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DOCENTE: Bárbara Christofaro • A grande diversidade verificada na conjugação dos fatores/elementos climáticos pela superfície do planeta dá origem a vários tipos de clima. • O clima do Brasil pode ser classificado como equatorial, tropical e subtropical. • Na visão global, o Brasil está localizado em duas áreas climáticas: 92% do território está acima do Trópico de Capricórnio (Zona Tropical); • Apenas a Região Sul e o sul de São Paulo se localizam na Zona Temperada. • O extenso litoral torna o país bastante úmido, ou seja, basicamente o Brasil é um país quente e úmido. Principais elementos usados nas classificações do clima (depende da finalidade): Temperatura - Radiação - Precipitação - Vento • Baseado na atuação das massas de ar e precipitação • Clima Equatorial: Temperaturas elevadas durante quase todo o ano. Chuvas abundantes, com índice pluviométrico > 2500 mm anuais. Encontra-se na região da Amazônia: Acre, Amazonas, Amapá, Rondônia, quase todo o estado do Pará, partes do Maranhão, Mato Grosso e Roraima Clima Tropical: temperaturas altas (média anual ≈20°C), umidade e índice de chuvas de médio a elevado. Domina extensas áreas do planalto Central e das regiões Nordeste e Sudeste • Clima Tropical Litorâneo (tropical úmido): Influência da umidade vinda do Oceano Atlântico. Temperaturas elevadas no verão (até 40°C) e amenas no inverno (média de 20º C). Em função da umidade trazida pelo oceano, costuma chover muito nestas áreas. Presente em regiões litorâneas. Clima Semi-árido: Baixa umidade e pouquíssima chuva. As temperaturas são altas durante quase todo o ano. Presente, principalmente, no sertão nordestino Semi-árido Tropical Litorâneo Clima Tropical de altitude: Temperaturas médias variam de 15 a 21º C. As chuvas de verão são intensas e no inverno sofre a influência das massas de ar frias vindas pela Oceano Atlântico. Pode apresentar geadas no inverno. Ocorre principalmente nas regiões serranas do Espirito Santo, Rio de Janeiro e Serra da Mantiqueira. Clima Subtropical: Verões quentes e úmidos e invernos frios e secos. Chove muito nos meses de novembro à março. O índice pluviométrico anual é de ≈ 2000 mm. As temperaturas médias em torno de 20º C. Recebe influência, principalmente no inverno, das massas de ar frias vindas da Antártida. Presente na região sul dos estados de SP e MS e no PR, SC e RS. Tropical de altitude Clima Subtropical • Mais amplamente utilizado para classificar os climas do mundo • Categorias são baseadas em: Temperatura média anual Temperatura média mensal Precipitação • Considera que a vegetação nativa está intimamente relacionada ao clima, de forma que as fronteiras climáticas são selecionadas de acordo com os limites da vegetação Reconhece cinco tipos climáticos principais; cada tipo é designado por uma letra maiúscula BRASIL Os climas megatérmicos prevalecem em grande parte do território brasileiro, com os seguintes subtipos definidos pela distribuição de chuvas no ano Af com chuvas bem distribuídas ao longo do ano, e ausência de estação seca, como na Amazônia ocidental e parte do litoral sudeste Am com pequena estação seca, sob influência de monções; ocorre em boa parte da Amazônia oriental Aw denominado clima de savanas, com inverno seco e chuvas máximas de verão, presente nas regiões norte, centro-oeste e parte do sudeste Aw’ idêntico ao anterior, mas com precipitação máxima no outono As precipitações de outono e inverno (estação seca do verão até outono); ocorre em parte do litoral do nordeste. BRASIL Os climas mesotérmicos ocorrem em parte do sudeste e do sul do Brasil, apresentando as seguintes variedades: Cwa ⇒ tropical de altitude, com inverno seco e temperatura do mês mais quente maior que 22 °C Cwb ⇒ tropical de altitude, com temperatura do