fruto não deve ser colhido porque se estiver na árvore é do dono da árvore, deve esperar cair no chão. Pagamento para não cortar o galho. Se cair na rua é do dono da árvore.
O MOMENTO DA AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE DO FRUTO É O MOMENTO QUE CAI NO CHÃO.
Art. 1285 – passagem forçada – o juiz vai determinar
Para o CC prédio é qualquer imóvel
Prédios encravados – é aquele que não tem saída para a via pública.
Exigir passagem pelo terreno do vizinho. 
A passagem forçada se dá mediante pagamento de indenização.
Passagem forçada não é servidão de passagem (não tem relação com encravamento).
Exigiu judicialmente a passagem e o juiz determinou ao passo que a servidão é voluntária fruto de um acordo e passagem forçada não depende de acordo. Um vizinho impõe ao outro a passagem porque decorre do encravamento.
Na jurisprudência – encravamento parcial – imóveis com saída ruim para a via pública (dificulta atividade econômica, empregado não consegue trabalhar)
Art. 1286 e seguintes
Passagem de cabos e tubulações – serviços de utilidade pública. Não pode ser opor.
Art. 1288 – águas 
Lembrar que águas são de direito publico que repercutem no direito civil.
O dono do prédio inferior recebe a água do prédio mais alto (lei da gravidade).
Não pode realizar obras que inviabilize seu fluxo.
Art. 1297 – limites entres prédios
Direito de delimitar (muro, cerca)
Pode construir em cima da linha divisória – aquele que constrói primeiro
E pode dividir a conta com a vizinho.
As pessoas fazem dois muros.
Combinar com art. 1327 e seguintes até art. 1330.
Para usar o muro para qualquer coisa vai ter que desembolsar
Art. 1299 
Direito de construir
Regra – pode construir o que lhe aprouver e não fere a legislação.
Limitação – gabarito (regulamento administrativo) e direitos dos vizinhos.
Art. 1300 – água
Não pode despejar água no prédio do vizinho
Art. 1301
Janela, terraço, varanda – tira a privacidade
Respeitar um metro e meio de for visão direta
Visão oblíqua ou perpendicular é 75 cm
Não abrange as frestas ou basculantes pequenos
Súmula 120 do STF – parede de tijolos de vidro – parede de tijolos de vidro é parede e não é janela.
Súmula 414 STF 
Rio de Janeiro, 29 de outubro de 2012.
Art. 1299, 1300, 1301, CC – O município organiza os zoneamentos. Você não é dono da calçada, mas é responsável pela manutenção dela. 
O gabarito (é o resultado de estudo que leva em consideração vários fatores) também tem de ser respeitado. 
Art. 1.305. O confinante, que primeiro construir, pode assentar a parede divisória até meia espessura no terreno contíguo, sem perder por isso o direito a haver meio valor dela se o vizinho a travejar, caso em que o primeiro fixará a largura e a profundidade do alicerce.
Art. 1.308. Não é lícito encostar à parede divisória chaminés, fogões, fornos ou quaisquer aparelhos ou depósitos suscetíveis de produzir infiltrações ou interferências prejudiciais ao vizinho.
Há casos em que o vizinho pode entrar na sua casa contra a sua vontade. 
Art. 1.313. O proprietário ou ocupante do imóvel é obrigado a tolerar que o vizinho entre no prédio, mediante prévio aviso, para:
I - dele temporariamente usar, quando indispensável à reparação, construção, reconstrução ou limpeza de sua casa ou do muro divisório;
II - apoderar-se de coisas suas, inclusive animais que aí se encontrem casualmente.
§ 1o O disposto nesteartigo aplica-se aos casos de limpeza ou reparação de esgotos, goteiras, aparelhos higiênicos, poços e nascentes e ao aparo de cerca viva.
§ 2o Na hipótese do inciso II, uma vez entregues as coisas buscadas pelo vizinho, poderá ser impedida a sua entrada no imóvel.
§ 3o Se do exercício do direito assegurado neste artigo provier dano, terá o prejudicado direito a ressarcimento.
A única exceção é quanto aos frutos que quando caem no meu terreno passam a ser meus.
CONDOMÍNIO
As regras do condomínio estão na convenção de condomínio de cada um deles. 
Com(compartilhada) domínio (propriedade), casa, apartamento, etc. Se o edifício pertence a uma mesma pessoa, mas não há condomínio. Qualquer coisa pode ser compartilhada, pode ter mais de um proprietário.
Condomínio = mater rixarum
A mentalidade do CC é de sempre evitar o condomínio. A propriedade é plena e exclusiva, art. 1.231 A propriedade presume-se plena e exclusiva, até prova em contrário.
