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Universidade Estadual de Londrina CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA RELACIONADO À CONDIÇÃO SOCIECONÔMICA EM ESCOLARES DA REDE PÚBLICA NA CIDADE DE LONDRINA, PARANÁ Letícia Barreto Canônico LONDRINA – PARANÁ 2011 ii DEDICATÓRIA Primeiramente a Deus, por guiar meus passos... Aos meus pais pelo voto de confiança... iii AGRADECIMENTOS Agradeço ao meu orientador - Prof. Dr. Arli Ramos de Oliveira, por me ajudar sempre e por estar comigo desde meu segundo ano da faculdade. À Comissão Examinadora, especialmente à Profa. Catiana e Profa. Márcia, por aceitarem fazer parte da minha banca de TCC. A minha família, que me ajudou e me apoiou em cada etapa. Aos meus amigos e colegas de faculdade (especialmente Lidia e Lidyane) por serem presentes e atenciosos. Ao meu namorado (Renato) por estar ao meu lado. iv EPÍGRAFE "A imaginação é mais importante que o conhecimento. Conhecimento auxilia por fora, mas só o amor socorre por dentro. Conhecimento vem, mas a sabedoria tarda”. Albert Einstein v CANÔNICO, Letícia Barreto. Nível de atividade física relacionado à condição socioeconômica em escolares da rede pública na cidade de Londrina, Paraná. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Bacharelado em Educação Física. Centro de Educação Física e Esporte. Universidade Estadual de Londrina, 2011. RESUMO Os benefícios da atividade física para uma boa qualidade de vida são muitos e já comprovados na literatura, principalmente quando se pensa na diminuição de disfunções crônico-degenerativas a longo prazo. A atividade física é importante na infância, pois a criança pode melhorar a aptidão física, a performance, otimizar o crescimento e estimular a participação futura em programas de atividade física. Com isso, o objetivo deste estudo foi investigar o nível de atividade física e condição socioeconômica em escolares da rede pública na cidade de Londrina – PR. O estudo caracterizou-se como descritivo, utilizando metodologia correlacional. A amostra foi composta por 60 estudantes de ambos os sexos (30 meninos e 30 meninas), com média de idade de 13,76(+1,16) anos de uma escola da região central de Londrina escolhida em função de sua representatividade como escola da rede pública estadual. Foi aplicado o Baecke Questionnaire of Habitual Physical Activity (BQHPA) para avaliar o nível de atividade física, e calculada a média dos escores de cada grupo socioeconômico conforme a ABEP (agrupados em A, B e C). Para análise dos dados foi aplicado o Teste de Shapiro Wilk para verificação da normalidade dos dados. Para a caracterização da amostra foi utilizada a estatística descritiva de média e desvio padrão, e para a comparação dos escores dos questionários com os grupos socioeconômicos foi aplicada a Análise de Variância - ANOVA one-way com Post hoc de Scheffè. O nível de significância adotado foi de p<0,05, sendo os dados calculados no programa estatístico STATISTICA. Os achados do estudo indicaram que houve uma pequena diferença em números reais das médias dos escores de um grupo para o outro, mas não foram significativas (p>0,05). Os níveis de P foram muito baixos, não havendo correlação entre si. Com isso conclui-se que não ocorreu diferença significativa, e que neste estudo a condição socioeconômica não interferiu no nível de atividade física quando comparados os três grupos (A, B e C). Palavras-chave: Atividade física; Condição socioeconômica; Escolares. vi CANÔNICO, Letícia Barreto. Physical activity related to socioeconomic status in the public school in the city of Londrina, Paraná. Completion of course work. Course of Bachelor of Physical Education. Center for Physical Education and Sport. State University of Londrina, 2011. ABSTRACT The benefits of physical activity for a good quality of life are many and proven in the literature, especially when considering the reduction of chronic degenerative disorders in the long term. Physical activity is important in childhood because the child can improve physical fitness, performance, optimize growth and encourage future participation in physical activity programs. Thus, the aim of this study was to investigate the level of physical activity and socioeconomic status in the public school in the city of Londrina - PR. The study was characterized as descriptive, using correlational methodology. The sample comprised 60 students of both sexes (30 boys and 30 girls) with a mean age of 13.76 (+1.16) years at a school in central London chosen because of its representation as a school the public schools. We used the Baecke Questionnaire of Habitual Physical Activity (BQHPA) to assess the level of physical activity, and calculated the average scores for each socioeconomic group as ABEP (grouped into A, B and C). Data analysis was applied Shapiro-Wilk test to verify the normality of the data. To characterize the sample used was the descriptive statistics for mean and standard deviation, and to compare the scores of questionnaires with socio-economic groups has been applied to analysis of variance, one-way ANOVA with post hoc Scheffé. The level of significance was p <0.05, and the data calculated in the statistical program STATISTICA. The study findings indicated that there was little difference in actual numbers of the mean scores of one group to another, but were not significant (p> 0.05). P levels were very low, with no correlation. With this we conclude that there was no significant difference, and that this study socioeconomic status did not affect the level of physical activity when comparing the three groups (A, B and C). Key-words: Physical activity; Socioeconomic status; Students. vii LISTA DE SIGLAS E ABREVIAÇÕES OMS – Organização Mundial Da Saúde 10 WHO – World Health Association 10 CDC – Centers for Disease Control and Prevention 14 viii SUMÁRIO RESUMO..................................................................................................v ABSTRACT ............................................................................................vi LISTA DE SIGLAS E