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Universidade 
Estadual de Londrina 
 
 
 
CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE 
CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA 
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA RELACIONADO À 
CONDIÇÃO SOCIECONÔMICA EM ESCOLARES DA 
REDE PÚBLICA NA CIDADE DE LONDRINA, 
PARANÁ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Letícia Barreto Canônico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 LONDRINA – PARANÁ 
 
2011 
 
ii 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Primeiramente a Deus, por guiar meus passos... 
Aos meus pais pelo voto de confiança... 
iii 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço ao meu orientador - Prof. Dr. Arli Ramos de Oliveira, por me ajudar 
sempre e por estar comigo desde meu segundo ano da faculdade. 
 
À Comissão Examinadora, especialmente à Profa. Catiana e Profa. Márcia, por 
aceitarem fazer parte da minha banca de TCC. 
 
A minha família, que me ajudou e me apoiou em cada etapa. 
 
Aos meus amigos e colegas de faculdade (especialmente Lidia e Lidyane) por serem 
presentes e atenciosos. 
 
Ao meu namorado (Renato) por estar ao meu lado. 
 
 
 
iv 
 
 
EPÍGRAFE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
"A imaginação é mais importante que o conhecimento. Conhecimento 
auxilia por fora, mas só o amor socorre por dentro. Conhecimento vem, 
mas a sabedoria tarda”. 
Albert Einstein 
v 
 
 
CANÔNICO, Letícia Barreto. Nível de atividade física relacionado à condição 
socioeconômica em escolares da rede pública na cidade de Londrina, Paraná. 
Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Bacharelado em Educação Física. 
Centro de Educação Física e Esporte. Universidade Estadual de Londrina, 2011. 
 
RESUMO 
Os benefícios da atividade física para uma boa qualidade de vida são muitos e já 
comprovados na literatura, principalmente quando se pensa na diminuição de 
disfunções crônico-degenerativas a longo prazo. A atividade física é importante na 
infância, pois a criança pode melhorar a aptidão física, a performance, otimizar o 
crescimento e estimular a participação futura em programas de atividade física. Com 
isso, o objetivo deste estudo foi investigar o nível de atividade física e condição 
socioeconômica em escolares da rede pública na cidade de Londrina – PR. O 
estudo caracterizou-se como descritivo, utilizando metodologia correlacional. A 
amostra foi composta por 60 estudantes de ambos os sexos (30 meninos e 30 
meninas), com média de idade de 13,76(+1,16) anos de uma escola da região 
central de Londrina escolhida em função de sua representatividade como escola da 
rede pública estadual. Foi aplicado o Baecke Questionnaire of Habitual Physical 
Activity (BQHPA) para avaliar o nível de atividade física, e calculada a média dos 
escores de cada grupo socioeconômico conforme a ABEP (agrupados em A, B e C). 
Para análise dos dados foi aplicado o Teste de Shapiro Wilk para verificação da 
normalidade dos dados. Para a caracterização da amostra foi utilizada a estatística 
descritiva de média e desvio padrão, e para a comparação dos escores dos 
questionários com os grupos socioeconômicos foi aplicada a Análise de Variância -
ANOVA one-way com Post hoc de Scheffè. O nível de significância adotado foi de 
p<0,05, sendo os dados calculados no programa estatístico STATISTICA. Os 
achados do estudo indicaram que houve uma pequena diferença em números reais 
das médias dos escores de um grupo para o outro, mas não foram significativas 
(p>0,05). Os níveis de P foram muito baixos, não havendo correlação entre si. Com 
isso conclui-se que não ocorreu diferença significativa, e que neste estudo a 
condição socioeconômica não interferiu no nível de atividade física quando 
comparados os três grupos (A, B e C). 
 
Palavras-chave: Atividade física; Condição socioeconômica; Escolares. 
vi 
 
 
CANÔNICO, Letícia Barreto. Physical activity related to socioeconomic status in 
the public school in the city of Londrina, Paraná. Completion of course work. 
Course of Bachelor of Physical Education. Center for Physical Education and Sport. 
State University of Londrina, 2011. 
 
ABSTRACT 
 
The benefits of physical activity for a good quality of life are many and proven in the 
literature, especially when considering the reduction of chronic degenerative 
disorders in the long term. Physical activity is important in childhood because the 
child can improve physical fitness, performance, optimize growth and encourage 
future participation in physical activity programs. Thus, the aim of this study was to 
investigate the level of physical activity and socioeconomic status in the public school 
in the city of Londrina - PR. The study was characterized as descriptive, using 
correlational methodology. The sample comprised 60 students of both sexes (30 
boys and 30 girls) with a mean age of 13.76 (+1.16) years at a school in central 
London chosen because of its representation as a school the public schools. We 
used the Baecke Questionnaire of Habitual Physical Activity (BQHPA) to assess the 
level of physical activity, and calculated the average scores for each socioeconomic 
group as ABEP (grouped into A, B and C). Data analysis was applied Shapiro-Wilk 
test to verify the normality of the data. To characterize the sample used was the 
descriptive statistics for mean and standard deviation, and to compare the scores of 
questionnaires with socio-economic groups has been applied to analysis of variance, 
one-way ANOVA with post hoc Scheffé. The level of significance was p <0.05, and 
the data calculated in the statistical program STATISTICA. The study findings 
indicated that there was little difference in actual numbers of the mean scores of one 
group to another, but were not significant (p> 0.05). P levels were very low, with no 
correlation. With this we conclude that there was no significant difference, and that 
this study socioeconomic status did not affect the level of physical activity when 
comparing the three groups (A, B and C). 
 