Temos 4 modalidade de condomínio: 
Voluntário – art. 1314 a 1326 - é aquele em que você tem um objeto que é totalmente compartilhado, não tem área comum e nem exclusiva. Ex.: um imóvel que pertence a 4 irmãos, aos cônjuges. As partes presumem-se iguais, mas não necessariamente o são. Se não houver menção de quotas são diferentes elas serão consideradas iguais, ainda que a sua parte tenha sido maior, mais cara, etc.
Necessário - 
Edilício ou Misto -
De fato -
Art. 1.314. Cada condômino pode usar da coisa conforme sua destinação, sobre ela exercer todos os direitos compatíveis com a indivisão, reivindicá-la de terceiro, defender a sua posse e alhear a respectiva parte ideal, ou gravá-la.
Parágrafo único. Nenhum dos condôminos pode alterar a destinação da coisa comum, nem dar posse, uso ou gozo dela a estranhos, sem o consenso dos outros.
Art. 1.315. O condômino é obrigado, na proporção de sua parte, a concorrer para as despesas de conservação ou divisão da coisa, e a suportar os ônus a que estiver sujeita.
Parágrafo único. Presumem-se iguais as partes ideais dos condôminos.
Art. 1.316. Pode o condômino eximir-se do pagamento das despesas e dívidas, renunciando à parte ideal.
§ 1o Se os demais condôminos assumem as despesas e as dívidas, a renúncia lhes aproveita, adquirindo a parte ideal de quem renunciou, na proporção dos pagamentos que fizerem.
§ 2o Se não há condômino que faça os pagamentos, a coisa comum será dividida.
Art. 1.317. Quando a dívida houver sido contraída por todos os condôminos, sem se discriminar a parte de cada um na obrigação, nem se estipular solidariedade, entende-se que cada qual se obrigou proporcionalmente ao seu quinhão na coisa comum.
Art. 1.318. As dívidas contraídas por um dos condôminos em proveito da comunhão, e durante ela, obrigam o contratante; mas terá este ação regressiva contra os demais.
Art. 1.319. Cada condômino responde aos outros pelos frutos que percebeu da coisa e pelo dano que lhe causou.
Art. 1.320. A todo tempo será lícito ao condômino exigir a divisão da coisa comum, respondendo o quinhão de cada um pela sua parte nas despesas da divisão.
§ 1o Podem os condôminos acordar que fique indivisa a coisa comum por prazo não maior de cinco anos, suscetível de prorrogação ulterior.
§ 2o Não poderá exceder de cinco anos a indivisão estabelecida pelo doador ou pelo testador.
§ 3o A requerimento de qualquer interessado e se graves razões o aconselharem, pode o juiz determinar a divisão da coisa comum antes do prazo.
Art. 1.321. Aplicam-se à divisão do condomínio, no que couber, as regras de partilha de herança (arts. 2.013 a 2.022).
Art. 1.322. Quando a coisa for indivisível, e os consortes não quiserem adjudicá-la a um só, indenizando os outros, será vendida e repartido o apurado, preferindo-se, na venda, em condições iguais de oferta, o condômino ao estranho, e entre os condôminos aquele que tiver na coisa benfeitorias mais valiosas, e, não as havendo, o de quinhão maior.
Parágrafo único. Se nenhum dos condôminos tem benfeitorias na coisa comum e participam todos do condomínio em partes iguais, realizar-se-á licitação entre estranhos e, antes de adjudicada a coisa àquele que ofereceu maior lanço, proceder-se-á à licitação entre os condôminos, a fim de que a coisa seja adjudicada a quem afinal oferecer melhor lanço, preferindo, em condições iguais, o condômino ao estranho.
Necessário – é o condomínio do muro, art. 1327, CC . É a linha divisória entre bens
Art. 1.327. O condomínio por meação de paredes, cercas, muros e valas regula-se pelo disposto neste Código (arts. 1.297 e 1.298; 1.304 a 1.307).
De fato – Não está na lei. Há condomínio fechado que os moradores fecharam o lugar, contratam porteiros, etc. Embora seja de fato a cobrança é lícita ce quem não paga sofrerá ação judicial e será obrigado a pagar. 
Vila é condomínio. (não cai na prova)
Condomínio Edilício ou Misto - (propriedade exclusiva e compartilhada). Quanto a shopping não há condomínio eles pertencem, em sua maioria, a uma única pessoa jurídica. Deve haver respeito ao Mix. Shopping que saio verdadeiros condomínios que são: shopping da Gávea, shopping cassino Atlântico, e Shopping Dowtown, nesses as lojas são vendidas e não alugadas. 
Ainda que haja muitas lojas, muitas unidades e pertençam a uma única pessoa não é condomínio. A “taxa de condomínio” é taxa de manutenção. Para ser condomínio tem de ter mais de uma unidade e mais de um proprietário do imóvel. è imprescindível que tenha mais de um proprietário. 
Art. 1.331. Pode haver, em edificações, partes que são propriedade exclusiva, e partes que são propriedade comum dos condôminos.