ABREVIAÇÕES..................................................vii 1 INTRODUÇÃO.........................................................................................9 1.1 Justificativa.............................................................................................11 1.2 OBJETIVO..............................................................................................11 2 REVISÃO DA LITERATURA..................................................................12 2.1 A Atividade Física – Aspectos Gerais.....................................................12 2.2 A Atividade Física na Infância e Adolescência......................................15 2.3 O Nível Socioeconômico e a Atividade Física........................................17 3 MÉTODOS...............................................................................................19 3.1 Caracterização do Estudo .......................................................................19 3.2 Amostra...................................................................................................19 3.3 Local........................................................................................................193.4 Instrumentos e Procedimentos................................................................20 3.4.1 Nível socioeconômico..............................................................................21 3.5 Análise Estatística.....................................................................................21 4 RESULTADOS.........................................................................................22 5 DISCUSSÃO.............................................................................................24 6 CONCLUSÃO............................................................................................26 REFERÊNCIAS..........................................................................................27 ANEXO I.....................................................................................................37 ANEXO II....................................................................................................38 APÊNDICE A..............................................................................................40 9 1 INTRODUÇÃO Os benefícios da atividade física para uma boa qualidade de vida são muitos e já comprovados na literatura, principalmente quando se pensa na diminuição de disfunções crônico-degenerativas a longo prazo (BOUCHARD et al, 1994). A prática regular de atividade física demonstra consistentemente uma relação inversa com enfermidades cardíacas e tem um efeito positivo na qualidade de vida e em outras variáveis psicológicas, sendo que estas últimas têm uma associação importante com o nível de atividade física (REYNOLDS et al., 1990). A atividade física é importante para a criança melhorar a aptidão física, a performance, otimizar o crescimento e estimular a participação futura em programas de atividade física (BAR-OR, 1983; SHEPHARD, 1984). Com o avanço da tecnologia na sociedade moderna, algumas crianças e adolescentes tem se tornado nas ultimas décadas mais sedentárias, incrementando problemas como a obesidade, e é neste ponto que a prática regular de atividade física pode se tornar um hábito saudável no controle e tratamento da obesidade nesta fase da vida (BLAAK et al., 1992; ROMANELLA et al., 1991). A atividade física está intimamente ligada ao consumo de energia, gasto calórico, dispêndio energético, que por sua vez, podem gerar grandes benefícios, conservando um estado de saúde positivo, se seguidos um gasto calórico diário ideal que é proposto por alguns autores (BLAIR, 1996; PATE, 1995; SALLIS, 1994). Para se ter um gasto calórico adequado com sua alimentação, é necessário uma atenção especial para as atividades realizadas no dia-a-dia. Mas a grande preocupação é se as crianças e adolescentes dos dias atuais tem se preocupado em ter uma alimentação saudável e se realizam exercícios físicos regularmente. Todos esses fatores podem levar a uma questão de epidemia global: sobrepeso e obesidade infantil. Com isso, o sedentarismo tem se mostrado como um grande mediador no que diz respeito ao sobrepeso e obesidade infantil (BERKEY et al., 2000; BAKER, OLSEN, SORENSEN, 2007), que pode por consequência levar a níveis preocupantes de doenças cardiovasculares, níveis de gordura corporal, etc. (ROWLANDS, ESTON, INGLEDEW, 1999). 10 Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares são a primeira causa de mortes em todo o mundo. Estimou-se que 17,5 milhões de pessoas morreram por essas doenças em 2005, representando 30% de todas as mortes do mundo. A previsão para 2015 é de que 20 milhões de pessoas morrerão a cada ano por doença cardiovascular. Em torno de 80% dessas mortes estão ocorrendo em países de renda média e baixa, e as principais causas são o tabagismo, a inatividade física e a dieta inadequada (WHO). Com todos esses fatores expostos, pode-se dizer que o excesso de peso na infância pode aumentar a possibilidade de ocorrência da doença cardíaca na vida adulta, como resultado do estabelecimento precoce desses fatores de risco, e o controle dos fatores de risco é a melhor estratégia para prevenir a doença aterosclerótica (BAKER, OLSEN 2007; MCGILL et al., 2000). De acordo com Leão et al. (2003), no Brasil, bem como na maioria dos países em desenvolvimento, a prevalência tanto do sobrepeso quanto da obesidade parece ser maior na população mais favorecida economicamente, ao contrário do que ocorre nos países desenvolvidos onde a grande maioria das crianças com sobrepeso ou obesas pertence a famílias de classe socioeconômica baixa (MALINA, BOUCHARD, BAR-OR, 2004). O nível socioeconômico interfere na disponibilidade de alimentos e no acesso à informação, assim como pode estar associado a determinados padrões de atividade física, constituindo-se um fator determinante da prevalência da obesidade. É de conhecimento que o crescimento infantil sofre maior influência do status socioeconômico do que de aspectos étnicos e geográficos (GRAITCER, GENTRY 1981). Além disso, há relatos de que, na América