Buscar

ROTEIRO - HERMENEUTICA - Adriana

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Hermenêutica 
Métodos de Interpretação: 
• Critérios para quadro sistematizado de métodos de interpretação: 
• 1) correção ou coerência: busca de um sentido correto exige sistema hierárquico de 
normas; 
• 2) consenso: exigência de respaldo social; 
• 3) justiça: exige que os objetivos axiológicos do direito sejam atingidos. 
• Objetivos das regras de interpretação: orientação para a decisão do conflito. 
Interpretação gramatical, lógica e sistemática: 
• Interpretação gramatical: é o enfrentamento de uma questão léxica – fundamento na 
ordem das palavras e no modo como estão conectadas para a obtenção do significado; 
Ex: “investigação de um delito que ocorreu num país estrangeiro não deve levar-se em 
consideração pelo juiz brasileiro” – “que” não permite saber se faz referência a “delito” ou 
“investigação”; 
Isso é insuficiente para determinar a interpretação, sendo a análise léxica somente forma de 
demonstrar o problema 
• Interpretação lógica: é a conexão entre expressões normativas; a inconsistência lógica 
ocorre quando um termo é utilizado é normas distintas com consequências diferentes 
– fere princípio da identidade (ex: sentido de culpa, tributo); 
Identidade permite identificar o problema, mas não resolvê-lo. Para resolver: princípio de que 
o especial prevalece sobre o geral, princípio de que legislador não diz expressões supérfluas, 
princípio de que se legislador não diferencia, não cabe ao intérprete fazer a diferenciação. 
• Interpretação Sistemática: correspondência entre organização hierárquica das fontes, 
subordinação e conexão entre as normas, que tem início com a Constituição. 
• Para compreender essa interpretação: também se faz uso das noções de validade, 
vigência, eficácia, e vigor (ou força). Qualquer preceito isolado precisa ser interpretado 
de acordo com os princípios gerais do sistema 
Interpretação histórica, sociológica e evolutiva: 
• Significados decorrem de circunstâncias econômicas, políticas e culturais; 
• Sociológica X Histórica: dependendo se as circunstâncias consideradas são 
momentâneas ou se dizem respeito às origens no tempo. Porém, distinção difícil na 
prática. 
• Para levantar condições históricas: precedentes normativos, normas que vigoraram no 
passado, busca de trabalhos preparatórios (discussões parlamentares, emendas); 
• Para levantar condições atuais: verificação dos comportamentos e das instituições 
sociais no contexto. 
• Ex: “mulher honesta”. 
Interpretação Teleológica e Axiológica: 
• Questões que se referem à carga valorativa. É preciso controlar essa carga; 
• Pressuposto: sempre é possível atribuir propósito à norma – art. 5° LICC; 
• Conclusão: não importa a norma, para o intérprete, ela sempre terá um objetivo que 
serve para controlar as consequências das previsões legais. 
Tipos de Interpretação: 
• Interpretação especificadora: pressupõe que o sentido da norma cabe na letra do seu 
enunciado; 
• Nesses termos, a “letra da lei”, ou o texto do dispositivo se encontra de acordo com o 
“espírito da lei” ou o que ela pretende dizer – a função do intérprete seria a de 
constatar a coincidência. 
• Interpretação restritiva: essa interpretação ocorre todas as vezes em que o sentido da 
interpretação é limitado, apesar da amplitude de sua expressão literal; 
• Intérprete faz uso dos métodos teleológicos e axiológicos para fazer a restrição; 
• Obs: todas as normas que restringem direitos e garantias fundamentais devem ser 
interpretadas de forma restritivas, as normas que estabelecem exceções; 
• Interpretação Extensiva: ampliação do sentido da norma para além do que está 
contida na letra do dispositivo; 
• Nesse sentido, seria respeitada a ratio legis; 
• Se a norma contém sentidos limitativos, a interpretação irá torná-la vaga e ambígua 
• Ex: no direito penal pretende-se evitar as interpretações extensivas, prevalecendo as 
restritivas. 
Distinção doutrinária: 
• Analogia: 
O intérprete utiliza uma norma em um caso para o qual não havia nenhum preceito normativo, 
pressupondo haver semelhanças entre os dois casos. 
• Interpretação Extensiva: 
Esta está limitada a incluir no conteúdo da norma um sentido que já se encontrava ali, apesar 
de não explicitado pelo legislador. 
TSF: 
“o segredo do bom êxito da atividade interpretativa está em que não há critérios precisos que 
indiquem quando se deve usar uma ou outra forma de interpretação ou se o intérprete deve 
valer-se de métodos sistemáticos, sociológicos ou teleológicos. (...) A interpretação é um ato 
de síntese e o intérprete, para alcançar a ratio legis, deve lançar mão de todos os meios 
doutrinários a seu alcance” (p. 293)

Outros materiais