mês mais quente inferior a 22 °C Csa ⇒ tropical de altitude, estiagem de verão (representado em pequena região do nordeste) Cfa ⇒ subtropical, sem estação seca e temperatura do mês mais quente maior que 22 °C Cfb ⇒ idem ao anterior, mas com temperatura do mês mais quente inferior a 22 °C • Compreende quase toda a Região Amazônica; • Grande extensão de floresta quente e úmida (5 milhões de km2) • Possui topografia relativamente simples, quase toda ela constituída de planície. • É a única região atravessada pela linha do equador no Brasil, por isso seu clima é bastante quente e com pouca variação de temperatura ao longo do ano. • É também um clima bastante úmido em função da floresta Amazônica que carrega bastante umidade. O relevo tem pouca influência no clima, pois a maioria de seu território tem altitude inferior a 200 metros • Evapotranspiração é responsável por 55% da precipitação PARTE II ESTAÇÕES METEOROLÓGICAS • Local onde estão instalados um conjunto de instrumentos que devem descrever de maneira sucinta as condições meteorológicas do momento da observação. • O local de instalação de uma estação meteorológica deve ser representativo das condições geográficas predominantes da região. • Quando convenientemente instalados, uma estação meteorológica representa as condições de tempo de uma região de raio de aproximadamente 150 km O solo da estação deve ser cultivado com grama a qual deve ser periodicamente aparada para manter na altura de 5 a 10 cm. Na área dos tanques evapotranspirométricos o gramado é mantido a 12 cm. • Estação meteorológica convencional: formada por instrumentos convencionais, dos quais são obtidos, observados e registrados os dados meteorológicos de interesse agrícola: temperaturas, umidades, precipitação, evaporação, radiação solar, pressão atmosférica e ventos. São de alto custo e inviáveis ao produtor rural ter uma estação completa em sua propriedade. Normalmente e, quando tem, os instrumentos são pluviômetros e em cultivos em estufas, termômetros e psicrômetro. O que é uma Estação Meteorológica Convencional? https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=v1p586mZdZU Agricultura de precisão: Embrapa desenvolve estação meteorológica de baixo custo https://www.youtube.com/watch?v=H0U9l3q4p68 https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=v1p586mZdZU https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=v1p586mZdZU https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=v1p586mZdZU https://www.youtube.com/watch?v=H0U9l3q4p68 https://www.youtube.com/watch?v=H0U9l3q4p68 https://www.youtube.com/watch?v=H0U9l3q4p68 • Estação meteorológica automática: dotada de sensores eletrônicos, por sua característica de funcionamento pode ser colocada em qualquer lugar que possa fornecer energia elétrica ou podem funcionar com baterias e coletores solares. Integram sensores de temperatura, umidade, pressão, vento, precipitação, altura de nuvens até os 1500 metros, cobertura de céu nublado, etc Tem como característica o armazenamento dos dados por meio de um programa computacional, que faz a integração dos mesmos e entrega várias informações meteorológicas já processadas, em forma de gráficos, banco de dados a) Para medição de temperatura do ar • PADRÃO: sensores instalados em um abrigo meteorológico, a 1,5 – 2,0 m de altura e em área plana e gramada. • Classificação conforme princípio de medida: 1. Dilatação de líquido: Termômetros. Temp. máx (14 - 16 h) e mín. (06 – 08 h) 2. Dilatação de sólido: Termógrafos. Medem continuamente a temperatura do ar b) Para medição da temperatura do solo Geotermômetros: indicam as temperaturas do solo, nas profundidades 5cm, 10 cm, 20 cm, 50 cm e 1 m, em graus Celsius (°C). O elemento sensível dos termômetros é o mercúrio. PADRÃO: Devem ser instalados a 2, 5, 