Latina, a obesidade infantil tende a ser mais prevalente nas áreas urbanas e em famílias com nível socioeconômico e de escolaridade maternos mais elevados (MARTORELL et al., 1998). Assim, a atividade física na infância vem se mostrando um fator de extrema importância, pois com hábitos de vida deste tipo, as crianças têm grandes chances de se tornarem adultos fisicamente ativos e possuir um estilo de vida mais saudável, e não deve ser um fator dependente do nível socioeconômico, pois todos têm o direito da realização de atividades físicas para uma melhora na qualidade de vida. 11 1.1 Justificativa Este estudo torna-se importante devido ao fato de que cada vez mais as crianças estão adotando um estilo de vida sedentário. O sedentarismo na infância hoje em dia está se tornando um vício. Os dados brasileiros com relação à obesidade infantil são ainda limitados, por isso, de difícil discussão. Monteiro, Popkin e Mondini relataram uma prevalência de obesidade em menores de 5 anos, em nível nacional, variando de 2,5%, entre os mais pobres, a 10,6% no grupo economicamente mais favorecido, no ano de 1989. E ainda, de acordo com Martorell et al. (1998), na América Latina a obesidade infantil tende a ser mais prevalente nas áreas urbanas e em famílias com nível socioeconômico e de escolaridade maternos mais elevados, ou seja, a atividade física está relacionada ao nível socioeconômico. A atividade física é de extrema importância e não deve ser um fator dependente do nível de atividade física, pois todas as crianças tem direito da realização de atividades; os dados na cidade de Londrina sobre essa temática ainda são escassos e de difícil discussão. 1.2 Objetivo Verificar a associação entre o nível de atividade física e as condições socioeconômicas de alunos adolescentes de ambos os sexos, regularmente matriculados em uma escola pública na cidade de Londrina – PR. 12 2 REVISÃO DA LITERATURA A atividade física na infância é um objeto de estudo da área e vem se mostrando um fator de extrema importância para evitar fatores de risco como doenças cardiovasculares, pois há uma grande preocupação sobre o futuro dessas crianças; como já foi evidenciado na literatura, uma criança ativa tem grandes chances de ser um adulto ativo. Assim, a revisão da literatura abordou os seguintes temas: A atividade física; A atividade física na infância e adolescência; e por fim, O nível socioeconômico e a atividade física. 2.1 A Atividade Física – Aspectos Gerais Atividade física pode ser definida como qualquer movimento corporal produzido pela musculatura esquelética – portanto voluntário, que resulte num gasto energético acima dos níveis de repouso (CASPERSEN et al., 1985). Este comportamento incluias atividades ocupacionais (trabalho), atividades da vida diária – AVD (vestir-se, banhar-se, comer), o deslocamento (transporte), e as atividades de lazer, incluindo exercícios físicos, esportes, dança, artes marciais etc. Assim, atividade física e exercício, embora relacionados, não devem ser entendidos como sinônimos, definindo-se exercício como uma das formas de atividade física planejada, estruturada, repetitiva, que objetiva o desenvolvimento (ou manutenção) da aptidão física, de habilidades motoras ou reabilitação orgânico-funcional (NAHAS, 2006). Os exercícios físicos incluem, geralmente, atividades de níveis moderados ou intensos, tanto de natureza dinâmica como estática. Nos exercícios estáticos, também referidos como isométricos, a contração muscular realizada não produz movimento das partes corporais, como quando seguramos uma caixa pesada ou um bebê em nossos braços. Essa atividade pode ser concebida como um comportamento humano complexo, voluntário e autônomo, com componentes e determinantes de ordem biológica e psicossociocultural. Esse mesmo conceito é corroborado por Guedes e Guedes (1998), que apresentam a diferença entre atividade física e exercício físico, considerando o último como uma subcategoria do primeiro. 13 Ao conceituar atividade física, Barbanti (2000) diz que se refere à totalidade de movimentos executados no contexto do esporte, da aptidão física, da recreação, da brincadeira, do jogo e do exercício. Em síntese, trata-se de todo movimento corporal produzido por músculos esqueléticos que provoca um gasto de energia. De acordo com Nieman (1999), atividade física é a fórmula para viver mais, pois esta alivia o estresse e torna as pessoas mais resistentes a doenças, as quais então podem ser evitadas (e mesmo curadas). Segundo ele, qualquer um pode ter essa fórmula, por ser ela gratuita. Finalmente, no entendimento de Zilio (1994), a atividade física é inerente ao ser humano e manifesta-se em todos os setores de sua vida de relação com o meio ambiente. Sobre a definição de atividade física, Zílio, em seu livro de terminologias, entende que esta é uma concepção histórica que se fixou no sentido de físico, de material, de corpo e ao exterior do ser humano. Acredita que, numa visão mais moderna de atividade física, pode-se acrescentar um significado "mais humano", que poderá ser o componente interno, o anímico e o espiritual. De acordo com Frankish e Milligan (1998), os benefícios da prática de atividade física para a saúde e qualidade de vida de pessoas de todas as idades já foram comprovados na literatura, assim como já se tem como certo que a inatividade física é o maior fator que pode levar os indivíduos a possuírem doenças crônicas não transmissíveis. Durante a adolescência, especificamente, há evidências de que a atividade física traz benefícios associados à saúde esquelética (conteúdo mineral e densidade óssea) e ao controle da pressão sanguínea e da obesidade (HALLAL et al., 2006), por isso a atividade física é de extrema importância, pois quem não tem um estilo de vida ativo, é considerado sedentário. O sedentarismo não representa apenas um risco pessoal de enfermidades, tem um custo econômico para o indivíduo, para a família e para a sociedade. Dados recentes do Centers for Disease Control and Prevention de Atlanta (CDC, 2000) apontam que mais de 2 milhões de mortes por ano podem ser atribuídas à inatividade