§ 1o  As partes suscetíveis de utilização independente, tais como apartamentos, escritórios, salas, lojas e sobrelojas, com as respectivas frações ideais no solo e nas outras partes comuns, sujeitam-se a propriedade exclusiva, podendo ser alienadas e gravadas livremente por seus proprietários, exceto os abrigos para veículos, que não poderão ser alienados ou alugados a pessoas estranhas ao condomínio, salvo autorização expressa na convenção de condomínio. (Redação dada pela Lei nº 12.607, de 2012). 
§ 2o O solo, a estrutura do prédio, o telhado, a rede geral de distribuição de água, esgoto, gás e eletricidade, a calefação e refrigeração centrais, e as demais partes comuns, inclusive o acesso ao logradouro público, são utilizados em comum pelos condôminos, não podendo ser alienados separadamente, ou divididos.
§ 3o A cada unidade imobiliária caberá, como parte inseparável, uma fração ideal no solo e nas outras partes comuns, que será identificada em forma decimal ou ordinária no instrumento de instituição do condomínio. (Redação dada pela Lei nº 10.931, de 2004)
§ 4o Nenhuma unidade imobiliária pode ser pivada do acesso ao logradouro público.
§ 5o O terraço de cobertura é parte comum, salvo disposição contrária da escritura de constituição do condomínio.
Rio de Janeiro, 05 de novembro de 2012.
Continuando Condomínio...
Todos são proprietários do solo e de área comuns. As regras são a da vizinhança e as regras do condomínio. Se eu morar em casa somente as regras de vizinhança serão capazes para me atender.
 
Art. 1.331. Pode haver, em edificações, partes que são propriedade exclusiva, e partes que são propriedade comum dos condôminos.
§ 1o  As partes suscetíveis de utilização independente, tais como apartamentos, escritórios, salas, lojas e sobrelojas, com as respectivas frações ideais no solo e nas outras partes comuns, sujeitam-se a propriedade exclusiva, podendo ser alienadas e gravadas livremente por seus proprietários, exceto os abrigos para veículos, que não poderão ser alienados ou alugados a pessoas estranhas ao condomínio, salvo autorização expressa na convenção de condomínio. (Redação dada pela Lei nº 12.607, de 2012)
§ 2o O solo, a estrutura do prédio, o telhado, a rede geral de distribuição de água, esgoto, gás e eletricidade, a calefação e refrigeração centrais, e as demais partes comuns, inclusive o acesso ao logradouro público, são utilizados em comum pelos condôminos,não podendo ser alienados separadamente, ou divididos.
§ 3o A cada unidade imobiliária caberá, como parte inseparável, uma fração ideal no solo e nas outras partes comuns, que será identificada em forma decimal ou ordinária no instrumento de instituição do condomínio. (Redação dada pela Lei nº 10.931, de 2004)
§ 4o Nenhuma unidade imobiliária pode ser privada do acesso ao logradouro público.
§ 5o O terraço de cobertura é parte comum, salvo disposição contrária da escritura de constituição do condomínio.
As partes comuns devem seguir um padrão. E.x,. a porta do lado de fora deve seguir uma unidade, do lado de dentro pode ser como o morador quiser. 
Condomínio não é uma pessoa jurídica, eles têm CNPJ por questões fiscais. Não é sujeito, é objeto. Art. 12, CC. 
Cota condominial - o cálculo é variável conforme o condomínio. As duas formas mais comuns são fração ideal ou todos pagando parcelas iguais. Cota condominial é obrigação propter rem.
Art. 1.336. São deveres do condômino:
I - contribuir para as despesas do condomínio na proporção das suas frações ideais, salvo disposição em contrário na convenção; (Redação dada pela Lei nº 10.931, de 2004).
Lei 8009-90 – Bem de Família. Possibilidade de perder imóvel. a perda do bem de família é possível por causa da falta de pagamento de taxa condominial. 
Art. 1336, §1º - O condômino que não pagar a sua contribuição ficará sujeito aos juros moratórios convencionados ou, não sendo previstos, os de um por cento ao mês e multa de até dois por cento sobre o débito.
A multa de máximo de 2% é de ordem pública. Não pode cobrar mais. 
Se os moradores não pagam o síndico não pode publicar lista ou proibir acesso a a´reas comuns. Tem alguns julgados que a sentença proíbe o uso de piscina, salão de festas (voluptuárias) para os inadimplentes. Isso não está na lei é entendimento jurisprudencial. 
Art. 1.332. Institui-se o condomínio edilício por ato entre vivos ou testamento, registrado no Cartório de Registro de Imóveis, devendo constar daquele ato, além do disposto em lei especial:
I - a discriminação e individualização das unidades de propriedade exclusiva, estremadas uma das outras e das partes comuns;
II - a determinação da fração ideal atribuída a cada unidade, relativamente ao terreno e partes comuns;
III - o fim a que as unidades se destinam.