 
Key-words: Physical activity; Socioeconomic status; Students.
vii 
 
 
LISTA DE SIGLAS E ABREVIAÇÕES 
OMS – Organização Mundial Da Saúde 10 
WHO – World Health Association 10 
CDC – Centers for Disease Control and Prevention 14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
viii 
 
 
SUMÁRIO 
 RESUMO..................................................................................................v
 
 ABSTRACT ............................................................................................vi 
 
 LISTA DE SIGLAS E ABREVIAÇÕES..................................................vii 
 
 1 INTRODUÇÃO.........................................................................................9 
 
1.1 Justificativa.............................................................................................11 
1.2 OBJETIVO..............................................................................................11 
 
2 REVISÃO DA LITERATURA..................................................................12 
2.1 A Atividade Física – Aspectos Gerais.....................................................12 
2.2 A Atividade Física na Infância e Adolescência......................................15 
2.3 O Nível Socioeconômico e a Atividade Física........................................17 
 
3 MÉTODOS...............................................................................................19 
3.1 Caracterização do Estudo .......................................................................19 
3.2 Amostra...................................................................................................19 
3.3 Local........................................................................................................193.4 Instrumentos e Procedimentos................................................................20 
3.4.1 Nível socioeconômico..............................................................................21 
3.5 Análise Estatística.....................................................................................21 
 
4 RESULTADOS.........................................................................................22 
5 DISCUSSÃO.............................................................................................24 
6 CONCLUSÃO............................................................................................26 
 REFERÊNCIAS..........................................................................................27 
 ANEXO I.....................................................................................................37 
 ANEXO II....................................................................................................38 
 APÊNDICE A..............................................................................................40 
9 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
Os benefícios da atividade física para uma boa qualidade de vida são 
muitos e já comprovados na literatura, principalmente quando se pensa na 
diminuição de disfunções crônico-degenerativas a longo prazo (BOUCHARD et 
al, 1994). A prática regular de atividade física demonstra consistentemente uma 
relação inversa com enfermidades cardíacas e tem um efeito positivo na 
qualidade de vida e em outras variáveis psicológicas, sendo que estas últimas 
têm uma associação importante com o nível de atividade física (REYNOLDS et 
al., 1990). A atividade física é importante para a criança melhorar a aptidão 
física, a performance, otimizar o crescimento e estimular a participação futura 
em programas de atividade física (BAR-OR, 1983; SHEPHARD, 1984). 
Com o avanço da tecnologia na sociedade moderna, algumas crianças e 
adolescentes tem se tornado nas ultimas décadas mais sedentárias, 
incrementando problemas como a obesidade, e é neste ponto que a prática 
regular de atividade física pode se tornar um hábito saudável no controle e 
tratamento da obesidade nesta fase da vida (BLAAK et al., 1992; ROMANELLA 
et al., 1991). 
A atividade física está intimamente ligada ao consumo de energia, gasto 
calórico, dispêndio energético, que por sua vez, podem gerar grandes 
benefícios, conservando um estado de saúde positivo, se seguidos um gasto 
calórico diário ideal que é proposto por alguns autores (BLAIR, 1996; PATE, 
1995; SALLIS, 1994). 
 Para se ter um gasto calórico adequado com sua alimentação, é 
necessário uma atenção especial para as atividades realizadas no dia-a-dia. 
Mas a grande preocupação é se as crianças e adolescentes dos dias atuais 
tem se preocupado em ter uma alimentação saudável e se realizam exercícios 
físicos regularmente. Todos esses fatores podem levar a uma questão de 
epidemia global: sobrepeso e obesidade infantil. 
Com isso, o sedentarismo tem se mostrado como um grande mediador 
no que diz respeito ao sobrepeso e obesidade infantil (BERKEY et al., 2000; 
BAKER, OLSEN, SORENSEN, 2007), que pode por consequência levar a 
níveis preocupantes de doenças cardiovasculares, níveis de gordura corporal, 
etc. (ROWLANDS, ESTON, INGLEDEW, 1999). 
10 
 
 
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças 
cardiovasculares são a primeira causa de mortes em todo o mundo. Estimou-se 
que 17,5 milhões de pessoas morreram por essas doenças em 2005, 
representando 30% de todas as mortes do mundo. A previsão para 2015 é de 
que 20 milhões de pessoas morrerão a cada ano por doença cardiovascular. 
Em torno de 80% dessas mortes estão ocorrendo em países de renda média e 
baixa, e as principais causas são o tabagismo, a inatividade física e a dieta 
inadequada (WHO). 
Com todos esses fatores expostos, pode-se dizer que o excesso de 
peso na infância pode aumentar a possibilidade de ocorrência da doença 
cardíaca na vida adulta, como resultado do estabelecimento precoce desses 
fatores de risco, e o controle dos fatores de risco é a melhor estratégia para 
prevenir a doença aterosclerótica (BAKER, OLSEN 2007; MCGILL et al., 2000). 
De acordo com Leão et al. (2003), no Brasil, bem como na maioria dos 
países em desenvolvimento, a prevalência tanto do sobrepeso quanto da 
obesidade parece ser maior na população mais favorecida economicamente, 
ao contrário do que ocorre nos países desenvolvidos onde a grande maioria 
das crianças com sobrepeso ou obesas pertence a famílias de classe 
socioeconômica baixa (MALINA, BOUCHARD, BAR-OR, 2004). 
O nível socioeconômico interfere na disponibilidade de alimentos e no 
acesso à informação, assim como pode estar associado a determinados 
padrões de atividade física, constituindo-se um fator determinante da 
prevalência da obesidade. É de conhecimento que o crescimento infantil sofre 
maior influência do status socioeconômico do que de aspectos étnicos e 
geográficos (GRAITCER, GENTRY 1981). Além disso, há relatos de que, na 
América Latina, a obesidade infantil tende a ser mais prevalente nas áreas 
urbanas e em famílias com nível socioeconômico e de escolaridade maternos 
mais elevados (MARTORELL et al., 1998). 
Assim, a atividade física na infância vem se mostrando um fator de 
extrema importância, pois com hábitos de vida deste tipo, as crianças têm 
grandes chances de se tornarem adultos fisicamente ativos e possuir um estilo 
de vida mais saudável, e não deve ser um fator dependente do nível 
socioeconômico, pois todos têm o direito da realização de atividades físicas 
para uma melhora na qualidade de vida. 
11 
 
 
1.1 Justificativa 
 
Este estudo torna-se importante devido ao fato de que cada vez mais as 
crianças estão adotando um estilo de vida sedentário. O sedentarismo na 
infância hoje em dia está se tornando um vício. Os dados brasileiros com 
relação à obesidade infantil são ainda limitados, por isso, de difícil discussão. 
Monteiro, Popkin e Mondini relataram uma prevalência de obesidade em 
menores de 5 anos, em nível nacional, variando de 2,5%, entre os mais pobres, 
a 10,6% no grupo economicamente mais favorecido, no ano de 1989. E ainda, 
de acordo com Martorell et al. (1998), na América Latina a obesidade infantil 
tende a ser mais prevalente nas áreas urbanas e em famílias com nível 
socioeconômico e de escolaridade maternos mais elevados, ou seja, a 
atividade física está relacionada ao nível socioeconômico. 
A atividade física é de extrema importância e não deve ser um fator 
dependente do nível de atividade física, pois todas as crianças tem direito da 
realização de atividades; os dados na cidade de Londrina sobre essa temática 
ainda são escassos e de difícil discussão. 
 