física, em função da sua repercussão no incremento de doenças crônicas não-transmissíveis como os problemas cardiovasculares, de câncer e diabetes, que corresponderam em 1998 por 14 quase 60% das mortes (71,7 milhões) no mundo; índice que alcançaria 73% em 2020 mantidas as tendências atuais, sendo que 77% dessas mortes acontecem em países em desenvolvimento. De acordo com as mesmas fontes, só nos Estados Unidos o sedentarismo contribuiu com 75 bilhões de dólares dos custos médicos no ano 2000, mostrando assim que seu combate merece prioridade na agenda de saúde pública. Dados levantados na Austrália indicam que para cada aumento de 1% no nível de atividade física da população adulta, haveria uma economia associada de 7 milhões de dólares em custos potenciais de tratamento de infartos de miocárdio, derrame cerebral, diabetes, câncer de cólon e de mama, assim como depressão (STEPHENSON, 2000). Nos Estados Unidos, mais de 60% dos adultos e em torno de 50% dos adolescentes são considerados sedentários, segundo o National Center for Chronic Disease Prevention and Health Promotion (1996). No Brasil, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 1998) apontam 80,8% de adultos sedentários. Mello et al. (1998), em um levantamento na cidade de São Paulo, encontraram uma prevalência de sedentarismo de 68,7% em adultos. No Brasil, a inatividade física, considerada nos momentos de lazer, é mais prevalente entre mulheres, idosos e indivíduos de baixo nível socioeconômico (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000; MONTEIRO et al., 2003), porém pesquisas de base populacional regionais ainda são escassas em nosso país (MATSUDO et al., 2002). Com isso, é de fundamental importância compreender os benefícios da atividade física nos estudos referentes às causas da obesidade, pois a atividade física representa de 15 a 40% do gasto energético total. Além disso, indivíduos que praticam esporte ou algum tipo de exercício físico, adquirem hábitos alimentares mais saudáveis, principalmente com relação à dieta, contribuindo com a prevenção e o controle da obesidade (SICHIERI, 1998). A seguir serão abordado alguns aspectos relacionados à atividade física nas faixas etárias iniciais do desenvolvimento humano. 15 2.2 A Atividade Física na Infância e Adolescência Como já comprovado na literatura, os benefícios que a atividade física pode trazer são muitos, principalmente quando se trata da diminuição de disfunções crônico-degenerativas a longo prazo (BOUCHARD et al., 1994). O sedentarismo é uma das principais causas de morbidade (WHO, 2002) e problema de saúde pública em todas as idades (ALLENDER et al., 2007). Apesar disso, cerca de 30% dos meninos e 40% das meninas no Reino Unido não cumprem as diretrizes atuais de atividade física (The Information Center, 2006). O aumento da prevalência de sobrepeso e obesidade em jovens tem sido atribuída, em parte, à redução da atividade física e maior envolvimento em atividades sedentárias (LOBSTEIN, BAUR, UAUY, 2004; WAREHAM, SLUIJS, EKELUND, 2005). Com todos esses fatores, ainda temos que pensar no processo de envelhecimento, que é acompanhado por uma tendência à diminuição do gasto energético médio diário em consequência da diminuição de atividades físicas. Isso acontece, basicamente, por fatores comportamentais e sociais, como o aumento do tempo na escola e/ ou exigência profissional. Alguns fatores contribuem para um estilo de vida menos ativa, como aumento e melhora da tecnologia, a falta de segurança e redução progressiva dos espaços livres em áreas urbanas (onde a maior parte das crianças brasileiras vivem). Tudo isso reduz as possibilidades de lazer e de uma vida fisicamente ativa, facilitando assim atividades sedentárias como: assistir televisão, jogar videogames e gastar mais tempo em computador. Há uma forte associação entre inatividade física, obesidade e dislipidemias, e crianças obesas são mais propicias a se tornarem adultos obesos. Em contrapartida, promover um estilo de vida ativo em crianças e adolescentes pode reduzir a incidência de obesidade e doenças cardiovasculares quando adultos. A inatividade física pode, ainda, produzir outros benefícios a longo prazo, como aqueles relacionados ao sistema músculo esquelético. Intensa atividade física, principalmente envolvendo impacto, induz um aumento na densidade mineral óssea na adolescência e pode evitar o risco deosteoporose em idades mais avançadas, principalmente em mulheres pós-menopáusicas (LAZOLLI, 2000). 16 Diante de todos os problemas que a obesidade causa, afirma Bouchard (2003), que para combater a obesidade já se tem comprovado que a prática de atividades físicas regulares deve ser realizada por toda a vida e que, ainda, a atividade física regular realizada três vezes por semana por trinta minutos em níveis moderados reduz acentuadamente o risco de morte ou o desenvolvimento de muitas das principais doenças. Sobre os tipos de atividades, os exercícios aeróbios, como os anaeróbios, contribuem para o controle da obesidade. Mcardle et al. (2003), reforça essa afirmação, dizendo que até mesmo sem restrição dietética os exercícios aeróbios constituem elementos positivos muito significativos para se conseguir uma redução ponderal, e que o exercício altera favoravelmente a composição corporal nas pessoas com excesso de peso. O exercício aeróbio diminui os estoques de glicogênio, promovendo o uso de gordura como combustível (BUSSE, 2004). Diversos são os meios para a perda de peso, dietas, exercícios físicos, porém o controle da obesidade começa em casa e desde pequeno, com refeições balanceadas, estímulos a atividades físicas e mudanças dos hábitos alimentares, sendo os pais um modelo em relação ao comportamento alimentar (COSTA, 2007). Como o sedentarismo pode levar a muitas doenças já citadas como a obesidade, a Academia Americana de Pediatria (2003) colocou seu posicionamento para o tratamento da obesidade infantil. Supervisão da saúde: identificar pacientes em risco através de história familiar, peso ao nascer ou fatores socioeconômicos, étnicos, culturais ou comportamentais; calcular e registrar o IMC uma vez ao ano em todas as crianças e adolescentes; utilizar alterações no IMC para identificar taxa excessiva de ganho de peso relativo ao crescimento linear; encorajar o aleitamento materno; orientar pais e educadores a promover padrões alimentares saudáveis, oferecendo lanches nutritivos; encorajar a autonomia das crianças no controle da sua ingestão alimentar, estabelecendo limites apropriados nas escolhas; promover rotineiramente atividade física, incluindo jogos não-estruturados em casa, na escola e na comunidade; determinar limite no tempo de assistir televisão e vídeo para um máximo de 2 horas por dia; reconhecer e monitorar alterações nos fatores de risco associados à obesidade para adultos com doença crônica, 17 tais como hipertensão arterial sistêmica, dislipidemia, hiperinsulinemia, intolerância à glicose e sintomas da síndrome da apnéia do sono obstrutiva. 