Art. 1.333. A convenção que constitui o condomínio edilício deve ser subscrita pelos titulares de, no mínimo, dois terços das frações ideais e torna-se, desde logo, obrigatória para os titulares de direito sobre as unidades, ou para quantos sobre elas tenham posse ou detenção.
Parágrafo único. Para ser oponível contra terceiros, a convenção do condomínio deverá ser registrada no Cartório de Registro de imóveis. 
Condomínio Misto – convivem moradores e prédios comerciais, geralmente no térreo tem os comércios e nos andares acima há residências.
Art. 1.334. Além das cláusulas referidas no art. 1.332 e das que os interessados houverem por bem estipular, a convenção determinará:
I - a quota proporcional e o modo de pagamento das contribuições dos condôminos para atender às despesas ordinárias e extraordinárias do condomínio;
II - sua forma de administração;
III - a competência das assembléias, forma de sua convocação e quorum exigido para as deliberações;
IV - as sanções a que estão sujeitos os condôminos, ou possuidores;
V - o regimento interno.
§ 1o A convenção poderá ser feita por escritura pública ou por instrumento particular.
§ 2o São equiparados aos proprietários, para os fins deste artigo, salvo disposição em contrário, os promitentes compradores e os cessionários de direitos relativos às unidades autônomas.
O morador que alugou (locatário) o imóvel não é condômino. Mas o proprietário tem direito a dar uma procuração pra quem quiser que o represente inclusive ao proprietário. 
Art. 1.335. São direitos do condômino:
I - usar, fruir e livremente dispor das suas unidades;
II - usar das partes comuns, conforme a sua destinação, e contanto que não exclua a utilização dos demais compossuidores;
III - votar nas deliberações da assembléia e delas participar, estando quite.
Art. 1.336. São deveres do condômino:
I - contribuir para as despesas do condomínio na proporção das suas frações ideais, salvo disposição em contrário na convenção; (Redação dada pela Lei nº 10.931, de 2004)
II - não realizar obras que comprometam a segurança da edificação;
III - não alterar a forma e a cor da fachada, das partes e esquadrias externas;
IV - dar às suas partes a mesma destinação que tem a edificação, e não as utilizar de maneira prejudicial ao sossego, salubridade e segurança dos possuidores, ou aos bons costumes.
§ 1o O condômino que não pagar a sua contribuição ficará sujeito aos juros moratórios convencionados ou, não sendo previstos, os de um por cento ao mês e multa de até dois por cento sobre o débito.
§ 2o O condômino, que não cumprir qualquer dos deveres estabelecidos nos incisos II a IV, pagará a multa prevista no ato constitutivo ou na convenção, não podendo ela ser superior a cinco vezes o valor de suas contribuições mensais, independentemente das perdas e danos que se apurarem; não havendo disposição expressa, caberá à assembléia geral, por dois terços no mínimo dos condôminos restantes, deliberar sobre a cobrança da multa.
O proprietário não precisa de autorização dos outros condôminos para vender o imóvel. Em alguns países é assim, mas não no Brasil.
A cobrança de condomínio do valor cheio com desconto para pagamento antecipado é ilegal.
Bateria acabando – ver art. 1341.1347, 1348, II(C/C 12 CPC) 
O síndico representa os moradores ativa e passivamente.
Rio de Janeiro, 12 de novembro de 2012.
Continuando Direitos Reais
Art. 2.038. Fica proibida a constituição de enfiteuses e subenfiteuses, subordinando-se as existentes, até sua extinção, às disposições do Código Civil anterior, Lei no 3.071, de 1o de janeiro de 1916, e leis posteriores.
§ 1o Nos aforamentos a que se refere este artigo é defeso:
I - cobrar laudêmio ou prestação análoga nas transmissões de bem aforado, sobre o valor das construções ou plantações;
II - constituir subenfiteuse.
§ 2o A enfiteuse dos terrenos de marinha e acrescidos regula-se por lei especial.
Enfiteuse é pra sempre. Não pode mais, porém há os que ocorreram anteriormente.
Art. 49 - A lei disporá sobre o instituto da enfiteuse em imóveis urbanos, sendo facultada aos foreiros, no caso de sua extinção, a remição dos aforamentos mediante aquisição do domínio direto, na conformidade do que dispuserem os respectivos contratos.
obs.dji.grau.4: Enfiteuse; Imóveis
§ 1º - Quando não existir cláusula contratual, serão adotados os critérios e bases hoje vigentes na legislação especial dos imóveis da União.