1.2 Objetivo 
 
 Verificar a associação entre o nível de atividade física e as condições 
socioeconômicas de alunos adolescentes de ambos os sexos, regularmente 
matriculados em uma escola pública na cidade de Londrina – PR. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
2 REVISÃO DA LITERATURA 
 
 
A atividade física na infância é um objeto de estudo da área e vem se 
mostrando um fator de extrema importância para evitar fatores de risco como 
doenças cardiovasculares, pois há uma grande preocupação sobre o futuro 
dessas crianças; como já foi evidenciado na literatura, uma criança ativa tem 
grandes chances de ser um adulto ativo. 
Assim, a revisão da literatura abordou os seguintes temas: A atividade 
física; A atividade física na infância e adolescência; e por fim, O nível 
socioeconômico e a atividade física. 
 
2.1 A Atividade Física – Aspectos Gerais 
 
 
Atividade física pode ser definida como qualquer movimento corporal 
produzido pela musculatura esquelética – portanto voluntário, que resulte num 
gasto energético acima dos níveis de repouso (CASPERSEN et al., 1985). 
Este comportamento incluias atividades ocupacionais (trabalho), 
atividades da vida diária – AVD (vestir-se, banhar-se, comer), o deslocamento 
(transporte), e as atividades de lazer, incluindo exercícios físicos, esportes, 
dança, artes marciais etc. Assim, atividade física e exercício, embora 
relacionados, não devem ser entendidos como sinônimos, definindo-se 
exercício como uma das formas de atividade física planejada, estruturada, 
repetitiva, que objetiva o desenvolvimento (ou manutenção) da aptidão física, 
de habilidades motoras ou reabilitação orgânico-funcional (NAHAS, 2006). 
Os exercícios físicos incluem, geralmente, atividades de níveis 
moderados ou intensos, tanto de natureza dinâmica como estática. Nos 
exercícios estáticos, também referidos como isométricos, a contração muscular 
realizada não produz movimento das partes corporais, como quando 
seguramos uma caixa pesada ou um bebê em nossos braços. 
Essa atividade pode ser concebida como um comportamento humano 
complexo, voluntário e autônomo, com componentes e determinantes de ordem 
biológica e psicossociocultural. Esse mesmo conceito é corroborado por 
Guedes e Guedes (1998), que apresentam a diferença entre atividade física e 
exercício físico, considerando o último como uma subcategoria do primeiro. 
13 
 
 
Ao conceituar atividade física, Barbanti (2000) diz que se refere à 
totalidade de movimentos executados no contexto do esporte, da aptidão física, 
da recreação, da brincadeira, do jogo e do exercício. Em síntese, trata-se de 
todo movimento corporal produzido por músculos esqueléticos que provoca um 
gasto de energia. 
De acordo com Nieman (1999), atividade física é a fórmula para viver 
mais, pois esta alivia o estresse e torna as pessoas mais resistentes a 
doenças, as quais então podem ser evitadas (e mesmo curadas). Segundo ele, 
qualquer um pode ter essa fórmula, por ser ela gratuita. 
Finalmente, no entendimento de Zilio (1994), a atividade física é inerente 
ao ser humano e manifesta-se em todos os setores de sua vida de relação com 
o meio ambiente. Sobre a definição de atividade física, Zílio, em seu livro de 
terminologias, entende que esta é uma concepção histórica que se fixou no 
sentido de físico, de material, de corpo e ao exterior do ser humano. Acredita 
que, numa visão mais moderna de atividade física, pode-se acrescentar um 
significado "mais humano", que poderá ser o componente interno, o anímico e 
o espiritual. 
De acordo com Frankish e Milligan (1998), os benefícios da prática de 
atividade física para a saúde e qualidade de vida de pessoas de todas as 
idades já foram comprovados na literatura, assim como já se tem como certo 
que a inatividade física é o maior fator que pode levar os indivíduos a 
possuírem doenças crônicas não transmissíveis. Durante a adolescência, 
especificamente, há evidências de que a atividade física traz benefícios 
associados à saúde esquelética (conteúdo mineral e densidade óssea) e ao 
controle da pressão sanguínea e da obesidade (HALLAL et al., 2006), por isso 
a atividade física é de extrema importância, pois quem não tem um estilo de 
vida ativo, é considerado sedentário. 
O sedentarismo não representa apenas um risco pessoal de 
enfermidades, tem um custo econômico para o indivíduo, para a família e para 
a sociedade. Dados recentes do Centers for Disease Control and Prevention de 
Atlanta (CDC, 2000) apontam que mais de 2 milhões de mortes por ano podem 
ser atribuídas à inatividade física, em função da sua repercussão no 
incremento de doenças crônicas não-transmissíveis como os problemas 
cardiovasculares, de câncer e diabetes, que corresponderam em 1998 por 
14 
 
