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CAPÍTULO XI
COOPERAÇÃO
A produção capitalista começa, como vimos, de fato apenas onde
um mesmo capital individual ocupa simultaneamente um número maior
de trabalhadores, onde o processo de trabalho, portanto, amplia sua
extensão e fornece produtos numa escala quantitativa maior que antes.
A atividade de um número maior de trabalhadores, ao mesmo tempo,
no mesmo lugar (ou, se se quiser, no mesmo campo de trabalho), para
produzir a mesma espécie de mercadoria, sob o comando do mesmo
capitalista, constitui histórica e conceitualmente o ponto de partida da
produção capitalista. Com respeito ao próprio modo de produção, a
manufatura, por exemplo, mal se distingue, nos seus começos, da in-
dústria artesanal das corporações, a não ser pelo maior número de
trabalhadores ocupados simultaneamente pelo mesmo capital. A oficina
do mestre-artesão é apenas ampliada.
De início, a diferença é, portanto, meramente quantitativa. Viu-se
que a massa de mais-valia produzida por determinado capital é igual
à mais-valia fornecida por um trabalhador individual, multiplicada pelo
número de trabalhadores simultaneamente ocupados. Esse número,
em si e para si, em nada altera a taxa da mais-valia ou o grau de
exploração da força de trabalho, e quanto à produção de valor mercantil
— em geral, qualquer modificação quantitativa do processo de trabalho
parece ser indiferente. Isso decorre da natureza do valor. Se uma jor-
nada de trabalho se objetiva em 6 xelins, então 1 200 de tais jornadas
em 6 xelins x 1 200. Em um caso incorporam-se 12 horas de trabalho
e no outro, 12 x 1 200 aos produtos. Na produção de valor, os muitos
sempre contam como muitos indivíduos. Para a produção de valor, não
faz diferença que 1 200 trabalhadores produzam isoladamente ou uni-
ficados sob o comando do mesmo capital.
Contudo, dentro de certos limites, ocorre uma modificação. O
trabalho objetivado em valor é trabalho de qualidade social média,
portanto a manifestação de uma força de trabalho média. Mas uma
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