§ 2º - Os direitos dos atuais ocupantes inscritos ficam assegurados pela aplicação de outra modalidade de contrato. (L-009.636-1998 - Regulamentação)
obs.dji.grau.2: Regularização, Administração, Aforamento e Alienação de Bens Imóveis de Domínio da União - L-009.636-1998
obs.dji.grau.4: Enfiteuse; Imóveis
§ 3º - A Enfiteuse continuará sendo aplicada aos terrenos de marinha e seus acrescidos, situados na faixa de segurança, a partir da orla marítima.
obs.dji.grau.4: Enfiteuse; Terrenos de Marinha
§ 4º - Remido o foro, o antigo titular do domínio direto deverá, no prazo de noventa dias, sob pena de responsabilidade, confiar à guarda do registro de imóveis competente toda a documentação a ele relativa.
obs.dji.grau.4: Enfiteuse
 
O que é enfiteuse?
É uma posse direta eu tenho durante toda a vida. Pago foro ao proprietário (geralmente a igreja católica) e se transfiro a enfiteuse há o laudêmio que é pago à igreja, esse valor é em torno de 2,5% sobre o valor da transação. A obrigação de pagar laudêmio é do alienante. Ocorre transmissão de pessoa pra pessoa (ocorre entre intervivos ou por causa mortis). Os terrenos de marinha são foreiros e o laudêmio é pago à União.
História – o Rio de janeiro em torno de 1027 foi invadido duas vezes pelos corsários (piratas autorizadospelo rei) da França. Por causa disso foi criada faixa de segurança. Essa criação foi que pegaram um navio e atiraram pra dentro do estado para medir a distância de alcance. Concluíram 33 metros ser suficientes. 
Por isso todos os imóveis situados nesse local são foreiros. São obrigações propter rem o foro e o laudêmio.
Na prefeitura emite certidão enfitêutica relacionada à Marinha – União.
Em propriedades (igreja católica) tem de pedir o registro de imóvel.
Art. 680 e seguintes do CC de 1916 trata da enfiteuse. 
Superfície
Art. 1.369. O proprietário pode conceder a outrem o direito de construir ou de plantar em seu terreno, por tempo determinado, mediante escritura pública devidamente registrada no Cartório de Registro de Imóveis.
Parágrafo único. O direito de superfície não autoriza obra no subsolo, salvo se for inerente ao objeto da concessão.
Art. 1.370. A concessão da superfície será gratuita ou onerosa; se onerosa, estipularão as partes se o pagamento será feito de uma só vez, ou parceladamente.
Art. 1.371. O superficiário responderá pelos encargos e tributos que incidirem sobre o imóvel.
Art. 1.372. O direito de superfície pode transferir-se a terceiros e, por morte do superficiário, aos seus herdeiros. (pode transferir a terceiros)
Parágrafo único. Não poderá ser estipulado pelo concedente, a nenhum título, qualquer pagamento pela transferência. (não pode estabelecer laudêmio) 
Art. 1.373. Em caso de alienação do imóvel ou do direito de superfície, o superficiário ou o proprietário tem direito de preferência, em igualdade de condições.
Art. 1.374. Antes do termo final, resolver-se-á a concessão se o superficiário der ao terreno destinação diversa daquela para que foi concedida. 
Art. 1.375. Extinta a concessão, o proprietário passará a ter a propriedade plena sobre o terreno, construção ou plantação, independentemente de indenização, se as partes não houverem estipulado o contrário. (ocorre a acessão)
Art. 1.376. No caso de extinção do direito de superfície em conseqüência de desapropriação, a indenização cabe ao proprietário e ao superficiário, no valor correspondente ao direito real de cada um. 
Art. 1.377. O direito de superfície, constituído por pessoa jurídica de direito público interno, rege-se por este Código, no que não for diversamente disciplinado em lei especial. 
Temos de um lado o proprietário e do outro o superficiário. As duas pessoas têm direito real sobre a coisa, o direito é oponível erga omnes. 
A superfície é a aquisição de um direito de construção durante um certo tempo com garantia de que não será retirado do local. Pode ser transmitida, mas quem recebe o imóvel recebe-o gravado. É temporário, ao final do prazo o imóvel aderirá ao solo e a construção será do proprietário.
Este instituto não existia no CC de 2016. É muito parecida com a enfiteuse, a diferença é que uma é perpétua (enfiteuse) , tem foro e laudêmio e a outra é temporária (superfície), tem prazo. Não pode ser construído no subsolo, talvez garagem. 
Servidão – de não construir e de passagem (é a mais freqüente). 
dura para sempre. 
Dominante e Serviente
Art. 1.378. A servidão proporciona utilidade para o prédio dominante, e grava o prédio serviente, que pertence a diverso dono, e constitui-se mediante declaração expressa dos proprietários, ou por testamento, e subseqüente registro no Cartório de Registro de Imóveis. (direitos reais para os dois)
Art. 1.379. O exercício incontestado e contínuo de uma servidão aparente, por dez anos, nos termos do art. 1.242, autoriza o interessado a registrá-la em seu nome no Registro de Imóveis, valendo-lhe como título a sentença que julgar consumado a usucapião.
Parágrafo único. Se o possuidor não tiver título, o prazo da usucapião será de vinte anos.