 
quase 60% das mortes (71,7 milhões) no mundo; índice que alcançaria 73% 
em 2020 mantidas as tendências atuais, sendo que 77% dessas mortes 
acontecem em países em desenvolvimento. De acordo com as mesmas fontes, 
só nos Estados Unidos o sedentarismo contribuiu com 75 bilhões de dólares 
dos custos médicos no ano 2000, mostrando assim que seu combate merece 
prioridade na agenda de saúde pública. 
Dados levantados na Austrália indicam que para cada aumento de 1% 
no nível de atividade física da população adulta, haveria uma economia 
associada de 7 milhões de dólares em custos potenciais de tratamento de 
infartos de miocárdio, derrame cerebral, diabetes, câncer de cólon e de mama, 
assim como depressão (STEPHENSON, 2000). 
Nos Estados Unidos, mais de 60% dos adultos e em torno de 50% dos 
adolescentes são considerados sedentários, segundo o National Center for 
Chronic Disease Prevention and Health Promotion (1996). No Brasil, dados do 
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 1998) apontam 80,8% de 
adultos sedentários. Mello et al. (1998), em um levantamento na cidade de 
São Paulo, encontraram uma prevalência de sedentarismo de 68,7% em 
adultos. 
No Brasil, a inatividade física, considerada nos momentos de lazer, é 
mais prevalente entre mulheres, idosos e indivíduos de baixo nível 
socioeconômico (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000; MONTEIRO et al., 2003), 
porém pesquisas de base populacional regionais ainda são escassas em nosso 
país (MATSUDO et al., 2002). 
Com isso, é de fundamental importância compreender os benefícios da 
atividade física nos estudos referentes às causas da obesidade, pois a 
atividade física representa de 15 a 40% do gasto energético total. Além disso, 
indivíduos que praticam esporte ou algum tipo de exercício físico, adquirem 
hábitos alimentares mais saudáveis, principalmente com relação à dieta, 
contribuindo com a prevenção e o controle da obesidade (SICHIERI, 1998). A 
seguir serão abordado alguns aspectos relacionados à atividade física nas 
faixas etárias iniciais do desenvolvimento humano. 
 
 
 
15 
 
 
2.2 A Atividade Física na Infância e Adolescência 
 
Como já comprovado na literatura, os benefícios que a atividade física 
pode trazer são muitos, principalmente quando se trata da diminuição de 
disfunções crônico-degenerativas a longo prazo (BOUCHARD et al., 1994). 
O sedentarismo é uma das principais causas de morbidade (WHO, 
2002) e problema de saúde pública em todas as idades (ALLENDER et al., 
2007). Apesar disso, cerca de 30% dos meninos e 40% das meninas no Reino 
Unido não cumprem as diretrizes atuais de atividade física (The Information 
Center, 2006). O aumento da prevalência de sobrepeso 
e obesidade em jovens tem sido atribuída, em parte, à redução da 
atividade física e maior envolvimento em atividades sedentárias (LOBSTEIN, 
BAUR, UAUY, 2004; WAREHAM, SLUIJS, EKELUND, 2005). 
Com todos esses fatores, ainda temos que pensar no processo 
de envelhecimento, que é acompanhado por uma tendência à diminuição do 
gasto energético médio diário em consequência da diminuição de atividades 
físicas. Isso acontece, basicamente, por fatores comportamentais e sociais, 
como o aumento do tempo na escola e/ ou exigência profissional. 
Alguns fatores contribuem para um estilo de vida menos ativa, como 
aumento e melhora da tecnologia, a falta de segurança e redução progressiva 
dos espaços livres em áreas urbanas (onde a maior parte das crianças 
brasileiras vivem). Tudo isso reduz as possibilidades de lazer e de uma vida 
fisicamente ativa, facilitando assim atividades sedentárias como: assistir 
televisão, jogar videogames e gastar mais tempo em computador. 
Há uma forte associação entre inatividade física, obesidade e 
dislipidemias, e crianças obesas são mais propicias a se tornarem adultos 
obesos. Em contrapartida, promover um estilo de vida ativo em crianças e 
adolescentes pode reduzir a incidência de obesidade e doenças 
cardiovasculares quando adultos. A inatividade física pode, ainda, produzir 
outros benefícios a longo prazo, como aqueles relacionados ao sistema 
músculo esquelético. Intensa atividade física, principalmente envolvendo 
impacto, induz um aumento na densidade mineral óssea na adolescência e 
pode evitar o risco deosteoporose em idades mais avançadas, principalmente 
em mulheres pós-menopáusicas (LAZOLLI, 2000). 
16 
 
 
Diante de todos os problemas que a obesidade causa, afirma Bouchard 
(2003), que para combater a obesidade já se tem comprovado que a prática de 
atividades físicas regulares deve ser realizada por toda a vida e que, ainda, a 
atividade física regular realizada três vezes por semana por trinta minutos em 
níveis moderados reduz acentuadamente o risco de morte ou o 
desenvolvimento de muitas das principais doenças. 
Sobre os tipos de atividades, os exercícios aeróbios, como os 
anaeróbios, contribuem para o controle da obesidade. Mcardle et al. (2003), 
reforça essa afirmação, dizendo que até mesmo sem restrição dietética os 
exercícios aeróbios constituem elementos positivos muito significativos para se 
conseguir uma redução ponderal, e que o exercício altera favoravelmente a 
composição corporal nas pessoas com excesso de peso. O exercício aeróbio 
diminui os estoques de glicogênio, promovendo o uso de gordura como 
combustível (BUSSE, 2004). 
Diversos são os meios para a perda de peso, dietas, exercícios físicos, 
porém o controle da obesidade começa em casa e desde pequeno, com 
refeições balanceadas, estímulos a atividades físicas e mudanças dos hábitos 
alimentares, sendo os pais um modelo em relação ao comportamento alimentar 
(COSTA, 2007). 
Como o sedentarismo pode levar a muitas doenças já citadas como a 
obesidade, a Academia Americana de Pediatria (2003) colocou seu 
posicionamento para o tratamento da obesidade infantil. Supervisão da saúde: 
identificar pacientes em risco através de história familiar, peso ao nascer ou 
fatores socioeconômicos, étnicos, culturais ou comportamentais; calcular e 
registrar o IMC uma vez ao ano em todas as crianças e adolescentes; utilizar 
alterações no IMC para identificar taxa excessiva de ganho de peso relativo ao 
crescimento linear; encorajar o aleitamento materno; orientar pais e 
educadores a promover padrões alimentares saudáveis, oferecendo lanches 
nutritivos; encorajar a autonomia das crianças no controle da sua ingestão 
alimentar, estabelecendo limites apropriados nas escolhas; promover 
rotineiramente atividade física, incluindo jogos não-estruturados em casa, na 
escola e na comunidade; determinar limite no tempo de assistir televisão e 
vídeo para um máximo de 2 horas por dia; reconhecer e monitorar alterações 
nos fatores de risco associados à obesidade para adultos com doença crônica, 
17 
 
 
tais como hipertensão arterial sistêmica, dislipidemia, hiperinsulinemia, 
intolerância à glicose e sintomas da síndrome da apnéia do sono obstrutiva. 
 
