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PARECER JURÍDICO
1. O que é?
O Parecer Jurídico é um documento por meio do qual o jurista (advogado, consultor jurídico) fornece informações técnicas acerca de determinado tema, com opiniões ou declarações jurídicas fundamentadas em bases legais, doutrinárias e jurisprudenciais. Geralmente é solicitado por uma pessoa jurídica ou natural (física) como elemento necessário para tomada de uma decisão importante, ou seja, normalmente o parecer jurídico é provocado por uma consulta, em que se acentuam os pontos controvertidos da questão, a serem esclarecidos pelo jurista. Entretanto o cliente não está vinculado ao parecer jurídico.[footnoteRef:1] [1: http://estadodedireito.com.br/parecer-juridico-como-escrever-e-o-que-deve-conter/ ] 
2. Espécies:
Doutrina tradicional do Direito Administrativo já classificava os pareceres jurídicos em:
Parecer facultativo: consiste em opinião emitida por solicitação de órgão ativo ou de controle, sem que qualquer norma jurídica determine sua solicitação, como preliminar à emanação do ato que lhe é próprio. Por outro lado, fica a seu critério adotar, ou não, o pensamento do órgão consultivo. Consiste, destarte, em exercício de poder discricionário quanto ao pedido, e à efetivação do ato relativamente ao parecer. Este, portanto, externamente, não tem relevância jurídica, salvo se o ato a ele se reportar.
Parecer obrigatório: consiste em opinião emitida por solicitação de órgão ativo ou de controle, em virtude de preceito normativo que prescreve sua solicitação, como preliminar à emanação do ato que lhe é próprio. Constituem a consulta e o parecer fases necessárias do procedimento administrativo.
Parecer vinculante, ou (parecer conforme): é o que a Administração Pública não só deve pedir ao órgão consultivo, como deve segui-lo ao praticar o ato ativo ou de controle. Encerra regime de exceção, e só se admite quando expressamente a lei ou o regulamento dispõem nesse sentido. O ato levado a efeito em desconformidade com o parecer se tem como nulo.[footnoteRef:2] [2: BANDEIRA DE MELLO, Oswaldo Aranha. Princípios Gerais de Direito Administrativo. v. I – Introdução. 3 ed. São Paulo: Malheiros, 2010, p. 584 (citado por Raquel Urbano de Carvalho em seu site)] 
3. Quando é utilizado?
a) para casos de estudos e análises jurídicas de natureza complexa; ou
b) para responder consultas que exijam desenvolvimento e demonstração de raciocínio jurídico.[footnoteRef:3] [3: https://www.gov.br/agu/pt-br/assuntos-1/Publicacoes/cartilhas/ManualdeBoasPraticasConsultivas4Edicaorevistaeampliadaversaopadrao.pdf ] 
4.Qual o objetivo?
A finalidade do parecer jurídico é possibilitar que um determinado conteúdo jurídico se torne entendível para seu cliente. Neste sentido, e após uma cuidadosa avaliação, o autor do parecer pode oferecer, o final de seu trabalho, uma possível uma solução do caso ou apresentar um panorama lógico com diversas alternativas de resolução para a questão.
Exemplos:
- Identifica e previne possíveis danos e riscos; 
- Apresenta diversas possibilidades e opções para o cliente;
- Analisa possíveis impactos das opções envolvidas; 
- Serve como orientação para a tomada de decisão do cliente; 
5. Quem faz?[footnoteRef:4][footnoteRef:5] [4: https://migalhas.uol.com.br/depeso/262670/a-importancia-do-advogado-consultivo-preventivo ] [5: https://www.terra.com.br/noticias/dino/advocacia-consultiva-mostra-sua-forca-profissionais-estao-trocando-o-contencioso-pela-consultoria-preventiva-evitando-judiciario-e-ganhando-muito-mais,59c4d8a7e45a62b7adf54a9abe54762eqh3akksg.html ] 
“Advocacia consultiva é a estratégia de uso do Direito como forma de se evitar demandas judiciais, ou seja, antever conflitos e problemas, evitando-os, sem a necessidade de acionar o Poder Judiciário.
O objetivo aqui é evitar que o problema ocorra e, normalmente, é implementado através de uma consultoria mensal, que acompanha uma empresa e a ajuda na redução de riscos envolvidos nos negócios jurídicos celebrados pela empresa.”