10, 20, 40 e 100 cm de profundidade em superfície gramada ou de solo desnudo. Fiorin e Ross, 2015 (UFSM)c) Para medição da radiação solar • Piranômetro – mede a intensidade da radiação solar (em kcal/cm2 /min). • Actinógrafo – mede a intensidade da radiação solar (em kcal/cm2 /min). • Heliógrafo – mede o número de horas por dia de radiação solar direta Actinógrafo Piranômetro d) Para medição da evaporação A evaporação é medida com tanques evaporimétricos, onde obtém-se a lâmina de água evaporada de uma determinada área O tanque de 20 m2 é utilizado para medir a evaporação (E20). Suas medidas se assemelham às obtidas em lagos. Portanto, sofre pouca influência de fatores externos, dado o grande volume de água que ele contém Como os tanques Classe A é menor e contém um volume de água muito menor do que o tanque de 20m2 . O volume de água evaporado nesses evaporímetros costuma ser superior. e) Para medição da evapotranspiração A evapotranspiração é medida com tanques vegetados denominados de lisímetros ou evapotranspirômetros. f) Para medição do vento Anemômetro: mede a velocidade do vento a 2 ou 10 m da superfície do solo. Resultado expresso em km/h ou em m/s Anemógrafo: registra a velocidade, a intensidade e a direção do vento Anemoscópios: informam a direção do vento. Ex.: cata-vento e biruta. Anemômetro Anemógrafo Biruta Fiorin e Ross, 2015 (UFSM) g) Para medição da umidade relativa do ar Psicrômetro: conjunto do Termômetro de Bulbo Seco (TBS) e Termômetro de Bulbo Úmido (TBU). O princípio é de que a evaporação da água do algodão que envolve o bulbo de um dos termômetros (TBU) rouba energia e provoca um abaixamento na temperatura do mesmo. Assim, quanto maior for a umidade do ar, menor será a diferença entre as temperaturas dos dois termômetros Higrômetro (apenas mede) e higrógrafo de fio de cabelo (registra os dados): O cabelo humano tem a propriedade de se dilatar e contrair em função da umidade do ar. São empregados para a obtenção de medidas contínuas nas estações meteorológicas convencionais e registram os valores de UR no higrograma. Requer calibrações freqüentes, pois o cabelo vai perdendo elasticidade com o tempo. PADRÃO: Os sensores de UR devem ser instalados dentro dos abrigos meteorológicos (1,5 a 2,0 m de altura), tanto nas estações convencionais como nas automáticas • Sensor capacitivo de umidade relativa do ar: empregado nas estações meteorológicas automáticas. O sensor constitui-se de um filme de polímero que ao absorver vapor d´água do ar altera a capacitância de um circuito ativo. Requer calibração e limpeza periódicas Sensor capacitivo de UR Psicrômetro: Higrômetro h) Para medição da precipitação Pluviógrafo – registra a quantidade de precipitação pluvial (mm), a intensidade e a duração da precipitação. A água da chuva é coletada e conduzida a um reservatório que contém uma boia. A parte superior da boia tem uma haste que se estende para fora do reservatório e é conectada a um sistema mecânico de alavancas que finaliza com uma pena com tinta. A pena registra a oscilação da boia em um gráfico disposto sobre um tambor relógio. Quando o reservatório enche (o que corresponde a uma chuva de 10 mm), a água é retirada por um sifão em alguns segundos e reinicia o enchimento do reservatório. Todos os acontecimentos do reservatório de água são registrados no gráfico, que é chamado de pluviograma Fiorin e Ross, 2015 (UFSM) h) Para medição da precipitação Pluviômetro: mede a quantidade de precipitação pluvial (mm), Mede a quantidade de precipitação ocorrida em 24 horas. O pluviômetro tem uma área onde a chuva é captada. Esta água é conduzida a um reservatório, sendo coletada e posteriormente o volume é medido. Fiorin e Ross, 2015 (UFSM) OBRIGADA!!! barbara.silva@ifpa.edu.br
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