2.3 O Nível Socioeconômico e a Atividade Física 
 
Atualmente, muitas crianças vêm trocando a atividade física pelos 
computadores, videogames, televisões, etc, não dando espaço para se tornar 
uma criança sadia e um adulto fisicamente ativo devido aos hábitos que teve 
em sua infância. 
Cada vez mais se ouve falar em obesidade, doenças crônicas não 
transmissíveis, e principalmente inatividade física, e tudo isso nos leva a 
pensar se todos esses fatores podem estar relacionados com o nível 
socioeconômico da população investigada. 
A distribuição da prevalência de adolescentes fisicamente 
ativos/inativos, em função de indicadores demográficos e socioeconômicos, e a 
magnitude da associação entre fatores de influência e o nível de atividade 
física, representam informações importantes para nortear o planejamento, 
desenvolvimento e avaliação dos programas de promoção da atividade física 
(JUNIOR, 2008). 
Estudos de tendência secular têm indicado que atualmente crianças e 
adolescentes apresentam maior quantidade de gordura corporal do que seus 
pares de gerações passadas (SUNNEGARDH et al., 1986; BUNDRED, 
KITCHINER, BUCHAN, 1989; POST et al., 1996). Esse fato pode estar 
associado a inúmeras causas, dentre as quais se destaca o aumento do 
balanço energético positivo, produto da redução acentuada dos níveis de 
atividade física diária e/ou de hábitos alimentares inadequados. 
Alguns estudos têm indicado que muitas crianças e adolescentes têm 
trocado as práticas de atividades físicas de intensidade moderada ou vigorosa 
por atividades de baixa intensidade e, consequentemente de baixo gasto 
energético, como assistir televisão, navegar na INTERNET, jogar videogame 
ou outros jogos eletrônicos durante as horas de lazer e tempo livre 
(SUNNEGARDH et al., 1986; BALL et al., 2001). Desse modo, parece existir 
uma forte relação entre o crescimento do sobrepeso e da obesidade infanto-
juvenil e as mudanças no estilo de vida dos jovens, visto que, via de regra, a 
18 
 
 
quantidade de gordura corporal estimada é inversamente proporcional ao nível 
de atividade física diária realizada (BALL et al, 2001). 
De fato, uma série de aspectos podem contribuir para que a atividade 
física seja praticada indistintamente por diversas classes sociais. O papel da 
mídia, a influência do esporte de alto rendimento, a cultura local, entre outros, 
podem significar importantes pontos a considerar. Contudo, é preciso 
reconhecer, e Kaplan & Lynch (1999) não afirmam o contrário, que as 
condições socioeconômicas relacionam-se inversamente com a prática de 
exercícios físicos. 
Alguns estudos que também levaram em consideração as atividades 
físicas praticadas em diferentes contextos e encontraram relação inversa entre 
o nível de atividade física e indicadores de condição socioeconômica (GUEDES 
et al 2000; HALLAL et al 2006; SHI et al 2006). 
Em resumo, pode-se perceber que o estado de arte da literatura sobre a 
atividade física e sua relação com o nível socioeconômico pode apresentar 
muitas vezes que os pertencentes aos grupos socioeconômicos mais baixos 
realizam mais atividades físicas, mas deve ser levado em consideração que 
também foram avaliados atividades que são realizadas fora do período de 
lazer, como locomoção, trabalho e lar, enquanto os grupos mais elevados 
podem possuir mais atividades no lazer. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
 
3 MÉTODOS 
 
 
3.1 Caracterização do estudo 
 
 O presente estudo se caracteriza por utilizar o método descritivo-
exploratório de delineamento transversal. 
 
3.2 Amostra 
 
 O estudo se encontra vinculado a um projeto maior denominado 
Utilização de critérios para aptidão física de crianças e adolescentes, aprovado 
pelo Comitê de Ética em Pesquisa envolvendo Seres Humanos da 
Universidade Estadual de Londrina – UEL, conforme Parecer de Aprovação 
no. 234/10, de 20/10/2010 (ANEXO I). 
Para a participação no estudo todos os sujeitos receberam e 
entregaram assinado por eles e pelos seus pais ou responsáveis o Termo de 
Consentimento Livre e Esclarecido, constando todos os procedimentos a 
serem adotados, bem como formas de contato para o esclarecimento de 
possíveis dúvidas (APÊNDICE A). 
 A amostragem foi realizada por conveniência, envolvendo 60 
estudantes (30 meninas e 30 meninos) com média de idade de 13,76 (DP = 
1,16). Todos eram alunos regularmente matriculados na escola selecionada 
(da rede pública), escolhida por sua representatividade em meio ao universo 
de escolas da cidade. Todos os participantes levaram para casa o Termo 
Consentimento e o devolveu assinado. Após essa fase, iniciou-se a aplicação 
dos questionários. 
 Os critérios de inclusão utilizados foram: estar devidamente 
matriculados na escola e retornar com o Termo de Consentimento Livre e 
Esclarecido devidamente assinado. 
 
3.3 Local 
 
20 
 
 
 As coletas foram realizadas na própria escola selecionada, e o 
questionário foi aplicado dentro da sala de aula, nos períodos de aulas de 
Educação Física. 
 
3.4 Instrumentos e procedimentos 
 
 Foi aplicado a todos os alunos o questionário Baecke Questionnaire of 
Habitual Physical Activity (BQHPA) (ANEXO II), que vem sendo muito utilizado 
em estudos para avaliaçãodo nível de atividade física. 
 O BQHPA, produzido por Baecke (1982), e validado aqui no Brasil por 
Guedes (2006), é auto administrado e tem se mostrado um ótimo meio para 
avaliação da atividade física. Na seção que diz respeito à prática de atividade 
física, tem como período de referência os últimos 12 meses, estruturado por 16 
questões distribuídas em três seções distintas, cada uma procurando 
estabelecer estimativas quanto a uma dimensão específica do nível de prática 
habitual de atividade física. As opções de respostas são codificadas mediante 
uma escala Lickert de 5 pontos, com exceção da ocupação profissional e da 
modalidade de esporte que pratica, quando for o caso. As questões de 1 a 8 
constitui a primeira seção do questionário e procuram abranger as atividades 
físicas diárias realizadas na escola e/ou no trabalho. 
 A segunda seção do questionário envolve as questões de 9 a 12 e 
reúnem informações quanto às atividades esportivas, aos programas de 
exercícios físicos e às práticas de lazer ativo. A terceira seção do questionário 
visa obter indicações relacionadas às atividades de ocupação do tempo livre e 
de locomoção. Mediante o somatório das pontuações específicas atribuídas as 
questões agrupadas em cada uma das partes do questionário são 
estabelecidos escores equivalentes às atividades físicas na escola/trabalho, 
nos esportes/exercícios físicos/lazer ativo e na ocupação do tempo 
livre/locomoção (GUEDES e GUEDES, 2006). 
 Juntamente com o questionário de BAECKE foi aplicado também o 
questionário da ABEP (ANEXO II) para avaliação do nível socioeconômico, que 
possui questões pertinentes a escolaridade dos pais, eletrodomésticos que 
cada um possui (Televisão, videocassete, dvd, radio, banheiros, automóveis, 
21 
 