Existem servidões aparentes e não parentes. As não aparentes NÃO podem ser adquiridas por usucapião. Posse é aparência se não há aparência a usucapião não ocorre. 
As mais comuns – passagem, construir, pasto, água. A servidão é sempre acessória. 
A servidão é sempre indivisível art. 1386, CC . o dominante pode ser dividido. 
A servidão é sempre oponível erga omnes, pois trata-se de direitos reais.
Classificações
Aparente ou não aparente
Rústica ou urbana
Positiva ou negativa ( não construir) 
MOTIVOS QUE GERAM A EXTINÇÃO DA SERVIDÃO
Art. 1.387. Salvo nas desapropriações, a servidão, uma vez registrada, só se extingue, com respeito a terceiros, quando cancelada.
Parágrafo único. Se o prédio dominante estiver hipotecado, e a servidão se mencionar no título hipotecário, será também preciso, para a cancelar, o consentimento do credor.
Art. 1.388. O dono do prédio serviente tem direito, pelos meios judiciais, ao cancelamento do registro, embora o dono do prédio dominante lho impugne:
I - quando o titular houver renunciado a sua servidão;
II - quando tiver cessado, para o prédio dominante, a utilidade ou a comodidade, que determinou a constituição da servidão;
III - quando o dono do prédio serviente resgatar a servidão.
Art. 1.389. Também se extingue a servidão, ficando ao dono do prédio serviente a faculdade de fazê-la cancelar, mediante a prova da extinção:
I - pela reunião dos dois prédios no domínio da mesma pessoa;
II - pela supressão das respectivas obras por efeito de contrato, ou de outro título expresso;
III - pelo não uso, durante dez anos contínuos.
Servidão de passagem é diferente de passagem forçada. Atualmente as servidões novas não são criadas. Não é habitual. Atualmente a mais moderna é a de antena (não de operadora de telefonia porque assim não seriam vizinhos)
Usufruto
Art. 1.390. O usufruto pode recair em um ou mais bens, móveis ou imóveis, em um patrimônio inteiro, ou parte deste, abrangendo-lhe, no todo ou em parte, os frutos e utilidades.
Art. 1.391. O usufruto de imóveis, quando não resulte de usucapião, constituir-se-á mediante registro no Cartório de Registro de Imóveis.
Art. 1.392. Salvo disposição em contrário, o usufruto estende-se aos acessórios da coisa e seus acrescidos.
§ 1o Se, entre os acessórios e os acrescidos, houver coisas consumíveis, terá o usufrutuário o dever de restituir, findo o usufruto, as que ainda houver e, das outras, o equivalente em gênero, qualidade e quantidade, ou, não sendo possível, o seu valor, estimado ao tempo da restituição.
§ 2o Se há no prédio em que recai o usufruto florestas ou os recursos minerais a que se refere o art. 1.230, devem o dono e o usufrutuário prefixar-lhe a extensão do gozo e a maneira de exploração.
§ 3o Se o usufruto recai sobre universalidade ou quota-parte de bens, o usufrutuário tem direito à parte do tesouro achado por outrem, e ao preço pago pelo vizinho do prédio usufruído, para obter meação em parede, cerca, muro, vala ou valado.
Art. 1.393. Não se pode transferir o usufruto por alienação; mas o seu exercício pode ceder-se por título gratuito ou oneroso.
CAPÍTULO II
Dos Direitos do Usufrutuário
Art. 1.394. O usufrutuário tem direito à posse, uso, administração e percepção dos frutos.
Art. 1.395. Quando o usufruto recai em títulos de crédito, o usufrutuário tem direito a perceber os frutos e a cobrar as respectivas dívidas.
Parágrafo único. Cobradas as dívidas, o usufrutuário aplicará, de imediato, a importância em títulos da mesma natureza, ou em títulos da dívida pública federal, com cláusula de atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos.
Art. 1.396. Salvo direito adquirido por outrem, o usufrutuário faz seus os frutos naturais, pendentes ao começar o usufruto, sem encargo de pagar as despesas de produção.
Parágrafo único. Os frutos naturais, pendentes ao tempo em que cessa o usufruto, pertencem ao dono, também sem compensação das despesas.
Art. 1.397. As crias dos animais pertencem ao usufrutuário, deduzidas quantas bastem para inteirar as cabeças de gado existentes ao começar o usufruto.
Art. 1.398. Os frutos civis, vencidos na data inicial do usufruto, pertencem ao proprietário, e ao usufrutuário os vencidos na data em que cessa o usufruto.
Art.1.399. O usufrutuário pode usufruir em pessoa, ou mediante arrendamento, o prédio, mas não mudar-lhe a destinação econômica, sem expressa autorização do proprietário.
CAPÍTULO III
Dos Deveres do Usufrutuário
Art. 1.400. O usufrutuário, antes de assumir o usufruto, inventariará, à sua custa, os bens que receber, determinando o estado em que se acham, e dará caução, fidejussória ou real, se lha exigir o dono, de velar-lhes pela conservação, e entregá-los findo o usufruto.
