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Maria Eduarda Pontes 20.1 Ação Social – WEBER A ação social é entendida por Weber como qualquer ação realizada por um sujeito em um meio social que, no entanto, possua um sentido determinado por seu autor. O contínuo processo de comunicação está intimamente ligado ao conceito de ação social. Em outras palavras, uma ação social constitui-se como ação a partir da intenção de seu autor quanto à resposta que deseja de seu interlocutor. A partir desse entendimento, Weber justifica que a função dos esforços sociológicos é justamente tentar compreender os sentidos dados às ações humanas em suas relações sociais. As relações humanas e, por sua vez, as ações que estão inseridas no contexto dessas relações possuem sentido atribuído a elas por seus autores. Para que se compreenda o processo de comunicação e de interação social, é necessário, então, que se compreenda o sentido da ação, bem como, ainda mais importante, desvende-se o objetivo do autor da ação em seu esforço comunicativo. Peguemos, por exemplo, a ação social de um abraço, que pode carregar uma infinidade de sentidos. O autor da ação, ao realizá-la, deseja que seu interlocutor apreenda o sentido que desejou implantar em seu ato, e não apenas que entenda o sentido genérico do ato de abraçar. Weber ainda faz distinção em relação a tipos ideais de ações sociais. É importante entender que o estabelecimento de tipos ideais, método (sociólogo) comum da teoria weberiana, não busca construir tipologias fixas nem mesmo buscar classificar o objeto em questão. Eles nos servem como parâmetro de observação, que seria comparada ao modelo social/ação social observada. Pois, não tem como generalizar as ações sociais, pois no mundo, em cada sociedade, em cada pessoa existe uma infinidade de ações sociais possíveis. Weber não procurou construir uma teoria cientifica geral, isso difere no pensamento de Durkheim Compare-se Durkheim e Weber, do ponto de vista do objeto de estudo sociológico. O primeiro dirá que a Sociologia deve estudar os fatos sociais, que são: gerais, exteriores e coercitivos, além de objetivos, para esta ser chamada corretamente de “ciência”. Enquanto o segundo optará pelo estudo da ação social que, como descrita acima, é dividida em tipologias, e existe uma infinidade que não pode ser generalizada. * a ação racional com relação a fins, a ação racional com relação a valores, a ação afetiva e a ação tradicional. Uma ação social é considerada como sendo relacionada a fins quando é tomada tendo em vista um objetivo racionalmente estabelecido, no qual o autor da ação busca atingir um resultado e, para isso, utiliza os meios necessários. A conduta científica em busca do entendimento de um fenômeno é um exemplo. Uma ação social é entendida como sendo relacionada a valores quando o autor da ação orienta seu sentido de acordo com seus valores e convicções pessoais. O autor orienta o sentido de sua ação de acordo com o que acredita ser correto, o que pode ser observado no exercício das ações baseadas em crenças religiosas ou políticas. Maria Eduarda Pontes 20.1 A ação do tipo tradicional está alicerçada em hábitos e costumes firmados na vivência do sujeito. Age-se de determinada forma porque sempre se agiu assim. Por fim, a ação do tipo emocional é realizada com base nas emoções do indivíduo. O objetivo é mostrar sentimentos pessoais, como o choro do luto ou a risada de momentos alegres, sem, no entanto, levar em consideração os fins que se deseja atingir.
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