 
empregadas mensalistas, máquina de lavar, geladeira, freezer/ geladeira 
duplex), e assim foi possível analisar o nível socioeconômico. 
 Para tanto, o pesquisador passou de sala em sala aplicando os 
questionários, explicando a todos a intenção do estudo, motivos, e que todos 
os pais dos alunos participantes deveriam assinar um termo de consentimento 
livre e esclarecido para a participação da pesquisa. Todas as questões foram 
lidas juntamente com os alunos, explicando e tirando dúvidas. Após essa 
explicação, os participantes responderam ao questionário sem limite de tempo 
e o pesquisador se manteve a disposição para esclarecimento de questões que 
não foram interpretadas adequadamente. 
 
3.4.1 Nível socioeconômico 
 
 A avaliação do nível socioeconômico foi realizada de acordo com 
Associação Brasileira de Empresas de Pesquisas (ABEP), no qual, de acordo 
com as respostas do questionário, são avaliadas a quantidade de itens que o 
sujeito possui na casa, e a escolaridade do chefe da família. Os pontos foram 
somados de acordo com cada item avaliado, e categorizados os sujeitos em 
classe A, B e C. 
3.5 Análise Estatística 
 
 O teste de Shapiro Wilk foi utilizado para a avaliação da normalidade 
dos dados. Para a comparação do nível de atividade física com a condição 
socioeconômica entre as classes A-B, A-C e B-C foi utilizada a Análise de 
Variância - ANOVA one-way, e posteriormente com a aplicação do Teste Post 
Hoc de Scheffè. O nível de significância adotado foi de 5% (P<0,05). Os dados 
foram tratados no pacote estatístico STATISTICA. 
 
 
 
 
 
 
22 
 
 
4 RESULTADOS 
 
Os achados do presente estudo apresentaram cinco categorias de 
classes econômicas (A2, B1, B2, C1 e C2), e para a análise dos dados as 
classes foram grupadas em A, B e C (Figura 1). 
A tabela 1 indica a caracterização da amostra por média de idade e 
gênero: 
 
Tabela 1. Caracterização dos sujeitos do estudo por valores médios e desvio 
padrão da idade e gênero (N=60) 
 
 Meninas (n=30) Meninos (n=30) Total (n=60) 
Idade (anos) 13,78 (1,12) 13,32 (1,54) 13,76 (1,16) 
 
Na distribuição dos alunos por classes econômicas, observou-se que a 
maioria se encontra na classe de nível B (66,99%), a classe A envolveu 
18,33% e a classe C foi constituída da menor parcela (11,66%), conforme 
indica a Figura 1. 
 
 
 
Figura 1. Distribuição dos sujeitos do estudo por condição socioeconômica (%) 
– N = 60. 
 
Para a análise do nível de atividade física, foi obtido o escore 
apresentado por cada indivíduo, de acordo com as respostas no questionário, e 
23 
 
 
calculada e a média dos escores, dentro de cada classe socioeconômica, 
conforme apresentado na Tabela 2. 
 
Tabela 2. Distribuição de média e desvio padrão dos escores de nível de 
atividade física grupado por condição socioeconômica (N=60). 
CSE Média Desvio Padrão P 
 A 7,85 1,78 NS 
 B 7,48 1,77 NS 
 C 8,99 2,36 NS 
P<0,05; CSE= Condição socioeconômica 
Os dados da Tabela 2 indicam que houve uma pequena diferença em 
números absolutos de uma classe para outra. A classe C obteve o maior 
escore em comparação com B e A. Por outro lado, a classe A obteve média de 
escore superior à classe B, no entanto as diferenças entre as classes não 
foram significativas (p>0,05). 
Na análise do nível de atividade física, quando comparados os grupos A-
B, A-C e B-C, posteriormente à aplicação da Análise de Variância – ANOVA, 
não foi encontrada diferença significativa entre os grupos (p>0,05), como 
demonstrado na tabela 
Tabela 3. Valores de P para comparação dos grupos (A-B, A-C e B-C) p<0,05 
 
GRUPOS A-B A-C B-C 
P 0,11 0,55 0,64 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 
DISCUSSÃO 
 
Diferentes estudos questionam se o sedentarismo e a obesidade infantil 
se encontram atrelados ao nível socioeconômico, e ainda, se as crianças estão 
realizando as atividades físicas necessárias para se tornarem adultos ativos e 
sem doenças crônico-degenerativas. 
Assim sendo, estudos sobre os níveis da prática de atividade física 
habitual em segmentos da população jovem têm se tornado tema de interesse 
e preocupação constante entre os especialistas da área, em razão de sua 
estreita associação com aspectos relacionados à saúde (SILVA et al., 2007). 
Deste modo, diferente do observado em países desenvolvidos, o alto nível 
socioeconômico parece afetar negativamente a prevalência de sobrepeso e 
obesidade, aumentando os riscos para o desenvolvimento de disfunções 
metabólicas em idades precoces (RONQUE et al., 2005). 
Em estudo feito por Balaban, Silva e Motta (2001), na cidade de Recife-
PE, foi encontrada uma prevalência de sobrepeso quatro vezes maior entre as 
crianças da escola privada do que entre aquelas provenientes da comunidade 
de baixa renda. A prevalência de obesidade foi 3,5 vezes maior entre as 
crianças da escola do que entre as da comunidade de baixa condição 
socioeconômica. 
Rolland-Cachera, Bellisle (1986), e Sunnegardh et al. (1986), sugerem 
em seus estudos que nos países desenvolvidos, nos quais os indivíduos de 
baixa renda têm acesso ao alimento, pode-se encontrar menor prevalência de 
obesidade infantil nas classes de renda elevada, devido à facilidade de acesso 
à informações acerca de padrões dietéticos e maiores oportunidades de 
atividade física saudáveis. 
Seguindo a linha de raciocínio desta pesquisa, Andrade et al. (1997) 
relataram que 42,7% dos adolescentes de baixo nível socioeconômico e 64,3% 
de alto nível se classificaram como regularmente ativos. Segundo Silva e 
Malina (2000) aproximadamente 85% dos adolescentes do sexo masculino e 
94% do feminino foram classificados como sedentários, sendo que os meninos 
foram mais ativos que as meninas. 
Corroborando com o estudo de Alves et al. (2000), não foi observadocorrelação significativa entre padrão socioeconômico e prática de atividade 
25 
 