2.3 O Nível Socioeconômico e a Atividade Física Atualmente, muitas crianças vêm trocando a atividade física pelos computadores, videogames, televisões, etc, não dando espaço para se tornar uma criança sadia e um adulto fisicamente ativo devido aos hábitos que teve em sua infância. Cada vez mais se ouve falar em obesidade, doenças crônicas não transmissíveis, e principalmente inatividade física, e tudo isso nos leva a pensar se todos esses fatores podem estar relacionados com o nível socioeconômico da população investigada. A distribuição da prevalência de adolescentes fisicamente ativos/inativos, em função de indicadores demográficos e socioeconômicos, e a magnitude da associação entre fatores de influência e o nível de atividade física, representam informações importantes para nortear o planejamento, desenvolvimento e avaliação dos programas de promoção da atividade física (JUNIOR, 2008). Estudos de tendência secular têm indicado que atualmente crianças e adolescentes apresentam maior quantidade de gordura corporal do que seus pares de gerações passadas (SUNNEGARDH et al., 1986; BUNDRED, KITCHINER, BUCHAN, 1989; POST et al., 1996). Esse fato pode estar associado a inúmeras causas, dentre as quais se destaca o aumento do balanço energético positivo, produto da redução acentuada dos níveis de atividade física diária e/ou de hábitos alimentares inadequados. Alguns estudos têm indicado que muitas crianças e adolescentes têm trocado as práticas de atividades físicas de intensidade moderada ou vigorosa por atividades de baixa intensidade e, consequentemente de baixo gasto energético, como assistir televisão, navegar na INTERNET, jogar videogame ou outros jogos eletrônicos durante as horas de lazer e tempo livre (SUNNEGARDH et al., 1986; BALL et al., 2001). Desse modo, parece existir uma forte relação entre o crescimento do sobrepeso e da obesidade infanto- juvenil e as mudanças no estilo de vida dos jovens, visto que, via de regra, a 18 quantidade de gordura corporal estimada é inversamente proporcional ao nível de atividade física diária realizada (BALL et al, 2001). De fato, uma série de aspectos podem contribuir para que a atividade física seja praticada indistintamente por diversas classes sociais. O papel da mídia, a influência do esporte de alto rendimento, a cultura local, entre outros, podem significar importantes pontos a considerar. Contudo, é preciso reconhecer, e Kaplan & Lynch (1999) não afirmam o contrário, que as condições socioeconômicas relacionam-se inversamente com a prática de exercícios físicos. Alguns estudos que também levaram em consideração as atividades físicas praticadas em diferentes contextos e encontraram relação inversa entre o nível de atividade física e indicadores de condição socioeconômica (GUEDES et al 2000; HALLAL et al 2006; SHI et al 2006). Em resumo, pode-se perceber que o estado de arte da literatura sobre a atividade física e sua relação com o nível socioeconômico pode apresentar muitas vezes que os pertencentes aos grupos socioeconômicos mais baixos realizam mais atividades físicas, mas deve ser levado em consideração que também foram avaliados atividades que são realizadas fora do período de lazer, como locomoção, trabalho e lar, enquanto os grupos mais elevados podem possuir mais atividades no lazer. 19 3 MÉTODOS 3.1 Caracterização do estudo O presente estudo se caracteriza por utilizar o método descritivo- exploratório de delineamento transversal. 3.2 Amostra O estudo se encontra vinculado a um projeto maior denominado Utilização de critérios para aptidão física de crianças e adolescentes, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa envolvendo Seres Humanos da Universidade Estadual de Londrina – UEL, conforme Parecer de Aprovação no. 234/10, de 20/10/2010 (ANEXO I). Para a participação no estudo todos os sujeitos receberam e entregaram assinado por eles e pelos seus pais ou responsáveis o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, constando todos os procedimentos a serem adotados, bem como formas de contato para o esclarecimento de possíveis dúvidas (APÊNDICE A). A amostragem foi realizada por conveniência, envolvendo 60 estudantes (30 meninas e 30 meninos) com média de idade de 13,76 (DP = 1,16). Todos eram alunos regularmente matriculados na escola selecionada (da rede pública), escolhida por sua representatividade em meio ao universo de escolas da cidade. Todos os participantes levaram para casa o Termo Consentimento e o devolveu assinado. Após essa fase, iniciou-se a aplicação dos questionários. Os critérios de inclusão utilizados foram: estar devidamente matriculados na escola e retornar com o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido devidamente assinado. 3.3 Local 20 As coletas foram realizadas na própria escola selecionada, e o questionário foi aplicado dentro da sala de aula, nos períodos de aulas de Educação Física. 