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Revolução constitucionalista de 1932

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Revolução constitucionalista
de 1932
 
 
Durante a Primeira República (1889-1930),
São Paulo era o Estado mais destacado
política e economicamente no país. O
principal produto desse Estado, o café, era
subsidiado com recursos federais e com
empréstimos internacionais. Desse modo, a
União arcava com muitas despesas para
beneficiar os cafeicultores que se
concentravam nesse Estado. Isso foi
mudado com a instauração do governo de
Getúlio Vargas.
Os empréstimos internacionais para a
produção do café foram inviabilizados por
conta da dívida acumulada pela União
com esse subsídio, e a produção de outros
insumos passou a ser incentivada. Com a
ascensão do movimento de 1930 e do
governo de Getúlio Vargas, a oligarquia
paulista perdeu a proeminência política e
reduziu a vantagem econômica sobre as
demais oligarquias, por isso, tornou-se
opositora ao novo regime instaurado.
 
Dessa maneira, grupos políticos atrelados
aos cafeicultores e ao patronato paulistas
iniciaram mobilizações pela
constitucionalização do país, no ano de
1932. A designação de revolução
constitucionalista de 1932 para esse
processo é equivocada, principalmente por
ter sido impulsionada por setores
conservadores que pretendiam restituir o
poder. É mais pertinente nomear esse
processo de Movimento Constitucionalista
de 1932.
O desencadeamento da aliança política em
São Paulo pela constitucionalização
ocorreu devido à ruptura do Partido
Democrático com o governo Vargas. O
Partido Democrático compôs a Aliança
Liberal, coligação de forças para a eleição
de Getúlio Vargas para presidente da
República. Por conta dessa aliança, o
Partido Democrático contava com a
nomeação do presidente do partido,
Francisco Morato, para interventor de São
Paulo. No entanto, Getúlio Vargas nomeou
para interventor desse Estado o “tenente”
João Alberto Lins de Barros. E o Partido
Democrático rompeu com o interventor
paulista, em 1931, e com a base aliada do
governo Vargas, em 1932.
https://www.infoescola.com/historia-do-brasil/republica-velha/
https://www.infoescola.com/biografias/getulio-vargas/
https://www.infoescola.com/historia-do-brasil/revolucao-de-1930/
https://www.infoescola.com/historia/governo-provisorio-de-getulio-vargas/
https://www.infoescola.com/politica/oligarquia/
https://www.infoescola.com/historia/alianca-liberal/
 
Ao dissociar-se do governo Vargas, o
Partido Democrático aliou-se ao Partido
Republicano Paulista, formando a Frente
Única Paulista (FUP). Essa frente exigia a
restituição da autonomia política de São
Paulo, a nomeação de um interventor civil e
paulista para o Estado, e a
reconstitucionalização do país. Assim que
essa frente foi fundada preparou-se um
levante armado sob o comando do general
Isidoro Dias Lopes, anteriormente,
integrante do movimento tenentista.
Para refrear os intentos da FUP, Getúlio
Vargas indicou um interventor civil e
paulista para o Estado de São Paulo, o
diplomata Pedro de Toledo, apresentou o
novo Código Eleitoral, e marcou as eleições
dos deputados da Constituinte para 1933.
Contudo, os conflitos em São Paulo não
foram aplacados; e em um enfrentamento
entre as forças legalistas e manifestantes
morreram os estudantes Miragaia, Martins,
Dráusio e Camargo. A sigla formada pelas
iniciais desses estudantes – MMDC – passou
a ser a nomenclatura de um grupo secreto
que pretendia destituir Getúlio Vargas.
 
 
Em 9 de julho de
1932, eclodiu a
guerra civil no
Estado de São
Paulo. Os conflitos
armados duraram
poucos meses,
porém 
houve bastante mobilização popular dos
paulistas no movimento constitucionalista.
Além dos investimentos dos industriais,
também os demais paulistas doavam
quantias para a Campanha do Ouro pelo
bem de São Paulo. Apesar dos esforços
militares, o Estado de São Paulo não
conseguiu agregar ao dissídio os Estados
de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul
que também exigiam a
constitucionalização do país. Dessa forma,
São Paulo ficou isolado e perdeu o conflito
armado. A rendição dos insurgentes foi
assinada em 1° de outubro de 1932. As
principais lideranças do movimento foram
exiladas em Portugal. E o governo do
Estado foi assumido pelo interventor
militar general Valdomiro Lima, até 1933.
Malgrado a derrota militar, a insurreição
paulista influiu na convocação da
Assembleia Nacional Constituinte no ano
de 1933. Em 1934, a Constituição foi
concluída. Nessa nova Constituição houve
a inclusão da representação classista de
empregados, empregadores, profissionais
liberais e funcionários públicos, no
Congresso Nacional. Na Constituinte
ocorreu eleições para chapas, e a Chapa
Única por São Paulo Unido - composta por
membros da FUP que não foram exilados –
foi vitoriosa.
São Paulo prosseguiu como o Estado
economicamente mais forte do país, e a
valorização do café por meio do estoque e
queima do produto continuou a ser
adotada na política nacional. 
 
https://www.infoescola.com/brasil-republicano/tenentismo/
https://www.infoescola.com/brasil-republicano/tenentismo/
https://www.infoescola.com/historia/m-m-d-c-miragaia-martins-drausio-e-camargo/
https://www.infoescola.com/historia/guerra-civil/
https://www.infoescola.com/direito/constituicao-de-1934/

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