 
esportiva. Entretanto, melhores condições sociais estavam associadas à maior 
frequência de prática sob a forma de treinamento. 
Em um estudo representativo da população de Barcelona, abrangendo 
indivíduos acima de 13 anos, Dominguez-Berjón et al. (2000), também 
observaram uma relação direta entre classe social e prática usual de atividade 
física, entre os indivíduos do sexo masculino. O hábito de fazer exercícios era 
menos comum nas classes sociais mais baixas. 
Segundo Priore (1998), em seu estudo com adolescentes de 12 a 18 
anos, estudantes da rede pública da cidade de São Paulo, encontrou que cerca 
de 93% participavam de aulas de Educação Física. Destes, 24,8% também 
desenvolviam outras atividades desportivas. Do total de indivíduos da amostra, 
24,4% realizavam atividades físicas extracurriculares; destes, 93,6% 
realizavam duas ou mais vezes por semana e 5,1% nos finais de semana. 
Também foi constatado que 23,4% realizavam duas ou mais modalidades 
desportivas diferentes durante a semana. Os estudantes que não participavam 
de aulas de Educação Física alegaram como motivo a falta de disposição do 
responsável pela aula e/ou da escola em integrá-los com o conteúdo da prática 
esportiva e com os demais colegas. Frente ao descompasso verificado entre as 
aulas de Educação Física e o desejo dos adolescentes com relação a este tipo 
de atividade, a autora reforça a necessidade de maior integração entre a escola 
e o aluno neste aspecto. Neste estudo, não foram encontradas diferenças 
significativas na comparação dos escores de níveis de atividade física com a 
condição socioeconômica. Isso pode ser explicado por alguns fatores, como: o 
número amostral ser pequeno (n=60); os autores ainda estão começando a 
comparar o valor obtido nos escores do questionário utilizado com a condição 
socioeconômica, então é difícil ter um estudo como base; e ter utilizado apenas 
uma escola. Maior número de escolas envolvidas no estudo aumentaria a 
capacidade de generalização dos resultados, representando alunos de várias 
regiões. 
 
 
 
 
26 
 
 
6 CONCLUSÃO 
 
Conclui-se que os grupos não foram diferentes com relação à prática da 
atividade física considerando-se a condição socioeconômica, sugerindo que ela 
não foi capaz de interferir nas atividades realizadas pelas crianças e 
adolescentes analisados neste estudo. 
Provavelmente não se pode fazer associações devido ao fato da 
amostra ser pequena, ou ter utilizado apenas uma escola, mas não descarta a 
possibilidade de realmente não haver associação. 
Para futuros estudos, sugere-se uma amostra maior, o envolvimento de 
maior número de escolas, bem como incluir análise de gênero. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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36 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ANEXOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
 
ANEXO I 
 
 Parecer do Comitê de Ética da UEL 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
 
ANEXO II 
 
 
QUESTIONÁRIO DE ATIVIDADE FÍSICA 
 
Seção 1 ― Atividades na escola 
Questão1―Sua principal ocupação na escola: .................................................................... 
 
Questão 2 ― Para realizar as atividades na escola você permanece sentado: 
(1) (2) (3) (4) (5) 
Nunca Raramente Algumas vezes Freqüentemente Sempre 
Questão 3 ― Para realizar as atividades na escola você fica em posição em pé: 
(1) (2) (3) (4) (5) 
Nunca Raramente Algumas vezes Freqüentemente Sempre 
Questão 4 ― Para realizar as atividades na escola você necessita caminhar: 
(1) (2) (3) (4) (5) 
Nunca Raramente Algumas vezes Freqüentemente Sempre 
Questão 5 ― Para realizar as atividades na escola você necessita carregar cargas: 
(1) (2) (3) (4) (5) 
Nunca Raramente Algumas vezes Freqüentemente Sempre 
Questão 6 ― Após um dia na escola você se sente cansado ou fatigado: 
(5) (4) (3) (2) (1) 
Muito freqüentemente Freqüentemente Algumas vezes Raramente Nunca 
Questão 7 ― Para realizar as atividades na escola você transpira: 
(5) (4) (3) (2) (1) 
Muito freqüentemente Freqüentemente Algumas vezes Raramente Nunca 
Questão 8 ― Em comparação de sua rotina na escola com de outras pessoas da mesma idade, você 
acredita que seu dia é fisicamente: 
(5) (4) (3) (2) (1) 
Muito intenso Intenso Moderado Leve Muito leve 
 
Seção 2 ― Atividades esportivas, programas de exercícios físicos e lazer ativo: 
Questão 9 ― Você pratica algum tipo de esporte ou está envolvido em programas de exercícios 
físicos? 
( ) Sim ( ) Não 
Caso não pratique algum tipo de esporte/programa de exercícios físicos, ir para a questão 10. 
Questão 9.1 ― Como primeira opção, o esporte/programa de exercícios físicos que você mais 
freqüentemente pratica apresenta intensidade: 
( ) Baixa ( ) Moderada ( ) Elevada 
Questão 9.2 ― Durante quantas horas/semana você pratica este esporte/programa de exercícios 
físicos? 
( ) < 1 hora ( ) 1-2 horas ( ) 2-3 horas ( ) 3-4 horas ( ) > 4 horas 
Questão 9.3 ― Durante quantos meses/ano você pratica este esporte/programa de exercícios 
físicos? 
( ) menos de 1 mês ( ) 1-3 meses ( ) 4-6 meses ( ) 7-9 meses ( ) > 9 meses 
Questão 9.4 ― Caso você apresente uma segunda opção quanto à prática de esporte/programa de 
exercícios físicos, esta é de intensidade: 
( ) Baixa ( ) Moderada ( ) Elevada 
Caso não exista uma segunda opção quanto à prática de esporte/programa de exercícios físicos, ir para a 
questão 10. 
Questão 9.5 ― Durante quantas horas/semana você pratica este esporte/programa de exercícios 
físicos? 
( ) < 1 hora ( ) 1-2 horas ( ) 2-3 horas ( ) 3-4 horas ( ) > 4 horas 
Questão 9.6 ― Durante quantos meses/ano você pratica este esporte/programa de exercícios 
físicos? 
( ) < 1 mês ( ) 1-3 meses ( ) 4-6 meses ( ) 7-9 meses ( ) > 9 meses 
 