3.4 Instrumentos e procedimentos Foi aplicado a todos os alunos o questionário Baecke Questionnaire of Habitual Physical Activity (BQHPA) (ANEXO II), que vem sendo muito utilizado em estudos para avaliaçãodo nível de atividade física. O BQHPA, produzido por Baecke (1982), e validado aqui no Brasil por Guedes (2006), é auto administrado e tem se mostrado um ótimo meio para avaliação da atividade física. Na seção que diz respeito à prática de atividade física, tem como período de referência os últimos 12 meses, estruturado por 16 questões distribuídas em três seções distintas, cada uma procurando estabelecer estimativas quanto a uma dimensão específica do nível de prática habitual de atividade física. As opções de respostas são codificadas mediante uma escala Lickert de 5 pontos, com exceção da ocupação profissional e da modalidade de esporte que pratica, quando for o caso. As questões de 1 a 8 constitui a primeira seção do questionário e procuram abranger as atividades físicas diárias realizadas na escola e/ou no trabalho. A segunda seção do questionário envolve as questões de 9 a 12 e reúnem informações quanto às atividades esportivas, aos programas de exercícios físicos e às práticas de lazer ativo. A terceira seção do questionário visa obter indicações relacionadas às atividades de ocupação do tempo livre e de locomoção. Mediante o somatório das pontuações específicas atribuídas as questões agrupadas em cada uma das partes do questionário são estabelecidos escores equivalentes às atividades físicas na escola/trabalho, nos esportes/exercícios físicos/lazer ativo e na ocupação do tempo livre/locomoção (GUEDES e GUEDES, 2006). Juntamente com o questionário de BAECKE foi aplicado também o questionário da ABEP (ANEXO II) para avaliação do nível socioeconômico, que possui questões pertinentes a escolaridade dos pais, eletrodomésticos que cada um possui (Televisão, videocassete, dvd, radio, banheiros, automóveis, 21 empregadas mensalistas, máquina de lavar, geladeira, freezer/ geladeira duplex), e assim foi possível analisar o nível socioeconômico. Para tanto, o pesquisador passou de sala em sala aplicando os questionários, explicando a todos a intenção do estudo, motivos, e que todos os pais dos alunos participantes deveriam assinar um termo de consentimento livre e esclarecido para a participação da pesquisa. Todas as questões foram lidas juntamente com os alunos, explicando e tirando dúvidas. Após essa explicação, os participantes responderam ao questionário sem limite de tempo e o pesquisador se manteve a disposição para esclarecimento de questões que não foram interpretadas adequadamente. 3.4.1 Nível socioeconômico A avaliação do nível socioeconômico foi realizada de acordo com Associação Brasileira de Empresas de Pesquisas (ABEP), no qual, de acordo com as respostas do questionário, são avaliadas a quantidade de itens que o sujeito possui na casa, e a escolaridade do chefe da família. Os pontos foram somados de acordo com cada item avaliado, e categorizados os sujeitos em classe A, B e C. 3.5 Análise Estatística O teste de Shapiro Wilk foi utilizado para a avaliação da normalidade dos dados. Para a comparação do nível de atividade física com a condição socioeconômica entre as classes A-B, A-C e B-C foi utilizada a Análise de Variância - ANOVA one-way, e posteriormente com a aplicação do Teste Post Hoc de Scheffè. O nível de significância adotado foi de 5% (P<0,05). Os dados foram tratados no pacote estatístico STATISTICA. 22 4 RESULTADOS Os achados do presente estudo apresentaram cinco categorias de classes econômicas (A2, B1, B2, C1 e C2), e para a análise dos dados as classes foram grupadas em A, B e C (Figura 1). A tabela 1 indica a caracterização da amostra por média de idade e gênero: Tabela 1. Caracterização dos sujeitos do estudo por valores médios e desvio padrão da idade e gênero (N=60) Meninas (n=30) Meninos (n=30) Total (n=60) Idade (anos) 13,78 (1,12) 13,32 (1,54) 13,76 (1,16) Na distribuição dos alunos por classes econômicas, observou-se que a maioria se encontra na classe de nível B (66,99%), a classe A envolveu 18,33% e a classe C foi constituída da menor parcela (11,66%), conforme indica a Figura 1. Figura 1. Distribuição dos sujeitos do estudo por condição socioeconômica (%) – N = 60. Para a análise do nível de atividade física, foi obtido o escore apresentado por cada indivíduo, de acordo com as respostas no questionário, e 23 calculada e a média dos escores, dentro de cada classe socioeconômica, conforme apresentado na Tabela 2. Tabela 2. Distribuição de média e desvio padrão dos escores de nível de atividade física grupado por condição socioeconômica (N=60). CSE Média Desvio Padrão P A 7,85 1,78 NS B 7,48 1,77 NS C 8,99 2,36 NS P<0,05; CSE= Condição socioeconômica Os dados da Tabela 2 indicam que houve uma pequena diferença em números absolutos de uma classe para outra. A classe C obteve o maior escore em comparação com B e A. Por outro lado, a classe A obteve média de escore superior à classe B, no entanto as diferenças entre as classes não foram significativas (p>0,05). Na análise do nível de atividade física, quando comparados os grupos A- B, A-C e B-C, posteriormente à aplicação da Análise de Variância – ANOVA, não foi encontrada diferença significativa entre os grupos (p>0,05), como demonstrado na tabela Tabela 3. Valores de P para comparação dos grupos (A-B, A-C e B-C) p<0,05 GRUPOS A-B A-C B-C P 0,11 0,55 0,64 24 DISCUSSÃO Diferentes estudos questionam se o sedentarismo e a obesidade infantil se encontram atrelados ao nível socioeconômico, e ainda, se as crianças estão realizando as atividades físicas necessárias para se tornarem adultos ativos e sem doenças crônico-degenerativas. Assim sendo, estudos sobre os níveis da prática de atividade física habitual em segmentos da população jovem têm se tornado tema de interesse e preocupação constante entre os especialistas da área, em razão de sua estreita associação com aspectos relacionados à saúde (SILVA et al., 2007). Deste modo, diferente do observado em países desenvolvidos, o alto nível socioeconômico parece afetar negativamente a prevalência de sobrepeso e obesidade, aumentando os riscos para o desenvolvimento de disfunções metabólicas em idades precoces (RONQUE et al., 2005). Em estudo feito por Balaban, Silva e Motta (2001), na cidade de Recife- PE, foi encontrada uma prevalência de sobrepeso quatro vezes maior entre as crianças da escola