Parágrafo único. Não é obrigado à caução o doador que se reservar o usufruto da coisa doada.
Art. 1.401. O usufrutuário que não quiser ou não puder dar caução suficiente perderá o direito de administrar o usufruto; e, neste caso, os bens serão administrados pelo proprietário, que ficará obrigado, mediante caução, a entregar ao usufrutuário o rendimento deles, deduzidas as despesas de administração, entre as quais se incluirá a quantia fixada pelo juiz como remuneração do administrador.
Art. 1.402. O usufrutuário não é obrigado a pagar as deteriorações resultantes do exercício regular do usufruto.
Art. 1.403 Incumbem ao usufrutuário:
I - as despesas ordinárias de conservação dos bens no estado em que os recebeu;
II - as prestações e os tributos devidos pela posse ou rendimento da coisa usufruída.
Art. 1.404. Incumbem ao dono as reparações extraordinárias e as que não forem de custo módico; mas o usufrutuário lhe pagará os juros do capital despendido com as que forem necessárias à conservação, ou aumentarem o rendimento da coisa usufruída.
§ 1o Não se consideram módicas as despesas superiores a dois terços do líquido rendimento em um ano.
§ 2o Se o dono não fizer as reparações a que está obrigado, e que são indispensáveis à conservação da coisa, o usufrutuário pode realizá-las, cobrando daquele a importância despendida.
Art. 1.405. Se o usufruto recair num patrimônio, ou parte deste, será o usufrutuário obrigado aos juros da dívida que onerar o patrimônio ou a parte dele.
Art. 1.406. O usufrutuário é obrigado a dar ciência ao dono de qualquer lesão produzida contra a posse da coisa, ou os direitos deste.
Art. 1.407. Se a coisa estiver segurada, incumbe ao usufrutuário pagar, durante o usufruto, as contribuições do seguro.
§ 1o Se o usufrutuário fizer o seguro, ao proprietário caberá o direito dele resultante contra o segurador.
§ 2o Em qualquer hipótese, o direito do usufrutuário fica sub-rogado no valor da indenização do seguro.
Art. 1.408. Se um edifício sujeito a usufruto for destruído sem culpa do proprietário, não será este obrigado a reconstruí-lo, nem o usufruto se restabelecerá, se o proprietário reconstruir à sua custa o prédio; mas se a indenização do seguro for aplicada à reconstrução do prédio, restabelecer-se-á o usufruto.
Art. 1.409. Também fica sub-rogada no ônus do usufruto, em lugar do prédio, a indenização paga, se ele for desapropriado, ou a importância do dano, ressarcido pelo terceiro responsável no caso de danificação ou perda.
CAPÍTULO IV
Da Extinção do Usufruto
Art. 1.410. O usufruto extingue-se, cancelando-se o registro no Cartório de Registro de Imóveis:
I - pela renúncia ou morte do usufrutuário;
II - pelo termo de sua duração;
III - pela extinção da pessoa jurídica, em favor de quem o usufruto foi constituído, ou, se ela perdurar, pelo decurso de trinta anos da data em que se começou a exercer;
IV - pela cessação do motivo de que se origina;
V - pela destruição da coisa, guardadas as disposições dos arts. 1.407, 1.408, 2ª parte, e 1.409;
VI - pela consolidação;
VII - por culpa do usufrutuário, quando aliena, deteriora, ou deixa arruinar os bens, não lhes acudindo com os reparos de conservação, ou quando, no usufruto de títulos de crédito, não dá às importâncias recebidas a aplicação prevista no parágrafo único do art. 1.395;
VIII - Pelo não uso, ou não fruição, da coisa em que o usufruto recai (arts. 1.390 e 1.399).
Art. 1.411. Constituído o usufruto em favor de duas ou mais pessoas, extinguir-se-á a parte em relação a cada uma das que falecerem, salvo se, por estipulação expressa, o quinhão desses couber ao sobrevivente.
TÍTULO VII
Do Uso
Art. 1.412. O usuário usará da coisa e perceberá os seus frutos, quanto o exigirem as necessidades suas e de sua família.
§ 1o Avaliar-se-ão as necessidades pessoais do usuário conforme a sua condição social e o lugar onde viver.
§ 2o As necessidades da família do usuário compreendem as de seu cônjuge, dos filhos solteiros e das pessoas de seu serviço doméstico.
Art. 1.413. São aplicáveis ao uso, no que não for contrário à sua natureza, as disposições relativas ao usufruto.
TÍTULO VIII
Da Habitação
Art. 1.414. Quando o uso consistir no direito de habitar gratuitamente casa alheia, o titular deste direito não a pode alugar, nem emprestar, mas simplesmente ocupá-la com sua família.