(...) A estratégia consultiva com o objetivo de se prevenir litígios e evitar que risco em potencial se transforme em um problema real é fundamental – e pode fazer a diferença entre o sucesso e o fracasso da sua empresa”.[footnoteRef:6] [6: https://garciadeoliveira.adv.br/advocacia-contenciosa/ ] 
Trata-se de uma competência exclusiva, prevista no Código de Ética da OAB e no Art. 1.º, inciso II, do Estatuto da Advocacia:
Art. 1.º — São atividades privativas de advocacia:
II — as atividades de consultoria, assessoria e direção jurídicas.
Exemplo:
http://www.tepedino.adv.br/advocacia-consultiva/ 
6.Composição de um parecer jurídico[footnoteRef:7] [7: Júlio Esteves do Santos – Congresso Brasileiro do IBDA – ano 2017 citado por Raquel Urbano de Carvalho em seu site. Para detalhes, ver: http://raquelcarvalho.com.br/2019/07/08/parecer-juridico-o-que-e-quem-pode-elaborar-como-fazer/#1_Introducao ] 
Cabeçalho:
Numeração: Parecer nº
Origem ou referência: Processo nº
Ementa
Interessado ou endereçamento
Desenvolvimento:
Relatório
Fundamentação
Desfecho:
Conclusão
Local e data
Assinatura/posto funcional/ registro OAB
Glossário:
Ementa: Síntese lógica e coordenada das principais palavras-chaves ou expressões utilizadas no parecer, conduzindo a um resumo do assunto versado na análise e a conclusão. Exemplo: Licitação pública. Contratação direta por exclusividade do favorecido. Ausência de documentação comprobatória. Não configuração de situação de inexigibilidade de licitação. Art. 25, I, da Lei nº 8.666/93.
Interessado: Em regra, o órgão ou autoridade administrativa consulente.
Relatório: Resumo da questão posta na consulta. Um fecho bastante usual do relatório: “É o relatório, passa-se a opinar”.
Fundamentação: Análise jurídica da questão posta na consulta, mediante exploração dos institutos e das normas jurídicas aplicáveis, seguida de argumentação que dê base à conclusão. Razões de fato e de direito que dão sustentação ao entendimento defendido. Na hipótese de o assunto envolver polêmica, é importante situá-la com as correntes doutrinárias e jurisprudenciais que existam sobre a matéria. Se o problema apresenta várias indagações, a resposta em tópicos surge como uma boa alternativa.
Conclusão: Parte em que se responde à consulta, aplicando-se ao caso concreto a tese jurídica aplicável, segundo a argumentação contida no tópico da fundamentação. Deve ser suficientemente clara, de modo que a autoridade competente para decidir possa entendê-la, mesmo que não tenha formação jurídica. É comum a utilização, no final da conclusão, de expressões como: “É o parecer, s.m.j.” ou “É o parecer. À consideração superior”.
Colocar local, data e a assinatura do parecerista.
7. Manual de Boas Práticas Consultivas da AGU[footnoteRef:8][footnoteRef:9]: [8: http://www.jmleventos.com.br/arquivos/coluna_juridica/doutrina_parecer_24_1_carlos_pinto.pdf ] [9: https://www.gov.br/agu/pt-br/assuntos-1/Publicacoes/cartilhas/ManualdeBoasPraticasConsultivas4Edicaorevistaeampliadaversaopadrao.pdf ] 
BPC nº 1
Enunciado
As manifestações consultivas devem dar-se principalmente sob a forma de Parecer, reservando-se a Nota para hipóteses caracterizadas por análise de questão jurídica repetida ou de resolução simplificada, salvo as situações em que a utilização de Parecer decorra de observância de previsão normativa específica.
BPC nº 2
Enunciado 
As manifestações consultivas devem ser redigidas de forma clara, com especial cuidado à conclusão, a ser apartada da fundamentação e conter exposição especificada das orientações e recomendações formuladas, utilizando-se tópicos para cada encaminhamento proposto, a fim de permitir à autoridade pública consulente sua fácil compreensão e atendimento.
9. Exemplos de Parecer:
André Ramos Tavares sobre impeachment da ex-presidente Dilma
https://migalhas.uol.com.br/arquivos/2015/10/art20151021-01.pdf 
Ives Gandra Martins sobre impeachment da ex-presidente Dilma
https://s.conjur.com.br/dl/parecer-ives-gandra-impeachment.pdf 
José Afonsoda Silva sobre prisão em segunda instância:
https://www.conjur.com.br/dl/afonsa-silva-defende-transito-julgado.pdf 
Aury Lopes Junior e Gustavo Badaró sobre prisão em segunda instância:
https://www.conjur.com.br/dl/parecer-antecipacao-pena.pdf

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