privada do que entre aquelas provenientes da comunidade de baixa renda. A prevalência de obesidade foi 3,5 vezes maior entre as crianças da escola do que entre as da comunidade de baixa condição socioeconômica. Rolland-Cachera, Bellisle (1986), e Sunnegardh et al. (1986), sugerem em seus estudos que nos países desenvolvidos, nos quais os indivíduos de baixa renda têm acesso ao alimento, pode-se encontrar menor prevalência de obesidade infantil nas classes de renda elevada, devido à facilidade de acesso à informações acerca de padrões dietéticos e maiores oportunidades de atividade física saudáveis. Seguindo a linha de raciocínio desta pesquisa, Andrade et al. (1997) relataram que 42,7% dos adolescentes de baixo nível socioeconômico e 64,3% de alto nível se classificaram como regularmente ativos. Segundo Silva e Malina (2000) aproximadamente 85% dos adolescentes do sexo masculino e 94% do feminino foram classificados como sedentários, sendo que os meninos foram mais ativos que as meninas. Corroborando com o estudo de Alves et al. (2000), não foi observadocorrelação significativa entre padrão socioeconômico e prática de atividade 25 esportiva. Entretanto, melhores condições sociais estavam associadas à maior frequência de prática sob a forma de treinamento. Em um estudo representativo da população de Barcelona, abrangendo indivíduos acima de 13 anos, Dominguez-Berjón et al. (2000), também observaram uma relação direta entre classe social e prática usual de atividade física, entre os indivíduos do sexo masculino. O hábito de fazer exercícios era menos comum nas classes sociais mais baixas. Segundo Priore (1998), em seu estudo com adolescentes de 12 a 18 anos, estudantes da rede pública da cidade de São Paulo, encontrou que cerca de 93% participavam de aulas de Educação Física. Destes, 24,8% também desenvolviam outras atividades desportivas. Do total de indivíduos da amostra, 24,4% realizavam atividades físicas extracurriculares; destes, 93,6% realizavam duas ou mais vezes por semana e 5,1% nos finais de semana. Também foi constatado que 23,4% realizavam duas ou mais modalidades desportivas diferentes durante a semana. Os estudantes que não participavam de aulas de Educação Física alegaram como motivo a falta de disposição do responsável pela aula e/ou da escola em integrá-los com o conteúdo da prática esportiva e com os demais colegas. Frente ao descompasso verificado entre as aulas de Educação Física e o desejo dos adolescentes com relação a este tipo de atividade, a autora reforça a necessidade de maior integração entre a escola e o aluno neste aspecto. Neste estudo, não foram encontradas diferenças significativas na comparação dos escores de níveis de atividade física com a condição socioeconômica. Isso pode ser explicado por alguns fatores, como: o número amostral ser pequeno (n=60); os autores ainda estão começando a comparar o valor obtido nos escores do questionário utilizado com a condição socioeconômica, então é difícil ter um estudo como base; e ter utilizado apenas uma escola. Maior número de escolas envolvidas no estudo aumentaria a capacidade de generalização dos resultados, representando alunos de várias regiões. 26 6 CONCLUSÃO Conclui-se que os grupos não foram diferentes com relação à prática da atividade física considerando-se a condição socioeconômica, sugerindo que ela não foi capaz de interferir nas atividades realizadas pelas crianças e adolescentes analisados neste estudo. Provavelmente não se pode fazer associações devido ao fato da amostra ser pequena, ou ter utilizado apenas uma escola, mas não descarta a possibilidade de realmente não haver associação. Para futuros estudos, sugere-se uma amostra maior, o envolvimento de maior número de escolas, bem como incluir análise de gênero. 27 REFERÊNCIAS ABEP (Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa). Dados com base no Levantamento Sócio Econômico – 2000. Disponível em <www.abep.org>. Acessada em 03/08/2011. ALLENDER, S., C. FOSTER, P. SCARBOROUGH, M. RAYNER. The burden of physical activity-related ill health in the UK. J. Epidemiol. Community Health. 61:344–348, 2007. ALVES S.S., SILVA, S.R.C., RIBEIRO R.S., VERTEMATTI A.S., FISBERG M. Avaliação de atividade física, estado nutricional e condição social em adolescentes. Folha méd. 119: 26-33, 2000. ANDRADE D. R., MATSUDO S. M. M., MATSUDO V. K., Araújo T, ANDRADE E, Rocha A., e Andrade RE, Rocha J. Physical activity patterns in girls and boys from low socioeconomic region physical activity level in adolescents. In: XIX Internatioanal Seminar on Pediatric Work Physiology, Inglaterra, Setembro. 1997. BAECKE J., BUREMA J., FRIJTERS J.E.R. 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Questão 2 ― Para realizar as atividades na escola você permanece sentado: (1) (2) (3) (4) (5) Nunca Raramente Algumas vezes Freqüentemente Sempre Questão 3 ― Para realizar as atividades na escola você fica em posição em pé: (1) (2) (3) (4) (5) Nunca Raramente Algumas vezes Freqüentemente Sempre Questão 4 ― Para realizar as atividades na escola você necessita caminhar: (1) (2) (3) (4) (5) Nunca Raramente Algumas vezes Freqüentemente Sempre Questão 5 ― Para realizar as atividades na escola você necessita carregar cargas: (1) (2) (3) (4) (5) Nunca Raramente Algumas vezes Freqüentemente Sempre Questão 6 ― Após um dia na escola você se sente cansado ou fatigado: (5) (4) (3) (2) (1) Muito freqüentemente Freqüentemente Algumas vezes Raramente Nunca Questão 7 ― Para realizar as atividades na escola você transpira: (5) (4) (3) (2) (1) Muito freqüentemente Freqüentemente Algumas vezes Raramente Nunca Questão 8 ― Em comparação de sua rotina na escola com de outras pessoas da mesma idade, você acredita que seu dia é fisicamente: (5) (4) (3) (2) (1) Muito intenso Intenso Moderado Leve Muito leve Seção 2 ― Atividades esportivas, programas de exercícios físicos e lazer ativo: Questão 9 ― Você pratica algum tipo de esporte ou está envolvido em programas de exercícios físicos? ( ) Sim ( ) Não Caso não pratique algum tipo de esporte/programa de exercícios físicos, ir para a questão 10. Questão 9.1 ― Como primeira opção, o esporte/programa de exercícios físicos que você mais freqüentemente pratica apresenta intensidade: ( ) Baixa ( ) Moderada ( ) Elevada Questão 9.2 ― Durante quantas horas/semana você pratica este esporte/programa de exercícios físicos? ( ) < 1 hora ( ) 1-2 horas ( ) 2-3 horas ( ) 3-4 horas ( ) > 4 horas Questão 9.3 ― Durante quantos meses/ano você pratica este esporte/programa de exercícios físicos? ( ) menos de 1 mês ( ) 1-3 meses ( ) 4-6 meses ( ) 7-9 meses ( ) > 9 meses Questão 9.4 ― Caso você apresente uma segunda opção quanto à prática de esporte/programa de exercícios físicos, esta é de intensidade: ( ) Baixa ( ) Moderada ( ) Elevada Caso não exista uma segunda opção quanto à prática de esporte/programa de exercícios físicos, ir para a questão 10. Questão 9.5 ― Durante quantas horas/semana você pratica este esporte/programa de exercícios físicos? ( ) < 1 hora ( ) 1-2 horas ( ) 2-3 horas ( ) 3-4 horas ( ) > 4 horas Questão 9.6 ― Durante quantos meses/ano você pratica este esporte/programa de exercícios físicos? ( ) < 1 mês ( ) 1-3 meses ( ) 4-6 meses ( ) 7-9 meses ( ) > 9 meses 39 Questão 10 ― Em comparação com outras pessoas de mesma idade, você acredita que as atividades que realiza durante seu tempo livre são fisicamente: (5) (4) (3) (2) (1) Muito elevadas Elevadas Iguais Baixas Muito baixas Questão 11 ― Nas atividades de lazer e de ocupação do tempo livre você transpira: (5) (4) (3) (2) (1) Muito freqüentemente Freqüentemente Algumas vezes Raramente Nunca Questão 12 ― Nas atividades de lazer e de ocupação do tempo livre você pratica esportes: (1) (2) (3) (4) (5) Nunca Raramente Algumas vezes Freqüentemente Sempre Seção 3 ― Atividades de ocupação do tempo livre: Questão 13 ― Nas atividades de lazer e de ocupação do tempo livre você assiste à TV: (1) (2) (3) (4) (5) Nunca Raramente Algumas vezes Freqüentemente Sempre Questão 14 ― Nas atividades de lazer e de ocupação do tempo livre você caminha: (1) (2) (3) (4) (5) Nunca Raramente Algumas vezes Freqüentemente Sempre Questão 15 ― Nas atividades de lazer e de ocupação do tempo livre você anda de bicicleta: (1) (2) (3) (4) (5) Nunca Raramente Algumas vezes Freqüentemente Sempre Questão 16 ― Durante quanto tempo por dia você caminha e/ou anda de bicicleta para ir ao trabalho, à escola e às compras? (1) (2) (3) (4) (5) < 5 minutos 5-15 minutos 15-30 minutos 30-45 minutos > 45 minutos QUESTIONÁRIO SOCIOECONÔMICO 1. Coloque um “X” no grau de instrução de seu pai e sua mãe: Pai ( ) Analfabeto/ até 3ª Série Fundamental ( ) Mãe ( ) 4ª Série Fundamental ( ) ( ) Fundamental completo (8ª série) ( ) ( ) Médio completo (3º colegial) ( ) ( ) Superior completo ( ) 2. Marque um “X” na quantidade destes itens que existem na sua casa: Televisores em cores (0) (1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) Videocassete/DVD (0) (1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) Rádios (0) (1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) Banheiros (0) (1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) Automóveis (0) (1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) Empregadas mensalistas (0) (1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) Máquinas de lavar (0) (1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) Geladeira (0) (1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) Freezer/Geladeira Duplex (0) (1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) 40 APÊNDICE A Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ID: Escola Turma: Período: Titulo da pesquisa: “Utilização de critérios para aptidão física de crianças e adolescentes”Prezado(a) Aluno(a): Gostaríamos de convidá-lo a participar da pesquisa “Utilização de critérios para aptidão física de crianças e adolescentes”, realizada na sua “escola” durante o período de aula. O objetivo da pesquisa é “analisar as possíveis associações existentes entre valores elevados de pressão arterial, a aptidão física e comportamentos relacionados à saúde”. A sua participação é muito importante e ela se daria da seguinte forma: respondendo um questionário em sala de aula, realização de testes (flexibilidade, força e capacidade aeróbica), medidas antropométricas (peso, estatura, circunferências e dobras cutâneas) e medida de pressão arterial. Gostaríamos de esclarecer que sua participação é totalmente voluntária, podendo você: recusar-se a participar, ou mesmo desistir a qualquer momento sem que isto acarrete qualquer ônus ou prejuízo à sua pessoa. As informações serão utilizadas somente para os fins desta pesquisa e serão tratadas com o mais absoluto sigilo e confidencialidade, de modo a preservar a sua identidade. Estes procedimentos não envolvem riscos a saúde de seus participantes, sendo amplamente utilizados em diversas pesquisas. Informamos que você não pagará nem será remunerado por sua participação. Caso você tenha dúvidas ou necessite de maiores esclarecimentos pode entrar em contato com o Pesquisador Responsável: Arli Ramos de Oliveira, pelo telefone (43) 3321- 1299 (RG: 930.015-5/PR) e Gustavo Aires de Arruda (43) 9919-9186 (RG: 40.643.016-0), ou procurar o Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos da Universidade Estadual de Londrina, na Avenida Robert Koch, nº 60, ou no telefone 3371–2490. Este termo deverá ser preenchido em duas vias de igual teor, sendo uma delas, devidamente preenchida, assinada entregue a você. Londrina, ___ de ________de 2011. ALUNO _____________________________________ (nome por extenso do aluno), tendo sido devidamente esclarecido sobre os procedimentos da pesquisa, concordo em participar voluntariamente da pesquisa descrita acima. Assinatura (do aluno):________________________________________________________ Data:_____/______/______ PAIS E/OU RESPONSÁVEIS _____________________________________ (nome por extenso dos pais e/ou responsáveis), tendo sido devidamente esclarecido sobre os procedimentos da pesquisa, autorizo a participação. Assinatura (dos pais e/ou responsáveis):_________________________________________ Data:_____/______/______
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