Art. 1.415. Se o direito real de habitação for conferido a mais de uma pessoa, qualquer delas que sozinha habite a casa não terá de pagar aluguel à outra, ou às outras, mas não as pode inibir de exercerem, querendo, o direito, que também lhes compete, de habitá-la.
Art. 1.416. São aplicáveis à habitação, no que não for contrário à sua natureza, as disposições relativas ao usufruto.
Como surge o usufruto ( pode usar e fruir, mas não dispor). É oponível erga omnes. 
Ver nua propriedade 
As obrigações propter rem é do usufrutuário. 
Não pode alienar o usufruto, pode cancelar. É intransferível. É personalíssimo. É vitalício, mas não eterno. Geralmente é gratuito. O usufrutuário é possuidor direto, pode fruir (aluguel) e usar (morar). 
Rio de Janeiro, 19 de novembro de 2012.
AV2 – semanas 10, 11, 14 e 15 para correção e jurisprudência. O exercício da prova também será retirado destas semanas. 
Matéria toda
USUFRUTO
Propriedade plena – usar, gozar(fruir) , dispor e reivindicar. Nem toda a propriedade é plena. Se falta uma dessas características ela deixa de ser plena e torna-se limitada.
Fruir é retirar os frutos.
No usufruto um tem a faculdade de usar e fruir e o outro (nu propriedade) tem a faculdade de dispor e reivindicar. Essa é a característica essencial do usufruto.
O direito do usufrutuário recai sobre a coisa e é oponível erga omnes. O nu proprietário também é erga omnes.
Ocorre quando há uma doação..... (3 formas)
Nessa relação não há partes. Não há contratantes. 
A propriedade é perpétua e o usufruto é vitalício, se morrer acaba o usufruto. O direito de usufruto nunca é transferido de uma pessoa para a outra. Se o proprietário morrer o usufruto continua, somente se o usufrutuário morre é que o usufruto acaba. 
Se ocorre a morte do proprietário o usufruto não acaba. Só acaba com a morte do usufrutuário. 
Rio de Janeiro, 26 de novembro de 2012.
Garantia Real – penhor, anticrese e hipoteca
Uma terceira pessoa se responsabiliza pelo pagamento da dívida de o outro e dá como garantia um bem. É acessória. 
São elas – penhor (recai sobre coisas móveis) , anticrese (recai sobre coisas imóveis) , hipoteca – art. 1419
PENHOR
No penhor o credor (pignoratício) fica de posse da coisa móvel até que a dívida seja paga. Se a dívida não for paga o bem vai a leilão. Não é empréstimo de bem é um depósito. A garantia é sempre benéfica ao credor. 
O credor (quirografário) não tem bem como garantia.
Dar em garantia é empenhar e não penhorar. 
Pacto comissório – no Brasil é vedado. Não pode ficar com o bem para pagar a dívida. O bem será vendido, retirado o valor da dívida e o saldo é devolvido ao devedor. Se o valor da venda for menor o credor ficará com o valor e continuará credor da diferença e passará a ser credor quirografário pois não tem mais garantia.
No caso de veículo o credor não fica com a garantia.
Penhor rural – a garantia é um animal.
Penhor agropecuário – a garantia é semovente, máquinas
Penhor agrícola – 
HIPOTECA
A hipoteca recai sobre imóveis, navio, avião. Art. 1473
Dom. Direto – ocorre na enfiteuse, o proprietário tem domínio direto, o foreiro ou enfiteuta tem o domínio útil. Cada um no seu direito pode oferecer seu bempara hipoteca.
Navio e avião – não são imóveis. São hipotecáveis por seu alto valor, e por possuírem registro. 
ANTICRESE – é um contra-crédito.
Somente recai sobre imóveis. É uma compensação. O credor é chamado “credor anticrético”. Ele tem a posse direta do bem, ou seja, usar ou fruir. Presta conta ao final de cada ano em que mostra quanto aquilo rendeu pra ele e esse valor vai sendo abatido da dívida. Dura 15 anos, mas pode acabar antes. Se ao final de 15 anos não terminar a dívida o credor devolve o bem e continua credor quirografário. 
Está em absoluto desuso. 
Ponto importante 
O credor não precisa ter a hipoteca ou anticrese do bem para vendê-lo para pagar a dívida - art. 391. As duas grandes vantagens de ter uma garantia real (hipoteca ou anticrese) é a sequela e a preferência. Na anticrese o credor não tem a preferência, somente a sequela. 
O usufrutuário pode oferer o usufruto em hipoteca? Não, ele não pode dispor do bem, só pode fruir e usar. 
Penhor – empenhar
Hipoteca - hipotecar
Anticrese – não tem o verbo
A garantia é indivisível. 
Art. 1475 – o imóvel hipotecado pode ser vendido. 
Prova – 10 questões de múltiplas escolhas mais questões discursivas. Das 4 semanas corrigidas sairá a questão do caderno.

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