39 
 
 
Questão 10 ― Em comparação com outras pessoas de mesma idade, você acredita que as atividades 
que realiza durante seu tempo livre são fisicamente: 
 (5) (4) (3) (2) (1) 
Muito elevadas Elevadas Iguais Baixas Muito baixas 
 
Questão 11 ― Nas atividades de lazer e de ocupação do tempo livre você transpira: 
 (5) (4) (3) (2) (1) 
Muito freqüentemente Freqüentemente Algumas vezes Raramente Nunca 
Questão 12 ― Nas atividades de lazer e de ocupação do tempo livre você pratica esportes: 
(1) (2) (3) (4) (5) 
Nunca Raramente Algumas vezes Freqüentemente Sempre 
 
Seção 3 ― Atividades de ocupação do tempo livre: 
Questão 13 ― Nas atividades de lazer e de ocupação do tempo livre você assiste à TV: 
 (1) (2) (3) (4) (5) 
Nunca Raramente Algumas vezes Freqüentemente Sempre 
Questão 14 ― Nas atividades de lazer e de ocupação do tempo livre você caminha: 
 (1) (2) (3) (4) (5) 
Nunca Raramente Algumas vezes Freqüentemente Sempre 
Questão 15 ― Nas atividades de lazer e de ocupação do tempo livre você anda de bicicleta: 
 (1) (2) (3) (4) (5) 
Nunca Raramente Algumas vezes Freqüentemente Sempre 
Questão 16 ― Durante quanto tempo por dia você caminha e/ou anda de bicicleta para ir ao 
trabalho, à escola e às compras? 
 (1) (2) (3) (4) (5) 
< 5 minutos 5-15 minutos 15-30 minutos 30-45 minutos > 45 minutos 
 
 
 
QUESTIONÁRIO SOCIOECONÔMICO 
1. Coloque um “X” no grau de instrução de seu pai e sua mãe: 
 
Pai ( ) Analfabeto/ até 3ª Série Fundamental ( ) Mãe 
 ( ) 4ª Série Fundamental ( ) 
 ( ) Fundamental completo (8ª série) ( ) 
 ( ) Médio completo (3º colegial) ( ) 
 ( ) Superior completo ( ) 
 
2. Marque um “X” na quantidade destes itens que existem na sua casa: 
 
Televisores em cores (0) (1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) 
Videocassete/DVD (0) (1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) 
Rádios (0) (1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) 
Banheiros (0) (1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) 
Automóveis (0) (1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) 
Empregadas mensalistas (0) (1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) 
Máquinas de lavar (0) (1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) 
Geladeira (0) (1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) 
Freezer/Geladeira Duplex (0) (1) (2) (3) (4) (5) (6) (7) 
 
 
 
 
40 
 
 
APÊNDICE A 
 
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido 
 
ID: Escola Turma: Período: 
Titulo da pesquisa: “Utilização de critérios para aptidão física de crianças e 
adolescentes”Prezado(a) Aluno(a): 
 
Gostaríamos de convidá-lo a participar da pesquisa “Utilização de critérios para 
aptidão física de crianças e adolescentes”, realizada na sua “escola” durante o período de 
aula. O objetivo da pesquisa é “analisar as possíveis associações existentes entre valores 
elevados de pressão arterial, a aptidão física e comportamentos relacionados à saúde”. 
A sua participação é muito importante e ela se daria da seguinte forma: respondendo 
um questionário em sala de aula, realização de testes (flexibilidade, força e capacidade 
aeróbica), medidas antropométricas (peso, estatura, circunferências e dobras cutâneas) e 
medida de pressão arterial. 
Gostaríamos de esclarecer que sua participação é totalmente voluntária, podendo 
você: recusar-se a participar, ou mesmo desistir a qualquer momento sem que isto acarrete 
qualquer ônus ou prejuízo à sua pessoa. As informações serão utilizadas somente para os fins 
desta pesquisa e serão tratadas com o mais absoluto sigilo e confidencialidade, de modo a 
preservar a sua identidade. Estes procedimentos não envolvem riscos a saúde de seus 
participantes, sendo amplamente utilizados em diversas pesquisas. Informamos que você não 
pagará nem será remunerado por sua participação. 
Caso você tenha dúvidas ou necessite de maiores esclarecimentos pode entrar em 
contato com o Pesquisador Responsável: Arli Ramos de Oliveira, pelo telefone (43) 3321-
1299 (RG: 930.015-5/PR) e Gustavo Aires de Arruda (43) 9919-9186 (RG: 40.643.016-0), ou 
procurar o Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos da Universidade 
Estadual de Londrina, na Avenida Robert Koch, nº 60, ou no telefone 3371–2490. Este termo 
deverá ser preenchido em duas vias de igual teor, sendo uma delas, devidamente preenchida, 
assinada entregue a você. 
 Londrina, ___ de ________de 2011. 
ALUNO 
_____________________________________ (nome por extenso do aluno), tendo sido 
devidamente esclarecido sobre os procedimentos da pesquisa, concordo em participar 
voluntariamente da pesquisa descrita acima. 
Assinatura (do aluno):________________________________________________________ 
Data:_____/______/______ 
 
PAIS E/OU RESPONSÁVEIS 
_____________________________________ (nome por extenso dos pais e/ou 
responsáveis), tendo sido devidamente esclarecido sobre os procedimentos da pesquisa, 
autorizo a participação. 
Assinatura (dos pais e/ou responsáveis):_________________________________________ 
Data:_____/______/______

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